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APOSTILA ODONTOPEDIATRIA - P2 (PDF)

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Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
Cariologia EM ODONTOPEDIATRIA 
DIAGNÓSTICO DA CÁRIE DENTÁRIA 
• Cárie Precoce da Infância 
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA CÁRIE DENTÁRIA EM ODP: 
A cárie dentária é uma doença infecciosa, transmissível, multifatorial, que resulta da 
combinação de 3 fatores principais: 
 Hospedeiro: dentes suscetíveis. 
 Microorganimos: presentes no biofilme dental (Streptococcus Mutans). 
 Dieta: substrato (açúcar e carboidrato). 
 Outro fator é o tempo. É relevante porque mesmo em presença dos outros 3 fatores, o 
desenvolvimento da cárie é um processo relativamente lento e demora até que seja observada 
clinicamente. 
Também existem fatores secundários, como: 
 Saliva: tem função protetora em razão da sua composição. 
- Capacidade tampão: remoção e neutralização de ácidos. 
- Maturação pós-eruptiva. 
- Formação de película adquirida. 
- Função antibacteriana. 
- Condições sócio-econômicas: condição sócio-econômica = maior qualidade de vida 
(saúde). 
- Idade, sexo, raça. 
- Padrão Familiar. 
- Pacientes sistemicamente comprometidos (quimioterapia e radioterapia). 
CARACTERÍSTICAS HISTOCLÍNICAS DA LESÃO DE CÁRIE: 
EM ESMALTE: 
Mancha branca ou amarelada (não-cavitada) 
 Superfícies lisas: forma de cone com o ápice direcionado para a junção amelodentinária e a 
base voltada para superfície externa. 
 Superfícies oclusais: região de sulcos, fissuras e cicatrículas. Formato cônico, cuja a base 
está voltada para dentina e o ápice para a superfície oclusal. 
 
 
 
 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 
 
 
 
EM DENTINA: 
 
A AVALIAÇÃO DO RISCO DE CÁRIE: é a determinação da probabilidade da incidência 
da 
doença (ex: número de novas lesões incipientes ou cavitadas) durante certo período de 
tempo. 
 Risco de cárie: possibilidade que o paciente apresenta de adquirir a doença cárie  
deveria ser restrita aos pacientes livres da doença, visto que nos pacientes que possuem 
lesões, o termo adequado seria atividade de cárie, e não risco. 
 Baixo risco = risco não identificado 
 Médio e alto riscos = risco identificado 
 Etiologia da doença CÁRIE: multifatorial; 
 A avaliação do risco de cárie torna-se mais útil quando se vislumbra a população e não 
o indivíduo como unidade de análise; 
Fatores Relativos ao hospedeiro: 
Idade: fase de irrupção – aumento do risco – em especial durante erupção dos 1ºmolar 
permanente 
Uso de Flúor: indivíduos que utilizam tem menor risco 
Experiência Prévia de Cárie: forte indicador de risco – relacionado a hábitos 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
Análise da Função Salivar: fluxo salivar e capacidade de tampão da saliva; 
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE CÁRIE DENTÁRIA: conceituada como o grau de 
progressão ou a velocidade da doença; O paciente já está com a doença cárie manifestada; 
Parametros: avaliar a aparência clínica da lesão, isto é, os sinais da doença + fluxo salivar, 
consumo de açúcar e higiene bucal também são avaliados; 
DIAGNÓSTICO DA CÁRIE: associação do método visual + método radiográfico 
 O Diagnóstico através da retenção de sonda exploradora tornou-se contraindicado; 
 A distinção entre lesões ativas e inativas é muito importante para o clínico; 
 Lesão não ativa – nenhum tratamento é necessário para impedir sua progressão; 
 Lesão inativa – medidas devem ser instituídas para impedir sua progressão; 
Por que diagnosticar a doença cárie? 
 Garantir melhor tratamento; 
 Nortear o profissional na tomada de decisão para cada caso específico; 
 Lesão Inicial de cárie: lesão de mancha branca 
Exame Radiográfico: 
 Avaliar profundidade das lesões 
 Juntamente com a inspeção visual garante melhor diagnóstico de lesões em dentina 
Método Visual: 
 Melhor método para detecção de cárie; 
 Deve ser feito com máximo rigor 
 Deve ser feito com iluminação adequada, superfície limpa com ausência de biofilme; 
local seco 
 Avaliar a rugosidade de esmalte e consistência da dentina com a sonda OMS 
 Subjetividade inerente ao exame visual 
 Criou-se  índice que padronize 
ICDAS  Sistema internacional de detecção e avaliação de lesões de cárie. Em virtude da grande 
variabilidade entre critérios visuais, um grupo de pesquisadores em Cariologia desenvolveu esse novo 
sistema, que busca padronizar a detecção de lesões de cárie. 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na dúvida sempre optar pelo menor escore; 
Lesões escores 5 e 6 do CDAS são as lesões mas severas; 
Critério de Detecção de Lesões de Cárie: 
Extensão das lesões: saber se está em esmalte (progridem mais lentamente) ou em dentina – 
importante, pois é uma forma de inferir o prognóstico ou a velocidade de progressão da lesão – 
lesão de esmalte são mais lentas; 
Cavitada ou não cavitada: a partir do momento que a superfície fica descontínua haverá 
possibilidade de o biofilme adentrar para o interior da lesão; Adotar controle de biofilme; 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 Proximais (observar cavitações + RX) – dificuldade: localização dessas lesões 
 Utilização da separação temporária com elástico IDASC 
 Sangramento da papila gengival adjacente – fator associado a atividade de lesões proximais 
 
 Oclusais: fazer controle de biofilme na escovação 
Atividade das lesões: relaciona-se com a velocidade de progressão 
 - Ativa: aspecto rugoso e opaco 
 - Inativa: aspecto liso e brilhante 
 Supondo duas lesões distintas, com as mesmas condições de severidade (profundidade e 
integridade superficial) – uma ativa e outra inativa –, deve-se mudar 
a conduta frente a ela? A resposta é sim. Completamente 
 A avaliação da atividade de lesões de cárie é por meio de características diferenciais ativas 
e inativas; 
 Biofilme maduro sobre lesão: forte indicativo para diferenciar ativa e inativa; biofilme atua 
como combustível; lesões ativas geralmente se localizam em regiões mais propensas ao 
acúmulo de biofilme; Biofilme maduro pode ser evidenciado por meio de corantes; 
Como avaliar a atividade das lesões usando o ICDAS: 
 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 
 
 
 
O controle da doença cárie: compreende influenciar a formação e o desenvolvimento 
do biofilme e/ou modificar a cinética da dissolução das apatitas. Os fatores seguintes 
podem apresentar um papel relevante: remoção mecânica/química da placa (higiene bucal); 
modificação química da placa (uso de antimicrobianos); uso do flúor; composição da dieta; 
composição e fluxo salivar 
 
NUTRIÇÃO E CONTROLE DA DIETA APLICADA EM ODONTOPEDIATRIA 
Hábitos Alimentares: hábitos alimentares tendem a seguir padrões socioeconômicos e 
culturais 
 Crianças cujas mães têm menor grau de escolaridade costumam ingerir alimentos 
açucarados em grande quantidade; mães de baixo nível socioeconômico oferecem doces e 
guloseimas com mais frequência para os filhos, adicionam açúcar em mamadeiras, chupetas 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
e direcionam mais recursos financeiros na obtenção de produtos açucarados, comparadas 
com aquelas com melhores condições socioeconômicas. 
 Estudos epidemiológicos: A maioria desses estudos mostra uma relação mais fraca do que 
seria esperada entre a ingesta de açúcar e a presença de cárie dentária, tendo em vista as 
dificuldades para se estabelecer o consumo de açúcar em grupos infantis, visto que os 
registros sobre as médias populacionais da quantidade de açúcar consumido não fornecem 
dados por faixa etária, impedindo a investigação do seu consumo em crianças; 
• Ensaios dietéticos clínicos: fatores dietéticos mais importantes associados ao aumento da 
prevalência de cárie em crianças são consumo frequente de carboidratos entre as refeições, na 
forma de líquidos açucarados e/ou guloseimas, sem a subsequente higiene bucal; 
Cárie de Mamadeira ou rampante – associada ao usode mamadeira com sacarose + falta de 
controle do biofilme; Rápida progressão; 
IMPORTÂNCIA DOS HÁBITOS ALIMENTARES EM ODONTOPEDIATRIA: 
 A dieta pode afetar os dentes de duas maneiras: antes e após a irrupção 
 Tem efeitos nutricionais: formação do dente e composição da saliva 
 Tem efeitos locais: metabolismo dos elementos da dieta na placa bacteriana e saliva 
 Tratando-se de cárie dentária, os constituintes nutricionais, embora importantes para o 
desenvolvimento como um todo, atuam, na verdade, como um fator modificador, pois 
os produtos presentes no microambiente esmalte/placa é que terão impacto decisivo no 
processo da doença; 
 Açúcares intrínsecos: disponíveis na natureza, naturalmente integrados na estrutura 
celular do alimento; Frutas e Vegetais; dificilmente são responsáveis por doenças; 
 Açúcares extrínsecos: extraídos da cana ou beterraba; são adcionados aos alimentos; 
associado ao desenvolvimento de cáries cárie 
 O alimento de alto potencial cariogênico é aquele utilizado rapidamente pela 
placa bacteriana. 
Nutrição: 
Períodos de desnutrição  atraso na irrupção dos dentes; 
 
MÉTODOS DE CONTROLE MECÂNICO E QUÍMICO DO BIOFILME DENTAL: 
MECÂNICO: 
- É o de primeira escolha 
- Desorganiza biofilme 
• Escovação: remoção mecânica do biofilme; diversas técnicas; 
• Limpeza interproximal: fio dental com sabor tem maior aceitação entre crianças; escova 
interdental  risco de cárie proximal e problemas periodontais 
• Limpadores de língua 
• Dentifrícios (abrasivos): liberação de fluoretados; remineralização de lesões cariosas iniciais e 
redução da solubilidade do esmalte dentário; 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
- Dentifrícios com menor concentração (500 ppm de F) mostram-se conflitantes, altas 
concentrações parecem conferir grande efeito protetor contra a cárie, porém com alto risco de 
fluorose 
- Crianças com menos de 6 anos realizem escovação supervisionada 
• Limpeza profissional (supra e subgengival): profissional irá indicar de acordo com o caso; 
 
