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IMPLANTODONTIA 1 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA HISTÓRIA DA IMPLANTODONTIA 1. PERÍODO ANTIGO (A.C.-1000 D.C.) Primeiras tentativas de implantação dentária (dinastias egípcias e culturas pré-colombianas); - O primeiro implante endo-ósseo foi encontrado no fragmento de uma mandíbula de origem Maia. Materiais utilizados → Dentes de animais ou dentes esculpidos em marfim. Particularidade: Exames radiográficos evidenciaram boa adaptação óssea ao redor das raízes artificiais em marfim esculpido; Na cultura egípcia, o edentulismo era realizado nos pacientes mortos antes da mumificação. 2. PERÍODO MEDIEVAL (1000-1800) Particularidade: Transplantes realizados de um paciente para o outro por barbeiros cirurgiões; Dentes tirados dos menos favorecidos; Sec. XVIII → Riscos de contaminação bacteriana e infecção. 3. PERÍODO FUNDAMENTAL (1800-1910) Implantodontia endo-óssea começou efetivamente nessa época; Materiais utilizados → Ouro, porcelana, metais (platina, prata...). Particularidade: 1809 → Maggilio utilizou um implante em ouro em um sítio de extração → Prótese após cicatrização tecidual; Princípios de biocompatibilidade foram elaborados por Barry (1888). O autor insistia quanto a uma estabilidade primária do implante e quanto a utilização de materiais “seguros". Era da Ciência - Diagnóstico; Evolução da técnica; Controle da dor. 4. PERÍODO MODERNO (1930-1978): Estudos de diferentes biomateriais, inovações cirúrgicas e protéticas caracterizaram tal período; Implantes mais parecidos com os atuais. Localização → Europa e América; Materiais utilizados → Porcelana, vitálio, titânio. Particularidades: 3 tipos de implantes foram desenvolvidos: Implantes endo-ósseo I: Implante em forma de parafuso em vitálio 1940 → Strock desenvolveu a transfixação endodôntica, alegando obter bons resultados em 17 anos, 1 pesquisador a realizar estudos histológicos em cães; Implantes subperiostais: Gustav Dahl (Suécia) 1941 → Primeiros implantes subperiostais fabricados com tamanhos e formas padronizadas. Não houve moldagem óssea direta. Weinberg e Lew foram os primeiros a realizarem moldagens ósseas para assegurar melhor adaptação; Implantes endo-ósseo II: Formiggini (1947) → Implante helicoidal espiral. Cherchève → Modificação da técnica: Implante em dupla hélice espiral e um kit cirúrgico para sua inserção. Scialom → Pioneiro na utilização de implantes agulhados. Linkow (1968) → Implante laminado. Utilizado com freqüência até os anos 80. IMPLANTE LAMINADO PERÍODO MODERNO (1930-1978): A implantodontia até então, caracterizou-se por experiências, erros e confusões (princípios biológicos); Interface fibrosa perimplantar → Almejada por pesquisadores; Anquilose (osseointegração) → Fator negativo para o prognóstico do implante; Fracasso e perda em médio e curto prazo. 2 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Implantodontia fibrointegrada: limitação técnica científica: 1- Sem controle do material (produção, limpeza, embalagem- ISO). 2- Sem biocompatibilidade do material. 3- Sem protocolo de instalação padronizado. 4- Estímulo para formação de cápsula fibrosa. 5- Sem controles longitudinais (longo prazo) ou estudos multicêntricos. 6- Avaliação de sucesso empírica (torque, histologia). 7- Micromovimentação devido a carga indevida. 8- Limitação protética (descuidos). Fibrointegração X Anquilose, muitos implantes não davam certo porque fibro integravam. Hoje em dia, sabemos que o implante bom é anquilosado (colado no osso), isso representa as altas taxas de sucesso atualmente. Fibrointegração: interposição de tecido sadio e a existência de tecido colágeno denso entre o implante e o osso. Tipos no período moderno: Implante em forma de parafuso, implante subperiosteais, implantes agulhados, implantes laminados. 5. PERÍODO BRANEMARKIANO OU CONTEMPORÂNEO (1970-1990) Branemark (1985) publicou e definiu como osseointegração como sendo “uma conexão estrutural e funcional direta entre o tecido vivo e ordenado e a superfície de um implante submetido à carga funcional" O primeiro paciente humano que recebeu implantes de titânio osseointegráveis na clínica de Guthemberg de Branemark foi em 1965. Protocolo de Branemark: 5 implantes instalados na mandíbula interforaminais suportando PT superior, somado a um PF implantossuportada e implantorretida inferior. 6. PERÍODO PÓS-BRANEMARKIANO (1990 ...) Protocolos: • Implantes Unitários • Planejamento reverso, paciente é moldado, fotografado e estudado. É posto o implante no lugar ideal, independente se tem osso no local ou não. Sendo feito o enxerto. • Carga Imediata, quando se é instalado a coroa protética em até 72hrs de instalação do implante, pois durante o processo de ósseointegração é perdido torque (força que causa a rotação). • Distância de 3mm entre os implantes. • Distância dente-implante 1mm. Obs: implante imediato é quando o implante é instalado no mesmo momento da exodontia. • Conexão Interna MAXILA Fatores agravantes: qualidade óssea, intensa reabsorção, sorriso que o paciente apresenta e o grau de exposição gengival. ● Inclinação anteroposterior na região de Incisivos e Caninos, fazendo com que os implantes sejam inseridos seguindo essa inclinação, e não perpendicular à base do rebordo alveolar. ● Na região posterior, normalmente se faz perpendicular à base do rebordo alveolar residual. ● A escolha do implante é determinada pela qualidade e quantidade óssea. Mandíbula ● Totalmente edêntulos- região anterior: sem fator limitante/ posterior: canal da mandíbula. ● Reabsorções ósseas extensas são resolvidas com técnicas cirúrgicas de reconstrução e o enxerto ósseo autógeno (doador e receptor são o mesmo indivíduo). ● Áreas doadoras de tecido ósseo: mento, linha oblíqua da mandíbula e na maxila, tuberosidade. Fundamentos da Osteointegração: Contato imediato do tecido ósseo com o implante. FUNDAMENTOS DOS IMPLANTES OSTEOINTEGRADOS 1. ESTABILIDADE PRIMÁRIA Fixação primária adquirida no momento da instalação do implante no leito ósseo. Desenho do implante É fundamental que o implante permaneça imóvel no período de osseointegração para que não ocorra a formação de tecido fibroso. Tipos de implantes parafusos (com espiras) são mais vantajosos em relação cilíndricos sem espiras pois proporcionam mais estabilidade inicial, maior área de contato e maior dissipação de carga. Fácil remoção e implantação. 3 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Atualmente, a maiorias dos implantes são autorrosqueáveis ou cônicos. São utilizados para implantes imediatos e para implantação em locais com osso de baixa densidade. Condição do leito ósseo: Qualidade e quantidade óssea. 1. Qualidade óssea Tipo I: Osso compacto e bastante cortical, Mandíbula na região anterior –vascularização reduzida, então não é tão bom. Tipo II: Osso medular (trabecular) em pequena quantidade revestido por uma grossa camada de osso cortical. Mandíbula na região posterior, região anterior da maxila – melhor escolha. Tipo III: Fina camada de osso cortical revestindo osso medular com trabéculas pequenas. Maxila na região posterior alguns casos na região anterior. Bom suprimento sanguíneo. Tipo IV: Fina camada de osso cortical revestimento osso medular com trabéculas grandes. Túber da maxila. Nenhuma vantagem. -Qual osso melhor para a aplicação de implante? Tipo II (principal) e tipo III. Lembrando que não se escolhe o tipo de implante, pode ser feito em qualquer tipo. Na região posterior de maxila há mais perda de implante devido ao tipo de osso nessa região. Implante em sítios infectados: a ação fibrinolítica atrasa consideravelmente a recuperação da região. Quantidade óssea A reabsorção se dá de forma progressiva crônicae irreversível, com perda nos primeiros 6 meses. A maxila perde de 40% a 60% nos três anos seguintes. Classe I: Dente presente; Classe II: Crista alveolar imediatamente após a extração; Classe III: Crista alveolar sem dentes pós extração tardia com processo alveolar redondado, com cobertura e espessura adequadas. Ideal para o implante; Classe IV: Crista alveolar em lâmina de faca, tem altura mas não tem espessura; Classe V: Crista plana. Não tem altura nem espessura adequadas; Classe IV: Crista reduzida, associada a reabsorção do osso basal que acompanha modelos de reabsorção variáveis e imprevisíveis. Osso II e III são os melhores para implante por possuírem estabilidade primária e espessura adequada. Em áreas previamente edêntulas, o implante deve ser instalado no nível da crista alveolar e nos casos de implantes imediatos a exodontias, o implante deve ser instalado 1 a 2mm abaixo da crista alveolar. 