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Manejo do comportamento em odontopediatria • Início da vida odontológica da criança • Evangeline Jordan: técnica da mão sobre a boca, analisador do comportamento das crianças • Executar o máximo de trabalho em menos tempo e com menor grau de desconforto • Qualidades básicas: ✓ Amar a criança ✓ Fazer-se gostar da criança ✓ Gostar de tratar crianças ✓ Ter conhecimento de odontologia e odontopediatria ✓ Ter conhecimento de psicologia infantil ✓ Ter paciência • Relação dentista-criança: superidentificação, dominação e empatia • Princípios fundamentais de desenvolvimento: multidimensional, integral, contínuo, ocorre em interação, segue padrão (porém é único para cada criança) • Desenvolvimento da criança segundo Freud (psicossocial) ✓ Fase oral (0-1 ano): dependência da mão (principalmente de 1 a 6 meses), reflexo de sucção (desenvolvimento do sistema estomatognático ✓ Fase anal (1-3 anos): independência do esfíncter, diferenciação de si e da mãe ✓ Fase fálica (3-5 anos): complexo de Édipo, diferença entre meninas e meninos ✓ Fase Latente (6-12 anos): influência do ambiente escolar e dos outros ✓ Genital (12-18 anos): adolescência Idade Características Do nascimento aos 2 anos Preocupado apenas em satisfação de suas necessidades, criança não é capaz de reproduzir uma resposta racional frente ao tratamento odontológico Criança chora muito mais do que o normal Aos 2 anos Medos incompreensíveis Mãe é o centro Aos 3 anos Individualidade e independência Idade do “eu também” Mantém boa conversação com o dentista Criança é capaz de cooperar no tratamento sem muito medo da separação dos pais Aos 4 anos Período difícil da criança Menos cooperativa que aos 3 anos Idade que mais exige do dentista Criança tenta postergar o tratamento Aos 5 anos Separação dos pais é mais fácil Susceptível a elogios É gentil e cooperativo Aos 6 anos Relação mais fácil com o dentista • Atitudes durante o atendimento: 1. Medo: ✓ Objetivo (criança já sofreu trauma) Direto (trauma no consultório) Indireto (trauma fora do consultório) ✓ Subjetivo (fica na imaginação; não conhece, mas imagina) 2. Ansiedade: resposta ao que a criança não conhece 3. Birra: resposta ao sofrimento/ frustração 4. Choro: dor, cansaço, manha, medo ou ansiedade • Tipos de choro: ✓ Choro obstinado: alto, sem lágrimas, causado por ansiedade, pode ajudar com presença dos pais ✓ Choro por medo: abundância em lágrimas, motivada por falta de confiança, manejo por meio de diálogo ✓ Choro por dor: sem som ou muito baixo, lágrima é a única manifestação, manejada por meio da detecção da dor e recursos para acalmar a criança ✓ Choro compensatório: sem lágrimas ou soluços, apenas um barulho de lamentação para esconder ruído da broca. Não se deve tentar parar os gemidos, visto que a criança não tenta interromper tratamento • Influência dos pais: Educar o pai antes da primeira consulta; pode afetar o comportamento da criança de forma negativa • Orientações: ✓ Não se inquiete se seu filho chora ✓ Não se inquiete se a reação do seu filho for violenta, deve haver algum motivo ✓ Nunca o engane ✓ Se você prometeu algo a seu filho, não inclua o dentista ✓ Deixe a criança explorar sua curiosidade Fase de socialização Aos 7 ou 8 anos Independência familiar Sensíveis e racionais Dos 9 à puberdade Criança receptiva e pronta para responsabilidade da sua higiene Não gosta de ser tratada como criança ✓ Controle seus temores ✓ Não interfira na conversa do seu filho e o dentista ✓ Procure não interferir entre ele e o dentista ✓ Permita que seu filho se desenvolva só, ele conseguirá • Manejo adequado: ✓ Use linguagem adequada ✓ Ser direta ✓ Reconhecer o tipo de paciente ✓ Comunicar-se adequadamente ✓ Ser capaz de realizar uma contenção física • Atitudes a serem evitadas: ameaças, táticas enganatórias, chantagem, ridicularizar • Comportamento da equipe: primeiros a recepcionar pais e crianças; diminuir ansiedade • Fatores que influenciam a reação da criança: idade da criança, temperamento, personalidade, nível cognitivo, reações a estranhos, experiências anteriores, personalidades, ansiedade materna • Tipos de paciente: cooperativo, falta de capacidade, cooperativa (pouca idade, incapacidade física e mental) • Escala de Frankl: 1. Definitivamente negativo – recusa tratamento, chorando forte, extremo negativo 2. Negativo- relutância em aceitar tratamento, não cooperativo, alguma atitude negativa, mas não pronunciada (sombrio e retirado) 3. Positividade- aceita tratamento, comportamento cauteloso, vontade de obedecer, segue instruções 4. Definitivamente positivo- riso, obediência, diversão • Técnicas de manejo: Técnica Objetivo Comunicação não-verbal Condução do comportamento através do contato físico e das expressões faciais Reforço positivo Ajustar comportamento do paciente com estímulos adequados com recepção calorosa e elogios Distração Distrair a atenção do paciente para que não perceba um procedimento desagradável Diminuir percepção de desconforto Evitar comportamento negativo ou evitação Falar-Mostrar- Fazer Ensinar ao paciente aspectos importantes da visitação do dentista e familiarizar o paciente com o consultório Adequar paciente aos procedimentos Falar: explicar procedimentos de acordo com o desenvolvimento da criança Mostrar: demonstrar por meio de sentidos os procedimentos definidos Fazer: realizar procedimentos Controle através da voz Desviar a atenção da criança Voltar ao grau inicial com firmeza Rejeitar o comportamento inaceitável Para crianças que não cooperam ou são desatentas, mas são capazes de comunicar-se Estabilização protetora Reduzir ou eliminar movimentos controlados, proteger a criança e equipe Facilitar procedimento Previamente: é possível mudar plano de tratamento? Quais ideias sugerir? Existem outros problemas afligindo a criança? Existem distúrbios que justifiquem o comportamento?, o acompanhante pode ser mudado? Profissional pode ser mudado? Contenção Física Pacientes que não podem cooperar, imaturidade, limitações físicas ou mental Não indicadas para pacientes colaboradores sem problemas sistêmicos Técnica de dessensibilizarão Introduzir aos poucos procedimentos mais invasivos Várias sessões Hands over mouth Obter atenção da criança Garantir segurança Para crianças saudáveis Contraindicadas para crianças com dificuldades e imaturas Radiologia em odontopediatria • Áreas teciduais críticas: ✓ Células indiferenciadas- tomar cuidado com a radiação ✓ Pele (câncer), osso (leucemia), gônadas (mutações, infertilidade, mutação fetal) olhos, tireoide • Princípios de ALARA: ✓ Tão baixas quanto racionalmente exequíveis ✓ Comissão Internacional de Produção Odontológica o Proteger indivíduos e descendentes o Evitar efeitos não estocásticos em níveis aceitáveis • Redução de risco: ✓ Cuidados: idade, necessidade, condicionamento, coordenação motora, tamanho da boca, ânsia, posicionar cadeira e aparelho deixando colocação do filme por último ✓ Recomendações: instrução e familiarização, posicionar cone e depois o filme, tamanho do filme compatível com a boca, região mais fácil primeiro (anterior), prender a atenção durante a exposição, uso do avental plumbífero, realizar técnica de exposição correta, distância foco-filme • Proteção ao operador: ✓ Uso de avental ✓ Evitar ficar atrás da âmpola e na direção do feixe ✓ Evitar segurar o filme✓ Auxílio dos pais • Indicações: ✓ Avaliação: atividade de cárie, crescimento e desenvolvimento, anomalias, defeitos genéticos, condições