Logo Passei Direto
Buscar
LiveAo vivo
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Falência e Recuperação de Empresas Módulo: 
Aluno: Lays Capitani Spinola Martins Turma: 05 
Tarefa: Atividade Individual 
Parecer 
Introdução. 
Trata o presente de parecer referente a problemática transcrita abaixo: 
A sociedade empresária VFC Comércio e Indústria de Material Esportivo LTDA. 
está passando por uma severa crise econômico-financeira. Ela se mantém no mercado 
com grande risco de encerramento definitivo das suas atividades. 
As dívidas da empresa não param de crescer, e, atualmente, ela possui os 
seguintes débitos: 
 R$ 1.000.000,00 de débitos trabalhistas; 
 R$ 3.500.000,00 de débitos para fornecedores – não garantidos; 
 R$ 6.500.000,00 de débitos bancários, garantidos por hipoteca; 
 R$ 1.500.000,00 de débitos para fornecedores ME ou EPP – não garantidos – e 
 R$ 100.000,00 de débitos perante a operadora de prestação de serviço de energia 
elétrica. 
Diante do cenário apresentado, analise o endividamento do devedor empresário e 
elabore um parecer com a recomendação mais indicada à situação da empresa. 
No seu parecer, você deverá responder às seguintes questões: 
 Há necessidade de ingressar com uma demanda judicial como solução ao 
endividamento apresentado? Considere os eventuais impactos negativos da 
medida a ser adotada. 
 Qual seria o procedimento de soerguimento mais adequado: medida pré-
insolvencial prevista no art. 20A da Lei nº 11.101/2005, recuperação judicial 
comum, recuperação judicial com base em plano especial, recuperação 
extrajudicial ou autofalência? 
 Considerando a resposta apresentada na questão 2, como será o pagamento dos 
credores? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento. 
 
O direito à insolvência empresarial é formado por diversos princípios que devem 
ser considerados em conjunto com as leis para que possa ser aplicado da melhor forma 
no caso concreto da empresa. Um dos mais importantes é o da preservação da 
empresa viável, que prevê que se possível a falência deve sempre ser evitada a fim de 
que a empresa continue existindo e cumprindo sua função social gerando empregos, 
renda e contribuindo para o desenvolvimento do país. A lei nº11.101/05 prevê esse 
princípio como base da recuperação judicial em seu artigo 47: 
“Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da 
situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção 
da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, 
promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à 
atividade econômica.” (grifo nosso) 
 
Quando a empresa se encontra em dificuldades onde seu passivo é maior que seu 
ativo não basta apenas fechar as portas, é necessário encontrar uma forma que 
adimplir com as suas obrigações. A lei 11.101/2005 disciplina a recuperação judicial e 
extrajudicial e falência. 
 A lei 14.112/2020 introduziu no sistema brasileiro um mecanismo de pré 
insolvência que pretende estimular os devedores a negociar suas dívidas de forma 
extrajudicial com o mínimo de intervenção judicial. Esta medida se destina para 
empresas que estejam com um endividamento menos complexo, tornando possível a 
solução consensual dos conflitos, visando a manutenção da empresa. Conforme diz o 
art. 20 A da LFRE, a conciliação e a mediação deverão sempre ser incentivadas em 
qualquer grau de jurisdição. Sendo assim, se cabível ao caso concreto, antes que seja 
tomada alguma medida judicial que é mais cara e demorada, está é uma opção de 
negociação a fim de evitar a insolvência. 
A recuperação judicial é indicada quando há uma situação complexa de dívidas, 
porém ainda existe fluxo de caixa, possibilidade de prospecção de novos clientes, 
redução de custos, valor para suportar as despesas com o processo judicial, honorários 
de advogado e contabilidade especializada. Os requisitos para requerer a recuperação 
judicial estão previstos no art. 48 da lei 11.101/2005: 
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do 
pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que 
atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença 
transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação 
judicial; 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação 
judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio 
controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
A recuperação judicial é forma menos agressiva do direito a insolvência se 
comparada à falência, vez que essa pretende recuperar a saúde financeira da empresa 
e mante-la em funcionamento cumprindo sua função social, todavia ainda é considerada 
muito onerosa para o devedor que tem que custear com os honorários tanto de 
advogados, quanto do administrador judicial e com as custas processuais. 
Quanto ao instituto previsto no art. 70 e 71 que prevê a recuperação judicial com 
base em plano especial, este somente é permitido àqueles que se incluam nos 
conceitos de microempresa ou empresa de pequeno porte, como no caso analisado a 
empresa é uma LTDA. o referido plano não seria indicado. 
Ainda no plano da recuperação há a recuperação extrajudicial que é quando o 
devedor reúne seus credores com um plano de recuperação, firma com estes um 
acordo extrajudicial e o leva para ser homologado judicialmente. Os requisitos que 
permitem a adesão à recuperação extrajudicial estão previstos art. 48 assim como os da 
recuperação judicial. A recuperação extrajudicial mostra-se mais célere e menos cara 
para o devedor, conferindo maior poder de negociação e assim melhores condições de 
pagamento. Contudo, o plano deve observar a igualdade de tratamento entre os 
credores. Com a alteração da lei 11.101 em 2020 promovida pela lei 14.112, os créditos 
trabalhistas passaram a poder serem incluídos na recuperação extrajudicial, desde que 
haja previsão na negociação coletiva da respectiva categoria profissional. 
Entrando no campo da falência, esta pode ser requerida pelo devedor e é 
conhecida por autofalência: 
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; 
... 
Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender 
aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua 
falência... 
 Um dos principais motivos para o pedido de falência pela sociedade LTDA. é 
para promover a dissolução legal da sociedade empresária, que está devedora e evitar 
a possível execução fiscal em face dos sócios, segundo a sumula 435 do STJ. Com o 
pedido de autofalência, também será concedido ao devedor o “fresh start” que permite o 
falido retornar ao mercado após 3 anos do decreto da falência. 
Contudo, seguindo o princípio da preservação da empresa, a falência deve ser a 
última medida a ser adota em caso de insolvência, vez que esta, via de regra, culmina 
com a dissolução da empresa. 
 
 
 
 
Conclusão. 
Considerando os procedimentos de soerguimento explanados acima, aplicando ao 
caso em análise, entendo que não se faz necessário o ingresso de demanda judicial 
para solução do endividamento, vez que é possível a recuperação extrajudicial, sendo 
essa uma alternativa mais célere e menos onerosa que permitirá a negociação do 
passivo diretamente com um ou mais grupo de credores, será aprovado o referido plano 
com a anuência de 3/5 dos credores, mantendo a proteção do Stay period que 
antigamente só havia na recuperação judicial. Embora não seja necessária a 
propositura de uma ação, é preciso que o plano seja a homologado pelo juízo 
competente, conforme art.165 da supracitada lei para que produza efeitos. Sendo 
homologado o pagamento dos credores se dará conforme previsto no referido plano de 
recuperação extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas: 
https://iwrcf.com.br/artigos-em-serie-as-principais-alteracoes-na-lei-de-recuperacao-
judicial/ 
https://vernalhapereira.com.br/a-recuperacao-extrajudicial-como-solucao-eficaz-em-
tempos-de-
pandemia/#:~:text=Um%20verdadeiro%20injetor%20de%20%C3%A2nimo,para%20o%20
devedor%20em%20crise. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm 
https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/414511/628468/assets/falencia_r
ecuperacao_empresas.pdf#page=11

Mais conteúdos dessa disciplina