1. Presença de infecção → exame de imagem; Na qualidade óssea, é imprescindível, ainda, considerar o histórico de enfermidades periodontais graves no paciente que irá se submeter a instalação de implantes. A ação fibrinolítica bacteriana atrasa consideravelmente a recuperação da região e, nessa condição, o tecido ósseo requer um período maior para sua reorganização. Sugere-se aguardar pelo menos 180 dias, depois de debelada a infecção, para instalar os implantes. 2. Densidade óssea → sensibilidade tátil; 3. Espessura óssea → Tomografia. Técnica Cirúrgica Deve ser respeitada já que a não observância de cuidados operatórios pode gerar situações traumáticas ao tecido ósseo e inviabilizar a osteointegração. Preparos: eliminar possíveis focos, cuidado com a variação de temperatura durante a fresagem (44 a 47ºC) Fatores que podem causar superaquecimento: poder de corte da broca, pressão, forma da broca, velocidade e irrigação Para se evitar efeitos deletérios, deve-se utilizar brocas e fresas novas e aumentar gradativamente o diâmetro do instrumento. 4 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA O que determina se há a necessidade de utilizar toda a sequência de fresas ou se utiliza a técnica de subfresagem é a densidade óssea (que deve ser sentida pelo operador), como por exemplo, para ossos do tipo III e IV é mais indicado a subfresagem, e do tipo I requer mais pressão na fresagem, necessitando seguir a sequência de fresas. Outro cuidado muito importante é a utilização do guia cirúrgico que possibilitará a instalação de implantes em posição protética favorável. 2. ESTABILIDADE SECUNDÁRIA Fixação obtida durante o processo de cicatrização e remodelação óssea na interface ósseo-implante, devido a eventos celulares, na dependência da estabilidade primária. Biocompatibilidade É essencial aos implantes, os efeitos colaterais de um biomaterial não compatível não devem se sobrepor às suas vantagens. O emprego do titânio possibilitou uma melhora na qualidade dos implantes por ser biocompatível (osseointegração). Suas propriedades de corrosão e seu módulo de elasticidade fazem com que seja o material de eleição. ● Grau I: + puro/ + maleável/ - resistente; ● Grau II: componentes protéticos. ● Grau III: ● Grau IV: - puro/ - maleável/ + resistente. Mais rígido e com qualidades aceitáveis de Fe, C, O, N e H. O titânio possui energia superficial que faz com que o sangue se espalhe de forma homogênea sobre a superfície do implante, melhorando as condições para uma boa adesão e um bom proagnóstico de osseointegração. Apresenta um comportamento mecânico de deformação semelhante ao osso quando submetido às forças fisiológicas de mastigação. Superfície do Implante A texturização da superfície do implante visa aprimorar a qualidade da interface e diminuir o período não funcional do implante. Superfície lisa ou usinada: sem rugosidade ou texturização. Superfície tratada (melhor): jateamento de partícula, duplo ataque ácido e anodização. O objetivo inicial dos implantes com tratamento de superfície era melhorar os índices de sucesso em implantes instalados em áreas de osso com baixa densidade. As superfícies são modificadas para que haja aumento do contato ósseo, melhor adesão e proliferação celular, diminuindo o tempo de osseointegração em ossos de baixa densidade. Osseointegração por contato - superfície tem afinidade com os osteoblastos. Rugosidade e Molhabilidade - uma superfície rugosa permite maior proliferação de osteoclastos. A molhabilidade é a capacidade do líquido de molhar o sólido. Tratar a superfície do Implante: aumenta a superfície; aumenta o contato ósseo; aumenta a resistência da interface osso-implante; diminui o tempo de osseointegração; melhora a adesão e a proliferação celular; consequente aumento do índice de sucesso. 3. ESTABILIDADE TERCIÁRIA Observada quando se aplica na oclusão harmoniosa. Condições de Carga CARGA MEDIATA: evitar tecido fibroso na interface óssea, tecido necrótico durante fresagem é incapaz de suportar carga, por sua quantidade ser pequena. Fecha para abrir após 90 dias. Para os implantes mediatos, aguarda-se a nova formação óssea em torno ou ao redor dos implantes, durante 2 ou 3 meses, o que visa garantir estabilidade. Cirurgia em 2 estágios, coloca o implante e espera para colocar a coroa. Preparo do leito; Instalações dos implantes; Intervalo de 3 ou 6 meses; Instalações protéticas. CARGA IMEDIATA: elimina o período tradicional de osseointegração quando se é instalado a coroa protética em até 72hrs de instalação do implante, pois durante o processo de osseointegração é perdido torque. Distância de 3mm entre os implantes. Fatores prévios a aplicação de carga imediata: estabilidade primária dos implantes, quantidade e qualidade óssea, macro e micromovimentos do implante, características do implante, condições gerais do paciente. IMPLANTE IMEDIATO é quando o implante é instalado no mesmo momento da exodontia. 5 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA COMPOSIÇÃO DO IMPLANTE Conexão protética, corpo, ápice. Desenho do implante conexão externa (hexágono externo) e conexão interna (hexágono interno e cone morse). 1. HEXÁGONO EXTERNO Vantagens: Permite a adaptação e o assentamento de abutment (pilar), fixado por um parafuso ao implante; Primeira união pilar/implante – maior acompanhamento clínico longitudinal e avaliações científicas; Micromovimentos relacionados ao tamanho do hexágono (é muito curto). Muito difícil de folgar; Resistência à rotação lateral; Gap interface implante abutment (pilar); Implante de nível ósseo; cérvico-apical tamanho de diferença 2 a 3mm; mésio-distal 2mm. Desvantagens Risco de dano ao hexágono sob torque elevado. Afrouxamento e fratura do parafuso em casos de forças oclusais excessivas; Transmissão de forças ao longo do implante menos distribuída em comparação com os implantes de conexão interna. Microgaps e micromovimentos. 2. HEXÁGONO INTERNO Vantagens Absorve melhor as forças. Permite a redução da altura vertical da plataforma restauradora. Facilita o assentamento do abutment. Diminui micromovimentos. Alta estabilidade e resistência à forças laterais. Desvantagens Risco de fratura da parede. Saucerização: reabsorção em forma de taça que acomete os implantes hexágonos externos. 6 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA 3. CONE MORSE Conexão interna cônica entre o implante e o abutment de 8º de conicidade. Travamento por fricção do abutment (pilar) - implante elimina a vibração e micromovimento do parafuso.; Elimina união abutment (pilar) – implante da região sucular. Não apresenta elemento antirrotacional; Vedação do tráfego bacteriano permitindo melhor saúde periodontal, e proteção da estética combatendo recessão óssea marginal - Oferece interface de selamento bacterianocom redução do microgap. Colocação indicada: deve ser infra-óssea com um pouco de inclinação. Parede interna do implate suporta o abutment e reduz o stress; Desenho permite a formação de tecido mole ao redor do pescoço do abutment. CORPO DO IMPLANTE Através do formato do implante é possível aumentar significativamente a área de superfície e diminuir o risco de rompimento da interface implante-osso, determinando a disponibilidade da área de superfície de transferência de estresse e aperfeiçoando a estabilidade inicial do implante. A geometria mais utilizada é o formato de parafuso rosca, enquanto os implantes cilíndricos sem elementos de retenção têm sido abandonados. Isto se deve a maior dificuldade primária destes implantes e maior risco de contaminação. 