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DESCRIÇÃO A evolução da Cosmetologia e sua construção histórica a partir do desenvolvimento de formulações cosméticas diversificadas, legislação e avaliação de tendências de mercado. PROPÓSITO Compreender os principais conceitos aplicados à Cosmetologia, os diferentes tipos de formulação, a legislação e as tendências de mercado, permitindo ao profissional de Estética agregar conhecimentos relacionados ao uso de diferentes cosméticos. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer a evolução e os principais conceitos aplicados à Cosmetologia MÓDULO 2 Compreender a legislação cosmética aplicada à fabricação, ao uso e à comercialização de produtos cosméticos MÓDULO 3 Identificar os principais componentes das formulações cosméticas MÓDULO 4 Reconhecer as possibilidades de atuação profissional no mercado cosmético INTRODUÇÃO Neste material, abordaremos o surgimento da Cosmetologia e os seus avanços, por meio de curiosidades históricas que justificam a evolução dessa ciência e a sua multidisciplinaridade. A constante evolução da Cosmetologia gera diferentes termos para uma melhor compreensão sobre produtos cosméticos mais específicos. Acompanhando as novas tendências, vamos estudar a legislação cosmética com as principais resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para fabricação, uso e comercialização de produtos cosméticos. É importante pontuarmos que a identificação dos principais componentes de uma formulação cosmética e a sua aplicação permite ao profissional de Estética escolher o melhor programa de tratamento associado ao uso de cosméticos inovadores, potencializando, assim, os resultados. MÓDULO 1 Reconhecer a evolução e os principais conceitos aplicados à Cosmetologia HISTÓRIA DA COSMETOLOGIA Os cosméticos são utilizados desde a antiguidade, demonstrando que e a preocupação com a aparência já era observada em tempos remotos. Sabe-se, por exemplo, que o uso de substâncias para maquiagem e embelezamento remonta à era pré-histórica, quando os rostos eram pintados e os corpos tatuados para agradar os deuses e afastar os maus espíritos (SOUZA, 2018). Agora, vamos apresentar a trajetória da Cosmetologia na História: Foto: Shutterstock.com 4.500 A.C. Segundo Silva (s.d.), os chineses foram os primeiros a conhecer e relatar as propriedades medicinais das plantas. Cabe pontuar, no entanto, que há relatos de que os egípcios foram os primeiros a usar cosméticos e produtos. DE 3000 A.C A 200 D.C. No Egito Antigo, há registros sobre o uso do mel, do leite e de farelos de vegetais para a preparação de pastas e o emprego de gorduras animais e vegetais ou de cera de abelha para preparação de cremes. Havia um considerável uso de óleos perfumados e de essências como tomilho, olíbano, cânfora e mirra. (SOUZA, 2018). Imagem: Shutterstock.com Imagem: Shutterstock.com ENTRE 51 E 30 A.C Cleópatra, rainha do Egito, reconhecidamente vaidosa, originou um formulário intitulado Cleopatre gynoecirium libri, editado durante o seu reinado, no qual foram descritos cuidados higiênicos e tratamento de diversas afecções da pele. Esses tratamentos eram acompanhados de prescrições de pomadas coloridas e linimentos (Semelhantes a uma loção.) à base de plantas e de óleos vegetais, com finalidade terapêutica e cosmética (GOMES & DAMAZIO, 2017). 200 D.C Na Grécia e Roma Antiga, os homens costumavam frequentar casas de banho e as mulheres cuidavam da beleza em casa. Entre os Romanos, foi identificado o uso de chumbo branco e pó de giz para “clarear” a pele. Usavam, também, a manteiga e a farinha de cevada para tratar acne. Imagem: Joseph-Marie Vien / wikiart.org / Domínio público Ainda nessa época de 200 d.C, conforme relata Souza (2018), o médico Galeno contribuiu com a Cosmetologia ao desenvolver uma pomada refrescante conhecida como ceratum refrigerans, que consistia na incorporação de uma quantidade significativa de água de rosas em uma mistura de cera de abelha e óleo de oliva. EVOLUÇÃO DA COSMETOLOGIA SÉCULOS XVIII E XIX Com o início da Revolução Industrial no século XVIII e a sua evolução a partir do século XIX, matérias-primas como ureia, ácido benzoico, soda, glicerina, peróxido de hidrogênio, óleo mineral refinado, vaselina, entre outras, passaram a ser utilizadas na fabricação de cosméticos, gerando produtos diversificados e de baixo custo. O estudo desenvolvido por Thomas Graham sobre coloides e emulsões publicado em 1861 e a descoberta do bórax em 1856 tornaram possível a obtenção dos verdadeiros cold creams (cremes frios), que eram mais estáveis do que o unguento de Galeno (SOUZA, 2018). SÉCULO XX Já no século XX, as pesquisas sobre a fisiologia da pele e dos cabelos estavam mais presentes: Foto: Shutterstock.com Em 1921, o batom passou a ser embalado e vendido em tubos. Foto: Shutterstock.com Em 1928, foi comercializado nos EUA o primeiro protetor solar industrial, contendo como ingredientes ativos o cinamato de benzila e o salicilato de benzila. Foto: Shutterstock.com Na década de 1970, os filtros solares finalmente chegaram ao Brasil. Ainda nesse século, os grandes nomes da indústria cosmética estavam estabelecendo-se, principalmente nos EUA. Tornaram-se referências no mercado cosmético dessa época (SOUZA, 2018): CHARLES REVSON (RÉVLON) CHEESEBROUGH-PONDS ELIZABETH ARDEN HELENA RUBINSTEIN MAX FACTOR PROCTER E GAMBLE ROGER E GALLET A seguir, acompanhe outros avanços da Cosmetologia ao longo do tempo: Foto: Shutterstock.com DÉCADA DE 1950 DÉCADAS DE 1970 E 1980 DÉCADA DE 1990 DÉCADA DE 1950 Empresas como a Avon (americana) e L’Oreal (francesa) se instalaram no Brasil, trazendo muitas novidades, inclusive para o público masculino. DÉCADAS DE 1970 E 1980 Além dos filtros solares, surgiram os equipamentos de laser e os tratamentos com uso de ácidos retinoico e glicólico para o tratamento de acnes, rugas e algumas pequenas manchas. DÉCADA DE 1990 Começam a chegar os cosméticos multifuncionais, pois agregam diversas funções em um único produto (GOMES & DAMAZIO, 2017). Mais recentemente, diversos ingredientes ativos surgiram e se estabeleceram no mercado cosmético, possibilitando a sua distinção como cosmecêuticos. O uso de alfa-hidroxiácidos (AHAs) a partir de 1992, como esfoliantes químicos e redutores de sinais do envelhecimento ou também o uso de enzimas, vitaminas e antioxidantes, carreados ou não em sistemas especiais como os lipossomas, as ciclodextrinas, https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps3 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps3 as nanopartículas e alguns polímeros são exemplos dessa abordagem. Ainda, num enfoque menos tradicional, há os nutricosméticos, que se originaram na França, em 1995, após um estudo caracterizar que os licopenos e betacarotenos oferecem proteção contra os raios solares, quando consumidos via oral. Outros autores também citam como tendência a certificação de produtos orgânicos e os ingredientes obtidos por processos biotecnológicos. Eventualmente, novos materiais surgem, a exemplo dos grafenos, podendo fortuitamente ser úteis também na indústria da beleza (SOUZA, 2018). Nas áreas da Estética, Cosmética e Beleza o consumo de cosméticos tem crescido a cada ano, e grandes inovações vêm surgindo. DEFINIÇÃO E CONCEITOS A Cosmetologia é a ciência que estuda as formulações cosméticas e os produtos para higiene adequados ao tipo cutâneo, a fim de preservar a beleza e a saúde da pele e dos cabelos. Como vimos, essa ciência tem evoluído ao longo dos anos e se associado a outras áreas do conhecimento como Fitoterapia, Aromaterapia e Aromacologia, além de se subdividir em várias linhas de pesquisa como a cosmecêutica,a fitocosmética, a neurocosmética, entre outras, o que a torna uma ciência multidisciplinar. A seguir, veremos os diferentes termos e alguns estudos que contribuíram e ainda contribuem para o crescimento do setor: AROMACOLOGIA Termo criado pelo The Sense of Smell Institute, uma instituição de pesquisa de olfato, localizada em Nova York. Esse termo foi utilizado em 1989, em uma pesquisa sobre as relações entre psicologia e tecnologia de fragrâncias. A aromacologia pretende integrar diversas áreas científicas como a Química, Farmacologia, Neurofisiologia, Cosmetologia e Psicologia, a fim de desenvolver compostos aromáticos que produzam reações emocionais positivas. Foto: Shutterstock.com AROMATERAPIA É um método terapêutico aplicado em vários segmentos da saúde, baseado na utilização dos óleos essenciais (OE) por diversas vias de aplicação. É caracterizada pela arte e ciência milenar de utilizar aromas na forma de OE para cuidar da beleza, da saúde física, mental e, hoje, em terapêuticas estéticas. Foto: Shutterstock.com SAIBA MAIS O óleo essencial é um produto volátil, constituído de uma mistura complexa de substâncias derivadas do metabolismo das plantas, as quais executam importante papel em sua proteção contra a ação de bactérias, fungos, insetos e contra o ataque de herbívoros. Pesquisas desenvolvidas por Marguerite Maury, por exemplo, bioquímica francesa notável na aromaterapia moderna, sugerem o uso externo de OE em massagens com combinações individualizadas ou associadas para ser obter os efeitos desejáveis na saúde e na estética. BIOCOSMÉTICO Um produto é considerado biocosmético se 95% da sua matéria-prima proceder de cultivos ecológicos. Nesses cultivos, são usados somente reagentes isentos de pesticidas, herbicidas e de alterações genéticas. Os biocosméticos não podem: 1 Conter conservantes, aromatizantes, corantes sintéticos, parabenos, propilenoglicol, óleo mineral, PABA (ácido paraminobenzoico), petrolatos, parafinas, DEA (dietanolamida) e ingredientes de origem animal. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) 2 Ser testados em animais, devendo ser acondicionados em embalagens recicláveis, cuja tinta aplicada seja biodegradável. ORIGEM ANIMALL Com exceção para mel, própolis e cera de abelhas. BIOTECNOLOGIA A palavra “biotecnologia” é de origem grega: bio significa “vida” logos, “conhecimento, estudo” tecnos, “utilização prática da ciência” Dessa forma, é a ciência que permite a utilização de organismos vivos, como os microrganismos e as células animais e vegetais, como matéria- prima para criar novas formas de vida e/ou modificar aquelas que já existem. COSMECÊUTICA É uma ciência relativamente recente, resultante da união da Cosmetologia com a Farmácia. O termo resulta da fusão das palavras “cosmético” e “farmacêutica” e foi divulgado na década de 1980, pelo dermatologista americano Albert Kligman, em reunião da Sociedade de Químicos Cosméticos. COSMÉTICOS O termo origina do grego Kosmetikós, que se refere a adorno, prática ou habilidade em adornar. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), são definidos como: PREPARAÇÕES CONSTITUÍDAS POR SUBSTÂNCIAS NATURAIS OU SINTÉTICAS, DE USO EXTERNO NAS DIVERSAS PARTES DO CORPO HUMANO, PELE, SISTEMA CAPILAR, UNHAS, LÁBIOS, ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS, DENTES E MEMBRANAS MUCOSAS DA CAVIDADE ORAL, COM O OBJETIVO EXCLUSIVO OU PRINCIPAL DE LIMPÁ-LOS, PERFUMÁ-LOS, ALTERAR SUA APARÊNCIA E OU CORRIGIR ODORES CORPORAIS E OU PROTEGÊ-LOS OU MANTÊ-LOS EM BOM ESTADO. (RESOLUÇÃO Nº 7 de 10 de fevereiro de 2015) São produtos que atuam na superfície da pele, com a finalidade de higienizar, limpar, lubrificar, hidratar, nutrir, retardar o envelhecimento e embelezar o ser humano. Cabe falar que os cosméticos naturais ou orgânicos devem ser certificados por empresas como a Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD) ou Ecocert Brasil, cujos critérios atendem às especificações internacionais. COSMÉTICO NATURAL X COSMÉTICO ORGÂNICO DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES: COSMÉTICO NATURAL Para ser certificado como cosmético natural, sua formulação deve conter pelo menos 5% de matérias-primas certificadas orgânicas. Os 95% restantes da formulação podem ser compostos por água, matérias-primas naturais ou de origem vegetal não certificadas ou permitidas para formulações naturais. NATURAL Imagem: Shutterstock.com 5% de matérias-primas certificadas orgânicas. DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES: COSMÉTICO ORGÂNICO O cosmético orgânico é um produto certificado pelos órgãos competentes e que contém na sua formulação 95% de matérias-primas certificadas orgânicas, descontando-se a água e o sal. Os 5% restantes da formulação podem ser compostos de água, matérias-primas naturais provenientes de agricultura ou extrativismo não certificadas ou permitidas para formulações orgânicas. ORGÂNICO Imagem: Shutterstock.com 95% de matérias-primas certificadas orgânicas. ATENÇÃO Critérios de sustentabilidade devem ser aplicados às embalagens para fins de preservação do meio ambiente. Além disso, esse produto não deve ser testado em animais e ser mais compatível com a pele. COSMÉTICO VEGANO Produto que não possui em sua formulação insumos de origem animal e seus derivados. Suas matérias-primas não são testadas em animais. DERMOCOSMÉTICOS São cosméticos utilizados com a finalidade de preservar a integridade da pele e dos seus anexos. Também são conhecidos como cosmecêuticos. Contém em sua fórmula ingredientes bioativos com propriedades terapêuticas moderadas, como antitranspirantes, filtros solares, produtos antienvelhecimento e produtos enriquecidos com vitaminas e minerais. Esses produtos, muitas vezes, utilizam os mesmos princípios ativos utilizados em medicamentos, contudo em pequenas concentrações. Para que um produto seja classificado como cosmecêutico, deve ser capaz de melhorar a função da barreira cutânea, diminuir a oxidação, controlar a pigmentação, aumentar a permeabilidade de substâncias ativas em toda a espessura da camada córnea, entre outras ações e mecanismos de ação. Vamos conhecer agora o segmento da fitocosmética? FITOCOSMÉTICA Resultado da associação da Fitoterapia com a Cosmética, a fitocosmética dedica-se ao estudo e à aplicação dos princípios ativos extraídos dos vegetais em benefício da estética e higiene da pele e dos cabelos. Foto: Shutterstock.com A utilização de extratos vegetais para fins de embelezamento possui registros arqueológicos de mais de cinco mil anos. Desde então, o estudo sistemático dos vegetais e dos seus princípios ativos vem sendo intensificado na indústria cosmética moderna. NANOTECNOLOGIA A nanotecnologia trata-se uma ciência relativamente nova, interdisciplinar e inovadora. Está pautada na habilidade de caracterizar, manipular e organizar materiais em escala nanométrica, conhecida como milimícron ou milimicro, sendo uma unidade de comprimento do sistema métrico que correspondente a 1×10⁻⁹ metro ou 0,000000001 metro. A nanotecnologia acelera e impulsiona o setor cosmético, principalmente pelos benefícios que foram agregados ao setor, pois melhora a penetração de ingredientes ativos na pele e no cabelo, envolvendo estabilização de substâncias, melhoria da eficácia e do sensorial dos produtos e possibilidade de liberação controlada de ativos (GOMES & DAMAZIO, 2017). Nanocosméticos são definidos como formulações cosméticas que veiculam ativos ou outros ingredientes nanoestruturados, os quais apresentam propriedades superiores quanto ao seu desempenho em comparação com produtos convencionais (FRONZA et al., 2007). NEUROCOSMÉTICA É o resultado da associação de conhecimentos da Neurologia com a Cosmetologia, haja vista a pele ser um órgão com inúmeras terminações nervosas. Assim, a neurocosmética é também denominada cosmética sensorial. EXEMPLO Neurocremes, por exemplo, são formulações que apresentam endorfinas, substâncias ativas que atuam no sistema nervoso, responsáveis pelo prazer.Essas substâncias, em contato com a pele, ativam as terminações nervosas, que acionarão o hipotálamo, região do cérebro relacionada à sensação de prazer e bem-estar, liberando substâncias que produzem um melhor aspecto geral da pele, proporcionando-lhe brilho e elasticidade. NUTRICOSMÉTICO Trata-se de um produto de uso oral, formulado e comercializado especificamente para propósitos de beleza (MELLAGE, 2008), podendo ser apresentado na forma de pílulas, alimentos, líquidos ou comprimidos. É comumente chamado de “beleza de dentro para fora”, já que envolve a ingestão de suplementos orais para benefícios da aparência física (cosméticos + alimentos). A EVOLUÇÃO DA COSMETOLOGIA E A DIFERENÇA ENTRE COSMÉTICOS E DERMOCOSMÉTICOS Neste vídeo, a especialista Patrícia de Castro Moreira Dias pontua os fatos importantes da evolução da Cosmetologia até os dias atuais. Vamos assistir! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. TERMO CRIADO NA DÉCADA DE 1980, PELO DERMATOLOGISTA NORTE-AMERICANO ALBERT KLIGMAN, PARA DEFINIR PRODUTOS COSMÉTICOS QUE POSSUEM EM SUA FORMULAÇÃO PRINCÍPIOS BIOATIVOS, COM PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS, PORÉM EM CONCENTRAÇÕES MENORES DO QUE AS UTILIZADAS EM MEDICAMENTOS. ASSIM, ESSE PRODUTO PODE SER ENTENDIDO COMO UMA FORMULAÇÃO QUE POSSUI ATIVOS FARMACOLÓGICOS, MAIS EFICAZES DO QUE OS COSMÉTICOS, SEM SEREM MEDICAMENTOS. ESSES PRODUTOS COSMÉTICOS SÃO CLASSIFICADOS COMO: A) Cosmecêutico. B) Nutricosmético. C) Neurocosmético. D) Cosmético Vegano. E) Nanocosmético. 2. COSMÉTICOS COM PARTÍCULAS DE TAMANHO MOLECULAR REDUZIDO APRESENTAM MAIOR FACILIDADE PARA ATRAVESSAR BARREIRAS DA PELE E DO SISTEMA CAPILAR QUANDO COMPARADOS AOS COSMÉTICOS SEM ESSA TECNOLOGIA. POR ISSO, DEMONSTRAM RESULTADOS MAIS EFICAZES. ESSES PRODUTOS COSMÉTICOS SÃO DEFINIDOS COMO: A) Fitocosméticos. B) Cosméticos Orgânicos. C) Nanocosméticos. D) Cosméticos veganos. E) Cosméticos naturais. GABARITO 1. Termo criado na década de 1980, pelo dermatologista norte-americano Albert Kligman, para definir produtos cosméticos que possuem em sua formulação princípios bioativos, com propriedades terapêuticas, porém em concentrações menores do que as utilizadas em medicamentos. Assim, esse produto pode ser entendido como uma formulação que possui ativos farmacológicos, mais eficazes do que os cosméticos, sem serem medicamentos. Esses produtos cosméticos são classificados como: A alternativa "A " está correta. Os cosmecêuticos ou dermocosméticos contêm em sua fórmula ingredientes bioativos com moderadas propriedades terapêuticas, como antitranspirantes, filtros solares, produtos antienvelhecimento e produtos enriquecidos com vitaminas e minerais. Esses produtos, muitas vezes, utilizam os mesmos princípios ativos utilizados em medicamentos, porém em concentrações menores. 