QUÍMICO 
- Controle através de soluções para bochecho, sprays, vernizes, gomas de mascar, irrigadores, 
palitos, dentifrícios... 
• Flúor (efeito antimicrobiano limitado) 
• Cloreto de Cetilpiridínio (Oral-B Complete); 
• Triclosan (Colgate Plax); 
• Clorexidina (bochecho-ger-verniz): terapia adcional; utilização máxima de 15 dias ( 
destruição de microbiota saudável); 
 -Indicação: Crianças > 5-6 anos que já conseguem cuspir; Controle pós-opertório; 
pacientes especiais; dentição mista (dor/inchaço) 
- Os agentes antimicrobianos mais utilizados no controle químico do biofilme são a clorexidina, 
o cloreto de cetilapiridínio, a triclosana e os óleos essenciais. Salienta-se que, embora essas 
substâncias sejam eficientes no controle químico, não devem ser substituídas pelo controle 
mecânico. 
- Riscos de seu uso em pré-escolares, que podem causar intoxicação 
– ingestão aguda ou fluorose – ingestão crônica. 
*Efeitos adversos importantes – tertaciclina e metranidazol 
 Subst. antimicrobianas podem ser usadas profilaticamente, em associação ao controle 
mecânico,na tentativa de evitar o acúmulo de placa e desequilíbrio; 
A escovação, eficaz e adequadamente realizada é o principal fator de desaceleração do 
crescimento microbiano. A remoção do biofilme bacteriano é imprescindível para manutenção 
da saúde bucal, os métodos químicos e mecânicos são de alta confiabilidade para realização do 
controle da placa bacteriana, devendo ser utilizados de forma conjunta 
 
USO DO FLÚOR NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DA CÁRIE DENTÁRIA 
“FLUOReto é um dos agentes de maior sucesso na prevenção de carie, porém tem 
efeito antimicrobiano limitado” 
 Fluorose óssea: acomete adultos. 
 Fluorose dentária pré-natal: quando a gestante ingere grande quantidade de flúor, fazendo 
com que o bebê desenvolva a doença; 
 Fluorose dentária pós-natal: quando a própria criança ingere grande quantidade de flúor, 
fazendo com que os dentes permanentes erupcionem com manchas esbranquiçadas a 
acastanhadas 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
SUPLEMENTAÇÃO PRÉ-NATAL: 
- A suplementação pré-natal ainda necessita de comprovação científica de sua eficácia clínica 
na 
redução de lesão de cárie em esmalte de dentes decíduos; 
- Atualmente, nenhuma Organização, Instituição ou Sociedade recomenda a suplementação 
pré-natal 
- Suplemento pré-natal com flúor não tem significado cariostático significante. 
 
SUPLEMENTAÇÃO PÓS-NATAL: 
- Embora os suplementos de flúor pós-natal tenham sido usados no passado em programas 
escolares em termos de saúde coletiva, atualmente eles são basicamente de indicação 
individual. 
- A dose de flúor prescrita leva em consideração a idade da criança e o teor de flúor na água de 
abastecimento público. 
• Efeitos da suplementação sobre os dentes permanentes: mesmo que decíduos 
• Águas e outras bebidas: 
 Efeito tópico importante; 
 A eficácia preventiva da fluoretação das águas de abastecimento público, em relação à 
cárie dentária, depende da continuidade da medida ao longo do tempo e da manutenção 
de teores adequados de flúor. 
 O ajuste do nível do fluoreto a uma concentração ótima no suprimento de água de 
abastecimento público é um método benéfico e barato para reduzir a ocorrência de 
cárie1 
 Água de abastecimento deficiente em flúor (<0,6 ppm) indicasse suplementação da 
dieta com fluoreto; 
• Dentifrícios: efeito tópico importante; A concentração de flúor de um dentifrício deve estar 
entre 1000-1100 ppm 
- Sem flúor (0-3 anos): risco de deglutição. Auxilia na formação de hábito. Indicado para levar 
para escola. 
- Baixa concentração de flúor (3-7 anos): 500-550 ppm. 
- Concentração convencional de flúor (acima 7 anos): 1.000-1.500 ppm 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
• Geis: 
 NaF 2% com 9.000 ppm de flúor. 
 Fluorfosfato acidulado 1,23% com 12.300 ppm de flúor. 
 Técnica: 
- Profilaxia. 
- Isolamento relativo e sugador, secagem dos dentes. 
- Aplicar por 1-4 minutos, preferencialmente com moldeiras. Depois remover o excesso 
com 
gaze. 
- Orientar a criança a não ingerir líquidos e sólidos por 30 minutos. 
• Soluções: Bochechos 
• Mousse de flúor: Mesma técnica que os géis 
• Vernizes: Crianças com risco à cárie, o uso de verniz e outros materiais restauradores que 
liberam flúor são benéficos; 
• Pastas profiláticas 
- A suplementação de flúor está indicada caso não haja água de abastecimento público fluoretada 
ou se esta apresentar concentração abaixo da considerada ótima. No entanto, o binômio 
risco/benefício deve ser muito bem analisado. A criança pode estar sujeita à exposição de várias 
formas de flúor, portanto a determinação da dose diária de exposição a este deve ser considerada, 
uma vez que os níveis de fluorose dentária estão crescendo; 
- Vale a pena lembrar que, ao recomendar o uso do flúor por qualquer das formas propostas, 
deve-se estar ciente de outro medicamento que a criança possa estar tomando, porque, às vezes, 
ela já pode estar recebendo flúor com as vitaminas, sem que a família tenha conhecimento. Esse 
cuidado é importante para não haver ingestão de flúor em excesso. 
- Cuidar crianças de baixa idade, para que elas não façam ingestão de quantidades excessivas; 
Tratamento tópico com fluoreto aplicado profissionalmente: 
 Baseado no estabelecimento do risco de cárie.. Devem ser tomadas as precauções para evitar 
a deglutição de qualquer flúor tópico aplicado pelo profissional. 
Flúor auto-aplicado ou aplicado pelo responsável: 
 O uso do creme dental fluoretado deve ser recomendado como um procedimento 
preventivo básico. 
 Alto risco de cárie (por exemplo, crianças com aparelhos ortodônticos aparelhos 
protéticos, com função salivar reduzida, que são incapazes de limpar corretamente os 
dentes, em risco dietético, com mães ou irmãos com cárie, ou com elevados níveis de 
bactériascariogênicas) ou presença de atividade de cárie devem ser consideradas para 
que a terapia adicional de flúor seja prescrita para crianças. Programas caseiros de uso 
de enxaguantes contendo flúor ou géis fluoretados aplicados com a escova de dente 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
Flúor no Controle da Doença Cárie: 
É capaz de interferir com a dinâmica do processo de cárie, reduzindo a quantidade de minerais 
perdidos quando do fenômeno da desmineralização e ativando a quantidade reposta quando da 
remineralização salivar. 
QUAL A ORIENTAÇÃO ATUALIZADA QUANTO AO 
USO DE CREME DENTAL FLUORETADO PARA 
BEBÊS (0 A 36 MESES)? 
 Dentifrício com 1000ppm de flúor deve ser utilizado em crianças 
com o objetivo de prevenir a cárie; 
 A frequência do uso deve ser de duas vezes ao dia; 
 A quantidade usada deve ser pequena, um esfregaço para crianças abaixo de 2 anos e 
uma ervilha para crianças entre 2 a 5 anos; 
 A ingestão de dentifrício com flúor leva ao risco de fluorose. Este risco deve ser 
considerado em relação ao benefício na prevenção da cárie;| 
 Os pais/responsáveis devem ser instruídos quanto a necessidade do uso do dentifrício 
dependendo do risco de cárie, a frequência de escovação e a quantidade de dentifrício 
utilizado. 
 REMOÇÃO MECÂNICO-QUÍMICA DE TECIDO CARIADO 
• Remoção do tecido cariado utilizando instrumentos manuais em conjunto com um material de 
ação química; 
• Indicação: 
 Crianças 
 Pacientes com necessidades especiais 
 Fóbicos 
 Idosos 
 Portadores de enfermidade não aconselháveis ao uso de anestésico. 
Objetivo da técnica : 
 Preservação da dentina sadia. 
 Não utilização de alta rotação. 
 Não utilização de anestésico injetável. 
 
• A anestesia pode ser, na maioria das vezes, dispensada. 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 
• CARISOLV™: 
Contem Hipoclorito 
Vantagens: 
 Efetividade ao remover tecido, preservando dentina sadia. 
 De maneira fácil, promovendo maior conforto ao paciente. 
 Desvantagens: 
 Custo elevado. 
 Tempo de trabalho diminuído. 
 Dificuldades de utilização(credenciamento). 
 Dificuldade de encontrar o produto. 
 