1. IMPLANTE CILÍNDRICO Os implantes cilíndricos (ajuste preciso) dependem de uma cobertura ou condição excelente de superfície para que possam se unir ao osso. Os implantes cilíndricos podem apresentar contaminação em sua superfície e conduzir a perda óssea. Vantagens Fácil instalação Distribuição de tensão equilibrada, menos tensão na cortical óssea Menor risco de fratura (forças laterais) Desvantagens Interface sujeita a forças de cisalhamento (deformação) Requer um excelente tratamento de superfície Menor estabilidade primária Mais tensão em profundidade - osso trabeculado -tipo IV Menor contato ósseo 2. IMPLANTE CÔNICO (COM ROSCAS OU SEM ROSCAS) O formato de implante cônico que em geral pode também ser rosqueável buscaria mimetizar (imitar) o dente. O implante cônico tende a apresentar maior concentração de tensões no ápice do implante quando comparado com os implantes cilíndricos. Isto ocorre devido ao menor raio de curvatura da porção apical. Rotineiramente implantes cilíndricos são preferencialmente usados em mandíbula totalmente ou parcialmente edêntulas, enquanto implantes cônicos parecem possuir ancoragem facilitada na maxila Vantagens Melhor distribuição de tensões pelo osso trabecular Potencial melhorado com roscas Desvantagens Quando é utilizado sem roscas e liso. PLANEJAMENTO Importante etapa onde se faz o estudo e o passo a passo de cada paciente para o correto posicionamento do implante. 7 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Em achados radiográficos, o implante fica radiopaco (brilhoso). Na maxila se faz o mais posterior possível, de 6 a 8 implantes distribuídos. Na mandíbula se faz anteriormente, de 4 a 6 interforaminais. Planejamento reverso conjunto de ações realizadas anteriormente à instalação do implante que irão direcionar a execução das etapas cirúrgicas e de reabilitação – diagnóstico/ avaliação clínica inicial, cuidados prioritários, fase reparadora, acompanhamento. Tem por objetivo idealizar a distribuição e o número de implantes em condições de carga de suportar as cargas mastigatórias, de forma que os implantes e o tecido ósseo sejam submetidos a tensões biologicamente aceitas para evitar perdas ósseas peri-implantares ou esforços exagerados nos parafusos de fixação da prótese. Visualizando prótese final: exame clínico (intra e extrabucal), complementares de imagem (tomografia e radiografia), diagnóstico, guia cirúrgico. Obs: A angulação do implante pode definir o tipo de prótese e estética final. GUIA CIRÚRGICO É um dispositivo utilizado durante a cirurgia para orientar a instalação dos implantes. É o elo entre a cirurgia e a prótese, não deve ser desprezado. Deve ser estável, transparente, rígido e manter-se firme no rebordo ou dentição residual. Usado poucas vezes pois é preciso de campo visual, mas se corrige posicionamentos inadequados que comprometam a futura prótese. Objetivo do guia: fornece ao CD uma boa visualização dos locais implantares, determina localização e angulação dos cilindros, orienta a direção das brocas nos momentos de fresagem, fornece orientação dos locais implantares alternativos uma vez que a morfologia óssea não é compatível com a obtida nos exames complementares. Distância de dente-implante: 1,5mm Distância implante-implante: 3mm Espaço mesio-distal do implante: 7 a 8mm Perda óssea palatino/lingual e vestibular: 1mm Tipos de osso: II e III melhores para instalação por possuírem um mix de cortical e trabeculado denso (estabilidade e vascularização). Seleção do comprimento do implante Considerando a quantidade óssea, deve-se sempre instalar o implante de maior comprimento e com isso obter a instalação bicortical, que confere alta estabilidade inicial, 8 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA fator este preponderante para osteointegração e determinante para indicar a técnica da função imediata. A falta de altura óssea na região posterior da mandíbula dificulta a colocação de implantes. Assim, implantes de 7 ou de 5,5 mm podem ser utilizados principalmente se conectados com implantes pré-forames mentuais, que são maiores. Para compensar o comprimento do implante curto, deve-se optar pelos implantes de diâmetro largo e com superfície tratada, adim de aumentar o contato osso-implante. TÉCNICA CIRÚRGICA Temperatura, pressão, tamanho e forma de fresa, capacidade de corte da fresa, fresagem intermitente e gradativa, irrigação (resfriar e limpar), e densidade óssea (osso mais duro sofre maior atrito. Temperatura Durante a fresagem óssea, é gerada uma quantidade de energia que produz calor sendo este absorvido e transmitido ao osso, de acordo com a condutividade deste tecido. As áreas mais próximas a fonte de calor são obviamente mais prejudicadas, o que pode se constituir um traumatismo térmico que pode provocar a necrose óssea superficial na cavidade, prejudicando a resposta biológica para a osseointegração. Foi comprovado que o calor gerado pelas fresas provocam hiperemia, necrose, fibrose, degeneração osteocílica e aumento das atividades osteoclásticas. A temperatura de 44 a 47ºC durante um minuto não prejudica o reparo ósseo. FATORES QUE PROVOCAM A GERAÇÃO DE CALOR DURANTE O PREPARO DA CAVIDADE ÓSSEA 1. FATORES LIGADO AO OPERADOR Pressão aplicada sobre a fresa A força aplicada sobre a peça de mão é mais influente do que a velocidade no aumento de temperatura. Este dado está diretamente ligado à condição de corte que as brocas devem ter, sendo muito mais seguro para o profissional utilizar o conjunto de brocas descartáveis, garantindo o poder de corte do instrumento. Fresagem intermitente Permite que a irrigação, interna ou externa, possa reduzir a geração de calor. Quando a cavidade óssea é confeccionada através de uma ação intermitente da broca, a irrigação penetra na cavidade, reduzindo a temperatura da parede óssea e proporcionando a limpeza da cavidade com a saída de esquírolas ósseas. Velocidade Utilizado motor de alto torque e velocidade ao redor de 1500 a 2000 rpm para as fresas com até 3,0 mm de diâmetro. Já para as fresas com diâmetro maior e para a fresa biseladora (countersink), sugere-se que a velocidade seja de, no máximo, 800 rpm. Tempo O tempo pode ser considerado como o tempo de fresagem ou tempo requerido para que a superfície óssea retorne à temperatura normal. O tempo de fresagem é diretamente proporcional ao calor friccional gerado. O uso de brocas por 20 segundos ou 1 minuto não tem diferença estatisticamente significativa quando a irrigação externa é realizada. 2. FATORES LIGADOS AO COMPONENTE CIRÚRGICO Desenho da broca Está diretamente vinculado à forma do implante. Em geral, as brocas na forma twist e taps são usadas para preparar cavidades para implantes com desenho de parafuso, e as triflute (sulcadas) são usadas para preparar cavidades para implantes cilíndricos. A geometria e o desenho das fresas contribuem para o aumento da temperatura durante a fresagem. Brocas triflutecombinam eficiência de corte e mais capacidade de dissipação de calor que as brocas com a forma twist. Condição de corte das fresas É fundamental para o controle da lesão térmica ao osso. Temperaturas mais altas são relatadas quando uma broca sem corte foi usada. Diâmetro das fresas Menos calor é gerado por brocas com diâmetro maior. Por isso, é recomendável que o diâmetro da cavidade óssea tenha uma sequência de fresas com diferenças menores em seu diâmetro. 