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O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Um e-book do Prof. Henrique Araújo
@profhenriquearaujo
Um e-book do Prof. Henrique Araújo
@profhenriquearaujo
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Olá, estudante! 
Seja bem-vindo ou bem-vinda ao 1000 QUEBRADO, um e-book gratuito e elaborado por mim, 
professor Henrique Araujo (Instagram: @profhenriquearaujo e YouTube: Prof. Henrique Arau-
jo).
Essa ideia nasceu de uma dificuldade e de um desejo. 
Minha dificuldade era, como professor, obter exemplos variados de redações bem-sucedidas, 
que pudessem ilustrar para meus alunos e minhas alunas algumas estratégias de escrita na prova 
do ENEM. Não queria repetir a leitura do mesmo texto, mas precisava de redações oficiais que 
tivessem tido um resultado incrível.
Apesar de haver um movimento crescente na divulgação de redações nos últimos anos - e 
nisso a cartilha do estudante Lucas Felpi tem sido um ótimo material -, sabemos que, a cada ano 
que passa, o ENEM distribui menos redações nota 1000 e mais redações 900+1. Ou seja, há mi-
lhares de redações muito boas que ficam no limbo, fadadas apenas às correções oficiais, e não 
ganham os olhos dos demais estudantes, que anseiam por diferentes inspirações. 
E esse era meu desejo. Que estudantes como você, que está me lendo agora, pudessem ter 
acesso a material de qualidade e tivessem as mais diferentes maneiras de buscar a sua nota in-
crível, fosse ela um 1000 ou não!
Talvez você não tenha olhado por esse lado crítico ainda, mas a nota 1000 é muito romantiza-
da. Parece que só ela é que importa, quando, na verdade, não é bem assim. 
Caso você esteja chegando nesse mundo do ENEM agora, eu explico: toda a correção do ENEM 
é feita por dois corretores, que a avaliam de forma independente, cada um dando sua nota. A 
nota final é a média simples dessas duas notas. Então, receber 1000 no ENEM significa que você 
teve duas vezes a nota máxima: 
1000 + 1000 = 2000
2000 / 2 = 1000.
Por outro lado, ganhar 980 no ENEM significa que você recebeu uma nota 1000. Sim, você 
teve um 1000 também. Porém, outro corretor deu 960, a menor nota simples depois do 1000, 
deixando você com 20 pontos a menos. Por isso, chamamos de “1000 quebrado”:
1000 + 960 = 1960
1960 / 2 = 980
Se poucas dezenas de texto ganham a nota máxima, chegar perto dela é incrível. Tirar 960 e 
980 é estar entre os (muito) grandes. Além disso, nada difere a redação 1000 da redação 980, 
já que a redação 980 também teve uma nota 1000. É apenas uma questão de sorte - ou falta dela 
- de cair nas mãos certas e no tempo certo.
1 As notas 1000 nos últimos anos foram assim: 55 redações nota 1000 em 2018, 53 redações nota 1000 em 2019, 28 redações 
em 2020. Em compensação, as notas 900+ vêm aumentando: 2% em 2018; 3,2% em 2019 e 5% em 2020.
https://www.instagram.com/profhenriquearaujo/
https://www.youtube.com/channel/UC6JoQXG4O0tMkMk3YzRl7Dw
https://www.youtube.com/channel/UC6JoQXG4O0tMkMk3YzRl7Dw
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Ler 85 redações 980 e analisá-las criticamente me fez perceber algumas coisas:
Assim como nas redações 1000, há uma grande diferença na qualidade dos textos presentes 
nesse e-book. Alguns são MUITO bons e deveriam ser 1000; outros, tem muitos desvios grama-
ticais e deveriam ter sido avaliados com notas menores. Todos eles, no entanto, possuem argu-
mentação consistente, repertórios produtivos e propostas de intervenção bem elaboradas. Além 
disso, todos estes textos conseguem mostrar planejamento estratégico, conduzindo o leitor ao 
longo da leitura.
Também pude perceber que a competência mais importante para a obtenção do 1000 é, de 
fato, a 1. Saber gramática é fundamental para a nota máxima. Nas respostas aos formulários, 
77,5% dos estudantes afirmaram que o domínio da norma culta foi o responsável pela perda de 
20 pontos - afirmações comprovadas com prints da Vista Pedagógica. Observe:
A Competência III representa uma fatia expressiva também: 16,7% dos estudantes. As demais 
são inexpressivas: 3,9% na Competência 4 e 2% na Competência V.
Pra completar, também pude constatar que o medo generalizado de não ter repertório na hora 
do ENEM é infundado: não é a Competência II - aquela que avalia os repertórios - que faz a galera 
não ter 1000. Ninguém que respondeu no formulário teve desconto nessa competência. Ou seja, 
você vai ter repertórios na hora, cara pálida, e vai ir bem!!
Por fim, espero muito que esse e-book venha completar seus estudos rumo ao seu último 
ENEM. Que ler e analisar várias redações que bateram na trave na nota máxima possa ajudar 
você a construir o seu próprio modelo, dando-lhe mais segurança e confiança nesse percurso do 
ENEM. 
De resto, é agradecer aos diversos estudantes que fizeram esse projeto acontecer - e aos pro-
fessores desses estudantes, que ofereceram ensinos de qualidade nos mais diversos cantos do 
Brasil e nesse mundo digital.
A você, que está lendo agora e tem medo da redação - ou não tem mais medo, mas se sente 
inseguro/a e incapaz -, lembre-se que redação é estratégia. Pratique bastante e domine as com-
petências. Tenha um mentor e um método. Estude da maneira certa e ignore as fake news que 
espalham por aí. O resultado vai vir.
Se você quiser, estarei aqui, pronto pra te ajudar.
Um grande abraço, 
Prof. Henrique Araujo
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Ps: 
É importante ainda enfatizar algumas questões: não foram 
corrigidos eventuais desvios de sintaxe, pontuação, regência, 
ortografia, colocação pronominal, concordância e paralelismo. 
Em alguns momentos, quando o erro ortográfico pode ser in-
terpretado de outra forma - e para enfatizar que não houve erro 
de digitação - optou-se pela marcação [sic], oriundo do latim e 
com significado “exatamente dessa maneira”, expressão muito 
usada no jornalismo para enfatizar que a palavra em questão 
foi escrita ou pronunciada exatamente daquela forma, que não 
segue a gramática.
Do mesmo modo, as redações apenas foram transcritas, e não 
analisadas. O julgamento do prof em relação a cada uma não 
está contido nesse e-book.
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O professor Henrique Araujo, mais conhecido como Sincerão, 
é formado em Letras pela UFRGS e Mestre pela mesma universi-
dade. Atua como professor desde 2014, em cursinhos prepara-
tórios pré-vestibulares presenciais, nas disciplinas de Português, 
Redação e Literatura.
Como um de seus diferenciais, é ator, formado pela Casa de 
Teatro de Porto Alegre, tendo em seu currículo dezenas de es-
petáculos teatrais em sua cidade, além de trabalhar eventual-
mente com cinema e tv. Essa segunda formação, obtida a partir 
de anos de estudo e experiência desde a adolescência, permite 
o despojamento e o divertimento em suas aulas, além da natu-
ralidade com as câmeras.
Em 2019, estreou um quadro de sucesso no YouTube, chama-
do “Corretor Sincerão”, feito com o canal da plataforma de en-
sino Me Salva! – onde também ensina redação para milhares 
de estudantes em lives semanais -, no qual corrige redações de 
forma bem-humorada e muito sincera, aplicando os conceitos 
de suas duas formações.
PROF. HENRIQUE
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
CURSOS e MATERIAIS DO PROF
EMPODERE-SE TEXTUALMENTE
Seja um cara pálida oficial: torne-se aluna/o do Prof. Henrique Araújo, e comece
a pensar como um legítimo corretor oficial do ENEM.
Apostila física completíssima de redação para o 
ENEM, atualizada com o Material dos Corretores 
2020, mais de 230 páginas, 35 temas originais, ta-
belas de organização, exemplos de redações reais, 
redações nota 1000 e divididas pelas competên-
cias. Vendida para mais de 1000 pessoas em todo 
o Brasil.
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Livro que reúne mais de 200 citações, com deze-
nas de autores e autoras; filmes, livros, séries e do-
cumentários; eventos históricos e notícias atuais - 
tudo para você arrasar nos repertórios e gabaritar 
a Competência II do ENEM. 
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@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
Aulas ao vivo semanais com o Prof. Henrique, com turmas 
reduzidas e 6 correções de redação por mês - acompanha-
mento personalizado e individual, com plantões mensais e 
tira-dúvidas via Whatsapp.
Curso completo de 47 aulas gravadas, divididas em 12 mó-
dulos, com correção de redação, materiais em pdf e mento-
rias mensais ao vivo.
Curso para corretores e corretoras, que mostra, por meio 
de um processo detalhado de estudo da banca do ENEM, 
como ser um corretor nota 1000: ou seja, busca tirar os ví-
cios de gosto de cada corretor, que deve atribuir a nota cer-
ta para cada redação.
Curso específico para melhorar a Competência III! São 18 
aulas e 15 segredos que vão transformar sua nota na argu-
mentação e garantir os 200 nessa competência. Depois de 
passar por esse curso, aquela dor de cabeça de “precisa 
argumentar melhor”, “precisa defender mais o seu ponto de 
vista” e outras coisas mais será coisa do passado!
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Curso rápido e efetivo, que busca em 5 aulas mostrar para 
você tudo aquilo de mais importante para a redação do 
ENEM. Interessante tanto pra quem está começando agora 
quanto pra quem já chegou em um bom nível, mas não con-
segue melhorar a nota.
