Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Docente: MSc. Antonio Tavares de França Júnior. Engº Eletricista (Bacharel) Engº de Seg. do Trab. (pós-graduado) Engº Mecânico (Mestre) Aula 7: Estabilidade de Sistemas Elétricos Dependendo do tipo de perturbação - Perturbações imprevisíveis: • Grandes perturbações (curto-circuito); Ilustração de curto trifásico em uma linha de transmissão. Como o sistema de transmissão tem configuração em malha (não radial), o curto-circuito é alimentado pelas duas extremidades da linha. 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência - Perturbações imprevisíveis: • Pequenas perturbações (variações de carga). 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Dependendo do tipo de perturbação - Perturbações previsíveis: * Variações lentas e previsíveis de carga. 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Curto temporário. (a) Incidência de descarga atmosférica, que pode ocasionar sobretensão na rede primária. (b) Curto-circuito temporário devido à sobretensão. - Perturbações previsíveis: Dependendo da variável de interesse - Ângulo do rotor; - Tensão; - Frequência. 3.1. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Fig.: Visão Geral dos Sistemas de Controle de um gerador (ou usina) conectado à uma Rede Elétrica Interligada Fig.: Principais Malhas de Controle Presentes em um SEP 3.2. Introdução ao Problema de Estabilidade e Controle em Sistemas Elétricos de Potência Uma das características básicas que um sistema elétrico de potência deve ter é a de garantir o suprimento de energia às cargas, de forma confiável e ininterrupta. 3.3. Conceitos Básicos de Estabilidade Estes fatos estão relacionados, nos dias de hoje, com o conceito de confiabilidade dos sistemas elétricos, que além da continuidade do fornecimento de energia, define condições mínimas para uma operação adequada, como os níveis do sinal de tensão, tanto em amplitude como em frequência. 3.3. Conceitos Básicos de Estabilidade Um dos estudos mais importantes realizado para os sistemas de potência interligados existentes na atualidade é o da avaliação da sua estabilidade. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência A estabilidade de um sistema de potência pode ser definida como sendo a capacidade que este sistema tem de se manter em um estado de equilíbrio, quando em condições operativas normais, e de alcançar um estado de equilíbrio viável após ter sido submetido a uma perturbação como: ❖ curto-circuito em um elemento importante; ❖ saída de operação de grandes blocos de carga ou de geração, etc. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência A estabilidade de um sistema elétrico de potência é, na verdade, um problema único, global, onde devem ser considerados os efeitos de equipamentos como: ❑ geradores e seus dispositivos de controle e proteção; ❑ linhas de transmissão e seus elementos de compensação; ❑ proteção e controle; ❑ transformadores e seus respectivos controles de tap; ❑ cargas de tipos e características diversas, etc. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência ❑ geradores e seus dispositivos de controle e proteção; 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência ❑ linhas de transmissão e seus elementos de compensação; 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência Diagrama unifilar simplificado do sistema de transmissão para escoamento das usinas do Rio Teles Pires ❑ proteção e controle; 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência ❑ transformadores e seus respectivos controles de tap; 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência ❑ cargas de tipos e características diversas, etc. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência Diagrama Unifilar de Sistema Elétrico de Potência ❑ cargas de tipos e características diversas, etc. 3.4. Estabilidade dos Sistemas de Potência Arranjos Típicos de Redes de Subtransmissão Esta classe de estudo de estabilidade está ligada a observação da habilidade do sistema de potência em manter um perfil de tensões adequado em todos os seus barramentos, tanto em condições normais, como em situações de distúrbio. Sistema de potência com curto trifásico na barra q. 3.5. Estudo de Estabilidade de Tensão • Medem permanentemente as grandezas de atuação • Compara com valores ajustados • Opera ou não em função da comparação • Se opera, aciona sinal de trip ou alarme • Sinaliza sua atuação • Perfaz o intervalo e comanda fechamento 2 – Noções básicas sobre relés de proteção • Eletromecânicos – disco de indução • Estáticos – sinais elétricos de tensão • Microprocessados – sinais digitais Tecnologia Evolução dos relés de sobrecorrente 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletromecânicos São constituídos de elementos elétricos e mecânicos, tendo o seu funcionamento associado a campos eletromagnéticos, forças mecânicas e deslocamento de êmbolos ou alavancas para a abertura e fechamento de contatos elétricos, estes denominados de “normalmente abertos - NA” e “normalmente fechados - NF”. • Eletromecânicos – disco de indução 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletromecânicos de indução São equipamentos dotados de bobinas, disco de indução, molas, contatos fixos e móveis que lhes emprestam uma grande robustez. Dado o seu mecanismo de operação, são tidos como verdadeiras peças de relojoaria. São de fácil manutenção e de fácil ajuste dos parâmetros elétricos. 