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- Ementa: Modulo I – Introdução ao estudo do direito ambiental - Parte conceitual - Dir. Amb. Constitucional - Licenciamento - Processo ambiental Modulo II – Temáticas do Dir. Ambiental Bibliografia básica: Direito ambiental > Edis Milaré Curso de direito ambiental – Paulo Bessa Antunes Curso de direito ambiental – Fiorillo - Avaliações - Professor 18/02/2022 I – Conceituação Meio Ambiente (Lei 6938/81): É o meio no qual estamos inseridos. Meio ambiente corresponde a uma interação de tudo que, situado nesse espaço que vivemos, é essencial para a vida com qualidade em todas as suas formas. Direito Ambiental: É o ramo do direito público, que estuda e sistematiza de forma sustentável visando (objetivando) a melhoria da qualidade de vida. Normas que estabelecem regras capazes de disciplinar as atividades humanas em relação ao meio ambiente. • É direito difuso: - Os direitos difusos são aqueles cujos titulares são indeterminados e indetermináveis. Quando violados não atingem a alguém em particular e, simultaneamente, a todos. São exemplos de direitos difusos os direitos a um meio ambiente sadio, à vedação à propaganda enganosa e o direito à segurança pública. - O direito difuso é: → Indisponível: os seus titulares não têm poder de disposição sobre eles. São irrenunciáveis e, em regra, intransmissíveis. (ex.: direito à vida) → Fundamental: inerentes à pessoa humana e essenciais à vida digna → Meta individual – Lei 8028/90: é o direito de todos os indivíduos. • É interdisciplinar - Se relaciona com vários ramos do direito • É multidisciplinar - Se relaciona com várias ciências • Possui como finalidade: - Melhoria de qualidade de vida com sustentabilidade (≠ Dignidade da pessoa humana, bem- estar social) - Sustentabilidade é utilizar os recursos naturais de tal forma que gerações futuras poderão utilizar. É intergeracional. Autossustentabilidade - Educação ambiental: processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. - Preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais; - Desenvolvimento (IDH): o Econômico o Vital o Social o Felicidade 21/02/2022 Impacto Ambiental - Dano (licenciável): - Pode ser recuperável e compensável. ▪ recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original; - Degradação: - Modificação súbita no ambiente, que causa uma alteração em suas características. - É compensável (R$), deve haver medidas de precaução. - Existe o impacto natural e o antrópico (interferência do homem) - Prevenção: Certeza científica sobre o dano ambiental. Sei o que acontecerá, e por isso eu me previno. PREVECER (prevenção + certeza) - Precaução: Incerteza científica sobre o dano ambiental. Eu não sei o se poderá acontecer algo, entretanto eu devo me precaver para caso ocorra. PRECAIN (precaução + incerteza) Dimensões do meio ambiente - Possui 3 dimensões básicas: Ecológica – Estuda as ciências ambientais; Econômica – questões ambientais influenciam também questões financeiras. Para sua manutenção, por exemplo, é necessário uso de capital; Humana – Diz respeito a vida, igualdade, liberdade, propriedade, respeito. Pois o Direito Ambiental tem a finalidade de vida do homem, as leis ambientais vem para tentar nos dar uma melhor qualidade de vida. Visões Ambientais - Antropológica: o homem é o centro do mundo, tudo deverá ser feito para o homem. - Biológica ou biocêntrica: é a visão que vigora atualmente; significa que a referência precisa ser a 'vida' e não o ser humano como idealizado na visão antropocêntrica. 25/02/2022 Bio Conceito de bio → Vida O que é Biossegurança → Biossegurança tem sido atribuída a função de garantir a integridade ambiental a partir de medidas técnicas e legais de monitoramento e fiscalização dos processos de intervenção no meio ambiente. → Combate a biopirataria → Biopirataria é a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização internacional de recursos biológicos em desacordo com as normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992. O que é Biotecnologia? → Melhoria da fauna ou da flora sem alteração de questões genéticas → A biotecnologia é o conjunto de procedimentos envolvendo manipulação de organismos vivos para fabricar ou modificar produtos → É diferente de engenharia