2. Cosméticos com partículas de tamanho molecular reduzido apresentam maior facilidade para atravessar barreiras da pele e do sistema capilar quando comparados aos cosméticos sem essa tecnologia. Por isso, demonstram resultados mais eficazes. Esses produtos cosméticos são definidos como: A alternativa "C " está correta. Nanocosméticos são formulações cosméticas que veiculam ativos ou outros ingredientes nanoestruturados e apresentam propriedades superiores quanto ao seu desempenho em comparação com produtos convencionais. MÓDULO 2 Compreender a legislação cosmética aplicada à fabricação, ao uso e à comercialização de produtos cosméticos A LEGISLAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS SEGUNDO A ANVISA Foto: Shutterstock.com Antes de iniciarmos o módulo, temos uma dica para você! ATENÇÃO Vamos estudar alguns trechos das leis relacionadas à Cosmética, mas é importante que elas sejam lidas de maneira integral. Não deixe de ver a lista no Explore+. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi criada pela Lei nº 9782, de 26 de janeiro de 1999, subordinada ao Ministério da Saúde. A finalidade da Agência, dada no art. 6, é [...] PROMOVER A PROTEÇÃO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO, POR INTERMÉDIO DO CONTROLE SANITÁRIO DA PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS SUBMETIDOS À VIGILÂNCIA SANITÁRIA, INCLUSIVE DOS AMBIENTES, DOS PROCESSOS, DOS INSUMOS E DAS TECNOLOGIAS A ELES RELACIONADOS, BEM COMO O CONTROLE DE PORTOS, AEROPORTOS E DE FRONTEIRAS. (Lei n.º 9782, de 26 de janeiro de 1999) Vamos analisar os trechos que apresentam as atribuições da ANVISA. ART. 7º Compete à Agência [...] VII Autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação dos produtos mencionados no artigo 8º desta lei. IX Conceder registro de produtos, segundo as normas de sua área de atuação. X Conceder e cancelar o Certificado de Cumprimento de Boas Práticas de Fabricação [...] XIV Interditar, como medida de vigilância sanitária, os locais de fabricação, controle, importação, armazenamento, distribuição e venda de produtos e prestação de serviços relativos à saúde em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde. XV Proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde. XVI Cancelar a autorização de funcionamento e a autorização especial de funcionamento de empresas, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde. XXII Coordenar e executar o controle da qualidade de bens e produtos relacionados no art. 8º desta Lei, por meio de análises previstas na legislação sanitária, ou de programas especiais de monitoramento da qualidade em saúde. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal ART. 8º Incumbe à Agência, respeitada a legislação em vigor, regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública. Foto: Shutterstock.com § 1º Consideram-se bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária pela Agência: III - cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes. [...] Foto: Shutterstock.com 3º[...] submetem-se ao regime de vigilância sanitária as instalações físicas, equipamentos, tecnologias, ambientes e procedimentos envolvidos em todas as fases dos processos de produção dos bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária, incluindo a destinação dos respectivos resíduos. ART. 41º O registro dos produtos de que trata a Lei nº 6.360, de 1976 e o Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969 poderá ser objeto de regulamentação pelo Ministério da Saúde e pela Agência, visando a desburocratização e a agilidade nos procedimentos, desde que isto não implique riscos à saúde da população ou à condição de fiscalização das atividades de produção e circulação. LEIS BRASILEIRAS QUE REGULAM A PREPARAÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS São normas que foram estabelecidas pelo Sistema de Vigilância Sanitária em coordenação com a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), vinculada ao Ministério da Saúde (MS). Atualmente, são reguladas pela ANVISA. Entre outras determinações, estabelecem aos fabricantes a obrigatoriedade de informar no rótulo dos seus produtos: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6360.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6360.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6360.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6360.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6360.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0986.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0986.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0986.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0986.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0986.htm A Número de registro no Ministério da Saúde (MS). B Autorização da Vigilância Sanitária. C Composição química dos produtos (matérias-primas, corantes, solventes e insumos farmacêuticos), ressalvadas expressamente nos rótulos e nas embalagens as restrições de uso, quando for o caso, emconformidade com a área do corpo em que deva ser aplicado. Entre os componentes de um produto cosmético podem ser encontrados ativos, bioativos, conservantes, perfumes, protetores solares etc., desde que permitidos para uso cosmético. De acordo com a Lei nº 6360/76, Art. 26, somente serão registrados como cosméticos produtos para higiene pessoal, perfumes e outros de natureza e finalidade semelhantes, produtos que se destinem a uso externo ou no ambiente, consoante suas finalidades estética, protetora, higiênica ou odorífera, sem causar irritações à pele nem danos à saúde. LEI Nº 8078/90 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR) De acordo com essa lei e em conformidade com a Secretaria Estadual de Educação de Defesa da Cidadania, os fabricantes são obrigados a informar nos rótulos dos produtos cosméticos: A Composição química do produto: nomenclatura ou abreviações universais das substâncias que estão presentes na composição da formulação cosmética. B Data de fabricação do produto e prazo de validade. C Modo de uso e devidas precauções que devem ser tomadas, em caso de necessidade. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 92, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2008 Estabelece regras gerais para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de grau 1 e grau 2, quando fabricados no Brasil e destinados exclusivamente à exportação. Confira os principais trechos: Art. 1º Os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de grau 1 e de grau 2, fabricados no País e destinados exclusivamente à exportação não necessitam ser notificados ou registrados na ANVISA. [...] § 2º A ANVISA não emitirá certificado para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes de grau 1 e de grau 2 destinados exclusivamente à exportação. Art. 2º As empresas enquadradas na situação desta Resolução são obrigadas a ter Alvará ou Licença Sanitária emitida pela autoridade competente e Autorização de funcionamento para as atividades de fabricação e exportação de produtos de higiene pessoal, cosméticos ou perfumes emitidas pela ANVISA. - Art. 3º As empresas ficam obrigadas a manter em seus registros as informações referentes aos produtos destinados exclusivamente à exportação, incluindo a sua identificação desde o início do processo de fabricação, para uma eventual inspeção na unidade fabril pelas autoridades sanitárias. § 1º A natureza das informações e os prazos de guarda destas são as aplicáveis e previstas na legislação sanitária vigente § 2º As empresas ficam obrigadas a fornecer imediatamente todas as informações referentes aos produtos destinados exclusivamente à exportação sempre que solicitadas pela autoridade sanitária.[...] Art. 4º É de responsabilidade das empresas o atendimento ao disposto na legislação do país de destino - Art. 5º O descumprimento aos termos desta Resolução constitui infração sanitária, sujeitando os infratores às penalidades previstas na Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977 e demais disposições aplicáveis.[...] - Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A classificação dos produtos cosméticos de acordo com o grau de risco mais atualizada refere-se à RDC nº 7/2015, que estudaremos adiante em relação à segurança. Classificação dos produtos Descrição Exemplos Grau 1 Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. Produtos Grau 2 Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Produtos Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro: Classificação dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, de acordo com o grau de risco (atualizada pela RDC nº 7/2015). Elaborado por: Glauce Cardoso Desmarais. GRAU 1: Água de colônia, base facial/corporal (sem finalidade protetora), condicionador/creme rinse/enxaguatório capilar e xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia), creme, loção e gel para o rosto (sem ação fotoprotetora da pele e com finalidade exclusiva de hidratação), produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os cabelos como fixadores, laquês, reparadores de pontas, óleo capilar, brilhantinas, mousse. GRAU 2: Antitranspirantes, bronzeadores, produtos infantis, depilatório químico, protetor solar, produto para rugas, tintura capilar temporária/progressiva/permanente, tônico/loção capilar, xampu colorante. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 211 DE 14 DE JULHO DE 2005 De acordo com o Anexo IV, letra B, dessa regulamentação, a composição apresentada no rótulo de produtos cosméticos deverá ser descrita utilizando-se a codificação de substâncias estabelecida pela Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (International Nomenclature of Cosmetic Ingredient – INCI). O INCI é um sistema internacional, ou seja, está presente em todo o mundo. Seu objetivo é facilitar a identificação de todos os ingredientes, originados de qualquer país. As nomenclaturas foram baseadas em listas internacionais de ingredientes conhecidos e utilizados por pesquisadores e cientistas de todo o mundo, desenvolvido por vários países e culturas. Desse modo, considerando que existem inúmeros ingredientes que são utilizados na fabricação de produtos, o INCI possibilita de forma única e simplificada designar a composição dos ingredientes no rótulo dos produtos cosméticos, sem distinção de idioma, caracteres e alfabeto. De forma complementar a essa regulamentação, a partir de 5 de novembro de 2021, entra em vigor a RDC nº 432/2020, que dispõe sobre a obrigatoriedade de descrever a composição em português na rotulagem de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Assim, essa resolução determina: Art. 2º Os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes a serem comercializados no Brasil devem contemplar na rotulagem a composição química em língua portuguesa, sem prejuízo dos demais requisitos previstos nos regulamentos em vigor. § 1º A Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI) continua obrigatória na rotulagem dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. § 2º A composição química em língua portuguesa poderá figurar no rótulo original do produto em etiqueta complementar, desde que seja garantida a integridade das cores e do material com o qual a etiqueta for confeccionada, de modo a impedir que a etiqueta seja retirada parcial ou totalmente. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Agora, vejamos algumas questões relacionadas à avaliação de segurança. AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA REFERENTE AO USO DE PRODUTOS COSMÉTICOS Tal avaliação deve considerar que o produto cosmético atenda aos parâmetros toxicológicos envolvendo o conhecimento em áreas específicas como farmacotécnica, toxicologia, farmacocinética, regulatórias, entre outras. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 7, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2015 Como vimos, essa resolução trata da Classificação de risco dos produtos cosméticos em grau 1 e grau 2. Os critérios para essa classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, à sua formulação, finalidade de uso, às áreas do corpo a que se destinam e aos cuidados a serem observados quando de sua utilização. Em síntese, são considerados: A Condições de uso – tipo de aplicação (regular, prolongada ou ocasional). B Área de contato – áreasda pele em que o produto será aplicado. C Composição do produto – o formulador deve analisar a fórmula quantitativa, a concentração dos ingredientes, as informações toxicológicas a nível de exposição etc. D Conhecimento e histórico do produto – abrangem as informações sobre o próprio produto, ou similares, dados experimentais e literatura especializada. Com base no parecer desse relatório, o fabricante poderá ou não comercializar o seu produto. Outros critérios deverão ser avaliados dependendo da aplicabilidade do produto, como irritação, sensibilização e efeito sistêmico. SAIBA MAIS É importante falarmos ainda da Resolução – RDC nº 237, de 16 de julho de 2018, que altera a RDC nº 7 no que se refere aos produtos sujeitos a registro para comercialização, passando a vigorar os seguintes produtos grau 2 sujeitos a registro: bronzeador, protetor solar, protetor solar infantil, gel antisséptico para as mãos, produto para alisar e tingir os cabelos, repelentes de insetos e repelentes de insetos infantil. RESOLUÇÃO Nº 196, DE 10 DE OUTUBRO DE 1996 Trata de pesquisas envolvendo seres humanos para avaliação do produto cosmético. Essa avaliação não ocorre no sentido de investigar o potencial de risco, mas sim de confirmar a segurança do produto acabado. No Brasil, o Conselho Nacional de Saúde regulamentou as pesquisas envolvendo seres humanos por meio da Resolução nº 196/96 e instituiu a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) como responsável, entre outras atribuições, pelo registro dos Comitês de Ética em Pesquisa Institucional. Todos os projetos de pesquisa envolvendo seres humanos devem obedecer às recomendações dessa resolução. TERMOS ESPECÍFICOS PARA AVALIAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS COSMÉTICOS Todo profissional de estética deve saber escolher produtos cosméticos adequados para um tratamento específico com base na sua formulação e nas informações contidas em seus rótulos. Entre os critérios usados para a avaliação de segurança, o conhecimento de alguns termos específicos pode ser utilizado para esse fim: Termos específicos e definições Dano Risco Clinicamente testado Dermatologicamente testado Oftalmologicamente testado Não comedogênico Não acnegênico Produto infantil Hipoalergênico* Produto para pele sensível Quadro: Definição dos termos específicos comuns na avaliação de segurança de produtos cosméticos. Adaptado de: ANVISA, Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos, 2012. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal DANO Prejuízo à saúde, em decorrência do tipo de substância. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) RISCO Probabilidade de ocorrência do dano. CLINICAMENTE TESTADO Trata de um conceito de determinado produto avaliado em humanos, em condições de uso, sob o controle de médico dermatologista e, também, de outro especialista eventualmente para identificar reações. DERMATOLOGICAMENTE TESTADO Quando determinado produto é submetido em humanos sob supervisão de médico dermatologista, para verificar potencial de reações cutâneas. OFTALMOLOGICAMENTE TESTADO Avaliação em humanos sob o controle de um médico oftalmologista para verificar potencial de reações oftálmicas. NÃO COMEDOGÊNICO Quando avaliado em humanos para observar o surgimento de comedões (cravos). NÃO ACNEGÊNICO Produto avaliado em humanos para observar a potencialização quadro de acne (espinhas). PRODUTO INFANTIL Produto apropriado para uso na pele, nos cabelos e nas mucosas infantis, conforme legislação brasileira. HIPOALERGÊNICO* Produto com baixa possibilidade de causar reações alérgicas. PRODUTO PARA PELE SENSÍVEL Produto testado em indivíduos que apresentem sintomas característicos de um quadro de pele sensível (vermelhidão, coceira, ardor, irritação, queimação etc.). ATENÇÃO *O termo hipoalergênico não é recomendado pelo Food and Drug Administration (Administração de alimentos e medicamentos.) (FDA) uma vez que todo produto cosmético não deve apresentar potencial sensibilizante. Vamos a mais um vídeo? Não deixe de assistir para responder às atividades com propriedade e assertividade. LEGISLAÇÃO COSMÉTICA Agora, a especialista Patrícia de Castro Moreira Dias fala sobre os pontos principais da legislação cosmética do Brasil e sua importância no trabalho do profissional de estética. Vamos assistir! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ENTRE OS ATRIBUTOS UTILIZADOS PARA A AVALIAÇÃO DE SEGURANÇA EM PRODUTOS COSMÉTICOS, DEVEMOS CONHECER ALGUNS TERMOS ESPECÍFICOS PARA ESSE FIM: I. RISCO – PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DO DANO. II. HIPOALERGÊNICO – DESIGNAÇÃO DADA A DETERMINADO PRODUTO COM BAIXA POSSIBILIDADE DE CAUSAR REAÇÕES ALÉRGICAS. III. NÃO ACNEGÊNICO – DESIGNAÇÃO DADA A DETERMINADO PRODUTO AVALIADO EM HUMANOS PARA OBSERVAR O POTENCIAL DE FORMAR COMEDÕES (CRAVOS). É CORRETO APENAS O QUE SE AFIRMA EM: A) I e II. B) II e III. C) Somente III. D) Somente I. E) Somente II. 2. A RESOLUÇÃO – RDC Nº 7, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2015 ESTABELECE A DEFINIÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS DE HIGIENE, COSMÉTICOS E PERFUMES. É CONSIDERADO UM PRODUTO COSMÉTICO DE GRAU 2: A) Água de colônia. B) Bronzeador. C) Máscara para cílios. D) Demaquilante. E) Aromatizante bucal. GABARITO 1. Entre os atributos utilizados para a avaliação de segurança em produtos cosméticos, devemos conhecer alguns termos específicos para esse fim: I. Risco – probabilidade de ocorrência do dano. II. Hipoalergênico – designação dada a determinado produto com baixa possibilidade de causar reações alérgicas. III. Não acnegênico – designação dada a determinado produto avaliado em humanos para observar o potencial de formar comedões (cravos). É correto apenas o que se afirma em: A alternativa "A " está correta. Não acnegênico é a designação dada a determinado produto avaliado em humanos para observar o potencial de formar ou piorar o quadro de acne (espinhas). Os demais itens estão corretos. 