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EDITOR DA COLC:Ç)\0 
George Jerre Vieira Sarmento 
O ABC DA FISIOTERAPIA 
RESPIRATÓRIA 
EDITOAAS 
Denise Cardoso Ribeiro 
Tathiana Santana Shiguemoto 
2ª 
edição 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
PRODUTOS http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
O ABC DA FISIOTERAPIA 
RESPIRATÓRIA 
EDITOR DA COLEÇÃO 
George Jerre Vieira Sarmento 
GraduaçJo pelo Centro UniversítArio Oaretíano de Batatais (Ceudat) 
P~aduaçJo em Fisioterapia Respiratória pela Unive!Sid.lde Cidade de S3o Paulo {Unicid) 
Coofdenodor tknico do Serviço de Fisioterapil do HO$pital Slo lu~ Slo Poulo 
Coofdenador do Curso de EspeciafizaçJo em Fisioterapia Cardiorrespiratória e MobilizaçJo 
Precoce do Hospital S3o Lu~ Slo Paulo 
2ª 
edição 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
PRODUTOS http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
ÜlfiYriglrt O 2015, por mdo de rontniO rom o ocp.n.lz.ldor. 
lld.tof' get~or. Woller Luu: Coullnl\o 
E<htoru : Pllanr U ui e Jub&N Waku 
l'loduç3.o ediiOrial: HudJon T111Jo Mkhldo da Sih-a e Renata Costa 
l'loduçJo gnfo: Anno Yue 
I'Yoje1o gráRco: Nelson Mldnll< e SyMa Mlelnlk 
Acbpta~ de projeto grtfiro: Do!pto. editorial da E<lítora Maneie 
liditonçllo olebOnlca: LuaJsni 
Copo; Do!boi'Ah Tal<.liJid e Rordo YC»hi&ld Nitta Rodngue. 
lluttnçOes: M,uy Yamar.Ab Yorado e Oepto. editoNI do Edttora Manole 
0r.c1oo I~ do c;...,~"" l'ubl~ tCll'l 
(Qmln Bnoi1oln c1o u~ sr. llrotll) 
OA8Cda ~ •. pia~ 1 ~1oom v..v.s.m-ro <.,..-a<>. 
- 1. td.-~ SP: ltj?RDI~ 201.5~ 
Vmoo...w-..Jon ... 
~ 
ISBN 97U.S-104-39'26-S 
I Aporcllooroopit•Uirio • o.m.,.. 2. Apwdho ~ • ~ • fülol....,.. 
3. ~-lllomQas I. s.-. eeo..,. 1oom v..,..._ 
fndlce pora aolliJoso -lico: 
I. """*ropillt'iiÕI•«<rii :-.,.. 615JOt 
Todos os dimiOS reservados. 
Nmhunw ~dele hvro podm- "'Produzedo, por qu.olquu 
pi'OC<NO,- a perml...., n~ dot edito'"' 
t pooibida a teproduQ\0 por xerox. 
A EWtor• M.anol• é Aliada l AssoaaçJD Brasileira de Direi toa Rq>rogrificae (A80R). 
1• ediçAo-2009 
2" edlç3.o • 2015 
~ adqWtidot pm; 
Editon MAnole Lida. 
A....ucl4 Ctâ. 612 • Tamborf 
1)6.160.120· ISotnwri · SP • ~•11 
""-: (11) 41~- F.u:(ll) 4196-6021 
www.manc*~.br 
lnfoemanolecom.br 
Ounrnle o~ de edoçlo dftl.., abra. foram tom.Jdoa todoa oa culd..SO. pat11 ~r a publi· 
c:açJo de~~ e de pdticrul gerolmmtc ..,..._ Oo mi!IIII'IO modo, frnm emJ'ft'Sl'doa 
todos os~ para pnntir a au~o das imagens aqui reprodnzicl• CA50 algum autor 
sinta* prcjudlcAdo,favwentrarcm contato com a edltOTL 
O. autores e • ediiOI'Cit C'lUI'M'fll-te da ,.poiiMbilidode por quaisquer.,_ ou omiMOII ou por 
qu&bquer COI>o4'quendas decom.-nl• da apllaiÇio daslnf~ p.-teo nes~o abra. é reo~ 
bilidade do prolisslon.&l. com base em sua experibada e oonheámento. determlnat a apllcabilld.1de 
d-As inlonnoç(>es em~ $>lwiÇAo. 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
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DEDICATÓRIA 
À mínha filha Maria Eduarda, que veio p.ua me mostrar o que significa o Amor 
lncondicional. é tão divino que o ser humano tem dificuldade até em compreender 
essa expressão ... ~ o caminhar na vida levando compaOOio, comprcens3o, perdão, 
toler11nda, desapego ... Dar valor ao que realmente tem valor, é não ficar preso a pala-
vras, gestos, fatos, eventos, situações emocionais. é relevar com compaixão as mágoas, 
as Injustiças, as decepções vividas no nosso cotidiano ... É compreender que tudo isso é 
muito pequeno comparado à grandeza da alma, à grandeza d11 vida. 
Ao Mestre Carlos Alberto Caetano Azeredo, sem dúvida uma das pessoas mais 
importantes de minha vida (m mtmorwm), 
George Jerre Vieira Sarmento 
Dedico este livro e tudo que já realizei e ainda vou realizar aos meus pais, A bOlo da 
C Ribeiro e Teresa M. Cardoso Ribeiro, que são meus exemplos de vida, de dignidade, 
de luta pelos ideais e a quem eu devo todo meu respeito e amor. Ao meu irm3o, Rober-
to Cardoso Ribeiro, pela eterna amizade e compreenslio em todos os momentos. 
Ao meu amor c futuro marido, Alexandre Cia Papa. 
Denise Cardoso Ribeiro 
Com todo meu amor- respei to e admíraçlio, dedico este livro a toda minha familla, 
em especial aos meus queridos pais Rosãngela e Toshio, exemplos de esforço, coragem 
e integridade. À minha qurnda lrm.l Lua na,~ amizade e pelo exemplo de dcdicaçiio 
e amor pela sua profiss.,o. E ao meu marido Horacio, meu grande e eterno amor, por 
ser a pessoa que me completa, que me entende e que me faz sentir viva, amada e muito 
feliz. voa.-, s.,o meu alicei'C'C, meus maiores exemplos, minha felicidade em viver. 
Tathiana Santana Shiguemoto 
v 
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AVISO 
A Fisloterapla Respiratória~ um campo sempre em trans!ormaçlo. As prro1u~ de segura.nc;a padro-
nizadas devem ser seguidas; porém. conforme novas pesquisas c experiências clinicas ampliam nossos 
conhecimentos, algumas alter;I(;Oes no tratamento c na terapia medicamentosa tornam•se ne!Q!!~Sárias 
ou adequadas. Os leitores s3o aconselhados a conlerir as informações sobre o produto fornecidas pelo 
fabricante de cada medicamento a ser administrado e verificar a dose recomendada, modo e duração 
da administração, e as contraindiações. é responsabilidade do médico ou fisioterapeuta, com base em 
sua experiência e conhecimento do paciente, determinar as dosagens e o melhor tratamento para o 
paciente. Nem o editor nem os autores assumem a responsabilidade por qualquer preju.fzo e / ou lesão 
a JX'SS005 ou propriedade. 
O Editor 
As ínfo~ contidas ftOII capfhdos alo de OUf'O""'bilidack doi ~utotu. 