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SUMÁRIO
1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES 11
2. AMANDA BIANCOVILLI 14
3. ANDRE KALIL SILVEIRA 17
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR 23
6. ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 26
7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 29
8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA 32
9. BRUNA MACIEL 35
10. BYANCA DANTAS DE LIMA 38
11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 41
12. CLAIANE VITÓRIA TEZA 44
13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 47
14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA 50
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO 53
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 56
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 59
18. FERNANDA COSTA VIEIRA 62
19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 65
20. FILIPE GOMES 68
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 71
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO 74
23. FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 77
24. GIOVANNA BARBOSA OLIVEIRA 80
25. GIOVANNA ROSSI DOTOLI 83
26. GUILHERME CARDOSO ALMADA 86
27. GUILHERME MENDES DE LIMA 89
28. GUSTAVO GOMES MENDES 92
29. HELEN CARINA ZAMBA 95
30. HELENA PINCOLINI PEREIRA 98
31. HELENA SAMP ARAÚJO MACEDO 101
32. PROF HENRIQUE ARAUJO 105
33. HEMLAYNE SOARES DE SOUSA 107
34. IARLLE SILVA MOURA 110
35. IASMIN VIANA DE JESUS 113
36. INAIÁ TINTI 116
37. ISABELLY MARVILA L. RIBEIRO 119
38. ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO 122
39. ITALLO AUGUSTO DE QUEIROZ BATISTA 125
40. IZADORA APARECIDA MIRANDA SILVA 128
41. JOÃO MANOEL DO VALE HEY 131
42. JOAO VICTOR MACEDO GOMES 134
43. JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA 137
44. JÚLIA LUÍSA MOSENA 140
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
45. JULIA MARIA DA COSTA MARQUES 143
46. JÚLIA SANTOS SENA 146
47. JULIANA APARECIDA DE OLIVEIRA 149
48. KARINA DELMIRO 152
49. KAROLINE SILVEIRA MARDEGAN 155
50. LAÍSA ADAMS SIMON 158
51. LARA CAROLAIN SANTANA POLACHINI 161
52. LETICIA LAURA DO ROSÁRIO 164
53. LUAN CLAUDIO DE OLIVEIRA SILVA 167
54. LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SILVA 170
55. LUCIMARY SANT ANA BEZERRA 173
56. LUIDI LOBATO GONÇALVES 176
57. LUIS RENAN DANTAS DA SILVA 179
58. LUIZA GONZALEZ RIBEIRO ALVES 182
59. LUMMA RABELO 185
60. MARIA BEATRIZ RAMOS 188
61. MARIA EDUARDA LAGUNA DA SILVA 191
62. MARIA GABRIELLY VARELA DOS SANTOS 194
63. MARIA RITA DIAS BATISTA 197
64. MARIA TAVARES DE MOURA 200
65. MATHEUS GUEDES DE MOURA 203
66. MICHELLE QUEIROZ DE OLIVEIRA 206
67. MIKAEL SANTOS PRAXEDICE DE BARROS 209
68. NATALHA DA COSTA MARQUES 212
69. PAOLA PASSOS SILVA 215
70. PAULO HENRIQUE DANTAS DE AGUIAR 218
71. PEDRO HENRIQUE GARCIA DE ALMEIDA 221
72. PEDRO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR 224
73. RAFAEL PEIXOTO PONTES MARTINS 227
74. RAPHAEL FONSECA GOMES DA SILVA 230
75. RAQUEL FERREIRA DANTAS 233
76. RAYNARA KAWANE BARROS FERREIRA GONDIN 236
77. REBECA MOREIRA DOS SANTOS 239
78. REBECA OLIVEIRA REIS 242
79. RHAINARA TEIXEIRA DOS SANTOS 245
80. RHANNA RAYSSA DE ARAÚJO ARRUDA 248
81. RICÁSSIO PRADO DIAS DOS SANTOS 251
82. SAMUEL ASAFE DA SILVA 254
83. SARA SBARDELOTTO GERMANN 257
84. VICTOR MANOEL PINTO PEREIRA 260
85. YASIN ACSA MARTINS 263
O MIL QUEBRADO
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O MIL QUEBRADO
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1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ALICE BASTOS PRIMO ALVES
(18 anos) - Rio de Janeiro - RJ 
- 20 pontos na C1
A Crise de 1929, ocorrida nos Estados Unidos, foi um período marcado por altos 
índices de depressão. De forma análoga, a sociedade brasileira tem enfrentado 
grandes quantidades de casos de doenças mentais, uma vez que o estigma as-
sociado a elas representa um desafio a ser encarado de forma organizada. Desse 
modo, o silenciamento e a má influência midiática são fatores que agravam esse 
cenário negativo.
De início, vale ressaltar a falta de debates como um catalisador desse panora-
ma pessimista. Conforme o filósofo Michel Foucault, a sociedade moderna tende 
a tornar tabu assuntos causadores de desconforto à população. Nesse sentido, 
pode-se afirmar que os indivíduos que apresentam algum sinal de transtorno da 
mente são excluídos da coletividade social, haja vista a incapacidade das pessoas 
de conseguirem lidar com essa situação - visto que elas não possuem informa-
ções sobre a manifestação desse sofrimento psíquico. Assim, um sentimento de 
estranheza é gerado.
Ademais, é importante destacar que, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bau-
man, as redes sociais são úteis, oferecem serviços prazerosos, mas são uma arma-
dilha. Sob essa ótica, constata-se a internet como um acelerador lastimável dessa 
conjuntura, dado que ela impõe um padrão a ser seguido e apresenta uma falsa 
sensação de felicidade. Nesse viés, as pessoas que não se sintam pertencentes 
desse modelo estão aptas a desenvolver algum tipo de transtorno mental, como 
ansiedade e depressão. Nessa perspectiva, esse resultado cruel comprova a afir-
mação “o meio influencia o indivíduo”, do sociólogo Émile Durkheim.
Portanto, cabe ao Ministério da educação - órgão responsável pelo sistema edu-
cacional do país -, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio de verbas 
governamentais, promover palestras, nas instituições públicas e privadas, e cam-
panhas, divulgadas nas mídias digitais, sobre as doenças mentais presentes ho-
diernamente, e como identificá-las - a fim de educar a população, conscientizar 
e ocasionar debates acerca do assunto. Dessa forma, o Brasil não vivenciará uma 
crise igual a de 1929.
1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES
1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
2. AMANDA BIANCOVILLI
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
AMANDA BIANCOVILLI 
(27 anos) - Rio de Janeiro - RJ
- 20 pontos na C1
Segundo a Alegoria da Caverna, de Platão, ao acomodar-se apenas às impres-
sões percebidas dentro da caverna, o indivíduo deixa de compreender a realida-
de, ou seja, o mundo de fora. Nos dias de hoje, a caverna pode ser vista como 
uma metáfora para o preconceito e a ignorância presentes na sociedade, espe-
cialmente quanto à saúde mental, pois os que vivem aprisionados ao pensamento 
de que transtornosmentais são estigmas não se permitem entender as emoções 
da maneira com que elas se apresentam na mente humana. Desse modo, a saú-
de mental acaba sendo negligenciada, tanto pelas autoridades governamentais, 
quanto pela população.
Em primeira análise, a falta de suporte do Poder Público ajuda a agravar a situ-
ação atual do problema. De acordo com a Constituição Federal, o direito à saude 
é garatido a todos os brasileiros. No entanto, é dever do governo fornecer meios 
para garanti-lo, o que não ocorre satisfatoriamente, dado que, no Brasil, mais de 
11,5 milhões de pessoas convivem com a depressão, segundo dados da OMS. Tal 
fato demonstra que a saúde mental está sendo negligenciada pelas autoridades 
governamentais, que não possuem programas destinados a esse fim.
Ademais, a ignorância da sociedade contribui para manter o estigma associado 
a transtornos mentais. Na Idade Média, os que sofriam de tais doenças eram vis-
tos como indivíduos de alma pecadora e, em muitos casos, eram condenados à 
pena de morte na fogueira. Contudo, atualmente, o preconceito permanece forte-
mente, visto que o tratamento e a prevenção de doenças mentais são vistos como 
desnecessários na maioria das vezes, sendo utilizados apenas quando o transtor-
no se agrava. Dessa forma, o número de afetados acaba aumentando, além do 
que aumentaria, caso houvesse uma conscientização sobre a importância dos 
cuidados com a saúde mental.
Portanto, para que o estigma associado às doenças mentais seja atenuado, a 
seguinte proposta deve ser aplicada: o Ministério da Saúde deve criar um progra-
ma que ofereça tratamentos para doenças, como a depressão e a ansiedade, por 
meio do SUS, de forma gratuíta, para que o número de afetados com transtornos 
mentais diminua. Além disso, é preciso que haja uma ampla divulgação, pelas re-
des sociais do Ministério e pela TV, para que a população entenda a importância 
desses tratamentos. Assim, o Poder Público poderá garantir, enfim, o direito à 
saúde a todos.
2. AMANDA BIANCOVILLI
2. AMANDA BIANCOVILLI
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
3. ANDRE KALIL SILVEIRA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ANDRE KALIL SILVEIRA 
(18 anos) Três Coroas - RS
- 20 pontos na C1
Durante a Era da Informação, o advento da internet modificou as relações so-
ciais. No entanto, nesse contexto, ocorreu um aumento dos problemas mentais na 
população. Por conseguinte, na sociedade brasileira, iniciam-se os debates sobre 
os estigmas associados às doenças mentais, uma vez que são disseminados pela 
sociedade, além de que esses problemas vêm da incapacidade de realizar as von-
tades propagadas pela mídia. 