2. A Resolução – RDC nº 7, de 10 de fevereiro de 2015 estabelece a definição e a classificação de produtos de higiene, cosméticos e perfumes. É considerado um produto cosmético de grau 2: A alternativa "B " está correta. A classificação em grau 1 ou grau 2 é definida em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização. Dessa forma, o bronzeador é um produto cosmético enquadrado como grau 2. MÓDULO 3 Identificar os principais componentes das formulações cosméticas FORMULAÇÕES COSMÉTICAS Os produtos cosméticos são desenvolvidos para uso tópico, cujo propósito é melhorar satisfatoriamente a qualidade da pele e dos seus anexos sem causar efeitos indesejáveis. Esses produtos, portanto, são produzidos a partir de formulações cosméticas. Foto: Shutterstock.com Embora exista um número infindável de componentes químicos utilizados em formulações cosméticas, há basicamente três grupos de substâncias ou conjunto de substâncias que estão presentes em sua composição: princípio ativo, aditivo e veículo. Esses componentes originam vários tipos de cosméticos, utilizados em procedimentos estéticos de acordo com a sua finalidade. PRINCIPAIS COMPONENTES PRINCÍPIOATIVO Substância química ou biológica que atua de várias maneiras sobre as células teciduais. Em uma formulação, é o elemento que possui efeito mais acentuado e que confere ao produto a ação final a que se destina. Uma formulação cosmética pode conter mais de um princípio ativo, cada um com a sua finalidade principal. Os ativos podem ser naturais ou sintéticos. COM AS DUAS POSSIBILIDADES DE ATIVOS EM MENTE, PREENCHA A ATIVIDADE ESCOLHENDO AS PALAVRAS ADEQUADAS PARA COMPLEMENTAR A FRASE. buscam reproduzir naturais Os ativos podem ser de origem animal, vegetal e mineral, ou até mesmo sintetizados por microrganismos. No entanto, devem ser extraídos de forma direta da natureza. Já os ativos sintéticos são desenvolvidos em laboratório e a mesma ação dos ativos naturais. Isto pode ocorrer em razão da melhor estabilidade, custo e preservação ambiental, por exemplo. RESPOSTA A sequência correta é: Os ativos naturais podem ser de origem animal, vegetal e mineral, ou até mesmo sintetizados por microrganismos. No entanto, devem ser extraídos de forma direta da natureza. Já os ativos sintéticos são desenvolvidos em laboratório e buscam reproduzir a mesma ação dos ativos naturais. Isto pode ocorrer em razão da melhor estabilidade, custo e preservação ambiental, por exemplo. ADITIVOS São substâncias adicionadas à formulação cosmética com a finalidade de aumentar a sua estabilidade e, consequentemente, seu tempo de vida útil, bem como melhorar a sua apresentação. Como exemplos de aditivos utilizados em formulações cosméticas estão os corantes e pigmentos, aromatizantes e conservantes. Corantes e pigmentos Trata-se de substâncias colorantes, podendo apresentar origem natural ou sintética. Fragrâncias Dotadas unicamente de propriedades odoríferas, aromáticas, podendo ser de origem vegetal ou animal, e quimicamente definidas. Conservantes Quando são adicionados ingredientes aos produtos cosméticos para inibir o crescimento de microrganismos, seja durante fabricação, armazenamento ou até mesmo durante o uso. Quadro: Exemplos de aditivos utilizados em formulações cosméticas. Elaborado por: Glauce Cardoso Desmarais. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal VEÍCULOS, EXCIPIENTES OU BASE VEICULAR Conjunto de substâncias que apresentam a finalidade de dar forma final aos cosméticos com o objetivo de transportar, favorecer ou abrandar os efeitos dos princípios ativos, devendo ser adequados ao tipo cutâneo. Classificação dos veículos Os veículos cosméticos estão disponíveis na forma de emulsão, gel, líquido, pó ou vetor. O formulador deve selecionar o veículo observando a melhor compatibilidade entre os componentes e a finalidade do princípio ativo, conforme o biótipo cutâneo. Vejamos, em detalhes, a definição, componentes e aplicações de cada veículo cosmético citado anteriormente. EMULSÃO É um sistema coloidal composto de substâncias imiscíveis, ou quase imiscíveis, sob a forma de microscópicos glóbulos de um líquido em outro. Seu aspecto final é apresentado a seguir. Foto: Shutterstock.com Nesse tipo de veículo, os constituintes se apresentam em fases distintas: 1 Fase externa ou contínua, também denominada dispersante. 2 Fase interna ou descontínua, também chamada dispersa, em que uma fase fica dispersa na outra, na forma de microesferas denominadas micelas. Essa união de fases imiscíveis, ou seja, de fases que não se misturam, só é possível devido à presença na formulação, de uma substância que diminui a tensão interfacial entre as fases: os tensoativos. CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES As emulsões apresentam-se na forma de cremes, leites e loções cremosas, e são classificadas em: A/O (ÁGUA EM ÓLEO) O/A (ÓLEO EM ÁGUA) A/O/A (ÁGUA EM ÓLEO EM ÁGUA) O/A/O E ÓLEO EM ÁGUA EM ÓLEO COMPONENTES DE UMA EMULSÃO Os componentes de uma emulsão são água, óleo, tensoativos, umectantes e espessantes. ÁGUA ÓLEO TENSOATIVO ÁGUA Permite a espalhabilidade do produto e uma secagem mais rápida, facilitando a sua penetração/permeação. Além disso, proporciona equilíbrio, eficácia e brilho ao cosmético, tornando-o mais agradável. ÓLEO Substância que possui propriedades emolientes, hidratantes e carreadoras. Alguns óleos possuem propriedades terapêuticas (cicatrizantes, https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps3 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps3 antissépticas, hidratantes de superfície etc.). São classificados em três categorias: naturais, podendo ser vegetais (óleo de amêndoas) e animais (lanolina), modificados (miristato de isopropila, palmitato de acetila) e sintéticos. TENSOATIVO Substância com características especiais em sua estrutura molecular, tornando essencial nas formulações cosméticas. Em razão da sua propriedade específica de emulsificação, é também denominado agente emulsionante. Age reduzindo a tensão interfacial entre as fases, diminuindo a junção entre as moléculas. Ainda acerca do tensoativo, podemos dizer que para ser bom, ele deve ter características gerais como: Diminuir a tensão interfacial entre as partes Ser específico (lipófilo ou hidrófilo) Ser quimicamente estável Ser inodoro, incolor e não irritante para a pele Ser um bom agente estabilizador Ser compatível com outras matérias-primas Ser emulsificante, detergente, dispersante, emoliente e antisséptico São classificados em tensoativos iônicos, podendo ser aniônicos ou catiônicos; tensoativos anfóteros e tensoativos não iônicos. UMECTANTES São substâncias que apresentam a capacidade de absorver a umidade atmosférica, em razão do seu alto grau de higroscopia. Dessa forma, permitem a hidratação superficial da epiderme. Os umectantes mais usuais são sorbitol, etilenoglicol, diclilenoglico, glicerol, propilenoglicol, lactatos, d-pantenol, derivados de lanolina. ESPESSANTES OU ESTABILIZANTES São substâncias que impedem a mobilidade da fase aquosa alterando a sua viscosidade e auxiliando o tensoativo, impedindo o rompimento da emulsão. São classificados em espessantes orgânicos (goma xantana, carbômeros) e espessantes inorgânicos (bentonitas, cloreto de sódio). GEL Sistema coloidal constituído por duas fases: 1 Fase dispersora líquida (geralmente água ou mistura álcool/água) 2 Fase dispersa sólida (agentes gelificantes). O gel é composto por agente gelificante, veículo (ex.: água e álcool), conservantes (ex.: metilparabeno), estabilizantes e umectantes (ex.: propilenoglicol). Os agentes gelificantes pertencem ao grupo dos espessantes e são utilizados nas preparações cosméticas por conferirem aumento de viscosidade. Foto: Shutterstock.com Produto cosmético na forma de gel. Os principais agentes gelificantes são: DERIVADOS DA CELULOSE RESINAS NATURAIS POLÍMEROS DERIVADOS DA CELULOSE Natrosol (HEC), cellosize (HEC), carboximetilcelulose (CMC). RESINAS Carbopol, acrypol (polímero ácido acrílico), ICS 1, acrisint 400. NATURAIS Ágar (gel hidratante extraído de alguns tipos de algas), alginatos (também obtido de algas), bentonita (silicato de alumínio hidratado coloidal). javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps1 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps2 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps3https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps3 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps4 https://stecine.azureedge.net/repositorio/01657/index.html#collapse-steps4 POLÍMEROS Merquat (poliquaternário), PVA (álcool polivinílico), PVP (polivinilpirrolidona), Veegun (silicato de alumínio e magnésio), aerosil (silicato de silício). E quanto ao veículo líquido? LÍQUIDO Veículo simples, cujo principal componente é a água. É utilizado na formulação de loções cosméticas. Há dois tipos de loção: LOÇÃO AQUOSA Quando a base veicular é a água e os ativos são hidrófilos. LOÇÃO ADSTRINGENTE OU HIDROALCOÓLICA Quando a base veicular é uma solução hidroalcoólica (álcool misturado à água). Ácidos orgânicos fracos são adicionados às loções tônicas aquosas ou hidroalcoólicas (adstringentes) para ajustar o pH da pele. Os ácidos mais utilizados para promover esse ajuste são o cítrico e o lático. Foto: Shutterstock.com Produto cosmético na forma líquida. PÓ Veículo indicado para produtos preparados e conservados em estado seco, sem a presença de umidade, como talco, pó facial, maquiagem em pó e máscaras argilosas. Nessas últimas, a adição de água deve ser feita no momento da aplicação. Foto: Shutterstock.com VETOR São sistemas nanoestruturados, como lipossomas, niossomas, nanopartículas poliméricas (nanocápsulas e nanoesferas) e silanóis, projetados para funcionar como carreadores para a liberação de ativos cosméticos na pele, com o objetivo de modificar e controlar os perfis de liberação, permeação e oclusão. LIPOSSOMAS OU LIPOSSOMOS São pequenas vesículas compartimentadas, sólidas, cujo revestimento é formado por uma camada biomolecular de glicerofosfolipídios, muito