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SUMÁRIO 
Pref6cio . ............•....................................•.............. , ........... IX 
AgradKimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X 
Nota do editor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI 
Coautores e col.aboradores ............................................................ XIII 
1 Anamnese e propedêutica respiratória .. ................ • ..... . ........ . ..... .. ....... .. .. 1 
luoaN CMtilho I» flguetredo, Crt$tlna Ap,Jrtd~ Ytlo5o Guedfs, CltOIII'WI Kosour, AndrM LUCiai'WI C4n:lo!o 
2 Instrumentos de avaliaçAo respiratória . ....... .. ........•............................. .. . 33 
luoaN ~ Pi~ Andrade Vale. Naiana Va!éno 
3 Espirometrla ........................................................ . ..... .. ....... . .. 46 
Sunone D.ll Cooo, Clllla Ma~. Alone Nog~ora de OIM!ora 
4 Aspectos gerais na interpretação de exames laboratoriais .........•...•.... . ................. 52 
Ana Robt<ta Mlfanda, ltandro Roccoluca M ~ox 
5 Estudo radiológico do tórax ........................................................... . 71 
Gualberto Ruas, Maunoo Jamam•. Victor Fernando Couto 
6 Propriedades do muco brônquico ... ..................................................... 76 
LeonaBOó: 
7 Té<nicas passivas de desobstrução de vias aéreas ................•....................... .. . 82 
MOnJa C<~~Valho ~nchez St0111glla, Mana Regina de C4lrvalho Coppo 
8 Técnicas ativas de desobstruçllo br6nqulca .............................. . ..... .... ..... .. 100 
Kelly ensona de OMifél Abud 
9 AspiraçJo endotraqueal .... .................................•........ . ................ 106 
ReMia Hfnn MOUfa, RenatJ Couto do Canto 
10 Terapia de expansao pulmonar ......................................... . ....... .. ....... .. 115 
Fernando Solva Gutmarats, Sara lucta Solvera de Meoez!5, Juhana ~'~avia de ~ 
1 1 Recursos instrumentais em fisioterapia 
RespironNoldyne .................. . ...................................... .. ......... 126 
Vinfcíus iolsam 
CliniFlO, Coach, EZPAP e Acapel/4 •..................... ••....•...•..................... 136 
Carla OWetraShaker!Fivtter . ...................................................... . ..... .. ......... 143 
ViniCius Totsam 
Threshold . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 150 
Voviane Morbelli 
lnsufl~llo e eJ~Suflaçllo mecinie~s- Cough AssistTM ....................... . ................ 152 
Dan~ A de Olrmra. Mar.a Cl.lnane liMo 
VentilaçAo intrapulmonar percussiva .. . ....... ... ............. . ........ . .............. .. 161 
Cristi.lno Pires Carv~!Nes. Somone Rodrigues Faflcl Carv~lhaes 
VI 
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VIII O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Vibradores: vibração mecânica e colete de higiene brônquica .....•........ . ..... .. . . ..... .. 168 
Marcl!lo Magno Ugllna, Marctlo Adriano lngraci ~ 
12 Bases do método de reequi llbrlo toracoabdomlnal ........................................ 173 
Mar"J19N P1nhetro de lima 
13 Princlpios, medidas e procedimentos para treinamento muscular respiratório . . ................ 188 
Rosm.o Ap;lrec~ ROSil Almt'ldl dt Olwor,, SiiVIil ~ do Toledo Plu ~rvs. CaroloN Kosour 
14 Oxigenoterapia ... ................................................................... 204 
Juliana Mendes Moura Angheben, Luiz Carlos de Abreu. Vitor f19"~la Valenn 
15 Aerossolterapia ...................................................................... 214 
s,rnone Santana~'· Denrse Cardoso R.beíro, Sl\lrley Ferra~ Cnsplno 
16 Ventilação mecânica não invasíva . • ... . ....................... • ........ . ................ 227 
Ana 1\úN Gonçalws Carr 
17 Cuidados com as vias aéreas ........................................................... 241 
Carolana Fu, Jeanene Janaina Jaber Lucato. Maise Cala Figueir~ 
18 VentilaçJo mecânica inva:siva ......................................... . ..... . ........ . . 250 
19 Desmame da ve~tilação mecânica invasiva ..... . ....................... .. ..... . .. . ..... .. 260 
Claudia Ml(anda St.Jtlong. Patncia Angeli da Sdva 
20 Extubaçlo .......................................................................... 271 
21 Traqueostomia: atuação da fisioterapia ......................•.•...•............•..•..... 278 
A~s.nc!til frM~. Claudia ~ Castro s.ltstnn, Adtmar de Barros Jun10r 
Traqueostomia: tknicas cirúrgicas ........................................... . .......... 298 
Jo.\o Paulo Medki 
Ttaqueostomla: atuaçao da equipe multlpro flsslonal ...................... . ................ 303 
M6nia Muller BeNnaS.l 
22 Posicionamento terapêutico do paciente adulto, pediâtrico e neonato hospitalizado . . .. . ..... .. 324 
Caolda Aparecida Cose. Palhls. José A~rtodo de Souu Junior. Sandra Halwrli Mur.Umt, 
Marcelil Raus Maa•l Ronl 
23 Treinos para pacientes internados: sedestação, ortostatismo e deambulação .. . ........ . ..... . . 338 
GU$\aiiO da Costa ferreira, Kanna T.lvares Twnenetsky. ~ís Telles RISSO 
24 Tabagismo . ........................................................ . ................ 369 
R~ Ca1tano de Oli~~ttta e Maria Stet. Goncalves 
25 Reabilítaçllo pulmonar em indívfduos asmáticos: uma nova perspectiva ....•................ . . 383 
Adtlll\l Finelh, Ctlso Carv,Cho 
26 Reabilitaçlio cardiovascular .......... . ....... . ........... . ...•............... . ....... .. 407 
Cristtane Pulz. 1'1\aG Telles RISSO 
27 Deontologia na fisioterapia respiratória .•.••.....•.......•..•...•.•.....••.••..•.•...•.. 414 
Neolson Sp~golon G~a Palm-en Sptgolon, Té<oo Sptgolon G~el~ P,cmoeri Sp.golon 
28 F·isioterapia domiciliar ..... , ......................................... . ..... . .......... 425 
R1cardo Rosseto e Sousa Name, Fabio Alberto Galvan1 
29 Fisioterapia respiratória ambulatorial .........................•........ . ..... . .......... 435 
Neilson Spigolon Goelta Palmiero Spigolon 
30 Fisioterapia e bio.s.segurar\Ça ....•••.............•..........•.....•.....•......•.....•.. 467 
Ana cw P. Galvao v Garc~a 
31 Mobilizaç.llo precoce . .. . . .. . ... .. .. .. .. . ............... . . . .... . ....... .... .... . . . .... 4n 
André lW l..sboi Corde.ro 
32 Passagem de plantio em fisioterapia ......................................... . .......... 489 
KaMa ltomagnolo 
33 Humanizaç . .llo no atendimento físíoterap~utico .................•.....•.. . ................ 495 
T~th~.tl\l Santana Sl1.guernoto. CI.Wd1a GIO!Wno, Tosl'<o Cn1b.1 
fndice remissivo ..................................................................... 529 
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PREFÁCIO 
O livro O ABC dD Fisiottr11pill Rtspmtt6rill vem preencher uma lacuna dentro da área 
de fisioterapia respiratória. Como fisioterapeuta da área cardiorrespira.tória, tenho con-
vivido diariamente ao longo dos anos com problemas respiratórios apresentados pelos 
pacientes cllnicos e cirúrgicos, por vues de difrcil solução, e debati muitas vezes o 
impacto do atendimento fisioterapêutico e a qualidade do atendimento junto à equipe 
multiprofission11l. 
A atuação flsloterapêutica nas Instituições hospitalares e principalmente nas unida· 
des de terapia intensiva transformou a fisioterapia respiratória nas últimas décadas, 
devido aos avanços tecnológicos e à avalanche de conhecimento necessários ao adequa-
do atendimento aos pacientes nllccrçados em bases cientificas sólidas. Os fuioterapeu:· 
tas, apesar de disporem de um arsenal tecnológico, não devem dispensar a arte de uma 
avaliação por meio da anamnese, da palp<lÇão, da percussão e das observa~ clínicas 
necess.irills à nossa adequada conduta fisioterapêutica. 
Este livro prima por conter aspectos básicos, porém fundamentais, de temas de 
fisioterapia respiratória, induindo de5de aspectos essenciais sobre avaliação fisiotera· 
pêutica, técnicas de higiene brónquica, de l'-'CXpóliiSlto pulmonar, treinamento muscular 
respiratório, oxigenoterapia, bem como conceitos de ventilação mecânica invasiva e 
não invasiva para alunos e profissionais para que buscam a oportunidade de adquirir 
e atualizar seus conhecimento cientfficos, com didi!nda e sucesso nas condutas físlote-
rapêuticas Crente ao paciente. 
Sinto enorme satisfação por escrever o prefácio deste livro coordenado pelo fisiote-
rapeuta Dr. George Jerre Vlclril Silrmento, a quem muito admiro por sua luta, pela sua 
ética e pela competência com que vem conduzindo sua trajetória profissional, com 
atitudes persistentes e construtivas no âmbito científico da fisioterapia respiratória. 
Com certez.1 este lavro será uma fonte de rcf~nda p;tr<l a nOSSII especialidade. 
Ora. E.milia Noz.awa 
FISioterapeuta Chefe do Instituto do Cora(lo 
Hospital das Clínicas da Unive:rsidade de São Paulo 
IX 
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AGRADECIMENTOS 
Às minhas amigas Denise Carooso e Tathlana Shiguemoto, que acreditaram neste 
projeto, dedico todo o mérito desta obra. 
Agrad~ a todos os colaboradores que possibilitaram a realização deste livro e, 
assim, n reali:zaçllo de mnis um sonho. 
George Jerre Vieira Sarmento 
Aos meus pais, smrprt, por tudo que fazem por mim. Meu amor é incondicion;tl. 
Ao Alexandre, pdo nmor, pela cumpllddade e por me tomar uma pessoa infinita-
mente mais feliz . 
• A minha íamllia, que está presente em todos os momentos. 
Aos meus afilhados, Luiz Gustavo M. Cardoso Filho c Miguel Rondelll Lopes, pelo 
simples fato de existin!m. 
Ao George, pela oportunidade de realizar este sonho e contribuir de algumn manei-
ra par<t nossa profissJo. 
À amiga Tathiana, exemplo de dedicação, ética e amizade. 
Denise Cardoso Rlbciro 
lnidalmente, agrade<;o a minha famflia pela padl!nda, apoio, incentivo e amor eter-
no. Meus sinceros agradecimentos a todos os autores que, em conjunto, se dedicaram 
para escrever um livro didático c atualizado, que com certeza irá fundamentar o conhe-
cimento de muitos estudantes,professores c profiSSionais fisioterapeutas. 
Agrad~ também de coração à minha grande amiga Denise. Em primeiro lugar 
pela amizade- não há no mundo presente melhor, como ela mesmn diz - e depois pela 
parcerln e incrlvel sintonia na elabornçllo e exCC'Ução deste livro. 
Para finalizar, agradeço muito ao George por ter sempre confiado, acreditado e me 
oferecido tantas oportunidades de trabalho. Muito obrigada por esta inesquedvel mis-
slo de l'saever o livro O ABC d4 Fislottrllpin Respin~tdria, podendo assim colaborar com 
o desenvolvimento da nossa maravilhosa profissão. 