• PAPACARIE®: 
Menos agressivo na dentina que o hipoclorito 
Indicações: na remoção das cáries radiculares, cáries 
profundas e cáries em crianças. Elimina a dentina 
cariada preservando o tecido sadio sem a utilização de anestesia local e o uso de instrumentos 
cortantes rotatórios. Em cavidades profundas reduz o risco de exposição pulpar. Em 
periodontia, o Papacárie® é utilizado no tratamento químico-mecânico da superfície radicular, 
facilitando a remoção de cálculos e alisamento da raiz. 
 Não tem contra indicações e pode ser indicado tanto em dentes decíduos como em 
permanentes, não é tóxico e para comprovar a segurança do tratamento com o material 
Para a remoção da dentina cariada: 
 Preencher a cavidade da cárie com PAPACÁRIE DUO® e deixar o produto agir 
durante pelo menos 30 segundos. Em seguida, raspar a dentina cariada amolecida com a 
parte da colher de dentina que não tem corte. O gel deve ser reaplicado quantas vezes 
forem necessárias, até não haver mais a presença de tecido amolecido. 
Indicação do uso: 
 Quando o gel permanecer com a coloração clara, inalterada, uma sonda exploradora com 
ponta arredondada deve ser utilizada para comprovar se a cavidade está livre de tecido 
infectado: caso não haja tecido cariado remanescente, retirar o gel com uma bolinha de 
algodão embebida em água e restaurar a cavidade com material apropriado. 
 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
QUESTÕES DA REFERÊNCIA: 
1. Em que consiste a técnica de remoção químico-mecânica da cárie dental? 
Consiste na remoção do tecido cariado utilizando instrumentos manuais em conjunto 
com um material de ação química, sendo indicado para lesões em dentina, cavitada e 
sem envolvimento pulpar. A anestesia pode ser, na maioria das vezes, dispensada. 
2. Cite dois exemplos de materiais que cumprem esta finalidade. 
 CARISOLV™: hipoclorito de sódio (NaOCI) a 0,5%; Gel vermelho, ácido glutâmico, 
leucina, lisina cloreto de sódio, eritrosina, carboximetil-celulose (CMC), hidróxido de sódio e 
água. 
3. Qual o princípio deste método? 
 PAPACARIE®: gel, composto por papaína, cloramina, azul de toluidina, sais e 
espessante. Seus principais componentes ativos, a papaína e a cloramina, possuem 
propriedades bacteriostáticas, bactericidas e anti-inflamatórias. 
4. Quais são limitações são apresentadas pelos métodos químicos-mecânicos de remoção 
da cárie? 
 A principal vantagem deles seria que seu agente ativo agiria sobre o colágeno pré-
degradado, amolecendo o tecido cariado e facilitando a sua remoção, sem afetar os tecidos 
sadios e sem gerar estímulos dolorosos. 
Devido à boa aceitação por parte dos pacientes, a sua principal indicação seria o auxílio a 
técnicas restauradoras atraumáticas já realizadas em saúde pública, facilitando a remoção 
do tecido cariado, com o objetivo de diminuir a sensibilidade e o desconforto para o 
paciente, principalmente em casos de lesão aguda profunda em dentina. 
5. Que tipo de dentina deve ser removida? Como recuperar as estruturas 
remanescentes? 
 É uma técnica baseada na intervenção mínima com ação seletiva, removendo apenas 
tecido cariado necrosado (dentina infectada) preservando a estrutura dentária sadia (dentina 
afetada) e está de acordo com os mesmos princípios biológicos de remoção parcial de 
tecido cariado em que se respaldam outras técnicas de comprovada efetividade (Bressani, 
2003). 
O tecido dentinário remanescente é passível de recuperação desde que a cavidade esteja 
selada de forma a impedir o acesso dos microrganismos a nutrientes, tornando-os inviáveis 
(Conceição, 2000). Em adição está de acordo com os princípios do preparo cavitário para 
restaurações adesivas, seguindo a filosofia atual da Odontologia Preventiva. 
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
Procedimentos Clínicos 
Restauradores EM ODONTOPEDIATRIA 
DENTÍSTICA RESTAURADORA EM DENTES DECÍDUOS. 
 Os procedimentos restauradores não curam a doença cárie, apenas corrigem as sequelas 
presentes no dente. 
 Tem objetivo de devolver estética e função. 
 Deve levar em consideração: 
- Desenvolvimento da dentição permanente; 
- Avaliação da atividade cariosa; 
- Higiene Bucal e dieta; 
- Compromisso dos Pais 
- Cooperação do paciente 
 
A) TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES OCLUSAIS 
Selantes 
Indicação: está indicada primariamente em indivíduos e populações com alto risco de 
cárie; 
 Crianças e adolescentes de menor classe socioeconômico; 
 Experiência anterior/atual de cárie dentária; 
 Dieta cariogênica associada a higiene bucal deficiente; 
 Dentes: primeiros e segundos molares permanentes e decíduos; 
 
• Selamento natural das fossas e fissuras: sulco que sofreu remineralização, por meio de 
agentes fluoretados; 
 
• Selante Resinoso: Selantes resinoso apreentam melhor retenção e efetividade em relação 
a selantes ionoméricos; 
- Hidrofóbico; deve-se utilizar isolamento absoluto; 
- Técnica: profilaxia, teste de oclusão com papel carbono, anestesia, isolamento absoluto, 
pré-asperificação (se necessário), descontaminação com clorexidina 2%, aplicação de ácido 
fosfórico por 30 seg., aplicação de adesivo (apenas se a asperificação foi realizada) e 
fotopolimerização por 20 seg., aplicação do selante resinoso, ajuste oclusal. 
 
• Selante de Ionômero de Vidro: pode ser utilizado com isolamento relativo ou absoluto 
(preferencialmente); 
- Técnica: profilaxia, teste de oclusão com papel carbono, anestesia, isolamento absoluto, 
pré-asperificação (se necessário), descontaminação com clorexidina 2%, aplicação de ácido 
poliacrílico por 30 seg., aplicação de adesivo (apenas se a asperificação foi realizada) efotopolimerização por 20 seg., aplicação do CIV, ajuste oclusal. 
 
Oclusão: VIPS- ponto de contato entre as cúspides vestibulares inferiores e palatinas 
superiores. 
 
 
Odonto RB & Agregados – Camila Sereda 
 
 
B) CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS 
Classificação de Black: 
 
 
 
 
 
 
 
*Classe VI: Bordas incisais e pontas de cúspide 
C) Isolamento do campo operatório: seu uso é indicado em todos os casos 
desde que seja possível sua adaptação 
 
- Visão ampla do campo de trabalho 
- Conservação asséptica 
- Exclusão de umidade 
- Proteção de tecido mole 
- Elimina possibilidade de deglutição de instrumentos e materiais 
- Diminui tempo de trabalho 
- Ajuda o manejo da criança 
- Reprime movimentos da língua 
 
• Explicação à criança: quando explicado a maioria das crianças aceitam bem; usar 
artifícios para relacionar com outros aspectos exemplo “uma piscina no dente” 
• Instrumental necessário para colocação do dique de borracha: 
- Lençol de Borracha 
- Perfurador de dique Ainsworth 
- Pinça porta-grampos 
- Grampos; 
- Porta-dique de Ostby; 
- Fio dental; 
- Espátula; 
- Tesura Íris; 
 
• Seleção de grampos 
Nº 12 A: serrilhado, molares do lado direito. 
N º 13 A: serrilhado, molares do lado esquerdo. 
Nº 14 A e W8A: molares com erupção parcial. 
Nº 0: incisivos, caninos e pré-molares alongados superiores. 
Nº 00: para dentes anteriores inferiores. 
Nº7: Primeiros molares permanentes 
201 SSW: Primeiros molares permanentes 
2, W8A, SSW 206: Morales decíduos 
209 SSW, 00: Caninos 
 
 
 
 
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• Técnica de colocação 
- Provar o grampo antes; 
- Fazer amarria no grampo; 
- Perfurar o dique; 
- Vaselinar; 
- Toma-se a borracha perfurada, em seguida, coloca-se o grampo selecionado e o arco de 
Ostby. 
- Leva-se todo o conjunto à boca, observando-se o dente que receberá o grampo 
pelo orifício do dique. 
- Quando se isola toda a hemiarcada, normalmente o grampo fica preso no último dente, por 
exemplo, no primeiro molar permanente; e, nos dentes anteriores a este, o lençol de 
borracha, depois de passado pelas perfurações, é mantido firme junto à gengiva com 
amarrilhos de fio dental 
 
• Remoção do dique de borracha: 
• Remover os resíduos da superfície da borracha 
• Retirar as cunhas, quando presentes 
• Cortar e remover as amarrias 
• Cortar a borracha dos espaços interproximais 
• Remover o grampo com o auxílio da pinça porta-grampo 
• Retirar a borracha e o arco. 
 
• Isolamento relativo com roletes de algodão: 
 
- Indicado quando não for possível colocar o dique de borracha (dentes em 
processo eruptivo), durante a realização do tratamento restaurador 
atraumático (TRA), como também nas aplicações profissionais de flúor; 
- Imprescindível o uso de um sugador; 
 
TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS NO TRATAMENTO 
RESTAURADOR DO PACIENTE INFANTIL 
 
A) ADEQUAÇÃO DO MEIO BUCAL: Diminuição dos microorganismos 
cariogênicos presentes na cavidade bucal, diminuindo assimo foco infeccioso. 
Inclui: 
 Remoção do selamento provisório de lesões cavitadas 
 Exodontia 
 Tratamento endodôntico: Pulpotomia Pulpectomia Penetração desinfetante 
 Remoção total de tecido cariado e preenchimento com: Óxido de Zinco e Eugenol CIV 
convencional 
 Remoção parcial de tecido cariado e preenchimento com: Óxido de Zinco e Eugenol 
 
B) ART - Tratamento restaurador atraumático. 
 É uma abordagem minimamente invasiva; 
 Compreende: medidas preventivas, e restauradoras em relação à cárie dental e no 
controle dessa doença; 
 Usa-se somente instrumentos manuais e CIV; 
 
 
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 Dispensa o uso de anestesia e instrumentos rotatórios – aumento da cooperação do 
paciente 
 Proposta inovadora, ética e humanista para promover saúde e melhoria da qualidade de 
vida, sem acesso ao equipamento odontológico e sem uso de instrumentos rotatórios. 
 Psicologicamente: aceitação por parte dos pacientes. 
 ARTm mesmo princípio de mínima interversão, adequada a realidade brasileira 
 Redução significativa de exposições pulpares 
 Artigo: a aplicação do gel de papaína associada à técnica de restauração atraumática se 
apresentou como uma boa alternativa para o tratamento restaurador em bebê, pois 
diminuiu o desconforto da criança, gerando um comportamento positivo. 
Indicações: 
- Dentes decíduos e permanentes; 
- Pode ser bom para pacientes especiais e com a ansiedade, pode ser feito em todas as idades; 
- Selantes e restaurações 
- Em lesões cariosas localizadas nas raízes dos dentes; 
 
Técnica: 
- Realizada sem anestesia e com isolamento relativo; 
- A remoção do tecido altamente infectado da camada externa da lesão de cárie, seguida do 
selamento cavitário efetivo determinam expressiva redução e inativação de bactérias 
 
 
MATERIAIS ODONTOLÓGICOS APLICADOS À 
ODONTOPEDIATRIA 
 
A) CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO (para crianças é material 
definitivo) 
• Conceito: material versátil, de adesão química, cujas utilizações são variadas. É composto 
por um polímero, que no momento do uso, mistura-se a um monômero (ácido poliacrílico 
modificado); 
• Classificação: 
Tipo I: cimentação. 
Tipo II: restauração. 
Tipo III: forramento ou base e selamento de fóssulas e fissuras 
• Características: 
• Características/vantagens: biocompatibilidade, coeficiente de expansão térmica semelhante 
ao da estrutura dental, liberação de flúor e adesividade. 
 Desvantagens: baixa resistência à tração e compressão, estética inferior ao de resinas 
compostas e baixa resistência ao desgaste. 
 