similar à estrutura da membrana plasmática. Os lipossomos liberam seu conteúdo de princípios ativos na primeira célula viva que encontram. NIOSSOMAS São lipossomas formados por tensoativos não iônicos, principalmente pela utilização de colesterol como excipiente, embora outras substâncias possam ser utilizadas com essa finalidade. Os niossomas apresentam dupla camada lipídica e são mais estáveis e mais vantajosos do que os lipossomas, já que estes se oxidam e deterioram com mais facilidade. NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS São estruturas poliméricas porosas e inertes, capazes de armazenar em seu interior ou fixar em sua superfície ativos de natureza diversa, liberados lenta e gradativamente à medida que o vetor vai sendo absorvido pelo tecido. Esse processo leva em torno de 12 horas. Entre as nanopartículas poliméricas, encontram-se as nanosferas e as nanocápsulas. As nanosferas podem ter diversos tamanhos, as microscópicas são chamadas de nanocápsulas e são capazes de migrar para dentro da célula, sendo absorvidas por endocitose, liberando seu conteúdo dentro do citoplasma, o que lhes confere maior eficácia. SILANÓIS OU SILÍCIO ORGÂNICO Em razão da afinidade do silício com o organismo, o silanol é um vetor cosmético com grande capacidade de penetração cutânea e absorção celular. Outro efeito benéfico é que ele se opõe à formação de radicais livres, visto que torna a membrana celular mais resistente aos ataques das moléculas reativas, normalizando a bioatividade celular, reduzindo a oxidação, o processo de involução cutânea e acelerando o processo de javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) hidratação. O silício orgânico possui afinidade com as membranas celulares, estimula a formação de colágeno e a formação de proteoglicanos e glicoproteínas. Quando associado a um princípio ativo, pode vir com a terminação “-silane”, como cafeisilane (cafeína e silício) e ascorbosilane C (ácido ascórbico e silício). Finalizamos as informações a respeito dos veículos nas formulações cosméticas e, nesse momento, avançaremos nos aspectos da permeabilidade cutânea. Vamos lá? PERMEABILIDADE CUTÂNEA A permeabilidade cutânea é o comportamento fisiológico e físico-químico mediador da penetração de substâncias nas camadas epiderme. Trata-se da capacidade que a pele possui de deixar passar, seletivamente, determinadas substâncias de acordo com a sua natureza bioquímica, podendo ser influenciada por fatores como tamanho da molécula, carga elétrica, polaridade, forma espacial, concentração e condições físicas, como temperatura, pressão, pH e biocompatibilidade. Foto: Shutterstock.com Sabe-se que a epiderme tem como principal função a proteção da pele contra a ação de agentes externos. Em razão dessa função de barreira, a epiderme torna-se quase totalmente impermeável às substâncias não gasosas. Assim, um dos grandes desafios da indústria cosmética é formular produtos que consigam vencer essa barreira e sejam aproveitados nas camadas cutâneas mais internas. TIPOS DE PERMEABILIDADE CUTÂNEA A capacidade de permeação permite a classificação da permeabilidade cutânea em três tipos: 1. SUBSTÂNCIAS COM MAIOR CAPACIDADE DE PERMEAÇÃO (PERMEÁVEIS) Essas substâncias abrangem os gases (principalmente O2 e CO2), etanol, água, moléculas pequenas abaixo de 0,8nm, substâncias hidrossolúveis e substâncias lipossolúveis de baixo peso molecular. Muito utilizado na estética, o ácido glicólico é um ativo de baixo peso molecular e alta capacidade de permeação. 2. SUBSTÂNCIAS COM MEDIANA CAPACIDADE DE PERMEAÇÃO (SEMIPERMEÁVEIS) Englobam aminoácidos, glicose, nucleotídeos e íons (Ca2+, Na+, K+, Cl–), vitaminas D e E, hormônios, anestésicos, resorcina e hidroquinona que se utilizam das proteínas carreadoras e transmembrana. 3. SUBSTÂNCIAS SEM CAPACIDADE DE PERMEAÇÃO (IMPERMEÁVEIS) Abrangem eletrólitos, proteínas e carboidratos. A entrada dos eletrólitos só ocorre se eles estiverem ionizados. Proteínas e carboidratos são impermeáveis, em razão de seu tamanho (macromoléculas) e de sua baixa lipossolubilidade. O colágeno e a elastina, nas suas formas naturais, são utilizados em cosméticos por promover umectância na superfície da pele. Entretanto, não conseguem agir em camadas mais profundas. VIAS DE ENTRADA DOS COSMÉTICOS NA PELE As vias de penetração cutânea (ilustrada na imagem a seguir) que melhor possibilitam a passagem dos cosméticos são a e Transepidérmica e transanexial. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Imagem: GOMES e DAMAZIO, 2017, p. 190. Vias de penetração cutânea. TRANSEPIDÉRMICA A via transepidérmica pode ser caracterizada como intracelular (transcelular) ou intercelular: Na via intracelular O cosmético penetra na pele atravessando as células. Via intercelular O cosmético entra pelos espaços vazios existentes entre as células. A entrada transepidérmica, embora muito lenta, é considerada a mais importante devido à grande extensão da pele. TRANSANEXIAL Na via transanexial, o cosmético entrará pelos canais excretores das glândulas sudoríparas (poros) e pelos orifícios pilossebáceos (óstios). Essa via é responsável por aproximadamente 1% da entrada dos cosméticos na pele. Assim, uma região com maior quantidade de pelos terá maior absorção cutânea, visto que uma parte da entrada dos produtos ocorre pelos folículos pilosos, ou seja, via transfolicular. FATORES QUE MODIFICAM A PERMEABILIDADE CUTÂNEA Analise, no quadro adiante, quais os fatores que podem exercer influência na absorção do cosmético: Fatores biológicos a) Espessura da epiderme b) Idade c) Região anatômica Fatores fisiológicos a) Fluxo sanguíneo b) Hidratação Fatores cosmetológicos a) Concentração b) Solubilidade c) Veículos d) Tempo de exposição Fatores físico-químicos a) Peso molecular baixo b) Substâncias iônicas c) Capacidade de difusão do ativo d) Temperaturas elevadas e) Alteração do pH da pele javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0)javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) f) Tipo de veículo Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro: Fatores que influenciam a absorção do cosmético. Elaborado por: Glauce Cardoso Desmarais. ESPESSURA DA EPIDERME: Uma epiderme hiperqueratinizada, ou seja, com muita queratina, tem menor permeabilidade. IDADE: Com o envelhecimento, ocorre o espessamento do estrato córneo. Com isso, há redução da hidratação e menor permeabilidade. REGIÃO ANATÔMICA: As mucosas, as áreas com maior número de folículos pilossebáceos e as áreas mais vascularizadas têm maior permeabilidade. FLUXO SANGUÍNEO: O aumento do fluxo sanguíneo resulta em hiperemia (vermelhidão) e maior permeabilidade. HIDRATAÇÃO: Peles mais hidratadas têm maior permeabilidade. CONCENTRAÇÃO: A permeação é diretamente proporcional à concentração do ativo e ao tamanho das moléculas. SOLUBILIDADE: Quanto mais lipossolúvel é a substância, maior a penetração. VEÍCULOS: Veículos vetoriais como lipossomas, nanosferas, ciclodextrinas e fitossomas facilitam a permeabilidade até as camadas mais profundas. TEMPO DE EXPOSIÇÃO: Quanto maior o tempo de exposição, maior a permeação cutânea. PESO MOLECULAR BAIXO: Maior permeabilidade. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) SUBSTÂNCIAS IÔNICAS: Essas substâncias atravessam a pele com maior facilidade. A entrada desses ativos, que ocorre pelo folículo pilossebáceo, é influenciada pela intensidade e pelo tempo de passagem da corrente elétrica. Ativos ou substâncias ionizadas mais utilizadas são colágeno, placenta, fator natural de hidratação cutânea (NMF), salicilato de sódio e ureia. CAPACIDADE DE DIFUSÃO DO ATIVO: Maior permeabilidade. TEMPERATURAS ELEVADAS: Maior permeabilidade. ALTERAÇÃO DO PH DA PELE: O pH fisiológico é em torno de 4,5 a 5,5; sendo classificado como levemente ácido. O pH alcalino eleva as condições de permeabilidade. TIPO DE VEÍCULO: Produtos cuja formulação contém vetores carreiam os ativos até as camadas mais profundas. PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS QUE MODIFICAM A PERMEABILIDADE CUTÂNEA Há uma série de procedimentos estéticos capaz de modificar a permeabilidade cutânea. Essa modificação está relacionada a alterações nos fatores biológicos e fisiológicos da pele. a) Limpeza de pele – a desobstrução dos óstios aumenta a permeabilidade cutânea; b) Hidratação – pele hidratada tem maior permeabilidade; c) Peeling – peelings físicos e químicos diminuem a hiperqueratinização, facilitando, assim, a penetração de ativos cosméticos na pele; d) Alteração do pH – como o pH da pele é levemente ácido, a aplicação de trietanolamina com vapor de ozônio (O3) ou com alta frequência de 3 a 5 minutos torna a pele mais alcalina, aumentando a sua permeabilidade; e) Lontoforese – é a utilização da eletroterapia por meio da corrente galvânica para a introdução de ativos contidos em cosméticos; f) Microagulhamento – também denominada indução percutânea de colágeno devido ao efeito obtido por meio do processo inflamatório, essa técnica realiza microperfurações na pele, aumentando significativamente a penetração de ativos via transepidérmica ou dérmica, variando de acordo com o tamanho da agulha; mesmo com o uso de agulhas menores, já proporciona resultados considerados satisfatórios; g) Outros procedimentos – calor, alta frequência, massagem, vapor de ozônio e produtos hiperemiantes aumentam o fluxo sanguíneo, a hidratação e a permeabilidade cutânea. ÓSTIOS Abertura do folículo pilo-sebáceo. Assista ao vídeo indicado e, na sequência, verifique os seus conhecimentos adquiridos até aqui. PERMEABILIDADE CUTÂNEA Desta vez, a especialista Patrícia de Castro Moreira Dias nos traz o conceito e a relação da permeabilidade cutânea, com os resultados do uso de cosméticos em programas de tratamentos associados a alguns exemplos. Vamos assistir! javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. EM COSMETOLOGIA, VEÍCULOS VETORIAIS SÃO ESTRUTURAS CUJO PROPÓSITO É CARREAR ATIVOS HIDROSSOLÚVEIS OU LIPOSSOLÚVEIS ATÉ AS CAMADAS MAIS PROFUNDAS DA EPIDERME. ASSINALE O ITEM QUE DESTACA ESSAS ESTRUTURAS: A) Óleos vegetais, modificados e sintéticos. B) Lipossomos, nanosferas e silanóis. C) Micelas. D) Espessantes orgânicos e inorgânicos. E) Tensoativos iônicos, não iônicos e anfóteros. 