A princípio, é válido ressaltar que as pessoas são influenciadas a agir de deter-
minada forma. Isso porque, segundo Durkheim, a sociedade influencia o indiví-
duo, ou seja, condiciona-o a pensar de certa forma. Não obstante, como o Brasil é 
regido pelo ideal positivista, ordem e progresso, espera-se que as pessoas sigam 
esse lema. Dessa maneira, a população age influenciando o diagnosticado, por 
exemplo, com depressão, de forma que se descredibiliza e negligencia a doença, 
visto que os seus sintomas não compactuam com o tal ideal positivista, propa-
gando mais um estigma na sociedade.
Ademais, é preciso comentar que os casos de problemas mentais vêm da não 
contemplação dos desejos criados pela mídia. Conforme Schopenhauer, o ho-
mem vive pela realização das suas vontades, porém, quando não concretiza seus 
desejos, torna-se pessimista, de modo que seja caracterizado como triste e an-
gustiado. Destarte, tal estado de pessimismo é retratado como a depressão. Por 
isso, com a sociedade altamente midiática e disseminadora de padrões, muitos 
desejam atingir o que está na mídia, mas aqueles que não conseguem, possuem 
grandes chances de adquirir problemas mentais, já que não concretizam as suas 
metas.
Portanto, é verificada a importância da reversão do cenário atual e cabe às em-
presas de publicidade a sua resolução. Consequentemente, elas - responsáveis 
por disseminar ideias no mundo - devem, por meio das redes sociais, divulgar 
uma campanha, a qual demonstra às pessoas que não é preciso seguir as imposi-
ções sociais. Além disso, mostrando que é possível viver sem as vontades criadas 
pela mídia, a fim de que se retirem os estigmas impostos pela população, além de 
diminuir as ocorrências de doenças mentais.
3. ANDRE KALIL SILVEIRA 
3. ANDRE KALIL SILVEIRA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
4. ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
(17 anos) Mogi Guaçu - SP
- 20 pontos na C1
O filme contemporâneo “Coringa” tem sua diegese centrada na trajetória de um perso-
nagem que sofre de confusões mentais e de doenças psicológicas, o qual considera-se um 
verdadeiro psicopata. Nessa ficção, a sociedade não o aceita e o julga, pois está presa em 
uma bolha de preconceitos estigmatizados. De maneira semelhante, a população brasilei-
ra do século XXI possui dificuldades para entender e incluir os indivíduos com os mesmos 
problemas, segregando-os e tornando-os uma parcela vulnerável no território nacional. 
Nesse viés, as principais causas do cenário hodierno são tanto a continuidade de uma 
mentalidade ultrapassada, quanto a imposição do ideal ilusório de perfeição.
Diante de tal realidade, é factual salientar, primeiramente, que - ainda na atualidade - 
o pensamento ignorante da sociedade brasileira corrobora diretamente a problemática. 
Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, atuam, em uma população, os mecanismos 
de coerção da denominada violência simbólica, que se baseiam na opressão de determi-
nados indivíduos, os quais são violentados psicologicamente - do mesmo modo que o Co-
ringa. Nessa ótica, percebe-se que um grupo considerável de pessoas tem a mentalidade 
enraizada em estigmas e mitos sociais, haja vista o tratamento com desdém das doenças 
mentais - como depressão, ansiedade, bipolaridade - e o rótulo falso de “frescura” ou 
fragilidade atribuído a essas questões nevrais. Assim, tal esteriotipação exerce uma força 
negativa sobre os mais vulneráveis, que, na maioria das vezes, sentem-se sozinhos e colo-
cados à margem em relação aos demais, uma vez que não encontram amparo e o auxílio, 
fruto do enorme e maléfico preconceito em vigor entre os cidadãos do país, panorama 
que deve ser combatido pelos órgãos legais. 
Outrossim, convém analisar os impactos da imposição de um ideal utópico de vida 
perfeita na continuidade dessa situação no Brasil. Conforme o livro “Sociedade do Espe-
táculo”, vive-se, no contexto hodierno, uma falsa ilusão de que todos devem estar felizes 
em tempo integral e não apresentar problemas. A partir disso, as redes sociais - Insta-
gram, Facebook, Twitter - tornam-se instrumentos de manipulação e de disseminação de 
padrões irreais, já que os seres humanos, nesse ambiente virtual, são motivados a fingir 
um bem estar diariamente, mascarando as suas doenças mentais e renegando-as com fre-
quência. Então, essas pessoas não procuram tratamento e interiorizam os seus conflitos, 
para que possam se encaixar em um molde socialmente aceito e amplamente divulgado 
nas mídias. 
Depreende-se, portanto, que essa grave realidade brasileira em relação às pautas men-
tais deve ser prontamente mitigada. Logo, o Ministério da saúde, com apoio das institui-
ções de ensino públicas e privadas do país, deve promover palestras nas escolas e nas 
universidades - ao longo de todo o território nacional -, por meio de contrato de profissio-
nais especializados no assunto - como médicos e psiquiatras -, as quais instruam crianças 
e adolescentes sobre a seriedade das questões de saúde mental e ensinem-os a tratá-las 
com dignidade, afastando a ideia de seres humanos perfeitos e padronizados. Assim, o 
intuito da iniciativa será a diminuição dos estigmas enraizados socialmente, para que, 
no futuro,possam ser, de fato, eliminados. Dessa forma, a bolha de ignorância retratada 
no filme Coringa será estourada e os indivíduos mais vulneráveis tornar-se-ão inclusos e 
respeitados. 
4. ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
4. ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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@PROFHENRIQUEARAUJO
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR
O MIL QUEBRADO
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ANTHONY DE MENEZES VICTOR
18 anos | Aratuba (CE) 
- 20 pontos na C1
A Constituição Federal de 1988 assegura a todos os indivíduos da sociedade brasileira alguns 
direitos, como o de acesso à saúde e ao bem-estar social. Entretanto, não é o que se nota na 
realidade atual, haja vista a desatenção do Estado perante os estigmas deixados pelas doenças 
mentais na vida dos cidadãos. Esse fato se dá tanto pela falta de investimentos destinados a 
profissionais que amenizem a situação, quanto pela enorme pressão e julgamento por parte do 
corpo social em que o indivíduo está inserido. Logo, cabe analisar tal quadro e seus impactos, à 
medida em que se solicita uma resolução de maneira precisa e democrática.
Diante disso, é cabível citar a ausência de subsídios pertinentes como um fator agravante para 
a problemática. Nesse sentido, é válido mencionar a série “Atypical”, que em sua 3ª temporada 
demonstra a vida do jovem autista e ansioso Sam Andrews, em que após largar o acompanha-
mento psicológico, começa a ter crises diversas. Não obstante, a sociedade brasileira passa por 
situações semelhantes, nas quais a falta de apoio psicológico - atrelada aos poucos investimen-
tos nesse - leva os envolvidos a impasses similares e se faz responsável pela contração de outras 
doenças, como a depressão. Assim, faz-se mister o posicionamento estatal acerca desse proble-
ma relevante. 
Ademais é mencionável a grande pressão social destinada ao indivíduo como forma de fazer 
permanente o estigma deixado pelas doenças mentais. A partir disso, é válido referenciar a série 
“Control Z”, que retrata a história da adolescente Sofia após a morte de seu pai. No seriado, a 
garota comete uma tentativa de suicídio, e após todo o aparato familiar e hospitalar ela volta à 
escola, lugar onde é altamente julgada por ter tentado se suicidar, então volta a se internar por 
não aguentar a pressão. Similarmente, no Brasil também há casos como esse, nos quais o desne-
cessário julgamento das pessoas acaba acarretando em uma possível reincidência da doença su-
perada anteriormente. Uma possível solução seria o uso da mídia como agente conscientizador.
Portanto, é necessária a resolução dessa problemática, advinda de órgãos governamentais. A 
princípio, cabe à SEFAZ - Secretaria da Fazenda -, em parceria com os CAP’s - Centro de Apoio 
Psicológico e Social -, a missão de investir, por meio de verbas governamentais, na aquisição de 
psicólogos e psiquiatras, a fim de diminuir as cicatrizes deixadas pelas doenças mentais - como 
a ansiedade e a depressão - e, assim, diminuir a chance de reincidência dessas enfermidades. 
Além do mais, compete ao Ministério da Saúde a tarefa de direcionar fundos para campanhas 
publicitárias, visando informar para todos a responsabilidade social que cada um tem sobre o 
próximo. Desse modo, será notável a amenização do infortúnio e a Constituição será cumprida 
de forma precisa.
Depreende-se, portanto, que essa grave realidade brasileira em relação às pautas mentais deve 
ser prontamente mitigada. Logo, o Ministério da saúde, com apoio das instituições de ensino 
públicas e privadas do país, deve promover palestras nas escolas e nas universidades - ao longo 
de todo o território nacional -, por meio de contrato de profissionais especializados no assunto 
- como médicos e psiquiatras -, as quais instruam crianças e adolescentes sobre a seriedade das 
questões de saúde mental e ensinem-os a tratá-las com dignidade, afastando a ideia de seres 
humanos perfeitos e padronizados. Assim, o intuito da iniciativa será a diminuição dos estigmas 
enraizados socialmente, para que, no futuro, possam ser, de fato, eliminados. Dessa forma, a 
bolha de ignorância retratada no filme Coringa será estourada e os indivíduos mais vulneráveis 
tornar-se-ão inclusos e respeitados. 