9 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA CUIDADOS DURANTE A CONFECÇÃO DA CAVIDADE Durante a perfuração, o movimento de fresagem deve ser intermitente (movimentos para cima e para baixo) e sempre na mesma direção. SISTEMA DE FRESAGEM Motor e contra-ângulo. Kit-cirúrgico: contém o instrumental, com distribuição didática, utilizado no procedimento (fresas, chaves manuais, e diversos acessórios que auxiliam no primeiro estágio cirúrgico). Fresa/Broca: Velocidade: 1.500; Torque 40N; Possuem o stop na broca similar às limas endodônticas. Velocidade colocação do implante varia de 20 a 40 RPM. 1. FRESA LANÇA Tem o desenho em forma de lança e o diâmetro gradativamente aumentado até 2mm no nível de sua marca (10mm). É utilizada para marcar o local do implante e romper a cortical externa do tecido ósseo. 2. FRESAS HELICOIDAIS Apresentam corte potencializado na ponta e suavizado nas lâminas laterais. São utilizados para aumentar o diâmetro da cavidade, além de definir a sua profundidade. Diâmetros 2,0; 2,8; 3,0; 3,15;.. 3. FRESA PILOTO Aumenta a cavidade para a passagem das brocas helicoidais. Apresenta corte na parte inferior e nas laterais de sua região mais volumosa. Sua finalidade é aumentar o diâmetro da região cervical da cavidade. Guiar a entrada da próxima broca. Ex. Para 3mm usa fresa piloto 2,0-3,0. Para 4,35mm usa 3,0-4,35. 4. MACHO DE ROSCA Usado para formar rosca nas paredes da cavidade confeccionada. Torque 40N; Speed: 20rpm Deixa a cavidade mais folgada, reduzindo o torque. Usado antes da instalação dos implantes 3,0; 3,75; 4,0;5,0. Na prática ele deve ser utilizado em regiões que apresentam alta densidade (osso tipo I e II). 5. FRESA COUNTERSINK Utilizada para alargar a porção coronal da cavidade óssea no casos de se utilizarem implantes 3,3 , 3,75 , 4,0 , 5,0. Osso espesso e denso (tipo I e II). 6. CHAVE DE CATRACA COM CONTROLADOR DE TORQUE Chave que finaliza a instalação do implante na cavidade. Serve para encaixar e destravar (sentido horário e anti-h) Possui um controlador de torque de instalação do implante (de 40 a 80 Ncm). 7. SONDA DE MEDIÇÃO Usada para medir a profundidade da cavidade 8. PINOS DE PARALELISMO/ GUIA São peças a serem utilizadas para definir o paralelismo entre os implantes. 9. MONTADOR: INSTALAR O IMPLANTE. Chaves 0.9 (rosquear parafuso de cobertura no implante) /0.2 (parafusar cicatrizador, componentes protéticos,...) 10 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA INSTALAÇÃO DO IMPLANTE 1. IMPLANTE GRIP Apresenta plataforma de hexágono externo para interação protética, com encaixe interno para instalação cirúrgica através da chave. 2. IMPLANTE COM MONTADOR Montador fabricado de titânio grau V, são instrumentais que tem função de ser um intermediário entre o implante e os diversos componentes existente. 3. TAPA IMPLANTE Faz carga mediata 4. IMPLANTE INSTALADO. Orientação: A- Fresa inicial -> lança -> romper cortical óssea. B- Broca helicoidal -> definir profundida e promover aumento do diâmetro da cavidade -> delimita tamanho do implante. C- Broca piloto -> aumentar diâmetro cervical -> guia a entrada da próxima broca. D- Pino guia -> mede angulação Instalação do implante: 1- Chaves grips: instalar hexágono externo 2- Chaves conect grips: instalação de H.I e cone mors 3- Implante com montador: titânio grau V 4- Implante instalado. FRESAGEM CIRÚRGICA Deve ser feita a subfresagem OSSOS I e II - deve ser feita a subfresagem de 0,5mm OSSOS III e IV- deve ser feita a subfresagem de 0,75 a 1mm, já que é um osso esponjoso. Então a cavidade fica mais apertada para o implante entrar, consequentemente aumentando o torque e compactando mais o osso. BIOMATERIAIS PROPRIEDADES: Não induzir a formação de trombos como resultado do contato entre o sangue e o biomaterial; Não induzir resposta imune adversa; Ser atóxico; Não carcinogênico; Não perturbar o fluxo sanguíneo; Não produzir resposta inflamatória aguda ou crônica que impeça a diferenciação própria dos tecidos adjacentes. Classificação dos biomateriais utilizados na implantodonia QUANTO À ORIGEM 1. AUTÓGENO OU AUTÓLOGO Obtido de áreas doadoras do próprio indivíduo. 2. HETERÓGENO OU XENÓGENO Obtido do indivíduo de espécies diferentes do receptor, mais comuns: bovinos, suínos ou caprinos. 3. SINTÉTICO OU ALOPLÁSTICO Podem ser metálicos, cerâmicos ou plásticos. Esses implantes desempenham um papel fundamental no preenchimento dos espaços apresentados pelos defeitos ósseos, sem haver incorporação fisiológica. QUANTO À PROPRIEDADE BIOLÓGICO 1. OSTEOCONDUTOR Capacidade do biomaterial de conduzir o desenvolvimento de novo tecido ósseo através de sua matriz de suporte (arcabouço). 2. OSTEOINDUTOR Processo de osteoindução é aquele pelo qual a osteogênese é induzida e envolve formação de novo osso a partir do recrutamento de células imaturas e sua diferenciação em células osteoprogenitoras. 3. OSTEOGÊNICO A osteogênese é o processo pelo qual as células ósseas vivas e remanescentes no enxerto mantêm a capacidade de formar a matriz óssea. 4. OSTEOPROMOTOR É caracterizado pelo uso de meios físicos (membranas ou barreiras) que promovem o isolamento anatômico de um local, permitindo a seleção e proliferação de um grupo de células, predominantemente osteoblastos nos casos de leito ósseo, a partir do leito receptor e simultaneamente impedem a ação de fatores concorrentes inibitórios ao processo de regeneração. Ex. regeneração óssea guiada (ROG). Indicações para o uso dos biomateriais Em implantodontia, a preocupação profissional o ato da exodontia é avaliar a possibilidade de instalar implantes 11 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA imediatos e, com isso, evitar a perda óssea em voljme do alvéolo. No entanto, sabe-se que o implante para ter previsibilidade de sucesso deve ter estabilidade inicial conferida pela qualidade e quantidade óssea. Se a parede alveolar, normalmente a vestibular, tiver menos de 1,5mm de espessura ou não estiver presente, o profissional deverá utilizar materiais intra-alveolares associado a membranas que melhoram a previsibilidade de restauração do contorno ósseo original do processo alveolar. Estudos mostram que defeitos ósseos peri-implantares em implantes imediatos a exodontia inferiores a 2mm não necessitam ser preenchidos porque ocorrerá reparo espontâneo. Mas, se os gaps forem superiores a 2mm, o preenchimento do espaço deve ser realizado e, se houver possiblidade associado a membrana. Por que o biomaterial e implante não causa rejeição e sim perda? Para ter rejeição tem que ter dois corpos vivos, um antígeno e um anticorpo. Por isso que no implante acontece perda, pois não a dois corpos vivos no mesmo local, que essa perda pode ser por trauma, por infecção. ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO Vantagens Potencial de vascularização, comportabilidade biológica, capacidade osteogênica (possui células vivas no interior). Apresenta as atividades de osteogênese, osteoindução, osteocondução e osteopromoção. Desvantagens Morbidade das áreas doadoras, limitada disponibilidade óssea. CIRURGIAS RECONSTRUTIVAS A necessidade de correção de pequenos ou de grandes defeitos ósseos para colocação de implantes e posterior reabilitação tornou-se rotineira na práticada implantodontia. As técnicas de enxerto ósseo e de reconstrução parcial ou total da maxila e da mandíbula e das áreas doadoras são avaliadas, basicamente de acordo com o grau de perda óssea, do planejamento cirúrgico-protético e das condições gerais do paciente. Áreas doadoras A escolha das possíveis áreas doadoras para a reconstrução óssea depende, principalmente, do volume ósseo necessário e do tipo de defeito ósseo. Para perdas ósseas pequenas e médias, as áreas intrabucais são o mento, a área retomolar e o túber. Para construções maiores, as áreas doadoras externas possíveis são o osso ilíaco, a calota craniana, a tíbia e a costela, mas as mais utilizadas são a crista ilíaca e a calota. EXTRABUCAIS 1. CALOTA CRANIANA Osso cortical, origem intramembranosa, menor reabsorção, indicado para reconstrução maxilo-mandibular (só tira a cortical externa). Vantagem: baixa incidência de complicação, morbidade pós-operatória mínima, não há cicatrização visível, hospitalização 24h, baixo nível de dor e limitação, menor reabsorção, maior estabilidade do implante osseointegrado. Desvantagens: impossibilidade de cirurgia simultânea, perda local de cabelo, a calvice pode expor a cicatriz,infecção local no couro cabeludo, risco de complicação neurológica. 