 Indicações: restauração de lesões cervicais não cariosas (classe V), restaurações temporárias, 
restauração de dentes decíduos, selamento de fóssulas e fissuras, ART, base de restaurações 
diretas. 
• Apresentação comercial: 
- Frasco com pó e frasco com líquido. 
- Maxiom®. 
- Ketac Molar® 
 
 
 
 
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B) ADESIVOS DENTINÁRIOS 
• Conceito: os sistemas adesivos interagem com as estruturas dentárias (dentina), melhorando a 
capacidade de adesão do material restaurador. 
- Adesivos convencionais: condicionamento com ácido fosfórico e depois aplicação de 
adesivo. 
- Adesivos autocondicionantes: o próprio adesivo contém primer acídico em sua 
composição, não necessitando de condicionamento ácido prévio. É melhor para odontopediatria, 
pela simplificação da técnica e menor tempo. 
• Marcas comerciais: 
Marcas comerciais: Single Bond- 3M® (universal- convencional e autocondicionante), 
AmbarFGM® (convencional) 
 
C) RESINAS COMPOSTAS 
• Conceito: material restaurador fotoativado, com alta resistência a compressão. 
• Classificação: 
- Macroparticuladas. 
- Microparticuladas. 
- Partículas pequenas. 
- Híbridas. 
- Microhíbridas. 
- Nanoparticuladas 
 
- Esmalte. 
- Dentina. 
- Universal. 
- Copo 
• Indicações e requisitos:restaurações diretas e indiretas, selantes de fóssulas e fissuras. 
• Contra-indicações 
 
• Apresentação comercial: bisnagas, divididas de acordo com a escala de cor. 
- Opállis odontopediatria: Cor A0,5 e B0,5. 
 
D) AMÁLGAMA DE PRATA 
• Conceito: material restaurador composto por liga de prata e mercúrio. 
• Classificação: 
- Ligas convencionais. 
- Ligas com alto conteúdo ou enriquecidas de cobre. 
- Ligas com adição de outros tipos de metal ou com alto teor de cobre ou prata. 
- Limalha: partículas grandes, com arestas irregulares. 
- Esferoidal: partículas redondas, fácil adaptação. 
- Dispersa: mistura de limalha e esferoidal 
• Apresentação comercial: Cápsulas 
• Reação de presa: após resfriamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Terapia pulpar 
CONSERVADORA EM DENTES DECÍDUOS 
Avaliar custo benefício de realizar uma terapia pulpar conservadora. Em alguns casos, em que o 
dente está próximo da esfoliação e o paciente não é colaborador é melhor optar por terapia pulpar 
radical ou exodontia. 
 
 Mantenedores de espaço: oscasos de Exodontia deve-se observar a quantidade de osso 
que separa o dente decíduo do germe do dente permanente, e quanto tempo falta para 
ocorrer a erupção. Caso necessite de muito tempo e/ou tenha grande quantidade de osso, 
é necessário o uso de mantenedores de espaço. 
• Indicações da terapia pulpar: cáries extensas, traumatismos. 
• Exame clínico e diagnóstico. 
• Ciclo biológico do dente decíduo. 
 Atentar-se ao grau de reabsorção fisiológica. Maior que 1/3 não é indicado terapia pulpar radial ou 
conservadora. 
• Anatomia dos dentes decíduos. 
- Dentes menores e menos mineralizados. 
- Camada de esmalte com espessura constante. 
- Câmara pulpar maior e cornos pulpares acentuados. 
- Raízes delgadas 
- Canais pulperiodntais (lesão de furca) 
- Canais secundários e acessórios 
- Presença do germe do dente permanente 
- Reabsorção irregular 
 
QUADRO  Características anatômicas dos dentes decíduos 
 
IMPORTÂNCIA DO DENTE DECÍDUO 
• O número de dentes cariados, com problemas de ordem pulpar é grande. 
 
 
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• Para uma boa conduta endodôntica de dente decíduo = Comprovação clínica e radiográfica 
(processos patológicos, tratamento preventivo o não aparecimento de lesões pós operatórias). 
• É importante estabelecer o grau de saúde da polpa, seu estágio de inflamação ou necrose em 
que se encontra. 
• Diagnóstico correto (polpa com vitalidade ou mortificada). 
• Grau de reabsorção radicular. 
• Exame clínico, anamnese e exame radiográfico são fundamentais. 
• Testes de frio e quente em crianças não tem muita indicação. 
 • Exame clínico visual dos tecidos de suporte. 
 
A) CAPEAMENTOS PULPARES 
• Indireto 
• Direto 
INDIRETO 
GUEDES: em particular naqueles dentes com cáries profundas em que a continuidade da remoção do 
tecido cariado pode expor a polpa. Nessas ocasiões, suspende-se a curetagem e coloca-se um curativo 
sobre a dentina remanescente. O curativo pode ser de óxido de zinco e eugenol ou de hidróxido de 
cálcio. Em seguida, procede-se ao selamento da cavidade, e, se o curativo usado for óxido de zinco e 
eugenol, opta-se pelo IRM; se for o hidróxido de cálcio, utiliza-se cimento de fosfato de zinco, de 
policarboxilato ou ionômero de vidro. 
• Indicações: 
o Dentes com lesões de cárie profunda, próximo a polpa dental, sem sinais e sintomas de 
degeneração; 
o Ausência de alterações pulpares irreversíveis. 
o Sua indicação esta diretamente ligada à resposta pulpar 
o Ausencia de dor espontânea 
o Nenhuma mobilidade e alterações nos tecidos periodontais 
• Contra-Indicação: pulpite, rarefação óssea, dor, mobilidade 
• Técnica: 
o Anestesia local e isolamento absoluto; 
o Remoção do tecido com instrumentos rotatórios, retirando toda a dentina alterada das 
paredes; 
o Remoção com colher de dentina, de todo o tecido amolecido, evitando a exposição 
pulpar. 
o Limpeza da cavidade com soro fisiológico; 
o Aplicar uma base protetora com cimento de hidróxido de cálcio; 
o Restauração da cavidade. 
 
DIRETO 
 Casos em que houve uma pequena exposição pulpar pontual e todo o tecido cariado foi 
previamente removido. 
 
 
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 GUEDES: “Na maioria dos casos, são contraindicados capeamentos pulpares diretos em dentes 
decíduos. A não ser em condições especialíssimas em molares de crianças com menos de 4 anos ou 
antes do início da reabsorção destes dentes, e no ponto em que a exposição não foi contaminada por 
saliva, o tecido cariado tenha sido removido e o diâmetro da exposição, pequeno. Mesmo assim, se 
não é contraindicado o capeamento direto, é preferível a pulpotomia, por considerá-la mais segura.” 
 Pasta Guedes-Pinto 
 Literatura Clássica: óxido de zinco e eugenol ou hidróxido de cálcio, como agente capeador. 
• Indicações: 
o Molares de crianças com menos de 4 anos de idade ou antes do início da reabsorção 
destes dentes; 
o Dentes com polpa normal com pequena exposição acidental durante o preparo 
cavitário; 
o Exposição devido a injúrias traumáticas. 
o Dentes sem história de dor 
o Sangramento mínimo 
o Crianças menores 
 
• Técnica: 
o Isolamento do campo operatório; 
o Lavar a cavidade com soro fisiológico; 
o Aplicar uma base sobre o tecido pulpar exposto de material biocompatível, como o 
hidróxido de cálcio (PA + pasta de hidróxido de cálcio); 
o Selamento cavitário. 
 
B) PULPOTOMIAS - Pulpotomia é a amputação da porção coronária da polpa de um 
dente vital, em situações de exposição pulpar extensa por trauma ou durante a remoção de 
tecido cariado. Nestes casos, a polpa radicular vital é mantida e deve ser tratada com um 
medicamento que procure manter a polpa radicular em condições de saúde; 
Vantagens: 
 Conservação da polpa radicular com vitalidade 
 Não traumatiza o periapice 
 Economia de tempo (sessão única) 
 Em casos de insucessos ainda podemos realizar a pulpectomia 
• Indicações: 
o Quando a remoção do tecido cariado resulta em exposição pulpar com polpa saudável, 
e após exposição pulpar por trauma. 
o Dentes decíduos com vitalidade pulpar, e que não possuem mais de 2/3 de reabsorção 
radicular, e nem lesão na bi ou trifurcação, das raízes dos molares. 
o Caso de pulpite em dentes com rizogênese incompleta 
o Dentes com amplas destruições coronárias que não haja necessidade de pino intracanal 
 
 
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o Ausência de lesão apical/fístula 
• Contra-Indicação: Dentes tão destruídos que seja impossível a reconstrução após tratamento 
endodôntico 
 Dentes cm dores espontâneas que não cessa com analgésico 
 Impossibilidade de isolamento absoluto 
 Dente com mobilidade, fístulas e reabsorção radicular de mais de 2/3 das raízes 
 Quando o dente não tem possibilidade de restauração 
 Percussão vertical positiva 
 
• Formocresol: 
 O mais conhecido apesar de ter efeito tóxico 
• Pasta Guedes-Pinto – Rifocort (rifamicina): antibiótico + 
(prednisolona) corticosteroide 
 Dente anestesiado e com isolamento absoluto 
 Executa-se a pulpotomia (remoção da polpa coronária) 
efetuada com curetas 
 Obtenção da hemostasia com penso de algodão (seco e 
estéril) 
 Polpa radicular é coberta com a pasta já descrita 
(iodofórmio, paramonoclorofenol canforado e rifocort, em partes iguais) 
 Sobre a pasta, coloca-se um fino disco de guta-percha, sobre o qual o dente é restaurado 
• Otosporim 
• Tricresol 
• Hidróxido de Cálcio 
Técnica: 
o Radiografia 
o Anestesia 
o Isolamento absoluto 
o Antissepsia do campo operatório; 
- Remoção do tecido cariado c/ colher de dentina 
 
- Remoção do teto da câmara pulpar (cuidar reg. furca) 
o Remoção da polpa coronária c/ cureta afiada ; 
o Hemostasia - irrigação com soro fisiológico, até conter 
a hemorragia; 
o Secagem c/ algodão estéril 
o Aplicação de Otosporin (de 5 a 10 minutos); 
o Colocação da pasta de Hidróxido de Cálcio; 
o Colocação da base - Selamento (OZE - IRM/ civ); 
 
 
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o Restauração ou Obturação temporária; 
o Exames de controle. 
 