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR
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O MIL QUEBRADO
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6. ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 
O MIL QUEBRADO
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ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 
(18 anos) Pato Branco - PR
- 20 pontos na C1
No contexto da Revolução Francesa, Philippe Pinel apresentou criativos estudos científicos 
acerca dos transtornos mentais, com o intuito de desconstruir a mentalidade reducionista e 
punitivista vigente na época. Entretanto, apesar de proporcionar inúmeros avanços, as pes-
quisas desenvolvidas pelo Pai da Psiquiatria estão longe de ministrar uma completa solução, 
na medida em que, sobretudo no Brasil, o estigma associado às doenças mentais persiste em 
ser atenuado. Com efeito, para discutir a questão de maneira ampla, hão de ser analisados os 
seguintes fatores: a percepção distorcida em relação aos transtornos psicossociais e a influ-
ência da sociedade.
Diante desse cenário, é crucial desenvolver análise crítica acerca da perspectiva distorcida 
dos brasileiros em relação ao panorama. Nesse viés, a 2ª Geração do Romantismo, centrada 
na figura de Álvares de Azevedo, relacionou sentimentos passageiros, como a melancolia, 
com doenças mentais graves. Ocorre que as obras dos poetas ultrarromânticos representam 
o imaginário de substancial parcela dos cidadãos, uma vez que os indivíduos, em muitas ve-
zes, compreendem a depressão, por exemplo, como um sentimento passageiro. A visto disso, 
essa visão distorcida corrobora com o estigma associado aos transtornos sérios, já que, pela 
falta de compreensão, os indivíduos necessitados de tratamento médico acreditam que o sen-
timento de angústia é provisório e, em contrapartida, situações melancólicas momentâneas 
podem ser agravadas em doenças mentais devido à ausência de diagnóstico precoce. Desse 
modo, enquanto os brasileiros não compreenderem efetivamente seus sentimentos, o trata-
mento baseado na ciência, como valorizava Pinel, será cada vez menos atuante, de modo a 
potencializar os estigmas acerca de tais transtornos 
Ademais, é imprescindível destacar a idealização da vida cotidiana como agravante para os 
excessivos julgamentos. Nesse sentido, o filósofo francês Guy Debord desenvolveu o conceito 
de sociedade do Espetáculo, segundo o qual as relações sociais hodiernas são pautadas por 
falsas imagens, visto que os indivíduos buscam, de maneira inconsciente, exteriorizar apenas 
as situações harmoniosas que vivenciam. Sob essa ótica, tal idealização promove o silencia-
mento de cidadãos depressivos, haja vista a necessidade de demonstrar boas perspectivas e, 
pois, essa pressão social pela vida perfeita pode estigmatizar aqueles que não correspondem 
com esse padrão. Destarte, enquanto os brasileiros persistirem em demonstrar apenas pro-
jeções ilusórias, a repulsa em relação aos portadores de transtornos mentais se perpetuará. 
Depreende-se, portanto, a superação imediata das rotulações no que tange às doenças 
mentais. A esse respeito, o Ministério da Saúde deve, em parceria com psicólogos e psiquia-
tras, ampliar o amparo à saúde mental no SUS, por meio de recursos destinados pela União, a 
fim de desconstruir imaginários incongruentes e minimizar comportamentos que instiguem os 
brasileiros, como a sociedade do Espetáculo. Essa iniciativa deverá ser divulgada nos meios 
de comunicação, como TV e internet, para promover ampliação na adesão popular. Assim, 
com a manifestação do senso crítico, realidades deturpadas, como a retratada pela Geração 
Byroniana, não serão mais atuantes no corpo social brasileiro.
Depreende-se, portanto, que essa grave realidade brasileira em relação às pautas mentais 
deve ser prontamente mitigada. Logo, o Ministério da saúde, com apoio das instituições de 
ensino públicas e privadasdo país, deve promover palestras nas escolas e nas universidades - 
ao longo de todo o território nacional -, por meio de contrato de profissionais especializados 
no assunto - como médicos e psiquiatras -, as quais instruam crianças e adolescentes sobre a 
seriedade das questões de saúde mental e ensinem-os a tratá-las com dignidade, afastando a 
ideia de seres humanos perfeitos e padronizados. Assim, o intuito da iniciativa será a diminui-
ção dos estigmas enraizados socialmente, para que, no futuro, possam ser, de fato, eliminados. 
Dessa forma, a bolha de ignorância retratada no filme Coringa será estourada e os indivíduos 
mais vulneráveis tornar-se-ão inclusos e respeitados. 
6. ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 
6. ARTHUR PASTORELLO MENDES 
DA SILVA 
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O MIL QUEBRADO
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7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 
O MIL QUEBRADO
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ARTUR DE LIMA PIMENTA 
(18 anos) Riacho dos Cavalos - PB
- 20 pontos na C1
Em sua obra “O Estrangeiro”, Albert Camus, renomado filósofo franco-argelino, 
mostra a crise do homem moderno: “o absurdo” - conflito entre a tendência huma-
na em buscar significado inerente à vida e sua inabilidade para controlá-lo. Fora da 
ficção, a realidade da sociedade brasileira dá-se de forma análoga à apresentada no 
livro, uma vez que, não só a depressão - como relatada por Camus -, mas diversas 
doenças mentais têm apresentado um percentual de crescimento alarmante no país, 
além de, muitas vezes, ser causas de discriminação. Com efeito, a indiferença da so-
ciedade e a omissão do Estado são as principais causas que possibilitam a formação 
de estigmas relacionados às doenças mentais no Brasil. 
Diante desse cenário, é importante destacar a pouca importância dada pelas pesso-
as ao assunto - devido, sobretudo ao pouco conhecimento sobre a temática - como 
um motivador fundamental da problemática. Acerca dessa premissa, o filósofo ale-
mão Arthur Schopenhauer afirma que os limites do campo de visão de uma pessoa 
determinam seu conhecimento a respeito do mundo que o cerca. Nesse sentido, no-
ta-se que o pouco debate relacionado aos transtornos em questão corrobora, infeliz-
mente, a criação de estereótipos preconceituosos acerca dos indivíduos acometidos 
pelos distúrbios supracitados, o que gera certo desconforto para essa minoria. Logo, 
é inadmissível que, no Brasil, país signatário da Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos, parcela substancial da população seja vista sob uma ótica tão ultrapassada. 
Ademais, cabe enfatizar a negligência governamental como um dos principais fato-
res que viabilizam a persistência desse problema no tecido social. Nessa perspectiva, 
o filósofo Gilberto Dimenstein elaborou a tese denominada “Cidadão de Papel”, na 
qual o autor define o termo como o indivíduo que, apesar de possuir direitos na le-
gislação, não os vivencia na prática. Sob esse viés, evidencia-se que a pouca atuação 
do Estado no que concerne à garantia dos direitos aos indivíduos possibilita, de certa 
forma, a existência de vários “cidadãos de papel” no Brasil, uma vez que, embora seja 
um direito constitucional, a saúde de qualidade não é usufruída por grande parte dos 
cidadãos, os quais sofrem com sua espetacularização e deturpação dos direitos.
Portanto, para acabar com o estigma associado às doenças mentais, são necessá-
rias medidas efetivas por parte do Estado. Para tanto, urge que o Governo Federal 
atue, por meio de verbas governamentais, não só na criação de campanhas nas mí-
dias sociais que informem à população a maneira correta de lidar com pessoas que 
possuem algum transtorno psicológico, mas também na elaboração de programas 
que auxiliem as pessoas acometidas por tais distúrbios, haja vista que precisam de 
acompanhamento devido à discriminação referida. Espera-se, com isso, diminuir, de 
forma exponencial, o preconceito associado às doenças psicológicas que está enrai-
zado na sociedade brasileira. Assim, as normas constitucionais de 1988 se tornarão 
medidas práticas em nosso país, e não apenas na teoria. 
7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 
7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 
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O MIL QUEBRADO
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8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
O MIL QUEBRADO
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BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
19 anos | Mossoró (RN)
- 20 pontos na C1
O médico francês Philippe Pinel foi um dos principais responsáveis para que a de-
pressão fosse considerada um distúrbio e tratada com prioridade. Todavia, a inclusão 
do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira destoa ao avanço 
proporcionado por Pinel na medicina, o que revela grave mazela de saúde pública. 
Nesse ínterim, vale salientar que para superar esse problema, há de se desconstruir a 
indiferença social e promover a valorização da saúde mental.
Diante desse cenário, é imprescindível reiterar a existência de uma postura negli-
gente quanto aos distúrbios, a exemplo da ansiedade. Em vista disso, Álvares de Aze-
vedo - um dos escritores da geração ultrarromântica - associa o humor fúnebre do 
eu-lírico às características depressivas. Sendo assim, é incoerente que substancial 
parcela dos brasileiros sejam omissos à vitalidade devido à percepção arcaica de que 
os transtornos tratam-se de um estado de espírito passageiro, de modo a evidenciar 
o ideal romântico ultrapassado. Logo, enquanto o descaso dos indivíduos for a regra, 
o ótimo controle humano das exigências cotidianas será a exceção.
Além disso, é importante retomar que a cobrança da sociedade sobre si mesma 
é um estigma prejudicial à saúde mental. Nesse viés, na obra “O Mal-Estar da Civili-
zação”, de Sigmund Freud - pai da psicanálise - o autor defende que o ser humano 
busca ter êxito em todas as atividades que se propõe a fazer. Sob o exposto, é visível 
e insatisfatório que pessoas sejam subjugadas ao mal-estar freudiano mediante à 
procura do sucesso contínuo. Com efeito, sempre que o progresso foi a prioridade, a 
vitalidade emocional continuará a ser fragilizada.