2. CRISTA ILÍACA Osso cortico-medular, origem endocondral Vantagens: maior reabsorção e indicada para reconstrução maxilo-mandibular. Desvantagens: grau significante de morbidade pós- operatória INTRABUCAIS 1. RAMO OU LINHA OBLÍQUA Osso cortical, acesso e visibilidade dificultada, dor/edema de leve a moderado. Indicado para reconstrução alveolar para 4 implantes. 2. MENTO Osso cortico-medular, bom acesso e visibilidade, dor/ edema moderado. Indicado para reconstrução alveolar para 4 implantes. É uma das melhores áreas bucais por oferecer boa quantidade e qualidade óssea cortical e medular. 3. SINUS LIFT Cirurgia de elevação do assoalho do seio maxilar – anatomia, função, avaliação pré-operatória, indicação. ENXERTOS SINUSAIS Nos casos em que ocorre a pneumatização do seio maxilar e associado a remodelagem óssea pós-exodôntica, em 12 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA tempos passados contraindicava-se a instalação de implantes. No entanto, com a evolução das cirurgias de enxerto sinusal e dos substitutos ósseos, estes procedimentos se tornam frequentes e devem ser realizados, como todo procedimento cirúrgico, após avaliação criteriosa da saúde do paciente, inclusive com observação de ausência de sinusopatias, ausência de rinorreia, se o paciente é fumante, como também a saúde periodontal adjacente à região sinusal. Não existe consenso na indicação dos enxertos ósseos sinusais com relação ao remanescente ósseo. Dessa maneira, sugere-se as indicações para enxertos sinusais considerando-se a altura de osso remanescente. TÉCNICAS 1. TRAUMÁTICA SEM IMPLANTAÇÃO IMEDIATA Técnica de elevação do seio maxilar – sinus lift convencional Na técnica convencional de enxerto ósseo para implante, são necessários dois procedimentos, um para preparar o osso dentário e outro para colocação dos implantes depois de algum tempo de cicatrização. Diferente da técnica de Summers, a via de acesso é realizada na parte lateral com a abertura de pequenas janelas no osso maxilar. Através dessas aberturas, o levantamento da membrana é feito com muito cuidado, já que se trata de um tecido muito delicado. O espaço obtido com o levantamento da membrana é então preenchido com material de enxerto ósseo em pó. O local é fechado por alguns meses e fica aguardando a ocorrência de uma regeneração óssea. 1-Volume ideal e situação de rebaixamento do seio maxilar 2-Procedimento para abertura da janela e injeção de material de enxerto 3- Injeção de material de enxerto para preenchimento do espaço 4-Acomodação do material e fechamento 5-Aguardar o período em que deve ocorrer uma regeneração óssea 6-Cirurgia de implante dentário 2. TRAUMÁTICA COM IMPLANTAÇÃO IMEDIATA 3. ATRAUMÁTICA COM IMPLANTAÇÃO IMEDIATA Técnica de summer – nos permite ganhar até 3mm em altura. 1-Situação de rebaixamento do seio maxilar 2-Abertura progressiva dos orifícios 3- Levantamento da membrana do seio maxilar 4-Injeção e acomodação do material de enxerto ósseo 5-Inserção dos implantes dentários 6-Ganho de volume ósseo. Os implantes cicatrizam ao mesmo tempo em que ocorre a regeneração óssea. Os orifícios abertos para colocação do enxerto são os mesmos em que serão colocados os implantes, que cicatrizam e osseointegram ao mesmo tempo em que ocorre a regeneração óssea. Colocar o implante e o enxerto juntos torna a técnica mais rápida, com uma cirurgia menor e com menos custos. Por esse motivo essa técnica também é considerada uma elevação atraumática, ou seja, menos invasiva, já que permite a colocação de implante dentário e enxerto ósseo em uma única cirurgia. Por isso diminui o tempo de recuperação (também reduz o tempo de tratamento). Usado quando se quer uma grande reconstrução óssea, com uma espessura óssea pequena (menor que 4 mm). EXODONTIA E ENXERTOS → INSTALAÇÃO DOS IMPLANTES → REABERTURA → CONDICIONAMENTO GENGIVAL → CONFECÇÃO DA PRÓTESE 13 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA TIPOS DE PRÓTESE SOBRE IMPLANTE Após a REABERTURA, espera-se total cicatrização dos tecidos para iniciar a instalação das próteses Classificação/ tipos de prótese sobre implante QUANTO AO NÚMERO DE DENTES 1. UNITÁRIA A prótese implantossuportada fixa confeccionada com o objetivo de substituir um elemento dentário, sem envolver dentes adjacentes. Adicionalmente esse tipo de prótese irá favorecer o condicionamento do tecido mole circundante, restabelecendo a estética além da função. 2. MÚLTIPLA Para esse tipo de prótese o principal objetivo passará a ser a substituição de mais de um elemento. Possibilitam reabilitar regiões de maior extensão, até mesmo arcos completos. 3. TOTAL As próteses de arco completo são confeccionadas para reposicionar todos os elementos de uma arcada dentária, restabelecendo completamente a função e a estética do paciente (fixa, protocolo e overdenture). QUANTO A PRESENÇA DE GENGIVA 1. DENTÁRIA 2. DENTO-GENGIVAL Em 1756, Bourdet foi o primeiro a incorporar gengiva artificial às próteses fixas convencionais Em 1981, Behrend incluiu a aplicação de tons gengivais à porcelana e descreveu um método para restaurar os defeitos ósseos com diferentes tons de tecido gengival em uma prótese fixa. GENGIVA ARTIFICIAL “trata-se de um procedimento mais rápido e de menor custo em relação aos procedimentos cirúrgicos; proporciona um resultado estético mais previsível, com melhora instantânea na estética, fonética e suporte labial” INDICAÇÕES ● Próteses Totais Implantossuportadas, devido a perda óssea horizontal; ●Regiões anteriores edêntulas, por uma exigência estética maior; ●Casos de limitação da técnica cirúrgica de enxerto, pois envolveria grande quantidade de tecido e com prognóstico incerto; ●Pacientes que não podem ou não aceitam se submeter a cirurgias de enxerto. Enxerto Gengival Autógeno, coletado do próprio paciente, pode ser extraído do palato, mais frequente, ou de regiões posteriores da maxila e mandíbula. DESVANTAGENS ●Pós-operatório exige cuidados intensos; custoadicional PLANO DE ORIENTAÇÃO (PT): Linhas do sorriso O entendimento das linhas do sorriso é imprescindível para planejamento em Reabilitação Oral, desde casos de Laminados Cerâmicos até reabilitações mais extensas como Protocolo de Branemarck em Implantodontia. ●Restabelecimento de DVO ●Planejamento do local ideal para os dentes NOS RODETES DE CERA SERÃO REGISTRADOS: Forma do arco dental; Limite vestibular do arco; Linhas de referência para a seleção dos dentes; Curvade compensação ântero-posterior e vestíbulo-lingual; Relação Cêntrica; Dimensão vertical de oclusão. LINHAS E PLANOS DE REFERÊNCIA: Régua de Fox ESTÉTICA: Após o ajuste do Plano de Orientação superior. Todas as linhas do sorriso da futura PT estão estabelecidos! Registro da mordida + tomada de cores. QUANTO AO SISTEMA DE FIXAÇÃO 1. CIMENTADAS VANTAGENS a mais relevante da prótese cimentada é a possibilidade de corrigir facilmente o eixo protético; 14 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Estética mesmo em Implantes mal angulados. 