genética, pois nesta há manipulação em nível genético O que é Biodiversidade? → Diversidade de fauna de flora → variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte. O que é Bioma? → São tipos de ecossistemas, habitats ou comunidades biológicas com certo nível de homogeneidade. → É um conjunto de ecossistemas interligados O que é Biota? → Biota é o conjunto de todos os seres vivos de uma determinada região. O que é Biosfera? → Biosfera ou ecosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da Terra. Poluição Qual o conceito de poluição? Toda alteração biológica, física ou química do meio que cause a degradação da qualidade ambiental Quais são os elementos do meio ambiente? Bióticos: Tem vida Abióticos: Não tem vida 08/03/2022 - Visões em relação no meio ambiente Biocentrismo/antropocentrismo - Fontes do direito ambiental • Formais: ▪ Normas ▪ Leis ▪ Jurisprudências • Materiais: ▪ Pressões da sociedade civil organizada ▪ Novas tecnologias ▪ Descobertas científicas ▪ Doutrina - Ética ambiental ▪ Questões objetivas: Finalidade, sustentabilidade, qualidade de vida ▪ Por que o homem destrói a natureza? Ganância, necessidade demográfica, ignorância: Nossas necessidades são ilimitadas. ▪ Fragilidade do planeta - Classificação do ambiente (JJ Canotilho) - Natural: preservação. Tudo que já estava na terra. - Artificial: convivência. Tudo que foi criado pelo homem. - Trabalho: local onde se exerce atividade. - Cultural: ligado a cultura da sociedade. Ex. Lei do tombamento. 11/03/2022 Aspectos ambientais - Negativos: são os que pioram a situação ambiental. - Positivos: São os que melhoram a situação ambiental Componentes ambientais - Terra - Ar - Água Fontes de poluição - Hospitalar: Resíduos hospitalares. Necessário coleta especial. - Comercial: Causadas por coisas ligadas ao comércio. (latinhas e etc.) - Industrial: Causadas por coisas ligadas à indústria e também é necessário haver coleta (por distritos industriais) (graxa e etc..) - Agrícola: Causado por agrotóxicos. Pode ser orgânica e inorgânica. - Residencial: Causadas pelas pessoas em seu cotidiano. - Serviços: Lixo tecnológico. - Mineração: Causada ao se extrair minérios Patrimônio genético - Fauna e flora (art. 225 CF) - É responsabilidade do Estado; - Biopirataria é quando alguém tenta entrar ou sair das fronteiras de um pais com algum material vivo. Principiologia do direito ambiental Princípio da prevenção: PREVECER (prevenção + certeza) - Certeza científica do dano ambiental; - Sei do impacto e tomo medidas para diminui-lo; - “Quando acontecer” - Há vertentes que falam que na ciência de dano ambiental a atividade que lhe causaria deve ser evitada; Princípio da precaução PRECAIN (precaução + incerteza) - Incerteza científica do dano ambiental; - Eu não sei o se poderá acontecer algo, entretanto eu devo me precaver para caso ocorra. - “se acontecer”Princípio da dignidade da pessoa humana - Significa que o povo deve ter todos os direitos que a constituição oferece, individuais, coletivos, sociais e difusos Princípio da democracia - O cidadão tem direito à informação e participação na elaboração de políticas públicas de preservação ambiental; Princípio do poluidor pagador - Se imputa ao poluidor a responsabilidade de arcar com os custos resultantes de sua poluição; - Possui natureza reparatória e punitiva; - Poluidor: “é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividades causadoras de degradação ambiental. Princípio do usuário pagador - Pessoas que usam recursos naturais devem pagar por tal utilização, ainda que não haja poluição; - Também se aplica a pessoas que utilizam de serviços que visam amenizar o impacto ambiental negativo, tal como a coleta de lixo; - Possui natureza remuneratória; Principiologia Publicidade ampliada - Todos os atos do poder público devem ser publicados, para que todos tenham conhecimento; - Os atos em relação aos atos ambientais devem ser publicados mais vezes, mínimo 3. Por isso o nome de publicidade ampliada; - Imprensa da União: D.O.U - Imprensa do Estado: Minas gerais (esse é o nome do local onde é publicado - Imprensa do Município: geralmente não tem, a grande maioria veicula em jornais comuns, ou somente na prefeitura - Quando o empreendimento potencialmente poluidor é de porte grande e pode