TERAPIA PULPAR RADICAL EM DENTES DECÍDUOS 
Pulpectomia - caracteriza-se pela remoção total da polpa viva (bio) ou necro 
• Indicações: 
o Dentes decíduos com pulpite aguda cujo sangramento não cessa após pulpotomia; 
o Dentes decíduos com pulpite irreversível ou necrose pulpar; 
o Dentes que apresentam coroas destruidas e necessidade de pinos dentro dos canais; 
o Dentes com hemorragias intensas; 
o Dentes que não estão em rizólise 
 
• Contraindicações: 
o Reabsorção radicular ultrapassando mais de 1/3 do comprimento da raiz 
o Falta da integridade da cripta do germe do dente permanente 
o Impossibilidade de isolamento absoluto 
o Lesão de furca 
 
• BIOPULPECTOMIA – Técnica: 
o Radiografia para diagnóstico e determinação do comprimento do dente – CD (-1mm) 
o Anestesia 
o Isolamento absoluto e antissepsia com solução de clorexidina 2% 
o Abertura coronária(remoção do tecido cariado e teto da câmara pulpar) 
o Remoção da polpa com cureta afiada 
o Irrigação com Soro Fisiológico 
o Visualização da entrada dos canais radiculares 
o Extirpação da polpa radicular 
o Instrumentação dos canais radiculares - Limas tipo Kerr (inicial+2) 
o Irrigação e aspiração entre as limas - A cada terço é feita irrigação com 5 mL de so lução 
irrigadora perfazendo um volume total de 15 mL por canal radicular 
o Secagem do canal 
o Obturação dos canais com pasta de hidróxido de cálcio 
o Colocação da base (óxido de zinco e eugenol) 
o Cimento de ionômero de vidro 
o Restauração final 
 
• NECROPULPECTOMIA 
 – Técnica: 
o Radiografia para diagnóstico e determinação do comprimento do dente (CD -1mm) 
o Anestesia 
o Isolamento absoluto e antissepsia com solução de clorexidina 2% 
Instrumentação: 
 Dentes anteriores: #10, #15, #20. 
 Dentes posteriores: #08, #10, #15. 
 
 
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o Abertura coronária (remoção do tecido cariado e o teto da câmara pulpar) 
o Visualização da entrada dos canais (sonda exploradora) 
o Irrigação abundante com hipoclorito 
o Penetração desinfetante (Irrigação/Aspiração) 
o Instrumentação dos canais radiculares 
o Irrigação entre as limas (hipoclorito) 
o Secagem do canal 
o Preenchimento do canal com curativo de demora (pasta de hidróxido de cálcio com 
soro fisiológico ou Calen) 
o Colocar base de IRM ou óxido de zinco e eugenol 
o Cimento de ionômero de vidro 
o Após (15 a 30 dias) remoção do curativo 
o Irrigação e aspiração 
o Secagem 
o Obturação dos canais com pasta de Hidróxido de cálcio + Óxido de zinco (Calen + 
óxido de zinco) 
o Colocação da base e cimento de ionômero de vidro 
o Restauração final 
 
 
 
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Procedimentos Clínicos 
Cirúrgicos EM ODONTOPEDIATRIA 
DOENÇAS PERIODONTAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. 
Adolescentes: jovens entre 10-18 anos 
Necessidades distintas dos adolescentes: 
 Taxa potencialmente elevada de cárie 
 Risco aumentado de ferimentos traumáticos e doença periodontal: 
 Uma tendência para hábitos nutricionais pobres 
 Um desejo e uma consciência estética aumentados 
 Complexidade do cuidado ortodôntico e restaurador combinado 
 Fobia Odontológica 
 Iniciação do uso de tabaco 
 Gravidez 
 Distúrbios alimentares 
 Necessidades sociais e psicológicas especiais 
 Desatentos à higiene 
Doenças periodontais na adolescencia: 
 A adolescência pode ser um período crítico no status periodontal no ser humano. 
 O adolescente pode estar sujeito às condições agudas tais como a gengivite 
ulcerativa necrosante aguda, ou periodontite, e a ferimentos traumáticos, que podem 
requerer cuidados imediatos em longo prazo. 
 As circunstâncias crônicas que afetam o adolescente incluem, mas não são limitadas 
à gengivite marginal, gengivite da puberdade, gengivite hiperplásica relacionada à 
terapia ortodôntica, à retração gengival que pode ou não pode estar relacionada à 
terapia ortodôntica, à gengivite relacionada a medicamentos, à gengivite da 
gravidez, à periodontite juvenil localizada e à periodontite. 
Lesões traumáticas na adolescência: Os ferimentos mais comuns que ocorrem nos dentes 
permanentes são aqueles resultantes de quedas, seguidas por acidentes de tráfego, por violência 
e por esportes. Importante: dentista deve introduzir um programa detalhado de prevenção ao 
trauma e condutas a serem tomadas quando ocorrerem; 
Doenças periodontais em crianças e adolescentes: Estudos epidemiológicos indicam que a 
gengivite de intensidade variável é quase universal nas crianças e adolescentes. Distintas 
infecções periodontais que podem afetar os indivíduos jovens incluem: 1) doenças gengivais 
induzidas por placa; 2) periodontite crônica; 3) periodontite agressiva; 4) periodontite como 
manifestação de doenças sistêmicas, e 5) doenças periodontais necrosantes. 
 
 
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A) ESTRUTURA PERIODONTAL 
• Periodonto de proteção: Gengiva e muscosa alveolar 
• Periodonto de sustentação: Ligamento periodontal, osso alveolar e cemento radicular 
B) DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS: o diagnóstico das doenças 
periodontais é obtido por meio da comparação com o estado normal da gengiva. 
• Características clínicas de normalidade: Enfatizar que há ligeiras variações clínicas entre a 
gengiva da criança e a do adolescente. Considerar o adolescente um adulto jovem, a fase em que a sua 
dentição permanente esteja completa. Nessa fase, a sua gengiva apresenta características semelhantes 
às da gengiva do adulto propriamente dito. A criança, no entanto, tem condições peculiares inerentes às 
dentições decídua e mista. 
• Gengiva normal do adolescente: 
 Cor: vermelho-róseo 
 Contorno da gengiva marginal: deve estar perfeitamente adaptada à superfície dentária 
 Posição da gengiva marginal: próxima à junção cemento-esmalte, estendendo-se cerca 
de 2 a 3 mm em direção oclusal; 
 Papila gengival: deve preencher o espaço interproximal e estar perfeitamente biselada. 
 Superfície da gengiva inserida: apresenta um pontilhado semelhante à “casca de laranja” 
 Relação gengiva inserida-mucosa alveolar: a cor da gengiva inserida apresenta-se com 
um tom vermelho menos intenso que o da mucosa alveolar 
 Profundidade do sulco gengival: quando a erupção dos dentes permanentes se completa, 
o sulco gengival apresenta uma profundidade considerada normal, de 2 mm para as faces 
vestibulares e linguais e 3 mm nas faces proximais dos dentes, quando o dente está em processo 
de erupção encontra-se até 7 mm, porém depois que o dente erupciona a profundidade se 
reestabelece. 
 Ausência de sangramento: a sondagem clínica dentro do sulco gengival não deve 
provocar sangramento. 
 Ausência de exsudato: o sulco gengival normal não apresenta exsudato 
 Ausência de dor: o paciente não relata a sensação de dor 
 Ausência de mobilidade dentária: não apresenta 
 Exame radiográfico: esse exame, fundamental para confirmar o diagnóstico, deve 
fornecer dados, confirmando que o periodonto de sustentação permanece íntegro 
• Gengiva normal da criança: 
 Cor da gengiva inserida: mais avermelhada quando comparada a do adulto; 
 Consistencia da gengiva inserida: menos fibrótica 
 Gengiva marginal: apresenta festonamento com uma borda bem evidente, 
principalmente na fase de erupção; posiciona-se mais coronariamente em relação à JCE 
 Sulco gengival: pode apresentar profundidade até 1 mm nos dentes decíduos. Nos 
dentes permanentes, essa profundidade pode atingir até mais de 2 mm, atingindo até 7 mm, quando 
o dente está em erupção 
 Superfície da gengiva inserida: pontilhado menos pronunciado ou inexistente 
 Formato da gengiva papilar: arco tipo I de Baume (com diastemas) formato 
traezoidal; arco tipo II formato piramidal 
 
 
 
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C) GENGIVITES 
Gengivite caracterizada pela presença de inflamação gengival sem perda detectável de osso ou 
ligamento periodontal é comum em crianças. 
Criança: consequência das modificações constantes, próprias da idade, além da presença de gengivites 
crônicas, notam-se alterações inflamatórias peculiares, como gengivite eruptiva e gengivoestomatite 
herpética aguda. 
Adolescente: além da gengivite crônica, observa-se prevalência significativa da chamada gengivite da 
puberdade e da gengivite ulcerativa necrosante aguda. 
• Gengivite crônica: é a mais comum e apresenta prevalência na criança e no adolescente; 
Alteração de cor; gengiva marginal não se encontra mais adaptada; aumento do volume 
gengival; sondadem pode provocar sangramento; pode ter exsudato; presença de bolsa; por 
ser crônica não tem dor espontânea; presença de mobilidade; 
 
• Gengivite eruptiva: Caráter transitório; desaparece após o dente completar sua erupção (se 
tiver presença de placa pode tornar-se crônica); podem ocorrer inflamação localizada da 
gengiva,hiperemia da mucosa alveolar, cistos de erupção, dor espontânea e formação de margem 
gengival espessa com bordas protuberantes. Profundidade de sondagem pode chegar a 7 mm 
 
• Gengivoestomatite herpética aguda: causado pelo herpes-vírus simples. 
 Indecção primária: 2-6 anos, presença de algumas vesículas a maioria subclínica 
 Quando possui sintomatologia aguda: presença de pequenas vesículas que se rompem 
formando úlceras dolorosas, cobertas por uma membrana de cor acinzentada, apresentando 
inflamação circunscrita. Essas úlceras podem ser observadas em qualquer parte da mucosa 
bucal. 
 Sinais e sintomas da doença aparecem repentinamente e incluem, além de tecido 
gengival bastante avermelhado, elevação da temperatura corporal, aumento da 
salivação, mal-estar, anorexia, irritabilidade e dor durante a ingestão de alimentos 
ou líquidos ácidos. A sua duração é de, aproximadamente, 7 a 10 dias e apresenta 
regressão espontânea. Ao contrário da gengivite ulcerativa necrosante aguda, é 
contagiosa (vírus) 
• Gengivite ulcerativa necrosante aguda: raramente ocorre em crianças na idade pré-escolar. Sua 
prevalência aumenta a partir da idade escolar e torna-se significante a partir da adolescência. 
Os sinais mais característicos da GUNA são: 
• Tecido gengival com uma cor bastante avermelhada 
• Inversão da topografia da papila 
• Presença de pseudomembrana sobreposta à gengiva 
• Áreas de necrose 
• Sangramento espontâneo 
• Halitose 
• Aumento da temperatura corpórea 
• Enfartamento ganglionar. 
• Ausência de dor espontânea 
 
 
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• Gengivite da puberdade: característica dos jovens na fase da adolescência 
 Gengivite crônica com uma peculiaridade: a quantidade de irritantes locais 
encontrada não justifica a resposta inflamatória grave 
 A resposta inflamatória caracteriza-se por aumento exagerado do volume gengival, 
a ponto de as papilas gengivais, além de preencherem por completo o espaço 
interproximal, invadirem parte das superfícies livres dos dentes. 
 Pode apresentar ainda uma fibrose acentuada e, como consequência, a sua cor 
modifica-se para um vermelho mais róseo que o normal. 
 É importante salientar que os fatores hormonais não são capazes, isoladamente, de 
iniciar a gengivite da puberdade. Esse tipo de gengivite iniciou-se em face da 
presença de placa bacteriana e agravou-se com a ação hormonal 
 
• Hiperplasia gengival dilantínica: prevalência da gengivite dilantínica é maior em 
crianças e adolescentes que em adultos. Esse tipo de gengivite ocorre nos casos em 
que o paciente utiliza medicamentos anticonvulsivantes à base de difenilidantoinato 
de sódio. Nem todos, entre crianças e adolescentes, que utilizam esse medicamento 
apresentam esse tipo de gengivite. Acredita-se, portanto, que a gengivite dilantínica se 
sobreponha a uma gengivite crônica preexistente. 
 