2. PARAFUSADAS VANTAGENS a mais relevante da prótese parafusada sobre implantes é a facilidade de sua remoção, sempre que se faz necessário; Podem ser removidas pelo CD periodicamente para avaliação e higienização; Possibilidade de parafusar uma prótese com espaço protético reduzido. O correto posicionamento na instalação dos Implantes Dentários permite melhor distribuição de forças no longo eixo do implante, e facilita que a cobertura do orifício de saída nas próteses parafusadas não fique em região estética. Dentes anteriores: o parafuso deve sair no cíngulo Dentes posteriores: o parafuso deve sair na oclusal Tanto a prótese cimentada quanto a parafusada podem ser corretamente utilizadas de acordo com a situação clínica apresentada. Independentemente da técnica escolhida, a habilidade do profissional e o domínio da técnica será o fator determinante para a realização desse procedimento com sucesso QUANTO A POSSIBILIDADE DE REMOÇÃO PELO PRÓPRIO PACIENTE 1. FIXAS PRÓTESE PROTOCOLO DE BRANEMARK Inicialmente foi preconizada com a inserção de 5 a 8 implantes na maxila e na mandíbula totalmente edêntulas, para fixação da prótese implantossuportada. Com a evolução dos Implantes, hoje pode-se fazer próteses totais implantossuportadas com até mesmo 4 implantes ALL ON FOUR 4 IMPLANTES; TODOS OS DENTES “Em muitas situações, instalar implantes onde há osso se tornou um conceito defasado. A tecnologia atual permite ao cirurgião manipular tecidos moles e realizar procedimentos de aumento de volume ósseo para preparar o local antes da instalação do implante.” (CARDOSO 2013) PROTOCOLO totalmente implantossuportada; permite a utilização de 4 a 6 implantes para suportar a prótese na mandíbula ou 6 a 8 implantes na maxila; PRÓTESE FIXA totalmente implantossuportada, se utiliza do suporte oferecido por uma maior quantidade de implantes, quando comparado à prótese protocolo. 2. MÓVEIS Overdentures: “Prótese removível parcial ou completa que apoia-se em um ou mais dentes naturais remanescentes, raizes e ou implantes osseointegrados, cobrindo-os total ou parcialmente” VANTAGENS Menor quantidade de implantes; Menor indicação ao uso de enxertos; Menor custo laboratorial; Posicionamento mais favorável (sem preocupações com ameias); Acesso à higiene simplificado; Aplicação de cargas mastigatórias sem stresse sobre os implantes (resiliente); Sem risco de parafunção noturna; Manutenção simples; Sondagem de controle mais fáceis; Estética (Suporte Labial). DESVANTAGENS São Implantomucossuportadas, (impantorretidas e mucossuportada); Manutenções frequentes. SUPORTE LABIAL Overdentures são mais indicadas em pacientes com grande perda de suporta labial Overdenture do tipo implantossuportada e mucossuportada. BARRA-CLIP Barra cilíndrica posicionada de forma reta para permitir movimentos ânteroposterior . Exige confecção laboratorial da Barra. O’RINGS Encaixe esférico aparafusado sobre o implante, e uma cápsula ou fêmea com um anel de retenção incorporado à base da prótese. Componentes pré-fabricados. 15 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA REABERTURA EM IMPLANTODONTIA OBJETIVOS DA 2° ETAPA CIRÚRGICA(REABERTURA): ●Acesso visual ao parafuso de cobertura do implante. ●Acesso permanente a ̀plataforma do implante para a confecção da prótese. ●Avaliação da osseointegração (TTR). AVALIAÇÃO DA OSSEOINTEGRAÇÃO Teste do Torque Reverso (TTR) “A fixação rígida do corpo do Implante deve ser testada quanto à resistência ao torque” ●Ferramenta a mão Livre ou com ferramenta de inserção ●Função de averiguar a resistência da interface osso/Implante ●10 a 20 N TAPA IMPLANTE/ COVER Rosca interna ao parafuso do implante, de maneira que componentes pudessem ser parafusados sobre ele, quando da osseointegração. Para que ocorresse o reparo ósseo, uma tampa baixa poderia ser utilizada para “fechar” a rosca interna e o implante colocado subgengivalmente até a osseointegração, ficando assim livre da carga mastigatória. Nesses casos, após o período requerido, antes de iniciar as etapas protéticas, era necessária a reabertura ou segunda cirurgia para expor o implante, e nesta, a conexão de uma peça chamada cicatrizador ou pilar de cicatrização. CICATRIZADORES Os cicatrizadores são componentes metálicos de diferentes diâmetros e alturas, utilizados na segunda fase cirúrgica (fase de abertura), os quais são rosqueados ao implante, permitindo que o tecido gengival se remodele durante sua fase de cicatrização de acordo com a anatomia do cicatrizador utilizado. A desvantagem desta técnica é que, como os cicatrizadores são dispositivos pré-fabricados, não é possível individualizar o tecido gengival em todas as situações clínicas, uma vez que cada caso clínico tem sua particularidade. UCLA É constituído, basicamente, por uma peça de conexão direta ao implante e um parafuso de fixação. Existe em diversos diâmetros, de acordo com o diâmetro dos implantes das marcas comerciais disponíveis. Para cada implante existe a base de assentamento específica, além do parafuso específico, já que o assentamento do parafuso no componente está localizado em diferentes alturas para cada tipo de implante considerado. Indicadas para próteses unitárias e múltiplas, confeccionados com ou sem elemento anti-rotacional. 16 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Próteses unitárias devem ser utilizadas uclas hexágono, que agirão contrapondo a tendência de movimento rotacional da coroa protética. Se as próteses forem múltiplas não usaremos o dispositivo anti-rotacional, pois o pilar anula a tendência de movimento do outro, gerando um único eixo de inserção. O uso do componente ucla baseia-se em uma construção simplificada da prótese, pois a conexão é realizada diretamente sobre o implante. PILAR/ MINIPILAR A peça chave para que tudo possa ser feito é o pilar protético, nome derivado da prótese fixa convencional, em analogia. Então, o pilar desenvolvido seria parafusado sobre o implante, e sobre ambos seria conectada a coroa protética. Por ser bem mais prático o parafusamento das peças que sua cimentação, principalmente pela reversibilidade e previsibilidade de retenção, optou-se inicialmente por também manter o esquema de parafusos na união do pilar com a coroa protética. Após o período de cicatrização, um pilar protético (A) pode ser instalado sobre o implante e uma coroa deverá ser confeccionada sobre o pilar. A figura B ilustra uma prótese parafusada sobre o pilar. Dentes Unitários: Recomendado Reabertura com instalação de coroas provisórias RABERTURA 1. UTILIZANDO PONTA DIAMANTADA Localizar a tampa do implante: sonda exploradora ou sonda milimetrada; Ponta diamantada esférica (6 ou 8) em alta rotação; Refrigeração; Evitar tocar na tampa com a ponta diamantada; Desparafusa-se o Cove; Instala-se o cicatrizador ou dente provisório. 2. COM INCISÃO CIRCULAR Localizar a tampa do implante; Incisão Circular com Laminas convencionais ou Lamina circular. 3. COM INCISÃO LINEAR QUANDO NÃO HÁ GRANDE DISPONIBILIDADE DE GENGIVA INSERIDA AO REDOR DO IMPLANTE ●A quantidade de gengiva inserida ao redor de um implante é essencial para a obtenção de um resultado estético adequado,uma vez que ela éa responsável pelo selamento biológico periimplantar, ●A ausência da gengiva inseriada somada àmovimentação de lábios e bochechas irápromover tensões no tecido perimplantar com consequente deslocamento da margem gengival, que além de facilitar invasão bacteriana, expõe a margem do componente protético, comprometendo a saúde e estética. 4. COM DESLIZE VESTIBULAR DO RETALHO Tem a função de reposicionar gengiva inserida do paciente, que pode ter sido deslocada (nos casos de Implante Imediato com retalho, por ex.) 5. COM DESLIZE VESTIBULAR DO RETALHO PRECONIZADO POR PATRICK PALACCI Dentes Unitários: Cicatrizadores personalizados em Resina Flow Após a 2º etapa cirúrgica, espera-se total cicatrização dos tecidos para iniciar a instalação das próteses. O tempo de cicatrização varia em média de 15 a 45 dias, a depender da quantidade de manipulação dos tecidos moles 17 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA MOLDAGEM EM IMPLANTODONTIA 2° etapa cirúrgica(reabertura): Acesso visual ao parafuso de cobertura do implante. Acesso permanente a plataforma do implante para a confecção da prótese. Espera-se total cicatrização dos tecidos antes da Moldagem Moldagem: momento de transferir o resultado do planejamento cirúrgico para a realidade ●Transfere a posição do(s) implante(s) e/ou seu(s) componente(s) para o modelo de estudo ou de trabalho DISPOSITIVOS PRÉ-FABRICADOS 1. “TRANSFERS” OU TRANSFERENTES Consiste em um pilar cônico ou quadrado seguindo as plataformas de assentamento conforme cada modelo, com perfeito encaixe no implante/componente a ser moldado É utilizado para copiar e transferir a posição dos implantes instalados na cavidade bucal, através de um molde que copia a exata posição dos implantes, transferindo essas posições aos modelos em gesso onde será feita a prótese Característica do implante/componente - definição do Transferente de Moldagem (Transfer) a ser utilizado! Existem, para cada implante ou componente a ser moldado, 2 tipos de transfers: ●Para moldeira aberta ●Para moldeira fechada A técnica a ser utilizada definirá qual deles será utilizado. 