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O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Um e-book do Prof. Henrique Araújo
@profhenriquearaujo
Um e-book do Prof. Henrique Araújo
@profhenriquearaujo
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Olá, estudante! 
Seja bem-vindo ou bem-vinda ao 1000 QUEBRADO, um e-book gratuito e elaborado por mim, 
professor Henrique Araujo (Instagram: @profhenriquearaujo e YouTube: Prof. Henrique Arau-
jo).
Essa ideia nasceu de uma dificuldade e de um desejo. 
Minha dificuldade era, como professor, obter exemplos variados de redações bem-sucedidas, 
que pudessem ilustrar para meus alunos e minhas alunas algumas estratégias de escrita na prova 
do ENEM. Não queria repetir a leitura do mesmo texto, mas precisava de redações oficiais que 
tivessem tido um resultado incrível.
Apesar de haver um movimento crescente na divulgação de redações nos últimos anos - e 
nisso a cartilha do estudante Lucas Felpi tem sido um ótimo material -, sabemos que, a cada ano 
que passa, o ENEM distribui menos redações nota 1000 e mais redações 900+1. Ou seja, há mi-
lhares de redações muito boas que ficam no limbo, fadadas apenas às correções oficiais, e não 
ganham os olhos dos demais estudantes, que anseiam por diferentes inspirações. 
E esse era meu desejo. Que estudantes como você, que está me lendo agora, pudessem ter 
acesso a material de qualidade e tivessem as mais diferentes maneiras de buscar a sua nota in-
crível, fosse ela um 1000 ou não!
Talvez você não tenha olhado por esse lado crítico ainda, mas a nota 1000 é muito romantiza-
da. Parece que só ela é que importa, quando, na verdade, não é bem assim. 
Caso você esteja chegando nesse mundo do ENEM agora, eu explico: toda a correção do ENEM 
é feita por dois corretores, que a avaliam de forma independente, cada um dando sua nota. A 
nota final é a média simples dessas duas notas. Então, receber 1000 no ENEM significa que você 
teve duas vezes a nota máxima: 
1000 + 1000 = 2000
2000 / 2 = 1000.
Por outro lado, ganhar 980 no ENEM significa que você recebeu uma nota 1000. Sim, você 
teve um 1000 também. Porém, outro corretor deu 960, a menor nota simples depois do 1000, 
deixando você com 20 pontos a menos. Por isso, chamamos de “1000 quebrado”:
1000 + 960 = 1960
1960 / 2 = 980
Se poucas dezenas de texto ganham a nota máxima, chegar perto dela é incrível. Tirar 960 e 
980 é estar entre os (muito) grandes. Além disso, nada difere a redação 1000 da redação 980, 
já que a redação 980 também teve uma nota 1000. É apenas uma questão de sorte - ou falta dela 
- de cair nas mãos certas e no tempo certo.
1 As notas 1000 nos últimos anos foram assim: 55 redações nota 1000 em 2018, 53 redações nota 1000 em 2019, 28 redações 
em 2020. Em compensação, as notas 900+ vêm aumentando: 2% em 2018; 3,2% em 2019 e 5% em 2020.
https://www.instagram.com/profhenriquearaujo/
https://www.youtube.com/channel/UC6JoQXG4O0tMkMk3YzRl7Dw
https://www.youtube.com/channel/UC6JoQXG4O0tMkMk3YzRl7Dw
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Ler 85 redações 980 e analisá-las criticamente me fez perceber algumas coisas:
Assim como nas redações 1000, há uma grande diferença na qualidade dos textos presentes 
nesse e-book. Alguns são MUITO bons e deveriam ser 1000; outros, tem muitos desvios grama-
ticais e deveriam ter sido avaliados com notas menores. Todos eles, no entanto, possuem argu-
mentação consistente, repertórios produtivos e propostas de intervenção bem elaboradas. Além 
disso, todos estes textos conseguem mostrar planejamento estratégico, conduzindo o leitor ao 
longo da leitura.
Também pude perceber que a competência mais importante para a obtenção do 1000 é, de 
fato, a 1. Saber gramática é fundamental para a nota máxima. Nas respostas aos formulários, 
77,5% dos estudantes afirmaram que o domínio da norma culta foi o responsável pela perda de 
20 pontos - afirmações comprovadas com prints da Vista Pedagógica. Observe:
A Competência III representa uma fatia expressiva também: 16,7% dos estudantes. As demais 
são inexpressivas: 3,9% na Competência 4 e 2% na Competência V.
Pra completar, também pude constatar que o medo generalizado de não ter repertório na hora 
do ENEM é infundado: não é a Competência II - aquela que avalia os repertórios - que faz a galera 
não ter 1000. Ninguém que respondeu no formulário teve desconto nessa competência. Ou seja, 
você vai ter repertórios na hora, cara pálida, e vai ir bem!!
Por fim, espero muito que esse e-book venha completar seus estudos rumo ao seu último 
ENEM. Que ler e analisar várias redações que bateram na trave na nota máxima possa ajudar 
você a construir o seu próprio modelo, dando-lhe mais segurança e confiança nesse percurso do 
ENEM. 
De resto, é agradecer aos diversos estudantes que fizeram esse projeto acontecer - e aos pro-
fessores desses estudantes, que ofereceram ensinos de qualidade nos mais diversos cantos do 
Brasil e nesse mundo digital.
A você, que está lendo agora e tem medo da redação - ou não tem mais medo, mas se sente 
inseguro/a e incapaz -, lembre-se que redação é estratégia. Pratique bastante e domine as com-
petências. Tenha um mentor e um método. Estude da maneira certa e ignore as fake news que 
espalham por aí. O resultado vai vir.
Se você quiser, estarei aqui, pronto pra te ajudar.
Um grande abraço, 
Prof. Henrique Araujo
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Ps: 
É importante ainda enfatizar algumas questões: não foram 
corrigidos eventuais desvios de sintaxe, pontuação, regência, 
ortografia, colocação pronominal, concordância e paralelismo. 
Em alguns momentos, quando o erro ortográfico pode ser in-
terpretado de outra forma - e para enfatizar que não houve erro 
de digitação - optou-se pela marcação [sic], oriundo do latim e 
com significado “exatamente dessa maneira”, expressão muito 
usada no jornalismo para enfatizar que a palavra em questão 
foi escrita ou pronunciada exatamente daquela forma, que não 
segue a gramática.
Do mesmo modo, as redações apenas foram transcritas, e não 
analisadas. O julgamento do prof em relação a cada uma não 
está contido nesse e-book.
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O professor Henrique Araujo, mais conhecido como Sincerão, 
é formado em Letras pela UFRGS e Mestre pela mesma universi-
dade. Atua como professor desde 2014, em cursinhos prepara-
tórios pré-vestibulares presenciais, nas disciplinas de Português, 
Redação e Literatura.
Como um de seus diferenciais, é ator, formado pela Casa de 
Teatro de Porto Alegre, tendo em seu currículo dezenas de es-
petáculos teatrais em sua cidade, além de trabalhar eventual-
mente com cinema e tv. Essa segunda formação, obtida a partir 
de anos de estudo e experiência desde a adolescência, permite 
o despojamento e o divertimento em suas aulas, além da natu-
ralidade com as câmeras.
Em 2019, estreou um quadro de sucesso no YouTube, chama-
do “Corretor Sincerão”, feito com o canal da plataforma de en-
sino Me Salva! – onde também ensina redação para milhares 
de estudantes em lives semanais -, no qual corrige redações de 
forma bem-humorada e muito sincera, aplicando os conceitos 
de suas duas formações.
PROF. HENRIQUE
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
CURSOS e MATERIAIS DO PROF
EMPODERE-SE TEXTUALMENTE
Seja um cara pálida oficial: torne-se aluna/o do Prof. Henrique Araújo, e comece
a pensar como um legítimo corretor oficial do ENEM.
Apostila física completíssima de redação para o 
ENEM, atualizada com o Material dos Corretores 
2020, mais de 230 páginas, 35 temas originais, ta-
belas de organização, exemplos de redações reais, 
redações nota 1000 e divididas pelas competên-
cias. Vendida para mais de 1000 pessoas em todo 
o Brasil.
de R$139,90 por R$127,00
Livro que reúne mais de 200 citações, com deze-
nas de autores e autoras; filmes, livros, séries e do-
cumentários; eventos históricos e notícias atuais - 
tudo para você arrasar nos repertórios e gabaritar 
a Competência II do ENEM. 
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@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
Aulas ao vivo semanais com o Prof. Henrique, com turmas 
reduzidas e 6 correções de redação por mês - acompanha-
mento personalizado e individual, com plantões mensais e 
tira-dúvidas via Whatsapp.
Curso completo de 47 aulas gravadas, divididas em 12 mó-
dulos, com correção de redação, materiais em pdf e mento-
rias mensais ao vivo.
Curso para corretores e corretoras, que mostra, por meio 
de um processo detalhado de estudo da banca do ENEM, 
como ser um corretor nota 1000: ou seja, busca tirar os ví-
cios de gosto de cada corretor, que deve atribuir a nota cer-
ta para cada redação.
Curso específico para melhorar a Competência III! São 18 
aulas e 15 segredos que vão transformar sua nota na argu-
mentação e garantir os 200 nessa competência. Depois de 
passar por esse curso, aquela dor de cabeça de “precisa 
argumentar melhor”, “precisa defender mais o seu ponto de 
vista” e outras coisas mais será coisa do passado!
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Curso rápido e efetivo, que busca em 5 aulas mostrar para 
você tudo aquilo de mais importante para a redação do 
ENEM. Interessante tanto pra quem está começando agora 
quanto pra quem já chegou em um bom nível, mas não con-
segue melhorar a nota.
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CORRETOR NOTA MIL
REDAÇÃO EXPRESS
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ARGUMENTAÇÃO NOTA MIL
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https://profhenriquearaujo.com.br/trilha/
https://profhenriquearaujo.com.br/corretor-nota-mil/
https://profhenriquearaujo.com.br/15-segredos/
SUMÁRIO
1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES 11
2. AMANDA BIANCOVILLI 14
3. ANDRE KALIL SILVEIRA 17
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR 23
6. ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 26
7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 29
8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA 32
9. BRUNA MACIEL 35
10. BYANCA DANTAS DE LIMA 38
11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 41
12. CLAIANE VITÓRIA TEZA 44
13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 47
14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA 50
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO 53
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 56
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 59
18. FERNANDA COSTA VIEIRA 62
19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 65
20. FILIPE GOMES 68
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 71
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO 74
23. FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 77
24. GIOVANNA BARBOSA OLIVEIRA 80
25. GIOVANNA ROSSI DOTOLI 83
26. GUILHERME CARDOSO ALMADA 86
27. GUILHERME MENDES DE LIMA 89
28. GUSTAVO GOMES MENDES 92
29. HELEN CARINA ZAMBA 95
30. HELENA PINCOLINI PEREIRA 98
31. HELENA SAMP ARAÚJO MACEDO 101
32. PROF HENRIQUE ARAUJO 105
33. HEMLAYNE SOARES DE SOUSA 107
34. IARLLE SILVA MOURA 110
35. IASMIN VIANA DE JESUS 113
36. INAIÁ TINTI 116
37. ISABELLY MARVILA L. RIBEIRO 119
38. ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO 122
39. ITALLO AUGUSTO DE QUEIROZ BATISTA 125
40. IZADORA APARECIDA MIRANDA SILVA 128
41. JOÃO MANOEL DO VALE HEY 131
42. JOAO VICTOR MACEDO GOMES 134
43. JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA 137
44. JÚLIA LUÍSA MOSENA 140
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
45. JULIA MARIA DA COSTA MARQUES 143
46. JÚLIA SANTOS SENA 146
47. JULIANA APARECIDA DE OLIVEIRA 149
48. KARINA DELMIRO 152
49. KAROLINE SILVEIRA MARDEGAN 155
50. LAÍSA ADAMS SIMON 158
51. LARA CAROLAIN SANTANA POLACHINI 161
52. LETICIA LAURA DO ROSÁRIO 164
53. LUAN CLAUDIO DE OLIVEIRA SILVA 167
54. LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SILVA 170
55. LUCIMARY SANT ANA BEZERRA 173
56. LUIDI LOBATO GONÇALVES 176
57. LUIS RENAN DANTAS DA SILVA 179
58. LUIZA GONZALEZ RIBEIRO ALVES 182
59. LUMMA RABELO 185
60. MARIA BEATRIZ RAMOS 188
61. MARIA EDUARDA LAGUNA DA SILVA 191
62. MARIA GABRIELLY VARELA DOS SANTOS 194
63. MARIA RITA DIAS BATISTA 197
64. MARIA TAVARES DE MOURA 200
65. MATHEUS GUEDES DE MOURA 203
66. MICHELLE QUEIROZ DE OLIVEIRA 206
67. MIKAEL SANTOS PRAXEDICE DE BARROS 209
68. NATALHA DA COSTA MARQUES 212
69. PAOLA PASSOS SILVA 215
70. PAULO HENRIQUE DANTAS DE AGUIAR 218
71. PEDRO HENRIQUE GARCIA DE ALMEIDA 221
72. PEDRO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR 224
73. RAFAEL PEIXOTO PONTES MARTINS 227
74. RAPHAEL FONSECA GOMES DA SILVA 230
75. RAQUEL FERREIRA DANTAS 233
76. RAYNARA KAWANE BARROS FERREIRA GONDIN 236
77. REBECA MOREIRA DOS SANTOS 239
78. REBECA OLIVEIRA REIS 242
79. RHAINARA TEIXEIRA DOS SANTOS 245
80. RHANNA RAYSSA DE ARAÚJO ARRUDA 248
81. RICÁSSIO PRADO DIAS DOS SANTOS 251
82. SAMUEL ASAFE DA SILVA 254
83. SARA SBARDELOTTO GERMANN 257
84. VICTOR MANOEL PINTO PEREIRA 260
85. YASIN ACSA MARTINS 263
O MIL QUEBRADO
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1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ALICE BASTOS PRIMO ALVES
(18 anos) - Rio de Janeiro - RJ 
- 20 pontos na C1
A Crise de 1929, ocorrida nos Estados Unidos, foi um período marcado por altos 
índices de depressão. De forma análoga, a sociedade brasileira tem enfrentado 
grandes quantidades de casos de doenças mentais, uma vez que o estigma as-
sociado a elas representa um desafio a ser encarado de forma organizada. Desse 
modo, o silenciamento e a má influência midiática são fatores que agravam esse 
cenário negativo.
De início, vale ressaltar a falta de debates como um catalisador desse panora-
ma pessimista. Conforme o filósofo Michel Foucault, a sociedade moderna tende 
a tornar tabu assuntos causadores de desconforto à população. Nesse sentido, 
pode-se afirmar que os indivíduos que apresentam algum sinal de transtorno da 
mente são excluídos da coletividade social, haja vista a incapacidade das pessoas 
de conseguirem lidar com essa situação - visto que elas não possuem informa-
ções sobre a manifestação desse sofrimento psíquico. Assim, um sentimento de 
estranheza é gerado.
Ademais, é importante destacar que, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bau-
man, as redes sociais são úteis, oferecem serviços prazerosos, mas são uma arma-
dilha. Sob essa ótica, constata-se a internet como um acelerador lastimável dessa 
conjuntura, dado que ela impõe um padrão a ser seguido e apresenta uma falsa 
sensação de felicidade. Nesse viés, as pessoas que não se sintam pertencentes 
desse modelo estão aptas a desenvolver algum tipo de transtorno mental, como 
ansiedade e depressão. Nessa perspectiva, esse resultado cruel comprova a afir-
mação “o meio influencia o indivíduo”, do sociólogo Émile Durkheim.
Portanto, cabe ao Ministério da educação - órgão responsável pelo sistema edu-
cacional do país -, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio de verbas 
governamentais, promover palestras, nas instituições públicas e privadas, e cam-
panhas, divulgadas nas mídias digitais, sobre as doenças mentais presentes ho-
diernamente, e como identificá-las - a fim de educar a população, conscientizar 
e ocasionar debates acerca do assunto. Dessa forma, o Brasil não vivenciará uma 
crise igual a de 1929.
1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES
1. ALICE BASTOS PRIMO ALVES
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
2. AMANDA BIANCOVILLI
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
AMANDA BIANCOVILLI 
(27 anos) - Rio de Janeiro - RJ
- 20 pontos na C1
Segundo a Alegoria da Caverna, de Platão, ao acomodar-se apenas às impres-
sões percebidas dentro da caverna, o indivíduo deixa de compreender a realida-
de, ou seja, o mundo de fora. Nos dias de hoje, a caverna pode ser vista como 
uma metáfora para o preconceito e a ignorância presentes na sociedade, espe-
cialmente quanto à saúde mental, pois os que vivem aprisionados ao pensamento 
de que transtornosmentais são estigmas não se permitem entender as emoções 
da maneira com que elas se apresentam na mente humana. Desse modo, a saú-
de mental acaba sendo negligenciada, tanto pelas autoridades governamentais, 
quanto pela população.
Em primeira análise, a falta de suporte do Poder Público ajuda a agravar a situ-
ação atual do problema. De acordo com a Constituição Federal, o direito à saude 
é garatido a todos os brasileiros. No entanto, é dever do governo fornecer meios 
para garanti-lo, o que não ocorre satisfatoriamente, dado que, no Brasil, mais de 
11,5 milhões de pessoas convivem com a depressão, segundo dados da OMS. Tal 
fato demonstra que a saúde mental está sendo negligenciada pelas autoridades 
governamentais, que não possuem programas destinados a esse fim.
Ademais, a ignorância da sociedade contribui para manter o estigma associado 
a transtornos mentais. Na Idade Média, os que sofriam de tais doenças eram vis-
tos como indivíduos de alma pecadora e, em muitos casos, eram condenados à 
pena de morte na fogueira. Contudo, atualmente, o preconceito permanece forte-
mente, visto que o tratamento e a prevenção de doenças mentais são vistos como 
desnecessários na maioria das vezes, sendo utilizados apenas quando o transtor-
no se agrava. Dessa forma, o número de afetados acaba aumentando, além do 
que aumentaria, caso houvesse uma conscientização sobre a importância dos 
cuidados com a saúde mental.
Portanto, para que o estigma associado às doenças mentais seja atenuado, a 
seguinte proposta deve ser aplicada: o Ministério da Saúde deve criar um progra-
ma que ofereça tratamentos para doenças, como a depressão e a ansiedade, por 
meio do SUS, de forma gratuíta, para que o número de afetados com transtornos 
mentais diminua. Além disso, é preciso que haja uma ampla divulgação, pelas re-
des sociais do Ministério e pela TV, para que a população entenda a importância 
desses tratamentos. Assim, o Poder Público poderá garantir, enfim, o direito à 
saúde a todos.
2. AMANDA BIANCOVILLI
2. AMANDA BIANCOVILLI
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
3. ANDRE KALIL SILVEIRA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ANDRE KALIL SILVEIRA 
(18 anos) Três Coroas - RS
- 20 pontos na C1
Durante a Era da Informação, o advento da internet modificou as relações so-
ciais. No entanto, nesse contexto, ocorreu um aumento dos problemas mentais na 
população. Por conseguinte, na sociedade brasileira, iniciam-se os debates sobre 
os estigmas associados às doenças mentais, uma vez que são disseminados pela 
sociedade, além de que esses problemas vêm da incapacidade de realizar as von-
tades propagadas pela mídia. 
A princípio, é válido ressaltar que as pessoas são influenciadas a agir de deter-
minada forma. Isso porque, segundo Durkheim, a sociedade influencia o indiví-
duo, ou seja, condiciona-o a pensar de certa forma. Não obstante, como o Brasil é 
regido pelo ideal positivista, ordem e progresso, espera-se que as pessoas sigam 
esse lema. Dessa maneira, a população age influenciando o diagnosticado, por 
exemplo, com depressão, de forma que se descredibiliza e negligencia a doença, 
visto que os seus sintomas não compactuam com o tal ideal positivista, propa-
gando mais um estigma na sociedade.
Ademais, é preciso comentar que os casos de problemas mentais vêm da não 
contemplação dos desejos criados pela mídia. Conforme Schopenhauer, o ho-
mem vive pela realização das suas vontades, porém, quando não concretiza seus 
desejos, torna-se pessimista, de modo que seja caracterizado como triste e an-
gustiado. Destarte, tal estado de pessimismo é retratado como a depressão. Por 
isso, com a sociedade altamente midiática e disseminadora de padrões, muitos 
desejam atingir o que está na mídia, mas aqueles que não conseguem, possuem 
grandes chances de adquirir problemas mentais, já que não concretizam as suas 
metas.
Portanto, é verificada a importância da reversão do cenário atual e cabe às em-
presas de publicidade a sua resolução. Consequentemente, elas - responsáveis 
por disseminar ideias no mundo - devem, por meio das redes sociais, divulgar 
uma campanha, a qual demonstra às pessoas que não é preciso seguir as imposi-
ções sociais. Além disso, mostrando que é possível viver sem as vontades criadas 
pela mídia, a fim de que se retirem os estigmas impostos pela população, além de 
diminuir as ocorrências de doenças mentais.
3. ANDRE KALIL SILVEIRA 
3. ANDRE KALIL SILVEIRA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
4. ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
(17 anos) Mogi Guaçu - SP
- 20 pontos na C1
O filme contemporâneo “Coringa” tem sua diegese centrada na trajetória de um perso-
nagem que sofre de confusões mentais e de doenças psicológicas, o qual considera-se um 
verdadeiro psicopata. Nessa ficção, a sociedade não o aceita e o julga, pois está presa em 
uma bolha de preconceitos estigmatizados. De maneira semelhante, a população brasilei-
ra do século XXI possui dificuldades para entender e incluir os indivíduos com os mesmos 
problemas, segregando-os e tornando-os uma parcela vulnerável no território nacional. 
Nesse viés, as principais causas do cenário hodierno são tanto a continuidade de uma 
mentalidade ultrapassada, quanto a imposição do ideal ilusório de perfeição.
Diante de tal realidade, é factual salientar, primeiramente, que - ainda na atualidade - 
o pensamento ignorante da sociedade brasileira corrobora diretamente a problemática. 
Segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, atuam, em uma população, os mecanismos 
de coerção da denominada violência simbólica, que se baseiam na opressão de determi-
nados indivíduos, os quais são violentados psicologicamente - do mesmo modo que o Co-
ringa. Nessa ótica, percebe-se que um grupo considerável de pessoas tem a mentalidade 
enraizada em estigmas e mitos sociais, haja vista o tratamento com desdém das doenças 
mentais - como depressão, ansiedade, bipolaridade - e o rótulo falso de “frescura” ou 
fragilidade atribuído a essas questões nevrais. Assim, tal esteriotipação exerce uma força 
negativa sobre os mais vulneráveis, que, na maioria das vezes, sentem-se sozinhos e colo-
cados à margem em relação aos demais, uma vez que não encontram amparo e o auxílio, 
fruto do enorme e maléfico preconceito em vigor entre os cidadãos do país, panorama 
que deve ser combatido pelos órgãos legais. 
Outrossim, convém analisar os impactos da imposição de um ideal utópico de vida 
perfeita na continuidade dessa situação no Brasil. Conforme o livro “Sociedade do Espe-
táculo”, vive-se, no contexto hodierno, uma falsa ilusão de que todos devem estar felizes 
em tempo integral e não apresentar problemas. A partir disso, as redes sociais - Insta-
gram, Facebook, Twitter - tornam-se instrumentos de manipulação e de disseminação de 
padrões irreais, já que os seres humanos, nesse ambiente virtual, são motivados a fingir 
um bem estar diariamente, mascarando as suas doenças mentais e renegando-as com fre-
quência. Então, essas pessoas não procuram tratamento e interiorizam os seus conflitos, 
para que possam se encaixar em um molde socialmente aceito e amplamente divulgado 
nas mídias. 
Depreende-se, portanto, que essa grave realidade brasileira em relação às pautas men-
tais deve ser prontamente mitigada. Logo, o Ministério da saúde, com apoio das institui-
ções de ensino públicas e privadas do país, deve promover palestras nas escolas e nas 
universidades - ao longo de todo o território nacional -, por meio de contrato de profissio-
nais especializados no assunto - como médicos e psiquiatras -, as quais instruam crianças 
e adolescentes sobre a seriedade das questões de saúde mental e ensinem-os a tratá-las 
com dignidade, afastando a ideia de seres humanos perfeitos e padronizados. Assim, o 
intuito da iniciativa será a diminuição dos estigmas enraizados socialmente, para que, 
no futuro,possam ser, de fato, eliminados. Dessa forma, a bolha de ignorância retratada 
no filme Coringa será estourada e os indivíduos mais vulneráveis tornar-se-ão inclusos e 
respeitados. 
4. ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
4. ANNA FLÁVIA COSTA SILVA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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@PROFHENRIQUEARAUJO
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ANTHONY DE MENEZES VICTOR
18 anos | Aratuba (CE) 
- 20 pontos na C1
A Constituição Federal de 1988 assegura a todos os indivíduos da sociedade brasileira alguns 
direitos, como o de acesso à saúde e ao bem-estar social. Entretanto, não é o que se nota na 
realidade atual, haja vista a desatenção do Estado perante os estigmas deixados pelas doenças 
mentais na vida dos cidadãos. Esse fato se dá tanto pela falta de investimentos destinados a 
profissionais que amenizem a situação, quanto pela enorme pressão e julgamento por parte do 
corpo social em que o indivíduo está inserido. Logo, cabe analisar tal quadro e seus impactos, à 
medida em que se solicita uma resolução de maneira precisa e democrática.
Diante disso, é cabível citar a ausência de subsídios pertinentes como um fator agravante para 
a problemática. Nesse sentido, é válido mencionar a série “Atypical”, que em sua 3ª temporada 
demonstra a vida do jovem autista e ansioso Sam Andrews, em que após largar o acompanha-
mento psicológico, começa a ter crises diversas. Não obstante, a sociedade brasileira passa por 
situações semelhantes, nas quais a falta de apoio psicológico - atrelada aos poucos investimen-
tos nesse - leva os envolvidos a impasses similares e se faz responsável pela contração de outras 
doenças, como a depressão. Assim, faz-se mister o posicionamento estatal acerca desse proble-
ma relevante. 
Ademais é mencionável a grande pressão social destinada ao indivíduo como forma de fazer 
permanente o estigma deixado pelas doenças mentais. A partir disso, é válido referenciar a série 
“Control Z”, que retrata a história da adolescente Sofia após a morte de seu pai. No seriado, a 
garota comete uma tentativa de suicídio, e após todo o aparato familiar e hospitalar ela volta à 
escola, lugar onde é altamente julgada por ter tentado se suicidar, então volta a se internar por 
não aguentar a pressão. Similarmente, no Brasil também há casos como esse, nos quais o desne-
cessário julgamento das pessoas acaba acarretando em uma possível reincidência da doença su-
perada anteriormente. Uma possível solução seria o uso da mídia como agente conscientizador.
Portanto, é necessária a resolução dessa problemática, advinda de órgãos governamentais. A 
princípio, cabe à SEFAZ - Secretaria da Fazenda -, em parceria com os CAP’s - Centro de Apoio 
Psicológico e Social -, a missão de investir, por meio de verbas governamentais, na aquisição de 
psicólogos e psiquiatras, a fim de diminuir as cicatrizes deixadas pelas doenças mentais - como 
a ansiedade e a depressão - e, assim, diminuir a chance de reincidência dessas enfermidades. 
Além do mais, compete ao Ministério da Saúde a tarefa de direcionar fundos para campanhas 
publicitárias, visando informar para todos a responsabilidade social que cada um tem sobre o 
próximo. Desse modo, será notável a amenização do infortúnio e a Constituição será cumprida 
de forma precisa.
Depreende-se, portanto, que essa grave realidade brasileira em relação às pautas mentais deve 
ser prontamente mitigada. Logo, o Ministério da saúde, com apoio das instituições de ensino 
públicas e privadas do país, deve promover palestras nas escolas e nas universidades - ao longo 
de todo o território nacional -, por meio de contrato de profissionais especializados no assunto 
- como médicos e psiquiatras -, as quais instruam crianças e adolescentes sobre a seriedade das 
questões de saúde mental e ensinem-os a tratá-las com dignidade, afastando a ideia de seres 
humanos perfeitos e padronizados. Assim, o intuito da iniciativa será a diminuição dos estigmas 
enraizados socialmente, para que, no futuro, possam ser, de fato, eliminados. Dessa forma, a 
bolha de ignorância retratada no filme Coringa será estourada e os indivíduos mais vulneráveis 
tornar-se-ão inclusos e respeitados. 
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR
5. ANTHONY DE MENEZES VICTOR
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O MIL QUEBRADO
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6. ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 
O MIL QUEBRADO
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ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 
(18 anos) Pato Branco - PR
- 20 pontos na C1
No contexto da Revolução Francesa, Philippe Pinel apresentou criativos estudos científicos 
acerca dos transtornos mentais, com o intuito de desconstruir a mentalidade reducionista e 
punitivista vigente na época. Entretanto, apesar de proporcionar inúmeros avanços, as pes-
quisas desenvolvidas pelo Pai da Psiquiatria estão longe de ministrar uma completa solução, 
na medida em que, sobretudo no Brasil, o estigma associado às doenças mentais persiste em 
ser atenuado. Com efeito, para discutir a questão de maneira ampla, hão de ser analisados os 
seguintes fatores: a percepção distorcida em relação aos transtornos psicossociais e a influ-
ência da sociedade.
Diante desse cenário, é crucial desenvolver análise crítica acerca da perspectiva distorcida 
dos brasileiros em relação ao panorama. Nesse viés, a 2ª Geração do Romantismo, centrada 
na figura de Álvares de Azevedo, relacionou sentimentos passageiros, como a melancolia, 
com doenças mentais graves. Ocorre que as obras dos poetas ultrarromânticos representam 
o imaginário de substancial parcela dos cidadãos, uma vez que os indivíduos, em muitas ve-
zes, compreendem a depressão, por exemplo, como um sentimento passageiro. A visto disso, 
essa visão distorcida corrobora com o estigma associado aos transtornos sérios, já que, pela 
falta de compreensão, os indivíduos necessitados de tratamento médico acreditam que o sen-
timento de angústia é provisório e, em contrapartida, situações melancólicas momentâneas 
podem ser agravadas em doenças mentais devido à ausência de diagnóstico precoce. Desse 
modo, enquanto os brasileiros não compreenderem efetivamente seus sentimentos, o trata-
mento baseado na ciência, como valorizava Pinel, será cada vez menos atuante, de modo a 
potencializar os estigmas acerca de tais transtornos 
Ademais, é imprescindível destacar a idealização da vida cotidiana como agravante para os 
excessivos julgamentos. Nesse sentido, o filósofo francês Guy Debord desenvolveu o conceito 
de sociedade do Espetáculo, segundo o qual as relações sociais hodiernas são pautadas por 
falsas imagens, visto que os indivíduos buscam, de maneira inconsciente, exteriorizar apenas 
as situações harmoniosas que vivenciam. Sob essa ótica, tal idealização promove o silencia-
mento de cidadãos depressivos, haja vista a necessidade de demonstrar boas perspectivas e, 
pois, essa pressão social pela vida perfeita pode estigmatizar aqueles que não correspondem 
com esse padrão. Destarte, enquanto os brasileiros persistirem em demonstrar apenas pro-
jeções ilusórias, a repulsa em relação aos portadores de transtornos mentais se perpetuará. 