Tathiana Santllna Shlgucmoto 
X 
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NOTA DO EDITOR 
A ideia desta obra surg~u com o objetivo de fornea!r informa~ concisas e atua-
lizadas para a formação téalica de quem irá atuar na fisioterapia respiratória. Assim 
sendo, este livro vem para preencher uma laruna na literatura acadêmica e profissionaL 
XI 
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COAUTORES E COLABORADORES 
COAUTORES 
Denise Cardoso Ribeiro 
• Especialista em Fbioterapla Cardiorrespiratória pelo 
Hospital Nossa Senhora de lowdes (HNSL). Formação 
complemmtlr no Mftodo Neuroevolutivo - Bob.lth e 
Reeduc:AÇ~o Postunl Global. 
• Estágio no Centro de Reabilitaçlo 8loorview McM.illan 
Kids RehabWtation. Toronto, Can.1dA; no Centro de 
Reablllt.t(lo Pcd14trko Erin0o1kKld~ (Misslssauga/ 
Ontário - Canadá) e no Hospítal Mount Sinal, N0\13 
York, EUA. 
• Docente do curso de Fisioterapia das F a cu ldadeJ 
Metropolitanas Unidas (FMU) - Pedjatria. 
• Docente d.l 1'65-graduaç.\o em F"asioterapia Cardiones-
ptratóna da UnlvemdAde CA~N fiJho CUCF>. 
• Mestranda pela Faculdade de Medicina da Universida-
de de 510 Paulo CFMUSP). 
Tathiana Santana Shiguemoto 
• F"asioterilpeulll foi"IN<la pela PUC Cam:pinu. 
• Espedalb~<a em Fbloterapla Cardlorrespiratória pelo 
H06pital Nossa Senhofa de Lourdes. 
• Formaçlo no conceito l3oba th. lntegraçJo Sensorial e 
ReequilJbrio TorolCOolbdominaL 
• Expeli~ em F"asiocerapi.a noSdm hospitalar. domiciliar 
e ambulatorial, tanto em pediatria como em geriatria 
• Fisloter~peulll reglwada no Can~~dá. 
• Assistente de pesquisa do Blocwvicw Rc5earch lnstitute 
- Holland Bloorview Klds Rehabílítation HospitaJ 
O'oronto - Can,,d,). 
COLABORADORES 
Adernar de Barros Junior 
• Especialista em F'ISiocerapla Cardlorrcspiratória c Tera-
pia Intensiva pela Faculdade de Medicina do ABC 
(fMAllC). 
• F"asioterapeu!Al do Associaçllo P1ullsta para o Desenvol-
vimento da Medicin.a - Hospital Solo Paulo. 
• F"asloterapeutil da Fund.lç.Io do ABC. 
Adriana Fanelli 
• tiSiotcrapeutil pela Univi!I"Sidade Cidade de Sfto Paulo. 
• Mestre e doutoranda em Clênd.as Médlc.u pela Faculd .. 
de de Mediana da Uruversidade de Sfto Paulo (FMUSP). 
• Professora supervisora ""área de Pneumopediatria da 
Univcrsi~e Cidade de S.\o Paulo (l)nidd). 
• F"ISioterapeuta responsável do Centro de Pesquisa t 
Reebllitaçlo em Doenças Pulmonares Crllnieas da 
lnf,\nda do Hospltallnfantll Darcy Vn!pS. SJo Paulo 
Alessandra Freitas 
• Espcclalls!Al em Flsloterapl!o Respiratória pdo Hosp•tll 
Nossa Senhora de Lou.rdes CHNSU. 
• F"asiotcrapeuta do H06pital Municip;ll Universitário de 
Solo Uí!mardo do Campo. 
• Prettptora do curso de Pós-graduaç~o em F"ISioterapia 
Cardíorrespiratória da Faculdade de Medicina do ABC, 
UTI Neonatal c Adulto. 
• Mestrandl em Ci~ncias da Salkle pela Faculdade de 
Medid"" do AOC. 
Aline Nogueira de Oliveira 
• Mestre em Ciências da Reabilitação da Universidade 
Nove de Julho. 
• Especialistl em F"ISlOterapia Cardiorrespintória pelas 
Faculdades Salesi.anas de Uns. 
XII 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
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XIV 
• Professora da graduac;llo do Cun.o de FISioterapia da 
Universidade Nove de Julho (Unlnove). 
Ana Carla P. Galv3o V. Garda 
• FISioterapeuta pela Urúversídade Metodista de Piraci-
caba (Unilnep). 
• Pós-graduada em rasiolernpia na Oisfunçlo Canliopul-
monar pela Universidade MetJopolitana de Campinas 
(Mcttoc.tmp). 
• Membro da AARC (Amcrlc:an Assodation for Rcspita-
tory Carel. 
• Atuuçlo ~ Ml'<llon.~ Intensiva. Rcspo~vel tknlc:.t 
por empresa de produtos médko-hospitala~ Coorde-
nac;llo de .ssuntos regulatórios junto à Anvisa. 
• Oest>nvolvunento df tecnologlliS e produtos médJc:o-
·hospitalafts. 
Ana Maria Gonçalves Carr 
• F'ISiotcrapeuta. 
• Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da 
Universidade de SSo P0ulo. 
• Aprimoramento em Terapia Intensiva pelo Hospttal 
das Clinicas da R.rusP. 
• COilutora do Uvro Pn~fpi01 t prdtiaJJ de mtlíla~lfo mcof. 
IIÍ02. 
• Supervisora da Especializaçllo em Fisioterapia ÇAJ"djor. 
respiratória e Mobiluaç~o Pn!coce do Hospital SJo 
Lui.t- JaNc!uara. 
• Do<:cnlcdasdisciplinas Fisioterapia Aplicada à Cardio-
logl., c Pneumologia e Fisioterapia Aplicada~ Ped~tria 
na Unlvemdade Cuarulhos. 
• Supervisora de Es~ Supervisionado em área H05pi-
talar na Universidade Cunrulhos 
• Ooc:ente da 1'65-graduaç.\o em FISioterapia Cardiorres-
pirntória hospitalar da Urúvemdade Cruzeiro do SuL 
• Doc:ente da Pó&-gradww;no em Fls loterapia Respiratória 
HospiWM das Faculdades Inspirar. 
Ana Roberta Miranda 
• FISioterapeuta especla.llstn em FWoterapia Respiratória 
pela Santa Casa de São Paulo. 
• Especialista em U11 (Hospital A C. Canwgo). 
• riSÍOtcrapeuta da Enlumaria do Hospital Solo Lul.t. 
André Luiz Lisboa Cordeiro 
• Fblotcrapeuta pclll F~ idade Advcnti&ta de Fl;,kltcn-
pia (FAFIS). 
• Pós-graduado em F'15iolerapia em Terapta Intensiva 
pciJt Faculd~e SodaJ d.l l3ahla (FSOA). 
• Especialista em F'Jsiolerapia em Terapia Intensiva Adul· 
to pelo COFFITO/ AMobrafir. 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
• F'tSíotcrapeuta do Instituto Nobre de Cardiologia 
(INCARDfO). 
• Professor de Flslologlll do Exerddo, Pneumologia e 
Cardiolop da Faculd~e Nob~ (FAN). 
• Coordenador da Pós-graduaçJo de Fisioterapia Hospi-
talar da Faculdade Nobre (FAN). 
• Mestrando em Ciências da EdiJCliiÇO\o. 
Andréa Luciana Cardoso 
• Flslotcrapcuta pclll Universidade Metodista de Piraci-
0100 (Unlmep). 
• E!peclallsta ~ Rslotc!rapl1 CArdlorresptratórln pela 
Universidade Metodista de Piraocab.~ (Unímep). 
• Mestre em FISioterapia na área de Plasticidade Muscu-
Lar pela U ruversidad4.' Metodista de PiracialbJ (Unimep). 
• Ooc:ente do curso de Craduaç.lo de F'l5ioterapia da 
Unia raras. 
• Coordenado ra e doce~ te do cun;o de Ellp«ia!Unc;3o em 
F'ISlotcrapl.\ Respiratória da Pundac;llo Hcnnínío Omet-
to (FH().Unia.raras). 
• Coordenador.~ e dCX'C'flte do curso de Aperfclc;oomento 
em Fisioterapia Neonatal da Fundaçllo Hennínlo Qmet. 
to (FHO.Uniariiras). 
Cacilda Aparecida Costa Palhas 
• Flsiotcrapeuta pela Faculdade de Medicina da Urúver-
aidadc de Solo Paulo (FMUSP). 
• Especlallstil em Educa~3o c Rc.tbilita~:lo -Orlcntaç.\o e 
Mobilidade para Deficientes Vosuals em uma Perspecti-
va de Desenvolvimento pela Univcrsldooe Cidade de 
5.\o Paulo (Unlcld). 
Carla M a laguti 
• Especialista ~ Fisioterapia Respuatória pela Univem· 
dade Federal de Solo Paulo, EscoLt Paulista de Medicina 
<Unifesp/ EPMl. 
• Me.trc em~ da Solldc pela UnívCI"!Jdadc FcdlTil de 
S3o Paulo- Escola Paulista de Medicina (Unífesp/ EPM). 
• Doutora em Ci~ndu peln Universidade Federal de Solo 
Paulo - Escola Paulista de Med.idna (Uni.fep/ llPM). 
• Pós-doutora em F'lSiologia pela Universidade Federal 
de S.lo Paulo - Escola Paulis ta de Medicina (UniJcsp/ 
EJ>M). 
• Professora do Mestrado em Ci&lcias da Rmbilitação da 
Uní vcrsldade Nove de Julho. 
Carla Oliveira 
• F'>Siotcrapcula espedalislll em F'lsioterapia Cardiopul-
monar. 