causar muitos danos ao meio, se utiliza tal princípio em audiências públicas; Preservação Ambiental - Diz que se devem tomar medidas para que o ambiente seja preservado; - Ligado à autossustentabilidade e seus itens; - Educação Ambiental; Federação cooperativa; - Poderá existir cooperação entre União, Estados e Municípios • Adm. Direta • Adm. Indireta ▪ Fundação; ▪ Institutos/Autarquias; ▪ Entes de cooperação; ▪ Emp. Pública; ▪ Emp. Economia Mista; • ONG’s ▪ Oscip’s Preponderância de interesses - Havendo conflito de interesses, deve-se ponderar os interesses de cada ente; • Nacional: União tem preponderância • Regional: Estado tem preponderância • Local: Municípios tem preponderância Norma mais efetiva - Em um conflito de normas, escolhe-se a mais efetiva; - Princípio utilizado para resolver conflitos de competência. - Eficiência e eficácia - A norma mais efetiva é a que melhor protege o meio ambiente; Função socioambiental da propriedade - As propriedades devem cumprir com sua função social; - Quanto a função social, quer dizer que a propriedade deve ser utilizada de forma que também traga benefícios à sociedade - Propriedade é toda imputação jurídica de um bem a uma pessoa; - Limitações ao direito da propriedade: → Existem, pois as propriedades possuem função social; → A desapropriação é uma limitação ao direito de propriedade; - A desapropriação pode ser amigável ou litigiosa; - A desapropriação também pode ser ordinária ou extraordinária; Ordinária: Paga previamente e em dinheiro Extraordinária: Municipal (prevista no plano diretor, vide CF/88) e federal (reforma agrária) (plano diretor em si não é uma limitação, mas poderá prever limitações) → Desocupação é quando o poder público retira a pessoa que usa a propriedade, mas somente a título de posse (posseiro - não tem o título de propriedade). Indenização é somente sobre as benfeitorias feitas, pois não existe usucapião de áreas públicas; → Tombamento Tem o fim de resguardar características de época de uma determinada propriedade ou preservar determinado local; → Servidão ambiental: compensar a poluição causada com algum ato benéfico ao meio ambiente; → Consolidação: É quando alguma autoridade utiliza de propriedade particular em algumas situações, sendo paga indenização caso haja dano; → Restrições administrativas; → Ocupação temporária; → Usucapião; Trabalho P/ entregar sexta-feira – Enviar p/ e-mail da turma - Princípio da função socioambiental da propriedade: • Limitações: • Desapropriação: Valor venal = 80% • Desocupação: Benfeitorias = 20% • Tombamento (IEPHA – SPHAM – UNESCO – Municipais) • Servidão ambiental • Consolidação • Restrições administrativas, • Ocupação Temporária - Direito constitucional ambiental: • Art. 20 – Bens ambientais dos entes federados, • Art. 21 a 31 - Competências dos entes federados, Art. 225 “norma matriz” do direito ambiental; Bens e competências: • União > Descritos • Estados > Residuais, • Municípios > Pontuais, • DF > estados + municípios 28/03/2022 Grupos de competências: • Materiais ou executivas ou administrativas • Legislativas - Bens de uso comum - Terras devolutas - Águas • Doces: Divisórias (união) Internas (estados) • Salgadas: União • 200 Milhas: Zona econômica exclusiva Plataforma continental • 20 milhas: Mar territorial Art. 21 a 24 CF 21 – Exclusiva (união) material (atuar) 22 – Privativa (união) legislar 23 – Comum (todos os entes federados) material (atuar) 24 – Concorrente (uni/esta/DF) legislar §1º - união faz a norma geral §2º - EST/DF podem suplementar -> concorrente suplementar: EST/DF §3º - EST/DF podem plenamente -> concorrente plena: EST/DF - O que fica claro, até mesmo pela literalidade do caput do art. 24, é que, quanto à matéria ambiental, o constituinte optou pela competência legislativa concorrente. - Em síntese, como se extrai dos transcritos §§ 1º a 4º do art. 24, significa isso que: • mais de um ente federativo poderá dispor sobre um mesmo assunto (concorrência); • deve a União limitar-se a estabelecer normas gerais (§ 1º); • aos Estados (§ 2º) e aos Municípios (art. 30, II) cabe estabelecer normas de caráter suplementar, de acordo com suas especificidades; • caso a União não edite a norma de caráter geral, podem os Estados fazê-lo (§ 3º), até que sobrevenha norma