Portanto, faz-se necessário promover a redução dos estigmas no que tange aos 
distúrbios mentais. Dessa forma, as escolas - no exercício do seu papel social - pode-
riam desconstruir a visão romantizada do interior e combater a cultura do sucesso, 
por meio de projetos pedagógicos como aulas e palestras, capazes de mostrar que as 
doenças psicológicas e psiquiátricas não são estados e que a procura do êxito pode 
ocasioná-las, com o objetivo de valorizar a vitalidade emocional contemporânea. Em 
suma, essa iniciativa seria nomeada “Saúde presente” e proporcionaria avanços aná-
logos ao de Philippe Pinel.
8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
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O MIL QUEBRADO
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9. BRUNA MACIEL
O MIL QUEBRADO
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BRUNA MACIEL
(22 anos) Florianópolis - SC
- 20 pontos na C1
Na obra “Cemitério dos vivos”, Lima Barreto retrata a precarização do tratamento dado aos 
indivíduos com distúrbios psíquicos. Nessa perspectiva, o autor promove uma reflexão sobre a 
visão da sociedade a respeito dessa população que é, por vezes, marginalizada e estereotipa-
da. hodiernamente, embora os avanços médicos possibilitem a maior efetividade no cuidado 
dado a essas pessoas, é perceptível que o estigma associado às doenças mentais ainda é uma 
realidade na sociedade brasileira. Nesse sentido, em razão do sistema educacional lacunar e 
da negligência midiática, emerge um grave problema, que deve ser revertido com urgência.
 Em primeira análise, vale destacar a lacuna educacional como um entrave à resolução 
do problema. Segundo Kant - importante filósofo - o homem é resultado da educação que 
teve. Sob tal ótica, percebe-se que há uma falha no sistema de ensino do Brasil no que tan-
ge à questão das doenças mentais, uma vez que a pouca abordagem do tema nas salas de 
aula contribuipara sua estigmatização. Além disso, tais instituições apresentam a tendência 
de oferecer uma postura diferente aos alunos com algum problema psicológico, no entanto 
ignoram ações que fomentem o debate e a inclusão. Dessa forma, o pensamento kanteano é 
comprovado pelo auxílio da educação em manter o estigma das doenças mentais, o que deve 
ser transformado.
 Ademais, há outro fator que precisa ser considerado: o comportamento negligente da 
mídia. De acordo com Pierre Bourdieu, aquilo que foi criado para ser veículo de democracia, 
não deve se tornar mecanismo de opressão. Nesse contexto, nota-se que os setores midiáticos 
negligenciam o seu papel de elevar a informatividade da população, haja vista que o assunto 
das doenças mentais é pouco debatido nesses meios. Diante desse cenário, o filme “Milagre na 
cela 7” comoveu a sociedade ao revelar como o preconceito com indivíduos que apresentam 
doença mental está presente no corpo social e expôs a importância dos meios de comunica-
ção para fomentar a discussão e desconstruir este estigma. Assim, fica evidente que a mídia 
pode edilizar seu poder para tornar menos opressor e mais consciente. 
 Destarte, medidas são necessárias para atenuar o estigma relacionado às doenças 
mentais no Brasil. Para isso, o MEC deve incentivar o diálogo sobre as doenças mentais nas 
escolas, por meio de mudança na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essa modificação 
deverá estabelecer a disciplina “Saúde para todos” que visará a conversa sobre distúrbios e 
saúde mental, a fim de criar um espaço de conhecimento. Outrossim, os setores midiáticos po-
dem criar campanhas socioeducativas para ampliar a informação entre a população. Somente 
assim o estigma será desconstruído e a sociedade será diferente da narrada por Lima Barreto.
9. BRUNA MACIEL
9. BRUNA MACIELCHA
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10. BYANCA DANTAS DE LIMA
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BIANCA DANTAS DE LIMA
(18 anos) João Pessoa - PB
- 20 pontos na C1
Consoante Hipócrates, filósofo grego e considerado o pai da Medicina, o ser humano é 
considerado saudável quando está bem de modo físico e mentalmente. Diante disso, nota-se 
que na sociedade brasileira os indivíduos não são saudáveis devido à presença de um estigma 
relacionado às doenças mentais. Assim, faz-se relevante analisar que tal problemática no país 
decorre de dois fatores: a ignorância humana e a ausência de debate escolar sobre. 
Nesse sentido, torna-se mister notar o negligenciamento a respeito das doenças mentais 
pelos cidadãos brasileiros. Acerca disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), em uma pesquisa de 2017, o Brasil é a nação com maior número de pessoas depres-
sivas da América Latina. Nesse viés, é importante notar que tal índice decorre da ignorância 
humana, conforme o pensamento do filósofo Sócrates, por desconhecer o tema e não buscar 
saber a respeito, como conseguinte, caracterizar a enfermidade em pauta de “frescura”. 
Ademais, é importante ressaltar a inércia das instituições de ensino em romper com o estig-
ma relacionado às doenças mentais no país devido à ausência de debate. Nesse cenário, faz-se 
mister destacar que as escolas são regidas conforme os parâmetros da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC), a qual não prevê horários destinados na grade curricular para o debate de 
temas sociais. Desse modo, a discussão acerca das doenças mentais e a importância de não 
estigmatizá-la inexiste.
Logo, os indivíduos devem mudar a postura e deixar de negligenciar as doenças mentais, 
por meio da busca de informação acerca de tais patologias nas instituições de saúde e na mí-
dia, com o fito de elucidar a estigmatização do tema, pois assim a sociedade brasileira tornar-
-se-à saudável como Hipócrates disse. Além disso, o Ministério da educação deve promover o 
debate desse tema nas escolas, por meio da inclusão de carga horária, para discutir a saúde 
mental, na BNCC.
10. BYANCA DANTAS DE LIMA
10. BYANCA DANTAS DE LIMA
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11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 
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CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES
(17 anos) Choró - CE
- 20 pontos na C3
A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu 
Artigo 6º, o direito à saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerroga-
tiva não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o estigma associado 
às doenças mentais na sociedade brasileira, dificultando, deste modo, a universalização desse 
direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperioso a análise dos fatores 
que favorecem esse quadro.
 Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais 
para combater as doenças mentais. Nesse sentido, o grupo afetado não tem acesso a um 
atendimento de qualidade, uma vez que não há estrutura adequada e tampouco profissionais 
suficientes para o atendimento público. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contra-
tualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não 
cumpre sua função de garantir que todos os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, 
como a saúde, o que infelizmente é evidente no país. 
 Ademais, é fundamental apontar o preconceito como impulsionador das doenças men-
tais no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017, quem ocu-
pava o primeiro lugar no ranking dos países mais depressivos da América Latina era o Brasil. 
Nesse sentido, a população afetada deixa de buscar ajuda por receio do julgamento alheio, o 
que impulsiona o agravamento do problema. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a 
perdurar. 
 Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é 
imprescindível que o Estado, por meio de maior investimento, construa centros de atendimen-
to públicos em áreas acessíveis, onde ofereça serviço psiquiátrico gratuito, bem como pales-
tras sobre o assunto, a fim de conscientizar a população e erradicar os transtornos mentais. 
Assim, tornar-se-á possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos 
elementos elencados na Magna Carta.
11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 
11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 
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O MIL QUEBRADO
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12. CLAIANE VITÓRIA TEZA
O MIL QUEBRADO
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CLAIANE VITÓRIA TEZA
- 20 pontos na C1
Com a premissa de assegurar o direito, por exemplo, à saúde, a Constituição Cidadã foi 
promulgada, em 1988, a fim de efetivar esse dever estatal. Contudo, hodiernamente, esse pos-
tulado constitucional é deturpado, visto que expressiva parcela dos brasileiros não desfruta 
plenamente da saúde, pois, inegavelmente, os estigmas associados à saúde mental vão de 
encontro à integridade física e psicológica do indivíduo. Nessa perspectiva, é imprescindível 
discutir as causas que solidificam essa anomia social, que ocorrem devido não só à ausência 
de criticidade, como também à inobservância governamental, que devem ser alteradas com 
urgência.
Em primeiro âmbito, é imperioso analisar que as marcas relacionadas às doenças mentais só 
serão mitigadas com debates críticos da sociedade. Desse modo, a obra “Abaporu”, pintada 
por Tarsila do Amaral, representa por meio da desproporção do tamanho dos pés e da ca-
beça, a escassez de um arcabouço intelectual criterioso, sobretudo, no que concerne à ótica 
de exigência dos direitos sociais. Em consonância a essa pintura, um eloquente percentual de 
cidadãos não denota que a pífia saúde mental, diagnosticada na nação brasileira, é um retrato 
do posicionamento passivo da população em exigir seus direitos, o que corrobora o aumento 
da taxa de pessoas acometidas por essa enfermidade mental. Evidencia-se assim, no Brasil, a 
existência de “abaporus”, os quais devem adotar uma visão mais crítica mediante asproble-
máticas que assolam ao corpo social - como a ansiedade e a depressão.
Outrossim, é válido pontuar que, consoante a Constituição Cidadã, é dever do Estado garan-
tir o cumprimento das leis. Nesse sentido, a sociedade, para Émile Durkheim, é um organismo 
vivo, que possui instituições dependentes entre si, com a finalidade de promover uma coesão 
social. Em paralelo a esse conceito da Sociologia, o Ministério da Saúde, uma destas “institui-
ções”, encontra-se sucateado, ao passo que não efetiva propostas incisivas no que tange à 
implementação da saúde mental na sociedade brasileira. É lícito afirmar, por conseguinte, que 
o poderio governamental não realiza ações enérgicas em detrimento das patologias que são, 
indubitavelmente, constatadas no “corpo biológico”.