• Cursos no Brasil e no exterior em Ventilaç3o Nllo ln,•a-
s iva. 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
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COAUTORES ( COtABOitADO«ES 
Carol ina Fu 
• Fasioterapeut~ pcl.1 Faculdadede Medicina da Uni~ 
idade de 5.\o Paulo {FMUSP). 
• Aprimoramento em FISioterapia em Terapia intensiva 
- HospiW das Clfrtiaas da F~culdade de Medicina ~ 
Unlv~idó)<!e de SJo Paulo CHC·FMUSP). 
• Mestre e Doutora em Ci~c:ias pela FlSlopatologi.l 
Experiment..J da Faculdade de Medicina da Universl· 
da de de SJo Paulo (FMUSP). 
• Docente responsável pela disciplina de Fisioterapia em 
Terapia intensiva do Curso de Fasioterapia da Faculda· 
de de MeciJcina da Universldll<lede S.\o Paulo (FMUSP). 
Carolina Kosour 
• A1loterapeutll Jl('la Universidade de Alf~ 
• Espedalisr.J em F"asloterapia Respiratória em l111·Adul· 
to pela Univer.;ldade Esr.Jduill de Campinas (Unicamp). 
• Mestre em Cirurgúi·Árca de Pesquisa Experiml'nr.JI 
pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 
• Doutora em Ciências Cirúrgjca5, árel de Pesqui5a 
Experimental Jl('lli Uruversldade Estad\UI de Campinas 
(Unlcamp). 
• Professor.a do curso de Fisiote-rapia do Departamento 
de Enfer-rnagcm da Universidade Federal de Alfcnu 
(Unifal). 
• Professora colaboradora da Disciplina de FISiologia e 
Mctabologia Clrúrgial do Deputamento de CJrurglol 
da Faculdade de Ciências Médicas da Uni versidll<le 
Estadual de Campinas (Unicamp). 
Célia Regina Lopes 
• FISioterapeuta pela Universidade Estadual de Londrina 
(UEl.J. 
• Espedallstl em Fisioterapia ürdlom!Spiratória pelo 
Instituto do CoraçJo OnCor) do Hospital das Clúúcas 
da Faculditde de Medicina da Universidade de SJo 
Paulo (HC·FMUSP). 
• Especialista em Fisioterapia Respiratória e Terapia 
lntClliÍ\'A pela Assobrafir. 
• Doutora em Ci~ndas pela Faculdade de Med iclna d4 
Universidade de São Paulo (FMUSP). 
• Docente e pesqu~ora do curso de Fisioterapia d~ 
Universidade Federal de Ubcründia - MG c Coordena· 
dora da área de Atenc;ão a Saúde da Crianyl na Resi· 
dênda multlprofW!o""l do Hospital das Clinicas d<~ 
UPU. 
Celso Carvalho 
• F"asloterapeuta e Educ:~dor Flslco, com mestrado e dou· 
tora do pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Uni· 
vcr.;idólde de SJo P1ulo (USP). 
XV 
• Uvrc-doc:ente em F"ISioterilpioa peliS Faculdade de Medi· 
ána da Univt!fSidade de Silo Paulo (FMUSP). 
• Membro da Soc:iedllde Bmsi.lc.ra de fisloterapi~ Resp!· 
ratória, d4 European Respiratory Society, da American 
Thoracic Society, da ~açlo Brasieira de Promoção 
a Sa6de e da ~o Drasileira de l'~duaç3o ~ 
Pesquisa em rasioterapia. 
Cláudia Giordani 
• FISioterapeuta pcl.1 Universidade Metodista de Piraci· 
cabil {Unirnep). 
• Formaç.\o no CUI'50 Bob.~th (Hernlplegla no Adulto), 
RTA (ReequUlbrio Torac:oabdommal), RPC (Reeduca-
çlo Postura! Global), Pltilippe E. Souchard. 
• Coordenadorn de equipe de F'asioterapia da OIIUCil 
Grhau (Grupo de Reabilitaç.'lo e H.lbilitaçlo Unificado). 
Oaudia Miranda Starling 
• Aslotcrapeuta pela FACUldade de Cl~1\cia.s Médicas de 
Minas Gerais. 
• Espedallsta em Fislotvapin Respiratória peia Universi· 
dade Federal de 5.\o P~ulo (Unifesp). 
• Especialista em FISioterapia Aplicada • Neurologia 
pebs Faculdóldi!S Metropolitanas Unidas (fMU). 
• Mestre em Ciências (F"asiop;~tologia Experimental) pela 
Uni vcrsidadc de SAo Paulo (USP>. 
Oâudia de Castro Selestrin 
• Ftsioterapeuta pela Universidade Cidade de São Paulo 
(Unicid). 
• Pile-graduada em Terapia intensiva pelo H05pital das 
Clinicas da Faculdade de Mediana da Uni\·ersldade de 
5.\o Pnulo (HC·FMUSP). 
• Mestre em Ciências da Saúde peb Facu.ldade de Med•· 
ána do ABC (FMADC). 
Oistiane Pulz 
• F'tsloterapeuta pela Universidade Federal de s.'lo Carlos 
(UFSCnr). 
• Espedal!sta em Fisiologia do Gxerddo pelA Unlvcnolda· 
de Federal de São Paulo (Unifesp). 
• Especialls~ em f'L~~apln Respiratória pdo HO">pital 
N06S<' Senhora de Lourdes (11NSL). 
• Doutora em Ciências peliS Disciplina de Cudiologia da 
Unlven.ldade Fedl'l'al de Silo Paulo <Unifesp). 
Oistiano Pires Carvalhaes 
• Especlalisr.J em Fisioterapia Respiratória pm Faculda-
de de Mediana da Universid11de deS.,o t•aulo CFMUSP). 
• Fasioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do 
Hospital Alem.\o Oswaldo Cnu. 
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XVI 
Cristina Aparecida Veloso Guedes 
• Doutora nn C~ úee ck PaqWJ.~ Exper!JncnQI 
~1.1 IC\4 / Unlwnp 
• F"blotenlpNtl da l1D adulto cio HC/Unacamp. 
• Coorde\ldora do curso de EspaúliuçJQ de Fis~­
pt.l em lTT1 1dulto FC\t/Unlcamp. 
• Docente dos rursos de Gmd~ e P~uaç3o de 
FislotcraP" da Unlarnas. 
Daniela A. de Oliveira 
• F"&Siotcrapeut~ pela Univemdack de Glloi.Nlhol CUnGl 
• E.o~llaul tm F~pia Respiratória ~la SAnta 
CAsa de \iwricórcüa de S3o Paulo. 
• ~nte de DeM-nvolvimento de ProduU. da L.wniu 
Ht'alth Care 
Fabio Alberto Galvani 
• Fbiotcrapeuu pel.l UruversidadedeSonto~ FfdoSul (Sl'), 
• Especlahst;a em Fisioterapia do Exerddo ~la Escob 
Paullsta de MediciN CEPM). 
• Sócio propritt.irlo da HomefJsio Asloterapi.l Ltd1 . 
Fernando Silva Guimarães 
• M ln! tm Engenlwu BiomEdiCll (ProgT&~N di' ~ 
nharl. B~lca/COPPE/UFRJ). 
• Doutor nn CJ~ pela Faculdade de MedlciN da 
Unlvt'nldade Ptdm.l do Rio de ~~•ro (UT"RJ). 
• ProfeMOr AdJUnto da Unlvesidade Fedenl do Rio de 
Janeiro ~) e do Centro UnlversitSrio Augusto 
Motta CUruau.1m) 
Gualberto Ruas 
• El!JX'Cialbta em VentíLlç~o Medntca pela F.1ruldade 
N08Sll Senhora dcl..outdcs (HNSL). 
• Professor Doutor do curso de f"JSioteraP" da UnlversJ-
dade l'tdtnl do T~ngulo Minero (UFTM) e da Farul· 
d~de Talmtot HuJN.nos (FAClliUS). 
Gustavo da Costa Ferreira 
• F&Siotenpeuu pela UNvesidacle Sa.nto AmAro (Urua). 
• Espedah:>ta nn Asiolerapia Cardiomspiratória peJo 
Ho<pit.t.l NOIIól Senhora de Lourdes (I L "'SLl e pdo 
Hospital da Criança (HC). 
Jeanette Janalna Jaber Lucato 
• Melotrc em Ci~"clat pela O.Klplina de f"ISiopDtologl.l 
Experimenbl da FIK\Ildade de Medicina da Unlversi-
dilde dl' 5.lo Pnulo (N'USP). 
• Doutora tm Clfnc:ãa. pela Düapllna de Protumolop 
da Faruldade de Medicina da Universidade de 5.lo 
Paulo <N USP). 
O AIC DA flSIOTERAI'IA RtSPIRATÓIUA 
• Docente do rurso de GradWIÇJo em Flsiotelapia do 
Cettro Uni\'VSIISrio 5.1o Clnulo 
J<>ao Paulo Medici 
• forma9\Q tm Clrurp Geral pelo Hospitll NOSSII 
Smhora de Lourd~ (tiNSL). 
• formac;ão nn Orurgu Torácica pclo 1-los:piQI do Servi-
dor Público Esrodual de S.1o Paulo (HSPE>. 
• M~lro-a»blel\te do 5(>rvlço de Cirurgia Torádca do 
Hospital do Servidor Nbllco E$tadual de SSo Paulo 
(HSPE). 
• C11Utgllo toridco do H06plt.t.l Geral de Ptdmra. 
• Cirutgllo llcridco do Hos:p•QI Ger.t.l do GraJi'Ú. 