patológicas, trauma ✓ Critérios para tomada radiográfica: tipo de dentadura, lesão de cárie recorrente ou primária, áreas de interesse, risco de cáries, anomalias familiares • Contra- indicações: ✓ Ausência de lesões de cárie, presença de espaço entre molares Técnica Característica Periapical Avaliar o grau de rizólise, cripta, reabsorção do tecido ósseo, lesão cariosa (foco bacteriano no decíduo afeta permanente) Cuidado com rizogênese incompleta e lesão periapical Traumatismo dental Controle e acompanhamento Técnica da Bissetriz Técnica do paralelismo Técnica de Clark Bite-wings Interproximal Lesões cariosas Oclusal Filme adulto de forma horizontal com a criança mordendo Observar regiões anteriores Lateral do Nariz Danos em germes permanentes Deslocamento para V ou para L/P Germe dentário geralmente na P Steinberg-Braumer Filme na região vestibular Técnica alternativa para crianças não colaborativas ou que possuem ânsia Panorâmica Avaliação do desenvolvimento ósseo Patologias bucais Observação de seios maxilares Exame prévio da ATM Observação bilateral Traumatismo Documentação ortodôntica Vantagens: visão em conjunto, baixa exposição, tomada única Desvantagem: sobreposição Tomografia Cistos Distância de germes Dentes supranumerários • Adaptações: 1. Não pode dobrar o filme, porém, algumas vezes é necessário para facilitar a tomada. A região de interesse deve aparecer sem distorção 2. Pinçar a radiografia com palito de picolé ou fita crepe 3. Uso de algodão • Erros de processamento: 1. Posição do avental 2. Tempo de realização da técnica 3. Uso do posicionador (deslocamento) 4. Posição do filme e meia lua 5. Alongamento e encutamento 6. Erro na revelação • Interpretação radiográfica: 1. Região deve aparecer totalmente 2. Deve mostrar tecido adjacente 3. Conhecimento das estruturas 4. Levantamento completo do caro das regiões e arco estudados sempre que se inicia tratamento, mesmo sem suspeita clínica Doenças periodontais na primeira infância • Atingem todas as idades • Doença mais frequente em seres humanos • Não é exclusiva para adultos • Crianças são susceptíveis • Epidemiologia: diferentes métodos de avaliação limitam comparação de estudos; alta prevalência de gengivite, baixa periodontite (negligenciada) • Grande parte da população infantil apresenta um tipo de gengivite branda reversível Local Adulto jovem Criança Contorno da gengiva marginal Borda ligeiramente proeminente, adaptada à superfície dental na JAC Borda bem evidente e arredondada, posiciona-se coronalmente até a JAC Gengiva papilar Forma mais afilada Varia com a presença de diastemas Com diastemas- trapezoidal Cor da Gengiva Inserida e textura Vermelho-róseo, presença de pontilhado Mais avermelhada, maior vascularização (mostra mais tec. Conjuntivo) Pontilhado discreto ou inexistente Superfície lisa e brilhante • Epitélio juncional infantil é mais espesso • Ligamento periodontal mais largo • Osso alveolar- trabéculas maiores, mais resiliente; no adulto é compacto • Fatores: ✓ Determinantes o Essenciais para instalação da doença o Biofilme: micro-organismos diferentes sítios saudáveis e doentes o Transmissão vertical (de pais para filhos) e horizontal (de outras pessoas) o MO da dentição mista mais complexos que na decídua ✓ Pré-disponentes o Propiciam acúmulo de placa ou dificultam sua remoção o Apinhamento, erupção ectópica, restauração insatisfatória ✓ Modificadores o Alteram a evolução da doença, agravando a sintomatologia o Condições sistêmicas: distúrbios hormonais, diabetes melitus, discrasias caninas o Fatores traumatizantes: contato oclusal prematuro, hábito parafuncional o Fatores ambientais: nutrição, estresse, depressão o Fatores imunológicos: imunodeficiência primária (distúrbios de linfócitos ou neutrófilos), imunologia secundária (quimioterapia, HIV) • Diagnóstico: ✓ Queixa principal (história presenta da doença, história médica e odontológica, história social) ✓ ISG (sondar e esperar) ✓ Placa visível ✓ Doenças gengivais, periodontite crônica, periodontite agressiva, manifestação sistêmica, periodontais adultas Doença Características Gengival induzida por placa Menos prevalentes em crianças menores, pico na puberdade Gengivite eruptiva Crianças- linfócitos T Hiperplasia gengival- mais raro em crianças, mais acontece por medicamentos Varicela, gengivoestomatite herpética primária Periodontite Crônica Progresso lento a moderada de rápido desenvolvimento Severidade e extensão Baixa prevalência Periodontite Agressiva Rápida perda de inserção e destruição do osso alveolar Familiar Anomalias fagocitárias Pacientes sistematicamente saudáveis Localizada (incisivos e M permanentes) X generalizadas (1M mais dois dentes) Doenças Necrosantes GUN e PUN Raro em crianças De manifestação sistêmica Início: em erupção dos decíduos até 4 a 5 anos de idade Anomalias e neutrófilos AA, Prevoleta Intermedia Síndromes: de down, papillon lefvre • Procedimentos periodontais Básicos: ✓ Avaliar estado periodontal ✓ Instruções de controle de placa ✓ Remoção mecânica da placa ✓ Aconselhamento- uso de dentifrícios fluoretados e enxaguantes (muito cuidado para não engolir) ✓ Motivação do paciente ✓ Pequenos movimentos ortodônticos ✓ Desgastes seletivo prévio/ placa de mordida ✓ Raspagem, aplainamento, polimento coronário e radicular – eliminação de fatores retentores de placa ✓ Troca de restaurações, exodontia, extrações e próteses ✓ Monitoramento da terapia inicial- repetir índices ✓ Preleção- mostrar ao paciente a placa bacteriana presente em sua boca através de evidenciadores ✓ Ensinamento de técnica de HB (fones) ✓ Ausência de gengivite e periodontite- instrução de higiene e controle periódico ✓ Presença de gengivite- eliminar biofilme, instrução e motivação ✓ Presença de periodontite (com fator local) - eliminar biofilme e cálculo, avaliar a necessidade de terapia periodontal cirúrgica, controle periódico, encaminhar para o periodontista ✓ Presença de periodontite (agressiva ou manifestação sistêmica) - eliminar biofilme bacteriano e cálculo, terapia associada ao uso de AB sistêmicos, avaliação da necessidade de terapia periodontal cirúrgico, controle periódico e encaminhamento ao periodontista • Controle Periódico e Manutenção: ✓ Reavaliação em intervalos apropriados para diagnóstico precoce ✓ Monitoramento do estado periodontal ✓ Reforço da motivação e educação de pais e pacientes ✓ Repetir instruções de controle de placa ✓ Exames de oclusão ✓ Retratar as doenças ✓ Monitoramento- promover avaliação e reavaliação Diagnóstico em odontopediatria • Crianças possuem problema específicos • Crescimento e desenvolvimento (físico e psicológico) • Cuidado com o que falar, pois elas entendem como mensagens subliminares • Preparo psicológico auxilia na colaboração em todas as fases • Diagnóstico: conhecimento e determinação de uma doença por meio de seus sintomas • Correto diagnóstico: anamnese + exame físico (+ exames complementares) • Anamnese em odontopediatria ✓ Observar atitudes, palavras, linguagem corporal ✓ Espelhamento: tão concentrados na conversa que começa a imitar a atitude dos outros- reflexo positivo • Para mãe deve-seperguntar: ✓ Motivo da visita (rotina, dor...) ✓ Intercorrências da gestação (parto, aleitamento- até que idade) ✓ Problemas físicos ✓ Vacinação em dia e medicação que toma ✓ Já fez algum tratamento odontológico, recebeu anestesia ✓ Como colaborou no último tratamento, perfil do filho ✓ Idade de erupção dos primeiros dentes ✓ Já sofreu trauma ✓ Higiene Bucal (frequência) ✓ Quem