Depreende-se, portanto, que o Estado deve aderir a providências catalisadoras, com o in-
tuito de promover a criticidade social e, ainda, suscitar ações governamentais. Logo, cabe ao 
Ministério da Saúde - provedor de políticas públicas - elaborar um projeto, por intermédio de 
verbas do Fundo de Desenvolvimento Social, nomeado “Saúde Mental é um Direito Público”. 
Posto isso, o programa deverá realizar debates na sociedade, com o fito elucidar a impor-
tância de discutir sobre esse tabu social e, também, campanhas de assistência aos cidadãos 
desprovidos de saúde mental. Destarte, essa mazela sairá da inércia, de modo a cumprir com 
a Constituição de 1988.
12. CLAIANE VITÓRIA TEZA
12. CLAIANE VITÓRIA TEZA
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13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
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CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
(17 anos) Juremenha - PI
- 20 pontos na C1
Em sua obra “A República”, Platão desenvolve o modelo da sociedade ideal que promove 
o bem-estar a todos os cidadãos. No entanto, essa ideia não se aplica à sociedade brasileira, 
visto que, as doenças mentais - fator que desfavorece o bem-estar dos indivíduos - são estig-
matizadas. Esse cenário ocorre não só em razão do sistema econômico vigente, mas também 
devido a uma falha educacional.
Nesse sentido, faz-se importante analisar a influência do modo de vida contemporâneo na 
saúde mental das pessoas. Acerca disso, o filósofo Byung Man, em seu livro “A Sociedade do 
Cansaço”, afirma que atualmente a ação e a identidade do indivíduo são reduzidas a esfera do 
trabalho e da produção. Sob essa lógica, é possível perceber que o pensamento do autor está 
interligado com os esteriótipos associados às doenças mentais, uma vez que, com a atenção 
voltada as atividades laborais, as pessoas negligenciam os cuidados com o estado psíquico 
porque acreditam que isso é apenas “frescura” e perda de tempo. Como consequência dessa 
mentalidade, várias doenças são desencadeadas nos trabalhadores, por exemplo, a depressão 
e a síndrome de burnout.
Além disso, a falha educacional contribui para o agravamento do entrave. Isso acontece por 
conta de um sistema de ensino tradicionalista que apenas repassa conteúdos técnicos e não 
instrui os alunos a conviverem com os problemas sociais. Dessa forma, quando essa instituição 
não promove o debate sobre as doenças mentais na sala de aula, diversos estigmas sobre o 
assunto não são esclarecidos e, consequentemente, são perpetuados no corpo social. 
Portanto, cabe ao Poder Legislativo elaborar uma lei que obrigue as empresas a oferecer 
acompanhamento psicológico aos seus funcionários, por meio de uma alteração da CLT (Con-
solidação das Leis Trabalhistas). Tal medida contará com a presença de psicólogos e terapeu-
tas e proporcionará os cuidados com a saúde dos trabalhadores. Ademais, as escolas devem 
promover debates mensais nas comunidades acerca do assunto, para que sejam desmistifica-
dos os esteriótipos. Assim, a sociedade brasileira se afeiçoa ao ideal platônico.
13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
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O MIL QUEBRADO
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14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
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DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
19 anos | Isaías Coelho (PI)
- 20 pontos na C3
No livro “O alienista”, Machado de Assis, escritor brasileiro, tematiza um contexto 
em que os indivíduos são constantemente julgados e tidos como loucos. Fora da 
alusão, percebe-se que a realidade apresentada pelo autor também impera no Brasil 
hodierno, uma vez que persiste uma conjuntura marcada pelo estigma associado aos 
portadores de doenças mentais no país. Tal fato ocorre em virtude da escassez de 
discussões sobre a problemática, que dificulta a ressignificação dessa mentalidade 
equivocada.
Desse modo, vale salientar a parcimônia de informações como um empecilho à des-
construção dessa visão estigmatizada. Nesse sentido, o filósofo Francis Bacon afirma 
que o conhecimento deve ser utilizado com o escopo de melhorar a vida dos cida-
dãos. Entretanto, ao contrário do postulado por Bacon, a ausência de dados relativos 
aos fenômenos envolvidos nos transtornos psicológicos faz com que se perpetue 
a incompreensão dessas questões de saúde, o que dificulta o usufruto de uma boa 
existência.
Em consequência do supracitado, surge a permanência de concepções errôneas 
atinentes às doenças mentais. Sob tal ótica, a música “Seja Gentil”, da cantoral Kell 
Smith, retrata a importância de atitudes ressignificadas e reconhecedoras das dificul-
dades alheias. No entanto, de modo oposto à canção, a sociedade - desprovida desse 
olhar empático - banaliza e menospreza as vítimas de problemas psicológicos. Com 
isso, ocorre a redução da busca por ajuda, fortalecendo o posterior agravamento dos 
casos.
Portanto, medidas exequíveis são necessárias no combate ao estigma relacionado 
às doenças mentais. Dessa maneira, as mídias visuais, por meio da rede televisiva 
aberta, precisam promover oficinas estratégicas de debates com psicólogos, com 
foco em dinâmicas informativas, a fim de ressignificar as visões equivocadas. Após 
isso, as escolas devem ofertar rodas de conversas interativas sobre essa questão, com 
o objetivo de desenvolver as habilidades socioemocionais na população.
14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
18 anos | Vitória (ES)
20 pontos na C1
Barões de Itararé, um dos criadores do jornalismo alternativo durante o período 
da ditadura no país, estava certo ao dizer: “O Brasil é feito por nós, só falta desatar 
os nós.” Nesse sentido, os estigmas associados às doenças mentais na sociedade 
brasileira retrata um desses nós a serem desatados. Consoante ao exposto, dentre 
os agentes impulsionadores e causadores dessa problemática destacam-se a negli-
gência governamental e as imposições midiáticas. Sendo assim, convem analisar as 
principais causar [sic] , consequências e uma possível solução para esse impasse.
À princípio, vale ressaltar a ausência de medidas governamentais de combate ao 
preconceito e à ignorância em relação as doenças mentais. Nessa perspectiva, é váli-
do argumentar e evidenciar a falta de medidas de controle ao problema mencionado, 
além da notória irresponsabilidade e descaso por parte do Estado, visto que o número 
de pessoas com depressão no Brasil só cresce, já ultrapassando 11 milhões de pessoas 
de acordo com a OMS. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista 
John Locke, configura-se como violação do “Contrato Social”, visto que o Governo 
não garante que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a assistência 
à saude, o que infelizmente é evidente no país.
Outrossim, é possível apontar as imposições e influências midiáticas como elemen-
tos impulsionadores dos estigmas voltados às doenças mentais. Tal exposto pode-se 
afirmar ao analisar as inúmeras e terríveis padronizações e rotulos - como modelo 
de belezaa ser seguido, expostos nas redes sociais muitas vezes são impossiveis de 
se alcançar, além de fugir da realidade social. Isso, frequentemente, acaba por agre-
dir majoritariamente as mulheres cujo percentual de depressão é 30% superior aos 
homens. Logo, torna-se urgente a presença de medidas de combate para que esse 
cenario não continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de ações contra os obstáculos supracitados. 
Para isso, cabe ao Ministério da Educação juntamente ao Ministério da Saúde promo-
ver, por meio de simpósios e palestras, programas de ensinos voltados ao conheci-
mento e tratamento de doenças mentais em escolas e universidades. Tal ação tem por 
finalidade garantir e aumentar a conscientização no que se refere as doenças men-
tais, diminuindo, então, o número de pessoas com falta de informação ao problema 
em questão. Com a eficácia dessa ação será possível garantir maior conhecimento, 
decrescer o número de pessoas com depressão e desatar os nós no Brasil atual.
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
(16 anos) - Conceição do Coité - BA
- 20 pontos na C1
O livro “O Holocausto Brasileiro” narra as condições desumanas as quais pessoas 
portadoras de doenças mentais eram submetidas no Hospital Colônia de Barbacena, 
no século XX. Apesar de a ciência ter evoluído, e cenas como as retratadas no livro se-
rem consideradas inaceitáveis, o estigma associado às doenças mentais na sociedade 
brasileira ainda é um problema vigente. Desse modo, cabe destacar duas principais 
causas desse empecilho: a insuficiência midiática e a inércia do sistema de educação.
Nesse sentido, é fulcral pontuar o silenciamento da questão. Segundo Steve Jobs, 
os meios de comunicação têm a capacidade de ascender o senso crítico e os interes-
ses da população, sendo dessa forma, uma ferramenta de resolução de problemáticas 
hodiernas. No entanto, consoante Guy Debord, em “A Sociedade do Espetáculo”, as 
mídias não abordam questões ligadas ao estigma associado às doenças mentais na 
sociedade brasileira, visto que elas apresentam uma realidade utópica, em que pro-
blemas de cunho social não existem. Sob esse viés, é inteligível que a insuficiência 
midiática remancha a resolução desse entrave.
Além disso, enfatiza-se a lacuna educacional. De acordo com o pensamento Kantia-
no, o ser humano é resultado da educação que recebeu. Nesse contexto, é papel da 
escola instruir os aprendizes sobre a seriedade dos transtornos mentais. Todavia, ela 
falha nesse quesito, uma vez que, em concordância com a Organização Mundial da 
Saúde, cerca de 11 milhões de brasileiros sofrem de depressão e, ainda assim, a doen-
ça é vista como frescura. Com isso, fica claro que a inércia do sistema de educação 
corrobora a situação em que o estigma associado às doenças mentais vigora. 
Portanto, as mídias, por meio de campanhas televisivas, devem levantar a pauta do 
estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. A iniciativa contará 
com o apoio de influenciadores digitais e será divulgada em horários nobres da tele-
visão nacional. Espera-se, com essa medida, extinguir o silenciamento da questão. Em 
paralelo, cabe ao Ministério da Educação instruir os aprendizes sobre a seriedade dos 
transtornos mentais, a fim de tirar o sistema de ensino do estado de inércia diante 
desse delicado cenário. Assim sendo, os estigmas retratados em “O Holocauto Brasi-
leiro” deixarão de existir na sociedade contemporânea.