J~ Apareddo de Souza Junior 
• F"WotetapNI.I ~la Faculdade de f'IS~otenpia da FKU.I-
dade de ),'fedidna da Univ~ade de São P.-ulo 
(NUSP) 
• Espedalisb em Fl~lologl.l do Exnddo pela Unlvenl~ 
de Fedem de Sâo Paulo - Escola Paulista de Medicina 
CUnlfesp/ EPM). 
• Assisl~ncu domiciliar de paaenta adultos: com d isfun 
çOes motoras e respiratórias. 
• formaçiO no Método KABAT (FadhtaçJo 'lleuromwo-
culM Propt ioceptJVa) e pelo COtiC\'1tO BoiMth para tra-
tamento de padeni\'S hemlp~ adultos e realizaçlo 
do cur.o a\·ilnÇildo ~ c:uncctto 
• F"b!Otenpeub ~IM lstt'ndlal no - da ~ 
-Intesiva do Hospit.t.l ~litl Allert Einstein. 
• f'roles50r dot rul'lot de Ea~3o em f"&S•oterapia 
Hosplblar, Neurolopa e Gerlatna e Gerontologla do 
Hospital lsraelilll Alben Elnsten e orientador de trabit-
lho de condus.lo do c:u110, módulo FI.SIOkrapla tm 
NeuroiOÇII Pacientes •du I tos. 
• Profes50r da Especializ.1ç:lo nn Neurologia do Centro 
de Estudot Avançadot c.-m FiwoWrapia em Goilnul, 
módulo Dlsfun~ Ce~~nitivu do P<1denle Adulto 
• Professor convidado da Es~o em Hsíoterapia 
nn Terapu lntcNI\"A da SodOOade Brasllen de Terapt.~ 
lnlenslva (Sobrat:t), módulo Abordagem Neurofunac>. 
n.t.1 do Adulto. 
• Professoc- conVIdado da Ea~~o tm Fisioterapu 
en Genatna dA UNversidade Cidade de S.lo f'aulo 
(Unicid). 
Jutiana Flávia de Oliveira 
• Especlallsb em Fisioterapia em un. 
• Mestre en ~das l'neumológx;as pcla Universidade 
Federo~J do Rio de Jandro (UFRJ). 
• Doutoraen CJênaas Pneurnolóp:as pela Universida-
de Federal do Rio de Janero (UFRJ). 
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COAUTORES ( COtABOitADO«ES 
• fn>(cssora adjunta do Curso de Fisioterapia e membn> 
do grupo de Pcsqui5a em F"ISioternpia do Centro Uni· 
vcr.~ltário Augusto Mocti\ <Unisu•m), Rio de J~nciro. 
• Fisioterapeuta da Unidade Cardioíntensivill do Hospatilll 
Gemi de Bonsua!$$0, Rio de Janen>. 
• Fisioterapeuta da Unidade de Tra!Dmt'nto Intensivo do 
Hospital Estilldual Gdúlio Vargas, Rio de Janeiro. 
Juliana Mendes Moura Angheben 
• Fisioterapeuta pelo Centro Universitário FlEO (Uni-
FTEO). 
• Espt.'CIJI~ em FI iologlo pela f1C'Uidadc de MediaM 
do ABC (FMABQ. 
• Especialista em F"ISioternpia Pneumofunóonal pelo 
H08pltil.l NCld.$.' St-nhora de Lourdes CHNSL). 
• Mestre em Ciências pela Faculdade de Medlclna do 
ABC(FMABQ. 
• Doutora em Fi\JTlUICOiogill pela Unlversscbdc Federal 
de S.~o Paulo (Unifesp). 
Karina Tavares Tímenetsky 
• Fisioterapeuta pela Universidade Metodista de Solo 
Paulo. 
• Espedallsu em F"Lsloterapi.l Pneumofunóonal pela 
Irmandade Santa Ca$1 de Ml$ericórdla de 53o Paulo. 
• Doutora em Ciências Médicas pela Faculdlde de Medi· 
cina da Uruvmldade de S.,o P•ulo (FM lJSP). 
• F"asloter,peuta do Departamento de Pacientes Gr•~-es 
do Hospital Israelita Albert Einstein. 
• Docente dos progTillN$ de P~adui)Çio cm Fisiote-
rapia do Hospital lsl"aelita A!ben Elnstein. 
Karina Romagnolo 
• Fisioterapeuta pela Universidade de 5ao P•ulo (USP). 
• Especialista em FISioterapia em Terapia Intensiva pelo 
Instituto Centrnl do H08pltal dls Clinicas cb FaC'Uidbdc 
de Medicina dn Univen>ldndc de S.,o P•ulo (ICHCF-
MUSP). 
• Flsioten~pla do Urudade de Terapia lnii:Nlvn do lnsti· 
Mo do Onc\!r do Estado de 5ao Paulo (lCESP). 
• Fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva Adulto 
do Hospitilll Solo Lui.t Unidade Jabaquara. 
• Supervi.sora da EapK!Alizaçlo em Asiotm.pia Card.ior-
respiratória e em Mobilizaçio Preco<:e do Hospital Solo 
Luiz Unídbde Jabaquara. 
Kelly Cristina de Oliveira Abud 
• Espc.."Cialísta em riSÍoti..'Tôlpia CardiorrespiratóriJ> pelo 
Instituto do C<!raçJo OnCor) do llospit~l das Olnicas 
da Faculdade de M«iícina da Universidade de Solo 
Paulo CHC·FMUSP). 
XVII 
• F"asioter.~peutill da UTI dní.rgla ped látrica do Instituto 
do Coraçllo (lnCor) do Hospital das Olnicas da FacuJ.. 
dade de Medicln~~ da Universidade de 5ao Paulo CHC· 
-FMUSP). 
• Memb10 da Comissio de Ensino do Serviço de Fisiole-
raplg do lnahtuto do Comç3o UnCor) do H08pital das 
Clinicas da Faculdade de Medicin.a da Universidade de 
São Paulo (HC-FMUSP). 
• Supcrvl!.onl dei.'SUglo do C'Uil!O de Espl'Ciolllll!ç,,o em 
Flslotcrapla CardiOm!Spl.ratória do Instituto do Cora-
ção (lnCor) do Hospital das Cini.cas da Faculdade de 
Medicina da Unlvenldade de~ Paulo (HC·FMUSP) 
• Professora das Oisaplinas de f'JSioterapla em Ten~psa 
lntens.iva e Pediatria do curso de llSpecializaçllo em 
F"!!ioterapia Respirat6ri~ da Uruversidade AdvenliSta 
de 5.1o Paulo. 
Lundro Ricciluca M. Félix 
• Médico Cirurglllo Geral (ornu.do pela Irmandade cb 
Santa Casa de Misericórdia de ~ Paulo. 
Leonice Bõck 
• F"JSioterapeuta pela Universidade Federal de Santa 
M .• uin (RS). 
• Graduadll em Reabiliuçllo Pulmonar pelll Universida· 
ele Federal de Silo Paulo. 
• ~pt."CCallsU em Fisioterapia Respir~tória na Univcm-
dade Federal de 5ao P.aulo (lJnllesp). 
• Oissemçllo de mestril.do: "Estudo da homogeneidade 
do muro de r:l c do muco hl1m<lno c da variabilidadt 
i.nterobservador da medida do lngulo de ades.1o e do 
transporte mucociliar"'. 
• CuúcaJ MonitoriJ13Assodille na~~ San Olego (EUA). 
Luciana Assis Pires Andrade Vale 
• ~peciallsU em Fisioterapia Respiratória pela UnlveTS.i-
dlde Federal de 5ao P.aulo (lJnllesp). 
• Mestranda do Departamento de Reabilí~ da Uni· 
versidadr Fedem! dr SSo Paulo (Unl.lesp). 
• F"Lslotcrapeuta do cn Ped!átrtco do Hospatilll Israrlita 
Albert Einstein. 
Luciana Castilho de Figueiredo 
• Doutora em Cirurgia; área de Pesquisa Experimental 
pela FCM/ UniCllmp. 
• Flsloterapeut.l e membn> do ColtgilldO Gestor da Uni-
dade de Terapia Intensiva do Hospital de Clinicas cb 
Universid.de Estadual de Campmas (lJru~p). 
• Supcrvisonl Tltular do Curso de Aprimoramen to Pro-
fissional de Fisioterapia em UTI de Adultos - PCM/ 
Unicamp. 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
PRODUTOS http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
XVIII ! 
• [;)o(-ente do CUJ$0 de Espec»~ de f"1Siotenp101 
Rapiratóna m~IJil de Adultos EXTECAMP / Unicaatp. 
Luiz Carlos de Abreu 
• \1estre e Doutor pel.l Escola Paullsta de Medicina da 
Unlvl'l"'id.adt Fedenl de Slo P.tulo, com Doutorado 
Sandu~ na I larvud School oi Public Hcalth. 
• Uvrc-docmtc c Pós-doutor em Saúde Pública pela 
FoiCllldilde de Saúde Pública da Univ~.ltlc de Slo 
Paulo. 
• P*douiOr CEst.igio ~or no Exterior) junto à tbr-
v;ud Mec!Jcal School. no Center for s,. ... tem OioJosy 
MCII, I Luvllrd Uru•~íty. 
• Rapons.lm pelo Uboratório de Oehnramento de 
Ea.tudot e Eocril.l Cimtffla na faculdade dt Mechona 
doABC 
• Prof~ ;unto ao Oeputamento de Saúde da Coletivi-
doldc (DI.apllnll de Metod~ Cicntll"oca) da Facul-
dade de Medldna do ABC. 