Depreende-se, portanto, a superação imediata das rotulações no que tange às doenças 
mentais. A esse respeito, o Ministério da Saúde deve, em parceria com psicólogos e psiquia-
tras, ampliar o amparo à saúde mental no SUS, por meio de recursos destinados pela União, a 
fim de desconstruir imaginários incongruentes e minimizar comportamentos que instiguem os 
brasileiros, como a sociedade do Espetáculo. Essa iniciativa deverá ser divulgada nos meios 
de comunicação, como TV e internet, para promover ampliação na adesão popular. Assim, 
com a manifestação do senso crítico, realidades deturpadas, como a retratada pela Geração 
Byroniana, não serão mais atuantes no corpo social brasileiro.
Depreende-se, portanto, que essa grave realidade brasileira em relação às pautas mentais 
deve ser prontamente mitigada. Logo, o Ministério da saúde, com apoio das instituições de 
ensino públicas e privadasdo país, deve promover palestras nas escolas e nas universidades - 
ao longo de todo o território nacional -, por meio de contrato de profissionais especializados 
no assunto - como médicos e psiquiatras -, as quais instruam crianças e adolescentes sobre a 
seriedade das questões de saúde mental e ensinem-os a tratá-las com dignidade, afastando a 
ideia de seres humanos perfeitos e padronizados. Assim, o intuito da iniciativa será a diminui-
ção dos estigmas enraizados socialmente, para que, no futuro, possam ser, de fato, eliminados. 
Dessa forma, a bolha de ignorância retratada no filme Coringa será estourada e os indivíduos 
mais vulneráveis tornar-se-ão inclusos e respeitados. 
6. ARTHUR PASTORELLO MENDES DA SILVA 
6. ARTHUR PASTORELLO MENDES 
DA SILVA 
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O MIL QUEBRADO
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7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 
O MIL QUEBRADO
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ARTUR DE LIMA PIMENTA 
(18 anos) Riacho dos Cavalos - PB
- 20 pontos na C1
Em sua obra “O Estrangeiro”, Albert Camus, renomado filósofo franco-argelino, 
mostra a crise do homem moderno: “o absurdo” - conflito entre a tendência huma-
na em buscar significado inerente à vida e sua inabilidade para controlá-lo. Fora da 
ficção, a realidade da sociedade brasileira dá-se de forma análoga à apresentada no 
livro, uma vez que, não só a depressão - como relatada por Camus -, mas diversas 
doenças mentais têm apresentado um percentual de crescimento alarmante no país, 
além de, muitas vezes, ser causas de discriminação. Com efeito, a indiferença da so-
ciedade e a omissão do Estado são as principais causas que possibilitam a formação 
de estigmas relacionados às doenças mentais no Brasil. 
Diante desse cenário, é importante destacar a pouca importância dada pelas pesso-
as ao assunto - devido, sobretudo ao pouco conhecimento sobre a temática - como 
um motivador fundamental da problemática. Acerca dessa premissa, o filósofo ale-
mão Arthur Schopenhauer afirma que os limites do campo de visão de uma pessoa 
determinam seu conhecimento a respeito do mundo que o cerca. Nesse sentido, no-
ta-se que o pouco debate relacionado aos transtornos em questão corrobora, infeliz-
mente, a criação de estereótipos preconceituosos acerca dos indivíduos acometidos 
pelos distúrbios supracitados, o que gera certo desconforto para essa minoria. Logo, 
é inadmissível que, no Brasil, país signatário da Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos, parcela substancial da população seja vista sob uma ótica tão ultrapassada. 
Ademais, cabe enfatizar a negligência governamental como um dos principais fato-
res que viabilizam a persistência desse problema no tecido social. Nessa perspectiva, 
o filósofo Gilberto Dimenstein elaborou a tese denominada “Cidadão de Papel”, na 
qual o autor define o termo como o indivíduo que, apesar de possuir direitos na le-
gislação, não os vivencia na prática. Sob esse viés, evidencia-se que a pouca atuação 
do Estado no que concerne à garantia dos direitos aos indivíduos possibilita, de certa 
forma, a existência de vários “cidadãos de papel” no Brasil, uma vez que, embora seja 
um direito constitucional, a saúde de qualidade não é usufruída por grande parte dos 
cidadãos, os quais sofrem com sua espetacularização e deturpação dos direitos.
Portanto, para acabar com o estigma associado às doenças mentais, são necessá-
rias medidas efetivas por parte do Estado. Para tanto, urge que o Governo Federal 
atue, por meio de verbas governamentais, não só na criação de campanhas nas mí-
dias sociais que informem à população a maneira correta de lidar com pessoas que 
possuem algum transtorno psicológico, mas também na elaboração de programas 
que auxiliem as pessoas acometidas por tais distúrbios, haja vista que precisam de 
acompanhamento devido à discriminação referida. Espera-se, com isso, diminuir, de 
forma exponencial, o preconceito associado às doenças psicológicas que está enrai-
zado na sociedade brasileira. Assim, as normas constitucionais de 1988 se tornarão 
medidas práticas em nosso país, e não apenas na teoria. 
7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 
7. ARTUR DE LIMA PIMENTA 
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O MIL QUEBRADO
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8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
O MIL QUEBRADO
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BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
19 anos | Mossoró (RN)
- 20 pontos na C1
O médico francês Philippe Pinel foi um dos principais responsáveis para que a de-
pressão fosse considerada um distúrbio e tratada com prioridade. Todavia, a inclusão 
do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira destoa ao avanço 
proporcionado por Pinel na medicina, o que revela grave mazela de saúde pública. 
Nesse ínterim, vale salientar que para superar esse problema, há de se desconstruir a 
indiferença social e promover a valorização da saúde mental.
Diante desse cenário, é imprescindível reiterar a existência de uma postura negli-
gente quanto aos distúrbios, a exemplo da ansiedade. Em vista disso, Álvares de Aze-
vedo - um dos escritores da geração ultrarromântica - associa o humor fúnebre do 
eu-lírico às características depressivas. Sendo assim, é incoerente que substancial 
parcela dos brasileiros sejam omissos à vitalidade devido à percepção arcaica de que 
os transtornos tratam-se de um estado de espírito passageiro, de modo a evidenciar 
o ideal romântico ultrapassado. Logo, enquanto o descaso dos indivíduos for a regra, 
o ótimo controle humano das exigências cotidianas será a exceção.
Além disso, é importante retomar que a cobrança da sociedade sobre si mesma 
é um estigma prejudicial à saúde mental. Nesse viés, na obra “O Mal-Estar da Civili-
zação”, de Sigmund Freud - pai da psicanálise - o autor defende que o ser humano 
busca ter êxito em todas as atividades que se propõe a fazer. Sob o exposto, é visível 
e insatisfatório que pessoas sejam subjugadas ao mal-estar freudiano mediante à 
procura do sucesso contínuo. Com efeito, sempre que o progresso foi a prioridade, a 
vitalidade emocional continuará a ser fragilizada.
Portanto, faz-se necessário promover a redução dos estigmas no que tange aos 
distúrbios mentais. Dessa forma, as escolas - no exercício do seu papel social - pode-
riam desconstruir a visão romantizada do interior e combater a cultura do sucesso, 
por meio de projetos pedagógicos como aulas e palestras, capazes de mostrar que as 
doenças psicológicas e psiquiátricas não são estados e que a procura do êxito pode 
ocasioná-las, com o objetivo de valorizar a vitalidade emocional contemporânea. Em 
suma, essa iniciativa seria nomeada “Saúde presente” e proporcionaria avanços aná-
logos ao de Philippe Pinel.
8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
8. BÁRBARA ISABELE DE SOUSA ROCHA
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O MIL QUEBRADO
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9. BRUNA MACIEL
O MIL QUEBRADO
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BRUNA MACIEL
(22 anos) Florianópolis - SC
- 20 pontos na C1
Na obra “Cemitério dos vivos”, Lima Barreto retrata a precarização do tratamento dado aos 
indivíduos com distúrbios psíquicos. Nessa perspectiva, o autor promove uma reflexão sobre a 
visão da sociedade a respeito dessa população que é, por vezes, marginalizada e estereotipa-
da. hodiernamente, embora os avanços médicos possibilitem a maior efetividade no cuidado 
dado a essas pessoas, é perceptível que o estigma associado às doenças mentais ainda é uma 
realidade na sociedade brasileira. Nesse sentido, em razão do sistema educacional lacunar e 
da negligência midiática, emerge um grave problema, que deve ser revertido com urgência.
 Em primeira análise, vale destacar a lacuna educacional como um entrave à resolução 
do problema. Segundo Kant - importante filósofo - o homem é resultado da educação que 
teve. Sob tal ótica, percebe-se que há uma falha no sistema de ensino do Brasil no que tan-
ge à questão das doenças mentais, uma vez que a pouca abordagem do tema nas salas de 
aula contribuipara sua estigmatização. Além disso, tais instituições apresentam a tendência 
de oferecer uma postura diferente aos alunos com algum problema psicológico, no entanto 
ignoram ações que fomentem o debate e a inclusão. Dessa forma, o pensamento kanteano é 
comprovado pelo auxílio da educação em manter o estigma das doenças mentais, o que deve 
ser transformado.
 Ademais, há outro fator que precisa ser considerado: o comportamento negligente da 
mídia. De acordo com Pierre Bourdieu, aquilo que foi criado para ser veículo de democracia, 
não deve se tornar mecanismo de opressão. Nesse contexto, nota-se que os setores midiáticos 
negligenciam o seu papel de elevar a informatividade da população, haja vista que o assunto 
das doenças mentais é pouco debatido nesses meios. Diante desse cenário, o filme “Milagre na 
cela 7” comoveu a sociedade ao revelar como o preconceito com indivíduos que apresentam 
doença mental está presente no corpo social e expôs a importância dos meios de comunica-
ção para fomentar a discussão e desconstruir este estigma. Assim, fica evidente que a mídia 
pode edilizar seu poder para tornar menos opressor e mais consciente. 
 Destarte, medidas são necessárias para atenuar o estigma relacionado às doenças 
mentais no Brasil. Para isso, o MEC deve incentivar o diálogo sobre as doenças mentais nas 
escolas, por meio de mudança na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essa modificação 
deverá estabelecer a disciplina “Saúde para todos” que visará a conversa sobre distúrbios e 
saúde mental, a fim de criar um espaço de conhecimento. Outrossim, os setores midiáticos po-
dem criar campanhas socioeducativas para ampliar a informação entre a população. Somente 
assim o estigma será desconstruído e a sociedade será diferente da narrada por Lima Barreto.
9. BRUNA MACIEL
9. BRUNA MACIELCHA
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O MIL QUEBRADO
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10. BYANCA DANTAS DE LIMA
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BIANCA DANTAS DE LIMA
(18 anos) João Pessoa - PB
- 20 pontos na C1
Consoante Hipócrates, filósofo grego e considerado o pai da Medicina, o ser humano é 
considerado saudável quando está bem de modo físico e mentalmente. Diante disso, nota-se 
que na sociedade brasileira os indivíduos não são saudáveis devido à presença de um estigma 
relacionado às doenças mentais. Assim, faz-se relevante analisar que tal problemática no país 
decorre de dois fatores: a ignorância humana e a ausência de debate escolar sobre. 
Nesse sentido, torna-se mister notar o negligenciamento a respeito das doenças mentais 
pelos cidadãos brasileiros. Acerca disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), em uma pesquisa de 2017, o Brasil é a nação com maior número de pessoas depres-
sivas da América Latina. Nesse viés, é importante notar que tal índice decorre da ignorância 
humana, conforme o pensamento do filósofo Sócrates, por desconhecer o tema e não buscar 
saber a respeito, como conseguinte, caracterizar a enfermidade em pauta de “frescura”. 
Ademais, é importante ressaltar a inércia das instituições de ensino em romper com o estig-
ma relacionado às doenças mentais no país devido à ausência de debate. Nesse cenário, faz-se 
mister destacar que as escolas são regidas conforme os parâmetros da Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC), a qual não prevê horários destinados na grade curricular para o debate de 
temas sociais. Desse modo, a discussão acerca das doenças mentais e a importância de não 
estigmatizá-la inexiste.
Logo, os indivíduos devem mudar a postura e deixar de negligenciar as doenças mentais, 
por meio da busca de informação acerca de tais patologias nas instituições de saúde e na mí-
dia, com o fito de elucidar a estigmatização do tema, pois assim a sociedade brasileira tornar-
-se-à saudável como Hipócrates disse. Além disso, o Ministério da educação deve promover o 
debate desse tema nas escolas, por meio da inclusão de carga horária, para discutir a saúde 
mental, na BNCC.
10. BYANCA DANTAS DE LIMA
10. BYANCA DANTAS DE LIMA
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O MIL QUEBRADO
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11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 
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CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES
(17 anos) Choró - CE
- 20 pontos na C3
A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu 
Artigo 6º, o direito à saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerroga-
tiva não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o estigma associado 
às doenças mentais na sociedade brasileira, dificultando, deste modo, a universalização desse 
direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperioso a análise dos fatores 
que favorecem esse quadro.
 Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais 
para combater as doenças mentais. Nesse sentido, o grupo afetado não tem acesso a um 
atendimento de qualidade, uma vez que não há estrutura adequada e tampouco profissionais 
suficientes para o atendimento público. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contra-
tualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não 
cumpre sua função de garantir que todos os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, 
como a saúde, o que infelizmente é evidente no país. 
 Ademais, é fundamental apontar o preconceito como impulsionador das doenças men-
tais no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017, quem ocu-
pava o primeiro lugar no ranking dos países mais depressivos da América Latina era o Brasil. 
Nesse sentido, a população afetada deixa de buscar ajuda por receio do julgamento alheio, o 
que impulsiona o agravamento do problema. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a 
perdurar. 
 Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é 
imprescindível que o Estado, por meio de maior investimento, construa centros de atendimen-
to públicos em áreas acessíveis, onde ofereça serviço psiquiátrico gratuito, bem como pales-
tras sobre o assunto, a fim de conscientizar a população e erradicar os transtornos mentais. 
Assim, tornar-se-á possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos 
elementos elencados na Magna Carta.
11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 
11. CAMILA VITÓRIA GOMES DE MENESES 
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O MIL QUEBRADO
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12. CLAIANE VITÓRIA TEZA
O MIL QUEBRADO
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CLAIANE VITÓRIA TEZA
- 20 pontos na C1
Com a premissa de assegurar o direito, por exemplo, à saúde, a Constituição Cidadã foi 
promulgada, em 1988, a fim de efetivar esse dever estatal. Contudo, hodiernamente, esse pos-
tulado constitucional é deturpado, visto que expressiva parcela dos brasileiros não desfruta 
plenamente da saúde, pois, inegavelmente, os estigmas associados à saúde mental vão de 
encontro à integridade física e psicológica do indivíduo. Nessa perspectiva, é imprescindível 
discutir as causas que solidificam essa anomia social, que ocorrem devido não só à ausência 
de criticidade, como também à inobservância governamental, que devem ser alteradas com 
urgência.
Em primeiro âmbito, é imperioso analisar que as marcas relacionadas às doenças mentais só 
serão mitigadas com debates críticos da sociedade. Desse modo, a obra “Abaporu”, pintada 
por Tarsila do Amaral, representa por meio da desproporção do tamanho dos pés e da ca-
beça, a escassez de um arcabouço intelectual criterioso, sobretudo, no que concerne à ótica 
de exigência dos direitos sociais. Em consonância a essa pintura, um eloquente percentual de 
cidadãos não denota que a pífia saúde mental, diagnosticada na nação brasileira, é um retrato 
do posicionamento passivo da população em exigir seus direitos, o que corrobora o aumento 
da taxa de pessoas acometidas por essa enfermidade mental. Evidencia-se assim, no Brasil, a 
existência de “abaporus”, os quais devem adotar uma visão mais crítica mediante asproble-
máticas que assolam ao corpo social - como a ansiedade e a depressão.
Outrossim, é válido pontuar que, consoante a Constituição Cidadã, é dever do Estado garan-
tir o cumprimento das leis. Nesse sentido, a sociedade, para Émile Durkheim, é um organismo 
vivo, que possui instituições dependentes entre si, com a finalidade de promover uma coesão 
social. Em paralelo a esse conceito da Sociologia, o Ministério da Saúde, uma destas “institui-
ções”, encontra-se sucateado, ao passo que não efetiva propostas incisivas no que tange à 
implementação da saúde mental na sociedade brasileira. É lícito afirmar, por conseguinte, que 
o poderio governamental não realiza ações enérgicas em detrimento das patologias que são, 
indubitavelmente, constatadas no “corpo biológico”.
Depreende-se, portanto, que o Estado deve aderir a providências catalisadoras, com o in-
tuito de promover a criticidade social e, ainda, suscitar ações governamentais. Logo, cabe ao 
Ministério da Saúde - provedor de políticas públicas - elaborar um projeto, por intermédio de 
verbas do Fundo de Desenvolvimento Social, nomeado “Saúde Mental é um Direito Público”. 
Posto isso, o programa deverá realizar debates na sociedade, com o fito elucidar a impor-
tância de discutir sobre esse tabu social e, também, campanhas de assistência aos cidadãos 
desprovidos de saúde mental. Destarte, essa mazela sairá da inércia, de modo a cumprir com 
a Constituição de 1988.
12. CLAIANE VITÓRIA TEZA
12. CLAIANE VITÓRIA TEZA
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O MIL QUEBRADO
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13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
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CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
(17 anos) Juremenha - PI
- 20 pontos na C1
Em sua obra “A República”, Platão desenvolve o modelo da sociedade ideal que promove 
o bem-estar a todos os cidadãos. No entanto, essa ideia não se aplica à sociedade brasileira, 
visto que, as doenças mentais - fator que desfavorece o bem-estar dos indivíduos - são estig-
matizadas. Esse cenário ocorre não só em razão do sistema econômico vigente, mas também 
devido a uma falha educacional.
Nesse sentido, faz-se importante analisar a influência do modo de vida contemporâneo na 
saúde mental das pessoas. Acerca disso, o filósofo Byung Man, em seu livro “A Sociedade do 
Cansaço”, afirma que atualmente a ação e a identidade do indivíduo são reduzidas a esfera do 
trabalho e da produção. Sob essa lógica, é possível perceber que o pensamento do autor está 
interligado com os esteriótipos associados às doenças mentais, uma vez que, com a atenção 
voltada as atividades laborais, as pessoas negligenciam os cuidados com o estado psíquico 
porque acreditam que isso é apenas “frescura” e perda de tempo. Como consequência dessa 
mentalidade, várias doenças são desencadeadas nos trabalhadores, por exemplo, a depressão 
e a síndrome de burnout.
Além disso, a falha educacional contribui para o agravamento do entrave. Isso acontece por 
conta de um sistema de ensino tradicionalista que apenas repassa conteúdos técnicos e não 
instrui os alunos a conviverem com os problemas sociais. Dessa forma, quando essa instituição 
não promove o debate sobre as doenças mentais na sala de aula, diversos estigmas sobre o 
assunto não são esclarecidos e, consequentemente, são perpetuados no corpo social. 
Portanto, cabe ao Poder Legislativo elaborar uma lei que obrigue as empresas a oferecer 
acompanhamento psicológico aos seus funcionários, por meio de uma alteração da CLT (Con-
solidação das Leis Trabalhistas). Tal medida contará com a presença de psicólogos e terapeu-
tas e proporcionará os cuidados com a saúde dos trabalhadores. Ademais, as escolas devem 
promover debates mensais nas comunidades acerca do assunto, para que sejam desmistifica-
dos os esteriótipos. Assim, a sociedade brasileira se afeiçoa ao ideal platônico.
13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
13. CLARA ROSANE LUCENA FURLANI 
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O MIL QUEBRADO
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14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
O MIL QUEBRADO
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DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
19 anos | Isaías Coelho (PI)
- 20 pontos na C3
No livro “O alienista”, Machado de Assis, escritor brasileiro, tematiza um contexto 
em que os indivíduos são constantemente julgados e tidos como loucos. Fora da 
alusão, percebe-se que a realidade apresentada pelo autor também impera no Brasil 
hodierno, uma vez que persiste uma conjuntura marcada pelo estigma associado aos 
portadores de doenças mentais no país. Tal fato ocorre em virtude da escassez de 
discussões sobre a problemática, que dificulta a ressignificação dessa mentalidade 
equivocada.
Desse modo, vale salientar a parcimônia de informações como um empecilho à des-
construção dessa visão estigmatizada. Nesse sentido, o filósofo Francis Bacon afirma 
que o conhecimento deve ser utilizado com o escopo de melhorar a vida dos cida-
dãos. Entretanto, ao contrário do postulado por Bacon, a ausência de dados relativos 
aos fenômenos envolvidos nos transtornos psicológicos faz com que se perpetue 
a incompreensão dessas questões de saúde, o que dificulta o usufruto de uma boa 
existência.
Em consequência do supracitado, surge a permanência de concepções errôneas 
atinentes às doenças mentais. Sob tal ótica, a música “Seja Gentil”, da cantoral Kell 
Smith, retrata a importância de atitudes ressignificadas e reconhecedoras das dificul-
dades alheias. No entanto, de modo oposto à canção, a sociedade - desprovida desse 
olhar empático - banaliza e menospreza as vítimas de problemas psicológicos. Com 
isso, ocorre a redução da busca por ajuda, fortalecendo o posterior agravamento dos 
casos.
Portanto, medidas exequíveis são necessárias no combate ao estigma relacionado 
às doenças mentais. Dessa maneira, as mídias visuais, por meio da rede televisiva 
aberta, precisam promover oficinas estratégicas de debates com psicólogos, com 
foco em dinâmicas informativas, a fim de ressignificar as visões equivocadas. Após 
isso, as escolas devem ofertar rodas de conversas interativas sobre essa questão, com 
o objetivo de desenvolver as habilidades socioemocionais na população.
14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
14. DARA MAURIZ RODRIGUES COSTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
18 anos | Vitória (ES)
20 pontos na C1
Barões de Itararé, um dos criadores do jornalismo alternativo durante o período 
da ditadura no país, estava certo ao dizer: “O Brasil é feito por nós, só falta desatar 
os nós.” Nesse sentido, os estigmas associados às doenças mentais na sociedade 
brasileira retrata um desses nós a serem desatados. Consoante ao exposto, dentre 
os agentes impulsionadores e causadores dessa problemática destacam-se a negli-
gência governamental e as imposições midiáticas. Sendo assim, convem analisar as 
principais causar [sic] , consequências e uma possível solução para esse impasse.
À princípio, vale ressaltar a ausência de medidas governamentais de combate ao 
preconceito e à ignorância em relação as doenças mentais. Nessa perspectiva, é váli-
do argumentar e evidenciar a falta de medidas de controle ao problema mencionado, 
além da notória irresponsabilidade e descaso por parte do Estado, visto que o número 
de pessoas com depressão no Brasil só cresce, já ultrapassando 11 milhões de pessoas 
de acordo com a OMS. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista 
John Locke, configura-se como violação do “Contrato Social”, visto que o Governo 
não garante que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a assistência 
à saude, o que infelizmente é evidente no país.
Outrossim, é possível apontar as imposições e influências midiáticas como elemen-
tos impulsionadores dos estigmas voltados às doenças mentais. Tal exposto pode-se 
afirmar ao analisar as inúmeras e terríveis padronizações e rotulos - como modelo 
de belezaa ser seguido, expostos nas redes sociais muitas vezes são impossiveis de 
se alcançar, além de fugir da realidade social. Isso, frequentemente, acaba por agre-
dir majoritariamente as mulheres cujo percentual de depressão é 30% superior aos 
homens. Logo, torna-se urgente a presença de medidas de combate para que esse 
cenario não continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de ações contra os obstáculos supracitados. 
Para isso, cabe ao Ministério da Educação juntamente ao Ministério da Saúde promo-
ver, por meio de simpósios e palestras, programas de ensinos voltados ao conheci-
mento e tratamento de doenças mentais em escolas e universidades. Tal ação tem por 
finalidade garantir e aumentar a conscientização no que se refere as doenças men-
tais, diminuindo, então, o número de pessoas com falta de informação ao problema 
em questão. Com a eficácia dessa ação será possível garantir maior conhecimento, 
decrescer o número de pessoas com depressão e desatar os nós no Brasil atual.
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
15. DAVID MELGAÇO DO SACRAMENTO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
(16 anos) - Conceição do Coité - BA
- 20 pontos na C1
O livro “O Holocausto Brasileiro” narra as condições desumanas as quais pessoas 
portadoras de doenças mentais eram submetidas no Hospital Colônia de Barbacena, 
no século XX. Apesar de a ciência ter evoluído, e cenas como as retratadas no livro se-
rem consideradas inaceitáveis, o estigma associado às doenças mentais na sociedade 
brasileira ainda é um problema vigente. Desse modo, cabe destacar duas principais 
causas desse empecilho: a insuficiência midiática e a inércia do sistema de educação.
Nesse sentido, é fulcral pontuar o silenciamento da questão. Segundo Steve Jobs, 
os meios de comunicação têm a capacidade de ascender o senso crítico e os interes-
ses da população, sendo dessa forma, uma ferramenta de resolução de problemáticas 
hodiernas. No entanto, consoante Guy Debord, em “A Sociedade do Espetáculo”, as 
mídias não abordam questões ligadas ao estigma associado às doenças mentais na 
sociedade brasileira, visto que elas apresentam uma realidade utópica, em que pro-
blemas de cunho social não existem. Sob esse viés, é inteligível que a insuficiência 
midiática remancha a resolução desse entrave.
Além disso, enfatiza-se a lacuna educacional. De acordo com o pensamento Kantia-
no, o ser humano é resultado da educação que recebeu. Nesse contexto, é papel da 
escola instruir os aprendizes sobre a seriedade dos transtornos mentais. Todavia, ela 
falha nesse quesito, uma vez que, em concordância com a Organização Mundial da 
Saúde, cerca de 11 milhões de brasileiros sofrem de depressão e, ainda assim, a doen-
ça é vista como frescura. Com isso, fica claro que a inércia do sistema de educação 
corrobora a situação em que o estigma associado às doenças mentais vigora. 
Portanto, as mídias, por meio de campanhas televisivas, devem levantar a pauta do 
estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. A iniciativa contará 
com o apoio de influenciadores digitais e será divulgada em horários nobres da tele-
visão nacional. Espera-se, com essa medida, extinguir o silenciamento da questão. Em 
paralelo, cabe ao Ministério da Educação instruir os aprendizes sobre a seriedade dos 
transtornos mentais, a fim de tirar o sistema de ensino do estado de inércia diante 
desse delicado cenário. Assim sendo, os estigmas retratados em “O Holocauto Brasi-
leiro” deixarão de existir na sociedade contemporânea.
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
16. EMERSON RAI ARAUJO AZEVEDO 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO
(17 anos) Irecê - BA
- 20 pontos na C3
Em meados do século XX, o médico Philippe Pinel se tornou o pioneiro no tratamento me-
dicalizado de transtornos psiquiátricos, já que, diferentemente do pensamento da época, con-
siderou esses problemas tão naturais quanto aqueles que eram comuns para a população. 
Todavia, substancial parcela dos brasileiros se mostra indiferente às conquistas de Pinel, dado 
que o estigma associado às doenças mentais ainda persiste no Brasil. Isso se deve à influência 
midiática e à herança colonial.
Diante desse cenário, nota-se que a atuação dos meios de comunicação estimula a manu-
tenção desses estereótipos. Nesse sentido, de acordo com Stuart Hall, teórico jamaicano, o 
pensamento e a identidade do ser humano são formados continuamente em relação às formas 
em que o indivíduo é representado no sistema cultural que o cerca. À luz de tal teoria, depre-
ende-se a importância desses meios, uma vez que têm a capacidade de influenciar comporta-
mentos. Por conseguinte, de maneira lastimável, a mídia - conscientemente ou não - favorece 
o preconceito contra essa minoria social, pois, na maioria de suas produções atribuiu aos per-
sonagens mentalmente doentes características e comportamentos agressivos e perigosos, os 
quais reverberam uma imagem negativa diante dos telespectadores. Exemplo disso é a novela 
“Haja Coração”, em que um dos figurantes possui instabilidades emocionais e causa diversos 
acidentes. Logo, é inaceitável que esse agente social importante atue como disseminador de 
discriminação.
Ademais, insta salientar a herança do Brasil colônia como outro elemento propulsor do pro-
blema. Em consonância a isso, segundo Sérgio Buarque de Holanda, antropólogo brasileiro, a 
formação cultural do país advém dos hábitos do passado. Sob esse viés, é notório que o pen-
samento do autor está intimamente ligado ao estigma em torno dos problemas psíquicos haja 
vista que, assim como os jesuítas defendiam a prisão desses pacientes - alegando presença 
de “demônios” -, hoje isso também ocorre. Desse modo, basta observar que grande parte dos 
líderes religiosos do corpo social defende a internação em manicômios. Concatenados, esses 
fatores ratificam a teoria de Sérgio Buarque e, ao mesmo tempo, se mostram inaceitáveis, ten-
do em vista que a internação prejudica a inserção desse grupo na vida em sociedade, o que 
deve ser totalmente repudiado.
Portanto, cabe ao Poder Legislativo - enquanto responsável pela criação de dispositivos 
normativos - adicionar um artigo à Constituição que trate, exclusivamente, sobre a represen-
tação negativas das doenças mentais em todas as produções de entretenimento. Tal medida 
deverá ser realizada por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional e contará, por 
exemplo, com punicões às empresas que descumprirem. Espera-se, dessa forma, que a mídia 
se torne aliada nessa luta e, devidamente, represente os transtornos psicológicos como algo 
comum, sem estigmas. Outrossim, o Ministério da Educação deve implementar esse assunto 
ao currículo, para que sejam realizadas palestras e discussões sobre o tema ente os discentes 
e a comunidade. Consequentemente, a conquista de Philippe Pinel será finalmente valorizada 
por toda a nação verde-amarela.
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 
17. FÁBIO HENRIQUE BARRETO E BARRETO 
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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18. FERNANDA COSTA VIEIRA 
O MIL QUEBRADO
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FERNANDA COSTA VIEIRA 
(18 anos) - Madalena - CE
- 20 pontos na C1
Augusto Cury, em seu livro “Ansiedade - Como enfrentar o Mal do Século”, afirma 
que os indivíduos estão mais preocupados com sua vida superficial, principalmente 
nas redes sociais, do que com sua saúde emocional. Nesse sentido, constata-se que 
as pessoas que têm o psicológico abalado são julgadas por outras, as quais conside-
ram isso, como “besteira” e “frescura”. Sob tal lógica, destaca-se que o preconceito 
evidente a esses indivíduos deriva da insuficiência de informação sobre o assuntodada pelo Governo e da exposição, de forma equivocada, das mídias sociais.
Diante desse cenário, evidencia-se que o Estado não contribui com informações 
concludentes sobre a importância de tratar os problemas psicológicos e a notória 
precaução das pessoas com esses problemas, o que corrobora a problemática. Dian-
te disso, o filósofo Pierre Bourdieu afirma que mecanismos democráticos não devem 
ser convertidos em instrumento de opressão simbólica, o que indica a falta de com-
prometimento por parte do Governo em consolidar formas de ajudar as pessoas que 
sofrem de algum transtorno psíquico, já que a maioria é oprimida pela própria socie-
dade. Assim, urge que medidas sejam tomadas para amenizar o sofrimento por quais 
essas pessoas passam no corpo social brasileiro.
Outrossim, vale ressaltar que os meios midiáticos apresenta, muitas vezes, as do-
enças psicológicas de maneira equivocada, tornando-as em entretenimento para o 
público brasileiro. Por isso, a série “Control Z” demonstra como a exposição de adver-
sidades de diversos jovens pode transformar a vida de algum deles em uma tragédia. 