2. SÃO FATORES BIOLÓGICOS QUE ALTERAM A PERMEABILIDADE CUTÂNEA, EXCETO: A) Fluxo sanguíneo. B) Espessura da epiderme. C) Hiperqueratinização da epiderme. D) Região anatômica. E) Envelhecimento cutâneo. GABARITO 1. Em Cosmetologia, veículos vetoriais são estruturas cujo propósito é carrear ativos hidrossolúveis ou lipossolúveis até as camadas mais profundas da epiderme. Assinale o item que destaca essas estruturas: A alternativa "B " está correta. Os lipossomos, nanosferas e silanóis são sistemas nanoestruturados, atuando como carreadores para a liberação de ativos cosméticos na pele, visando modificar e controlar os perfis de liberação, permeação e oclusão. 2. São fatores biológicos que alteram a permeabilidade cutânea, exceto: A alternativa "A " está correta. Como vimos, o fluxo sanguíneo é um fator fisiológico e não biológico. Ele modifica a permeabilidade cutânea, caso tenhamos uma área com hiperemia, ou seja, vermelhidão, é um indicativo de aumento do fluxo sanguíneo naquela região, facilitando a permeabilidade de ativos cosméticos. MÓDULO 4 Reconhecer as possibilidades de atuação profissional no mercado cosmético MERCADO COSMÉTICO O mercado da beleza no Brasil firma-se como um dos mais promissores do mundo. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking do mercado mundial desses produtos, representando 6,1% do consumo mundial e estando atrás somente dos Estados Unidos, China e Japão (ABIHPEC, 2021). Foto: Shutterstock.com Nos últimos anos, o desenvolvimento da indústria brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) foi significativo, com crescimento médio superior a 10% ao ano. De acordo com ABIHPEC e SEBRAE (2019), vários fatores contribuíram para esse crescimento. Um deles foi o aumento da renda dos brasileiros, possibilitando o acesso das classes de baixo poder aquisitivo aos produtos lançados no mercado. Por conseguinte, os lançamentos constantes das indústrias vieram atender, justamente, às necessidades de um mercado em expansão. Devido ao aumento da expectativa de vida da população e da preocupação em se manter uma aparência mais jovial, o setor da beleza está entre os dez principais segmentos do varejo brasileiro (E-COMMERCE BRASIL, 2018). Dentre os produtos mais consumidos no Brasil, estão (ABIHPEC, 2021): FRAGRÂNCIAS PRODUTOS MASCULINOS DESODORANTES PRODUTOS PARA BANHO PRODUTOS INFANTIS PROTEÇÃO SOLAR CUIDADOS COM O CABELO HIGIENE ORAL MAQUIAGEM DEPILATÓRIOS CUIDADOS COM A PELE Nessa perspectiva, o mercado cosmético nos apresenta grandes oportunidades de trabalho e, ainda, de desenvolver estratégias inovadoras nesse segmento: PRODUTOS DE DIVERSIDADE ÉTNICA Cabe pontuar que houve um aumento na diversidadede produtos oferecidos como, por exemplo, a valorização de raízes étnicas como implementação de xampus, máscaras e cremes de pentear para cabelos cacheados e crespos. PRODUTOS DE CUIDADOS ESPECÍFICOS PARA PELE Houve, também, o aumento pela procura por produtos de cuidados específicos para pele e cabelo, em especial na população com mais de 60 anos. É claro que, com o aumento da expectativa de vida, podemos dizer que, ao passar dos anos, essa demanda ficará cada vez mais forte. PRODUTOS PARA O PÚBLICO MASCULINO Outro segmento aqui no Brasil que vem crescendo é o setor masculino, os homens estão buscando cada vez mais por tratamentos estéticos e uso de cosméticos para melhoria da pele e redução de queda capilar. PRODUTOS PARA OUTROS PÚBLICOS Além disso, outros segmentos podem ser utilizados como estratégias competitivas no mercado de cosméticos, como cosméticos para esportistas, crianças e, até cosméticos oncológicos que são produzidos com matérias-primas de origem natural, ou seja, sem uso de conservantes, sendo indicado de acordo com o quadro clínico do paciente. ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA NO MERCADO COSMÉTICO Devido ao avanço da tecnologia na indústria de cosméticos e ao crescimento do mercado de cosmético e beleza, os profissionais com formação de estética e cosmética assumiram um novo perfil dentro da área da saúde e estão aptos a realizar importantes tratamentos estéticos e orientação com o uso de produtos cosméticos. Com isso, podemos observar que para nós, profissionais de estética e cosmética, há várias oportunidades de trabalho. Além de atuarmos em centros e clínicas de estéticas, podemos atuar como revendedores de cosméticos, treinadores de equipes e consultores de cosméticos. Essa mudança também impulsiona a busca por procedimentos estéticos e o uso de cosméticos específicos. Assim, considerando a procura por consumidores cada vez mais exigentes e informados associada ao crescimento do setor e concorrência, faz-se necessário ter profissionais qualificados para atender a atual demanda. Desse modo, os cursos voltados para a área de estética e cosmética surgiram para fornecer ao mercado de trabalho profissionais atuantes em estética e cosmética, beleza e bem-estar, apesar de a profissão ter sido recentemente incluída na área de saúde. Isso porque esses atributos têm sido amplamente aceitos como complemento para uma vida saudável, a fim de se restabelecer o bem-estar físico, emocional e mental do cliente. DICA A procura pelos serviços da área da estética e cosmética permite ao profissional entendimento, conhecimento e identificação das expectativas e necessidades geradas pelo cliente. Portanto, são necessários visão estratégica e investimento em formação qualificada. Assim, o profissional poderá atuar individualmente, em suas cabines e clínicas, utilizando tratamentos tradicionais, ou participando de equipes multidisciplinares, atuando ao lado de fisioterapeutas, nutricionistas e cirurgiões plásticos. A interdisciplinaridade dos profissionais proporcionará um trabalho mais efetivo e gratificante, favorecendo os tratamentos e agregando valores à profissão. Entre as áreas de atuação, encontram-se as: TERAPIAS MANUAIS (MASSAGENS) TRATAMENTO FACIAL TRATAMENTO CORPORAL EMBELEZAMENTO DO OLHAR (MAQUIAGEM) PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DEPILAÇÃO De acordo com Schmitz, Laurentino e Machado (2010), o profissional de estética que contribui para o melhoramento das características estéticas da pele de um indivíduo deve se aprimorar, buscando treinamentos teóricos e práticos para utilizar produtos, técnicas e instrumentos que possibilite trabalhar em centros de estética, SPAs, salões de beleza e áreas afins, de modo a exercer suas atividades profissionais com toda a segurança. Foto: Shutterstock.com O mercado da estética e cosmética exige profissionais preparados, uma vez que grande parte da população não sabe usar adequadamente os produtos cosméticos, o que se torna um desafio para o êxito dos programas de tratamento. Ao implementarmos um programa de tratamento estético, precisamos indicar produtos home care. Nessa orientação, o profissional deve ter total entendimento dos ativos de modo que o ativo, de fato, potencialize os resultados e, além disso, não cause reações adversas aos pacientes. Desse modo, o profissional atuará na manutenção da saúde, da beleza e do bem-estar, por meio do uso de cosméticos e aparelhos de alta tecnologia, promovendo o melhoramento do aspecto da pele do indivíduo atendido, proporcionando promoção de bem-estar e qualidade de vida. A seguir, veremos as medidas que devem ser tomadas para controlar o risco de disseminação de doenças. PRINCIPAIS MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA O termo "biossegurança” significa “segurança da vida”, ou seja, caracteriza ações com o objetivo de evitar toda e qualquer contaminação que possa prejudicar o estado de saúde dos seres humanos. Essa contaminação pode ocorrer de forma direta — durante um procedimento estético— ou indireta, pelo meio ambiente. Os fatores de risco são classificados de acordo com a sua natureza: RISCO QUÍMICO Exposição a substâncias químicas. RISCO FÍSICO Possibilidade de contato com radiação, ruídos e vibrações. RISCO BIOLÓGICO Relacionado à exposição de microrganismos como vírus, bactérias e fungos. RISCO SITUACIONAL Exposição a ferramentas, equipamentos e materiais dispostos no ambiente de trabalho, operações mal desempenhadas ou mal planejadas. RISCO HUMANO/COMPORTAMENTAL Todo e qualquer tipo de risco decorrente da omissão e negligência humana. Assim, o profissional de estética e cosmética, durante a execução de tratamentos faciais, corporais e capilares, bem como procedimentos de beleza e visagismo, está exposto a diferentes microrganismos, patogênicos