Maise Cala FigueirOa 
• Et;p«<allitt em f'ISIOierapia em Tcrapi.llntensiva pela 
Universidade de Slo Paulo {USP). 
• Mestre em C~~ da Reabilitaçllo pela Univenlldolde 
de 5.\o Paulo (USP) 
• Fisioterapeuta do Ho6pital Alhm Einstcn. 
Martela Raus Maioral Rossi 
• f"ISlOtenpeutl peY Universidade de Slo Paulo (USP). 
Marcelo Adriano lngrad Barbosa 
• Prof~ Doutor da faculdade de MedJa.na de S."lo JIR 
do Rio Pmo (F,,merp)- Hosptt.ll de B.lw de Slo J<* 
do Rio Preto. 
• Coordenador do CUl$0 de Fasiocenpia da Universidade 
P•ulist.a (Unip) de Slo José do Rlo Preto 
Marcelo Magno laguna 
• Fasioterapeutt JUptrVIIOI' de Ortopt<IJA. Tnum.atolo-
~. RewnatologJ.a e Oespott>va da Unl\"ft'Sklade Pau· 
lista (Urup) de Slo joR do 100 Preto. 
Maria Clariane Berto Hayashi 
• Fisioterapeuta pcl.a Universidade MetodiSta de Puaci-
aba (Unlmt'p). 
• Esp«<all t.l tm Rsloterapla R&plr.ltória pela Unlvml-
d.lde Federal de 5.\o Paulo (Unifesp). 
• M•tre em ReabíJJtaçllo peY UruverBldade federal de 
Slo Paulo (Unlfsp). 
O AIC OA nSJOlEI\A"" WIIAATOIIIA 
Maria R~ina de Carvalho Coppo 
• Fisioterapeul.l pela Ponllffda Uru•'ftSid.de Católica de 
Campinas Cl"ueomp). 
• .Mestre em SaOde da Criança I! do Adole5cmte pdo 
Centro de lnv~~ Ped~tncas da Universidade 
~ttdual cú Camplnu (Unlcamp) 
• f"JSiotcrapeuta do [)epu1amcnto de PedJa.tria da Facul-
dade de Clbldas MMI<:.as da Uruvcrsidade Est.-ldUill de 
Campln.as (Unlcamp). 
• Responsi•'d pela UTI Neonal.ll do Centro de Assistên-
cia Integral A Saúde d.a MulhtT da Unive'Sidade Esta-
dual de Camptrw (CAISM/ Unocamp). 
• SupeMson do Cuno de Espec;.alinçlo em f"ISiobn-
pia em •eonatoJosi.a do~ Facuklade de Cià>cYs Médi-
as da Uru•~dlde Eaudual de Camptn.ao. (Unicamp) 
• Rrsponsi•'d pelo Semço de FWoterapia do Centro dt 
Assistência lntegrall Saúde da \1ulhcr da Univemd.a-
de Estadu.al de Ca.mpuw (CAJ~\1/Unlamp). 
Maria Stela Gonçalves 
• Fi iotcrapC'I.lt.1 peln Unovcnidlde Estadual de Londrino~ 
(UEW. 
• Especialista m~ fisioterapia pl'Y Assoc:iaçJo de Assis-
linda à Cn.uw;a Oefld.ente (AACD) de Slo Pau.lo. 
• Espeda.hsta em F.I5JOta'lpia Re.p.ntó!U pl'Y Universl-
d.-ade federal de SSo Po~ulo (Uniksp). 
• Mestre em 0&1du da Solllde pt!a Uru•'tnad.ade Fed.-
ral de Slo Paulo (Unllesp). 
• lntervenciorusta e Ptsq~.~Wdon do Prevfwno-Núclm 
dt Apolo l ~vençlo t C~ do Ta~. dud-
ptina de J>~,eumolopa, Unw..,..idade Fedenl de Solo 
Paulo (Unilesp). 
Mariangela Pinheiro de lima 
• FJSioterapcu.t.l pela UnlversldadeCatóllcade Petrópolis. 
• Espedalisl.l nos M&xlotllob.ath B.úlro, Blby e Rcedu 
açlo Pomual Global. 
• ldealizado.-a e profe550ra do Mttodo Reequili'brio Tora-
coabdorrunal 
Maurício Jamami 
• ~ptdahsta em A.lote"P"' Retplratórla pri.a 
As.obraftr• Mestre em FJSlotenpu e Doutor em Cil!ncias FJSiológl· 
cas pela Uruvmldade Federal de Solo ema.. 
• Docente do cun.o de gradua~ em Flslotcraplo e do 
Programa de Pós-gradua(ilo em fisioterapia da Univer-
tidadc Fedcrlll de Slo Carlos. 
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
PRODUTOS http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
COAUTORES ( COtABOitADO«ES 
Mônica Carvalho Sanchez Stopiglla 
• Formada pela Pontiffda Universidade CatóiJea de 
Campinas (Pueeamp). 
• Mestre em Neuroc:iências pelo Departamento de Pedi.l-
tria da Faculdade de Ciências Mfdieas da Unj versidade 
Estad u.ll de Comp!Ns (Unlwnp). 
• Responsável pela 6tea de rlSioterapla Neonatal e Pedi!-
trica do Centro de Atençllo Integral à Saúde da Mulher 
da Untv~ldade Es~dual de Cnmpln.l$ (CAIS.\1/ 
Unicamp). 
• Responsá ... 'ci pelos C\U'50S de Especializaçio em ri.Siote-
rapin Neonatal e FWoter~pia ApUeada ao NeoNto e 
l.actente da Faculd.ade de Ciências Médicas da UnlveT-
sidade Estadual de Campinas <Unícamp). 
• Respon!IS"'t'l pelo5(orvi(O de rlilotcrnp" chl Matl.'mida· 
de de Campinas. 
• Professora da Uníversidade P•ulista (Unip) de Campi· 
n.u e du Faculdadft lntegradu Mctropolltnnas de 
CamplN$ (Metrocamp). 
Mônica MOIIer Benlncasa 
• Fonooudióloga pela Pontiffc:ia Universidade Catóhca 
<PUO de SJo Paulo. 
• EspeciallsU em Motnddade Oral pelo CEFAC/CFFa 
• EspedallsQ em Fonoiudlologl.l Clíníca pelo CEFAC/ 
SP. 
• EsJX'CiaUsu em Cinugin I>Jástlal pela Univl.'rsid..de 
Federal de S3o f>aulo (Unifesp). 
• Docente do [nstituto de Desenvolvimento Emocional 
Apllrodo {rOEA). 
• Fonooudióloga com atuaç:'io ho5pitalar e Home C.re 
em Oisfagia. 
• Fonooudióloga do HospitalAitmlo Oswaldo Crur 
Naiana Valério 
• EspeciaUsu em FWotcrapia Respirotória pela Sanu de 
Casa de Misericórdia de S.'o Paulo. 
• Pós-graduada em Fisioternpia Respiratória pela Uni· 
versidade Cidade de S.lo P01ulo (Unidd). 
• Mestre em Disl\1rbios do Dcsmvolvlmento pela Uni-
versidade Presbiteriana Mack.enzie. 
• Fisiot·erapeuu sfnior do cn Pedlátrico do Hospíul 
lsraellta Albert Einst.eín. 
Neilson Spigolon Giella Palmieri Spigolon 
• F'asloterotpeuta pela Univenlldade de Muiha CUnunar). 
• Especialista em FISioterapia Respiratória pela Universi-
dade Fedcral de ~o Paulo (Unifesp). 
• Mestre em Saddc Coletiva pell Universidade do Sagr.~­
do Coração (USC). 
XJX 
Patricia Angeli da Silva Pigati 
• Fisioterapeuta peJa Universidade d~: MQSi das Cruus 
(UMC). 
• Especialista em F'asioterapia Respiratória pela disópli-
na de Pneumologia. Escola Paulista de Medídna da 
Uni verold.lde Federal de S3o Paulo (liPM/ Unifesp). 
• Mestre em Cil!nelas CF'tSiopatologla Experimental) pela 
Universidade de S3o Paulo (USP). 
• Douton l'm Clêndu Médlcu pela Uruvenidade de 
5.\o Paulo (USP). 
• Professora do Curso de Fisioterapia e Su~ra de 
Est.igio em Unidade de Terap .. lntensiva Adulto e Rea-
bilitação Can:liopulmonar na Universidade Metodista 
de Pirackaba (U nim..'P>· 
Renata Couto do Canto 
• Especialista em Bsioterapia Cmliorrespirat6ria pelo 
Hospital Noesa Senhora do Lourde~ (HNSL). 
• Supcrvison da EspecializaçSo em rL<>ioterapia Cardlor-
respimt6ria do Hospital São Luiz. 
Renata Henn Moura 
• Fisioterapeuta pela Universichlde de Santo AmAro 
(Unisa). 
• Espcdalistl em rasioter.Jpla CmlioiTCSpiratória pelo 
Hospital Nossa Senhora de Lourdes (HJ':SL). 
• Aprimoramento em F'asiotcrapu em Ernergl'ncin pelo 
Hospital Geral do Craj.lll. 
• F'lSioterapeuta do setor de pacientes graves do Hospital 
lsraclltl AI~ Elnston. 
Ricardo Rosseto e Sousa Name 
• F"lsloterapeuta pela Pontiflda Universidade CltóUa de 
Campl.nas (Pueeamp). 
• Aprimoramento em Fisioterapia em Cirurgia Abdomi· 
nal pelo Ho.pítallrrNot! Pcnte.do. 