faz a higiene de seu filho? ✓ Pasta fluoretada? ✓ Frequência alimentar e alimentação ✓ Frequência de carboidratos ✓ Tipo de água de casa (mineral, filtrada, de poço) ✓ Exame físico • Anotar variações da normalidade • Palpação de linfonodos (sublingual, submandibular, cervicais) • Inspeção geral Estatura, peso, linguagem, mãos (micofagia, sarna, sucção digital), pelo, cabelo (piolho), temperatura corporal • Exame da cabeça e pescoço ✓ ATM, pele, tamanho, forma, simetria facial ✓ Celulite facial, hemangioma (má formação vascular, distender ou pressionar- sangue some), linfoma de Burkitt ✓ Exame da boca ✓ Semi-mucosa labial ✓ Mucosa labial 1) Afta comum: pomada de triamcinolona (omcilon-A), três vezes ao dia, por dois dias 2) Mucocele: obliteração de glândulas salivares- persiste ou reduz sozinha; caso não reduza, uso de lâmina bisturi 15 para biópsia excisional 3) Glossite Migratória benigna: língua geográfica 4) Língua fissurada: retenção de biofilme (saburra) - halitose 5) Freios anômalos: labial lingual (anquiloglossia) – problemas na fala, dificuldade de amamentação, movimento reduzido Frenectomia- técnica de fácil execução, evita cirurgia maiores, risco pequeno, pouco ou nenhum sangramento Protusão- língua bífida, dificuldade de fonação, técnica cirúrgica mais complexa (frenectomia) 6) Abcesso: localizado, vestibular ou lingual (mais raro) 7) Rânula: glândulas salivares linguais, obstrução 8) Orofaringe 9) Cistos gengivais: cisto gengivais do recém-nascido ou da lâmina dentária 10) Nódulos de Bohn: esbranquiçado 11) Pérolas de Epsten: restos epiteilias aprisionados 12) Dentes Natais (ao nascimento) ou neonatais (até um mês) Conduta: exodontia- risco de aspiração ou deglutição / manutenção e polimento da borda incisal (úlceras traumáticas - riga-fede) 13) Anquilose dentária (panorâmica de controle) 14) Cisto de erupção Hemorragia submucosa Some com erupção • Doenças infectocontagiosas 1) Candidíase Bucal ✓ Prematuridade, baixo peso, imunossupressão, uso prolongado de AB ✓ Conduta: o Limpar com gaze e água filtrada ou bicarbonato; limpar seio, mamadeira, chupeta o Nistatina tópica, 3 vezes ao dia por 15 dias 2) Gegivoestomatite Herpética Primária ✓ HSV-1 ✓ Lábios ou na boca toda ✓ Manifestação: Sistêmica: irritação, anorexia, febre, mal-estar Locais: úlceras rasas doloridas generalizadas na gengiva e halitose ✓ Tratamento: Sintomático: analgésico (dipirona ou paracetamol) ou AINE, reforçar hidratação, líquidos gelados, comida pastosa, HB com cotonete e clorexidina Não usar gel anestésico - intoxicação ✓ Duração: 14 dias aproximadamente ✓ 3) Herpes recorrente: não atender 4) Gengivite por HIV • Anomalias dentais 1) Microdontia: generalizada ou focal (mais comum em incisivos conóides) 2) Macrodontia: alterações hipofisárias 3) Geminação: único germe dentário dividido em dois (1 raiz) 4) Fusão: dois germes fundidos (2 raízes) 5) Dilaceração 6) Taurodontia: câmara pulpar volumosa 7) Atrição, abrasão e erosão (lesão de ½ lua) 8) Dens in dente 9) Concrescência: cemento unido ✓ De número: o Anadontia (parcial ou completa) o Displasia ectodérmica (dentes, pele e cabelo) o Dentes supranumerários ✓ Defeitos no desenvolvimento de esmalte: o Hipoplasia: amelogênese imperfeita / deficiência no esmalte o Hipomineralização: ▪ MIH, Fluorose (opacidades demarcadas, marrons) - manchas, alterações na espessura de esmalte ▪ Etiologia: fatores hereditários, síndromes, parto prematuro, carência de vitaminas, uso prolongado de AB ▪ MIH: Provável relação com fatores sistêmicos 1 a 4 molares permamentes e incisivos Opacidades demarcadas Colapso pós-eruptivo Maior risco de cárie Sensibilidade extrema (só algumas crianças) Tratamento recorrente ✓ Tumor odontogênico o Odontoma Misto, mais comum na maxila Sem sintomatologia ✓ Síndromes e doenças genéticas: o Tetra- X Cistos, anadontias, taurodontias Epidermólise Bolhosa Perda de conexão entre epiderme e tecido conjuntivo- formação de bolhas Perda de abertura devido à fibrose Anestesia local • Perda temporária de sensação ou de dor produzida por um agente químico aplicado topicamente ou injetado, sem pera de consciência • Diminui medo e ansiedade, pois previne a dor • Aumenta relação de confiança • Anestesia local: droga que promove bloqueio reversível de potenciais de ação responsáveis pela condução nervosa, quando aplicada localmente em concentração adequada (fibra nervosa periférica) • Propriedades desejáveis do anestésico ✓ Não irritante ao tecido ✓ Não causar qualquer alteração permanente ✓ Toxicidade sistêmica baixa ✓ Eficácia (tópica ou injeção) ✓ Rápido início de ação ✓ Duração suficiente para procedimento • Mecanismo de ação : Bomba de sódio-potássio vloqueada • Propriedades: ✓ Potência (quanto maior a potência, menor a concentração) ✓ Tempo de indução e duração de ação (aumento da lipossolubilidade aumenta duração e indução) ✓ Duração da ação ✓ Grau de afinidade proteica ✓ Presença de vasocontrito ✓ Variação individual na resposta à droga ✓ Variações anatômicas ✓ Precisão de administração da droga ✓ Condições de tecido bucais (pH, vascularização) • Qual utilizar? 1) Tópico: ✓ Lidocaína- gel (2%), pomada (5%), spray (10%) ✓ Benzocaína (20%) – Cuidado com a alergia ✓ Lidocaína + prilocaína (EMLA) – 25g/g 2) Injetável: ✓ Lidocaína 2% ✓ Prilocaína 3% ✓ Mepivacaína 2% • Grupo químico: ✓ Éster: tetracaína, benzocaína ✓ Amida: lidocaína, prilocaína, mepivacaína, bupivacaína ✓ Articaína • Duração: ✓ Curta: todos sem vasoconstritor ✓ Média: 1 hora em polpa / 3 a 5 horas em tecido mole – Lidocaína, mepivacaína, prilocaína, articaína + vasoconstritor ✓ Longa: bupivacaína 0,5% + adrenalina 1:100000 – Não usar em crianças, pois pode causar traumas na mucosa devido ao tempo do anestésico • Cuidados: ✓ Preparar psicologicamente o paciente sem usar “é só uma picadinha” ou “não vai doer” ✓ Anestesia tópica- manter local seco ✓ Estabilizar a cabeça, alerta com movimentos abruptos ✓ Falar continuamente com a criança ✓ Não mostrar agulha desnecessariamente ao paciente ✓ Não usar agulha longa ✓ Anestésico deve sempre preceder ao avanço da agulha ✓ Explicar para criança que a anestesia é transitória • Complicações da anestesia local: ✓ Mordida pós-anestésica (oncilom) ✓ Hematoma ✓ Fratura da agulha ✓ Parestesia ✓ Reação alérgica ✓ Úlcera pós-anestésica (volume de anestésico) • Dose máxima permitida: Anestésico Dose Ponderal (mg/kg) Dose Máxima (mg) Lidocaína 2 e 3 % 4,4 300 Mepivacaína 2 e 3 % 4,4 300 Articaína 4% Adulto- 7,0 Criança- 5,0 500 Prilocaína 3% 6 400 Bupivacaína 0,5% 1,3 90 • Cálculo: • Intoxicação ✓ Convulsão – depressão - parada cardiorrespiratória ✓ Bloqueio sensitivo e motor de intensidadeaumentada, maior duração de ação ✓ Fala difícil, calafrios, contração muscular temores 1) Nunca usar concentração maior do que a necessária 2) Utilizar a mínima dose clinicamente eficaz 3) Vasocontritor 4) Aspiração antes da injeção Cirurgia em odontopediatria • Aspectos importantes: avaliação pré-operatória (saúde geral odontológica), avaliação do comportamento, analgesia, anestesia • Avaliação pré-operatória: anamnese, exame físico, exame complementar • Anamnese • Exame físico: peso da criança (anotar no prontuário) • Cuidado: cardiopatia, coagulopatia, suspeita de tumor, uso de medicamentos, doenças infectocontagiosas – Solicitar parecer médico quando necessário • Perfil psicológico de pais e acompanhantes • Informar a criança e paciente sobre procedimento (TCLE) • Em crianças até 2 anos é fundamental a presença afetiva da mãe – previamente