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO
(17 anos) Irecê - BA
- 20 pontos na C3
Em meados do século XX, o médico Philippe Pinel se tornou o pioneiro no tratamento me-
dicalizado de transtornos psiquiátricos, já que, diferentemente do pensamento da época, con-
siderou esses problemas tão naturais quanto aqueles que eram comuns para a população. 
Todavia, substancial parcela dos brasileiros se mostra indiferente às conquistas de Pinel, dado 
que o estigma associado às doenças mentais ainda persiste no Brasil. Isso se deve à influência 
midiática e à herança colonial.
Diante desse cenário, nota-se que a atuação dos meios de comunicação estimula a manu-
tenção desses estereótipos. Nesse sentido, de acordo com Stuart Hall, teórico jamaicano, o 
pensamento e a identidade do ser humano são formados continuamente em relação às formas 
em que o indivíduo é representado no sistema cultural que o cerca. À luz de tal teoria, depre-
ende-se a importância desses meios, uma vez que têm a capacidade de influenciar comporta-
mentos. Por conseguinte, de maneira lastimável, a mídia - conscientemente ou não - favorece 
o preconceito contra essa minoria social, pois, na maioria de suas produções atribuiu aos per-
sonagens mentalmente doentes características e comportamentos agressivos e perigosos, os 
quais reverberam uma imagem negativa diante dos telespectadores. Exemplo disso é a novela 
“Haja Coração”, em que um dos figurantes possui instabilidades emocionais e causa diversos 
acidentes. Logo, é inaceitável que esse agente social importante atue como disseminador de 
discriminação.
Ademais, insta salientar a herança do Brasil colônia como outro elemento propulsor do pro-
blema. Em consonância a isso, segundo Sérgio Buarque de Holanda, antropólogo brasileiro, a 
formação cultural do país advém dos hábitos do passado. Sob esse viés, é notório que o pen-
samento do autor está intimamente ligado ao estigma em torno dos problemas psíquicos haja 
vista que, assim como os jesuítas defendiam a prisão desses pacientes - alegando presença 
de “demônios” -, hoje isso também ocorre. Desse modo, basta observar que grande parte dos 
líderes religiosos do corpo social defende a internação em manicômios. Concatenados, esses 
fatores ratificam a teoria de Sérgio Buarque e, ao mesmo tempo, se mostram inaceitáveis, ten-
do em vista que a internação prejudica a inserção desse grupo na vida em sociedade, o que 
deve ser totalmente repudiado.
Portanto, cabe ao Poder Legislativo - enquanto responsável pela criação de dispositivos 
normativos - adicionar um artigo à Constituição que trate, exclusivamente, sobre a represen-
tação negativas das doenças mentais em todas as produções de entretenimento. Tal medida 
deverá ser realizada por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional e contará, por 
exemplo, com punicões às empresas que descumprirem. Espera-se, dessa forma, que a mídia 
se torne aliada nessa luta e, devidamente, represente os transtornos psicológicos como algo 
comum, sem estigmas. Outrossim, o Ministério da Educação deve implementar esse assunto 
ao currículo, para que sejam realizadas palestras e discussões sobre o tema ente os discentes 
e a comunidade. Consequentemente, a conquista de Philippe Pinel será finalmente valorizada 
por toda a nação verde-amarela.
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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18. FERNANDA COSTA VIEIRA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FERNANDA COSTA VIEIRA 
(18 anos) - Madalena - CE
- 20 pontos na C1
Augusto Cury, em seu livro “Ansiedade - Como enfrentar o Mal do Século”, afirma 
que os indivíduos estão mais preocupados com sua vida superficial, principalmente 
nas redes sociais, do que com sua saúde emocional. Nesse sentido, constata-se que 
as pessoas que têm o psicológico abalado são julgadas por outras, as quais conside-
ram isso, como “besteira” e “frescura”. Sob tal lógica, destaca-se que o preconceito 
evidente a esses indivíduos deriva da insuficiência de informação sobre o assuntodada pelo Governo e da exposição, de forma equivocada, das mídias sociais.
Diante desse cenário, evidencia-se que o Estado não contribui com informações 
concludentes sobre a importância de tratar os problemas psicológicos e a notória 
precaução das pessoas com esses problemas, o que corrobora a problemática. Dian-
te disso, o filósofo Pierre Bourdieu afirma que mecanismos democráticos não devem 
ser convertidos em instrumento de opressão simbólica, o que indica a falta de com-
prometimento por parte do Governo em consolidar formas de ajudar as pessoas que 
sofrem de algum transtorno psíquico, já que a maioria é oprimida pela própria socie-
dade. Assim, urge que medidas sejam tomadas para amenizar o sofrimento por quais 
essas pessoas passam no corpo social brasileiro.
Outrossim, vale ressaltar que os meios midiáticos apresenta, muitas vezes, as do-
enças psicológicas de maneira equivocada, tornando-as em entretenimento para o 
público brasileiro. Por isso, a série “Control Z” demonstra como a exposição de adver-
sidades de diversos jovens pode transformar a vida de algum deles em uma tragédia. 
Desse modo, faz-se indispensável transmitir fatos de casos que ajudem os indivíduos 
superarem e conseguir melhorar o seu psicológico. 
Depreende-se, portanto, que o Estado deve tomar medidas para mitigar o precon-
ceito analógico aos problemas de saúde mental. Para tanto, o Ministério da Saúde, 
responsável pelo SUS, em parceria com psicólogos e especialistas, deve elaborar pro-
gramas de assistência aos indivíduos que sofrem com transtornos mentais, como a 
ansiedade e a depressão. Isso deve ser feito por meio da divulgação midiática, a fim 
de atenuar a situação que muitos brasileiros vivem diante dos julgamentos nas redes 
sociais, por exemplo. Dessa maneira, os indivíduos terão mais cuidado com sua saúde 
emocional e deixarão mais de lado a vida superficial, como Augusto Cury afirmava.
18. FERNANDA COSTA VIEIRA 
18. FERNANDA COSTA VIEIRA 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC
(17 anos) Praia Grande - SP
- 20 pontos na C3
Na série “Atypical”, o irmão de Casey tem autismo e apresenta dificuldades para 
inserir-se socialmente, visto que as pessoas ao seu redor não lhe compreendem e jul-
gam-no. De forma análoga, no cenário brasileiro, estigmas sociais impedem a inclusão 
social de pessoas com doenças mentais, sendo que a falta de empatia e alteridade, 
além de informações, são os principais responsáveis por esse problema. 
Em primeiro plano, é valido ressaltar que a solidariedade é de extrema importância 
em uma sociedade, pois com a ausência dela são criados seres individualistas. Desse 
modo, por conta desse elemento da empatia - ato de colocar-se no lugar do outro - 
há a incompreensão, julgamento e preconceito contra indivíduos afetados por doen-
ças psicológicas, tais como a depressão, o transtorno Borderline e a ansiedade. 
Ademais, a escassez de informações sobre esse assunto é extremamente nociva e 
agravante ao quadro citado. Assim sendo, é comum que pessoas não entendam sobre 
as doenças mentais, o que seria evitado caso houvesse maior circulação informativa. 
Sob essa análise, segundo o sociólogo Emille Durkheim, a sociedade tem a capaci-
dade de moldar-se, logo, faz-se necessário que a sociedade brasileira transforme seu 
modo vivido, a fim de maior harmonia social. 
Portanto, é notório que estigmas sociais impedem a inserção social de determinado 
grupo, problema que deve ser resolvido. Para isso, o Ministério da Saúde, aliado às 
emissoras televisivas, como a Globo e o SBT, que têm alto índice de espectadores, 
deve, por meio de comerciais, reproduzir conteúdos informativos, a fim de informar 
a população sobre doenças mentais. Desse modo, com uma sociedade com conhe-
cimento, haverá menos estigmas e mais compreensão social. Logo, pessoas como o 
irmão de Casey, estarão mais inclusas socialmente. 
19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 
19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 
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O MIL QUEBRADO
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@PROFHENRIQUEARAUJO
20. FILIPE GOMES 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FILIPE GOMES 
(16 anos) - Governador Valadares - MG
- 20 pontos na C1
No filme “Coringa”, o ator Joaquin Phoenix realiza o papel de Arthur, um estaduni-
dense portador de doenças mentais que lida diariamente com o preconceito e com as 
dificuldades de participação social, vindo a ser vítima de agressões verbais e físicas. 
Analogamente, percebe-se, no Brasil, o mesmo estigma associado às doenças men-
tais, que é oriundo do descaso governamental em relação aos tratamentos psicológi-
cos dos portadores de tais doenças e do autoisolamento desses indivíduos.
Em primeira análise, deve-se destacar a negligência estatal referente às necessida-
des da população mentalmente doente no país. Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro 
revogou uma série de programas de tratamento mental gratuito ofertada pelo Siste-
ma Único de Saúde (SUS), tirando, inclusive, o direito dos viciados em drogas a tal 
tratamento. Essa atitude é intolerável e acentua o descaso sofrido pelas pessoas que 
necessitam de auxílio psicológico, mas são incapazes de pagar por um tratamento em 
hospitais privados. Assim, as dificuldades de participação social e de acesso à saúde 
mental desse grupo são perpetuadas, bem como o estigma nacional acerca da saúde 
psicológica. 