2. ANÁLOGOS OU RÉPLICAS Componente utilizado pelo laboratório protético com o objetivo de simular os pilares, munhões ou implantes no modelo de gesso, permitindo a execução do trabalho protético. Cópia fiel do implante/componente a ser moldado MATERIAIS DE MOLDAGEM DONOVAN (2004) DESCREVE AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS QUE UM MATERIAL DE MOLDAGEM DEVE APRESENTAR: Fidelidade, memória elástica, estabilidade dimensional, escoamento e flexibilidade, facilidade de manipulação, hidrofilibilidade tempo de vida, conforto ao paciente, fatores econômicos. DONOVAN (2004) classifica a Silicona de Adição como melhor material de impressão devido às características apresentadas: ●Melhor detalhe final e memória elástica ●Não há subproduto de reação de polimerização ●Sem odor nem sabor ●Estabilidade dimensional (até 7 dias) ●Viscosidade, rigidez e tempo de trabalho satisfatórios DESVANTAGENS: não pode ser manipulado com luvas de látex e alto custo. ●Todos as moldagens de trabalho em implantodontia devem ser realizadas com materiais de alta precisão (SILICONAS) e vazados com gesso pedra especial (tipo IV) ●Alginato e gesso tipo III pode ser utilizado para confecção de moldeiras individuais em implantodontia, para posterior moldagem com material de precisão MOLDEIRAS ●De estoque, metálicas ou plásticas: maior tempo clínico quando precisamos de perfurações ●De estoque com regiões destacáveis: praticidade, menor tempo clínico ●Individualizadas/personalizadas: exigem uma etapa laboratorial. 18 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA TÉCNICA MOLDEIRA ABERTA Transferentes aberto ou quadrado; Maior precisão Moldagem de arrasto (o transferente fica dentro da silicona após remoção da boca do paciente) Moldagem de múltiplos implantes Remoção da moldagem por desparafusamento Ferolização (união) dos transfers entre si e na moldeira Parafusar o transfer ao componente; Perfuração da moldeira no local do implante. ●Radiografias periapicais auxiliam na cerificação da adaptação do transfer de moldagem aos implantes, sejam multiplos ou unitário ●Vedar com cera o acesso ao parafuso do transfer; Inserir silicona fluida e pesada; Espera-se o tempo de presa do material e desparafursa transfer do implante/componente ●Remoção da moldagem junto ao transfer; Parafusar o análogo e vazar Técnica Moldeira Aberta: implantes simultâneos; Transfers unidos por meio de resina acrílica para diminuir o risco de distorção na angulação/posição dos Implantes Sequência de Transferência: identificação do implante; Instalar os componentes de transferência, através de parafusamento do “transfer” ao implante; Conferência da adaptação com RX; Ferolização dos transfers; Seleção de moldeira; Perfuração da moldeira; Moldagem com Siliconas; Desparafusa-se os transfers; Remoção da moldagem; Adaptação do “transfer” ao análogo. A possibilidade de ferolizar (unir) os transfers entre si e na moldeira, diminuem as possibilidades de distorção na etapa de moldagem. TÉCNICA MOLDEIRA FECHADA Transferentes arredondados; Menor precisão devido a remoção e reposicionamento do análogo dentro do material de moldagem; Utilizada principalmente para implantes unitários; Remoção da silicona, e o transfer continua parafusado ao Implante/componente a ser moldado. Impossibilita a Ferolização (união) dos transfers entre si e na moldeira Mais indicado para moldagem unitária; Menor precisão no reposicionamento do análogo; O transfer continua parafusado ao implante após a remoção do material de moldagem. Sequência de Transferência: identificação do implante; Instalar os componentes de transferência ARREDONDADOS, através de parafusamento do “transfer” ao implante; Conferência da adaptação com RX; Seleção de moldeira; Moldagem com Siliconas; Remoção da Moldagem; Adaptação do transfer ao análogo fora da boca e do molde; Reposição do transfer e análogo na moldagem. ●Independente da técnica de moldagem empregada, é recomendado o vazamento com silicona nas regiões próximas ao implante antes do vazamento com gesso pedra especial (IV), simulando uma gengiva, para facilitar etapas laboratoriais Todo trabalho protético de qualidade tem, em sua origem, uma moldagem bem feita. O resultado da atenção do profissional, desde a escolha do material até o envio do molde para o laboratório, será revelado no sorriso do paciente. PLANEJAMENTO REVERSO E GUIA CIRÚRGICO Planejamento = Diagnóstico O planejamento prévio para a execução de uma reabilitação com próteses implantossuportadas é de grande relevância para o sucesso das reabilitações orais, principalmente no que diz respeito à longevidade dos tratamentos clínicos. Recentemente, um estudo indicou que o sucesso das próteses implantossuportadas está relacionada com a forma com a qual o profissional administra as interações dos fatores anatômicos, técnicos, cirúrgicos de vários fatores relevantes, é de extrema importância o planejamento reverso em implantodontia. ANTIGAMENTE Instalação dos implantes → Prótese HOJE Prótese → Instalação dos implantes. Planejamento cirúrgico inicia-se pelo planejamento protético ●Obtenção de exelência do binômio estética/função. ●Avaliação Geral do Paciente ●Anamnse: Antecedentes Dentários e Histórico médico. 19 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA ●Perfil Psicológico do Paciente: Anseio do Paciente; Solicitação Estética ou Funcional? Motivação do Paciente ●Confecção de modelos de estudo ●Opções de plano de tratamento ●Confecção de guia cirúrgico ●Seleção dos Implantes: Tipo, localização e número de Implantes a serem instalados. Assim, todo este planejamento para as reabilitaçõesorais deve ser realizado em um período prévio à instalação dos implantes, portanto, o planejamento reverso é o conjunto de ações realizadas anteriormente à instalação dos implantes osseointegráveis, que irão beneficiar e direcionar a execução das etapas cirúrgicas; Evita os insucessos. Reconstruções: Cavidade – resina Desgaste parcial – resina Desgaste total – cerâmica Perda coronária – pino Perda dentária – implante Perda gengival – enxerto Perda papilar – dento gengival Perda óssea – enxerto ou prótese Perda total – protocolo MÁ POSIÇÃO DO IMPLANTE Riscos biomecânicos; Perdas e Fraturas; Comprometimento da estética; Dificuldade de higienização. PRÓTESE CIMENTADA “A vantagem mais relevante da prótese cimentada é a possibilidade de corrigir facilmente o eixo protético” Localização ideal dos Implantes Dentes anteriores: o parafuso deve sair no cíngulo Dentes posteriores: o parafuso deve sair na oclusal Edêntulos totais; Parafunção; Alteração do plano oclusal; Perda de DVO - podem receber próteses sobre implantes, porém o restabelecimento do equilíbrio e da normalidade da oclusão é imprescindível para o sucesso do tratamento e devem preceder a reabilitação definitiva A atuação conjunta do cirurgião e do protesista é de extrema relevância dentro da visão de um correto planejamento reverso, possibilitando assim, diminuir os riscos de fracassos na reabilitação. COMPENSAÇÃO DAS PERDAS DENTÁRIAS E TECIDUAL COM PPRS/PTS; RESTABELECIMENTO DVO Todas as informações do posicionamento ideal para os dentes → Terapêutica adequada. Desdentados Parciais: Enceramento de diagnóstico Desdentados