preparada • Cuidados: ✓ Não mostrar seringas, agulhas e instrumental cirúrgico para criança ✓ Evitar máximo de visualização de sangue pela criança ✓ Não quebrar cadeia de biossegurança ✓ Atuar de forma serena • Explicar: uso de EPIs para crianças • Cirurgia dento-alveolar: ✓ Diferentes anatomias – raízes convergentes, rizólise assimétrica ✓ Indicações: o Cáries extensas com impossibilidade de restauração o Dente retido no arco o Raízes residuais o Lesão periapical extensa o Alveólise (reabsorção de tábua óssea vestibular) o Rizogêneses Irregular o Anquilose o Ortodontia ✓ Fórceps: o 1: canino e incisivos superiores o 18D: molar superior direito e esquerdo o 65: raízes superiores o 69: raízes superiores e inferiores o 68: raízes inferiores de ambos os lados ✓ Alavancas: o Não usamos por causa do germe dentário- usar espátula 7 o Usar apenas Seldin Reta e Angulada ✓ Deixar material sempre separados – reduzir tempo de trabalho (desgaste físico, emocional do paciente e operador) ✓ Cooperação da criança diminui com a idade ✓ Técnica: 1) Anestesia 2) Sindesmotomia- espátula 7 3) Luxação 4) Extração 5) Sutura- depende ✓ Nunca intruir- Cuidado com o germe ✓ Amarrar tudo com fio dental ou sempre apoiar com gaze para evitar aspiração ✓ Indicações para extração de fórceps o Coroas que suportam resistência e instrumento o Após odontosecção ✓ Odontosecção o Divisão cirúrgica do dente o Transformação de estruturas multirradiculares e unirradiculares ✓ Osteotomia o Remoção cirúrgica do osso o Indicada anquilose e fratura radicular o Retalho mucoso o Instrumentos – cinzéis • Acidentes ✓ Fratura da raiz – não mexer, pois, pode reabsorver ✓ Avulsão ou deslocamento do permanente – colocar de volta no local (alvéolo) e suturar ordos • Dentes supranumerários ✓ Dentição permanente- maxila (10:1) ✓ Pré-maxila: chamado mesiodens ✓ Podem irromper ou não ✓ Se tem na decídua nem sempre tem em permanentes ✓ Suspeita de mesiodens: retardo na erupção de Incisivos superiores permanentes com ou sem retenção prolongada dos decíduos; erupção ectópica dos incisivos centrais superiores permanentes ✓ Quando extrair: o Retido- raiz completa dos incisivos centrais o Erupcionado – imediatamente o Inversão de coroa- busca de eixo de erupção nasal e sinusal, cirurgia antecipada e mais complexa • Cirurgia de Tecidos Moles: ✓ Ulotomia e Ulectomia o Fibrose gengival (medicamento e trauma constante) o Dentes parcialmente erupcionados o Erupção lenta o Pericoronarite o Ulotomia: incisão na gengiva (perto da oclusal e borda incisal) e divulsão para expor os dentes o Ulectomia: exérese do tecido gengivo-fibroso- Molar: incisão circular / Incisivo: incisão elíptica o Não indicados em dentes decíduos intraósseos ✓ Frenectomia Labial o Remoção de faixa o Indicada quando há diastema (deve-se esperar até a erupção do canino), freio hipertrófico, recessão gengival) o Anestesia- pinça hemostática – retirar triangular- divulsão (desinserção de fibras) - sutura ✓ Anquiloglossia o Encurtamento de freio lingual o Interfere na alimentação, fonação/ dicção o Língua bilobulada (em coração) o Uso de fio reabsorvível o Criança – uso de anestésico tópico (bebê) • Recomendações pós cirúrgicas ✓ Anestesia- cuidado para não morder o lábio ✓ Higiene oral ✓ Avaliar a necessidade de atestado ✓ Dieta pastosa (dependendo da necessidade) Trauma em odontopediatria • Lesão de extensão, intensidade e gravidades variáveis, de origem acidental ou intencional; pode ser no elemento dentário e/ou suas estruturas de suporte • Situação de urgência • Trauma físico e emocional • Às vezes, 1ª consulta da criança • Pais com culpa e ansioso • Sangramento assusta ou mascara condição pior • Fatores Predisponentes: ✓ Tamanho da cabeça ✓ Fase de desenvolvimento neuropsicomotor ✓ Curiosidade e imprudência ✓ Sobressaliência (falta de selamento labial) ✓ Falha na atenção dos responsáveis • Fator etiológico: ✓ Queda (1 a 3 anos) ✓ Colisões (4 a 6 anos) ✓ Acidente (7 a 8 anos) ✓ Maus tratos ✓ Iatrogênia (exodontia, intubação cirúrgica) • Mais prevalente em gênero masculino, 2 a 3 anos, ICS, em casa ou na escola, queda da própria altura • Tipos de trauma mais registrados ✓ TAD registrados nos serviços- avulsão e intrusão ✓ Levantamento (injúrias dificultadas) – Fratura de Esmalte e esmalte- dentina • Conduta profissional ✓ Equilíbrio emocional ✓ Atenção ao paciente e aos pais ✓ Rapidez no diagnóstico e execução no tratamento • Exame Clínico ✓ Anamnese – história médica e trauma ✓ Exame extra-oral ✓ Exame intra-oral – tecido mole e duro (sustentação) ✓ Exame radiográfico • Anamnese ✓ Quando ocorre? Como foi? Onde ocorre? Houve período de inconsciência? Anterior história de traumatismo? Alteração de mordida? Determinar sinais e sintomas urgentes (sutura, cirurgia, radiografia) ✓ Análise de toda CO (inclui dentes posteriores) • Exame físico ✓ Adaptação do comportamento (crianças e pais), limpezas, inspeção visual e palpação cuidadosa, mobilidade (não usar teste térmico e percussão), planejar atenção odontológica integral • Radiografia ✓ Condição radicular, relação do germe com o dente, alteração periapical, exame posteriores (comparar) ✓ Plano oclusal paralelo ao solo, filme adulto, longo eixo da comissura, raio no ápice (1 cm acima da ponta da raiz – até 4 anos, sem sobreposição) - TÉCNICA OCLUSAL ✓ Superiores anteriores, intrusão (trajeto da raiz) – TÉCNICA LATERAL EXTRAORAL • Classificação do traumatismo ✓ Uniformiza discussão ✓ Permite padronização de diagnóstico ▪ Tecidos duros e da polpa Trauma Tratamento Acompanham ento Fratura de esmalte o Diag. + trat. + proservação o Radiografia + ex clínico o Desgaste e polimento das arestas para evitar laceração dos lábios 3 a 4 semanas – 6 meses – 1 ano até a esfoliação Fratura esmalte- dentina o Diag. + trat. + proservação o Radiografia + ex clínico o Restauração (proteção de túbulos e estética) 3 a 4 semanas – 6 meses – 1 ano até a esfoliação Fratura esmalte- dentina com polpa o Diag. + trat. + proservação o Radiografia + ex clínico o Pulpotomia (remoção da polpa coronária- rizogênese incompleta): o dente pode reabilitar o Pulpectomia + Ca(OH)2: necrose rizogênege incompleta o Terapia endodôntica radical: dente com rizogênese incompleta 1 semana- 6 a 8 semanas- 6 meses Coronorradicular o Três tecidos o Exposição de polpa – dor o Não é fácil de realizar isolamento absoluto 1 semana – 3 a 4 semanas – 1 mês – 1 ano (Esmalte dentina e cemento) o Ex clínico + Raio x : surpresa (fratura pode ser maior) o Anestesia e remoção de fragmento com maior mobilidade o É possível restaurar? ✓ Sim: endodontia ✓ Não: exodontia o Remoção do fragmento o Extração 1 ano Fratura Radicular o Fragmento coronal não deslocado- proservação- linha de fratura no 1/3 apical o Fragmento coronal deslocado- reposicionamento e esplintagem ▪ Lesão de Tecido Periodontal Trauma Tratamento Acompanhamento Concussão o Ex Clínico e radiográfico- sem alteração o Realizar alívio oclusal, Higiene Oral o Sem rompimento do ligamento Periodontal e fibras o Sem danos ao germe 1 semana- 6 a 8 semanas, ano a ano até a esfoliação Subluxação o Sem deslocamento o Mobilidade o Sangramento do sulco – igual fratura de raiz o Radiografia sem alteração o Dano ao suplemento neurovascular o Algumas fibras do Ligamento Periodontal afetadas o Sem dano ao germe Luxação o Extrusiva ✓ Excessiva mobilidade ✓ Aumento do espaço do Ligamento Periodontal ✓ Manutenção, reposição, exodontia ✓ Higiene ✓ Considerar: grau de deslocamento, mobilidade, formação da