• Gengivite associada à respiração bucal: Os sinais clínicos da gengivite do respirador bucal são 
iguais aos da gengivite crônica provocada pela placa bacteriana, pois notam-se alterações de cor, forma, 
textura e superfície da gengiva. Além desses sinais, em razão do aumento do volume gengival, nota-se a 
presença de bolsa gengival passível de sangramento, quando se introduz uma sonda milimetrada em seu 
interior. 
 
• Periodontite: Quando o processo inflamatório atinge, além da gengiva, as estruturas do periodonto 
de sustentação. Os dados clínicos da periodontite são iguais aos da gengivite, acrescidos dos sinais de 
uma lesão grave e profunda. 
 Presença de Bolsa 
 Reabsorção óssea alveolar 
 Mobilidade dentária 
 Migração patológica dos dentes 
D) ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL: Biofilme, cálculo, falta de higiene bucal, 
aparelhos ortodônticos, dentes mal posicionados, fatores iatrogênicos (restaurações com excessos ou 
sem ponto de conto), anatomia dentaria e forma do arco (apinhamento), respiração bucal, influência 
medicamentosa e hormonal. 
 
E) TERAPÊUTICA PERIODONTAL: calcada no controle do fator determinante, na eliminação 
ou atenuação dos fatores predisponentes e modificadores locais e, se possível, no reequilíbrio dos 
fatores sistêmicos identificados. 
• Procedimentos básicos: Higiene bucal e motivação do paciente; Raspagem e alisamento 
 
 
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radicular; 
• Reavaliação dos procedimentos básicos: procurar entrar as seguintes respostas: 
 Se a inflamação (bolsa) foi eliminada e, consequentemente, houve retorno das 
condições de normalidade gengival; 
 Se a inflamação (bolsa) persistir, o cirurgião-dentista deve lançar mão de técnicas 
cirúrgicas complementares para obter sua eliminação e consequente condição 
periodontal normal 
 A avaliação do potencial de reparo dos tecidos 
 O interesse demonstrado pelo paciente no sentido de manter sua boca em condições 
de higiene; 
• Terapêutica complementar: Técnicas cirúrgicas; As mais indicadas para crianças e 
adolescentes: Gengivoplastia e gengivectomia; 
 
F) TRATAMENTO DAS GENGIVITES 
• Gengivite crônica: Motivação quanto a higiene bucal; Raspagem e alisamento radicular 
• Causas do fracasso do tratamento: Falha na remoção de pequenas partículas de cálculo 
dentário; Alisamento e polimento da superfície dentária insuficientes; Falha na eliminação de 
outros fontes irritativas (impactação alimentar e restaurações em excesso); Controle inadequado 
de placa bacteriana; 
• Gengivite eruptiva: Deve consistir fundamentalmente na manutenção de uma boa higiene 
bucal. Evitar que essa condição se torne crônica. empregados bochechos com soluções 
oxidantes e, eventualmente, antibióticos 
• GUNA: Para se eliminar a fase aguda, são empregados bochechos com soluções oxidantes e, 
eventualmente, antibióticos. 
 
G) TERAPÊUTICA PERIODONTAL 
• Higiene bucal e motivação do paciente 
• Raspagem, alisamento e polimento 
• Pequenos movimentos ortodônticos 
• Desgaste seletivo prévio 
• Placa de mordida 
• Integração clínica (dentística, endodontia e cirurgia) 
 
H) PERIODONTITE JUVENIL 
• Etiologia: 
 Dois fatores: Locais e sistêmicos; 
 Locais: microrganismos A. actinomycetemcomitans e Capnocytophaga. 
 Sistêmicos: nibição no quimiotactismo para neutrófilos, induzida pelos 
microrganismos, que impediria a atividade da primeira linha de defesa; e por fatores 
hereditários, afetando os leucócitos polimorfonucleares neutrófilos, deixando-os 
destituídos de motilidade. Além disso, poderia estar interferindo na 
imunodeficiência do hospedeiro em face da presença de linfócitos inativados. 
 
 
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• Patogenia: Desenvolve-se em três estágios 
 Estágio I: gengiva com características de normalidade 
 Estágio II: evidência de inflamação gengival 
 Estágio III: agrava-se e acelera-se a destruição óssea. A doença é confundida com 
periodontite avançada. No entanto, não se detectam placa bacteriana nem cálculo 
dentário, de forma acentuada, que justifiquem a gravidade da lesão, tampouco alto 
índice de cárie. 
• Tratamento: Os cuidados da terapêutica local não diferem daqueles da periodontite comum, 
havendo trabalhos que mostram que os A. actinomycetemcomitans não desaparecem com a 
terapêutica local. São, contudo, sensíveis à tetraciclina, quando administrada sistemicamente 
por um período mínimo de 14 dias, 1 g/dia, havendo repopulação bacteriana lenta e gradual 
após algum tempo, que variará de acordo com cada paciente. 
• Prognóstico: É quase sempre desfavorável. 
I) CONTROLE PERIÓDICO E MANUTENÇÃO: necessita de supervisões periódicas com 
o intuito 
de manterem os resultados obtidos com o tratamento. De modo geral, estabelece-se um intervalo de 
3 meses entre as consultas de controle. Esse prazo, porém, pode variar de acordo com as necessidades 
de cada paciente.  SUCESSO DO TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estomatologia APLICADAÀ ODONTOPEDIATRIA 
A) LESÕES ULCERATIVAS 
• Úlcera traumática: resultante de mordida involuntária após anestesia; ação de dentes 
fraturados sobre a mucosa; Em resumo: origem traumática 
Tramento: remoção do agente causador; Caso tenho dor: dipirona sódica VO; Laser 
terapêutico 
• Úlceração aftosa recorrente: Ulcera superficial, única ou múltipla; 
Patogenese: fatores genéticos; infecção bacteriana; comprometimento imunológico; 
deficiência de ferro, vitamina B-12 ou ácido fólico e zinco; além de fatores precipitantes 
como traumatismos, problemas endócrinos, alérgicos e gástricos. 
Tratamento: Não existe tratamento específico; Evitar agente desencadeante e evita-lo; Tratar 
sintomatologia Emprego tópico do Ad-Muc® e a bioestimulação feita com laser terapêutico. 
B) LESÕES COM RETENÇÃO DE LÍQUIDO 
• Mucocele ou cisto de retenção: e origina a partir da ruptura de um ducto de glândula 
salivar menor, com o consequente extravasamento de saliva para os espaços teciduais 
adjacentes (cisto de extravasamento mucoso), ou pela retenção de saliva como 
consequência da obstrução parcial ou total do sistema de ductos (cisto de retenção). 
Tratamento: excisão cirurgica 
• Cisto erupcional ou gengival erupcional: desenvolve-se como resultado da dilatação, por 
acúmulo de fluido ou sangue, do espaço folicular, que envolve a coroa de um dente em 
erupção. 
Tratamento: Em alguns casos não é preciso tratamento; em outros pode ser feita a 
remoção da cobertura do cisto (ulectomia) 
 
C) LESÕES DO TIPO PROLIFERATIVO NÃO-NEOPLÁSICAS 
• Lesão periférica de células gigantes: Só ocorre em crista de rebordo, após 
extrações 
traumáticas; e na gengiva, sempre ligada a um fator irritativo crônico de baixa 
intensidade e persistente, como raízes residuais e dentes com coroa fraturada, nos 
quais o remanescente esteja injuriando os tecidos gengivais ao redor. 
Tratamento: remoção do agente traumático e exérese da lesão na sua totalidade 
para evitar recidiva 
 
• Granuloma piogênico: é uma lesão que surge como resposta tecidual exuberante frente a uma 
irritação crônica local. Apresenta-se como nódulo, séssil ou pediculado, geralmente indolor, 
com superfície lisa, de coloração vermelho-arroxeada, com sangramento ao mínimo toque 
resultado da intensa vascularização; 
Tratamento: excisão cirúrgica e a remoção do fator irritante associado. 
 