Desse modo, faz-se indispensável transmitir fatos de casos que ajudem os indivíduos 
superarem e conseguir melhorar o seu psicológico. 
Depreende-se, portanto, que o Estado deve tomar medidas para mitigar o precon-
ceito analógico aos problemas de saúde mental. Para tanto, o Ministério da Saúde, 
responsável pelo SUS, em parceria com psicólogos e especialistas, deve elaborar pro-
gramas de assistência aos indivíduos que sofrem com transtornos mentais, como a 
ansiedade e a depressão. Isso deve ser feito por meio da divulgação midiática, a fim 
de atenuar a situação que muitos brasileiros vivem diante dos julgamentos nas redes 
sociais, por exemplo. Dessa maneira, os indivíduos terão mais cuidado com sua saúde 
emocional e deixarão mais de lado a vida superficial, como Augusto Cury afirmava.
18. FERNANDA COSTA VIEIRA 
18. FERNANDA COSTA VIEIRA 
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O MIL QUEBRADO
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19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC
(17 anos) Praia Grande - SP
- 20 pontos na C3
Na série “Atypical”, o irmão de Casey tem autismo e apresenta dificuldades para 
inserir-se socialmente, visto que as pessoas ao seu redor não lhe compreendem e jul-
gam-no. De forma análoga, no cenário brasileiro, estigmas sociais impedem a inclusão 
social de pessoas com doenças mentais, sendo que a falta de empatia e alteridade, 
além de informações, são os principais responsáveis por esse problema. 
Em primeiro plano, é valido ressaltar que a solidariedade é de extrema importância 
em uma sociedade, pois com a ausência dela são criados seres individualistas. Desse 
modo, por conta desse elemento da empatia - ato de colocar-se no lugar do outro - 
há a incompreensão, julgamento e preconceito contra indivíduos afetados por doen-
ças psicológicas, tais como a depressão, o transtorno Borderline e a ansiedade. 
Ademais, a escassez de informações sobre esse assunto é extremamente nociva e 
agravante ao quadro citado. Assim sendo, é comum que pessoas não entendam sobre 
as doenças mentais, o que seria evitado caso houvesse maior circulação informativa. 
Sob essa análise, segundo o sociólogo Emille Durkheim, a sociedade tem a capaci-
dade de moldar-se, logo, faz-se necessário que a sociedade brasileira transforme seu 
modo vivido, a fim de maior harmonia social. 
Portanto, é notório que estigmas sociais impedem a inserção social de determinado 
grupo, problema que deve ser resolvido. Para isso, o Ministério da Saúde, aliado às 
emissoras televisivas, como a Globo e o SBT, que têm alto índice de espectadores, 
deve, por meio de comerciais, reproduzir conteúdos informativos, a fim de informar 
a população sobre doenças mentais. Desse modo, com uma sociedade com conhe-
cimento, haverá menos estigmas e mais compreensão social. Logo, pessoas como o 
irmão de Casey, estarão mais inclusas socialmente. 
19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 
19. FERNANDA DA SILVA PIPLOVIEC 
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O MIL QUEBRADO
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20. FILIPE GOMES 
O MIL QUEBRADO
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FILIPE GOMES 
(16 anos) - Governador Valadares - MG
- 20 pontos na C1
No filme “Coringa”, o ator Joaquin Phoenix realiza o papel de Arthur, um estaduni-
dense portador de doenças mentais que lida diariamente com o preconceito e com as 
dificuldades de participação social, vindo a ser vítima de agressões verbais e físicas. 
Analogamente, percebe-se, no Brasil, o mesmo estigma associado às doenças men-
tais, que é oriundo do descaso governamental em relação aos tratamentos psicológi-
cos dos portadores de tais doenças e do autoisolamento desses indivíduos.
Em primeira análise, deve-se destacar a negligência estatal referente às necessida-
des da população mentalmente doente no país. Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro 
revogou uma série de programas de tratamento mental gratuito ofertada pelo Siste-
ma Único de Saúde (SUS), tirando, inclusive, o direito dos viciados em drogas a tal 
tratamento. Essa atitude é intolerável e acentua o descaso sofrido pelas pessoas que 
necessitam de auxílio psicológico, mas são incapazes de pagar por um tratamento em 
hospitais privados. Assim, as dificuldades de participação social e de acesso à saúde 
mental desse grupo são perpetuadas, bem como o estigma nacional acerca da saúde 
psicológica. 
Ademais, nota-se o efeito do autoisolamento praticado pelos portadores de proble-
mas mentais sobre a sua qualidade de vida. Segundo o hospital estadunidense Pine 
Rest Christian Mental Health Service, o número de suicídios aumentou em 32% duran-
te a pandemia de COVID-19. Um dos fatores associados e esse aumento é a reclusão 
social praticada com o objetivo de conter a doença, o que faz com que pessoas de-
pressivas experimentem sentimentos de solidão e de tristeza muito intensos, levan-
do-as ao suicídio. Logo, o afastamento social dessas pessoas permite o agravamento 
de suas doenças mentais e promove o preconceito contra elas, sendo taxadas pela 
sociedade como indivíduos socialmente inaptos.
Portanto, urge que uma medida seja tomada pelo Estado mediante os problemas 
associados às doenças mentais. Sob esse viés, o Ministério da Saúde, associado ao 
Ministério da Educação, deve instituir a obrigatoriedade da presença de psicólogos 
nas escolas públicas, incentivando os brasileiros a abolirem a prática de reclusão so-
cial, que intensificaria os problemas mentais, e fornecendo auxílio psicológico a esses 
jovens, a fim de desconstruir o estigma acerca da saúde mental desde a juventude 
do brasileiro, por meio de incentivos financeiros e da elaboração de uma infraestru-
tura. Dessa forma, poder-se-á elevar a qualidade de vida das pessoas que necessitam 
apoio psicológico e evitar casos tais quais o observado em “Coringa”, tornando o 
Brasil mais justo e saudável.
20. FILIPE GOMES 
20. FILIPE GOMES 
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O MIL QUEBRADO
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@PROFHENRIQUEARAUJO
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
(21 anos) - Penaforte - CE
- 20 pontos na C1
“Modernidade Líquida”, livro do polonês Zigmunt Bauman, que evidencia a superfi-
cialidade das relações sociais na atualidade e, além disso, expõe o bombardeamento 
de informações a todo instante na vida contemporânea. Logo, a ideia representada 
no pensamento do sociólogo pode ser facilmente aplicada à realidade brasileira, visto 
que, no Brasil, é notório o grande número de pessoas com problemas psicológicos. 
sendo assim, destacam-se, principalmente, barreiras que impedem a diminuição dos 
estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira: a grande influência 
midiática e o preconceito enraízado na sociedade brasileira em relação à saúde mental. Assim, 
convém analisar o fenômeno para que melhores medidas sejamtomadas. 
A princípio, não há dúvidas de que os grandes meios de comunicação bombardeiam a po-
pulação com muitas informações que são, em grande parte, sobretudo nas mídias sociais, 
cotidianos idealizados. Nesse contexto, a empresa Globalwebindex, mostra que o Brasil, em 
ranking, é o segundo país com mais tempo dedicado as redes sociais, com ênfase no público 
jovem. Dessa forma, fica claro a grande participação dos veículos de comunicação na vida da 
sociedade brasileira, gerado, em consequência disso, vários transtornos, como a depressão, a 
frustração e tristeza, que afetam todos, não só as mais desfavorecidas economicamente, mas 
também grandes famosos, a exemplo o comediante Whinderson Nunes, que, em 2019, sofreu 
com a depressão, gerada pelo excesso de informações que a vida com muita exposição gera. 
Dessa forma, é visível que, se não houver mudanças efetivas por parte dos meios de comuni-
cação muitas pessoas continuaram prejudicadas.
Ademais, é importante perceber que os preconceitos enraízados na coletividade em relação 
às doenças mentais trazem danos para uma parcela da população. Dessa maneira, conforme 
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre 
os jovens no mundo e o Brasil concentra grande parte desse número de pessoas. Diante disso, 
é evidente que os problemas mentais geram grande transtorno para a população, no entanto, 
no Brasil, uma parcela das pessoas têm a mentalidade de que psiquiátra é “médico de doido”, 
e, com isso, muitas vezes, acabam negligenciando à saúde mental, trazendo, consequente-
mente, a piora neste quadro que, na sociedade brasileira, se mostra tão vulnerável, como evi-
dencia os dados da OMS.
Por tanto, é notório que não só a influência da mídia, como também os preconceitos en-
crostados no Brasil geram barreiras para a melhoria desse contexto. Com isso, a Mídia - como 
órgão de grande importância para a disponibilização de conteúdos - deve, por meio de res-
trições as empresas responsáveis pelos meios de comunicação, fazer diminuir o papel das 
redes, sobretudo na vida dos jovens, por exemplo, ocultar o número de “likes”, como fez o 
“Instagran”, a fim de melhorar a qualidade de vida do brasilrito. Junto a isso, distribuir infor-
mações sobre às doenças mentais e seus tratamentos, para que assim, esses preconceitos 
enraízados possam desaparecer.
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
21. FILIPE PEREIRA DOS SANTOS 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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@PROFHENRIQUEARAUJO
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
19 anos | Recife (PE)
- 20 pontos na C3
A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico bra-
sileiro - assegura a todos o direito à saúde. No entanto, tal prerrogativa não se mani-
festa plenamente na prática, haja vista a existência do estigma associado às doenças 
mentais no Brasil, o que compromete o bem-estar das vítimas de tais enfermidades. 
Diante disso, faz-se necessário analisar esse entrave, intrinsecamente ligado não só à 
negligência governamental, mas também à alienação social.
A princípio, é imperioso destacar que o problema advém, em muito, do descaso do 
Poder Público. Segundo o filósofo Aristóteles, no livro “Ética a Nicômaco”, a finalida-
de da política é aumentar o nível de felicidade dos indivíduos. Contudo, evidencia-se 
o não cumprimento dessa premissa no que concerne às doenças mentais, uma vez 
que - seja pela ineficácia das medidas de conscientização a esse respeito, seja pela 
escassez de oferta de tratamento psicológico no Sistema Único de Saúde - muitos 
brasileiros experimentam o sentimento oposto: a tristeza. Desse modo, constitui-se 
um cenário de injustiça que requer atenção por parte das autoridades estatais.
Ademais, cabe mencionar que a alienação social corrobora a perpetuação dessa 
problemática. Consoante ao pensamento da escritora Hannah Arendt, o processo de 
massificação da sociedade forma indivíduos incapazes de realizar julgamentos mo-
rais, os quais eternizam costumes perversos pela falta de discernimento. Com efei-
to, pode-se perceber a ocorrência disso no Brasil, visto que a população mantém a 
crença de que os transtornos psicológicos são resultantes de uma mentalidade frágil 
e, consequentemente, desencoraja as vítimas de tais enfermidades a externar as pró-
prias dores. Em decorrência disso, muitos brasileiros não procuram auxílio profissio-
nal nesses casos, o que favorece a permanência desse estigma. 
Portanto, é essencial que o Estado tome providências para melhorar o quadro atu-
al. Nesse sentido, o Ministério da Saúde deve ampliar o fornecimento de tratamento 
psicológico gratuito, por meio da contratação de mais psicólogos para o SUS, a fim 
de que as pessoas que precisarem de tal ajuda possam tê-la. Além disso, urge que o 
Ministério da Educação crie campanhas publicitárias que veiculem informações acer-
ca da importância de tratar tais doenças, bem como dos meios disponíveis para isso. 
Essa ação deve ser concretizada por intermédio de anúncios na rádio e na televisão, 
os quais precisam ser breves e explicativos, com o propósito de reduzir o estigma 
associado às enfermidades mentais. Feito isso, espera-se que o direito à saúde - pre-
visto na Carta Magna - seja, em maior grau, garantido.
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
22. FRANCISCO EXPEDITO RAMOS AGUIAR SOBRINHO
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O MIL QUEBRADO
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23. FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 
(22 anos) Brasília - DF
- 20 pontos na C1
No tocante ao estigma associado às doenças mentais na mocidade brasileira, percebe-se 
despreparo do país no que tange ao estabelecimento de medidas que possibilitem a alteração 
da mentalidade de cidadãos a respeito desse assunto. Diante disso, para melhor compreensão 
da problemática, é evidente a importância de analisar os principais entraves à resolução desta, 
tais como o isolamento de portadores de doenças mentais e o preconceito sofrido por estes. 
Sob esse viés, torna-se indispensável a atuação estatal para efetivar alteração do panorama 
maléfico.
Em primeiro lugar, vale destacar que há, historicamente, no Brasil, o isolamento de pessoas 
com doenças mentais, devido a não se encaixarem nos padrões de “normalidade” impostos 
socialmente. Nesse sentido, os indivíduos que possuem transtornos psíquicos são submetidos 
a tratamentos desumanos, e são institucionalizados em hospitais psiquiátricos, os quais afe-
tam a dignidade humana e não buscam a integração do cidadão ao corpo social. A exemplo 
disso, na obra “Holocausto Brasileiro”, de Daniela Arbez, a jornalista retrata a realidade cruel, 
vivenciada por milhares de brasileiros, que eram enviados à força para o Hospital Colônia, sim-
plesmente por não correspondere aos padrões sociais. Dessa forma, é perceptível a urgência 
de modificar esse cenário imensamente danoso, de modo a garantir o tratamento correto às 
pessoas com doenças mentais e, assim, evitar que estas sejam excluídas do convívio em so-
ciedade.
Em segundo lugar, cabe destacar a falta de informação acerca de transtornos mentais como 
fator determinante para o grande preconceito direcionado a quem os possui. Nessa perspec-
tiva, esse assunto ainda é considerado um tabu, haja vista que é pouquíssimo abordado nas 
plataformas de comunicação, por exemplo. Por consequência da ausência de discussão sobre 
o tema, os portadores de doenças mentais sofrem discriminação e preconceito diariamente, 
fato que gera exclusão e desigualdade e contrapões-se diretamente ao conceito de cidadania 
defendido por José Murilo de Carvalho, em sua obra “Cidadania no Brasil”, como o pleno usu-
fruto dos direitos políticos, civis e sociais. Sob tal ótica, a igualdade constitui-se como direito 
civil e este é privadodos doentes de ordem mental, o que evidencia a urgência de alterar essa 
conjuntura nociva, de sorte a estabelecer maior equidade.
 Em suma, observa-se a inaptidão do país no que se refere à minimização do estigma 
associado às doenças mentais. Logo, para efetiva alteração do panorama extremamente pre-
judicial, é imprescindível que o Ministério da Saúde invista na humanização do tratamento 
de doentes psíquicos, por meio do direcionamento de verbas no Plano Plurianual (PPA) - lei 
orçamentário principal definidora de metas e estratégias de gastos públicos -, para que haja a 
extinção de manicômios e os indivíduos sejam tratados corretamente. Outrossim, a mídia deve 
divulgar informações sobre transtornos mentais, por meio da realização de propagandas, as 
quais sejam colocados em horário de grande audiência, com o intuito de acabar com o tabu e 
o preconceito e, por conseguinte, efetivar a cidadania tal como defende José Murilo. 
23. FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA 
23. FLÁVIA ACCARINI PATRONI DE OLIVEIRA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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24. GIOVANNA BARBOSA OLIVEIRA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
GIOVANNA BARBOSA OLIVEIRA 
(17 anos) Malhador - SE
- 20 pontos na C1
No limiar do século XXI, observa-se o estigma associado às doenças mentais como um dos 
principais desafios que permeiam a sociedade brasileiro, devido a [sic] pouca discussão reali-
zada no âmbito nacional sobre a problemática. Sob esse viés, evidencia-se, entre os impasses, 
a falta de informação da população e o descaso governamental para com os tratamentos de 
saúde para os indivíduos que sofrem algum tipo de transtorno mental que, dessa forma, con-
tribui para a manutenção do impasse. Logo, torna-se mister expor e verbalizar medidas para 
mitigá-las.
Observa-se, em primeira instância, que a falta de informação da população configura-se 
como um complexo elemento do revés, haja vista a pouca discussão e conhecimento sobre 
o que levaram [sic] as pessoas a desenvolverem algum problema mental. Nessa perspectiva, 
evidencia-se à [sic] falta de conhecimento como um dos principais motivos para que haja 
constantes práticas de discriminação e preconceito contra as pessoas que sofrem com ansie-
dade, depressão, transtorno bipolar e outros transtornos mentais mais graves, fazendo com 
que essa parcela da população se sinta excluída [sic] o que, por sua vez, dificulta sua intera-
ção social. Segundo Adolfo Velázquez, o aumento da frequência de um determinado evento 
ocasiona, erroneamente, sua naturalização. Dessa forma, um fenômeno patológico, como o 
estigma às doenças mentais, é tratado com normalidade e indiferença pelos indivíduos, em 
virtude da forma como são tratados. Assim, se a postura do corpo social não mudar diante o 
impasse [sic] difícil será a resolução do revés. 
Outrossim, é fulcral pontuar que segundo a Constituição Federal de 1988 [sic] é dever do Es-
tado [sic] mediante políticas públicas, garantir o acesso e o direito à [sic] uma saúde pública 
de qualidade para todos os cidadãos, para a promoção de bem-estar físico, social e mental. 
Entretanto, no cenário brasileiro hodierno, verifica-se o descaso governamental para com as 
pessoas que apresentem alguma doença mental, em virtude da defasagem e precariedade, 
o qual o Sistema Único de Saúde (SUS) se apresenta para a garantia de tratamentos de qua-
lidade para essa parcela da sociedade, devido as [sic] falha dos órgãos competentes, o qual 
acaba contribuindo para que o Brasil seja o país mais depressivo da América Latina, haja vista 
à [sic] falta de assistência social, já que [sic] enquanto agente responsável por todo o povo, 
não garante seus direitos imprescindíveis, a exemplo da saúde.
Diante dos fatos supracitados, torna-se evidente que medidas são necessárias para sanar o 
imbróglio. Para tanto, cabe ao governo federal, órgão importante na aplicação e na manuten-
ção dos Direitos Humanos, através do Ministério da Educação e da Saúde, promover nas salas 
de aula [sic] debate acerca das doenças mentais, abordando suas causas e consequências 
para os indivíduos, além de promover maiores investimentos em tratamentos para a assistên-
cia as [sic] vítimas no sistema de saúde público do país, a fim de formar cidadãos conscientes 
e garantir a essas pessoas uma saúde de qualidade.
24. GIOVANNA BARBOSA OLIVEIRA 
24. GIOVANNA BARBOSA OLIVEIRA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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25. GIOVANNA ROSSI DOTOLI 
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GIOVANNA ROSSI DOTOLI 
(18 anos) Piracicaba - SP
- 20 pontos na C4
As doenças mentais sempre apresentaram-se como um grande tabu. Na literatu-
ra conto “O Alienista”, de Machado de Assis, relata a história de doutor Bacamarte, 
psiquiatra que trata, como louco todo cidadão que diverge de comportamento con-
siderado por ele como ideal. Analogamente, o estigma relacionado às enfermidades 
psiquiátricas provém do padrão comportamental repressivo da sociedade brasileira 
que, além de interferir no direito à saúde, não fornece estrutura para a prevenção 
desse problema. 
Em primeiro lugar, a falta de informação sobre saúde mental reforça o estereótipo 
pejorativo de doenças relacionadas a isso. Dessa forma, cria-se na população a ideia 
de estranhamento Anhangente, colaborando com a falta de busca por tratamento 
para esses transtornos. Nesse viés, ressalta-se o conceito de “Microfísica de poder”, 
de Michel Foucault,- em que trata dos tipos de repressão social minuciosas dentros 
de comportamento dos cidadãos -, no qual qualquer situações distinta do modelo de 
vida estipulado como ideal é tratado com punição. A exemplo disso, tem-se o caso 
de padre Marcelo Rossi, que foi alvo de críticas ao ser diagnosticado com depressão, 
mesmo ocupando um cargo importante na comunidade. Assim sendo, o silenciamen-
to de doenças mentais torna seu preconceito cíclico, colaborando com a exclusão 
social. 
Ademais, esse estigma interfere nos direitos humanos básicos, como à saúde. 
Dessa maneira, a negligência estatal com as complicações dos transtornos psiqui-
átricos contraria a Declaração Universal dos Direitos Humanos, prejudicando, além 
do bem-estar individual, o desenvolvimento da sociedade. Não obstante, a falta de 
recursos acessíveis para os tratamentos e falta de condições dignas para a sua pre-
venção, como boa moradia, trabalho e educação, mostram-se como entraves na luta 
contra as doenças mentais. Com isso, percebe-se que mesmo após a abolição de hos-
pícios (símbolos de tortura), a saúde mental continua distante de ser pautoda como 
prioridade. 
Portanto, urge que o Ministério da Saúde, órgão responsável por assegurar a inte-
gridade à saúde dos brasileiros, inclua, por meio de hospitais de campanha, progra-
mas de atendimento a transtornos mentais, a fim de estabelecer rede de apoio aos 
cidadãos. A partir disso, os estigmas impostos às doenças mentais perderão sua con-
tinuidade ao longo dos anos, resumindo-se somente a contos machadianos. 
25. GIOVANNA ROSSI DOTOLI 
25. GIOVANNA ROSSI DOTOLI 
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O MIL QUEBRADO
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26. GUILHERME CARDOSO ALMADA 
O MIL QUEBRADO
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GUILHERME CARDOSO ALMADA 
(20 anos) Belém do Pará - PA
- 20 pontos na C1
No filme “Nice: O Coração da Loucura”, narra-se a história de uma psicóloga que começou a 
trabalhar em um hospital psiquiátrico. Nesse sentido, a narrativa foca na indignação da prota-
gonista ao se deparar com os agressivos métodos clínicos utilizados para tratar os pacientes 
com transtornos mentais, assim, a profissional elabora várias alternativas e teorias inovadoras, 
a fim de ressignificar o cotidiano dos internos. Fora da ficção, ao analisar o estigma associado 
às doenças mentais, no Brasil Hodierno, verifica-se que o país, semelhante à esfera cinema-
tográfica, tende a negligenciar as especificidades emocionais dos indivíduos.Desse modo, 
aspectos como a manutenção de pensamentos preconceituosos e a educação lacunar devem 
ser ponderados. 
A princípio, deve-se pontuar que a perpetuação de concepções preconceituosas - no que 
diz respeito às doenças mentais - apresenta-se como uma fato que colabora para fortalecer 
estigmas sociais no Brasil. Na obra “A Reprodução”, publicada em 1970, o filósofo Pierre Bour-
dieu afirma que as sociedades contemporâneas estabelecem um conjunto de valores culturais, 
contribuindo, por conseguinte, para a legitimação de padrões e comunicações socialmente 
aceitas e difundidas. Sob esse viés, a discussão sobre as doenças psiquiátricas, na sociedade 
brasileira, emerge sob uma perspectiva atrelada a um “pensamento coletivo” que ignora os 
desdobramentos de um transtorno mental na vida de outrem, legitimando um estigma pre-
conceituoso. Assim, manifestações emocionais como a ansiedade ou a depressão são reduzi-
dos a assuntos com pouca relevância social. 
Outrossim, é válido ressaltar que a ausência de estratégias educacionais colabora para per-
petuar os estigmas negativos sobre as doenças mentais no Brasil. Segundo o conceito de “Éti-
ca da Alteridade”, proposto pelo sociólogo Emannuel Levinas, a prática da aceitação do outro 
deve ser fomentada nas sociedades, a fim de estabelecer relações harmoniosas e desenvolver 
o pluralismo dos sujeitos. Sob essa leitura, constata-se que a estruturação do sistema educa-
cional do Brasil não segue a ética elaborada por Levinas, tendo em vista que a visão distorcida 
sobre os transtornos mentais, que grande parcela da população tende a adquirir, impossibilita 
um entendimento mais sobre a condição e os sentimentos do outro. Dessa forma, o atual mo-
delo de educação do país precisa implementar inovações no ambiente escolar.
Portanto, evidencia-se que as doenças mentais são estigmatizadas no Brasil, seja por fa-
tores culturais, seja pela negligência educacional, logo, medidas devem ser mobilizadas para 
reverter esse cenário. Para isso, o Ministério da Educação, em conjunto com o Poder Legisla-
tivo, deve formular um plano nacional de incentivo à prática da alteridade nas redes sociais 
de ensino do país, por meio de um projeto de lei que introduza na matriz curricular estudantil 
a realização de palestras e eventos periódicos sobre os transtornos mentais e seus efeitos na 
vida dos indivíduos, essas palestras contarão com a presença de psicopedagogos e mate-
riais didáticos exemplificativos, com a finalidade de erradicar estigmas sobre essa temática e, 
como Nice, entender e ajudar o outro.
26. GUILHERME CARDOSO ALMADA 
26. GUILHERME CARDOSO ALMADA 
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O MIL QUEBRADO
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27. GUILHERME MENDES DE LIMA 
O MIL QUEBRADO
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GUILHERME MENDES DE LIMA
(18 anos) Madalena - CE
- 20 pontos na C5
 “Não são as crises que mudam o mundo, e sim nossas reações a eles”. Mediante o 
pensamento de Zygmunt Bauman - Sociólogo polonês -, compreende-se que, com 
meios eficazes, a sociedade brasileira pode superar os desafios da estigmatização 
das doenças mentais, que são responsáveis por configurar um cenário preocupante. 
Diante disso, é preciso analisar a negligência governamental e a influência das redes 
sociais como propulsores do imbróglio.
Em primeira análise, é oportuno mencionar o filósofo contratualista Thomas Hobbes, 
que em seu livro “Leviatã”, defende a obrigação do Estado em proporcionar meios 
que auxiliem no progresso do corpo social. A máxima do pensador, todavia, vai de 
encontro com a realidade atual, uma vez que o poder público não direciona um olhar 
a ações que poderiam resolver os problemas relacionados à doenças mentais. À vista 
disso, se as autoridades continuarem a ser negligentes, poder-se-á observar a persis-
tência do óbice no Brasil. 
Ademais, faz-se necessário apontar que o revés encontra motivação no esteriótipo 
transmitido pelas redes sociais, sendo o mesmo, uma vida perfeita. Nesse contexto, 
o filme “Divertidamente”, que aborda a proteção da saúde mental da criança e do 
adolescente, faz um contraponto, dado à forma como os aplicativos sociais usados 
pelos tais, podem se tornar maléficos, devido à razão de que tudo tende a ser belo. Tal 
questão, por conseguinte, possui como efeito um importuno na saúde mental, o que é 
inadmissível e evidencia a necessidade de um recurso capaz de solucionar o impasse.
Depreende-se, portanto, que medidas para combater as problemáticas são primor-
diais. Logo, o Ministério da Saúde - responsável por administrar o bem-estar da popu-
lação no quesito saúde -, por meio de campanhas de conscientização, devem incen-
tivar o acompanhamento psicólogo e a conscientização dos malefícios presentes nas 
redes, a fim de atenuar as patologias mentais. Espera-se que com tais medidas, seja 
feito jus ao pensamento do ilustre sociólogo Zygmunt Bauman. 
27. GUILHERME MENDES DE LIMA 
27. GUILHERME MENDES DE LIMA 
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28. GUSTAVO GOMES MENDES 
O MIL QUEBRADO
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GUSTAVO GOMES MENDES
(17 anos) Alta Floresta - MT
- 20 pontos na C1
 No período colonial, é retratado a lúdica situação dos indígenas que, inseridos em 
um sistema majoritário, enfrentaram, além dos portugueses, a pressão psicológica 
que os rodeavam, corroborando, assim, ao desenvolvimento de fugas coletivas e o 
desencadeamento de distúrbios psicológicos, resultando na mortalidade de inúmeros 
nativos. Infelizmente, o contexto histórico não se distoa da realidade brasileira, em 
que há a presença da tentativa dos indivíduos de se encaixarem nos grupos sociais, 
associado às doenças mentais no mundo contemporâneo. Dessa forma, torna-se evi-
dente a discussão das dificuldades de enquadramento da sociedade em diferentes 
massas sociais, como também a influência dos recursos midiáticos no crescimento 
pertinente de pessoas com problemas psíquicos, atualmente.
Tal conjuntura está elevando a restringência social na implantação de diferentes 
sistemas socioculturais. No livro “O Cortiço” de Aluísio Azevedo, retrata a luta dos 
indivíduos de um cortiço na região de Botafogo que, isentos de apreço à dignidade 
pessoal, acabam enfrentando problemas pessoais provocadas pelo pressão psicoló-
gica coletiva, ocasionando, assim, a formação de distúrbios mentais, provenientes da 
situação vivida. Paralelamente, observa-se que muitos brasileiros sofrem, na maioria 
das vezes, com a depressão, pelo fato da sociedade capitalista ridicularizar as rela-
ções familiares, impondo parâmetros e tendências a se seguir, permitindo que o nú-
mero de suicídios cresça, tornando-se inatingível a solução da problemática.
Por conseguinte, vale salientar a imposição da construção de certos conteúdos mi-
diáticos que danificam o bem estar psíquico dos indivíduos. Nesse sentido, a teoria 
de persepção do estado da sociedade, do sociólogo Émile Durkheim abrange dois as-
pectos: moral e patológico. Segundo essa linha de pensamento, observa-se que uma 
ambiente patológico rompe com o desenvolvimento, visto que um sistema desestru-
turado não favorece o processo coletivo. Analogamente, a sociedade brasileira está, 
aos poucos, presa em uma grande “bolha sociocultural”, uma vez que a mídia formula 
informações que desviam os transtornos psíquicos à uma fonte de satirização social, 
condicionando-os, a uma gama desfavorável informacional, impedindo a satisfação 
coletiva e resolução do impasse.
Portanto, é mister que o Estado tome providência para amenizar o quadro atual. 
Destarte, o Ministério da saúde e Segurança Pública, em parceria com a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), devem desenvolver programas eficazes de reorganização 
social, por meio de um projeto de lei entregue à Câmara dos Deputados. Nele, devem 
considerar as áreas brasileiras que possua maiores índices populacionais de pessoas 
com distúrbios mentais, além de impor instituições encarregadas deoferecer atendi-
mento igualitário aos indivíduos que sofrem com estes mecanismos psíquicos, para 
que possa se construir cidadãos mais conscientes e, ademais, estourar esta bolha 
sociocultural que, desde o período colonial que marcou o cotidiano dos nativos com 
a segregação, as novas tecnologias que irão impedir o estigma associado às doenças 
mentais na sociedade brasileira.
28. GUSTAVO GOMES MENDES 
28. GUSTAVO GOMES MENDES 
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29. HELEN CARINA ZAMBA 
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HELEN CARINA ZAMBA 
(16 anos) Pejuçara - RS
- 20 pontos na C1
Um dos maiores desafios da era contemporânea é romper com preconceitos do 
corpo social, por causa dos doentes mentais. Diante dessa perspectiva, observa-se 
que na sociedade brasileira a negligência estatal com direitos sociais e os malefícios 
das redes sociais, contribuem para a disseminação de transtornos mentais. Assim, 
esses fatores acarretam agravamento da problemática no território nacional.
Em primeiro lugar, é notório que o Brasil é assolado por vários problemas, em razão 
da negligência estatal com os direitos sociais. Conforme a Constituição Federal de 
1988 a saúde é um direito que deve ser assegurado a todos pelo estado. Entretanto, 
o Governo Brasileiro negligencia o direito à saúde, visto que, de acordo com a OMS o 
país é o mais depressivo da América Latina. Em consequência disso, não há tratamen-
to psicológico gratuito, tampouco terapias semanais para a população. Dessa forma, 
com um Governo ineficiente, milhares de brasileiros persistem desamparados e afligi-
dos com doenças mentais em virtude da negligência estatal em cumprir sua função, 
como garantidor de direitos sociais.