Totais: PTs adequadas Qual o primeiro passo para reabilitação com Implantes Dentários de um desdentado Total? Restabelecimento da DVO e confecção de prótese com todas as informações do posicionamento ideal para os dentes PLANO DE ORIENTAÇÃO (PT): Linhas do sorriso O entendimento das linhas do sorriso é imprescindível para planejamento em Reabilitação Oral, desde casos de Laminados Cerâmicos até reabilitações mais extensas como Protocolo de Branemarck em Implantodontia ●Restabelecimento de DVO ●Planejamento do local ideal para os dentes ●Laminados cerâmicos até reabilitação MÉTODO DE WILLIS Willis baseou-se no conceito da igualdade e proporcionalidade entre os terços médios e inferiores da face. O entendimento das linhas do sorriso é fundamental para planejamento em Reabilitação Oral, desde casos de Laminados Cerâmicos até reabilitações mais extensas como Protocolo de Branemarck em Implantodontia. O tratamento de reparação dentária deve ter início com a construção de próteses diagnósticas, com as quais o profissional pode prever o resultado final dos implantes, e juntamente com os exames complementares, observar, perceber e evidenciar a quantidade e a qualidade de tecido mole e ósseo, otimizando, assim, o resultado final do tratamento. 20 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA Como transferir o que foi planejado através da montagem em articulador + enceramento de diagnóstico + confecção de novas próteses PARA A CIRURGIA?? GUIAS CIRÚRGICOS Duplicador de prótese materiais: Alginato/Silicona e Resina Acrílica incolor O duplicador associado ao Alginato ou Silicona é utilizado para a moldagem das duas faces da PT Duplicação de prótese pela Técnica da Saboneteira materiais: Alginato/Silicona e Resina Acrílica incolor GUIAS CIRÚRGICOS - Duplicação de Próteses Totais Baixo custo e Realizada em uma única sessão, porém a prótese deve estar bem confeccionada! Planejamento: PRÓTESE FIXA OU MÓVEL? FIXAS: NÃO POSSUEM FLANGE Mínimo 4 implantes (all on four) MÓVEIS: IMPLANTOMUCOSSUPORTADAS – COM FLANGES 2 ou mais implantes Overdentures: “Prótese removível parcial ou completa que apoia-se em um ou mais dentes naturais remanescentes, raizes e ou implantes osseointegrados, cobrindo-os total ou parcialmente” BARRA CLIP BARRA cilíndrica posicionada de forma reta para permitir movimentos ânteroposterior . Exige confecção laboratorial da Barra. O’RINGS Encaixe esférico aparafusado sobre o implante, e uma cápsula ou fêmea com um anel de retenção incorporado à base da prótese. Componentes pré-fabricados. VANTAGENS ●Menor quantidade de implantes; ●Menor indicação ao uso de enxertos; Menor custo laboratorial ●Posicionamento mais favorável (sem preocupações com ameias); Acesso à higiene simplificado ●Aplicação de cargas mastigatórias sem stresse sobre os implantes (resiliente) ●Sem risco de parafunção noturna; Estética (Suporte Labial) ●Manutenção simples;Sondagem de controle mais fáceis; DESVANTAGENS ●São Implantomucossuportadas, (impantorretidas e mucossuportada); ●Manutenções frequentes. A expectativa pelo ganho estético torna necessária a correta informação em relação às dificuldades inerentes a cada caso, e é imprescindível o esclarecimento das dificuldades e especificidades do tratamento, para que não sejam criadas falsas expectativas Overdentures são mais indicadas em pacientes com grande perda de suporta labial. PRÓTESE DUPLICADA: GUIA TOMOGRÁFICO Chegou o momento de produzimos pontos de referência radiográficos que mapeiem corretamente a região óssea disponível para a inserção de implantes. A construção deste mapa pode ser feita com o clone da prótese total, que a partir de agora fará o papel de transportador de algum material de contraste situado em pontos estratégicos. Evidentemente, esses pontos estratégicos correspondem à posição dos elementos dentários contidos no clone, que 21 RAFAELLY MOREIRA DOS SANTOS SARAIVA agora podemos considerar como sendo os “dentes ideais” de nossa futura prótese sobre implantes. Incorporação da guta-percha no interior dos sítios correspondentes aos dentes ideais, e/ou uma “capa” radiopaca sobre estes mesmo elementos ●Guta Pecha; Película de Chumbo; Tubos e fios metálicos; Dendes de Sulfato de Bário. O mapa então passa a indicar importantes fatores do diagnóstico para os futuros implantes: Sua posição; inclinação; seu comprimento e diâmetro; sua relação com limites anatômicos; sua relação de proporcionalidade com a futura coroa protética; o futuro tipo de pilar protético (reto ou angulado). “O planejamento protético éque vai determinar a necessidade de enxertos, ósseo ou de tecidos moles, além do posicionamento adequado do implante. O planejamento protético prévio é chamado de planejamento reverso” Prótese duplicada → Guia tomográfico → Guia Cirúgico GUIA CIRÚGICO Permite o posicionamento ideal da fresagem através de orifícios em guias transparentes; Utilização de tubos, cone, ou somente orifícios realisados com peça reta; Liberdade Controlada da fresa Prótese duplicada →Avaliação do suporte labial →Guia tomográfico →Guia Cirúrgico Moldagem (pode ser usado como moldeira individual) → “Guia multifuncional” As guias para desdentados parciais sempre seguem o planejamento do enceramento de diagnóstico ou até mesmo da prótese removível do paciente (se bem confeccionada) Outros tipos de guias para Desdentados Parciais: Acetado 1. Moldagem do enceramento de Diagnóstico ou da PPR do paciente para obtenção do modelo; 2. Placa de acetato + Plastificadora 3. Recorte 4. Elementos de contraste interno (guta-percha), e externo (lâmina de chumbo). Outros tipos de guias para Desdentados Parciais: Resina Acrílica Cirurgia Guiada (Desdentados Totais ou Parciais): Mais segurança e conforto para o paciente, além de facilitar a compatibilidade entre o planejamento cirúrgico e protético. CIRURGIA GUIADA: sem abertura de retalhos (não cai na prova) Com o uso de um kit cirúrgico específico e o guia 3D, conseguimos instalar os implantes na posição planejada, em campo fechado. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva. Podemos operaro paciente sem incisões e descolamentos de fibromucosa, o que diminui muito o sangramento e o tempo clínico e simplifica o pós operatório. PERIMPLANTODONTIA 23% da população acima de 65 anos são TOTALMENTE EDENTULOS em pelo menos um maxilar. Prejuizo no equilíbrio emocional e social dos mutilados orais Dois pré-requisitos fundamentais para se tornarem aptos a realizar o tratamento: extrema empatia pelo problema alheio conhecimento pleno do alcance e das limitações das técnicas que podem ser utilizadas para reabilitar e devolver-lhes a qualidade de vida Em muitas situações, instalar implantes onde há osso se tornou um conceito defasado. A tecnologia atual permite ao cirurgião manipular tecidos moles e realizar procedimentos de aumento de volume ósseo para preparar o local para instalação do implante. Crescimento da implantodontia para dar soluções a alta EXPECTATIVA dos pacientes. ENXERTO DE TECIDO CONJUNTIVO: Reparar defeitos do rebordo Aumento da altura e espessura dos tecidos moles MUCOSA CERATINIZADA: manter uma higiene adequada Estabilidade a margem perimplantar; Sucesso do Implante a longo prazo Sabe-se que a altura e espessuara do Osso Alveolar são mantidos graças a permanência das raízes dentais dentro dos seus alvéolos. Após a realização da exodontia é comum reabsorções do rebordo alveolar., podendo resultar em prejuízo estético devido a perda de harmonia do contorno alveilar AVALIAÇÃO DE ALVÉOLOS APÓS 8 SEMANAS DAS EXTRAÇÕES: Fenótipos Finos com parede óssea vestibilar < 1mm: Perda de 62% do volume ósseo alveolar Fenótipos Espessos com parede óssea vestibilar >1mm: Perda de 9% do volume ósseo alveolar. Edel(1995) sugeriu pela primeira vez o uso de enxerto de tecido conjuntivo como uma membrana biológica para cobrir o defeito ósseo alveolar residual com implantes imediatos.
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