ou não, os quais podem infectar todo o ambiente clínico e, também, os demais seres vivos fora deste. Para evitar a contaminação é importante o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Veja as medidas para controlar o risco de disseminação de doenças: HIGIENE E APRESENTAÇÃO PESSOAL HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES CUIDADOS NECESSÁRIOS EM CASO DE ACIDENTES VACINAÇÃO ATENÇÃO Não se deve colocar as mãos nos produtos cosméticos, os quais sempre devem ser manipulados com espátulas e não devem ser mantidos expostos em locais que forneçam calor ou vapor. ÉTICA NA CONDUTA DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E COSMÉTICA Define-se como ética o conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Trata-se de um conjunto de normas que determina como uma atividade deve ser conduzida de modo a não prejudicar a profissão, outros profissionais e, principalmente, os clientes/pacientes. Além de todo o conhecimento científico adquirido em cursos de níveis técnico e superior, um dos grandes pilares da sustentação do trabalho do profissional de estética e cosmética é o exercício da ética profissional. ATENÇÃO Critérios e padrões devem ser adotados para que o profissional respeite o seu semelhante, atue realizando procedimentos apenas pertinentes à sua classe profissional e área de atuação, e, dessa forma, valorize a dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sociocultural da javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) comunidade onde atua. Assim, a boa conduta ética faz desse profissional um indivíduo diferenciado e valorizado por clientes e colegas de profissão. Portanto, para o exercício pleno da profissão, cada vez mais valorizada, além do constante aprimoramento técnico e científico, a fim de acompanhar o crescimento da indústria cosmética mundial, é necessário o estabelecimento de uma conduta ética profissional para a construção de uma carreira longa e respeitada. ÉTICA NA CONDUTADO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E COSMÉTICA No vídeo a seguir, a especialista Patrícia de Castro Moreira Dias fala sobre a ética na conduta do profissional de estética e cosmética, apresentando exemplos. Vamos assistir! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A ÉTICA PROFISSIONAL ESTÁ PRESENTE EM TODAS AS PROFISSÕES E ABRANGE QUESTÕES MORAIS, NORMATIVAS E JURÍDICAS, A PARTIR DE ESTATUTOS E CÓDIGOS ESPECÍFICOS. COM RELAÇÃO À ÉTICA NA PRÁTICA DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA, ASSINALE V PARA VERDADEIRO E F PARA FALSO: ( ) ÉTICA PODE SER DEFINIDA COMO UM CONJUNTO DE NORMAS QUE DETERMINA COMO UMA ATIVIDADE DEVE SER CONDUZIDA, DE MODO A NÃO PREJUDICAR A PROFISSÃO, OUTROS PROFISSIONAIS E, PRINCIPALMENTE, OS CLIENTES/PACIENTES. ( ) O PROFISSIONAL COM CONHECIMENTO CIENTÍFICO ADQUIRIDO EM CURSOS TÉCNICOS E SUPERIORES PODE SER DISPENSADO DO EXERCÍCIO ÉTICO DA PROFISSÃO. ( ) O EXERCÍCIO DA ÉTICA PELO PROFISSIONAL É DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A CONSTRUÇÃO DA SUA IMAGEM NO MERCADO. ( ) O PROFISSIONAL DA ÁREA DE ESTÉTICA NÃO POSSUI UM CÓDIGO DE ÉTICA A SER SEGUIDO, SENDO DA ESCOLHA DELE A SUA ATUAÇÃO ÉTICA PROFISSIONAL. ( ) É DEVER DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA RESPEITAR O DIREITO AO PUDOR E À INTIMIDADE DO CLIENTE. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE REPRESENTA A SEQUÊNCIA CORRETA: A) V – F – V – F – V. B) F – V – F – F – V. C) V – V – V – V – F. D) F – V – F – V – F. E) V – V – F – V – F. 2. OS PROFISSIONAIS DE ESTÉTICA ESTÃO EXPOSTOS DIARIAMENTE A RISCOS OCUPACIONAIS. É IMPORTANTE EM TODO E QUALQUER PROCEDIMENTO ADOTAR O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. SOBRE ESSE ASSUNTO, MARQUE A RESPOSTA CORRETA: A) Risco biológico se refere à exposição aos peelings químicos. B) Riscos físicos são operações mal desempenhadas ou mal planejadas. C) Risco situacional refere-se aos ruídos. D) Risco químico se refere à queimadura de substâncias químicas, como peelings químicos. E) Risco humano refere-se ao mal uso de equipamentos e materiais no ambiente de trabalho. GABARITO 1. A ética profissional está presente em todas as profissões e abrange questões morais, normativas e jurídicas, a partir de estatutos e códigos específicos. Com relação à ética na prática do profissional de estética, assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ) Ética pode ser definida como um conjunto de normas que determina como uma atividade deve ser conduzida, de modo a não prejudicar a profissão, outros profissionais e, principalmente, os clientes/pacientes. ( ) O profissional com conhecimento científico adquirido em cursos técnicos e superiores pode ser dispensado do exercício ético da profissão. ( ) O exercício da ética pelo profissional é de grande importância para a construção da sua imagem no mercado. ( ) O profissional da área de estética não possui um código de ética a ser seguido, sendo da escolha dele a sua atuação ética profissional. ( ) É dever do profissional de estética respeitar o direito ao pudor e à intimidade do cliente. Assinale a alternativa que representa a sequência correta: A alternativa "A " está correta. O profissional de estética tem um código de ética a ser seguido. A boa conduta ética faz do esteticista um profissional diferenciado e valorizado por clientes e colegas de profissão. 2. Os profissionais de estética estão expostos diariamente a riscos ocupacionais. É importante em todo e qualquer procedimento adotar o uso de Equipamentos de Proteção Individual. Sobre esse assunto, marque a resposta correta: A alternativa "D " está correta. Os riscos químicos se referem às substâncias químicas, como peelings químicos, produtos de limpeza e até mesmo produtos cosméticos que podem entrar em contato com mucosas como oculares ou oral. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS A Cosmetologia, ciência estudada há milênios, teve uma significativa evolução a partir do século XX. Os avanços, diferentes termos e estudos a tornaram uma ciência multidisciplinar. O conhecimento da legislação sobre a fabricação, o uso e a comercialização de produtos cosméticos bem como a composição da formulação cosmética permitirá ao profissional de estética maior qualificado e preparo diante do mercado estético e cosmético. Vimos também que a pele é uma barreira, porém existem substâncias capazes de atravessá-la, como as substâncias permeáveis. Como exemplos dessas substâncias, estão os gases e as partículas de reduzida massa molecular. Por outro lado, proteínas e eletrólitos são exemplos de substâncias impermeáveis. No entanto, há fatores que podem influenciar a permeabilidade cutânea, incluindo os procedimentos estéticos. Portanto, para obter resultados mais eficazes em seus procedimentos, o profissional de estética deve atualizar-se constantemente, buscando atuar com ética e cumprir as normas de biossegurança. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS (ABIHPEC). Panorama do Setor – Atualização Fevereiro 2021. Consultado na internet em: 9 abr. 2021. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS (ABIHPEC); SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE). Caderno de tendências 2019-2020. Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. São Paulo, p.13-41, 2019. Consultado na internet em: 15 fev. 2021. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Guia para a avaliação de segurança de produtos cosméticos. 2. ed. Brasília-DF: 2012. FRONZA, T.; GUTERRES, S.; POHLMANN, A.; TEIXEIRA, H. Nanocosméticos: em direção ao estabelecimento de marcos regulatórios. Porto Alegre: UFRGS, 2007. GOMES, R. K.; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. 5. ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2017. MELLAGE, C. Nutricosmetics – decoding the convergence of beauty and healthcare. In: Cosmetics, 15-17, 2008. SILVA, T. R. Cosmetologia. Portal Farmácia. S.d. Consultado na internet em: 2 fev. 2021 SCHMITZ, D. S.; LAURENTINO, L.; MACHADO, M. Estética facial e corporal: uma revisão bibliográfica. Texto digital, 2010. Consultado na internet em: 6 abr. 2021 SOUZA, I. História dos cosméticos da Antiguidade ao século XXI. Cosmética em Foco. 2018. Consultado na internet em: 1 fev. 2021. EXPLORE+ Leia o artigo Cosméticos Naturais, Orgânicos e Veganos, de Juliana Flor, Mariana Ruiz Mazin e Lara Arruda Ferreira para a Cosmetics & Toiletries (Brasil). Saiba mais sobre estudos de eficácia de produtos cosméticos no artigo intitulado Aplicação de métodos de biofísica no estudo da eficácia de produtos dermocosméticos, de Gisele Mara Silva Gonçalves e Patrícia Maria Berardo Gonçalves Maia Campos. Leia mais sobre permeação cutânea no artigo Estabilidade e estudo de penetração cutânea in vitro da rutina veiculada em uma emulsão cosmética através de um modelo de biomembrana alternativo, de André Rolim Baby e outros autores. Acompanhe as tendências para produtos cosméticos pela ABIHPEC e pelo SEBRAE em seu Caderno de tendências 2019-2020 disponível na internet. Não deixe também de ler na íntegra as leis aqui estudadas: Lei nº 9782/1999; Lei nº 6360/1976; Lei nº 8078/1990; RDC nº 92/2008; RDC nº 7/2015; RDC nº 211/2005; RDC nº 432/2020; RDC nº 237/2018; RESOLUÇÃO nº 196/1996S. CONTEUDISTA Glauce Cardoso Desmarais CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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