Buscar

Entrevista de enfermagem em SM

Prévia do material em texto

Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Mental I 
1 
 
Enfermagem em Saúde Mental 
A ENTREVISTA 
 É mais arte que ciência. 
 É uma habilidade que pode ser adquirida. 
 Habilidade ‐ pode ser melhorada com o 
aprendizado sobre psicopatologia e psicodinâmica 
 Tenta explicar o desenvolvimento psíquico total 
do usuário. Não somente os sintomas e patologias, 
mas também as reações do paciente aos estímulos 
internos e externos. 
 Quais são os fatores importantes em uma 
entrevista? 
o Confiança; 
o Respeito mútuo; 
o Aceitação das diferenças; 
o Congruência entre o que o enfermeiro diz 
e faz. 
o Empatia; 
o Compreensão; 
o Ouvir e perceber a importância da situação 
para o paciente/usuário. 
o Articulado ao estabelecimento de vínculo; 
o Construção de autonomia mediante 
responsabilização compartilhada e 
pactuada. 
COMUNICAÇÃO 
 É o processo que as pessoas usam para trocar 
informações 
 Dados da entrevista 
o Conteúdo 
o Processo 
 Comunicação verbal (uso das palavras) 
o Conteúdo  Palavras Literais que a pessoa 
fala, em determinado CONTEXTO: 
 Ambiente 
 Aspectos: temporal, físico, social, 
emocional e cultural 
 Comunicação não verbal (comportamento) 
o Acompanha o conteúdo verbal. 
o Linguagem corporal; 
o Contato pelo olhar; 
o Expressão facial, tom de voz, velocidade 
do discurso 
o Processo: 
 Mensagens não verbais 
 Observação dos comportamentos 
e sons que acentuam as palavras 
 Avaliar se estão de acordo com o 
conteúdo verbal. 
 Habilidades de entrevista: Sua capacidade para 
estabelecer rapport, fazer perguntas, escutar e 
observar constitui a chave para uma relação 
terapêutica. 
 As pessoas que buscam cuidados de saúde estão 
em posição vulnerável. É importante estabelecer 
um vínculo de confiança, com atitudes positivas e 
redução de ansiedade 
RAPPORT 
 Organize‐se 
 Não confie na memória 
 Planeje tempo suficiente 
 Assegure privacidade 
 Concentre‐se 
 Visualize‐se (confiável, acolhedora e útil) 
ENTREVISTA 
 Verifique as informações disponíveis: 
o Prontuário; 
o Avaliação de outros profissionais; 
o Exames laboratoriais e diagnósticos; 
o Literatura relacionada ao problema; 
 Procure um ambiente: 
o Confortável; 
o Tranquilo; 
 Ao iniciar a entrevista: 
o Apresentação: 
 Nome; 
 Função; 
 Finalidade da entrevista; 
 Tempo aproximado 
o Postura adequada: 
 Verificar o nome pelo qual o 
paciente/usuário gostaria de ser 
chamado 
 Cuidado com nome que podem 
ser usados para ambos os sexos; 
 Lembre‐se da identidade social, 
um direito do paciente/usuário 
transexual; 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Mental I 
2 
 
o Dê atenção total a pessoa; 
o Não tenha pressa; 
o Sente‐se. 
o Olhe atentamente para o paciente/ 
usuário; 
o Fale sobre o sigilo das informações; 
o Seja confiável. 
o Seja um ouvinte ativo e empático; 
o Use frases suplementares, curtas que 
levem a pessoa a saber que você a 
entende; 
 Entendo... 
 Compreendo... 
o É possível obter uma considerável 
quantidade de informações sobre o 
paciente e seu sofrimento apenas ouvindo 
o que ele tem a dizer 
o Ouça os sentimentos, assim como as 
palavras; 
o Permita que a pessoa saiba que você 
conhece a linguagem corporal; 
o Seja paciente quando houver bloqueio de 
memória; 
o Evite o impulso de interromper; 
o Permita pausas na conversa. 
o Pergunte sobre o principal problema da 
pessoa; 
o Focalize a suas perguntas para obter 
informações específicas; 
o Não use perguntas indutoras: 
 Você não está com dor agora, não 
é mesmo? 
 Você deseja a visita de sua 
família, não é? 
o Use enunciados exploratórios: 
 Explique melhor sobre seus 
sintomas? 
 Como é isso para você? 
 Explique o que você quer dizer 
com muito tempo? 
 Conte‐me quando isso ocorreu 
pela primeira vez? 
o Use expressões que auxiliem a ver a 
perspectiva da outra pessoa; 
o Reformule as próprias palavras do 
paciente; 
 “Estive doente, intermitentemente, 
durante um mês” 
 Então oras você esteve bem, oras 
esteve doente durante um mês? 
 