raiz, habilidade da criança em cooperar ✓ Aguardar realinhamento espontâneo ✓ Reposicionar: extrusão (-3 mm) e tempo decorrido de 2 horas o Extrusiva ✓ 1 semana - 6 a 8 semanas- 6 meses- ano a ano até a esfoliação o Lateral ✓ 1 e 2 a 3 semanas de controle clínico e radiográfic o – 6 a 8 ✓ Em extrusões severas: reposição e contenção semi-rígida por 4 semanas ou extração ✓ Rompimento do suplemento neurovascular ✓ Separação do Ligamento Periodontal e exposição coroa- raiz ✓ Normalmente sem danos ao folículo ou germe do dente permanente o Lateral ✓ Exame clínico: deslocamento para vestibular ou palatina (pior) ✓ Radiografia: aumento do espaço do Ligamento Periodontal (tomada oclusal) ✓ Conduta: manutenção, contenção, exodontia ✓ Higiene Oral o Intrusiva ✓ Exame clínico: dente penetra para o interior do alvéolo, parcial ou totalmente. Diagnóstico diferencial com a avulsão ✓ Higiene Oral ✓ Conduta expectante: deslocamento da raiz para vestibular ✓ Exodontia imediata: deslocamento da raiz para palatina ou fratura da parede radicular ou não-reerupção dentro de 6 meses ou presença de infecção ✓ Observar: direção da coroa, presença de hematoma na face vestibular, projeção do osso alveolar, margem encurtada ou alongada semanas – 6 meses – um ano o Intrusiva ✓ 3 a 4 semanas, 6 a 8 semanas, 6 meses, ano a no até a erupção do permanen te Avulsão o Exame clínico: dente totalmente deslocado para fora do alvéolo o Radiografia: o alvéolo está vazio, se o dente avulsionado não foi encontrado, o exame radiográfico é essencial para garantir que o dente não está intruído o Dano ao folículo do germe permanente é frequente o Observação e controle: o reimplante normalmente não é realizado, devido à falta de condições essenciais para que se obtenha resultados satisfatórios o Observar: tempo decorrido do trauma, meio de estocagem do dente, condições para realizar contenção o Idade entre 2 e 4 anos: contenção possível, rizólise ▪ Lesões em tecidos moles ✓ Acompanham trauma ✓ Incomuns em levantamentos ✓ Frequentemente atendidos em hospitais 1. Contusão: ✓ Lesão nos tecidos decorrentes de impacto resultando em hemorragia e edema sob a pele ✓ Não há rompimento da pele e mucosa 2. Abrasão: ✓ Lesão decorrente de atrição entre pele/mucosa e outra superfície, causando rompimento de uma camada superficial da pele ou mucosa (ulceração) 3. Laceração: ✓ Lesão decorrente de impacto com superfície cortante, causando rompimento da pele ou mucosa ✓ Tratamento das Lesões ✓ Limpar a região traumatizada com soro fisiológico e sabão neutro ✓ Remoção de corpos estranhos ✓ Reposição de tecidos e avaliação da necessidade de sutura ✓ Antibioticoterapia: lesão de mordida humana ou animal, profundidade do ferimento, local do acidente ▪ Sequela em dentes decíduos ✓ Discoloração coronária, obliteração pulpar, necrosa, alteração de rizólise, reabsorção radicular externa, retenção prolongada, anquilose, posição ectópica, reabsorção radicular interna 1. Discoloração ✓ Pode ser a única evidência de traumatismo na dentição decídua ✓ As cores que aparecem após o traumatismo são expressão externa da mudança na polpa dos dentes após lesões traumáticas ✓ A alteração de cor pode ocorrer dias, semanas ou até meses após o traumatismo podendo inclusive se modificar com o passar do tempo ✓ Acinzentada: ❖ Imediata: tecido pulpar com maior chance de recuperação ❖ Mediata (3 meses após): necrose pulpar ✓ Amarelado: ❖ coloração normal: escurecimento transitório ❖ Associada a abcesso, fístula, lesão periapical e/ou reabsorção radicular patológica para indicar a necrose e infecção pulpar ❖ 78% dos dentes com descoloração amarelada apresentam obliteração da câmara pulpar; apenas 8% evoluem para necrose 2. Obliteração pulpar: ✓ Condição patológica em que a câmara pulpar e o canal radicular são obliterados por deposição progressiva de tecido duro ✓ Assintomática ✓ Benigno ✓ Aparece de 3 a 12 meses após o traumatismo ✓ 6 meses: fortemente associada à luxação ✓ Coloração amarelada da cora concomitante com manifestações de obliteração ✓ Acompanhamento ▪ Sequela em dentes permanentes ✓ Relação topográfica íntima ✓ Barreira óssea muito tênue (3 mm) ou apenas tecido conjuntivo fibroso ✓ Idade de maior ocorrência de injúrias coincide com fases iniciais de Odontogênese ✓ Danos à porção coronária: hipomineralização, hipoplasia, dilaceração coronária ✓ Danos à porção radicular: duplicação radicular, angulação radicular, interrupção na formação radicular ✓ Dano ao germe: má formação semelhante à odontoma, sequestro do gere, alterações na erupção 1. Hipomineralização ✓ Conteúdo mineral diminuído ✓ Alteração no processo de maturação do esmalte ✓ Manchas esbranquiçadas de extensão variável 2. Hipoplasia ✓ Baixo conteúdo de matriz orgânica ✓ Altera deposição de matriz orgânica ✓ Além de manchamento, ausência de esmalte Cárie na primeira Infância • Dentes decíduos: ✓ Menos mineralizados ✓ Progressão etiológica menor ✓ Mesmos fatores etiológicos dos permanentes ✓ Menos esmalte e menos dentina – mais vulneráveis • Doença crônica mais frequente na infância • Termos: ✓ Cárie de peito Evitar o uso ✓ Cárie de mamadeira ✓ Cárie rampante ✓ Early Childhood Caries ✓ Cárie da Primeira Infância – subclassificação Erro de tradução- GRAVIDADE • ECC: caracteriza-se pela presença de uma ou mais superfícies cariadas (cavitadas ou não), restauradas ou dentes perdidos por cárie em uma criança de até 71 meses de idade • Acomete a criança em uma idade muito tenra • De progressão muito rápida • Geralmente permanece não tratada Idade Descrição < 3 anos Qualquer sinal de cárie em qualquer superfície lisa 3 anos Um ou mais superfícies cariadas, restaurada ou dente perdido por cárie naregião antero-superior ou escore ceos ≥ 4 4 anos Uma ou mais superfície cavitada, restaurada ou dente perdido por cárie na região ântero-superior ou um escore ceos ≥ 5 5 anos Uma ou mais superfície cavitada, restaurada ou dente perdido por cárie na região ântero-superior ou um escore ceos ≥ 6 • Inicialmente observa-se superfície rugosa com desmineralização do esmalte que progride rapidamente para quebra ao longo da margem gengival Severa • Incisivos superiores são, usualmente, os dentes mais afetados, pois são os primeiros a irromper • Etiologia: ✓ Potencial de transmissibilidade + frequência e exposição ao açúcar + ausência de higiene ✓ Fatores de risco microbiológicos ✓ EUA: transmissão vertical (mãe / bebê) - infectocontagiosa ✓ Brasil: transmissão vertical – só bactérias são transmitidas ✓ Caufield: janela de infectividade entre 19 a 31 meses (quando foi contaminado) ✓ Matriz do biofilme exerce uma função chave na patogênese da cárie, particularmente com dieta rica em açúcar ✓ Produção de saliva reduzida- altos níveis de lactose na saliva residual e no biofilme: desmineralização > remineralização • Práticas de amamentação: ✓ Tempo prolongado de mamadeira noturna com açúcar ✓ Tempo prolongado de amamentação o peito durante à noite ✓ 0-24 meses sem contato com açúcar extrínseco ✓ Açúcar: contato com o flúor tornou a relação cárie + açúcar mais fraca • Fatores sócio-econômicos ✓ Criança com maior vulnerabilidade ✓ Minoria étnica e raciais ✓ Mãe solteira, pais com baixo nível educacional, mães analfabetas • Consequências: ✓ Curto prazo: dor, infecção, perda de apetite, dificuldade de dormir, visita de emergência, falta na escola, aprendizagem e concentração, necessidade de exodontia, anestesia geral ✓ Longo prazo: higiene pobre e problemas dentários continuam na vida adulta, maior risco de