Além disso, com o excesso de utilização das redes sociais, os indivíduos desenvol-
vem transtornos mentais. No documentário “Dilema das Redes”uma pré-adolescente 
realiza uma postagem no Instagram e recebe um comentário ofensiva, desde então a 
menina torna-se depressiva e de baixa auto-estima. Logo, evidencia-se que as redes 
sociais proporcionaram o surgimento da depressão e ansiedade nos usuários, pois 
apresentam ao público padrões de vida e beleza impossíveis. Ademais, os fundado-
res das redes sociais estão cientes da situação, porém não tomam medidas precisas 
para conter os problemas. Desse modo, as redes sociais permanecem prejudicando o 
bem-estar de seus usuários.
Portanto, compreende-se a necessidade de atenuar a ocorrência de doenças men-
tais, tanto no Brasil, tanto em escala global. Para isso, o Ministério da Saúde, por meio 
de uma parceria com as redes sociais, como o Instagram e Facebook, deve reduzir a 
incidência de doenças mentais no Brasil, a partir da oferta de terapia e controle do 
tempo dos indivíduos nas redes sociais, a fim de garantir o bem-estar da população 
brasileira. Com estes princípios o país promoverá direitos e saúde mental a população.
29. HELEN CARINA ZAMBA 
29. HELEN CARINA ZAMBA 
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O MIL QUEBRADO
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30. HELENA PINCOLINI PEREIRA 
O MIL QUEBRADO
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HELENA PINCOLINI PEREIRA
(19 anos) Porto Alegre - RS
- 20 pontos na C1
Na série “Euphoria”, Rue, a protagonista, lida com problemas como ansiedade e 
déficit de atenção, porém, pelo receio de pedir ajuda, não recebe o tratamento neces-
sário e isso culmina no excessivo uso de drogas. Desse modo, percebe-se que o estig-
ma associado às doenças mentais, inclusive no Brasil, é um problema extremamente 
complexo causado tanto pelo tabu, quanto pela negligência governamental.
Em primeiro lugar, é evidente que a mentalidade antiquada é uma causa latente do 
problema. Nesse sentido, a série “One Day At a Time” acompanha uma mãe solteira, 
com depressão, que sofre uma pressão gigantesca por sentir que precisa esconder a 
sua doença de seus filhos, agravando o quadro. Dessa maneira, é notório que o medo 
de pedir ajuda devido a uma falta em informações, já que saúde mental não é muito 
discutida nos meios de comunicações, e o imaginário negativo envolta da terapia, vis-
to, muitas vezes, como “frescura” e não como um tratamento necessário para todos 
os indivíduos. Assim, esse tabu instaurado no Brasil leva ao agravamento das doen-
ças, como visto em “One Day At a Time”.
Outrossim, a negligência por parte do governo agrava a problemática. Com isso, o 
tratamento precário encontrado no país, com poucos programas de ajuda e, quando 
existem, são pouco divulgados, evidencia esse negligenciamento, além dos profissio-
nais mal remunerados e vistos como menos importantes frente aos de doenças físi-
cas. Isso, no país mais ansioso do mundo - o Brasil -, segundo a OMS, é um problema 
extremamente grave uma vez que também é uma questão de saúde pública e a nação 
precisa cuidar para que pessoas como a Rue recebam o tratamento adequado visto 
que todos têm o direito à saúde, como afirma a Constituição, e saúde não se baseia 
apenas na física.
Portanto, medidas fazem-se necessária para solucionar o problema. Logo, o Minis-
tério da Saúde deve melhorar o tratamento e ampliar a divulgação sobre a impor-
tância da saúde mental por meio da liberação de verbas - para os hospitais e mídias 
televisivas - a fim de acabar com o estigma associado às doenças mentais na socie-
dade brasileira. A partir desses ações, indivíduos como a Rue, da série “Euphoria” 
receberão ajuda e tratamento de qualidade, formando um mais mais sadio e melhor.
30. HELENA PINCOLINI PEREIRA 
30. HELENA PINCOLINI PEREIRA 
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O MIL QUEBRADO
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31. HELENA SAMP ARAÚJO MACEDO 
O MIL QUEBRADO
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HELENA SAMP ARAÚJO MACEDO 
(19 anos) Mongaguá - SP
- 20 pontos na C1
No livro “Quarto de despejo”, Carolina narra como, pelas condições miseráveis em 
que viviam os habitantes da favela do Canindé, muitos acabavam depressivos e co-
metiam suicídio. Análoga ao diário, está a situação brasileira atual, na qual doenças 
mentais são estigmatizadas. Nesse sentido, cabe analisar uma das causas desses dis-
túrbios à saúde mental e o preconceito da sociedade frente a essa problemática. 
Sob esse viés, é preciso observar o que gera os alarmantes dados do Brasil. Se-
gundo a Organização Mundial da Saúde, a nação canarinha possui o maior número 
de indivíduos que sofrem de depressão e ansiedade no mundo. Ademais, o conceito 
de “Indústria Cultural”, de Adorno, aponta que a mídia veicula conteúdos constantes 
e persuasivos, a fim de manipular o comportamento humano. Com base nisso, per-
cebe-se a gravidade do uso desenfreado das redes sociais pelos brasileiros, pois são 
publicados conteúdos para convencer os usuários a buscarem um padrão de vida 
inalcançável, o que gera ansiedade e depressão, pela frustração. Assim, compreende-
-se que a exaustiva busca por um padrão utópico de vida causa ansiedade. 
Além disso, vê-se que há negligência social quanto às doenças mentais. Durante o 
Nazismo, as pessoas que apresentassem qualquer distúrbio - físico ou mental - eram 
mortas, porque o objeto do regime era formar a raça ariana, indivíduos perfeitos para 
os nazistas. Hodiernamente, embora não haja perseguição aos que sofrem com pro-
blemas na saúde mental, muitos morrem já que há um estigma social que inferioriza a 
importância da discussão e do tratamento do sofrimento psíquico. Vale ressaltar que, 
pela visão biológica, a depressão, por exemplo, é ocasionada por um desequilíbrio 
químico cerebral. Dessa forma, é incoerente que esse tipo de doença psiquiátrica seja 
tratada com indiferença, pois necessitam de auxílio médico para serem curadas.
Logo, urge que medidas sejam tomadas para mitigar os impasses supracitados. 
Portanto, o Ministério da Saúde deve proporcionar, na rede pública de saúde, uma 
ampla quantidade de vagas para o atendimento de cidadãos que tenham doenças 
mentais - como ansiedade e depressão -, por meioda contratação de psicólogos e 
psiquiatras. Com efeito, o bem-estar psíquico poderá ser restabelecido, com a cura 
dos distúrbios da mente. Inclusive, faz-se necessário que o mesmo agente público 
promova palestras nos municípios, que explanem acerca da prevenção e do trata-
mento dessas doenças, assim como sobre suas gravidades, com o intuito de extinguir 
o estigma criado nessa temática. Dessa maneira, o Brasil superará seus dados negati-
vos e gerará qualidade de vida para seus habitantes. 
31. HELENA SAMP ARAÚJO MACEDO 
31. HELENA SAMP ARAÚJO MACEDO 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
PROF HENRIQUE ARAUJO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
Em “O Alienista”, obra de Machado de Assis, Simão Bacamarte empreende uma 
busca na cura de transtornos psíquicos, mas é traído por seus próprios preconceitos: 
devido a mínimos desvios de conduta, julga mais da metade da cidade como louca. 
Embora fictícia, a história retrata o grave estigma associado às doenças mentais exis-
tente na época e que, lamentavelmente, persiste até os dias atuais na sociedade brasi-
leira, prejudicando a vida de milhões de indivíduos. Tal julgamento leviano é causado 
não só pela forte herança religiosa medieval, mas também pelos recentes impactos 
das redes sociais, fatores que precisam ser combatidos.
Sob esse viés, cabe analisar, a princípio, os preceitos religiosos enraizados nos brasi-
leiros, que optam por essas crenças em detrimento da ciência. Nessa perspectiva, sa-
be-se que os sete pecados capitais amplamente conhecidos foram introduzidos pela 
Igreja Católica durante a Idade Média para o fortalecimento da economia; por exem-
plo, se a pessoa não trabalhasse, era preguiçosa; caso guardasse dinheiro, avarenta. 
Conquanto a religião tenha perdido sua centralidade, tal ideologia foi herdada incons-
cientemente pelos brasileiros, visto que muitos pacientes depressivos, os quais não 
possuem condições psíquicas para trabalhar, são estigmatizados como preguiçosos. 
Em paralelo, percebe-se tanto pela sociedade civil quanto pelo governo federal, que 
recentemente extinguiu tratamentos de saúde mental no SUS, uma constante e sis-
temática descrença na ciência, área mais importante no combate a este preconceito. 
Ademais, as redes sociais reforçam padrões de felicidade que potencializam o jul-
gamento equivocado em relação às doenças mentais. Nesse sentido, não é coincidên-
cia o fato de, segundo o IBGE, o Brasil ser o segundo país que mais utiliza internet no 
mundo - atrás apenas da Índia - e ser também, conforme a OMS, a nação com mais 
depressivos da América Latina. Dessa maneira, redes sociais (como o Instagram e o 
YouTube, por exemplo) iludem seus usuários como fotos de alegria e positividade 
intermitentes: viagens internacionais, famílias reunidas, relacionamentos amorosos 
perfeitos. Consequentemente, inicia-se um natural processo de exclusão, no qual ci-
dadãos depressivos não possuem vez. Se, na época de Bacamarte, as pessoas cunha-
das como loucas eram escondidas por suas famílias, atualmente se isolam da internet, 
pois veem este cenário de curtidas como um ambiente inóspito à sua doença.
Portanto, o estigma associado às doenças mentais precisa ser combatido com a 
reversão da ideologia católica e com o correto uso das tecnologias. Assim, o Ministé-
rio da Saúde - órgão que regulamenta o SUS - deve criar um periódico científico que 
busque combater os mitos correntes dessas doenças, por meio de parcerias com cur-
sos de saúde em universidades federais (como Medicina e Psicologia), a fim de que 
os transtornos mentais sejam tratados de forma científica. Além disso, os donos das 
grandes redes devem promover discussões com os usuários afetados. Assim, espera-
-se que mais casos venham à tona, tornando preconceitos, como os de Simão, cada 
vez mais raros na sociedade brasileira.
32. PROF HENRIQUE ARAUJO
32. PROF HENRIQUE ARAUJO
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
33. HEMLAYNE SOARES DE SOUSA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
HEMLAYNE SOARES DE SOUSA 
(18 anos) Maranguape - CE
- 20 pontos na C3
Na obra cinematográfica “Coringa”, Arthur Fleck apresenta transtornos psíquicos e, por esse 
motivo, é marginalizado e rejeitado pela sociedade, a qual não credita importância para sua 
condição. Paralelamente, o não entendimento acerca das doenças mentais também permeia 
a realidade brasileira, uma vez que o estigma associado às psicopatologias persiste no pensa-
mento coletivo e compromete o pleno desenvolvimento social. Ademais, é preciso entender o 
impacto negativo das redes sociais, bem como a pouca atenção dada a esse óbice. 
A princípio, nota-se que a abundância de selfies presentes no meio virtual tem sido um fato 
preocupante para o agravo no déficit da saúde mental. Nesse sentido, a Escola de Frankfurt, 
no início do século XX, denunciava a forma como os meios de comunicação de massa deter-
minava o modo como a sociedade enxergava o que é tido como “perfeito” ou “imperfeito”. 
Sob esse viés, para se encaixar nos moldes vigentes, o indivíduo tende a sucumbir diante de 
padrões inalcançaveis promovidos pela supervalorização da imagem proporcionada pelas re-
des sociais, afetando, assim, seu estado psicológico. Essa conduta favorece a aparência em 
detrimento da realidade, o que influi diretamente no distanciamento de sensações concretas, 
ao passo que surgem os prejulgamentos.
Além disso, constata-se que a banalização dada às doenças mentais é fruto de uma socie-
dade que se torna invisual. Nesse prisma, o sociólogo Zygmunt Bauman afirmava que a carac-
terística mais marcante da pós-modernidade é o individualismo, posto que não só as relações 
sociais, mas também o diálogo são considerados irrelevantes. Desse modo, o debate sobre 
os transtornos da mente é negligenciado e visto como algo corriqueiro, o que impossibilita o 
aprimoramento do senso crítico e o acolhimento necessário às pessoas afetadas pela depres-
são, evidenciando a permanência da discussão no cenário brasileiro. 
Portanto, faz-se imprescindível superar o impasse do estigma social associado às doenças 
mentais na sociedade do Brasil. Destarte, exige-se que o Ministério da Educação, atado ao 
Ministério da Saúde, promova, nas escolas, a abordagem do aprendizado acerca das psicopa-
tologias por meio da inserção de uma disciplina de educação em saúde na grade curricular 
que fomente o diálogo com profissionais da área da psicologia, a saber: rodas de conversa, 
palestras e campanhas nas redes sociais desestimulando estigmas e formando uma rede con-
fiável de informações sobre a identificação de casos prováveis do abalo da psique humana, a 
fim de construir uma população mais empática. Assim, o sofrimento do personagem Arthur 
ficará restrito às telas.
33. HEMLAYNE SOARES DE SOUSA 
33. HEMLAYNE SOARES DE SOUSA 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
34. IARLLE SILVA MOURA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
IARLLE SILVA MOURA
(17 anos) - Trairi - CE
- 20 pontos na C3
Na Grécia Antiga, a palavra estigma remetia a marcar criminosos com ferro para se-
pará-los da parte “boa da sociedade”. Fazendo uma analogia a esse período histórico, 
é possível perceber que, no Brasil, isso também ocorre, já que pessoas que sofrem 
com doenças mentais são consideradas a parte defeituosa e automaticamente são 
excluídas do âmbito social. Nesse sentido, convém analisar dois aspectos relaciona-
dos à problemática: a falta de empatia e o alto índice de depressão.
Em primeiro lugar, vale destacar que parte da sociedade age de maneira individu-
alista. Na obra “Modernidade Líquida”, o sociólogo Zygmunt Bauman defende que 
o individualis está fortemente presente no mundo pós-moderno. Em virtude disso, 
há, como resultado, a falta de empatia, pois, para se colocar no lugar do outro, é ne-
cessário deixar de olhar apenas para si. Dessa forma, essa liquidez que influi sobre a 
questão do estigma associado àsdoenças mentais contribui para a persistência do 
entrave.
Por conseguinte, é importante apontar o aumento no número de doenças mentais. 
Segundo a OMS, em 2017, mais de 11 milhões de pessoas sofrem com depressão. 
Nessa perspectiva, percebe-se que se as vítimas do problema tivessem o apoio da 
sociedade para tratar essa doenças, o índice de depressão e outras enfermidades 
psicológicas não seriam tão alarmantes. Dessa maneira, é preciso que algo seja feito 
para essa problemática.
Urge, portanto, a necessidade de medidas atenuantes para solucionar esse impasse. 
Desse modo, o Estado, como órgão máximo interventor, deve moldar o pensamento 
da sociedade, por meio de campanhas nas redes sociais, com o auxílio de psicólo-
gos que demonstrem a seriedade do problema, a fim de extinguir a falta de empatia 
com os doentes mentais. Assim, aos poucos, a questão será resolvida e as vítimas 
brasileiras não serão separadas do restante da esfera social como acontecia com os 
criminosos na Grécia Antiga.
34. IARLLE SILVA MOURA 
34. IARLLE SILVA MOURA 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
35. IASMIN VIANA DE JESUS 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
IASMIN VIANA DE JESUS 
(17 anos) Oriximiná - PR
- 20 pontos na C1
A série norte-americana “13 reasons Why”, produzida pela Netifliz, retrata os mo-
tivos que acarretaram suicídio de Hannah Baker, haja vista que a personagem era 
portadora de doença mental (depressão). Fora da ficção, o enredo da série é similar 
ao atual panorama brasileiro, visto que há o estigma associado às doenças psíquicas. 
Nesse sentido, esse cenário persiste, seja pela carência de abordagem nas escolas, 
seja pelo descaso do Estado em reverter a situação. 
Sob esse viés, é importante destacar, primeiramente, que em razão da falta de con-
versas nas instituições de ensino, os alunos tendem a não aprenderem a como lidar 
com as psicopatologias, o que ocasiona isolamento social por parte dos estudantes, 
já que os discentes podem não sentir que a escola possa oferecer uma ajuda eficaz. 
Nessa perspectiva, segundo o educador Paulo Freire, a função social da escola é de-
senvolver o aluno para que ele possa interferir nos problemas sociais. Com base nisso, 
o sistema educacional vigente, ao não fornecer projetos que informem e aconselhem 
o estudante a cuidar de sua saúde mental, prejudica, infelizmente, a formação cidadã 
do discente, tendo em vista que o controle emocional ajuda no rendimento escolar. 
Assim, enquanto a escola não cumprir sua função social, os alunos brasileiros conti-
nuarão com o estigma das doenças mentais. 
Ademais, presencia-se que o Estado é negligente com os portadores de enfermida-
des psicológicas, uma vez que o direito à saúde é assegurado para todos os cidadãos. 
Nessa lógica, a obra “Cidadãos de Papel”, escrita por Gilberto Dimenstein, aborda so-
bre como a legislação brasileira se desenvolveu na teoria, ou seja, no papel, porém, na 
prática, os brasileiros não desfrutam dos seus direitos garantidos constitucionalmen-
te. Dessa forma, o Estado, ao não oferecer atendimentos regulares para as pessoas 
que possuem doenças mentais, transgride, lamentavelmente, a Constituição Federal 
de 1988, bem como intensifica o avanço de psicopatologias. Logo, os indivíduos, ao 
serem negados ao direito à saúde, se tornam cidadãos de papel.
Portanto, é mister que o estigma associado às doenças mentais seja amenizado na-
cionalmente. Urge que o Ministério da Educação - órgão responsável pela qualidade 
de ensino no Brasil - crie, por meio de verbas governamentais, projetos que informem 
a importância dos cuidados com a saúde mental, a afim instruir os alunos sobre como 
lidar com doenças psíquicas. Além disso, o Ministério da Saúde deve, por intermédio 
de recursos públicos, criar centros especializados em saúde mental para cada região 
do país, dado que terão profissionais capacitados para atender o povo. Somente as-
sim, casos similares ao de Hannah Baker não se repetirão no Brasil.
35. IASMIN VIANA DE JESUS 
35. IASMIN VIANA DE JESUS 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
36. INAIÁ TINTI 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
INAIÁ TINTI
(20 anos) Vila Velha - ES
- 20 pontos na C3
Promulgada pela ONU, Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Uni-
versal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao 
bem-estar social. No entanto, o descaso dos brasileiros com as doenças mentais é 
uma realidade que vai de encontro com o assegurado pelo órgão mundial no século 
passado e que necessita ser analisada. Nesse contexto, percebe-se a configuração de 
um problema em virtude da falta de informação do povo, que gera o agravamento da 
saúde mental do cidadão nessa situação.
Convém ressaltar, a princípio, que a carência de conhecimento da população é um 
gerador dessa questão. Acerca disso, é pertinente trazer o discurso do ex-embaixador 
americano Benjamin Franklin, “Se a educação custa cara, experimente a ignorância”. 
Nessa lógica, percebe-se que o descuido com a saúde psicológica, no brasil, vem da 
ausência de instrução sobre como ela é essencial para ter-se qualidade de vida, uma 
vez que a falta de policiamento pessoal, o desmerecimento com algum desconforto 
psíquico e, até mesmo, a ausência de incentivo social são fatores que constroem essa 
realidade. Dessa forma, essa conjuntura é inóspita ao País, já que contribui para o de-
senvolvimento de enfermidades, tais quais a ansiedade e a depressão, nos cidadãos.
Ademais, salienta-se a piora clínica dos indivíduos inseridos nesse âmbito como 
um fruto desse contratempo. Sobre isso, é cabível enfatizar o pensamento do autor 
Lair Ribeiro, pois, para ele, o ser humano que não cuidar da saúde terá de dedicar-
-se à doença. Sob essa ótica, é visível que a negligência brasileira com o seu quadro 
mental leva o indivíduo a não procurar atendimento médico, por conseguinte a falta 
de tratamento psicológico conduz a pessoa a desenvolver quadros de saúde mais 
preocupantes, de forma a aumentar o risco que ela vive. Assim, esse cenário é nocivo 
à Nação, dado que condena o cidadão a ser vítima de sua ignorância e, infelizmente, 
em casos sérios de agravamentos psíquicos, pode levá-lo à morte.
Fica evidente, portanto, a necessidade de estratégias para mitigar a problemática 
do descuido com a saúde mental, no Brasil. Para isso, cabe ao Ministério da Saúde, 
em parceria com os veículos de informação, responsáveis por garantir o equilíbrio 
corporal do povo e por disseminar notícias, respectivamente, promover campanhas 
educativas acerca dos cuidados psicológicos. Em adição, por meio do rádio, da tele-
visão e das mídias sociais, esses órgãos devem divulgar vídeos, com depoimento de 
psicólogos, que falem sobre a importância de atentar-se à saúde psíquica. Com isso, 
essa ação deve ser feita a fim de esclarecer a população e evitar o desenvolvimento 
de doenças e, também, casos de óbito devido à piora deles. Em suma, espera-se, fu-
turamente, que o promulgado pela ONU, outrora, faça-se valer no País.
36. INAIÁ TINTI 
36. INAIÁ TINTI 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
37. ISABELLY MARVILA L. RIBEIRO 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ISABELLY MARVILA L. RIBEIRO
(17 anos) - Marataízes - ES
- 20 pontos na C3
Em 2019, o youtuber Whindersson Nunes trouxe à tona a informação de que estaria 
enfrentando uma séria depressão. Em consequência, parte dos seus fãs mostraram-se 
desconfiados com a notícia, alegando que o humorista sempre se mostrava feliz. Nes-
sa lógica, nota-se que há evidentes estigmas relacionados às doenças mentais na so-
ciedade brasileira - principalmente com as silenciosas, como a depressão. É prudente 
apontar, diante disso, que o preconceito da sociedade e a falta de informação são os 
maiores impulsionadores do problema, e merecem um olhar crítico de enfrentamento.Vale analisar,a princípio, a questão do prejulgamento existente no corpo social in-
fluir na consolidação dos estigmas. Sob tal ótica, para o físico Albert Einstein, é mais 
fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. À luz desse pensamento, perce-
be-se que a apatia é nociva ao desenvolvimento social, visto que as pessoas que têm 
sua saúde mental afetada é invisibilizada e deixada em segundo plano por outros bra-
sileiros. Dessa maneira, é nítida a necessidade de dar uma guinada na situação e de 
reverter a ideia do físico para atingir um Brasil livre do apagamento dessas pessoas.
Em segunda análise, cabe salientar outro fator preponderante da problemática: a 
ausência de informações. Nessa perspectiva, de acordo com o sociólogo Habermas, 
a linguagem é uma verdadeira forma de ação. Sob esse viés, observa-se que, se o as-
sunto da saúde mental estivesse nas pautas atuais, parte do impasse estaria solucio-
nado, tendo em vista que os brasileiros teriam informações suficientes para romper os 
estigmas já estabelecidos socialmente. Em suma, é imprescindível levantar debates 
pertinentes ao seio social para concretizar medidas efetivas - assim como a proposta 
pelo sociólogo.
Posto isso, fica claro o quão indubitável é a necessidade de intervenção para mitigar 
os estigmas associados às doenças mentais no Brasil. Para tanto, a mídia televisiva 
- veículo promissor de elevado alcance nacional - deve criar propagandas que con-
tenham breves infográficos a respeito das principais causas do desequilíbrio mental: 
depressão, tentativa de suicídio e bipolaridade, por exemplo. Esse direcionamento 
deve ser feito por meio de investimentos governamentais e tem o fito de atenuar tais 
estigmas, para que, assim, casos com o [sic] houve com o comediante nordestino não 
aconteçam mais.
37. ISABELLY MARVILA L. RIBEIRO 
37. ISABELLY MARVILA L. RIBEIRO 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
38. ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO
(17 anos) - Marataízes - ES
- 20 pontos na C1
Em 2019, o youtuber Whindersson Nunes trouxe à tona a informação de que estaria 
enfrentando uma séria depressão. Em consequência, parte dos seus fãs mostraram-se 
desconfiados com a notícia, alegando que o humorista sempre se mostrava feliz. Nes-
sa lógica, nota-se que há evidentes estigmas relacionados às doenças mentais na so-
ciedade brasileira - principalmente com as silenciosas, como a depressão. É prudente 
apontar, diante disso, que o preconceito da sociedade e a falta de informação são os 
maiores impulsionadores do problema, e merecem um olhar crítico de enfrentamento.
Vale analisar,a princípio, a questão do prejulgamento existente no corpo social in-
fluir na consolidação dos estigmas. Sob tal ótica, para o físico Albert Einstein, é mais 
fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. À luz desse pensamento, perce-
be-se que a apatia é nociva ao desenvolvimento social, visto que as pessoas que têm 
sua saúde mental afetada é invisibilizada e deixada em segundo plano por outros bra-
sileiros. Dessa maneira, é nítida a necessidade de dar uma guinada na situação e de 
reverter a ideia do físico para atingir um Brasil livre do apagamento dessas pessoas.
Em segunda análise, cabe salientar outro fator preponderante da problemática: a 
ausência de informações. Nessa perspectiva, de acordo com o sociólogo Habermas, 
a linguagem é uma verdadeira forma de ação. Sob esse viés, observa-se que, se o as-
sunto da saúde mental estivesse nas pautas atuais, parte do impasse estaria solucio-
nado, tendo em vista que os brasileiros teriam informações suficientes para romper os 
estigmas já estabelecidos socialmente. Em suma, é imprescindível levantar debates 
pertinentes ao seio social para concretizar medidas efetivas - assim como a proposta 
pelo sociólogo.
Posto isso, fica claro o quão indubitável é a necessidade de intervenção para mitigar 
os estigmas associados às doenças mentais no Brasil. Para tanto, a mídia televisiva 
- veículo promissor de elevado alcance nacional - deve criar propagandas que con-
tenham breves infográficos a respeito das principais causas do desequilíbrio mental: 
depressão, tentativa de suicídio e bipolaridade, por exemplo. Esse direcionamento 
deve ser feito por meio de investimentos governamentais e tem o fito de atenuar tais 
estigmas, para que, assim, casos com o [sic] houve com o comediante nordestino não 
aconteçam mais.
38. ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO 
38. ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO 
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
39. ITALLO AUGUSTO DE QUEIROZ BATISTA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
ITALLO AUGUSTO DE QUEIROZ BATISTA
18 anos | Belo Jardim (PE)
 - 20 pontos na C.1
Muito se discute sobre o estigma associado às doenças mentais, tendo em vista que 
essa questão está cada vez mais presente na sociedade brasileira. Diante disso, obser-
va-se que na série, exibida através da Netflix, entitulada “Os 13 Porquês”, apresenta 
personagens com diversos problemas relacionados à mente, dentre eles a depressão 
e a ansiedade, formando-se assim, uma ponte ligada diretamente a realidade de mui-
tos habitantes do Brasil. No entanto, apesar da proporção dessa problemática, esse 
fato ainda é tratado com indiferença por parte daqueles que convivem com o indiví-
duo mentalmente abatido e com o descaso dos governantes para com essas doenças, 
o que contribui com o agravo desse quadro.
Nesse contexto, a família e amigos de pessoas com transtornos mentais, tendem a 
serem uns dos principais desencadeadores de estigmas que geram doenças psico-
lógicas. Para ilustrar esse fato, tem-se como exemplo o bullying, ingresso em ciclos 
familiares e de amizades, camuflado de brincadeiras que proporcionam o despertar 
de sintomas depressivos naqueles que sofrem tal ato. Assim, faz-se necessário que 
as pessoas do convívio social estejam atentas em suas atitudes e não menosprezem 
quando o outro se sentir desconfortável com a situação, a fim de evitar transtornos 
mais graves no futuro.
Além disso, o Governo é responsável por prezar pela saúde da população, uma vez 
que, no artigo 06 da Constituição Federal de 1988, a saúde é apontada como um di-
reito do cidadão. Porém, quando se trata de buscar manter o psicológico do corpo 
social em um estado saudável, depara-se com a ausência de profissionais dessa área 
na rede de saúde pública ofertada ao brasileiro. Desse modo, é preciso visar a cons-
trução de uma política de saúde que vá além dos problemas físicos, pois, dessa forma, 
aqueles com a mente transtornada também irão usufruir do seu direito e poder tratar 
as marcas psicológicas que apresentam.
De acordo com o que foi supracitado, obtêm-se como referência a fala de George 
Shaw, expressando que “É impossível progredir sem mudanças”. Portanto, para que 
essas mudanças ocorram, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com o Minis-
tério da Saúde, oferecerem palestras, por meio de escolas, que tratem da provocação 
de doenças psicológicas através da convivência e ofertar nesses momentos, um enca-
minhamento para consultas de graça com psicólogos e psiquiatras, para que a saúde 
da população, em todos os seus aspectos, se tornem uma prioridade. Logo, com as 
devidas medidas sendo tomadas, o estigma que propaga doenças mentais, será re-
duzido na sociedade do Brasil.
39. ITALLO AUGUSTO DE QUEIROZ BATISTA
39. ITALLO AUGUSTO DE QUEIROZ BATISTA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
40. IZADORA APARECIDA MIRANDA SILVA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
IZADORA APARECIDA MIRANDA SILVA 
(17 anos) - Bambuí - MG
 - 20 pontos na C.1
A constituição da República Federativa do Brasil de 1988 defende o direito pleno 
de qualquer cidadão à saúde. Entretanto, no cenário contemporâneo, observa-se jus-
tamente o contrário,uma vez que as doenças mentais e seus estigmas tornaram-se 
características da sociedade brasileira. Nesse sentido, percebe-se a configuração de 
um grave problema de contornos específicos, que emerge em razão da mentalidade 
social e agrava-se pela desigualdade socioeconômica. Logo, faz-se imperiosa a aná-
lise dessa conjuntura. 
Sob esse viés, é fulcral salientar que a mentalidade social é uma causa latente da 
perpetuação dos estigmas associados às doenças mentais no corpo social. Nessa 
perspectiva, Arthur Schopenhauer, filósofo alemão defende que os limites do campo 
de visão de um indivíduo determinam seu entendimento a respeito do mundo. Conso-
ante ao pensamento do filósofo supracitado, o conhecimento restrito ofertado pelos 
ambientes educacionais e pela mídia acerca das doenças mentais na pós-modernida-
de limita o campo de visão individual, ocasionando em uma mentalidade social reple-
ta de preconceitos e que silencia a importância da discussão sobre saúde mental por 
intermédio da minimização do problema.
Outrossim, é notório que as doenças mentais no corpo social agravam-se pela de-
sigualdade socioeconômica. Segundo Thomas Hobbes, o Estado é responsável por 
garantir o bem-estar social. Por essa ótica, a negligência estatal e a desigual confi-
guração social acarretam na falta de estruturas e investimentos em redes físicas de 
apoio à saúde mental, desse modo, as doenças mentais agravam-se em quadros clíni-
cos complexos pela ausência de tratamento, como a depressão e a ansiedade. Dessa 
forma, a busca por saúde mental é inviabilizada pela insuficiência Estatal em garantir 
o bem-estar social, seja pela ausência de políticas públicas para estruturação de am-
bientes, seja pelo descaso às doenças mentais.