• Sóclo-propnetário da Homcfisto fuloterapta Lida. 
Rosangela Caitano de Oliveira 
• F'tSiotcrapcuta pela Universidade &ndcí~ntes de 5.\o 
Pau lo (Uniban). 
• Especialista em fi iottnpla RespiratóriA pela Irmanda-
de S.1nt,, Casa de S3o P~ulo. 
• Especialista em Acupuntura pelo CBF /CEArA. 
• Especialisu em Reeducaçilo Poostural Clobl.l pelo lnsb-
tuto Barreuos. 
• Mestre em ReabiJltaçJo Pulmonar pela Escol:! Paulista 
de MedicinA da Univnsidade N!deral de S.lo Paulo 
(Uni fesp/ EPM). 
• Fisiotera.peuta do PrevFumo- údeo de Apoio à Pl-e-
venç3o e ~ç~o do To~b.lgismo. 
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XX 
Rosmari Aparecida Rosa Almeida de Oliveira 
• Mestre pelo Dcp.u'lalnento de Cirurgia da PCM da Uni· 
vC1'111dade Estadual de Campinas (Unlcamp). 
• Docente da Faculdade de Fisiotcmpia da Pontiffria 
Universidade Católica de Campinas (Puo:amp). 
• ~pton da Rctid~~ de rl$ÍOterapia t'm UT1 Adul· 
to do Hospital e Maternidade Celso Pieno CPu001111p). 
• Membro do Cons6nio LatÍOOilmericano de tnjúria 
Cerebral- LABIC. 
Sandra Harumi Murakami 
• EsfMrlallst.J em F"asioterapla Can:llorre.ptratórla pelo 
Instituto do Cora.ç.lo (lnCor) do Hospital das Ofnias 
da Faculdade de Medidna da Universidade de São 
Pllulo (HC·FMUSP). 
• F"asioterapeubl sênior do Centro de Terapia Intensiva 
Neonatal do Hospital Israelita Albert Einstein. 
Sara Lucia Silveira de Menezes 
• F"asioterapeuta pcla Universidade Fedem de Santa 
Marta (RS). 
• Doutora em Fisiologia pelo Instituto de Biofísica Clrlo8 
Chagas F"úbo da Univ<'t'Sidade Federal do Rio de Janei-
ro {UFRJ). 
• ProfCSiõOra Adjunta da Universidade Pederal do IUo de 
Janeiro (UFRJ) e do Centro Urtiversitário Augusto 
Motta CRJ). 
Shirley Ferraz Crispilho 
• Fisioterapeuta t>ót-sJaduada em Fisioterapia em Pneu· 
mologla pela Unlven.ldade Federal de São Paulo 
(Urüfesp). 
• Pós-graduada do CRSM- Fisioterapia H~pi t01lar. 
• F"asloterapeuta das Unidades de Terapia Intensiva Neo-
natal e Pedijtrica do Hospital e Maternidade San Paolo. 
Silvia Maria de Toledo Piza Soares 
• Doutora pelo Departamento de Cirurgia da FCM da 
Urtivlnldade Eitad\W de Campinas (Unkarnp). 
• Docente da Faculdade de Fl.:.loterapla da Pontiffd.l 
Universidade Cat61ka de Campinas. 
Simone Dal Corso 
• Doutora em Ciências pela Urtiversidade Estadual de 
São Paulo, Escola Pauli$ta de Medidna <Urtifesp/EPM). 
• Pós-doutora em Fislologia CliJuC'a do El<t'!Ócio peb 
Universidade Estad\W de São Paulo - Escola Paulista 
de Medicina (Unifesp/ EPM>. 
• Professora do Mestrado em ~as da Reilblllta~ da 
Universidade Nove de Julho (Uninovc). 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Simone Rodrigues Faria Carvalhaes 
• EsfMrlalista em Fisioterapia Respiratória pelo Departa-
mento de Pneumologla da Unlversld~de Federal de 5.\o 
Paulo - Escola Paulista de Medlc:ina (Urüfesp/ EPM). 
• Mestre pelo Departamento de Pncumologia dn Univcr-
si<mdc Feder~ I de!*! Paulo- Escola Paull.ila de Mec:h· 
cina (Unifesp/ EPM). 
• ProfCSiõOra do curso de Crad\YÇoiio em riSioternpia da 
Universidade Nove de Julho (Urünove), 
Simone Santana Aguiar 
• Me.tranda em Pedlalrtl pela Faculdade de Cl~ncias 
Médicas da Santa üsa de Sâo Paulo. 
• Pncumologjst3 pcdlAtriCól pclo Instituto da Criança do 
Hospltnl das Clfnicas dn F<tculdadc de Medicina da 
Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). 
Thais Telles Risso 
• Fisioterapeuta pcla Universidade de Vila Velha (ES). 
• EsfMrlalista em Fisiologia do Exm:fdo pcla Universida-
de F<!deral de Sâo Paulo (Unlfcsp). 
• EsfMrlallst.J em Fisioterapia ~p!ratórla pela UnlvC!$1· 
dadc Federal de Sâo Paulo (Unifcsp). 
• Douto~nda em Ciend.\5 pel<t Dbdpllna deCardlologill 
da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 
• F"asioterapeuta do Hospital Israelita Albert Einstein. 
• Supervisor;~/Fi.sioterapeuta do HospitAl do !Um e 
Hipertens.\o. 
Tércio Spigolon Giella Palmieri Spigolon 
• Advogado inscrito na On:ICJn dos Advogado. do BrasU 
-Seção São Paulo, sob o número 168.778. 
• Graduado pel.1 Fundaç3o llurfpedes So.lres do Rocha. 
• Assessor da ~idênda do Tn'bunal de ~e Oisdpll-
na da OA~SP- Turma X. 
• Ouetor-TeJOUR>iro da Assoei~ dO$ Ad\-ogodos de 
MAJ1lia. 
Toshio Chiba 
• G!rlatra peLt AMB/SBGC. 
• Doutorem Medicina pela Faculdade de Medicina da 
Universidade de Silo Poaulo (FM\JSP). 
• Chelc da Equipe de Cuidados Paliativos I Oln!cu de 
Base do Instituto do Câncer do Estado de Sâo Paulo 
·Qc1~vio Frias de Oliveira". 
• Titular de ús de atUIÇ.lo em Cuidados Paliativos pela 
Associaçlo Médica Brasileira (AMB) I Sociedade Brasi-
leira de Gmatria e Cerontologia. 
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COAUTORES ( COtABOitADO«ES 
Victor Fernando Couto 
• Especialista em Ventíla(.lo Meclnica pela Faculdade 
NOSSil Smhora de Lourdes (111\'Sll. 
• Professor Mestre do amo de FISioterapia da Faculdade 
deFiloso&eCi~HumamsdeGoiatuba(FAACH>, 
Goi~s. 
Vinicius Torsani 
• PesquiPdor Colaborador do I..Abor~tóno de Pneumo-
logia Experimental da FMUSP. 
• Doutorando em Pneumologia pela Faculdade de Medi-
cina da USP. 
• Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da 
Universlcbde de SSo P~ulo CFMUSP). 
• EsJX.'CiaUst.a em FI loterilpla Rel.piratóN ptla F3C:Uid.-
de de Medicina da USP. 
XXI 
• F"ISioterapeutl Consultor da NCS lnd. e Com. de Apil-
relhos Hospitalores. 
Vitor Engrácia Valenti 
• F"tslotcrapeuta pela Fllruldade de Fllosofia e Cl~ 
~ Unlv~adc Estadual Paulista (Uncsp) de Mtuili.a. 
• Especializando em F"asíologia pela Faculdade de Medi-
cina do ABC (FMABC). 
Víviane Morbell i 
• Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina da 
Unl versld.\de de SSo Paulo (FMlJSP). 
• Especialista Cllnica para Ventílaç!o Mec:~nlca da 
empresa Respironics Brasil. 
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ANAMNESE E PROPEDÊUTICA RESPIRATÓRIA 
INTRODUÇÃO 
A avaliação ou história clínica obtidas pela 
observação realízada por meío de fatos de ínteresse 
relativos à vida de um determinado paciente serJo 
de grande mérito para o reconhedmento das IJi!s 
dimensões do espa~ diagnóstico (o paciente, a 
doenc;a e as circunsl.1nci<~s). Isso porque a annmnese 
pretende não somente identificar os sintomas de 
significado dlnico que acometem o paciente, mas 
tllm~m detalhl'S sobre sua vida, seus sentimentO& e 
aspectos psicológicos, hábitos e vldos, condições 
socioambientais, antecedentes famiJíares, pessoais e 
nutricionais, além da história da doença atual e da 
história pregressa. Esses dados não podem ser obti· 
dos por outros métodos diagnósticos e, com fre-
quência, ~o indispensáveis para auxiliar na intcr-
pretac;ão e completar as informações adquiridas com 
o exame físico ou métodos complementares de 
d.agnóstlco. u 
ANAMNESE 
A palaYTa anamnese origina-se de alUI = trazer 
de novo e m11tsis "' memória. Significa, portanto, 
trazer de volta à mente todos os fatos relacionados à 
doença e ao paciente."' 