apresentar lesões de cárie em outros decíduos e permanentes, afeta a saúde geral (peso e altura), aumento no tempo e custo do tratamento, afeta qualidade de vida, fala e nutrição da criança ✓ Sequelas raras: celulite sub-orbital, abcesso craniano, febre recorrente, otite • Prevenção: ✓ Crianças não devem dormir utilizando mamadeira que contenha carboidratos fermentáveis ✓ Peito sob regime de livre demanda deve ser evitado a partir da irrupção dos primeiros dentes e com a introdução de outros carboidratos na dieta ✓ Pais devem ser estimulados qualquer bebida no copo. A mamadeira deve ser evitada a partir dos 12 meses de idade ✓ Lanches ou a exposição frequente a alimentos/sucos ou outras bebidas à base de carboidratos fermentáveis devem ser evitados ✓ Higiene bucal com flúor ✓ Verniz de Flúor: ▪ A aplicação de Fluoreto de sódio em alta concentração, na forma de verniz, é capaz de promover a formação de uma camada de CaF2 sobre o esmalte que vai servir como reserva mineral, liberando flúor durante o desafio cariogênico Controle da Cárie Dentária: Tratamento não-invasivo • Mínima intervenção • Refere-se a medidas de intervenção que afetam o processo e o progresso da lesão cariosa, incluindo prevenção diagnóstico e tratamento • Diminui perda de tecido • Aumenta nível de conforto do paciente • Restaurar: manter integridade, estética, função, proteger complexo dentinho-pulpar • Minimamente invasivo: remover o mínimo de tecido dental • Cárie é uma doença de comportamento: interações complexas entre bactérias cariogênicas presente no biofilme e carboidratos fermentáveis que levará a um desequilíbrio entre os processos de des-re dentária ao longo do tempo Sem cárie Com Cárie • Cárie: não é infectocontagiosa que precisa ser “curada” por meio da remoção de bactérias. Ao contrário, ela pode ser controlada por meio do comportamento – PASSÍVEL DE SER PREVENIDA • Método de Diagnóstico: 1. Diagnodente: ler tudo que é considerado desmineralização- falsos positivos (apita para fluorose, hipodesenvolvimento de esmalte...) 2. Radiografia 3. Experiência de cárie passada é o melhor preditor de cárie futura 4. Combinação de método visual, tátil e exame radiográfico superior a outros métodos Excluir cárie > Confirmar a doença não-cavitada • Atividade de cárie: 1. Presença de biofilme 2. Textura rugosa 3. Ausência de brilho 4. Cor do esmalte (usar cor padrão como inatividade de cárie é mais fácil em esmalte do que em dentina) • Avaliação de risco: Predição de cárie • Paciente com aparelho ortodôntico é de ato risco • Lesões incipientes de cárie: ✓ Tratamento preventivo: ▪ Quando a doença já está instalada, interceptar e diminuir as consequências ▪ Tratamento das causas ▪ Filosofia dos processos de remineralização: ▪ Flúor- tendência de precipitação do flúor na superfície externa. Baixa penetração no corpo da lesão ▪ Atividade X Inatividade- Priorizar a cárie ativa ▪ Creme dental- supervisão até a coordenação motora ▪ Água Fluoretada Fatores Protetores Fluxo salivar e componentes proteicos e antimicrobianos, Flúor, Cálcio, Fosfato, componentes protetores da dieta, açúcares não-cariogênicos Fatores Patológicos Biofilme cariogênicos (bactérias acidogênicas), frequência de ingestão de carboidratos fermentáveis e redução da função salivar • Açúcares substitutivas: ▪ Chiclete sem açúcar imediatamente depois das refeições reduz lesão cariosa- Xilitol • Terapia com Ozônio: ▪ Efeito de esterilização, mata bactérias cariogênicas o que levaria à paralização da lesão, porém, cárie não é infectocontagiosa • CCP-ACP: ▪ Íons se difundem para estabilizar parte desmineralizada do esmalte ▪ Derivado do leite – cuidado com quem tem intolerância ▪ Ca2+ e F- em íon para remineralização ▪ Remineraliza do fundo da lesão para fora ✓ Fissuras Rasas: desorganizar biofilme, nem sempre intervir, reavaliar paciente antes de intervir (3 meses) ✓ Fissuras profundas: Selamento de Fóssulas e Fissuras- indicadas apenas para pacientes com atividade de cárie • Selante: Terapêutico X Preventivo lesão em esmalte já ativa ▪ Em esmalte, fluorterapia, verniz + HO ▪ Indicações: avaliar risco de cárie (tanto em adultos quanto em crianças), avaliar periodicamente ▪ Qual material utilizar? Antes de tudo, realizar limpeza adequada da superfície com escova 1. Selante Resinoso a) Isolar absoluto – evita contaminação da saliva b) Ácido fosfórico por 30 segundos para criar retenção micromecânica c) Lavar e secar d) Dycal ou exploradora com selante e) Polimerizar f) Ajuste Oclusal 2. Selante Ionomérico (ART) a) Limpar b) Ácido poliacrílico de 10 a 20 segundos c) Lavara e secar d) Levar CIV e) Comprimir com vaselina por 40 segundos f) Retirar excesso g) Proteger com vaselina e evitar comer no lado por uma hora Selante modificado por resina ou resinoso em cárie de dentina não cavitada Selar lesão cariosa em esmalte ou dentina sem cavidade óbvia • Infiltração ▪ Indicada para lesões interproximais e vestibular não cavitadas ▪ Sem quebra de esmalte (até 2/3 de esmalte) ▪ Lesão interproximal não cavitada ▪ Penetra entre cristais de esmalte e fortalece cristais desmineralizados ▪ Impede a penetração de ácidos (bactérias) ▪ Desvantagem: custo e pouco radiopaco (a radiopacidade deixa a resina mais densa e logo menos infiltrativa) ▪ Passoa passo: a) Isolar absoluto (ácido não pode pegar na gengiva) b) Separar com cunha c) Matriz perfurada no local da infiltração d) Ácido, lavar e álcool e) Infiltrante por 3 minutos f) Fio dental g) Polimeriza h) Repetir tudo Procedimentos restauradores • Último Recurso: quando tiverem falhadas todas as alternativas de controle, prevenção e remineralização • Restauração: não permanente, falhas e necessitam de substituição • Risco: iatrogenia, deterioração • Dente decíduo: pode optar por não restaurar. É preciso intervir? Depende do controle da lesão, idade, se a lesão é passível de limpeza • Dente permanente: não passível de limpeza e não restaurar- apenas em idosos • Métodos: ✓ Remoção seletiva do esmalte- decíduos e permanentes (dentina amolecida não remineraliza, deixa um halo escuro na radiografia) ✓ Remoção até a dentina firme- decíduos e permanentes ✓ Remoção stepwise- permanentes/ tratamento expectante (1ª etapa: seletivo; 2ª etapa: até dentina firme) • Melhor forma de remoção de tecido é: broca> instrumento manual< sono abrasão • A Mais rápida é a broca • Carisolo gel (instrumentos manuais) demora mais tempo, maior custo e maior tempo operatório • Dentina cariada pode ser deixada desde que se aça um teste pulpar correto para que não exponha a polpa viva • Seleção do material: (IV, RC, Compômero, amálgama, coroa de aço) 1) Ionômero de vidro quimicamente ativado ✓ Presa lenta e manipulação do material ✓ Contração de polimerização baixa ✓ Desvantagem: solúvel em meio ácido, baixa resistência à compressão 2) Resina composta: ✓ Recomendada em classe II ✓ Geralmente cores opacas (A1 e B1) ✓ Mecânica: aumenta contração de polimerização, material hidrofóbico em meio úmido 3) Amálgama: ✓ Estética Comprometida ✓ Convenção de Minamata – eliminação do Mercúrio ✓ Amálgama adesivo: IV como forramento e ainda fluido 4) Ionômero de vidro modificado por resina: ✓ Mesmos cuidados da Resina composta • Hipomineralização molar- incisivo ✓ Presença de opacidades demarcadas em ao menos um dos primeiros molares permanentes. Os incisivos podem ou não estarem afetados ✓ As opacidades variam de cor: desde branco-creme a amarelo-amarronzado e estão localizadas no esmalte dental ✓ Portadores de HMI podem apresentar alta