 
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D) FIBROMATOSES: aumento do tecido gengival caracterizado pela proliferação de 
fibroblastos 
• Fibromatose dilantínica: stá relacionado com a ação farmacológica de alguns 
medicamentos de uso contínuo, em especial, a fenitoína (anticonvulsivo), a ciclosporina 
(imunossupressor) e o nifedipino (bloqueador de canais de cálcio), os quais, quando 
associados a fatores irritativos locais, em alguns indivíduos, potencializam a resposta inflamatória 
proliferativa da gengiva. 
Tratamento: orientação de higiene bucal, controle do biofilme, redução do processo inflamatório e fase 
cirúrgica. A modulação da medicação, ou até mesmo a hipótese da sua substituição, deve ser aventada a 
critério médico. 
• Fibromatose irritativa: etiologia está ligada ao fator irritativo crônico generalizado. Encontra-se 
também, com certa frequência, em pacientes respiradores bucais, com adenoides ou portadores de 
alterações psicomotoras, os quais, por causa desses problemas, permanecem, de forma habitual, com os 
lábios entreabertos. Os fatores locais mais evidentes são bandas ortodônticas, biofilme e mau 
posicionamento dentário. 
Tratamento: eliminação da causa e gengivectomia 
 
E) NEOPLASIAS BENIGNAS 
• Papiloma: É um tumor benigno de origem epitelial comum em adultos, porém pouco 
frequente em crianças. Justifica-se o seu relato nesta oportunidade, uma vez que o seu aspecto 
clínico papilífero, semelhante à couve-flor, é muito semelhante ao da verruga vulgar, entidade 
esta que pode ser vista com maior frequência em crianças. A etiologia do papiloma é 
desconhecida, porém, atualmente, acredita-se que a lesão seja induzida pelo papilomavírus 
humano (HPV). 
Tratamento: excisão cirúrgica, tomando-se o cuidado de remover a base da lesão. 
• Fibroma: caracterizado por nódulo exofítico, com evolução lenta, firme à palpação, superfície lisa, 
bem delimitado, não invasivo, de base séssil ou pediculado, com coloração semelhante à do 
tecido de origem. Normalmente assintomático, o fibroma poderá ser encontrado em 
qualquer região da mucosa oral, com predileção por regiões na mucosa jugal e nos lábios. 
Tratamento: remoção cirúrgica 
 
• Hemangioma: proliferação benigna anormal do endotélio dos vasos sanguíneos, sendo a neoplasia 
mais comum dos recém-nascidos e da infância. 
Tratamento: acompanhamento do caso, quando se tratar de verdadeiros hamartomas, pois estes tendem 
a regredir na medida em que há o crescimento da criança, a até mesmo a aplicação de substâncias 
esclerosantes (oleato de etanolamina ou glicose hipertônica), criocirurgia ou laserterapia cirúrgica para 
as lesões pequenas (hemangiomas capilares), quando localizadas em áreas de risco de traumatismo. Os 
casos de hemangiomas cavernosos devem ser encaminhados ao cirurgião vascular para avaliação e 
conduta. 
 
 
 
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 • Linfangioma: São tumores hamartomatosos benignos dos vasos linfáticos, 
menos frequente que os hemangiomas, com maior prevalência na cabeça e no 
pescoço. Os linfangiomas bucais são mais comuns na língua, seguido do palato 
mole, da mucosa jugal, da gengiva e dos lábios. 
Tratamento: o laser Nd-yag, e em outros, a excisão cirúrgica é o tratamento de 
escolha. 
F) ALTERAÇÕES CONGÊNITAS 
• Língua fissurada: presenta-se por meio de fissuras ou sulcos na porção 
dorsal da língua de profundidade variável, revestidos por epitélio íntegro, 
porém atrófico. 
Tratamento: Não há tratamento específico; penas deve-se orientar o 
paciente quanto à higienização que precisa ser feita com a utilização de 
escova macia, podendo ser complementada, em especial, quando houver 
referência de ardor e halitose, com uso de digliconato de clorexidine 0,12% na forma de bochechos 
diários após a higienização, 3 vezes/dia até a remissão dos sintomas 
• Língua geográfica: glossite migratória benigna; caracteriza-se por acusar áreas avermelhadas, 
erosivas e de dimensões variadas, nos dois terços anteriores do dorso da língua principalmente; na 
maioria das vezes, com limites bem demarcados e esbranquiçados, com padrão circinado irregular, 
lembrando um mapa, por isso a denominação “geográfica”. 
Tratamento: apenas orientar quanto a higienização; Não é patológico; 
• Anquiloglossia: freio lingual curto, ou inserido muito próximo à ponta da língua, 
com aspecto fibroso ou mesmo muscular, o que acarreta a diminuição da mobilidade 
da língua; é popularmente conhecida como “língua presa” 
Tratamento: Cirurgico; Frenectomia ou frenotomia 
• Lápio leporino: tiologia genética ou teratológica. As fissuras labiais podem ocorrer em qualquer 
plano em que os processos embrionários da face se unem e se fusionam. A falta de fusão do lábio pode 
interferir no fechamento do palato; em razão disso, comumente, as fissuras labiais vêm associadas às 
fissuras de palato. As fissuras oblíquas ou transversas podem estender-se desde o lábio superior até a asa 
do nariz, ou desde a comissura labial até o osso nasal. 
Tratamento: cirúrgico: em conjunto com ortodontistas, fonoaudiólogo, etc... 
 
 
G) DOENÇAS INFECCIOSAS 
• Candidíase pseudomembranosa aguda: “sapinho” origem fungica; caracteriza-se pelo 
aparecimento de placas brancas fáceis de serem removidas por raspagem, semelhantes a “leite 
coalhado”, podendo estar presentes em qualquer região da cavidade oral, em especial, no palato e na 
língua. 
 
 
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Tratamento: uso de antifúngicos tópicos e sistêmicos; Nistatina (tópico) e Fluconazol (sistêmico) 
• Sífilis: sexualmentetransmissível. Pode ser de origem congênita transmitida durante 
nascimento; Incisivos em forma de barril, molares em amora, nariz em sela 
Tratamento: médico (antibioticoterapia) 
• Osteomielite aguda supurativa: doença inflamatória, que ocorre nos espaços medulares ou nas 
superfícies corticais ósseas. Radiograficamente uma área radiolúcida sem contornos definidos, 
entremeada por regiões radiopacas 
Tratamento: antibioticterapia e invervenção cirúrgica, para curetagem e a remoção de sequestros 
ósseos; 
• Osteomilielite de Garré: representa uma reação periosteal diante da 
presença de um processo inflamatório. Essa reação incomum do periósteo 
ocorre, na maioria das vezes, a partir de um dente desvitalizado, em geral o 
primeiro molar inferior permanente, amplamente destruído por um processo 
de cárie. Rx com aspecto de casca de cebola; 
Tratamento: exodontia do dente envolvido ou, quando possível, na realização de tratamento 
endodôntico. 
• Estomatite herpética aguda: resposta do hospedeiro diante da primoinfecção causada pelo 
herpesvírus hominis. A infecção primária geralmente acontece na primeira infância, ao redor dos 2 ou 3 
anos, eventualmente no adolescente ou adulto jovem, pela ingestão de gotículas de saliva 
contaminada ou pelo eventual contato com as secreções das lesões de pessoas que apresentam Em 
um período de 7 a 14 dias, não havendo complicações, as lesões regridem sem deixar sequelas, 
desaparecendo juntamente com os sintomas sistêmicos e a linfadenopatia. clinicamente a doença. 
Tratamento: uso de antissépticos suaves e anestésicos tópicos 
 
• Herpangina: doença das “mãos, pés e boca” se caracteriza por numerosas lesões vesiculares e 
ulcerativas disseminadas por palato mole, úvula, tonsilas e, eventualmente, pela base da língua, com 
evolução de aproximadamente 10 dias. 
Tratamento: sintomático 
 
H. ALTERAÇÕES HEREDITÁRIAS 
• Fibromatose gengival hereditária: Hiperplasia Gengival; Hereditária; 
Tratamento: Gengivoplastia 
• Querubismo: Doença óssea hereditária não neoplásica caracterizada pelo aumento indolor bilateral 
da mandíbula, produzindo uma aparência querubínica. 
 
I. NEOPLASIAS MALIGNAS 
• Linfoma de Burkett: tem origem extranodal, afetando principalmente o complexo 
maxilomandibular e vísceras, em especial, de crianças na 1ª década de vida (até os 10 anos); trata-se de 
uma neoplasia de evolução rápida e geralmente fatal. É um tumor. 
Tratamento: Quimioterápico 
 
 
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• Sarcomas: São neoplasias malignas de origem mesodérmica, podendo surgir a partir de qualquer 
tecido conjuntivo do organismo. 
• Sarcoma Osteogênico: É o tumor maligno primário mais comum do tecido ósseo 
representando . 
 Clinicamente, o tumor é caracterizado por massa tumoral com crescimento rápido, não ulcerado, 
com consistência firme, causando deslocamento dental na região. Osso com aparência de raio de 
sol; 
Tratamento: de competência médica, ablação cirúrgica, radio e quimioterapia; 
• Leucemia: A leucemia é a forma mais comum de neoplasia maligna na infância que se prolifera, 
inicialmente, na medula óssea e, posteriormente, invade o sangue periférico com repercussão 
nos tecidos e em diversos órgãos. 
Manifestações bucais comuns: petéquias e sangramento gengival espontâneo acompanhado 
de edema 
Tratamento: quimioterapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Cirurgia EM ODONTOPEDIATRIA 
A) REMOÇÃO DE DENTES DECÍDUOS 
• Necessidade de exodontia: encontra-se fundamentada em um diagnóstico completo do quadro 
clínico, avaliando-se os aspectos da sua etiologia, do grau de evolução quanto ao comprometimento 
anatomofuncional, das vantagens oferecidas para a recomposição da saúde do paciente e, ainda, das 
sequelas inerentes ao ato cirúrgico. Para a maioria das situações clínicas, a cirurgia deve ser sempre 
considerada a última das modalidades de terapêutica a ser aplicada, dando-se prioridade, quando 
existem opções, às terapêuticas conservadoras. 
Indicada quando: 
• Não existirem recursos de terapêutica conservadora a serem usados 
• Favorecer a resolução terapêutica de doença local e/ou sistêmica 
• Possibilitar a correção de anormalidade funcional das arcadas dentárias 
• O dente decíduo apresentar comprometimento pulpar e já tiver ocorrido o rompimento da 
cripta do germe do 
sucessor permanente 
• Nos casos de dentes com alveólise, dentes com raízes fraturadas e dentes anquilosados e 
submersos 
• Oportunidade da exodontia: visa a possibilitar o desdobramento de um ato operatório, sem 
agravar a condição geral da saúde do paciente, bem como evitar que no trans e no pós-operatório 
possam ocorrer interferências desfavoráveis que tenham origem nas condições inadequadas – não 
corrigidas – da saúde sistêmica. 
 Compensação de pacientes com diabetes melito: 
• Resolução com terapêutica medicamentosa de quadro inflamatório local 
• Compensação e adequação médica para a cirurgia de paciente com enfermidades 
cardíaca, renal, hepática e 
outras 
• Infecções sistêmicas (gripes, febres, catapora, rubéola) e estomatites (herpética etc.) 
devem ser tratadas antes; pois implicam uma situação de baixa resistência imunológica 
do paciente, podendo dificultar a sua recuperação pós-operatória. 
• Técnica Cirúrgica: aplicação da técnica operatória mais adequada à resolução do quadro clínico do 
paciente, fazendo-se o uso correto dos instrumentos com respeito integral aos ditames da técnica 
cirúrgica. 
Uso de Forceps: Projetados para os diferentes tipos de dentes; empregar movimentos pendulares e de 
rotação; já para os dentes multirradiculares, é preciso empregar movimentos de lateralidade e/ou 
pendulares. Não fazer intrusão (germe do permanente); 
Uso dos Elevadores Dentais: Os mais utilizados em Odontopediatria são os de Seldin reto e curvo, e os 
apicais. São indicados para luxar dentes, expandir a cortical vestibular e remover raízes residuais 
fraturadas, ou que foram seccionadas para facilitar a cirurgia. 
Uso de Instrumentos Rotatórios: Visa reduzir a resistência a avulsão; Odontosecção; molares decíduos 
inferiores deve ser feita de vestibular para lingual com broca tronco cônica diamantada ou Zekria, sendo 
 