Depreende-se, portanto, a importância de discutir o estigma associado às doenças 
mentais. Para isso, cabe ao Ministério da Saúde, mediante parcerias com o Ministério 
da Educação, a criação do projeto “Saúde Mental no corpo social”, que poderá ser 
ofertado por meio de palestras ministradas por psicólogos nos ambientes educacio-
nais e virtuais. Ademais, o projeto pode contar com a estruturação de locais físicos 
e tratamentos psicológicos ofertados gratuitamente pelo SUS nas comunidades de 
baixa renda, com a finalidade de reverter os estigmas associados às doenças mentais 
e garantir o bem-estar social. Com essas ações, espera-se que os direitos propostos 
pela Constituição Federal sejam garantidos.
40. IZADORA APARECIDA MIRANDA SILVA 
40. IZADORA APARECIDA MIRANDA SILVA 
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
41. JOÃO MANOEL DO VALE HEY 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JOÃO MANOEL DO VALE HEY 
(28 anos) - Curitiba - PR
 - 20 pontos na C.1
Com o advento do estudo da psique humana, impulsionado pelos descobrimentos 
de Freud e suas teses psicanalíticas no século XIX, diversos preconceitos perante as 
desordens mentais foram internalizados no corpo social. Nesse cenário, sanatórios 
e manicômios eram classificados como lugares de pessoas que perturbavam o bem 
estar coletivo. Não distante, a sociedade brasileira ainda carrega os estigmas asso-
ciados às doenças mentais, seja pela falta de debate em relação ao assunto, seja pela 
impressão de uma prima imagem social amplamente utilizada nas mídias digitais. 
Sob essa ótica, cabe-se analisar, primeiramente, que a carência de diálogo limita 
perspectivas de entendimento das doenças psíquicas. Nesse viés, Habermas, expo-
ente sociólogo contemporâneo, discorre que o entendimento e o consenso ocorrem 
se, e somente se, ambos os lados compreendem, de maneira eficaz, as questões que 
tangenciam determinado tema. Ora, na sociedade brasileira em que pensamentos er-
rôneos acerca de desequilíbrios mentais são constantemente proferidos, como “psi-
cólogo é coisa de louco”, evitam o debate e colaboram para a estigmatização do 
assunto. Dessa forma, o diálogo não atinge as populações e, por consequência, o 
entendimento não é alcançado, como denunciado por Habermas. 
Outrossim, é importante salientar que as imagens de perfeição vinculadas nas re-
des sociais corroboram com a carga negativa atribuída às doenças mentais. Nesse 
contexto, Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, critica as 
máscaras constantemente usadas pelas pessoas, em seu “Poema em Linha Reta”. Tal 
poesia descreve, atualmente, as máscaras utilizadas por influenciadores digitais, as 
quais, desse jeito, escondem desordens psíquicas, como a depressão e a ansiedade, 
presentes entre os brasileiros, de acordo com dados da OMS.
Portanto, é essencial que os conceitos deturpados acerca das doenças mentais se-
jam desconstruídos, através do diálogo e da informação. Nesse sentido, cabe ao Mi-
nistério da Saúde promover discussões relacionadas aos males mentais, por meio de 
seus perfis oficiais nas mídias - como Instagram e Facebook, por exemplo. Tais ações 
terão o objetivo de desvincular preconceitos que o termo “doença mental” carrega. 
Assim, o Brasil romperá com a negatividade do tema e sua população terá o entendi-
mento necessário. 
41. JOÃO MANOEL DO VALE HEY 
41. JOÃO MANOEL DO VALE HEY 
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
42. JOAO VICTOR MACEDO GOMES 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JOÃO MANOEL DO VALE HEY 
(19 anos) - Paramoti - CE
- 20 pontos na C3
De acordo com Aristóteles, filósofo grego, o viver bem se sobrepõe ao apenas viver. No en-
tanto, a premissa desse grande autor da filosofia não está sendo levada em consideração, pois, 
no Brasil, a questão do estigma associado às doenças mentais tem sido algo recorrente, que 
afeta, de maneira direta, a qualidade de vida das pessoas. Dessa forma, a análise de fatores 
como a insuficiência de investimentos na área da saúde e a má influência midiática é essencial 
nessa problemática.
Deve-se pontuar, de início, que os recursos destinados à área da saúde, em especial à ver-
tente saúde mental, na sociedade brasileira, não estão suprindo a demanda de toda a popu-
lação. A esse respeito, a série americana “Thirty Reasons Why”, reproduzida pela Netflix, ao 
tratar sobre temas relacionados a doenças mentais como a depressão, ressalta a importância 
dos cuidados com a saúde mental e incentiva os telespectadores com relação a ser prudente 
e empático com o próximo, visto que determinadas ações não pensadas podem desestabi-
lizar o emocional de outra pessoa facilmente, principalmente daquelas pessoas que têm seu 
passado marcado por traumas. Contudo, essa importância que a série mencionada atribui à 
saúde mental não se aplica na sociedade brasileira, uma vez que, embora o direito à saúde 
seja garantido no Artigo 6º da Constituição Federal, ele não está sendo efetivado na prática, 
o que é grave.
Ademais, a má influência midiática também atua como um complicador do revés. Segundo 
Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertido 
em mecanismo de opressão. Entretanto, a mídia não atende ao postulado de Bourdieu, uma 
vez que a todo instante esta, enquanto ferramenta digital, está sempre influenciando as pes-
soas de maneira negativa como, por exemplo, ao repassar um ideal falso de corpo perfeito ou 
de vida plena. Desse modo, enquanto os meios midiáticos não forem, de fato, instrumento de 
democracia, repassando a realidade concreta do que é ser saudável mentalmente, a proble-
mática não terá seu quadro revertido e, consequentemente, a sociedade brasileira continuará 
a ser afetada.
Portanto, o Governo Federal - responsável por assegurar os direitos prescritos na Carta 
Magna - deve garantir a qualidade de vida da população de forma efetiva no que tange à 
saúde mental. Tal ação deve ocorrer por meio do envio de verbas às secretarias de saúde dos 
estados brasileiros que, por sua vez, terão condiçõesde fornecer atendimento psicológico, 
de forma gratuita, aos indivíduos. Nesse sentido, o intuito de tal medida é fazer com que o 
povo brasileiro possa lidar com os problemas de forma cautelosa e, consequentemente, não 
se deixe influenciar pela mídia que tenta reproduzir uma falsa ideia de uma vida perfeita, isto 
é, sem problemas. Feito isso, o viver bem postulado pelo filósofo Aristóteles será, finalmente, 
uma realidade no Brasil.
42. JOAO VICTOR MACEDO GOMES 
42. JOAO VICTOR MACEDO GOMES 
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
43. JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA 
(17 anos) - Girau do Ponciano - AL
- 20 pontos na C1
Na série “13 reasons why” da Netflix, um dos protagonistas, Clay, é portador de 
doenças mentais, dentre elas, depressão, ansiedade e transtorno bipolar. Nesse con-
texto, muitos são os problemas enfrentados por Clay que se assemelham a realidade 
brasileira, posto que parte da população sofre com o estigma associado às doenças 
mentais. Por isso, convém analisar de que forma a negligência governamental e o 
preconceito social unem-se no agravamento do empecilho.
Diante dessa perspectiva, é lícito postular a displicência estatal como um fator po-
tencializador do impasse. Nessa conjuntura, sob a luz do filósofo Thomas Hobbes, é 
função do governo promover o bem-estar social do seu povo. Contudo, ao se analisar 
os mínimos investimentos governamentais acerca da contratação de psicólogos pela 
a rede pública de ensino e postos de saúde, por exemplo, com o intuito de melhorar 
a saúde dos acometidos por patologias mentais, nota-se que a premissa de Hobbes 
encontra-se deturpada. Assim, pela irresponsabilidade do Estado, parte da população 
não desfruta do bem-estar social.
Outrossim, é preciso destacar o preconceito social como outro impulsionador desse 
revés. Embora o princípio de isonomia - em que todos são iguais perante a lei - esteja 
inserido na Constituição Federal de 1988, hodiernamente, no Brasil, percebe-se que 
essa premissa não é respeitada por todos. Isso porque uma parcela da sociedade vive 
de acordo com esteriótopos e, para elas, sofrimentos psíquicos são “frescura”. Dessa 
forma, os indivíduos que possuem doenças mentais são vítimas do preconceito e não 
são acolhidos com empatia no país, o que contribui para o agravamento desse cená-
rio negativo.
Portanto, é incombência do Governo Federal - como instância máxima administra-
tiva - investir na contratação de psicólogos, que serão direcionados a rede pública de 
ensino e postos de saúde, com o fito de promover um bom tratamento aos portado-
res de doenças mentais. Isso pode ser feito por meio de verbas da união destinadas 
à saúde e educação, como também através da realização de campanhas educativas. 
Ademais, cabe à população agir com mais empatia, de modo que se torne acolhedo-
ra desses indivíduos. Só assim, muitos dos problemas enfrentados por Clay, na série, 
serão atenuados no Brasil.
43. JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA
43. JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
44. JÚLIA LUÍSA MOSENA 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JOSÉ IGOR CORREIA DA SILVA 
(20 anos) - Porto Alegre - RS
- 20 pontos na C1
Transtornos e doenças mentais afetam diversos indivíduos no Brasil e no mundo. 
Em nosso país, no entanto, ainda é possível constatar a existência de um estigma ne-
gativo associado àqueles que apresentam patologias ligadas à mente. Infelizmente, 
esse olhar preconceituoso persiste em nossa sociedade e afeta a vida de pacientes 
psiquiátricos de várias maneiras. 
A mente humana sempre carregou os fatores mistério e curiosidade como intrín-
secos à sua natureza. Da mesma forma, doenças que acometem essa parte do corpo 
eram vistas, muitas vezes, como maldições, problemas espirituais e até frescura. Po-
rém, apesar de, nos dias atuais, muitos transtornos dessa tipificação já serem ampla-
mente explicados pela ciência, diversos cidadãos brasileiros ainda apresentam receio 
em se relacionarem com indivíduos diagnosticados com doenças mentais. Esse pre-
conceito, é claro, advém do desconhecimento da grande massa acerca da da realida-
de, da angústia e do sofrimento que doentes psiquiátricos enfrentam em suas vidas 
cotidianas. 
Nessa perspectiva, a notável psiquiatra brasileira, Nise da Silveira, criou, na década 
de 70, uma exposição de artes feitas por seus pacientes de um hospício do Rio de 
Janeiro. Essa ação acabou por desmistificar um pouco a ideia que cidadãos daquela 
época tinham acerca dos internados nesse hospício. Assim, a diminuição do precon-
ceito que esses doentes sofrem promove uma relação em sociedade mais empática e 
harmoniosa - favorecendo o tratamento e a recuperação dos acometidos por pato-
logias psiquiátricas. 
Portanto, a fim de melhorar o estigma associado a doenças mentais no Brasil, faz-se 
necessário que o Ministério da Saúde - enquanto responsável por essa temática no 
governo - implemente um programa de conscientização acerca das doenças psiquiá-
tricas que mais atingem a população. Isso será possível por intermédio de palestras 
em escolas brasileiras, para que assim tenhamos, no futuro, um país mais acolhedor e 
menos preconceituoso com pacientes psiquiátricos.
44. JÚLIA LUÍSA MOSENA 
44. JÚLIA LUÍSA MOSENA 
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
45. JULIA MARIA DA COSTA MARQUES
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JULIA MARIA DA COSTA MARQUES 
(17 anos) Rio de Janeiro - RJ
- 20 pontos na C3
A Declaração dos Direitos Humanos - promulgada pela ONU - garante a todos o di-
reito à saúde e ao bem-estar social. Todavia, tal direito da Declaração se mostra uma 
utopia na conjuntura hodierna brasileira, pois, o bem-estar não é garantido aos por-
tadores de uma enfermidade psicológica, porque sofrem preconceito, o que é uma 
grave problemática, devido à negligência, bem como ao não diagnóstico. Logo, urge 
caminhos para combater o estigma associado às doenças mentais no Brasil. 
Sob esse viés, a omissão ao não acolher os indivíduos favores a discriminação. Acer-
ca disso, a série da Netflix “The Crown” retrata a história da família real britânica que 
colocou duas primas da rainha Elizabeth em manicomios, por apresentarem trans-
tornos psicológicos. Fora da ficção, essa cruel prática de abandono dos familiares, 
com alguma doença, foi uma prática frequente no Brasil, o que, infelizmente, levou a 
ausência de entendimento sobre tal problemas, pela negligência ao não ajudar essas 
pessoas, que ajuda a manutenção do preconceito. Dessa forma, se a omissão se man-
tiver, o estigma será presente.
Ademais, o estigma impede a procura de ajuda. A esse respeito, o sociólogo Emilé 
Durkheim defende que a sociedade pune aqueles fora do padrão. Nessa lógica, caso 
um indivíduo apresente um desconforto a sua saúde mental pode não buscar o trata-
mento por conta da opressão social, de ser punido pelos seus sintomas. Sendo assim, 
o desumano preconceito inviabiliza a continuação de um bom psicológico, ao não 
procurar ajuda, podendo piorar o quadro. Destarte, se a discriminação fora a regra, a 
obtenção de melhora será a excessão.
Infere-se, portanto, que a circunstância é grave e exige medidas a fim de acabar 
com o estigma associado às doenças mentais no Brasil. Assim, o Ministério da Saúde 
- no exercício de seu papel social, garantir a saúde - deve promover o debate sobre 
as enfermidades que afetam a saúde psicológica. Isso ocorrerá por meio de campa-
nhas nos aparelhos midiáticos, nos horários de maior audiência, discutindo sobre as 
doenças mentais e afirmando que não é necessário ter vergonha de procurar ajuda. 
Com tal implementação a sociedade brasileira perderá opreconceito, e o direito da 
Declaração da ONU deixará de ser uma utopia.
45. JULIA MARIA DA COSTA MARQUES
45. JULIA MARIA DA COSTA MARQUES
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
46. JÚLIA SANTOS SENA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JÚLIA SANTOS SENA 
(17 anos) - Irecê - BA
- 20 pontos na C1
O filme “Coringa”, de 2019, retrata a vida de um homem que tenta viver com a de-
pressão em uma sociedade incompreensiva e cruel, que o obriga a ser sempre amar-
gurado, e a esconder suas cicatrizes. De maneira análoga, fora das telas, a realidade 
brasileira não é diferente, visto que as doenças mentais - cada vez mais recorrentes 
no País - representam um grave problema de saúde pública. Nesse sentido, é fulcral 
analisar como o individualismo na sociedade pós moderna e a negligência familiar e 
estatal fazem dessa questão uma urgente problemática.
Diante desse cenário, é válido ressaltar que práticas individualistas emergem como 
o principal influenciador do óbice no Brasil. De acordo com a filósofa francesa Simone 
de Beauvoir, em sua teoria da Invisibilidade Social, em decorrência de preconceitos, 
alguns indivíduos são marginalizados e apagados da sociedade. Sob tal óptica, é no-
tório que o egoísmo presente no corpo social tende a excluir e invisibilizar pessoas 
com transtornos mentais, que pela falta de empatia de outrem, esses indivíduos são 
invalidados. Desse modo, como consequência dessas situações, a interação social é 
dificultada, o que, infelizmente, deixa marcas profundas naquele que já está fragili-
zado pela doença mental, tais como a dificuldade de socializar, ou até mesmo de se 
inserir no mercado de trabalho. 
Ademais, o descaso da família e do Estado corrobora com o estigma associado 
a transtornos psiquiátricos. Segundo o artigo 6º da Constituição Federal de 1988, é 
objetivo fundamental do Brasil garantir que nenhum cidadão seja negligenciado. No 
entanto, pode-se perceber que a realidade brasileira vai ao encontro desse preceito 
constitucional, pois as doenças mentais são frequentemente tratados como frescu-
ra, e por isso, não são levados a sério, e nem direcionados a tratamentos eficientes. 
Sendo assim, esse descaso alarmante contribui negativamente no número de casos 
de depressão e ansiedade, por exemplo, pois provoca o receio do doente a procurar 
ajuda. 
Em suma, é preciso agir nas causas para reduzir o estigma deixado pelas doenças 
psicológicas no Brasil. Para isso, urge que o Ministério da saúde - a quem compete 
zelar pelo bem-estar geral - promova uma campanha de democratização de acesso a 
tratamentos psicológicos, por meio da contratação de psicólogos e psiquiatras, que 
devem atender gratuitamente em postos de saúde e escolas, a fim de que o Estado 
realize sua função reguladora no País e garanta o acesso igualitário ao tratamen-
to para toda a população. Outrossim, a mídia - grande mecanismo de disseminação 
de informação - deve lançar projetos propagandísticos, de caráter informativo para 
conscientizar as famílias e o corpo social sobre o perigo de tais transtornos. Somente 
assim, poder-se-á evitar a realidade mostrada no filme “Coringa”.
46. JÚLIA SANTOS SENA
46. JÚLIA SANTOS SENA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
47. JULIANA APARECIDA DE OLIVEIRA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
JULIANA APARECIDA DE OLIVEIRA 
(33 anos) - Piracicaba - SP
- 20 pontos na C1
O artigo quinto, da Constituição Federal de 1988, defende o direito pleno à qualquer 
cidadão. No entanto, percebe-se uma lacuna na garantia desse direito, no que tange 
as doenças mentais dentro da sociedade brasileira, isso além de ser grave, é inconsti-
tucional. Nesse contexto, indiscutivelmente, nota-se que essa problemática é devido 
não só ao preconceito social, mas também à insuficiência legislativa.
Sob essa perspectiva, convém enfatizar que, o preconceito está entre as principais 
causas do revés. Nessa óptica, segundo o renomado filósofo e professor Mário Sérgio 
Cortela, essa ação é fruto de uma herança histórica e pode ser encarada como “cri-
me social”, quando uma pessoa se utiliza de uma característica para ofender outra. 
De maneira analoga, podemos observar tal feito em nosso cotidiano, onde o debate 
do corpo sarado é exaltado, enquanto o cuidado mental é marginalizado, pois é mais 
aceitável aquilo que é palpável. Mas, em pleno século XXI, é inaceitável tal feito, é 
preciso trazer tal pauta à luz da sociedade para conhecê-la.
Ademais, é evidente que, a carência de leis perpetua a questão no país. Segundo 
o livro do premiado escritor português José Saramago, Ensaio sobre a cegueira, as 
pessoas devido ao egoísmo, não conseguem perceber os problemas sociais. Por esse 
motivo se faz necessário a implementação de leis que assegurem o direito á saúde 
mental de indivíduos fragilizados. Pois, essas pessoas precisam de amparo legal, ten-
do em vista que, tal suporte não está disposto de forma acessível, e quando está, é de 
forma escassa e esteriotipada.
Portanto, fica claro que o preconceito e a falta de amparo legal, são prejudiciais ao 
estigma associados ás doenças mentais, e que mudanças são necessárias. Para tanto 
, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com as escolas, realizarem uma semana 
de auto cuidado, a semana: Cuidando da Mente, por meio de palestras e exposições 
com profissionais da saúde - debatendo a importância do cuidado desmitificando 
estereótipos, o evento será em horário alternativo e aberto ao grande público - A fim 
de proporcionar a acesso ao conhecimento para todos. Já o Congresso Nacional, por 
meio dos deputados federais, deve criar e regulamentar leis, a fim de trazer segurança 
jurídica à quem precisa. A partir de tais ações, espera-se então que o direito garantido 
na Constituição Federal, seja enfim alcançado.
47. JULIANA APARECIDA DE OLIVEIRA
47. JULIANA APARECIDA DE OLIVEIRA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
48. KARINA DELMIRO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
KARINA DELMIRO
(23 anos) - Recife - PE 
- 20 pontos na C5
Parafraseando o filósofo Thomas Hobbes, o homem é o lobo do próprio homem, 
entretanto, ao trazer esse pensamento para a atual sociedade brasileira, entende-se 
que muitos indivíduos são [??] por doenças mentais ao não alcançarem seus objeti-
vos. Desse modo, duas questões perpassam essa problemática: o sistema capitalista 
que faz do homem uma “fonte de dinheiro” e a indústria cultural que fomenta a beleza 
idealizada.
Em primeira análise, sabe-se que a mudança da moeda brasileira, na década de 90, 
trouxe avanços econômicos no Brasil, mas, aliado a esse progresso, muitas pessoas 
encontram-se endividadas devido ao uso inconsciente do capital, de modo que, casos 
de doenças mentais tornam-se frequentes no país. Nesse contexto, ao parafrasear o 
filósofo Karl Marx, tudo na sociedade contemporânea pode ser comercializado, inclu-
sive, a felicidade. Baseado nisso, de acordo com a Folha de São Paulo, cerca de 8 em 
cada 10 brasileiros estão com o nome no SPC e Serasa, e isso ocorre porque a ideia 
de ser feliz, muitas vezes, está atrelada ao status estabelecido na população e, lamen-
tavelmente, a maioria dos consumistas infrentam problemas psíquicos ao “caírem” no 
abismo das dívidas. Exemplo disso são os casos de depressão na sociedade brasileira, 
cerca de 40%, exposto pela OMS (Organização Mundial da Saúde), no ano de 2918, 
por causa de problemas financeiros, visto que, para alcançar o prestígio social, muitas 
pessoas se “enrolam nas cordas do capitalismo”. 
Em segunda instância, segundo a lei da oferta e da procura, a industria farmacêutica 
se faz presente de forma progressiva, desde meados dos anos de 2000, pois a procura 
pela beleza ideal é incentivada pela industria cultural, porém,quando o indivíduo não 
consegue atingir o objetivo, o estigma associado às doenças mentais é instaurado em 
muitos brasileiros. Dessa forma, diante dos padrões de beleza impostos na socieda-
de brasileira, muitas pessoas buscam procedimentos estéticos e medicamentos que 
têm como finalidade adiar o envelhecimento, isso se dá porque, este está vinculado, 
muitas vezes, à morte. Logo, por não alcançar a perfeição, muitos seres humanos não 
aceitam a realidade e o sonho de se tornar “eternamente belo” é transformado em 
pesadelo com uma única saída: o suicíduo.
Portanto, para que o estigma associado às doenças mentais não [??] o homem con-
temporâneo brasileiro, é necessário que a secretaria de economia (orgão que fiscaliza 
a economia brasileira) junto com a Secretaria de Saúde (aquela que promove a saúde 
de qualidade entre os indivíduos) invistam no combate a doenças psíquicas. Assim, 
deve haver eventos semanais, com palestras, ministradas por economistas, em locais 
públicos, como ginásios, afim de promover uma educação econômica e também apli-
cação de multas em empresas que fomentam a beleza idealizada. Também precisa de 
psicólogos que façam serviços gratuitos, em praças de prefeituras, com o intuito de 
cessar os problemas psíquicos causados pelo ideal de perfeição e felicidade impostos 
pela população brasileira. 
48. KARINA DELMIRO
48. KARINA DELMIRO
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
49. KAROLINE SILVEIRA MARDEGAN 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
KAROLINE SILVEITRA MARDEGAN
(20 anos) - Iconha - ES
- 20 pontos na C1
No final do século XX, o mundo passou por uma brusca mudança nas relações so-
ciais, sobretudo pelo desenvolvimento da globalização e a revolução informacional. 
Nesse sentido, as interações interpessoais se tornaram cada vez mais fluidas e fragi-
lizadas, como afirmou o filósofo Sugmund Baumam. Aliada a esse fator, nota-se um 
grande aumento das doenças mentais na sociedade brasileira atual e, principalmente 
do estigma que envolve o tema, gerando muitas consequencias negativas, entre elas 
o suicídio. Dessa maneira, convém analisar os impactos da vida moderna.
Em primeira analise, é possível abordar o preconceito cultural sobre as doenças 
mentais como um dos principais fatores que alimentam o estigma sobre o assunto. 
Nessa perspectiva, há, no Brasil, uma grande dificuldade em lidar com o tema da 
saúde mental, como é evidenciado na falta e diálogo e reconhecimento dos pais e 
responsáveis com os jovens sobre a depressão e a ansiedade, além da negativa dos 
indivíduos em autoreconhecer a doença e procurar ajuda. Sob essa análise, segundo 
a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 90% dos casos de suicídio 
(principal consequência do problema) poderiam ser evitados com a ajuda necessaria. 
Nesse aspecto, nota-se a importância da visualização e debates sobre o tema com 
forma de superar o tabu sobre o assunto.
Outrossim, os impactos da vida moderna surgem como outros contribuidores para 
a problemática. Sob essa ótica, a ilusão de “vida perfeita” propagada nas redes so-
ciais, assim como a maior exigência do mundo globalizado, seja nas relações pessoais 
ou no mercado de trabalho, desempenham influências na manutenção do preconcei-
to com os transtornos mentais, agravando esse cenário. Essa ideia coaduna-se com 
o sociólogo Pierre Levy, ao considerar um novo molde nas relações hodiernas pela 
difusão das novas tecnologias. Sendo assim, é válido considerar o papel das relações 
modernas na perpetuação do problema.
Portanto, diante dos fatos mencionados, cabe ao Ministério da Saúde, em parceria 
com o Ministério da tecnologia e Comunicações, promover um projeto de conscienti-
zação da população sobre a desconstrução de estigmas acerca da saúde mental, por 
meio da veiculação de propagandas nas principais redes sociais - como facebook e 
instagram -, além de promover debates sobre o assunto nas redes televisivas, abor-
dando as principais causas e consequências dessas doenças, como identificá-las e 
procurar ajuda. Essa ação possui finalidade de promover a visualização sobre o tema 
de uma forma ampla e minimizar os tabus sobre as doenças mentais, assim como 
seus impactos.
49. KAROLINE SILVEIRA MARDEGAN 
49. KAROLINE SILVEIRA MARDEGAN 
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
50. LAÍSA ADAMS SIMON 
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LAÍSA ADAMS SIMON 
(19 anos) - Venâncio Aires - RS
- 20 pontos na C4
De acordo com o artigo 196 da Constituição Brasileira de 1988, a saúde é um direito 
de todos e deve ser garantida pelo Estado. Não obstante, observa-se que tal panora-
ma não é efetivamente cumprido, visto que a saúde mental dos brasileiros encontra-
-se intensamente prejudicada, principalmente, pelos estigmas negativos associados 
às doenças mentais. Logo, torna-se fundamental discutir acerca do descaso governa-
mental e acerca da desinformação presente no país. 
De início, é possível relacionar as doenças mentais ao descaso governamental. Sobre 
isso, conforme o renomado médico Dráuzio Varella, a saúde no Brasil está em crise, 
já que o principal sistema de saúde que atende os brasileiros - o SUS - está doente e 
precisa de cuidados. Acerca disso, é evidente que o Governo Federal não dá a devida 
relevância à saúde mental e às doenças como ansiedade, depressão e bipolaridade, 
o que acaba por favorecer o crescimento dos já elevados níveis de incidência desses 
problemas psicossomáticos. Por conseguinte, constata-se a negligência governamen-
tal como potencializadora das doenças mentais e da visão negativa e preconceituosa 
que se tem sobre elas.
Além disso, nota-se outra possível relação com o estigma associado às doenças 
mentais: a desinformação. Nesse sentido, segundo pesquisas realizadas pela OMS, 
dentre os países da América Latina, o Brasil está em primeiro lugar no índice de 
depressão. A partir disso, é possível observar que, mesmo tendo inúmeros indivídu-
os com doenças mentais no país, pouco se sabe sobre tratamentos, sobre locais de 
ajuda e sobre profissionais disponíveis, o que, infelizmente, prejudica o diagnóstico 
precoce e pode levar ao agravamento da doença. Assim, como consequência, perce-
be-se que a falta de informações e o desconhecimento da população a esse respeito 
trazem preconceito e desrespeito com os que sofrem com essas doenças. 
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde, responsável pela distribuição de recursos 
ao setor salutar, redirecionar investimentos monetários, por meio da ampliação do 
financeiro destinado à área da saúde mental do SUS, assim como às Secretarias e aos 
CAPS, para que haja mais recursos governamentais destinados à promoção também 
da saúde psicológica, que é negligenciada. Complementarmente, é preciso que, nas 
escolas, sejam realizadas palestras, por intermédio de profissionais da saúde - como 
psicólogos e psiquiatras -, no intuito de disseminar maiores informações a respeito da 
saúde mental, bem como sobre sintomas e sobre tratamentos, almejando combater a 
desinformação e o preconceito. Só assim será possível garantir os preceitos da Cons-
tituição, com saúde e bem-estar aos brasileiros.
50. LAÍSA ADAMS SIMON
50. LAÍSA ADAMS SIMON
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
51. LARA CAROLAIN SANTANA POLACHINI
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LARA CAROLAIN SANTANA POLACHINI 
(19 anos) - Ibirubá - RS
- 20 pontos na C1
No livro “O Cidadão de Papel”, o escritor brasileiro Gilberto Dimeintein, discute que, 
embora o país apresente um conjunto de leis bastante consistentes, elas se atêm, de 
forma geral, ao plano teórico. Diante disso, a conjuntura dessa análise configura-se 
no Brasil atual, haja vista que, apesar de a saúde ser um direito constitucionalmente 
garantido, para uma grande parcela de indivíduos, ele não se encontraefetivado, pois, 
infelizmente, há um ignóbil estigma associado às doenças mentais no país. Essa ques-
tão deve-se a diversos fatores, entre eles a banalização da problemática por parte da 
população e a inoperância governamental. 
Primeiramente, é imprescindível observar que o corpo social banaliza os problemas 
psiquiátricos. A respeito disso, segundo o poeta Fernando Pessoa, a maioria dos ho-
mens vive com espontaneidade uma vida fictícia e alheia. Ou seja, a população vive 
em uma utopia, desconsiderando e estigmatizando o sofrimento alheio. Dessa forma, 
devido à falta de assistência da sociedade, doenças como a ansiedade e o transtorno 
social acabam tornando-se ainda mais graves, resultando, muitas vezes, na depres-
são. Em suma, tal ocorrência é inadmissível, evidenciando o fato de o suicídio ser uma 
consequência da falta de compaixão e amparo com os sentimentos do próximo.
Ademais, é fundamental compreender que a inoperância governamental é um agra-
vante do impasse. Destarte, de acordo com o filósofo alemão Georg Hegel, o estado 
e o pai da nação e tem o dever de cuidar de seus filhos. Isto é, cabe ao estado ofere-
cer saúde de qualidade à população. No entanto, percebe-se que o governo não dá 
a devida importância aos transtornos mentais, isso porque, não destina verbas para 
a construção de centros especializados em saúde mental. Desse modo, inacredita-
velmente, os brasileiros encontram-se totalmente desamparados em razão da falta 
estatal. 
Depreende-se, portanto, que medidas factíveis sejam tomadas para a dissolução do 
estigma relacionado às doenças mentais. Para isso, urge que o Ministério da Saúde, 
por meio da mídia, divulgue e propague o quanto é necessária a atenção, o cuidado 
e o tratamento em relação aos problemas psiquiátricos. Podendo assim, oferecer in-
formação sobre os desafios de tornar o Brasil um país mais desenvolvido, a partir da 
proteção da saúde mental dos indivíduos. Dessa maneira, poder-se-á tirar do plano 
teórico o conto de leis do Brasil, distânciando a realidade dos argumentos do grande 
escritor Gilberto Dimeintein.