sensibilidade a estímulos térmicos – pode-se receitar doses AI 24 horas antes do procedimento ✓ As opacidades mais escuras, por serem muito porosas, tendem a sofrer quebra pós eruptiva expondo a dentina ao meio bucal ✓ Dificuldade de estabelecer boa adesão às resinas em função das características do esmalte afetado • Cariostático: ✓ Controle da Lesão de esmalte e dentina ✓ Fica endurecido ✓ Diaminofloreto de Prata ✓ Dente com coloração preta Terapia Pulpar na dentição decídua • Perda precoce de dentes decíduos: (avaliar estágio de Nolla) • Sequelas: na função, na etiologia de hábitos bucais, no comportamento (bullying), no desenvolvimento da oclusão (guia pré-erupção) • Perda do 2º MD leva à mesialização do 1º MP • Histofisiologia da polpa: Semelhante a permanente até início da rizólise Diminuição de odontoblastos Degeneração de filetes nervosos Aumento da atividade metabólica (processo de desorganização) • Ciclo vital: ✓ Curto em relação aos permanentes ✓ A rizólise- processo fisiológico, intermitente, inicia de 3 a 4 anos antes da esfoliação • Morfologia de decíduos: ✓ 1/3 da espessura de permanentes ✓ Menos mineralizados (mais carbonato) ✓ Câmara pulpar é mais ampla (proporcionalmente) ✓ Cornos pulpares mais proeminentes • Foraminas: ✓ Pequenos canalículos no assoalho da câmara de molares decíduos – conecta soalho com o tecido periodontal ✓ Aumento da permeabilidade dentinária ✓ Lesão endodôntica- radiolucidez entre raízes • Particularidades: ✓ Canais secundários e acessórios ✓ Germe permanente (define o CT e não a raiz) ✓ Reabsorção irregular (avaliar pela menor porção da raiz) • Efeito da rizólise: ✓ Dentes com rizólise avançada (1/2 a 2/3 de raiz) apresentam mesmas características estruturais que dentes decíduos em fase inicial (1/3 raiz) ✓ Densidade similar de fibras colágenas e vasos sanguíneos, predominância celular, alta atividade metabólica, camada odontoblástica organizada (exceto rizólise), ausência de reabsorção interna ou odontoblástica • Potencial de reparo: ✓ Não comprometimento até 2/3 de raiz ✓ Dentina secundária- em todo ciclo vital, inclusive na rizólise ✓ Rizólise não altera formação da dentina reparadora, mas promove um atraso na maturação dessa dentina • Terapias: Diagnóstico da condição pulpar -> seleção adequada do tipo de tratamento -> prognóstico favorável -> SUCESSO • Fundamentos para tratamento: ✓ Diagnóstico clínico e radiográfico ✓ Conhecimento da anatomia do dente ✓ Seleção do caso considerando: ✓ Idade, saúde, comportamento ✓ Grau de rizólise ✓ Progressão da lesão de cárie ✓ Existência e extensão de rarefação ósseo Conhecimento de técnicas e mecanismos de ação dos medicamentos • Diagnóstico ✓ História médica ✓ Característica da dor- espontânea ou provocada ✓ Teste de vitalidade (NÃO FAZER) ✓ Exame extra (assimetria, linfadenopatia, lesão de cárie extensa, restauração defeituosa) e intraoral (palpação, edema, mobilidade, perda, destruição óssea, percussão) ✓ Exame radiográfico ✓ Diagnóstico transoperatório ✓ Exame radiográfico: o Periapical para inferiores o Bitewing para superiores (sobreposição da raiz e germe caso seja realizada uma periapical) o Relação cárie-polpa o Restauração profunda (corno pulpar) o Sucesso/falhas em terapias anteriores o Calcificação pulpar o Reabsorção interna (abaulamento do Canal radicular) e externa o Radioluscência periapical ou Intrarradicular o Integridade da lâmina dura • Terapia endodôntica 1. Proteção pulpar indireta: ✓ Remoção seletiva até a dentina amolecida ✓ Objetivos: o Bloquear as agressões que atingem a polpa através da lesão cariosa o Interromper o circuito metabólico proporcionado pelos fluidos bucais o Inativar as bactérias por ação bacteriostática ou bactericida do material restaurador o Remineralizar parte da dentina descalcificada remanescente D iagn ó stico P o lp a H ígid a H ip erem ia o u In flam ação su ave In flam ação severa - p u lp ite agu d a A lteraçõ es p u lp ares d egen erativas N e cro se p u lp ar P u lp ite crô n ica H ip erp lásica D o r P ro vo cad a p o r estím u lo térm ico , m ecân ico e q u ím ico q u an to à d en tin a P ro vo cad a, exacerb ad a p o r estím u lo térm ico (frio ), m ecân ico , q u ím ico e lo calizad o Esp o n tân ea, co n tín u a, p u lsátil, reflexo , co m u m en te à n o ite, sen sível à p ercu ssão P ro vo cad a p o r estím u lo térm ico - calo r Esp o n tân ea o u p ro vo cad a à p alp ação e à m astigação , sen sível à p ercu ssão P ro vo cad a à m astigação Sin al C lín ico Lesãod e cárie su p erficial Lesão d e cárie p ro fu n d a, restau ração d efeitu o sa Lesão d e cárie p ro fu n d a, co m o u sem exp o sição clín ica d a p o lp a, restau ração d efeitu o sa Lesão d e cárie p ro fu n d a, co m o u sem exp o sição clín ica d a p o lp a Lesão d e cárie p ro fu n d a, co m o u sem exp o sição p u lp ar clín ica, tecid o s m o les ap resen tam tu m efação , ab scesso o u fístu la Lesão p ro fu n d a d e cárie, exp o sição e h ip erp lasias p u lp ares (p ó lip o ) Sin al R ad io gráfico Lesão su p erficial, p eriáp ice e esp aço in terrad icu lares n o rm ais Lesão d e cárie p ro fu n d a, recid iva d e cárie e/o u restau ração d efeitu o sa, p eriáp ice e esp aço in terrad icu lares n o rm ais Lesão d e cárie p ro fu n d a, recid iva d e cárie e/o u restau ração d efeitu o sa, esp essam en to d o Ligam en to P erio d o n tal e/o u reab so rção in tern a R e ab so rção in tern a, m assa m in eralizad a n a câm ara p u lp ar, rarefação ó ssea p eriap ical e in terrad icu lar R e ab so rção rad icu lar p ato ló gica, rarefação ó ssea p eriap ical e in terrad icu lar Lesão d e cárie p ro fu n d a, p eriáp ice e esp aço in terrad icu lar n o rm ais o Hipermineralizar a dentina sadia subjacente e estimular a formação da dentina reacional ou reparadora a) Em duas sessões: (stepwise excavation) ✓ Remoção de parte do tecido cariado, deixando dentina amolecida com o objetivo de não expor a polpa ✓ Forramento com cimento de hidróxido de cálcio ✓ Selamento provisório com CIV ✓ Reabertura de 60 a 90 dias depois verificando “dureza” da dentina b) Em sessão única: ✓ Remoção de parte do tecido cariado, deixando a dentina amolecida com o objetivo de não expor a polpa ✓ Forramento com Cimento Hidróxido de Cálcio ✓ Restauração definitiva 2. Proteção pulpar direta: ✓ Objetivos: o Proteger a polpa de irritação adicional, mantendo sua vitalidade o Promover o selamento da exposição, estimulando a formação de uma barreira mineralizada (ponte de dentina) a) Capeamento pulpar direto: ✓ Indicado para os casos de exposição traumática (1 a 24 horas) ou mecânica acidental (área isenta de dentina cariada) ✓ A área de exposição deve ser pequena e apresentar sangramento com coloração normal e facilidade de hemostasia ✓ Radiograficamente, não pode haver alterações patológicas ✓ Contra-indicado para dentes em estágio de rizólise (mais de 2/3) ✓ Técnica de capeamento: 1. Irrigação abundante com soro fisiológico 2. Secagem com bolinha de algodão estéril 3. Colocação da pasta de Hidróxido de Cálcio PA e soro fisiológico ou água destilada 4. Base de Cimento de Hidróxido de Cálcio ou CIV 5. Restauração definitiva ou provisória b) Curetagem Pulpar: ✓ Indicada para grande exposição pulpar acidental ✓ Técnica 1. Irrigação abundante com soro fisiológico 2. Curetagem de pequena porção da polpa exposta 3. Nova irrigação e secagem com bolinha de algodão esterilizada 4. Pasta de Hidróxido de Cálcio PA + água destilada ou soo 5. Restauração provisória ou definitiva