federal, suspendendo sua eficácia no que for contrário (§ 4º). Direito constitucional: Competências ambientais UNIÃO - Exclusiva e material da União: Artigo 21, incisos IX, XVIII, XIX, XX e XXIII da CF • Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; • Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e inundações; • Instituir um sistema nacional de gerenciamento de recursos híbridos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; • Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; • E explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer o monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos princípios e condições estabelecidos pela própria Constituição. - Legislativa privativa da União: art. 22 Legislar sobre: • águas e energia; • jazidas, minas e outros recursos minerais; • e atividades nucleares de qualquer natureza - Quando houver Lei Complementar que assim estabeleça, os Estados também poderão legislar sobre esses assuntos. É a regra da delegação. ESTADOS - Competência executiva exclusiva - A Constituição não enumera as competências executivas exclusivas dos Estados, somente as dos Municípios e da União. - A competência que lhe sobra é a remanescente, ou seja, aquelas que não foram designadas para outro ente público. - A Constituição ainda dispõe aos Estados o poder de explorar diretamente, através de concessão, os serviços de gás canalizado e instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicasde interesse comum. Competência legislativa exclusiva - Cabe ao Estado legislar tudo aquilo que a Constituição não atribuiu aos Municípios ou à União. MUNICÍPIOS Competência executiva exclusiva - Promover o adequado ordenamento territorial, o que deve ser feito mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. - Proteger o patrimônio histórico-cultural local com observância da legislação e da ação fiscalizadora da União e dos Estados. Competência legislativa exclusiva - É competência municipal legislar sobre assuntos de interesse local; - Caberá aos Municípios legislar sobre todas aquelas matérias em que seu interesse prevalece sobre os interesses da União e dos Estados; Competência legislativa suplementar - A Constituição possibilita aos Municípios preencher lacunas de normas estaduais ou federais ou adaptá-las ao contexto local. - As normas municipais não podem ser menos restritivas ou menos protetoras que as estaduais ou federais; - Os Municípios podem criar normas sobre assuntos que não existem nas esferas superiores. A função suplementar é de adaptar a legislação federal ou estadual e não há como adaptar algo que não existe. ART. 24 CF - O que fica claro, até mesmo pela literalidade do caput do art. 24, é que, quanto à matéria ambiental, o constituinte optou pela competência legislativa concorrente. Em síntese, como se extrai dos transcritos §§ 1º a 4º do art. 24, significa isso que: • mais de um ente federativo poderá dispor sobre um mesmo assunto (concorrência); • deve a União limitar-se a estabelecer normas gerais (§ 1º); • aos Estados (§ 2º) e aos Municípios (art. 30, II) cabe estabelecer normas de caráter suplementar, de acordo com suas especificidades; • caso a União não edite a norma de caráter geral, podem os Estados fazê-lo (§ 3º), até que sobrevenha norma federal, suspendendo sua eficácia no que for contrário (§ 4º). COMPETÊNCIA COMUM: UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS Competência administrativa comum (não legislativa) • Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; • Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico e cultural; • Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; • Preservar as florestas, a fauna e a flora; • e, por fim, registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos híbridos e minerais em seus territórios. Bens dos entes administrativos Terras devolutas: LEMBRAR: São terras públicas sem destinação pelo poder público, que não integram o patrimônio de um particular, mas são pertencentes à União, por força do art. 20, II, desde que situadas na faixa de fronteira. - São terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. - O termo "devoluta" relaciona-se ao conceito de terra devolvida. - São terras devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito Federal, as terras que, não sendo próprios nem aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado. - São bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa: • Das fronteiras; • Das fortificações e construções militares, • Das vias federais de comunicação; • e à preservação ambiental, definidas em lei. - As demais terras devolutas, em regra, desde que não tenham sido trespassadas aos Municípios, são de propriedade dos Estados. - As terras devolutas não passíveis de usucapião. Terrenos de Marinha; Terrenos acrescidos de marinha: - Os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha; Mar territorial: - Faixa de 12 milhas de largura: a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial; Zona contígua: - Faixa de 12 às 24 milhas marítimas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial; Zona econômica exclusiva: - Faixa de 12 às 200 milhas marítimas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial; Plataforma continental: - Leito ou subsolo das áreas marítimas que se estendem além do seu mar territorial, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base; Faixa de fronteira: - Faixa de até 150 quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres; Bens de uso dominical: - Bens dominicais são espécies de bens públicos, ou seja, são aqueles que pertencem ao Estado, porém, sem uma afetação ou destinação em relação ao Poder Público, isso significa que o Estado possui o domínio do bem que, por sua vez, poderá ser disponível após preenchimento dos requisitos previstos em lei. - Pertencem ao Estado na sua qualidade de proprietário, como terrenos de marinha, terras devolutas, prédios de renda, títulos da dívida pública e outros. - Constituem o patrimônio disponível, exercendo o Poder Público os poderes de proprietário como se particular fosse. São bens desafetados, ou seja, não possuem destinação pública. Bens de uso especial: - São bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. Bens de uso comum do povo: - São bens do Estado, mas destinados ao uso da população. Ex.: praias, ruas, praças etc. Para a prova- Competências ambientais constitucionais: União: - O art. 21 descreve competências exclusivas materiais; - O art. 22 descreve competências privativas legislativas; Estado: - Não possui competências exclusivas, pois sua competência é residual, tanto na esfera legislativa quanto na executiva: competência remanescente/residual, tudo o que não foi atribuído à União e aos Municípios; Municípios: - Promover adequado ordenamento territorial e proteger patrimônio histórico-cultural local; - É competência municipal legislar sobre assuntos de interesse local em matérias em que seu interesse prevalece (locais); - Competência legislativa suplementar: preencher lacunas estaduais e federais, ou adaptar normas à sua realidade; Comum: - Art. 23 descreve competências materiais comuns à todos os entes federados; Concorrente – art. 24 e §§ (mais de um ente federativo poderá dispor sobre um mesmo assunto): - Descreve competências legislativas concorrentes aos entes federados; - Aqui a união se aterá a criar normas gerais; - Aos Estados (§ 2º) e aos Municípios (art. 30, II) cabe estabelecer normas de caráter suplementar, de acordo com suas especificidades; - Caso a União não edite a norma de caráter geral, podem os Estados fazê-lo (§ 3º), até que sobrevenha norma federal, suspendendo sua eficácia no que for contrário (§ 4º). Em resumo: Art. 21: Competências exclusivas materiais da União; Art. 22: Competências Legislativas privativas da União; Art. 23: competências materiais comuns à todos os entes federados; Art. 24: Descreve competências legislativas concorrentes aos entes federados: • § 1 – União cria normas gerais; • § 2 – Estados/DF estabelecerão normas de caráter suplementar; • § 3 – Na falta de norma geral criada pela união, o Estado/DF poderá criar; • § 4 – Caso venha posterior norma geral suprindo a falta disposta no § anterior, suspendera a eficácia da criada pelo Estado no que lhe for contrária; Art. 25 § 1º: Estados possuem competência remanescente/residual, podem legislar/atuar em tudo o que não foi atribuído à União e aos Municípios; Art. 30 II: Município poderá estabelecer normas de caráter suplementar;
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