51. LARA CAROLAIN SANTANA POLACHINI
51. LARA CAROLAIN SANTANA POLACHINI
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
52. LETICIA LAURA DO ROSÁRIO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LETICIA LAURA DO ROSÁRIO 
(18 anos) - Pato Branco - PR
- 20 pontos na C1
O filme “O mínimo para sobreviver” retrata a vida de uma jovem que sofre com 
anorexia e tem sua doença invalidada e incompreendida pela própria família. Em con-
formidade com a ficção, encontra-se esse estigma associado com as doenças mentais 
na atualidade brasileira. Esse problema tem como causa a herança histórica e a falta 
de debate sobre o assunto
Em primeira análise, destaca-se a importância do papel das cicatrizes históricas na 
construção desse preconceito. Freud, grande nome da psicologia, ao longo de sua 
carreira, tratou diversas mulheres que sofriam de doenças mentais - caracterizadas 
pela sociedade como “histéricas” - que foram internadas em hospícios e tratadas 
como loucas. Dessa maneira, observa-se que o estigma com essas doenças está pre-
sente há mais de século. Tal fato, infelizmente, ocorre pela premissa de que doença 
que não se vê, é doença que não existe, sendo, por muitas vezes, julgada como fingi-
mento ou exagero.
Além disso, a falta de discussão colabora para o agravamento da situação. A obra ci-
nematográfica “Elena”, escrita e dirigida por Petra Costa, relata a sequência de acon-
tecimentos que levaram a protagonista, que tinha depressão, ao suicídio e posterior 
silenciamento por parte da família e dos amigos em debater o assunto. Consoante 
à isso, esse silêncio, também observado na realidade, prejudica o engajamento do 
tema, além de incentivar as pessoas que sofrem com essas doenças a não procurarem 
ajuda, seja pela falta de informação ou pelo medo do julgamento alheio.
Portanto, tendo em vista a importância da problemática, conclui-se que, o Gover-
no - instância máxima do poder -, em parceria com os veículos de manipulação de 
massa, por meio de verbas públicas, deve desenvolver um programa que visa levar 
informação sobre doenças mentais, com a presença de psicólogos, a fim de promover 
o debate na comunidade. Assim, será possível dissolver esse preconceito enraizado 
na nossa sociedade.
52. LETICIA LAURA DO ROSÁRIO
52. LETICIA LAURA DO ROSÁRIO
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
53. LUAN CLAUDIO DE OLIVEIRA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUAN CLAUDIO DE OLIVEIRA SILVA 
(22 anos) - Rio de Janeiro - RJ
- 20 pontos na C1
A obra cinematográfica “Nise da Silveira” conta a vida real da personagem homô-
nima à produção. Ao ser admitida enquanto médica no então hospital psiquiátrico 
Pedro II - durante o século XX -, Nise se depara com degradante quadro de desres-
peito para com os pacientes. No entanto, apesar de seus esforços junto à medicina 
e sociedade para mudança desse panorama, mesmo um século depois, ora pelo uso 
irresponsável de termos médicos no cotidiano, ora pela reprodução midiática de ne-
gligente abordagem desse tema, substancial parcela da população brasileira ainda 
experimenta a fragilização de sua dignidade quando diante do diagnóstico de doença 
mental.
Diante desse cenário, é indubitável que a aplicação negligente do dialeto médico 
na fala popular implica não só na reprodução, mas na perpetuação dos estigmas so-
bre as alterações psiquiátricas. Nesse sentido, o filósofo Michel Foucault afirma que 
toda linguagem exerce poder implícito o indivíduo, denominado Controle Simbólico. 
Ocorre que, ao passo que diagnósticos médicos de doenças mentais - esquizofrênico, 
depressivo, retardado - são constantemente utilizados como ofensas por leigos no 
dia-a-dia, tais expressões adquirem valor semântico negativo. Assim, a fala reverbera 
inconscientemente em preconceito sobre a imagem dos portadores dos respectivos 
diagnósticos, por meio de um fenômeno social quase imperceptível: o Controle Social 
descrito por Foucault. 
Não obstante, é notório que o desprestígio midiático frente ao preconceituoso qua-
dro relativo aos distúrbios da mente conflui para sua manutenção. Por esse viés, Mi-
khail Bakhtim - linguista russo - disserta que o riso é a mais simples maneira de pro-
moção do depreço a um grupo ou ideologia. Com efeito, não é razoável que redes 
televisivas e afins veiculem produções, ainda que ficcionais, que representem pessoas 
com alterações psiquiátricas como figuras cômicas, à exemplo do personagem “To-
nho da lua”, de “Edu” do desenho animado “Du, Dudu e Edu” ou dos protagonistas 
homônimos do filme “Deby e Loyde”. Assim, enquanto os transtornos mentais forem 
motivo de escárnio, uma sociedade livre do menosprezo descrito por Bakhtim e pro-
pagado pelo poder implícito de Foucault será a exceção.
É evidente, portanto, que enquanto o Brasil for conivente com ofensas e humor 
substanciados nos distúrbios da mente, o estigma sobre seus portadores perdurará. 
Desse modo, impende, pois à ação conjunta dos Ministérios da Saúde e Educação 
mitigar essa cultura de desprestígio, por meio de debates promovidos em mídias so-
ciais e escolas. Nesses, enfermeiros, psicólogos e professores de biologia abordariam 
a seriedade da saúde mental e as repercussões do seu uso negligente em piadas ou 
como termos similares a xingamentos, a fim de que o doente seja tratado com a dig-
nidade outrora almejada por Nise da Silveira e o estigma deixe de ser realidade em 
território nacional.
53. LUAN CLAUDIO DE OLIVEIRA SILVA
53. LUAN CLAUDIO DE OLIVEIRA SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
54. LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SILVA(18 anos) - Salvador - BA
- 20 pontos na C1
Segundo o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, a saúde é direito de todos e 
dever do estado assegurá-la. Entretanto, no Brasil, o estigma associado às doenças 
mentais impede que seja dado o tratamento adequado a essas enfermidades. Nesse 
sentido, o uso constante das redes sociais pelos jovens e a falta de incentivo ao tra-
tamento adequado são fatores que agravam a incidência de doenças mentais e, por 
conseguinte, dificultam a erradicação dessas.
Em primeira análise, as pessoas que utilizam as redes sociais impõem um padrão 
de vida perfeito, o qual acaba por influenciar negativamente os jovens que tentam 
segui-lo e, se não seguem, deprimem-se. De acordo com o psiquiatra Augusto Cury, 
muitos jovens no Brasil atual vivem a Síndrome do Pensamento Acelerado, ou seja, 
em razão de objetivos pessoas não atingidos, desenvolvem tal síndrome que carac-
teriza-se por quadros de depressão e ansiedade. A exemplo disso, dados do Censo 
domiciliar apontam que mais de 50% dos jovens estão conectados à internet. Portan-
to, o uso constante das redes sociais agrava a questão relacionada à saúde mental no 
país, além de diminuir a relevância desse problema.
Em segunda análise, a falta de incentivo ao tratamento das doenças mentais por se-
rem, muitas vezes, consideradas irrelevantes, dificulta o controle da incidência desse 
tipo de enfermidade no Brasil por impedir que a pessoa afetada receba a ajuda neces-
sária. Em consonância com o Dr. Drauzio Varela, as doenças mentais no Brasil estão 
associadas ao ritmo social, isto é, são ligadas à forma como a sociedade age perante 
o indivíduo. Para ratificar, dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 5,5% 
da população brasileira possui algum tipo de transtorno mental. Dessa forma, o estig-
ma atrelado às doenças mentais impede diretamente o tratamento, desestimulando-o 
e tornando irrelevante a enfermidade. 
Destarte, é mister o Ministério da Saúde, por meio da mídia, promover ações de in-
formação e combate às doenças mentais, tais qual programas informativos e horário 
nobre para sensibilizar a população acerca dos efeitos das redes sociais e incentivar 
o tratamento às doenças mentais, com o fito de reduzir a incidência desse tipo de en-
fermidade no país. Com isso, estará sendo cumprido o texto constitucional de forma 
direta. 
54. LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SILVA
54. LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
55. LUCIMARY SANT ANA BEZERRA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUCIMARY SANT ANA BEZERRA
54 anos | Boa Vista (RR)
- 20 pontos na C1
No ano de 2020 o mundo foi surpreendido pela pandemia da Covid-19 que teve 
como consequência o isolamento social. Nesse sentido, transtornos mentais, como 
depressão e ansiedade se agravaram, principalmente àquelas pessoas que já apre-
sentaram os sintomas em alguma fase da vida. Assim, no Brasil, que é o país mais 
depressivo do mundo, de acordo com os dados da OMS, o estigma associado às do-
enças mentais na sociedade provoca marcas em milhões de brasileiros quando essas 
não são vistas como doenças que precisam de tratamento. Desse modo, é mister que 
o Estado garanta o tratamento adequado e transmita à população brasileira o signi-
ficado de saúde mental.
Sob esse viés, no filme “Nise: no coração da loucura”, conta a história de uma médi-
ca psiquiátrica que passa a trabalhar em um hospital no início do século XX e adota 
o tratamento humanizado com os pacientes que, até então, eram medicados com 
excessivos calmantes e choque elétrico. Tal método revoluciona e o hospital se torna 
referência. Nesse contexto, é inadimissível que, em pleno século XXI, no Brasil e no 
mundo, pessoas que sofrem com algum desvio relacionado à saúde mental, sejam ta-
xados de doentes mentais. Portanto, é imprescindível que seja garantido tratamento 
adequado às pessoas com transtornos mentais.
Outrossim, os casos de ansiedade e depressão que já representavam altos indíces 
antes da pandemia do coronavírus, - mais de 11 milhões de brasileiros em 2017, segun-
do a OMS, tiveram um aumento significativo, de acordo com o mesmo órgão provo-
cado pelo isolamento que ainda mantém pessoas distantes do trabalho, de parentes 
e de amigos. Dessa forma, a falta de informação sobre o que implica em ter saúde 
mental aumenta o estigma associado às doenças mentais e por isso, urge que o Esta-
do adote medidas para transmitir tal informação à população, evitando o preconceito.
Portanto, cabe ao Ministério da Saúde, órgão responsável em garantir medidas de 
saúde para a população, promover atendimentos e palestras educativas, por meio de 
profissionais especializados, como psicólogos e psiquiátras [sic] , a fim de transmitir à 
toda população informações sobre os sintomas das doenças mentais e possíveis tra-
tamentos, proporcionando conhecimento e saúde a todos. Assim, o Brasil do século 
XXI será referência em cuidar da saúde mental das pessoas, como fez Nise no século 
XX.
55. LUCIMARY SANT ANA BEZERRA
55. LUCIMARY SANT ANA BEZERRA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
56. LUIDI LOBATO GONÇALVES
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUIDI LOBATO GONÇALVES
18 anos | Abaetetuba
- 20 pontos na C1
A médica psiquiatra Nise da Silveira defendeu o tratamento humanizado dos pa-
cientes com esquizofrenia, os quais eram submetidos a constantes torturas e vítimas 
de preconceito. Entretanto, o pensamento dessa especialista não tem se aplicado, 
frequentemente, à realidade contemporânea, haja vista que, no Brasil, diversos são 
os estigmas associados às doenças mentais, devido, principalmente, à carência de 
abordagens desses assuntos nas escolas, o que contribui para a postura indiferente 
do corpo social.
É necessário evidenciar, em primeiro plano, que a falta de discussão referente aos 
aspectos que envolvem a psique, nos espaços escolares, constitui um entrave para es-
tigmatização das mazelas psíquicas. De acordo com a BNCC (Base Nacional Comum 
Curricular), as escolas devem promover instituições alicerçadas ao bem-estar mental. 
Contudo, diversos sistemas de ensino adotam uma conduta oposta aos parâmetros 
estabelecidos por esse documento normativo supracitado, uma vez que são ínfimos 
os projetos voltados às enfermidades mentais, bem como a instrução de problemas 
como ansiedade e depressão, por exemplo, conjuntura essa que contribui diretamen-
te para a intolerância social diante dos portadores desses males. Logo, é essencial a 
alteração desse panorama que expõe a negligência escolar em proporcionar o conhe-
cimento individual.
Em consequência disso, os sujeitos que desconhecem os entraves psíquicos agem, 
ainda mais, com indiferença em relação aos portadores dessas patologias. Nesse viés, 
o escritor e jornalista José Saramago, ao analisar o modo de vida contemporâneo, re-
tratou uma sociedade caracterizada por individualismo, indiferença e com uma pers-
pectiva limitada da realidade, aspectos os quais ele denominou “cegueira branca”. 
Nessa perspectiva, com base em tais características propostas pelo estudioso, po-
de-se inferir que, em decorrência dos sistemas escolares serem negligentes quanto 
à formação dos discentes, no que tange aos processos do sistema nervosos, esses 
praticam, muitas vezes, condutas intolerantes direcionadas aos doentes mentais, sob 
a justificativa de que eles estão agindo com dissimulação e, então, excluem esses su-
jeitos do seu ciclo de convivência.
Portanto, mediante os aspectos alegados relacionados ao estigma associado às 
doenças mentais, faz-se profícuo que as instituições de ensino do país, principais 
formadoras de opniões [sic], realizem debates acerca dessa temática, por intermé-
dio de mesas redondas e fóruns de discussões. Nessas ações devem estar presentepsicólogos e psiquiatras, com o intuito de esclarecer à população sobre as patologias 
psíquicas e amenizar a “cegueira branca” descrita por Saramago. Dessa forma, po-
der-se-à construir um país desenvolvido socialmente, no qual Nise da Silveira possa 
se orgulhar.
56. LUIDI LOBATO GONÇALVES
56. LUIDI LOBATO GONÇALVES
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
57. LUIS RENAN DANTAS DA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUIS RENAN DANTAS DA SILVA 
(16 anos) - Maracanaú - CE
- 20 pontos na C4
O renascentista Rebelas alegou que a ignorância causa máculas irreversíveis dentro 
do tecido social. Decerto, é possível notar a concretude desse raciocínio, já que, la-
mentavelmente, no Brasil, portadores de doenças mentais sofrem com estigmas em 
relação aos seus quadros clínicos. Esse impasse, sobretudo, está atrelado a tendên-
cias educacionais e midiáticas.
Com efeito, pode-se afirmar que a maior parte das escolas não se posicionam de 
encontro à perpetuação desse imbróglio. Nesse viés, a filosofia Kantiana preconiza 
que a educação possui responsabilidade primária na formação identitária do homem, 
o que é fulcral para reverter injustiças sociais. Assim, torna-se nítida a urgência de 
uma disciplina que possibilite conhecimento científico acerca de doenças psíquicas, 
a exemplo da depressão, para reduzir a desinformação e o preconceito. Como conse-
quência dessa omissão dos espaços educacionais, muitos jovens não procuram apoio 
profissional, agravando o estigma. 
Em adição, ressalta-se a falta de contribuição dos meios midiáticos. Infelizmente, 
no século XXI, mesmo com tantos mecanismos de comunicação, alguns assuntos 
problemáticos são negligenciados pelas grandes mídias, como o estigma ligado aos 
transtornos mentais no Brasil. Isso, porém, é bastante nocivo, porque, conforme o so-
ciólogo Bauman, nas redes virtuais, nota-se a amenização significativa de uma visão 
preconceituosa concernente às patologias psicológicas. 
Dessarte, intervenções fazem-se urgentes. Cabe, então, ao Ministério da Educação, 
responsável pelas políticas educacionais nacionalmente, mediante reformulação da 
Base Nacional Comum Curricular, acrescentar pautas tangentes às doenças mentais 
nas aulas de Biologia, com o fito de promover empatia e conhecimento sobre a ques-
tão. Ademais, o Governo deve elaborar campanhas televisivas referentes ao problema 
vigente. Desse modo, a ignorância, criticada por Rabelais, desaparecerá paulatina-
mente.
57. LUIS RENAN DANTAS DA SILVA
57. LUIS RENAN DANTAS DA SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
58. LUIZA GONZALEZ RIBEIRO ALVES
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUIZA GONZALEZ RIBEIRO ALVES 
(18 anos) Niterói - RJ
- 20 pontos na C3
O filme “Coringa” retrata a árdua realidade de um palhaço na cidade de Gotham. No 
longa, o protagonista é constantemente desprezado pela sociedade e, consequen-
temente, desenvolve doenças mentais que, sem o auxílio psicológico devido, não 
consegue controlar. Não distante da ficção, apesar do Brasil, segundo a ONU, ser o 
segundo país mais depressivo da América Latina, atualmente ainda não há a propaga-
ção de informações ligadas aos transtornos mentais, o que dificulta seu tratamento e 
marca um estigma na comunidade. Com isso, é preciso analisar as consequências da 
problemática na cotemporâniedade [sic].
Em primeiro plano, deve-se destacar o preconceito com as questões mentais. Prova 
disso é a localização da depressão, considerada por muitos como “frescura”. Tal fato 
pode ser explicado pelo renomado filósofo Hippolyt Taine ao defender que o indiví-
duo é um produto do meio e do momento. Por conseguinte, segundo a ideologia do 
pensador, o homem tende a reproduzir estigmas enraizados na sociedade que, equi-
vocadamente, são passados de geração em geração, como o associado às doenças 
mentais. Desse modo, nota-se que a falta de informações perpetua a herança precon-
ceituosa desses transtornos, os quais sem o apoio daqueles à sua volta, tornam-se 
ainda mais difíceis de serem enfrentados.
Em segundo plano, é evidente que o descaso estamental com as instituições de 
tratamento às doenças mentais ocasionam em um tratamento precário e ineficaz. Um 
exemplo disso é a série “American Horror Story”, na qual apresenta os abusos e as 
condições precárias de um hospício na temporada “Asylum”. Nessa obra, os enfermos 
convivem em estados insalubres e com constantes tratamentos de choque realizados 
contra a vontade do paciente. Paralelamente, no Brasil, a falta de assistência do go-
verno aos hospícios pelo país proporciona que situações como a vista na série sejam 
frequentes. Isso permite que os estigmas associados às doenças mentais perdurem, 
uma vez que, sem os cuidados necessários, aqueles que sofrem de transtornos são in-
feriorizados e postos às margens da sociedade. Logo, a desinformação também está 
presente nas ações do Estado.
Portanto,o é de suma importância que, para a superação dos estigmas das doenças 
mentais, medidas sejam tomadas. Sendo assim, o Ministério da Educação - respon-
sável pelo ensino no país - deve prover o acompanhamento psicológico nas escolas 
por meio de um projeto de lei que torne obrigatória a presença de psicólogos nessas 
instituições a fim de que, desde a mais tenra idade, os jovens aprendam sobre a saúde 
mental, formando uma sociedade mais conscientizada. Dessa forma, o estigma asso-
ciado às doenças mentais na sociedade brasileira deixará de ser realidade e o drama 
mostrado no filme “Coringa” se extinguirá.
58. LUIZA GONZALEZ RIBEIRO ALVES
58. LUIZA GONZALEZ RIBEIRO ALVES
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
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O MIL QUEBRADO
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59. LUMMA RABELO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
LUMMA RABELO 
(24 anos) - Santa Maria - RS
- 20 pontos na C1
O livro “Cemitério dos Vivos”, de Lima Barreto, relata a maneira triste que as pesso-
as que sofriam de transtornos psiquiátricos eram tratadas no ínicio do século XX no 
país. Analogamente, a situação de exclusão e preconceito perante os indivíduos que 
possuem enfermidades cognitivas é evidente no Brasil contemporâneo. Nesse senti-
do, a persistência do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira, 
seja pela negligência governamental, seja pela falta de informação populacional, é 
preocupante e deve ser combatida. 
De fato, a inobservância do Estado acerca das doenças psíquicas gera a manuten-
ção do estigma a elas. Isso se dá, uma vez que os governantes não se preocupam em 
proporcionar apoio aos indivíduos com doenças mentais, investindo muito pouco em 
estruturas que ofereçam tratamento adequado a elas. Segundo Hobbes, o cidadão 
e o Estado possuem um contrato social, no qual o Estado deve promover o acesso 
aos direitos para o cidadão, a fim de que o ser tenha a vida protegida. Sob esse viés, 
percebe-se que os governantes agem de acordo com estigma de que pessoas com 
doenças mentais não necessitam de cuidado e, assim, não cumprem seu papel no 
contrato social, deixando os indivíduos com sua vida desprotegida e contribuindo 
para a perpetuação de pensamentos equivocados sobre a saúde mental. Desse modo, 
faz-se necessário que o Governo Federal dê atenção a essa parcela da sociedade.
Além disso, a ausência de informação da população sobre o assunto faz com que 
preconceitos se configurem ainda mais na sociedade. Esse fato ocorre, visto que as 
pessoas, muitas vezes, não possuem conhecimento acerca de transtornos psiquiátri-
cos e, devido a pensamentos pré-estabelecidos já enraizados, também não procura 
entendê-los. Na série “13 Reasons Why”, os colegas da adolescente Hannah acreditam 
que ela tenha se suicidado por motivos supérfluos. Infelizmente, esse tipo de pensa-
mento é também evidenciado na realidade, em que pessoas dizem quedepressão e 
ansiedade são “falta de religião”. Nesse contexto, fica explícito o quanto os cidadãos 
não detêm de informação suficiente sobre as doenças mentais e como isso dificulta a 
superação dessa conjuntura. Dessa forma, é fundamental que a população brasileira 
seja conscientizada.
Por conseguinte, infere-se que o estigma associado às doenças mentais na socieda-
de persiste no país e que medidas são necessárias para minimizar esse impasse. Para 
isso, o Ministério da Saúde, juntamente às Prefeituras, deve melhorar a estrutura dos 
Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS), por meio de políticas públicas, pro-
porcionando maior capacidade de atendimento aos necessitados. Isso se dará com 
a finalidade de que os indivíduos com enfermidades cognitivas tenham mais apoio 
social. Outrossim, o Governo Federal, em junto às mídias, tem de alertar a população 
sobre doenças mentais, via propaganda em redes sociais e na televisão, com o obje-
tivo de conscientizá-la. Com isso, a realidade brasileira irá de encontro a da retratada 
no livro de Lima Barreto.
59. LUMMA RABELO
59. LUMMA RABELO
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
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@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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60. MARIA BEATRIZ RAMOS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MARIA BEATRIZ RAMOS 
(17 anos) - Barão de Antonina - SP
- 20 pontos na C1
Ao longo de muitos anos, portadores de doenças mentais geralmente eram privados de 
conviver em sociedade. Contudo, ainda que práticas deste tipo não sejam tão frequentes 
atualmente, averigua-se que essas pessoas são submetidas a diversos estigmas na sociedade 
brasileira. Por conseguinte, essa situação se deve não só ao ideal de perfeição humana que 
perdura entre as pessoas, mas também a tratamentos indecentes, o que exige reflexão. 
Convém ressaltar, a princípio, que a rotulação de que todos devem ser felizes é um fator de-
terminante para a permanência do preconceito às pessoas com problemas mentais, gerando 
impactos, por exemplo, à pessoas depressivas. Segundo o filósofo Shopenhauer, a busca pela 
felicidade plena gera angústia. Nesse sentido, pessoas com transtornos mentais, com o obje-
tivo de se encaixar na sociedade, vêem seus problemas se agravando ainda mais pela pressão 
moral que lhes é imposta. Dessa forma, depreende-se que esse cenário deve ser combatido 
visando ao bem-estar dessas pessoas.
Ademais, o tratamento que pessoas com distúrbios mentais recebem, principalmente, em 
hospitais, pode ser considerado desumano. No filme brasileiro “Nise: no coração da loucura”, 
é retratada a situação precária na qual os pacientes de um centro psiquiátrico estão inseri-
dos, visto que são maltratados pelos médicos. Analogamente, isso também é um problema 
na realidade, dado que muitos profissionais da saúde se sentem superiores aos portadores 
de transtornos, muitas vezes culpando-os por suas doenças. Consequentemente, a situação 
dessas pessoas fica ainda mais complicada, necessitando-se de mudanças para ausentar esse 
cenário tão alarmante, que por sua veze implica em estigmas.
Portanto, medidas são necessárias para resolver essas problemáticas frequentes na vida 
de pessoas com doenças mentais. É imprescindível que o Ministério da Saúde, juntamente 
ao Ministério da Educação, disponibilize palestras sobre saúde mental nas escolas, por meio 
de uma proposta de lei entregue à Câmara dos Deputados. Decerto, esse projeto poderá ser 
orientado por psicólogos, em colégios públicos e privados, com a finalidade de que crianças e 
jovens sejam informados acerca desse assunto. Assim sendo, esse programa amenizará já na 
infância e adolescência os estigmas associados a doenças mentais, e resultará na redução da 
angústia proposta por Shopenhauer.
60. MARIA BEATRIZ RAMOS
60. MARIA BEATRIZ RAMOS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
61. MARIA EDUARDA LAGUNA DA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MARIA EDUARDA LAGUNA DA SILVA 
(18 anos) - Frederico Westphalen - RS
- 20 pontos na C1
A Constituição Federal de 1988 prevê a todos os indivíduos o acesso a saúde. No 
entanto, na prática, percebe-se que tal garantia está em descompasso com a rea-
lidade brasileira, principalmente no que tange a questão do estigma associado às 
doenças mentais na sociedade. Este cenário antagônico ocorre não só em razão do 
descaso governamental, mas também, devido ao preconceito social. Dessa forma, 
faz-se necessário análise dessa conjuntura, com o fito de mitigar os entraves para a 
consolidação dos direitos constitucionais.
É insofismável que o estigma associado às doenças mentais na sociedade advém 
do descaso governamental. Dessa forma, pode-se relacionar ao contratualismo de 
John Locke, o qual afirma que o Estado surge para garantir os direitos fundamentais 
à vida. Paralelamente a sociedade atual, nota-se que, diante da falta de incentivo ao 
governo para buscar ajuda psicológica, ou psiquiátrica, o indivíduo trata sua doença 
como um tabu. Ou seja, a sociedade se priva de ajuda especializada, agravando seu 
quadro psíquico. Assim, reverter esse quadro é substancial em prol do bem coletivo.
Outrossim, é fato que o preconceito social intensifica a problemática em questão. 
Diante disso, Thomas Hobbes caracteriza o homem como o lobo do próprio homem, 
de modo que, o mesmo é responsável por prejudicar a sua própria espécie. Dessarte, 
a sociedade martiriza o indivíduo que possui alguma doença mental, fazendo com 
que o mesmo não se sinta incluso e disposto a resolver esse empecilho. Ademais, 
quando a pessoa têm sua saúde mental comprometida, o mesmo é julgado em igual 
maneira. Logo, medidas devem ser tomadas para que esse quadro não se acentue.
Infere-se, portanto que, ações são necessárias para combater o estigma associado 
às doenças mentais na sociedade. Assim, cabe ao Estado, responsável pela saúde e 
bem estar social, em parceria com o Ministério da Saúde e mídias, a ampliação de 
políticas públicas no que tange o acesso de ajuda especializada, de modo que a o 
indivíduo não possua um entrave relacionado à saúde, e também, a realização de 
campanhas midiáticas que alertem a população sobre a empatia, para que não haja 
preconceito. Tais ações objetivam a diminuição do estigma, assim como a necessi-
dade da acessibilidade à ajuda, e que acabe com o descaso governamental e social. 
Dessa forma, com ações conjuntas, os direitos constitucionais estarão garantidos.
61. MARIA EDUARDA LAGUNA DA SILVA
61. MARIA EDUARDA LAGUNA DA SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
62. MARIA GABRIELLY VARELA DOS SANTOS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MARIA GABRIELLY VARELA DOS SANTOS 
(17 anos) Santo Antônio - RN
- 20 pontos na C1
No filme “Fragmentado”, o protagonista - o qual é acometido pelo distúrbio men-
tal de múltiplas personalidades - é representado de forma errônea, em toda a trama, 
tendo em vista a caracterização da doença sendo feita de modo hiperbólico e atri-
buindo, dessa forma, monstruosidade ao personagem. Não distante da obra ficcional, 
as pessoas possuintes de transtornos mentais têm enfrentado estigmas associados às 
suas necessidades individuais e às diferenças. Sob esse viés, é possível analisar que 
tal problemática ocorre, mormente, devido à manipulação da mídia sobre o que difere 
dos padrões impostos vigentes e à apatia estatal, tangente ao problema.
É válido destacar, de antemão, a manipulação e a distorção, por parte dos difuso-
res midiáticos, dos indivíduos os quais possuem características e/ou necessidades as 
quais fujam dos padrões estabelecidos pela sociedade como contribuintes diretas 
para a ocorrência e permanência dos estigmas relacionados a esses sujeitos. Tais atos 
são realizados com o fito de lucrar sobre a maximização e, até mesmo, mistificação 
dessas doenças. Nesse sentido, segundo os renomados filósofos da Escolade Frank-
furt Adorno e Horkheimer, a indústria cultural - intrínseca ao capitalismo - molda os 
sujeitos de acordo com a necessidade e os objetivos do mercado, retratando a rea-
lidade, muitas vezes, de forma discriminante e, sobretudo, preconceituosa, visando 
somente ao lucro. Paralelo ao ideário dos influentes, as pessoas com transtornos men-
tais, a título de exemplo, a bipolaridade e a esquizofrenia, são abordadas, em filmes 
e em obras de cunho ficcional, de maneira a atribuir-lhes monstruosidade, levando, 
assim, a sua marginalização. Por conseguinte, há a discriminação desses corpos, tor-
nando-os, dessa meneira, vulneráveis ao preconceito a à diferença.
Outrossim, a apatia do Estado, concernente ao óbice apresentado, dá-se como prin-
cipal agente precursor desses estigmas sociais. Nesse seguimento, apesar de a Carta 
Magna vigente garantir os direitos individuais a todos e qualquer cidadão, os doentes 
mentais têm o seu direito de ir e vir renegado. Esse fato ocorre, majoritariamente, 
tendo como essencial motivo o medo de seus familiares relacionado à exposição dos 
mesmos às diversas formas de preconceito, refletidas na violência. Ante o exposto, 
torna-se indubitável a demasiada importância da boa funcionalidade do Estado, en-
quanto mediador da conjuntura social.
Mediante os fatos supracitados, urge a tomada de medidas as quais visem mitigar 
a problemática supracitada. Nesse ínterim, é dever do Estado, criar políticas públicas 
voltadas às pessoas acometidas pelas doenças mentais, com o fito de garantir-lhes 
a segurança e o exercício da cidadania plena. Acrescido a isso, haverá a criação de 
filmes, curtas e séries, por parte da mídia, podendo ter o financiamento assegurado 
pela Lei Rouanet, os quais visem desmistificar os transtornos psíquicos e contarão 
com a participação de influenciadores digitais e televisivos, podendo, dessa forma, 
atingir as diversas bolhas sociais. Destarte, os estigmas impostos aos sujeitos os quais 
possuem enfermidades psíquicas, semelhante aos sofridos pelo personagem do filme 
mencionado, serão, certamente, atenuados.
62. MARIA GABRIELLY VARELA DOS SANTOS
62. MARIA GABRIELLY VARELA DOS SANTOS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
63. MARIA RITA DIAS BATISTA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MARIA RITA DIAS BATISTA
17 anos | Icó (CE)
- 20 pontos na C1
A série “Os Treze Porquês”, exibida pela Netflix, retrata a trajetória de vida angus-
tiante da jovem Hannah Baker, que sofria de depressão profunda e que, infelizmente, 
cometeu suicídio, em razão de não ter obtido a atenção devida da sociedade. Posto 
isso, ressalta-se a negligência social em evitar tais situações recorrentes. De manei-
ra análoga, atualmente, é evidente a perpetuação da problemática, em decorrência 
da busca do indivíduo em alcançar as melhores impressões, o que, muitas vezes, é 
frustrada, além da ineficiência estatal e do coletivo. Dessa forma, o quadro hodierno 
apresenta premência em ser mitigado.