após uma base protetora ✓ Aspectos Indicativos do sucesso o Manutenção da polpa vital o Formação de ponte de dentina visível radiograficamente (não é indispensável sua formação) o Ausência de dor ou sensibilidade o Ausência de reabsorção interna e/ou externa o Ausência de patologias ósseas na região de furca ou de periápice 3. Pulpotomia: ✓ Amputação da polpa coronária e recobrimento da polpa radicular remanescente com material que garanta a saúde do elemento dental ✓ Indicações: grande exposição acidental ou exposição por cárie ✓ Contra-indicação: o Fístula, edema, reabsorção interna e/ou externa patológica, radioluscência periapical e/ou interradicular, calcificação pulpar, dor espontânea, mobilidade, sangramento excessivo ou ausência de sangramento no trans-operatório. o Critérios para Pulpotomia: o Nenhum envolvimento periapical ou de furma o Inexistência de fístula o Nenhuma mobilidade o Depois da extirpação: ausência de pus, cessação da hemorragia entre 1 a 5 minutos Preservação: implica em manter ao máximo a vitalidade do tecido, mas sem indução de reparação dentinária. Regeneração: Regeneração e formação de camada de dentina está associada ao uso de hidróxido de cálcio e mais recentemente de proteína morfogenética do osso (BMP) a) Com formocresol: ✓ Técnica: 1. Remoção de toda dentina cariada 2. Remoção do teto da câmara pulpar 3. Remoção da polpa coronária com cureta afiada até o nível da entrada dos canais Desvitalização: Formocresol e glutaraldeído Regeneração: Hidróxido de Cálcio Preservação: MTA 4. Irrigação abundante com soro fisiológico e secagem com bolinha de algodão esterilizada, até obtenção da hemostasia 5. Observação da consistência, coloração e quantidade de sangramento do tecido pulpar 6. Colocação de bolinha de algodão embebida de formocresol diluído (1:5) na câmara pulpar por 5 minutos 7. Colocação de pasta OZE sobre coto pulpar remanescente e sobre o assoalho da câmara pulpar 8. Restauração do dente CUIDADO! Broca pode perfurar o soalho ao retirar a polpa ✓ Propriedades do formocresol: o Ação fixadora in vivo do tecido pulpar o Germicida o Citotóxico (bloquei de síntese de proteína e RNA) o Aceleração do processo de rizólise o Irritante (inflamação crônica “silenciosa” na região do periápice o Alto poder de difusão e penetração o Absorção e distribuição sistêmica o Excreção lenta o Potencial mutagênico e carcinogênico o Alta taxa de sucesso clínico e radiográfico b) Com Ca (OH)2 ✓ Técnica: 1. Remoção de toda dentina cariada 2. Remoção do teto da câmara pulpar 3. Remoção da polpa coronária com cureta afiada até o nível da entrada dos canais 4. Irrigação abundante com soro fisiológico e secagem com bolinha de algodão esterilizada, até obtenção da hemostasia 5. Observação da consistência, coloração e quantidade de sangramento do tecido pulpar 6. Colocação de pasta de hidróxido de cálcio PA e soro fisiológico ou água destilada sobre os remanescentes pulpares e o assoalho da câmara 7. Colocação de uma base de cimento de hidróxido de cálcio ou CIV 8. Restauração definitiva do dente Ação do Hidróxido de Cálcio: ação exclusiva por contato direto; hidroxila têm ação AM e o cálcio atua para formação de mineral ➢ Glutaraldeído ▪ Material sensível ao oxigênio do ar ▪ Não pode receber luz ▪ Deve ser conservado em baixa temperatura ▪ Conclusão: dificuldades para utilização clínica rotineira 4. Pulpectomia ✓ Tratamento endodôntico radical ✓ Instrumentação biomecânica do Sistema de Canais Radiculares e obturação com pastas reabsorvíveis ✓ Objetivos: eliminar afecção pulpar e manter o dente funcional até sua esfoliação, sem danos ao permanente ✓ Indicados:para irreversível ou necrose ✓ Contra-indicações: o Dente sem condições de ser restaurado o Perfuração mecânica ou cariosa do assoalho da câmara pulpar o Dente com grande perda de estrutura radicular (rizólise avançada) o Reabsorção interna avançada o Reabsorção externa patológica envolvendo mais de 1/3 de raiz o Perda patológica excessiva do suporte ósseo o Infecção periapical envolvendo a cripta do sucessor o Presença de cisto dentígero ou folicular o Abscessos volumosos o Paciente imunodeprimido ou com história de doença sistêmica crônica • Tratamento radical: ✓ Limas endodônticas ✓ Para dentes anteriores: tentar todas da 2a série (45 a 80) - 3 limas ✓ Para dentes posteriores: tentar todas da 1a série (15 a 40) ✓ Irrigação: (a cada troca de lima, os condutos devem ser irrigados) o Hipoclorito 1 % o Hipoclorito 0,5 % o Água oxigenada 10 volumes o Soro fisiológico o Tergentol o HCT 20 ✓ Odontometria: o Para dentes anteriores: quando houver sobreposição do germe do permanente com a raiz do dente decíduo, instrumentar até uma linha que passa tangente ao saco folicular do germe. Quando não houver sobreposição, realizar recuo apical de 1mm. o Para dentes posteriores: quando o germe do permanente estiver entre as raízes do molar decíduo, instrumentar até uma linha que passa tangente ao saco folicular do germe. Quando o germe estiver abaixo das raízes do molar decíduo, realizar recuo apical de 1mm. ✓ Pasta obturadora Ideal o Anti-séptica o Ação antimicrobiana duradoura o Inócua aos tecidos periapicais e germe do permanente o Velocidade de reabsorção semelhante à raiz o Reabsorção fácil na sobre-obturação o Penetração no sistema de canais e massa dentinária o Fácil preenchimento do canal o Fácil remoção, se necessário o Radiopaca o Não descolorir o dente ✓ Pastas obturadoras disponíveis: o OZE: mesmas de curativo de demora, não é reabsorvível e necessita de acompanhamento o Pastas Iodoformadas: amareladas ▪ Prontas: KRI- Iodofórmio, PMC, Cânfora, mentol / Maisto- Iodofórfio, cânfora, PMC, OZ, mento, timol, lanolina ▪ Guedes-Pinto- não mais usado ▪ Vitaplex- iodofórmio, Ca (OH)2, silicone o CTZ: tetraciclina (200 mg), cloranfenicol (500 mg), OZE o Hidróxido de Cálcio: ▪ Preparadas comercialmente ▪ Manipuladas na hora do procedimento: pasta do professor HOLLAND (hidróxido de cálcio p.a, óxido de zinco, propileno glicol) ▪ Bactericida de amplo espectro (aeróbios, anaeróbios microaerófilos) ▪ pH alcalino (12,6) ▪ Interfere na atuação de osteoclastos ▪ Único medicamento efetivo sobre LPS bacteriano ▪ Ativação da fosfatase alcalina (remineralização óssea) ▪ Confecção: 1. Pasta de hidróxido de cálcio + propilenoglicol e espessada com óxido de zinco (1:1), introduzida nos canais radiculares com limas (molares: lima 15 ou 20) ou seringa centrix (incisivos e caninos) 2. Condensar levemente com calcadores • Biopulpectomia: 1. Radiografia diagnóstico 2. Odontometria 3. Anestesia 4. Isolamento absoluto 5. Remoção da dentina cariada e do teto da câmara pulpar 6. Remoção da polpa coronária 7. Preparo biomecânico dos condutos radiculares 8. Secagem dos condutos 9. Obturação do canal com pasta de hidróxido de cálcio 10. Limpeza da câmara 11. Selamento da câmara com CIV ou bastão de guta-percha 12. Restauração 13. Radiografia final • Necropulpectomia: 1. Radiografia diagnóstico 2. Odontometria 3. Anestesia 4. Isolamento absoluto 5. Remoção da dentina cariada e do teto da câmara pulpar 6. Preparo biomecânico dos condutos radiculares 7. Secagem dos condutos 8. Curativo de demora (pasta de hidróxido de cálcio e soro fisiológico ou água destilada) 9. Obturação do canal com pasta de hidróxido de cálcio 10. Limpeza da câmara 11. Selamento da câmara com CIV ou bastão de guta-percha 12. Restauração 13. Radiografia final • Proservação: 1 mês- 3 meses- 6 meses- 12 meses
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