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletromecânicos de indução As dimensões externas dos relés para cada função são padronizadas entre os fabricantes, de forma que o relé de sobrecorrente da GE poderia ser retirado do painel e substituído pelo relé de sobrecorrente da Westinghouse sem realizar praticamente nenhuma adaptação na instalação. Relé de sobrecorrente do tipo indução. Relé de disco de indução para análise do princípio de funcionamento 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletromecânicos de indução Relé de sobrecorrente da GE Relé de sobrecorrente do tipo indução. Relé de sobrecorrente da Westinghouse 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletrônicos – Relés estáticos Têm funcionamento igual ao relé eletromecânico, mas suas peças são estáticas, baseadas em eletrônica de potência: diodos, tiristores, transistores, etc. Mas continuam utilizar alguns contatos elétricos para sinalização ou mesmo para acionamentos de bobinas auxiliares. Estes conseguem ser mais rápidos que os anteriores. Frontal de relé de religamento estático 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletrônicos – Relés estáticos Também conhecidos como relés estáticos, tiveram o mesmo destino dos relés eletromecânicos de indução. Apresentam dimensões mais reduzidas do que as dos relés eletromecânicos de indução, propiciando painéis de comando e controle com menores dimensões. São constituídos de circuitos integrados dedicados a cada função desempenhada. Seus ajustes são realizados através de diais fixados na parte frontal do relé. Cada dial ajusta uma determinada função de proteção, tal como a corrente, o tempo, a tensão etc. 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletrônicos – Relés estáticos A sinalização operacional é do tipo LED, normalmente nas cores vermelha e verde, instalada também na parte frontal do relé. Consomem pequena potência das fontes de alimentação, TCs e TPs, apresentam uma precisão elevada e simplicidade nos ajustes, além de elevada velocidade de operação. O relé eletrônico trouxe pouca inovação aos sistemas de proteção. Na prática, as funções de proteção desenvolvidas para os relés eletromecânicos, através de peças mecânicas e tecnologia de indução magnética, foram reproduzidas nos relés eletrônicos, utilizando-se agora circuitos impressos. 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés eletrônicos – Relés estáticos Esses relés não apresentam padronizaçãonas dimensões. A Figura a seguir mostra um relé eletrônico muito utilizado no passado. Relé eletrônico. 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Relés digitais São relés que, além de elementos eletrônicos, e nisto são semelhantes aos relés eletrônicos, possuem, também, circuitos micro processados implementando lógicas de monitoramento e de decisão quanto à sua atuação. Implementam, também, funções as mais variadas, de sinalização, comunicação, medidas elétricas, etc. Têm entrada de dados podendo ser feita por meio de teclados ou por meio de interface com microcomputadores. São muito rápidos na identificação das anomalias. 2 – Noções básicas sobre relés de proteção Mas possuem, ainda, muitos contatos (interruptores mecânicos) para ativação de circuitos auxiliares. Dominam totalmente o mercado. Com a automação cada vez mais crescente dos sistemas elétricos industriais e de potência, os relés digitais passaram a ser elementos obrigatórios nos esquemas de proteção. São constituídos de circuitos eletrônicos providos de chips de alta velocidade de processamento. Funcionam através de programas dedicados que processam as informações que chegam pelos transformadores de medida. Relés digitais - Microprocessados Por meio de contatos externos são efetuados os comandos decididos pelo processo de avaliação microprocessado do relé. Seus ajustes são efetuados ou no frontal do relé por uma tecla de membrana por meio de instruções específicas ou através de um microcomputador conectado no frontal do relé por meio de uma comunicação serial RS 232. Não apresentam nenhuma padronização nas dimensões, até porque é impraticável, do ponto de vista funcional, operar com relés de fabricantes diferentes ou até mesmo relés de mesmo fabricante porém com defasagem tecnológica. Os relés digitais revolucionaram os esquemas de proteção, oferecendo vantagens impossíveis de serem obtidas dos seus antecessores. Relés digitais - Microprocessados Além das funções de proteção propriamente ditas, os relés digitais realizam funções de comunicação, medidas elétricas, controle, sinalização remota, acesso remoto etc. A Figura a seguir mostra um relé digital de proteção de distância largamente empregado nos projetos de proteção de subestações de potência. Relé digital. Relés digitais - Microprocessados Proteção de alimentador: relés eletromecânicos x relés inteligentes Fonte: RUSH, 2001, p. 102 Um relé IAC 51 (GE), de característica de operação NI possui os seguintes ajustes: - RTC = 600-5 A - TAP = 5,0 A - DIAL = 4,0 Qual o tempo de atuação do relé para uma corrente de curto-circuito de 3600 A? Ipick-up = TAP x RTC M = Icc / Ipick-up = Icc/TAP x RTC -Pick-up Ajustado: Múltiplo da corrente de curto-circuito: Dica: Utilize as seguintes fórmulas para: Atividade Prática Nº 1 - Exercício Solução: -Pick-up Ajustado: Ipick-up = TAP x RTC Ipick-up = 5,0 x 600/5 = - RTC = 600-5 A - TAP = 5,0 A - DIAL = 4,0 600 A Múltiplo da corrente de curto-circuito: M = Icc / Ipick-up = Icc/TAP x RTC M = 3600/5,0 x 120 M = 6,0 Na curva do relé IAC 51, M= 6,0 e DIAL = 4,0: -Top = 1,2 segundos TAP ≥ (1,5 Inom) / RTC Atividade Prática Nº 1 - Exercício Um relé IAC 53 (GE), de característica de operação MI deve ser ajustado para operar em 0,9 segundos para uma corrente de curto-circuito de 3840 A. Sabendo-se que o relé é alimentado por uma RTC = 800-5 A e que seu ajuste de pick-up secundário é 4,0 A, qual o ajuste do Dial de Tempo (DT)? -Pick-up Ajustado: Ipick-up = TAP x RTC Múltiplo da corrente de curto-circuito: M = Icc / Ipick-up = Icc/TAP x RTC Dica: Utilize as seguintes fórmulas para: Atividade Prática Nº 2 - Exercício Solução: -Pick-up Ajustado: Ipick-up = TAP x RTC Ipick-up = 4,0 x 800/5 = 640 A Múltiplo da corrente de curto-circuito: M = Icc / Ipick-up = Icc/TAP x RTC M = 3840/640 M = 6,0 Na curva do relé IAC 53, M= 6,0 e top = 0,9 segundos: - DT = 4 Atividade Prática Nº 2 - Exercício 0,9 Fim
Compartilhar