o Faça perguntas com final aberto: 
 Como você se sente por estar 
aqui? 
 De que forma você estava fazendo 
o seu curativo em casa? 
o Evite perguntas com final fechado: 
 Está se sentindo melhor? 
 Gostou do jantar? 
 Está feliz aqui? 
 Está sentindo alguma dor? 
TERMINANDO A ENTREVISTA 
 Solicite ao paciente um resumo de suas 
preocupações; 
 Coloque‐se a disposição; 
 Explique a rotina dos cuidados; 
 Conclua com uma observação positiva; 
 Incentive a pessoa a participar de forma ativa 
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
 É um relato de saúde do cliente sobre o seu estado 
de saúde; 
 São coletas informações consideradas importantes 
na avaliação de necessidades do paciente; 
 Formulários institucionais; 
 Avaliação saúde/doença; 
 Dados sociodemográficos; 
 Queixas principais; 
 História de saúde atual; 
 História de saúde passada; 
 História familiar; 
 História ambiental; 
 Cuidados corporais; 
 Alimentação; 
 Eliminações; 
 Sono e repouso; 
 Atividades Físicas; 
 Recreação; 
 Religião; 
 Informações subjetivas; 
 Objetivo específico; 
 Habilidades de comunicação; 
 Escolha das palavras; 
 Manter o foco; 
 Confidencialidade; 
 Responsabilidade. 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem em Saúde Mental I 
3 
 
PONTOS IMPORTANTES 
 História de vida 
 Estilo de vida 
 Autoestima 
 Como lida com determinadas situações 
 Preocupações atuais 
 Sinais e sintomas 
 Como observar 
o Investigue com atenção as áreas 
conectadas com queixas verbais; 
o Use os seus sentidos; 
o Observe o aspecto geral; 
o Observe a linguagem corporal; 
o Observe os padrões de interação. 
 Dica: Uma entrevista focada em compreender o 
paciente fornece informações diagnósticas mais 
valiosas do que aquelas que buscam descobrir a 
psicopatologia. 
IDENTIFICAÇÃO DE DADOS SUBJETIVOS E 
OBJETIVOS 
 Dados subjetivos: "Sinto que meu coração está 
disparando." 
 Dados objetivos: Pulso radial com 80 batimentos 
por minuto, regulares e fortes 
IDENTIFICAÇÃO DOS INDÍCIOS E REALIZAÇÃO DE 
INFERÊNCIAS 
 Indícios: Dados que proporcionam a impressão 
inicial dos padrões de saúde e doença; 
 Inferência: Como você interpreta ou percebe um 
indício 
 S = "Ele me agrediu fisicamente." 
 O = Presença de hematoma na região orbital D. 
VALIDAÇÃO (VERIFICAÇÃO) DOS DADOS 
 Dados que podem ser medidos de forma precisa 
podem ser aceitos como válidos; 
 Dados observados por outras pessoas podem ou 
não ser verdadeiros 
 Técnicas para validar dados questionáveis: 
o Verifique novamente informações 
anormais ou inconsistente com os indícios 
do paciente; 
o Verifique seus próprios dados; 
o Verifique instrumentos de avaliação; 
o Procure fatores que possam alterar a 
precisão; 
o Peça a outra pessoa para coletar os 
mesmos dados; 
o Compare dados subjetivos com objetivos; 
o Verifique suas inferências com o paciente; 
o Compare suas impressões com as de 
outros membros da equipe de cuidados de 
saúde.

Continue navegando