Em princípio, evidencia-se que a procura pela aceitação social possibilita danos à 
saúde mental, como ansiedade e depressão, uma vez que o indivíduo não não alcan-
ça suas expectativas. Isso em razão de o ser se sentir excluído do ambiente em que 
está inserido, comumentemente nas redes sociais, tais como o Instagram. Dado isso, o 
documentário “Dilema das Redes” enfatiza problemas psicológicos oriundos do meio 
em questão, que ocorre por efeito dos padrões de beleza e comportamento impos-
tos. Nesse sentido, nota-se a essencialidade de modificações no âmbito virtual, a fim 
de que minimize-se a problemática.
Outrossim, é evidente que a negligência social e, principalmente, estatal, agrava o 
problema, de maneira que amplia-se o número de indivíduos com doenças psicológi-
cas. Isso porque o auxílio governamental é indispensável na prevenção de transtornos 
mentais. Conforme o filósofo Thomas Hobbes, é dever do Estado assegurar o bem-es-
tar da sociedade. Diante disso, compreende-se a indispensabilidade do governo e da 
população no combate ao problema.
Em suma, medidas são essenciais para que se reverta a situação atual. Para tanto, 
urge que os Ministérios da Saúde e Educação promovam campanhas objetivas, exi-
bidas em rede nacional, de modo a enfatizar ações que previnem o surgimento de 
problemas psicológicos, como diminuir o uso das redes sociais, por meio do apoio 
da mídia. Além disso, esses órgãos devem aumentar a frequência de palestras moti-
vacionais nas instituições de ensino, por meio do auxílio de profissionais qualificados 
na área mental. Assim, provavelmente, existir-se-á menos “Hannas” e o país poderá 
evoluir constantemente.
63. MARIA RITA DIAS BATISTA
63. MARIA RITA DIAS BATISTA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
64. MARIA TAVARES DE MOURA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MARIA TAVARES DE MOURA 
(19 anos) - Brejo Santo - CE
- 20 pontos na C1
O livro “O alienista”, obra do autor nacional Machado de Assis, reflete sobre o con-
ceito de loucura ao narrar a saga de um médico que interna todas as pessoas da 
cidade por considerá-las loucas. Embora ficcional, a narrativa alude à realidade brasi-
leira no que tange os estigmas relacionados às doenças mentais na sociedade atual, 
haja vista a precarização da saúde psicológica no país. À vista disso, tal conjuntura é 
reflexo dos estereótipos relacionados à psíque e da negligência estatal em fornecer 
tratamento adequado.
Nesse sentido, os tabus inerentes à saúde psicológica fazem com que esse con-
ceito seja pouco abordado na sociedade e não tenha a atenção necessária. Sob essa 
perspectiva, de acordo com a psicóloga Patrícia dos Santos, as doenças mentais são 
exclusivamente associadas, de forma equivocada, ao tratamento hospitalar, fato que 
dificulta o debate acerca dessa condição. Dessa forma, é notório que a estereotifica-
ção das patologias psíquicas feita pela sociedade - como o uso indevíduo do termo 
“louco” - impõe limitações quanto a abordagem do tema no contexto social e contri-
bui para a precarização da saúde psicológica no país. Com isso, é fundamental que o 
Estado atue para desconstruir esse cenário de forma eficaz.
Ademais, a negligência governamental em promover atendimento de qualidade 
para os doentes mentais configura-se, também, como um estigma para a questão 
psicológica. Por esse angulo, o documentário “Holocausto brasileiro”, produzido em 
2016, expõe as atrocidades cometidas pelo governo no que se refere a edificação do 
“Hospital Colônia”, manicômio que funcionava acima da capacidade e em péssimas 
condições sanitárias. diante disso, é indubitável que a prsistência do Estado em não 
investir na saúde mental da população contribui para que os estigmas associados à 
psique sejam ampliados, como ocorreu em “O Alienista”. Isso posto, é imprescindível 
que os governantes atuem para romper, definitivamente, com essa realidade. 
Evidencia-se, portanto, que os estigmas relacionados às doenças mentais estão as-
sociados aos tabus da sociedade e a ineficiência do governo. Logo , a União precisa 
tomar providências efetivas quanto a essa realidade. Com efeito, o Ministério da Edu-
cação deve, por meio do redirecionamento de verbas, promover debates nas escolas 
sobre saúde mental - em aulas semanais de formação cidadã - a fim de combater os 
estereótipos relacionados. Além disso, o governo federal tem que disponibilizar aten-
dimento psicológico menos burocrático nas comunidades, com o intuito de ampliar 
esse acesso. Assim, as doenças mentais serão tratadas como patologias não serão 
estigmatizadas, como ocorreu em “O Alienista”.
64. MARIA TAVARES DE MOURA
64. MARIA TAVARES DE MOURA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
65. MATHEUS GUEDES DE MOURA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MATHEUS GUEDES DE MOURA(17 anos) - Areia - PB
- 20 pontos na C1
Em 1929, devido à superprodução industrial americana, a quebra da Bolsa de Nova 
York espalhou pelo mundo uma das maiores crises financeiras da história, tal crise foi 
fundamental no agravamento de doenças mentais na sociedade daquela época. Ape-
sar da população mundial atual não vivenciar uma crise do mesmo caráter, inúmeras 
são as dificuldades de enfrentamento ao estigma associado às doenças mentais na 
sociedade brasileira, isso ocorre tanto pelo desconhecimento familiar quanto pela 
nação brasileira alargada em preconceito.
Sob esse viés, é importante informar que a falta de informação em âmbitos fami-
liares reverbera na efetivação da grave situação enfrentada. A título de exemplo, vale 
destacar a novela da TV Globo, “A Força do querer”, a qual relata o cotidiano do 
jovem Yuri no enfrentamento de problemas psicológicos, além do desconhecimento 
parental no combate à tal ocorrência. Fora da ficção, inúmeros são os Yuris que apre-
sentam diferentes dificuldades de sanidade mental. Em suma, cabe demonstrar que 
ações atenuantes ao estigma associado às doenças mentais são fundamentais para o 
país, exigindo-se, assim, uma plena e ampla demonstração e divulgação governamen-
tal de forma a conter à preocupante situação. 
Outrossim, é imprescindível salientar que o enraizado preconceito da população 
brasileira influencia de maneira significativa na caótica ocorrência de sanidade men-
tal. Sob essa perspectiva, é válido pontuar o pensamento do importante e reconhe-
cido escritor brasileiro, Machado de Assis, o qual, com o intuito de não repassar o 
legado hostil da sociedade atual, decidiu não ter filhos. Ainda assim, cabe afirmar que, 
embora o povo brasileiro seja reconhecido pela simpatia social, a hostilidade se faz 
presente em diversos âmbitos, entre os quais, no tratamento de dificuldades psicoló-
gicas como uma mera “bobagem” ou “frescura”, por exemplo. Ademais, tais premis-
sas sociais necessitam de eficaz combate informacional aos errôneos pensamentos 
da sociedade contemporânea.
Portanto, infere-se que o corpo populacional brasileiro carece de soluções gover-
namentais na atuação de combate ao estigma associado às doenças mentais. Com 
isso, é dever do Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério das comunicações 
implementar uma campanha midiática a nível nacional, por meio de anúncios teleco-
municativos - rede de TV, rádios e jornais, por exemplo -, com o intuito de mitigar as 
dificuldades de desinformação e preconceito social diante da grave situação. Dessa 
forma, estima-se a atenuação da problemática, de maneira fulcral, de modo a evitar 
jovens como o Yuri no Brasil.
65. MATHEUS GUEDES DE MOURA
65. MATHEUS GUEDES DE MOURA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
66. MICHELLE QUEIROZ DE OLIVEIRA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MICHELLE QUEIROZ DE OLIVEIRA 
(16 anos) - Belém do Pará - PA
- 20 pontos na C1
A série americana “13 reasons why” trata sobre os dramas vividos pela adolescente 
Hanna Baker, a qual entra em estado de depressão e comete suicídio. Não distante 
da ficção, no Brasil, a depressão e outros transtornos mentais afetam grande parte da 
população. Isso deve-se, não somente, aos impactos gerados pela falta de informa-
ção sobre esse tema, mas também à influência que as redes sociais exercem nos seus 
usuários. Assim, torna-se relevante o debate acerca do estigma associado às doenças 
mentais na sociedade brasileira.
Em primeiro plano, a saúde mental é muitas vezes esquecida ou ignorada quando 
classifica-se um indivíduo em saudável ou não. De acordo com a OMS, em 2017, apro-
ximadamente 5% dos brasileiros viviam com depressão, número que, apesar de ser 
alarmante, é pouco discutido na mídia. Além disso, o problema da falta de discussão 
sobre esse tema pode gerar a banalização dos transtornos mentais e fortalecer o pen-
samento de que eles são apenas “frescura”, resultando no preconceito.
Ademais, a grande influência exercida pelas redes sociais, muitas vezes, legitima o 
cenário da estigmatização relacionada a doenças como depressão e ansiedade. Isso 
ocorre devido a tendência de mostrar apenas o lado bom da vida nas redes sociais, 
criando-se o ideal de pessoas e vidas perfeitas, o qual nega a existência de senti-
mentos ruins. Um exemplo dessa moda é o humorista Whindersson Nunes, o qual 
surpreendeu seu público ao revelar que estava sofrendo de depressão, pois aparecia 
sempre alegre em seus canais de comunicação. Assim, o padrão inalcançável de vidas 
perfeitas pode gerar frustração e baixa autoestima nos indivíduos, além de contribuir 
para a má informação referente aos transtornos mentais.
Portanto, faz-se necessária a adoção de medidas que combatam o estigma associa-
do aos transtornos mentais no país. Assim, o Ministério da Saúde deve, em conjunto 
com o Ministério da Educação, promover campanhas de conscientização que visem 
informar a população de que as doenças mentais são tão maléficas quanto as físicas 
e, por isso, merecem a devida atenção, e disponibilizá-las por meio de propagandas 
nas mídias sociais, para que, assim, transtornos como a depressão deixem de ser 
vistos como “frescura”. Dessa forma, jovens como Hanna Baker receberão a devida 
atenção e apoio, tornando o Brrasil um país melhor para se viver.
66. MICHELLE QUEIROZ DE OLIVEIRA
66. MICHELLE QUEIROZ DE OLIVEIRA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
67. MIKAEL SANTOS PRAXEDICE DE BARROS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
MIKAEL SANTOS PRAXEDICE DE BARROS 
(21 anos) - Vila Velha - ES
- 20 pontos na C1
Segundo a Constituição Federal, de 1988, em uma sociedade democrática, todos 
os cidadãos possuem a mesma importância, assim como direitos e deveres iguali-
tários. Contudo, no Brasil, indivíduos com doenças mentais pertencem a um grupo 
altamente desfavorecido no cenário da saúde pública, devido ao estigma presente na 
sociedade brasileira associado aos componentes dessa parcela da população. Nesse 
contexto, é visível como esse entrave social dificulta o tratamento médico de pessoas 
acometidas de doenças psiquiátricas, bem como aumenta a taxa de suicídio no país. 
Nessa perspectiva, o sociólogo alemão Max Weber descreve como “ação social tra-
dicional” todo o comportamento perpetuado pelo costume de determinada socieda-
de. Dessa forma, é notável o diálogo estabelecido entre o pensamento sociológico e 
a realidade, haja vista que a visão obsoleta que não trata as doenças mentais com a 
devida importância está presente no imaginário coletivo e continua transitando en-
tre as gerações. Por consequência disso, indivíduos com doenças psiquiátricas são 
desmotivados a procurar ajuda profissional e, também, não recebem o apoio familiar 
necessário para enfrentar o problema.
Além disso, outros aspectos devem ser considerados no tocando ao estigma asso-
ciado às doenças mentais, como a contribuição desse fator para o aumento da taxa 
de suicídios. Nesse contexto, o sociólogo Emile Durkheim, em seu “fato social”, afirma 
que, devido a extrema coercitividade que visa estabelecer um padrão, cada socieda-
de é responsável por um contingente de suicidas, pois esses indivíduos são pressio-
nados para essa realidade pelo meio no qual estão inseridos. Diante desse cenário, o 
Estado se mostra falho enquanto provedor de direitos mínimos, por não garantir um 
ambiente social que se importe com os doentes mentais.
Portanto, diante dos aspectos conflitantes relativos aos estigmas associados às do-
enças mentais na sociedade brasileira, é evidente a necessidade de ações interven-
tivas. Para tanto, caberia ao Governo Federal - principal responsável pela educação 
pública - conscientizar a sociedade, por meio de matérias escolares que abordem a 
temática das doenças mentais, com o objetivode reduzir a pressão social sobre a po-
pulação que sofre de doenças psiquiátricas e facilitar o seu tratamento. Dessa forma, 
garantir-se-á o princípio da isonomia previsto na Constituição Federal.
67. MIKAEL SANTOS PRAXEDICE DE BARROS
67. MIKAEL SANTOS PRAXEDICE DE BARROS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
68. NATALHA DA COSTA MARQUES
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
NATALHA DA COSTA MARQUES
18 anos | Ananindeua (PA)
- 20 pontos na C1
No período histórico grego, uma prática comum, entre espartanos, era o infaticídio 
de indivíduos que nasciam com problemas físicos ou mentais, Essa realidade sofreu 
alterações como decorrer dos séculos, entretanto é de fácil observação que medidas 
menos evasivas se fazem presente na contemporaneidade, posto que há uma relação 
estigmática entre pessoas que apresentam doenças mentais e mentalmente saudá-
veis. À guisa desse assunto, bifurcações podem ser estabelecidas uma vez que, existe 
a negligência estatal nas medidas de auxílio e, além disso, o preconceito que engloba 
grande parte da população. 
Em primeira instância, é crucial afirmar que a carência de apoio governamental é 
um principal precursor para a situação presente no território, já que sem o processo 
a tendência é a formação de uma sociedade mentalmente instável. Sob a ótica de 
Bakntin, essa realidade é um breve exemplo de como as relações sociais são estabe-
lecidas sem o uso da alteridade, dado que não ocorre a sobreposição do outro em 
questão de si. Partindo desse pressuposto, evidencia-se a importância do Estado, 
logo, é impreterível que o quadro citado seja modificado, visto que a parcela da po-
pulação que é afetada urge pelos seus direitos pré-estabelecidos pela Constituição, 
como o artigo 5º, que garante a igualdade da lei a todos.
Outrossim, outro ponto acerca da problemática é o preconceito que vigora em todo 
o continente brasileiro, ação essa que persiste entre parte dos cidadãos que perpe-
tuam pensamentos retrógrados e mecanizados. Tal situação malfazeja foi observada 
por Albert Ainstem [sic], que discorreu, com base na ciência, sobre as relações que 
ocorrem no meio social, na perspectiva do cientista “é mais fácil remover um átomo 
do que o preconceito” implicando como é difícil mudar um atrito do ser humano. 
Posto isso, torna-se claro como o homem afeta negativamente a dinâmica social, de 
modo que ao atuar ativamente contra o outro a relação torna-se excludente, por isso, 
marginaliza àquele que necessita de ajuda, o que concretiza a fala de Aistem em vir-
tude de que transcorrer essa realidade é uma tarefa de dificuldade que poucos estão 
dispostos a aplicar.
Percebe-se, portanto, a necessidade de medidas resolutivas que objetivem o qua-
dro presente no país. A princípio, cabe a Sociedade Civil organizada a busca pela 
aplicação direta da Carta Cidadã, por meio de ação conjunta em protesto nos grandes 
centros urbanos, com o fito de disseminação do que ocorre de fato com as pessoas 
que tem doenças mentais - exposição da realidade. Em somatória é dever da mídia 
- meio de comunicação capaz de englobar o máximo de publico-alvo - em parceria 
com o Ministério da Educação, a disseminação de informes sobre a questão enfren-
tada por parte dos brasileiros, por intermédio de propagandas televisivas, diálogos 
dispostos nos rádios e folhetos educativos, com o intuito de romper gradativamente 
com os pensamentos atrasados, afinal o povo instruído muda o mundo.
68. NATALHA DA COSTA MARQUES
68. NATALHA DA COSTA MARQUES
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
69. PAOLA PASSOS SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
PAOLA PASSOS SILVA 
(17 anos) - Osasco - SP
- 20 pontos na C3
A série televisiva “13 Reasons Why” conta a história de Hanna Baker, uma adoles-
cente de 16 anos que se suicida. Durante a trama, o telespectador acompanha o modo 
como os treze traumas sofridos pela protagonista contribuem com o surgimento de 
sua depressão e escolha pelo suicídio. Fora da ficção, a questão associada às doenças 
mentais e seus estigmas se encontra presente de forma complexa na sociedade brasi-
leira. Nesse sentido, em função da má influência midiática e do silenciamento, emerge 
um problema a ser sanado.
A prioi, é preciso salientar que a má influência exercida pela mídia é uma causa la-
tente do problema. De acordo com Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento 
de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Portanto, verifi-
ca-se que o ambiente criado pelas redes sociais tornou-se hostil, dado que deixou de 
ser uma plataforma de compartilhamento de ideias para se transformar na vitrine na 
qual pessoas expõem vidas perfeitas que dificilmente condizem com a realidade. Sen-
do assim, o usuário que consome tal conteúdo acaba sendo oprimido e desenvolve 
um sentido de descontentamento ao não se encaixar nos padrões expostos, situação 
que, mais tarde, pode desencadear o surgimento de diversas doenças mentais.
Ademais, outra causa para a configuração do problema é a falta de diálogo. Segun-
do Habermas, a linguagem é uma genuína forma de ação. Diante disso, constata-se 
que a lacuna em torno dos debates acerca do estigma associado às doenças mentais 
implica no perpetuamento do problema, uma vez que a ausência de discussões sobre 
a questão contribui com o aumento da falta de conhecimento por parte da popula-
ção. Dessa forma,o problema persiste por permanecer silenciado, sua solução é difi-
cultada e a tese defendida pelo filósofo impera. 
Em sua, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, é preciso que o Ministério das 
Comunicações promova diálogo por meio de campanhas publicitárias. Essas campa-
nhas devem ser expostas em redes sociais e plataformas de streaming, contando com 
a presença de psicólogos e influenciadores digitais. Além disso, elas devem ser exibi-
das na televisão, a fim de que mais pessoas compreendam a importância do diálogo 
na quebra do estigma associado às doenças mentais e se tornem cidadãos atuantes 
na busca por resoluções. A partir dessas informações, é possível consolidar um Brasil 
melhor.
69. PAOLA PASSOS SILVA
69. PAOLA PASSOS SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
70. PAULO HENRIQUE DANTAS DE AGUIAR
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
PAULO HENRIQUE DANTAS DE AGUIAR
17 anos | Ipixuna do Pará (PA)
- 20 pontos na C1
No mundo cinematográfico, Hanna Backer, personagem da série “Os treze porquês”, 
por não receber apoio da família e da comunidade escolar, acabou tirando a própria 
vida. Fora da ficção, não obstante da realidade, os estigmas associados às doenças 
mentais, ainda são um grave problema no meio social. Nessa esteira, urge que medi-
das sejam tomadas para suavizar tal problemática, que é motivada pela omissão por 
parte do governo e pela lentalidade [sic] mental da população.
Sob esse viés, nota-se, de início, que a negligência governamental é um dos estor-
vos dessa vicissitude. Nesse sentido, por não investirem na criação e implementação 
de projetos que auxiliem a sociedade a enfrentar, combater e apaziguar os problemas 
que envolvam o desenvolvimento psicológico, o país omite esse impasse do meio so-
cial, ocasionando um elevado número de cidadãos com algum transtorno mental. A 
esse respeito, o filósofo Zygmunt Bauman criou o conceito de “Instituição Zumbi”, no 
qual ele afirma que instituições, como o Estado, existem, mas não exercem sua função 
social. Assim, enquanto não houver intervenções tal fato persistirá.
Em uma segunda análise, a lentidão na mentalidade populacional é outro estorvo 
para a resolução desse impasse. Nesse prisma, muitos indivíduos têm seus pensa-
mentos críticos manipulados, uma vez que são influênciados [sic] por falsas notícias 
que distorcem a realidade e acabamjulgando como “besteira” quem sofre com os 
problemas mentais, deixando evidente a despreocupação com a saúde do próximo. 
Prova disso, é o conceito de “menoridade” postulado pelo filósofo iluminista Imma-
nuel Kant, em que o autor afirma que, por conta da preguiça e covardia, os indivíduos 
sofrem a manipulação de seus pensamentos. Nesse sentido, necessita-se de medidas 
que conscientizem o corpo social.
Infere-se, portanto, que altitudes [sic] sejam tomadas para a melhora dessa proble-
mática. Desse modo, o Ministério da Saúde - orgão responsável pela saúde do povo 
brasileiro - deve investir, por meio de verbas governamentais, na construção de naus 
Centros de Apoio Psiquico Social (CAPS) nos municípios carentes dessa atenção bá-
sica à saúde, com fito de ajudar as pessoas que sofrem transtornos psiquicos. Con-
comitantemente, o orgão pode ainda, em parceria com emissora de televisão aberta, 
produzir campanhas que conscientizem a população e quebre a barreira existente no 
âmbito social. Quiçá, assim, a sociedade alcance o estágio de “Maioridade” kantiana.
70. PAULO HENRIQUE DANTAS DE AGUIAR
70. PAULO HENRIQUE DANTAS DE AGUIAR
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
71. PEDRO HENRIQUE GARCIA DE ALMEIDA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
PEDRO HENRIQUE GARCIA DE ALMEIDA
20 anos | Campo Grande (MS)
- 20 pontos na C1
A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada em 1948 pela ONU - 
garante a todos os indivíduos a dignidade humana e o bem-estar social. No entanto, 
as prerrogativas, consagradas na carta das Nações Unidas, encontram barreiras na 
sociedade brasileira, haja vista que a saúde mental é tratada como estigma, causando 
grave problema. Com efeito, para amenizar essa questão, há de se combater a cultura 
do preconceito e a omissão do Estado.
Diante desse cenário, as doenças mentais são alvos de preconceito, principalmente, 
nas redes sociais. Acerca disso, no livro “Mal-Estar das Civilizações”, Sigmund Freud 
enuncia que as pessoas buscam uma cultura do sucesso. Ora, ocorre que parte das 
pessoas, no Brasil, não se enquadra nos padrões rígidos da internet, ocasionando, 
dessa maneira, um cruel isolamento, o qual pode desencadear não só preconceitos, 
como também doenças - depressão, ansiedade, por exemplo. Logo, enquanto o ce-
nário de Freud se mantiver, a sociedade conviverá com um grave problema com um 
grave problema: a doença mental.
Além disso, a ineficiência do poder público inviabiliza o tratamento de pessoas com 
a saúde mental fragilizada. Nessa perspectiva, o filósofo John Locke retrata que as 
pessoas cedem a sua confiança ao Estado que, em consequência, deve garantir di-
reito a elas. Porém, evidencia-se que o pensamento de Locke não se concretiza na 
sociedade brasileira, uma vez que a falta de estrutura hospitalar não é suficiente para 
atender toda a população que, segundo dados da OMS, totaliza 5% dos brasileiros. 
Dessa forma, é incoerente que exista falha no Contrato Social em um país que destina 
a saúde como direito básico na Constituição Federal.
Portanto, medidas são necessárias para resolver esse problema. Para tanto, o poder 
Executivo - na função do Ministério da Saúde - deve aumentar os recursos destinados 
aos hospitais, que são especializados em doenças mentais. Isso pode ser feito por 
meio de orçamento público, com o fito dos transtornos mentais deixarem de ser um 
estigma. Por fim, será possível que as pessoas não sofram com a Cultura do Sucesso 
- denunciada pelo pai da psicanálise.
71. PEDRO HENRIQUE GARCIA DE ALMEIDA
71. PEDRO HENRIQUE GARCIA DE ALMEIDA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
72. PEDRO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
PEDRO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR
18 anos | Picos (PI)
- 20 pontos na C1
No contexto da Crise de 1929, ocorrida nos EUA, com a Quebra da Bolsa de Valo-
res, houve um aumento exorbitante do número de trabalhadores desempregados e 
ascendência do quantitativo de suicídios deles. Nesse sentido, com base em tal fato 
histórico, na atual conjuntura brasileira, são encontradas questões no que tangem às 
doenças mentais associadas ao estigma nessa sociedade, como a influência das redes 
sociais na vida pessoal e a representação artística da realidade em que a sociedade 
vive.
Em primeira instância, vale ressaltar o papel influenciador que os aplicativos, como 
o Instagram, exercem no cotidiano das pessoas. Nesse ínterim, a música “Desconstru-
ção”, do artista brasileiro Tiago Iorc, aponta, em sua letra, o dia a dia de uma adoles-
cente que apresenta uma dependência psicológica em relação ao seu smartphone e 
possui transtornos psiquiátricos, como depressão, consequentes desse vício virtual. 
Nesse âmbito, é irrefutável que, em pleno século XXI em que o corpo social vive, haja 
a devida importância acerca dessa problemática, para que, assim, a sociedade possa 
progredir no quesito da estabilidade da saúde mental e promova a atenuação da do-
ença depressiva, também associada ao termo “mal-do-século”. 
Outrossim, é importante destacar a representação da realidade pelas concepções 
artísticas no que concernem aos distúrbios mentais relacionados ao estigma no meio 
social brasileiro. Nessa perspectiva, na obra “O grito”, pertencente à vanguarda do 
Expressionismo e de autoria do pintor Edvard Munch, é retratada a imagem de uma 
pessoa que aparenta realizar um grito. Logo, de maneira análoga à pintura, é inques-
tionável que, na hodiernidade do Brasil, o Poder Público incentive a acentuação de 
programas de atendimento psiquiátrico, como o CVV, a fim de que haja uma mitiga-
ção de indivíduos com uma realidade semelhante ao quadro expressionista.
Portanto, urge a necessidade de medidas para a minimização do estigma associado 
às doenças mentais na sociedade brasileira. Desse modo, é imperativo que o Ministé-
rio da Saúde (MS), cujo ministro é Eduardo Pazuello, realize a edificação de centros 
de atendimento psiquiátricos nas escolas municipais e privadas com maior incidência 
de alunos com transtornos mentais, como depressão e ansiedade, por meio de verbas 
governamentais, com o intuito da manutenção da saúde mental brasileira. Feito isso, 
o Brasil não vivenciará uma realidade similar a dos EUA na Crise de 1929.
72. PEDRO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR
72. PEDRO RAMOS DE CARVALHO JÚNIOR
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
73. RAFAEL PEIXOTO PONTES MARTINS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
RAFAEL PEIXOTO PONTES MARTINS 
18 anos | Picos (PI)
- 20 pontos na C1
O filme estadunidense “Coringa” retrata a situação de um palhaço que sofre com 
problemas psicológicos e é julgado constantemente por quem está ao seu redor. As-
sim como na obra cinematográfica, na sociedade brasileira estigmas associados às 
doenças mentais estão fortemente presentes, ferindo, assim, o direito ao bem-estar 
social, estabelecido em 1988 pela Constituição Federal. Sob esse viés a falta de in-
formação sobre o tema e a banalização do mesmo agravam o cenário da conjuntura.
A princípio, vale destacar a dificuldade da população em buscar por ajuda quando 
necessário. De acordo com o filósofo francês Émile Durkheim, o Estado tem um papel 
ímpar na resolução da maioria dos problemas enfrentados pela humanidade. Nesse 
sentido, percebe-se uma escassez de políticas que tratem sobre transtornos mentais 
no Brasil. Consequentemente, os indivíduos que precisam de mais conhecimento 
sobre o assunto têm seus casos agravados pela desinformação, o que pode gerar 
atitudes aind mais graves, como o suicídio e a automutilaão , por exemplo. Portanto, 
é evidente que a falta de ações por parte do estado deve ser suprida.
Ademais, é fulcral postular que a cotidianização de doenças mentais corroboracom 
a persistência do problema. Isso posto, a “Atitude Blasé” - termo proposto pelo soci-
ólogo alemão Georg Simmel - ocorre quando situações que necessitam de extrema 
atenção passam a ser ignoradas pelo corpo social. Analogamente, o comportamento 
da população brasileira encaixa-se no que foi proposto por Simmel, ao passo que, 
muitas vezes, condições mentais são ignoradas ou tratadas erroneamente como “fa-
ses da vida”, mesmo sendo uma triste realidade de cerca de 5% dos indivíduos no 
Brasil, conforme a OMS. \logo, é inadmissível que esse panorama perdure no país.
Infere-se à vista disso, a necessidade de combater esses estigmas no Brasil. Para 
tanto, é imprescindível que o Ministério da Saúde (MS) - órgão governamental res-
ponsável pelo bem-estar físico e emocional da população - combata a desinforma-
ção acerca das doenças mentais, por meio da criação de canais de comunicação 
digitais para atender pessoas que precisem de ajuda sobre o tema, a fim de diminuir 
os casos graves das doenças. Paralelamente, o Ministério da Cidadania deve ampliar a 
discussão sobre esses transtornos, através de campanhas em redes sociais famosas, 
com o intuito de acabar com a normalização dessa situação. Dessa forma, a socieda-
de brasileira se distanciará da realidade retratada no filme “Coringa”.
73. RAFAEL PEIXOTO PONTES MARTINS
73. RAFAEL PEIXOTO PONTES MARTINS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
74. RAPHAEL FONSECA GOMES DA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
RAPHAEL FONSECA GOMES DA 
(18 anos) - Ribeirão das Neves - MG
- 20 pontos na C1
Na série televisiva “13 Reasons Why” é mostrada a história de uma garta chamada 
Hannah Baker, que enfrenta inúmeros transtornos mentais durante seus estudos no 
ensino médio e, após passar por várias situações traumáticas e ser estigmatizada em 
seu ambiente escolar, acaba por cometer suicídio. Fora das telas, o estigma associa-
do às doenças mentais é também um grave problema na sociedade brasileira, tendo 
como uma das principais causas: a pressão imposta pelas redes sociais para se exibir 
uma vida perfeita e a falta de informações prestadas à população sobre o assunto por 
parte do Estado.
Antes de tudo, é necessário examinar o papel das redes sociais na formação desse 
estigma. No documentário “O Dilema das Redes” é mostrado o modo como os aplica-
tivos de interação social criam um ciclo vicioso na mente de seus usuários, utilizando 
algoritmos que filtram os conteúdos esteticamente agradáveis e estimulando os indi-
víduos a postarem sempre a melhor versão de suas vidas, em uma ilusão de perfeição 
que não existe no mundo real. Dessa forma, ao entrarem em contato cada vez mais 
com esse fluxo de conteúdo, as pessoas se sentem pressionadas a fazer o mesmo, 
adotando lentamente uma visão preconceituosa sobre aqueles que não se encaixam 
nesse padrão, estigmatizando indivíduos que sofrem de transtornos mentais e os em-
purrando para a margem de uma sociedade idealizada. 
Ademais, é importante examinar a fraca atuação governamental em informar à po-
pulação acerca das doenças mentais no país. Segundo dados da Organização Mun-
dial da Saúde, cerca de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com o quadro de depressão, 
sendo a nação com mais casos da doença em todo o continente latino americano. 
Isso se configura uma grave crise de saúde pública, demonstrando a ação insuficiente 
das esferas federais em fornecer auxílio e tratamento para os transtornos psíquicos 
que afligem a sociedade, entrando em confronto com a própria Constituição Federal 
de 1988, que no artigo 5º declara o direito de todo cidadão brasileiro ter acesso a uma 
saúde de qualidade.