Ademais, nota-se o efeito do autoisolamento praticado pelos portadores de proble-
mas mentais sobre a sua qualidade de vida. Segundo o hospital estadunidense Pine 
Rest Christian Mental Health Service, o número de suicídios aumentou em 32% duran-
te a pandemia de COVID-19. Um dos fatores associados e esse aumento é a reclusão 
social praticada com o objetivo de conter a doença, o que faz com que pessoas de-
pressivas experimentem sentimentos de solidão e de tristeza muito intensos, levan-
do-as ao suicídio. Logo, o afastamento social dessas pessoas permite o agravamento 
de suas doenças mentais e promove o preconceito contra elas, sendo taxadas pela 
sociedade como indivíduos socialmente inaptos.
Portanto, urge que uma medida seja tomada pelo Estado mediante os problemas 
associados às doenças mentais. Sob esse viés, o Ministério da Saúde, associado ao 
Ministério da Educação, deve instituir a obrigatoriedade da presença de psicólogos 
nas escolas públicas, incentivando os brasileiros a abolirem a prática de reclusão so-
cial, que intensificaria os problemas mentais, e fornecendo auxílio psicológico a esses 
jovens, a fim de desconstruir o estigma acerca da saúde mental desde a juventude 
do brasileiro, por meio de incentivos financeiros e da elaboração de uma infraestru-
tura. Dessa forma, poder-se-á elevar a qualidade de vida das pessoas que necessitam 
apoio psicológico e evitar casos tais quais o observado em “Coringa”, tornando o 
Brasil mais justo e saudável.
20. FILIPE GOMES 
20. FILIPE GOMES 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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@PROFHENRIQUEARAUJO
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
(21 anos) - Penaforte - CE
- 20 pontos na C1
“Modernidade Líquida”, livro do polonês Zigmunt Bauman, que evidencia a superfi-
cialidade das relações sociais na atualidade e, além disso, expõe o bombardeamento 
de informações a todo instante na vida contemporânea. Logo, a ideia representada 
no pensamento do sociólogo pode ser facilmente aplicada à realidade brasileira, visto 
que, no Brasil, é notório o grande número de pessoas com problemas psicológicos. 
sendo assim, destacam-se, principalmente, barreiras que impedem a diminuição dos 
estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira: a grande influência 
midiática e o preconceito enraízado na sociedade brasileira em relação à saúde mental. Assim, 
convém analisar o fenômeno para que melhores medidas sejamtomadas. 
A princípio, não há dúvidas de que os grandes meios de comunicação bombardeiam a po-
pulação com muitas informações que são, em grande parte, sobretudo nas mídias sociais, 
cotidianos idealizados. Nesse contexto, a empresa Globalwebindex, mostra que o Brasil, em 
ranking, é o segundo país com mais tempo dedicado as redes sociais, com ênfase no público 
jovem. Dessa forma, fica claro a grande participação dos veículos de comunicação na vida da 
sociedade brasileira, gerado, em consequência disso, vários transtornos, como a depressão, a 
frustração e tristeza, que afetam todos, não só as mais desfavorecidas economicamente, mas 
também grandes famosos, a exemplo o comediante Whinderson Nunes, que, em 2019, sofreu 
com a depressão, gerada pelo excesso de informações que a vida com muita exposição gera. 
Dessa forma, é visível que, se não houver mudanças efetivas por parte dos meios de comuni-
cação muitas pessoas continuaram prejudicadas.
Ademais, é importante perceber que os preconceitos enraízados na coletividade em relação 
às doenças mentais trazem danos para uma parcela da população. Dessa maneira, conforme 
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre 
os jovens no mundo e o Brasil concentra grande parte desse número de pessoas. Diante disso, 
é evidente que os problemas mentais geram grande transtorno para a população, no entanto, 
no Brasil, uma parcela das pessoas têm a mentalidade de que psiquiátra é “médico de doido”, 
e, com isso, muitas vezes, acabam negligenciando à saúde mental, trazendo, consequente-
mente, a piora neste quadro que, na sociedade brasileira, se mostra tão vulnerável, como evi-
dencia os dados da OMS.
Por tanto, é notório que não só a influência da mídia, como também os preconceitos en-
crostados no Brasil geram barreiras para a melhoria desse contexto. Com isso, a Mídia - como 
órgão de grande importância para a disponibilização de conteúdos - deve, por meio de res-
trições as empresas responsáveis pelos meios de comunicação, fazer diminuir o papel das 
redes, sobretudo na vida dos jovens, por exemplo, ocultar o número de “likes”, como fez o 
“Instagran”, a fim de melhorar a qualidade de vida do brasilrito. Junto a isso, distribuir infor-
mações sobre às doenças mentais e seus tratamentos, para que assim, esses preconceitos 
enraízados possam desaparecer.
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
19 anos | Recife (PE)
- 20 pontos na C3
A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico bra-
sileiro - assegura a todos o direito à saúde. No entanto, tal prerrogativa não se mani-
festa plenamente na prática, haja vista a existência do estigma associado às doenças 
mentais no Brasil, o que compromete o bem-estar das vítimas de tais enfermidades. 
Diante disso, faz-se necessário analisar esse entrave, intrinsecamente ligado não só à 
negligência governamental, mas também à alienação social.
A princípio, é imperioso destacar que o problema advém, em muito, do descaso do 
Poder Público. Segundo o filósofo Aristóteles, no livro “Ética a Nicômaco”, a finalida-
de da política é aumentar o nível de felicidade dos indivíduos. Contudo, evidencia-se 
o não cumprimento dessa premissa no que concerne às doenças mentais, uma vez 
que - seja pela ineficácia das medidas de conscientização a esse respeito, seja pela 
escassez de oferta de tratamento psicológico no Sistema Único de Saúde - muitos 
brasileiros experimentam o sentimento oposto: a tristeza. Desse modo, constitui-se 
um cenário de injustiça que requer atenção por parte das autoridades estatais.
Ademais, cabe mencionar que a alienação social corrobora a perpetuação dessa 
problemática. Consoante ao pensamento da escritora Hannah Arendt, o processo de 
massificação da sociedade forma indivíduos incapazes de realizar julgamentos mo-
rais, os quais eternizam costumes perversos pela falta de discernimento. Com efei-
to, pode-se perceber a ocorrência disso no Brasil, visto que a população mantém a 
crença de que os transtornos psicológicos são resultantes de uma mentalidade frágil 
e, consequentemente, desencoraja as vítimas de tais enfermidades a externar as pró-
prias dores. Em decorrência disso, muitos brasileiros não procuram auxílio profissio-
nal nesses casos, o que favorece a permanência desse estigma. 
Portanto, é essencial que o Estado tome providências para melhorar o quadro atu-
al. Nesse sentido, o Ministério da Saúde deve ampliar o fornecimento de tratamento 
psicológico gratuito, por meio da contratação de mais psicólogos para o SUS, a fim 
de que as pessoas que precisarem de tal ajuda possam tê-la. Além disso, urge que o 
Ministério da Educação crie campanhas publicitárias que veiculem informações acer-
ca da importância de tratar tais doenças, bem como dos meios disponíveis para isso. 
Essa ação deve ser concretizada por intermédio de anúncios na rádio e na televisão, 
os quais precisam ser breves e explicativos, com o propósito de reduzir o estigma 
associado às enfermidades mentais. Feito isso, espera-se que o direito à saúde - pre-
visto na Carta Magna - seja, em maior grau, garantido.
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
23. FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 
(22 anos) Brasília - DF
- 20 pontos na C1
No tocante ao estigma associado às doenças mentais na mocidade brasileira, percebe-se 
despreparo do país no que tange ao estabelecimento de medidas que possibilitem a alteração 
da mentalidade de cidadãos a respeito desse assunto. Diante disso, para melhor compreensão 
da problemática, é evidente a importância de analisar os principais entraves à resolução desta, 
tais como o isolamento de portadores de doenças mentais e o preconceito sofrido por estes. 
Sob esse viés, torna-se indispensável a atuação estatal para efetivar alteração do panorama 
maléfico.
Em primeiro lugar, vale destacar que há, historicamente, no Brasil, o isolamento de pessoas 
com doenças mentais, devido a não se encaixarem nos padrões de “normalidade” impostos 
socialmente. Nesse sentido, os indivíduos que possuem transtornos psíquicos são submetidos 
a tratamentos desumanos, e são institucionalizados em hospitais psiquiátricos, os quais afe-
tam a dignidade humana e não buscam a integração do cidadão ao corpo social. A exemplo 
disso, na obra “Holocausto Brasileiro”, de Daniela Arbez, a jornalista retrata a realidade cruel, 
vivenciada por milhares de brasileiros, que eram enviados à força para o Hospital Colônia, sim-
plesmente por não correspondere aos padrões sociais. Dessa forma, é perceptível a urgência 
de modificar esse cenário imensamente danoso, de modo a garantir o tratamento correto às 
pessoas com doenças mentais e, assim, evitar que estas sejam excluídas do convívio em so-
ciedade.
Em segundo lugar, cabe destacar a falta de informação acerca de transtornos mentais como 
fator determinante para o grande preconceito direcionado a quem os possui. Nessa perspec-
tiva, esse assunto ainda é considerado um tabu, haja vista que é pouquíssimo abordado nas 
plataformas de comunicação, por exemplo. Por consequência da ausência de discussão sobre 
o tema, os portadores de doenças mentais sofrem discriminação e preconceito diariamente, 
fato que gera exclusão e desigualdade e contrapões-se diretamente ao conceito de cidadania 
defendido por José Murilo de Carvalho, em sua obra “Cidadania no Brasil”, como o pleno usu-
fruto dos direitos políticos, civis e sociais. Sob tal ótica, a igualdade constitui-se como direito 
civil e este é privado

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