 
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a clivagem (separação das raízes) realizada com alavanca manual reta. Já nos molares decíduos 
superiores, a secção deve ser em forma de “Y” em virtude da posição e do número de raízes. Broca 702; 
Irrigação constante e custar com o germe do permanente. 
• Curetagem e sutura: curetar sempre após exodontia; 
- Sutura deixar sempre para vestibular; indica-se a sutura quando a passagem da agulha não venha a 
causar esgarçamento do tecido gengival e não possa lesar as porções mais superficiais o germe do 
sucessor. Também se indica a sutura nos casos de exodontias múltiplas, pois contribui para a 
imobilidade dos tecidos, dificultando a ocorrência de hemorragia no pós-operatório, e favorece o reparo 
mais rápido da ferida cirúrgica; 
- Fio: o mesmo do adulto 
- Remover após 5 a 7 dias 
• Acidentes nas remoções dos dentes decíduos: seguir os princípios fundamentais para 
prevenir; - Os tecidos moles quando traumatizados deverão ser cuidadosamente trabalhados, quer pelo 
seu reposicionamento, quer por meio de sutura. 
- Quando, de maneira acidental, um dente permanente sofrer a avulsão com o decíduo, ele deve ser 
recolocado, com todo o cuidado, em seu alvéolo; e os tecidos precisam ser suturados. 
 
B) DENTES NÃO-IRROMPIDOS 
Quando é passada a época de irrupção e eles ainda permanecem dentro dos tecidos; 
Inclusos – quando não existe bloqueio ao seu irrompimento 
Impactados – se houver obstáculos 
É necessária a remoção quando: 
• O dente puder ser relacionado, de alguma forma, com a presença de um cisto ou tumor 
odontogênico 
• Com base na propedêutica clínicae em achados radiográficos, puder vincular o dente à 
manifestação de repetidas reações locais de natureza inflamatória 
• Interferir no tratamento ortodôntico 
• Puder ser relacionado como causa de dano aos tecidos periodontais, ou mesmo das 
estruturas mineralizadas de um dente irrompido e posicionado na arcada 
• Previamente ao tratamento regional por irradiação 
• O dente for portador de lesão de cárie ou reabsorção interna 
C) DENTES SUPRANUMERÁRIOS 
Também para os dentes supranumerários existem critérios que fundamentam a necessidade da sua 
avulsão: 
• Quando impede o irrompimento de um dente permanente 
• Quando sedia um cisto dentígero 
• Quando participa da formação de um diastema 
• Quando representa a causa do desposicionamento (desvio) de um dente permanente na arcada 
 
 
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Avaliação radiográfica através das técnicas de Clark e Miller-Winter 
 
D) CISTOS DE ERUPÇÃO 
Um tipo de cisto dentígero extraósseo, ocorre quando o dente tem dificuldade de vencer resistências ao 
seu irrompimento na arcada e permanece com a face oclusal da sua coroa recoberta por um capuz de 
mucosa gengival. 
Odontopediatria, a resolução cirúrgica do quadro clínico de cisto de erupção é denominada, 
tradicionalmente, ulectomia, quando removido tecido, e ulotomia, quando realizada apenas uma incisão. 
 
E) ULECTOMIA – Excisão cirúrgica 
 
F) FRENECTOMIA - remoção cirúrgica dos freios dos lábios bem como da língua 
• Freio labial – freios labiais com inserção palatina é necessária a realização de frenectomia 
• Freio lingual 
Técnica Cirúrgica: 
- Anestesia local com colírio oftálmico anestésico ou anestesia a distância (bloqueio) com ¼ 
do tubete. 
- Frenulotomia: incisão cirúrgica. 
- Frenectomia: excisão cirúrgica. 
- Não necessita realizar sutura, apenas curativo não compressivo com gaze. 
- Pós-operatório: limpeza da região, utilização de exaguantes bucais antissépticos, troca do 
curativo, analgésico via orar durante 3 dias. 
PÓS-OPERATÓRIO 
• Por escrito (recomendação); 
• Medicação analgésica; 
• Alimentação – líquido e frio nas primeiras 24h; 
• Curativo compressivo ou sutura; 
• Higiene local 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lesões Traumáticas NA DENTIÇÃO 
DECÍDUA E MISTA 
 
A) EPIDEMIOLOGIA 
Diversos acidentes, como quedas, batidas, acidentes ciclísticos, automobilísticos e práticas desportivas, 
entre outros, podem levar a diferentes tipos de traumatismos dentários.5 Tornando a situação mais 
dramática, esses traumatismos ocorrem com maior frequência em crianças e jovens em idade escolar e 
na fase de crescimento 
B) ETIOLOGIA: 
A maioria das lesões é causada por quedas e acidentes durante brincadeiras. Em crianças que 
estão aprendendo a caminhar, predominam as lesões por luxação nos dentes anteriores 
superiores, frequentemente ocasionadas por quedas enquanto brincam ou durante o aprendizado 
de caminhar. As lesões são, em geral, mais comuns em meninos. Contusões tendem a causar 
danos aos tecidos moles e estruturas de suporte, enquanto lesões incisivas ou em alta 
velocidade causam luxações e fraturas dos dentes. 
C) PREVENÇÃO 
 Evitar deixar a criança sozinha em locais altos 
 Cuidar locais com muitos moveis e quinas quando começarem a engatinhar 
 Não deixar escorregar em chão molhado 
 Usar sapatos adequados e meias antiderrapantes 
 Cadeirinhas no carro de acordo com a faixa etária 
 Cuidar altura de berços, cadeirão e carrinhos – adequados a idade 
 Pacientes que praticam esportes – protetor bucal 
 Programa de prevenção para esclarecer pais e professores no atendimendo e 
acompanhamento adequados 
D) ATENDIMENTO 
Prognóstico do traumatismo dentário depende muito do pronto atendimento prestado à vítima, e que 
favoreça o prognóstico do tratamento. 
Deveria ser lei que em hospitais e postos de saúde brasileiros houvesse a obrigatoriedade da presença 
de um cirurgião-dentista treinado e preparado para o atendimento de pacientes traumatizados vinte 24 h 
por dia. Já nas instituições de ensino, deveriam existir centros de referência no atendimento da 
população, melhorando a relação ensino-aprendizado de seus alunos e futuros profissionais no campo 
do traumatismo dentário. 
 
 
 
 
 
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E) EXAME DO PACIENTE E DIAGNÓSTICO 
Seguir ordem Lógica, examinar corpo todo; 
Anamnese: deve constar de um interrogatório em busca de informações que possam ser úteis na 
elaboração do diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle. Dela fazem parte, além da identificação 
do paciente, informações sobre a saúde geral e um relato completo do acidente sofrido. 
Identificação do Paciente: Consiste na coleta de dados pessoais e socioeconômicos, como nome, 
idade, sexo, cor, nacionalidade, residência e nome do responsável. 
História da Doença atual: como, onde e como ocorreu o acidente; Perguntar se faz uso de 
algum medicamento stêmico; Se já houve traumas anteriores 
Exame Clínico: 
 Exame Visual: promover a limpeza do locar; exame minucioso; observar área cruentas, 
dilaceradas, fratura, trincas, exposições pulpares, mudança de coloração; 
 Palpação: Sentir o grau de mobilidade do dente; 
 Percussão: Feito de maneira suave a fim de testar a sensibilidade dolorosa; avalia ocorrência 
de lesão apical – OBS: Normalmente, esse teste não é realizado em dentes decíduos, por 
conta da pouca idade do paciente, pois a dor provocada pelo exame pode dificultar a 
abordagem comportamental da criança, não acrescentando em nada no diagnóstico 
Exame Radiográfico: é possível a detecção de fraturas radiculares, do processo alveolar da extensão 
das fraturas coronárias e sua proximidade com o tecido pulpar, das exposições pulpares, do tamanho da 
câmara pulpar, das radioluscências periapicais, das reabsorções, da presença de corpos estranhos, 
principalmente nos tecidos moles, do grau de deslocamentos dentais, da ausência de espaço do 
ligamento periodontal nos casos de luxação intrusiva ou seu aumento nos casos de luxação extrusiva, 
bem como para a verificação do estágio de desenvolvimento radicular (rizogênese) e, em especial, para 
traumatismo em dentes decíduos, grau de rizólise e formação do sucessor permanente. 
Teste de Vitalidade: As respostas obtidas com esses testes de vitalidade não são muito confiáveis, 
principalmente se forem feitos no mesmo dia do acidente, pois a criança, amedrontada, não dará uma 
resposta correta. Se, porventura, optar-se pela realização desses testes, deve-se, inicialmente, treinar a 
criança para recebê-lo, usando primeiro um dente sadio como parâmetro. 
F) CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES TRAUMÁTICAS DENTÁRIAS 
• LESÕES DOS TECIDOS DUROS DOS DENTES 
- Trinca ou fratura incompleta do esmalte: envolve apenas esmalte; 
Conduta Clínica: Aplicação tópica de flúor, escovação dentária, bochechos com soluções 
fluoretadas, e em casos de sensibilidade selantes de superfície; 
 - Fratura do esmalte: Pode optar-se por dois diferentes tipos de intervenção; 
1) Realizar um desgaste controlado das bordas de esmalte fraturadas, eliminando, dessa maneira, arestas 
cortantes e dando ao dente uma forma mais estética 
2) Quando não há condições estéticas para o desgaste, consiste em restaurar o dente por meio do 
condicionamento ácido do esmalte e resina composta 
 
 
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- Fratura de esmalte e dentina s/ exposição pulpar: Dependendo da área exposta e do volume da 
câmara pulpar, podem ocorrer sintomas como sensibilidade dolorosa às mudanças térmicas e à 
mastigação. 
Conduta Clínica: colagem do fragmento (fazer condicionamento ácido/adesivo) ou reconstrução por 
meio de restauração com proteção a dentina com um material que tenha capacidade de adesão; 
- Fratura de esmalte e dentina c/ exposição pulpar: foi procurado classificar os dentes 
permanentes traumatizados com fraturas de esmalte e dentina, com exposição

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