Portanto, é mister que o Estado tome medidas para amenizar esse quadro. O Minis-
tério da Saúde, em parceria com o Ministério das Comunicações, deve criar - por meio 
de verbas orçamentárias advindas de impostos - centros de saúde especializados na 
prestação de informações e tratamento de doenças mentais, com a atuação de profis-
sionais especializados acolhendo os indivíduos que enfrentam transtornos psíquicos. 
Além disso, esses centros farão campanhas nas cidades em que se localizarem, com 
a distribuição de panfletos e afixação de cartazes, buscando informar à população a 
respeito dos riscos do uso de redes sociais e das suas influências maléficas na saúde 
mental dos seus usuários. Assim, essas medidas terão como efeito a formação de uma 
sociedade mais informada e saudável, com o fim do estigma das doenças mentais e, 
consequentemente, menores riscos de que histórias como a de Hannah Baker possam 
vir a acontecer.
74. RAPHAEL FONSECA GOMES DA
74. RAPHAEL FONSECA GOMES DA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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75. RAQUEL FERREIRA DANTAS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
RAQUEL FERREIRA DANTAS 
(18 anos) - Catolé do Rocha - PB
- 20 pontos na C1
No Filme “Coringa”, o personagem principal é colocado a margem da sociedade 
por possuir um transtorno mental. Na produção cinematográfica é possível verificar a 
negligência do estado, bem como a ridicularização feita pelos cidadãos de Gotham. 
Analogamente, no Brasil atual, o preconceito associado às doenças mentais assola 
o território, implicando em índices lamentáveis. Sendo assim, é imperioso ressaltar 
o advento das redes sociais e a falta de informação como os principais motivadores 
desse impasse.
Sob esse viés, cabe salientar, inicialmente, a disseminação de uma vida perfeita no 
mundo digital como impulsionadora da permanência desse estigma. Dessa forma, os 
usuários, ao entrarem em seus perfis, são bombardeados com vídeos e fotos que, pra-
ticamente, representam uma utopia, ou seja, não há nessas publicações uma corres-
pondência com o cotidiano, o que agrava ainda mais sentimentos como a ansiedade 
e a frustração. Assim, conforme o escritor Boaventura Santos, devemos lutar pelas 
diferenças sempre que a igualdade descaracterize, o que demonstra que para aban-
donarmos as concepções equivocadas sobre os transtornos mentais devemos parar 
de propagar uma vida padrão e ilusória. 
Além disso, a ausência de conhecimento acentua a perpetuação de preconceitos. 
Nesse sentido, as pessoas que sofrem com problemas mentais não encontram apoio 
e ajuda nas famílias e amigos, o que segrega ainda mais essas vítimas. Seguindo essa 
análise, o sociólogo Emile Durkheim afirma que os motivos que levam o indivíduo 
a depressão estão além do seu domínio, envolvendo as pressões de todo o tecido 
social. Destarte, essa precariedade informacional embasa opiniões retrógradas que 
fazem vítimas serem vistas como culpadas.
Evidencia-se, portanto, que a carência de conhecimento e a propagação de ima-
gens ilusórias reforçam o preconceito sobre as doenças mentais. Por conseguinte, 
cabe ao Governo Federal promover o esclarecimento sobre a gravidade desses casos, 
por meio da exposição de dados estatísticos na TV aberta, com relatos de vítimas 
mostrando sua experiência, a fim de mostrar os efeitos que essas mazelas têm gerado 
para toda a nação. Feito isso, a realidade brasileira não será como a vista em Gotham. 
75. RAQUEL FERREIRA DANTAS
75. RAQUEL FERREIRA DANTAS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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76. RAYNARA KAWANE BARROS FERREIRA GONDIN
O MIL QUEBRADO
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RAYNARA KAWANE BARROS FERREIRA GONDIN
18 anos | Maceió (AL)
- 20 pontos na C1
A Constituição Federal, documento jurídico mais importante do Brasil, assegura que 
todo cidadão tem o direito à saúde, qualidade de vida e ao respeito. Entretanto, o pre-
conceito e os estigmas populares em relação às doenças mentais impede que esses 
direitos sejam exercidos. O impasse persiste não só pela despreparação do modelo 
educacional brasileiro, como também pela cultura do individualismo. 
A princípio,é importante ressaltar que a falta de adaptação escolar ao cenário pós-
-moderno é uma das principais causas do preconceito às pessoas que possuem al-
gum tipo de doença mental. Esse fato pode ser visualizado no seriado americano 
“Threteen reasons why”, onde a personagem Hannah, ao longo da ficção, apresenta 
sinais de sintomas depressivos que, se fossem observados pela escola e amigos, estes 
poderiam ter evitado o seu posterior suicídio. De maneira análoga, as instituições de 
ensino - responsáveis por atribuir às pessoas os devidos ensinamentos e valores para 
viver bem em sociedade -, não tem cumprido o seu papel de maneira eficiente, visto 
que, as diciplinas [sic] ensinadas são sistemáticas e pouco trabalham as questões 
socioemocionais. 
Outrossim, o desrespeito à diagnósticados [sic] com doenças psicológicas está en-
raizado na falta de empatia social, pois ao longo da história, o homem teve seu cará-
ter moldado por costumes e crenças egocêntricas, como no período Colonial, onde 
os interesses individuais estavam sempre acima dos outros. O individualismo afeta 
diretamente às pessoas depressivas e ansiosas, pois carecem de amor próprio e bus-
cam a aprovação de indivíduos externos. Dessa forma, urge um novo posicionamento 
social para reverter essa problemática.
Destarte, é imprescindível que o governo, no papel do Ministério da Educação, de-
senvolva materiais pedagógicos que trabalhem a empatia e respeito entre alunos e 
professores, para serem aplicados por meio de reuniões sociais - como aulas remotas 
e presenciais, grupos virtuais e eventos com profissionais da área da saúde -, a fim de 
diminuir o agravamento de doenças mentais e combater o comportamento individu-
alista, para que mais casos como o da “Hannah” sejam evitados.
76. RAYNARA KAWANE BARROS FERREIRA GONDIN
76. RAYNARA KAWANE BARROS FERREIRA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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77. REBECA MOREIRA DOS SANTOS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
REBECA MOREIRA DOS SANTOS 
(17 anos) - Rio de Janeiro - RJ
- 20 pontos na C1
A animação infantil “Divertidamente”, aclamada pela crítica e pelo público, demons-
tra a importância do equilíbrio das emoções humanas para a saúde mental do indiví-
duo. Entretanto, tal aspecto do bem-estar humano não tem sido levado em conta pela 
sociedade brasileira. Assim, a negligência estatal e a falta de empatia acerca desse 
assunto configuram-se como as principais causas do estigma associado às doenças 
mentais.
Em primeira estância, vale destacar que a Constituição de 1988 garante a todos 
os brasileiros o direito à saúde. Contudo, nota-se o descumprimento desse princípio 
constitucional na ausência de políticas públicas do Sistema Único de Saúde voltadas 
para o âmbito das doenças mentais. Logo, depreende-se que o governo deve adotar 
medidas que removam a mancha do preconceito dos problemas emocionais.
Ademais, a carência de mentalidade empática e sentimento altruísta na sociedade 
contribui expressivamente para o agravamento de tabus sobre doenças como de-
pressão e ansiedade. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, essa escassez ocorre por-
que as relações humanas atuais são “líquidas”, isto é, permeadas por indiferença e 
pró-conceitos. Nesse sentido, observa-se ser fundamental a promoção de práticas 
que estimulem o respeito à alteridade.
Diante dos argumentos supracitados, torna-se notório a necessidade de que o Mi-
nistério da Saúde, agente do Estado, por meio de parceria com a mídia, veicule nos 
canais de comunicação de amplo alcance, como a redes sociais, propagandas e con-
teúdos educativos sobre saúde mental a fim de instruir a população, eliminando os 
preconceitos. Dessa maneira, o estigma associado às doenças mentais será extirpado 
da sociedade brasileira.
77. REBECA MOREIRA DOS SANTOS
77. REBECA MOREIRA DOS SANTOS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
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78. REBECA OLIVEIRA REIS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
REBECA OLIVEIRA REIS
19 anos | Seabra (BA)
- 20 pontos na C1
“As vantagens de ser invisível” é um filme no qual Charlie, um garoto introvertido, 
luta com sentimentos depressivos ao adentrar em um novo colégio. Concomitante-
mente à realidade, tal cena se repete devido ao estigma associado às doenças men-
tais na sociedade brasileira, que causa não só a depressão, mas também outras enfer-
midades psicológicas, as quais não são mitigadas por causa de vários fatores, como 
o padrão que a sociedade impõe sobre o indivíduo - muito presente nas redes sociais 
- e a banalidade com que são tratados os sintomas das vítimas dessas doenças.
Em primeira análise, faz-se necessário discorrer sobre a formação dos modelos 
“perfeitos” impostos pela sociedade, uma vez que na Grécia Antiga havia a grande 
valorização e a padronização do corpo (muito presente nas olimpíadas dos gregos). 
Dessa forma, a sociedade foi sendo desenvolvida e firmada nessa forma estrutural, na 
qual a saúde mental é pouco visibilizada e é estigmatizada pelo corpo social, sendo 
ainda mais intensa nas redes sociais. Assim, em meio aos acessos virtuais, quando o 
indivíduo não está representado nos modelos, desenvolve variedade de sentimentos 
profundos, como tristeza, o que leva a vários problemas mentais.
Além disso, tratar os sintomas de enfermidades psicológicas como banais é outro 
contribuinte para que o estigma associado às doenças intelectuais na sociedade bra-
sileira não seja mitigado, pois a vítima desses transtornos fica cada vez mais coagida 
e não procura ajuda. Desse modo, esse silêncio pode não só levar ao desenvolvimento 
da depressão, como também ao retardamento do diagnóstico da doença e, conse-
quentemente, do tratamento. Outrossim, essa problemática pode fazer com que o 
vitimado causa a própria morte, visando o fim do sofrimento, como afirma Augusto 
Cury que quando uma pessoa pensa em suicídio ela quer matar a dor, mas nunca a 
vida.
Portanto, intervenções são necessárias para reverter o quadro atual. À vista disso, 
por meio de parcerias com as mídias, como redes sociais e emissoras de televisão, o 
Ministério da Saúde deve criar hashtag com o nome “saúde mental importa” e, jun-
tamente a isso, exibir posts, os quais deverão conter os principais sintomas das do-
enças mentais e seus riscos para a saúde humana, desconstruindo a estigmatização 
e a ideia de que eles são banais, a fim de que essas enfermidades sejam tratadas de 
forma célere. Com tais implementações, espera-se a minimização do estigma e das 
doenças mentais na sociedade brasileira, diminuindo o número de pessoas que pre-
cisam lutar com sentimentos depressivos, assim como Charlie do filme “as vantagens 
de ser invisível”.
78. REBECA OLIVEIRA REIS
78. REBECA OLIVEIRA REIS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
79. RHAINARA TEIXEIRA DOS SANTOS
O MIL QUEBRADO
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RHAINARA TEIXEIRA DOS SANTOS
18 anos | Mata de São João (BA)
- 20 pontos na C1
A série “Os treze porquês”, da Netflix, relata a história de Hannah Baker, que come-
teu suicídio ao se sentir abandonada e julgada por ter um problema de saúde mental: 
a depressão. Fora da ficção, a sociedade brasileira atribui estigmas associados às 
doenças psicológicas, evidenciando um preconceito relacionado ao cuidado com a 
saúde psíquica da população. Com isso, ao buscar o fim das discriminações sofridas 
por indivíduos mentalmente instáveis, é necessário sanar com a má influência midiá-
tica e com a falta de empatia.
Sob esse viés, deve-se salientar, primeiramente, que os meios de comunicação - re-
des sociais, como Instagram e Twitter - impactam negativamente na saúde mental 
dos brasileiros, através da disseminação do discurso de ódio, por exemplo. Nesse 
sentido, Pierre de Bourdieu afirmou que aquilo quefoi feito para ser instrumento de 
democracia, não deve se tornar meio de opressão. No entanto, o julgamento tóxico 
propagado a pessoas com doenças mentais - como depressão, ansiedade e Síndro-
me de Bornout - corrobora a consolidação de estigmas sobre problemas psíquicos, 
uma vez que, de forma incorreta e inaceitável, indivíduos que necessitam de atenção 
são oprimidos na internet, ao serem chamados de loucos, dramáticos e incoerentes. 
Dessa forma, não é razoável que a mídia, em seu papel social democrático, continue 
negligenciando estes maus atos contra o bem-estar mental da sociedade brasileira.
Ademais, o individualismo, pautado na falta de empatia, é um dos principais fatores 
para a existência de estigmas errôneos sobre doenças mentais. Nesse âmbito, o soci-
ólogo Zygmunt Bauman cunhou o conceito de “sociedade líquida”, que explica a es-
cassez de atitudes coletivas e duradouras da população, em relação aos outros seres 
humanos. Sob essa ótica, a desatenção dada pelo indivíduo líquido, de acordo com 
Bauman, ao cidadão psiquicamente instável não é justa e aceitável, já que o Brasil, 
embora seja considerado um país receptivo, exclui as pessoas que sofrem com dores 
emocionais e inviabiliza os tratamentos corretos para tais doenças. Dessa maneira, 
enquanto a sociedade for conivente com tal exclusão, a nação conviverá com uma 
das consequências dos problemas mentais: o suicídio.
Portanto, é impressindível acabar com a má influência midiática e com a falta de 
empatia, para que não haja estigmas sobre doenças mentais no Brasil. Logo, o Minis-
tério da Saúde - responsável por assegurar uma saúde pública digna - deve oferecer 
sessões de terapia gratuitas, por meio da divulgação na mídia sobre a importância 
desse tratamento, a fim de erradicar o individualismo perante os doentes mentais. 
Assim, a sociedade brasileira não cultivará casos lamentáveis de suicídio, como o da 
personagem Hannah Baker.
79. RHAINARA TEIXEIRA DOS SANTOS
79. RHAINARA TEIXEIRA DOS SANTOS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
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O MIL QUEBRADO
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80. RHANNA RAYSSA DE ARAÚJO ARRUDA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
RHANNA RAYSSA DE ARAÚJO ARRUDA 
(17 anos) - Recife - PE
- 20 pontos na C1
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como a ausência de enfer-
midades físicas, sociais e mentais. Entretanto, hodiernamente, essa definição global 
encontra-se violada no território nacional, haja vista que o estigma associado às do-
enças mentais na sociedade brasileira é uma situação atual e grave para o desenvol-
vimento do país. Esse cenário possui diversas causas, principalmente em virtude da 
negligência estatal e como consequência tem-se aumento do número de pessoas 
com depressão. 
Diante desse cenário, fica claro que a carência governamental colabora para o pa-
norama. Nesse sentido, conforme a Constituição Federal, de 1988, a saúde é um di-
reito de todos e dever do Estado. No entanto, contemporaniamente [sic], esse direito 
constitucional, na prática, não é garantido para a maioria dos brasileiros, uma vez que 
a saúde mental é estigmatizada, na sociedade atual [sic] e que não é tratada com 
a mesma igualdade que a saúde física - por exemplo, em postos de saúde que não 
ofertam tratamento para doenças mentais, em virtude de não apresentarem o mesmo 
grau de gravidade para o Estado. Desse modo, é urgente que medidas sejam imple-
mentadas para a solução da situação hodierna.
Por conseguinte, o cenário contemporâneo trouxe consequências negativas para 
os dias atuais. Nessa perspectiva, é relevante abordar a série americana “13 Reasons 
Why”, em que [sic] expõe a personagem Hanna Baker, a qual possui depressão, po-
rém os amigos e os familiares só percebem quando ela comete suicídio. Analogamen-
te, o seriado se assemelha ao contexto brasileiro atual, visto que é cada vez mais co-
mum casos de depressão despercebidos - por exemplo, o país possui pouco mais de 
10 milhões de depressivos que, muitas vezes, são anônimos perante amigos e família. 
Dessa forma, é inadmissível que esse ambiente de negligência continue no território 
brasileiro. 
Portanto, são necessárias medidas para minimizar o estigma associado às doenças 
mentais na sociedade brasileira. Para tanto, o Ministério da Saúde, através de pales-
tras em escolas, promova [sic] campanhas de tratamento psicológico nas instituições 
de ensino, por meio de terapias acompanhadas de psicólogos e psiquiatras. Tal ação 
também deve contar com reuniões de pais e alunos - com ajuda especializada da 
área - para discussão sobre o debate da saúde mental, a fim de ressaltar e fomentar 
a importância de uma saúde mental estável. Assim, a definição de saúde segundo a 
OMS [sic] será plenamente estabelecida no Brasil.
80. RHANNA RAYSSA DE ARAÚJO ARRUDA
80. RHANNA RAYSSA DE ARAÚJO ARRUDA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
81. RICÁSSIO PRADO DIAS DOS SANTOS
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
RICÁSSIO PRADO DIAS DOS SANTOS 
(16 anos) - Vitória da Conquista - BA
- 20 pontos na C1
De acordo a Organização Mundial da Saúde, é considerado um indivíduo saudável, 
aquele que está bem fisicamente, psicologicamente e socialmente. Entretanto, esta 
definição não se aplica a realidade brasileira, já que há um alto índice de pessoas que 
possuem doenças mentais e vivem com vários estigmas na sociedade. Este problema 
é persistente, pois estes indivíduos vivem grandes riscos de serem excluídos social-
mente desde a infância. Ademais, as chances de conseguirem ingressar e permanecer 
no mercado de trabalho são reduzidas.
Sob este viés, é nítido que as pessoas com algum tipo de déficit psicológico são ex-
cluídas socialmente. Segundo Paulo Freire, filósofo brasileiro, “se a educação sozinha 
não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Com isso, obser-
va-se o quão indispensável é a educação para a melhoria da população. Porém nem 
todos têm acesso a uma educação de qualidade, entre eles se encontram pessoas 
com doenças mentais. Elas acabam sofrendo preconceitos no ambiente escolar, além 
dos professores não serem hábeis para auxiliá-los. Por conseguinte, se os pais não 
tiverem condições financeiras para escolas privadas, pessoas com doenças mentais 
são segregadas e obrigadas a viver com rótulos e marcas pela falta de estudo.
Outrossim, constata-se que há consequências marcantes para os portadores de 
transtornos mentais. No sistema capitalista é valorizado o trabalho e o lucro. E, para 
Max Weber, a ética protestanto reforça e incentiva as pessoas a buscá-lo. Nesse sen-
tido, as pessoas querem obtê-lo cada vez mais. Mas, o acesso ao trabalho não é igua-
litário e, em contrapartida, quando pensamos em pessoas com doenças psicológicas, 
este acesso é muito mais difícil, aumentando assim, os índices de desemprego e, em 
consequência, o isolamento dessas pessoas.
Portanto, urge a necessidade de tomar medida para solucionar o problema. Em 
suma, cabe ao Estado - aliado a redes sociais, como o Instagram - criar políticas públi-
cas de inclusão para os portadores de doenças mentais, desde a infância nas escolas, 
até o do trabalho. Por meio de feiras do conhecimento e campanhas publicitárias, a 
fim de que, a segregação e os estigmas causados por ela sejam reduzidos e a socie-
dade se torne mais igualitária. Com isso, a definição de saúde da OMS será melhor 
aplicada no Brasil. 
81. RICÁSSIO PRADO DIAS DOS SANTOS
81. RICÁSSIO PRADO DIAS DOS SANTOS
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
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@PROFHENRIQUEARAUJO
O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
82. SAMUEL ASAFE DA SILVA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
SAMUEL ASAFE DA SILVA 
(18 anos) - Caruarú - PE
- 20 pontos na C1
A série norte-americana de TV “Grey ‘s Anatomy” tratou, em uma de suas temporadas, das 
dificuldades enfrentadas porBailey, uma médica recém-formada, na aceitação do diagnóstico 
de Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC-. No drama, a jovem médica recusa tratamento 
psicológico por medo do julgamento externo e da pressão social. Apesar do hiato entre a re-
alidade e a ficção, os estigmas sociais associados às doenças mentais transpõem à sociedade 
diversas “Baileys” e conferem à obra um caráter verossímil. Assim, tanto a padronização dos 
indivíduos, como a negligência das instituições sociais frente à temática contribuem com essa 
realidade.
Em primeiro lugar, convém analisar a influência da estereotipação do conceito de normali-
dade na segregação social da população que possui transtornos mentais - como depressão 
e ansiedade-. Nesse contexto, observa-se que, após a publicação das teorias psicanalistas 
de Freud acerca do subconsciente humano, ainda no século XIX, houve uma tentativa de 
classificação da população a partir de conceitos fixos de normalidade mental. Tal fato gerou 
um estereótipo que padroniza os doentes mentais e desqualifica-os, de maneira que, muitas 
vezes, estes sentem dificuldades na aceitação de suas psicopatologias, haja vista o receio do 
julgamento de terceiros. Desse modo, a parcela da população acometida por psicopatologias 
é discriminada e excluída do pleno convívio social e o tratamento daquela é comprometido 
por estigmas e por padrões outrora criados.
Ademais, a apatia das instituições sociais - como as grandes mídias - para com os trans-
tornos mentais tende a tornar esse tema banalizado e a perpetuar os preconceitos hoje exis-
tentes. Em relação a isso, vê-se que, embora tenha havido avanços - como o reconhecimento 
do dia nacional do combate ao preconceito contra doenças mentais -, estas ainda são pouco 
explanadas à sociedade. Isso é ratificado pela escassa representação de pessoas com bipo-
laridade e com esquizofrenia, por exemplo, nas produções televisivas e cinematográfica, de 
modo que, em suas poucas aparições, essa parcela da população é, muitas vezes, retratada de 
maneira inferiorizada e inútil à sociedade. Dessa forma, a mídia, ao ratificar preconceitos, difi-
culta a autoaceitação de diversos doentes mentais e, consequentemente, mantém realidades 
como a de Bailey presentes na sociedade brasileira.
Portanto, para removerem-se os estigmas relacionados às doenças mentais do contexto 
nacional, faz-se imprescindível uma intervenção estatal. Destarte, concerne aos Ministérios da 
Saúde e da Cidadania - como instâncias máximas na elaboração de programas que promovam 
mudanças na mentalidade social - o dever de criar o projeto “Valorização Mental”. O intuito 
dessa ação é, por meio de parcerias público-privadas entre as esferas municipais e estaduais 
do governo e as grandes mídias - como a TV e as redes sociais -, vincular propagandas que 
explanem à população a importância das individualidades e os sintomas iniciais dos principais 
transtornos mentais, a fim de que estes sejam amplamente conhecidos pela sociedade. Espe-
ra-se, com isso, reduzir os estigmas sociais ligados às psicopatologias e tornar a história de 
Bailey restrita à ficção.
82. SAMUEL ASAFE DA SILVA
82. SAMUEL ASAFE DA SILVA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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83. SARA SBARDELOTTO GERMANN
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
SARA SBARDELOTTO GERMANN 
(18 anos) Santa Rosa do Sul - SC
- 20 pontos na C1
O surgimento dos primeiros hospitais especializados no tratamento de doenças psi-
quiátricas foi no Brasil Império, com o objetivo principal de manter esses indivíduos 
reclusos da sociedade. Entretanto, esse pensamento retrógrado permanece no tecido 
social brasileiro, visto que há estigmas relacionados às doenças mentais. Logo, faz-se 
necessário analisar as causas dessa problemática, principalmente no que tange à falta 
de informação e a vida idealizada retratada nos meios digitais. 
Diante desse cenário, o pouco entendimento sobre os problemas psíquicos é uma 
barreira para o combate da situação abordada. Isso é discutido pelo educador Paulo 
Freire, o qual afirma que a educação no país ainda se mantém em bases coloniais que 
impedem o ensino sobre temas que condizem com a realidade atual, como a saúde 
mental. Nessa lógica, a troca de informação e canais ajuda entre aluno e professor 
contribui para a não permanência desses estigmas desumanos, haja vista que é na 
sala de aula que preconceitos são destruídos. Portanto, é paradoxal a visibilidade nas 
pautas educacionais. 
Outrossim, as redes sociais contribuem para a imagem de uma vida fantasiosa e fo-
menta os estigmas da saúde mental. Com base nisso, o sociólogo Guy Debord criou o 
termo “sociedade do espetáculo” para caracterizar a modernidade na qual a imagem 
do ser humano feliz passa a ser obrigatória para a aceitação social. Nessa perspectiva, 
os usuários desses meios digitais impedem que as doenças psicológicas sejam discu-
tidas e os julgamentos passam a ser enraizados no Brasil. Assim a era tecnológica e 
os canais de comunicação são propulsores dessas doenças, pois mostram uma vida e 
um bem estar mental inatingíveis.
Nesse panorama, faz-se imperativo que o Ministério da Educação contrate psicó-
logos para realizar clubes de conversação nas escolas e mídias sociais, com o slogan 
“saúde mental: o primeiro passo é a ajuda”, objetivando um maior debate e busca por 
ajuda, além da conscientização de que a vida retratada nas mídias é fictícia. Além dis-
so, as bases curriculares da educação brasileira deverão ser reformuladas, buscando 
a desconstrução de todo o preconceito proveniente do Brasil Imperial. Feito isso, uma 
sociedade mais justa e saudável mentalmente será realidade no país.
83. SARA SBARDELOTTO GERMANN
83. SARA SBARDELOTTO GERMANN
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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84. VICTOR MANOEL PINTO PEREIRA
O MIL QUEBRADO
@PROFHENRIQUEARAUJO
VICTOR MANOEL PINTO PEREIRA 
(20 anos) - Ipixuna do Pará - PA
- 20 pontos na C4
O filósofo espanhol Adolfo Vázquez afirma que a frequência de um determinado 
evento ocasionaria, erroneamente, sua naturalização. Sob essa ótica, um fenômeno 
patológico, como às doenças mentais na sociedade brasileira - atrelados aos estig-
mas sociais - passou a ser tratado com normalidade, o que se configura um grave 
desafio. Acerca disso, evidencia-se que esse obstáculo encontra-se constante devido 
à escassez informacional, bem como ao individualismo. 
É pertinente destacar, nesse contexto, de que forma a carência de informações co-
labora para que tal mazela se mantenha instalada no país. No caso em tela, o filósofo 
brasileiro Paulo Freire articula que o ensino é o principal mecanismo de informação 
civil, o qual contribui para a formação de pessoas éticas e sadias emocionalmente. To-
davia, quando observa-se a educação brasileira vigente, há a inexistência, no âmbito 
educacional, de discussão a respeito da saúde mental do discente, já que as escolas 
ainda encontram-se presas nos moldes da alfabetização tecnicista, em que não existe 
interação entre professor e aluno, apenas o repasse de conhecimento. Assim, agra-
vando os estigmas, intrisecamente associados a doenças mentais, do indivíduo.
Ademais, cabe ressaltar a função do individualismo na manutenção dessa infeliz 
realidade. Nesse viés, o filósofo inglês John Locke conceitua que o ser humano nasce 
como uma folha em branco, ou seja, a experiência a adquirida no âmbito do qual o 
indivíduo está inserido é responsável pela formação da personalidade. Entende-se, 
então, que uma pessoa que nasce em um ambiente familiar regido por perdas de 
entes queridos e por falta de interação afetiva, tende a desenvolver alguma doença 
mental. Essa perspectiva pode se evidenciada pelo filme “Cidade de Deus”, no qual a 
família do personagem Mateus prefere tratar sob negligência o fato drástico da mortede seu pai, o que, por consequência, resultou em uma depressão. Dessa forma, verifi-
ca-se que o tratamento individualista no núcleo familiar é um fator que colabora para 
a permanência de estigmas na sociedade. 
Compreende-se, portanto, que o estigma associado às doenças mentais constitui-
-se um árduo entrave no Brasil. Para alterar esse cenário, é necessário que o Minis-
tério da Educação - entidade federativa responsável pelas políticas educacionais -, 
por meio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, crie a disciplina “Conduta 
Mental”, na qual se discuta sobre a manutenção e cuidados com a saúde mental, a fim 
de amenizar o contexto caótico instaurado pela ausência de informação e pelo indi-
vidualismo. Como resultado, decerto o fenômeno patológico descrito por Vázquez 
será coibido.
84. VICTOR MANOEL PINTO PEREIRA
84. VICTOR MANOEL PINTO PEREIRA
39. ITALLO 
AUGUSTO DE 
QUEIROZ BA-
TISTA
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O MIL QUEBRADO
O MIL QUEBRADO
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85. YASIN ACSA MARTINS
O MIL QUEBRADO
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YASIN ACSA MARTINS 
(19 anos) - Sete Lagoas - MG
- 20 pontos na C4
No filme “Coringa”, Arthur possui diversas doenças mentais, sendo uma delas ca-
racterizada por uma risada incontrolável. Ao longo da trama, a personagem é alvo de 
descaso estatal - no momento em que a verba destinada ao seu tratamento é cortada 
- e de preconceito - ao ser ridicularizado pelo seu riso-. Sob tal ótica, infelizmente, os 
problemas evidenciados na obra cinematográfica não estão distantes da realidade 
brasileira, uma vez que os indivíduos com transtornos mentais sofrem vários estig-
mas, como a negligência governamental e a discriminação social. Logo, são necessá-
rias medidas tanto do Ministério da saúde quanto do Ministério da Educação e Cultura 
(MEC) para reverter essa situação.
Primordialmente, é vital salientar que a inobservância do Governo é prejudicial. Se-
gundo o jurista britânico Thomas Hurphrey Marshall, a plena cidadania só é alcançada 
quando o indivíduo tem assegurados seus direitos civis, sociais e políticos. Para ele, 
os preceitos sociais são aqueles elementos básicos que promovem o bem-estar e a 
igualdade, tais como a educação e a saúde. Nesse viés, a negligência governamental, 
no que diz respeito às doenças mentais, evidenciada pela ausência de campanhas 
que visem ao cuidado da saúde integral - física e mental - e pela disponibilidade ine-
ficiente de psicólogos nos hospitais públicos, dificulta o acesso pleno dos cidadãos e 
esse direito social.
Ademais, outro estigma vivenciado pelas pessoas com transtornos mentais é o pre-
conceito. Nesse prisma, essa discriminação é, muitas vezes, devido ao pouco conhe-
cimento da sociedade e, por não reconhecerem, por exemplo, a ansiedade e a de-
pressão como doenças, taxam, erroneamente, como “frescura”. Ainda sob tal viés, no 
filme “Coringa”, o preconceito e, por consequência, as violências verbais destinadas 
ao personagem, são uma das causas do agravamento de seu quadro clínico. Desse 
modo, em meio a uma analogia com o longa-metragem, é possível perceber a nocivi-
dade do preconceito gerado pela falta de conhecimento.
Portanto, torna-se necessário resolver essa problemática. Para minimizar os impac-
tos da negligência, urge que o Ministério da Saúde - considerando o seu papel fun-
damental na garantia da saúde integral dos cidadãos - melhore a disponibilização de 
profissionais qualificados na área dos transtornos mentais, por meio da contratação 
de psicólogos. Além disso, é imprescindível que o MEC (Ministério da Educação) - 
tendo em vista a sua importância na formação dos indivíduos - faça campanhas mas-
sivas de conscientização, por intermédio de palestras educativas sobre a nocividade 
do preconceito e informe sobre as doenças mentais existentes, a fim de ampliar o 
conhecimento e diminuir a discriminação. Dessa maneira, será possível um avanço na 
garantia da plena cidadania idealizada por Thomas H. Marshall.
85. YASIN ACSA MARTINS
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