De in[cio, deve-se ressaltar a importância da 
anarnncse na fisíote:rnpia . Pnmeiro, porque é ao 
redor dela que se desenvolve a relac;ão entre o fisio-
terapeuta e o paciente, e é na quaUdade desta relação 
que vai se apoiar a parte princip11l do tralmlho do 
fisioterapeuta. Em segundo luga.r, torna-se cada vez 
mais evidente que o processo tecnológico só será 
LUCIANA CAST ILHO DE FIGUEIREDO 
CRISTINA APAREC IDA VELOSO GUEDES 
CAROLINA KOSOUR 
ANDReA LUCIANA CARDOSO 
bem utilizado se forem preservados o lado humano 
c o •contato manual• da fisioterapia. v~. portan· 
to, que cabe à anamnese uma posição ímpar, insubs-
titulvel, na prática fisioterapêutica. Urna anamnese 
bem feita gera decl!l(')es dlagnóstlcas e rerapOutlcas 
corretas. Já a anamnese mal conduzida desencadeia 
uma série de consequências negativas, que não sio 
compensadas com a reali7.ac;lo de exames ou testes 
complementares, por mais modernos que sejam. S.. 
A realização de muitos exames ou testes com· 
plcmcntares ruo resolve o problema scmiológlco. A 
escolha dos exames complementares, entre tantos 
dispon!veis, é fruto de um radodnio crítico, com 
base na rmamnese.• 
Em essência, a anamnese é uma entrevista que 
utiliz.a o recurso da ~palaYTa WadaH. É claro que, em 
itu.l(ÕCS especiais (JMdentes mudos ou com utiliza· 
ção de tubo orotraquea.l, por exempl.o), dados da 
anamnese podem ser coletados por gestos e por 
palavra escrita ou com fumillares.U 
Identificação 
Como em qualquer outro tipo de entrevista, a 
anamnese deve ser iniciada como uma apresentac;ão 
entre o fisioterapeuta e o paciente. A apresentac;.lo e 
a identificação são indispensáveis não só pelos ele-
mentos que oferecem, mas porque, se bem condUZi-
das, favorecem a rcLlç.lo entre o fisioterapeuta c o 
paciente. ~ necessário que o profissional Inicie a 
anarnnese apresentando-se ao paciente quando este 
nllo o procurou diretamente, mas sim il mstituic;llo 
ambulatorial ou hospitalar. Nesse momento, após 
cumprimentá-lo cordialmente, o fisioterapeuta de"e 
1 
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2 
declarar seu nome de modo claro e explicar ao 
paciente o tipo e a finalidade da anamnese e do 
exame físico que Irá reali:c.v. Essa condut.~ é reco-
mendável, pois objetiva humanizar o exame físico, 
valorizando o paciente como pessoa, Indicando-lhe 
que ele nJo se encontra isolado enl1'e técnicos que 
apenas dão importância à doença. Também contri-
bui para redu2ir o medo e a ansiedade do paciente 
quanto ao exame que Irá reali.tnr, criando um 
ambiente amistoso, propfdoà obtenção da annmnese. 
A identífícação é constitWda dos seguintes eJe.. 
mentos: nome completo, idade, sexo, etnia, nociona· 
lidade, naturalidade, estado civil, ocupaç~o e ende-
reço a tuaLJ.l 
Nome: é o primeiro dado de ident ificaçlo. 
Nunca é demais criticar o hábito de designar o 
paciente pelo número do leit.o ou pelo diagnóstico. 
"Paciente do lcltu Aw ou "Aquele paciente portador 
de enflsema pulmoruu" são expressões que n3.o 
devem ser usadas para identilicar uma pessoa. 
Idade: C4lda grupo etário tem sua própria docn· 
ça, e, a todo momento, o racioc:ínio diagnóstico se 
apoia neste dado; quando se fala em "doenças pró-
prias da inl3ncia", está se consagrando o significado 
do fator idade na nosologia humana. 
Sexo: há enfermidades que só oconn"f'lemlo em deter-
minado sexo. Um exemplo ~ico é a hemofilia, que 
é transmitida pelas mulheres, mas só aparece nas 
pessoas do sexo masculino. É claro que existe uma 
patologia espcdtlC41 para cada sexo no que se refere 
aos órgllos sexuais. As doenças endócrinas adquirem 
muitas particularidades em função deste fator. 
As broncopneumopatias, em geral, ~o mais 
comuns no sexo masculino. A bronquite CT'Õnica, o 
enfisema e o carcinoma brõnquico, decisivo na odu-
s.lo dessas doenças, vêm faz.endo com que tal dife-
rença diminua, em decoll't'ncia da aqulslc;llo do 
hábito de fumar pelas mulheres. O adenocarcinoma 
br6nquico é mais comum no sexo feminino, assim 
como o lúpus eritematoso e outros. 
Etnia: uma nova maneira de conhecer as carac-
terlsticas étnicas é pelo exame de DNA de grupos 
populacionais. No Brasil, onde existe alto grau de 
miscigenação, há uma necessidade de ampliar os 
estudos da influência êtrdca nas doenças prcvalentes. 
Nncionalldadc, naturalidade, ocupaçllo c ende-
reço atual: cada continente, cada país, cada estado 
ou rcglllo tem sua doença predominante. Nos palses 
mais industrializados, as pneumoconioses sllo mais 
frequentes, em oposição àqueles agrícolas, onde a 
gama de doenças é outra. No interior de alguns esta-
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
dos brasileiros, corno São Paulo, Minas Gerais, 
Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro, a paracocci· 
dioidomicosc é endêmica, atingindo, mesmo em 
certas áreas. um C4ltáter epidêmico. 
11 importante realizar um levantamento sumário 
da ocupac;3o atual e das anteriores, mantendo espe-
cial atenção ao conhecimento do tipo de material 
envolvido com o trabalho do paciente, se ele exerce 
atividade ao ar livre ou em ambiente fechado. Um 
individuo que trabalha em pedreira ou que transpor-
ta equipamento de demolição está em contato direto 
com material contendoasbestos. Os indivíduos pro-
cedentes de zona rural que Hdam com galináceos ou 
pássaros, ou aqueles que visitaram grutas podem ser 
atingidos pela histoplasmose, um.1 dns mais conta-
giosas doenças que atingem o pulmllo.7 
Há relatos de alveolite decorrente de exposição 
às substâncias orgânicas. Os cabeleireiros podem ser 
acometidos de manifestações broncopulmonares em 
decorrência do uso frequente de spray; muitas vezes, 
asas de fibro6C interçtidal estão ligndos a ess,, ntivi· 
dade.Z».I 
Estado civil: o conhecimento sobre o estado civil 
do paciente oferece uma noção inicial sobre as con-
di~ sociopsicológicas.'·l 
Queixa principal 
A queixa principal é definida como a manifesta· 
c;.to imediata de doenças que fazem com que o 
paciente procure um scrvic;o de saúde. Nem sempre 
expressa, de acordo com a avaliação, o principal 
distúrbio que o paciente apresenta. A necessidade de 
identificl·la decorre do fato de ser o problema que 
mais preocupa o paciente e que, por isso, deve ser 
sempre considerado, independentemente de &'Ua 
gravidade.' 
Não aceitar, tanto quanto possfvel, "rótulos diag· 
nóstlcos" referidos como queixa principal Assim, se 
o doente disser que seu problema é "pressllo alta" ou 
"falta de fôlego", procurar-se-á esclarecer o sintoma 
que ficou subentendido sob uma outra denominac;Ao. 
Nem sempre existe uma correspondência entre a 
nomenclatura leiga e o significado exato do termo 
"científico" usado pelo p;1ciente. Por isso, deve ser 
solicitada a ele a traduç3o daquJio que sente, em lln· 
guagem rotineira. Algumas vezes, ~ razoável o regis-
tro de um diagnóstico como queixa principa 1.'" 
11 um v~ndelro risco tomar ao pé dn letra os 
"diagnósticos" dos pacientes. Por comodidade, pres-
sa ou ignorância, o profissional da saúde pode ser 
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ANAMNESE E PAOP~õDtUTICA RESPIRATOW. 
induzido a aceitar conclusões diag.nósticas feitas 
pelos pacientes ou seus familiares, dando-lhes ares 
científicos. As consequi!ndas de tal procedimento 
podem ser muito desagradáveis.~-< 
Condições socloambientais e nutridonais 
Os estudos na área da saúde vêm ultrapassando 
os limites biológicos p;ara atingir os aspectos sodoe-
conOmicos e nutricionais relacionados com o pacien-
te e a doença. 
Os primeiros dados silo os hábitos alimentares 
do p;aciente. Toma-se como ~ncia o que seria a 
alimentação adequada para aquele paciente em fun-
ção de sua idade, sexo e atividade laboral.u • 
lnduz~ o paciente a discrim1nar sua alimenta-
ção habitual, especificando t.lnto quanto possrvel o 
tipo e n quantidnde dos aUmentos ingeridos. bto é 
conhecido como arummese alimentar e, com Isso, o 
examinadO!' poderá fazer uma avaliação quantitati-
va c qualitativa relacionada com a qucstlo nutricio-
nal do paciente.14 
Aspecto tão importante quanto a alimentação é 
a habitação, que não pode ser analisada como um 
fato isolado. Portanto, n3o bast.a vcrifiar as condi· 
~ da CliSa sem conhecer o meio ambiente que a 
envolve. A falt01 de condl\'Õe$ sanitárias núnimas, 
tais como a~ncia de fossa e uso de água de poc;o 
ou nàeirão, caracteristicas de milhões de casas brasi-
leiras, propicia uma estreita coTTCiaç.'lo entre a eleva· 
da incidência de parasitoscs intestinais e as pwimas 
condições babimcionais. Um exemplo clássico é a 
malária c a e~quist0550mose, doenças muitas vezes 
associadô!S ao tipo de habimção.'.z 
Toma~ cada dia mais clara a relação entre 
algumas enfermidades e o tipo de vida levado pela 
pessoo, no que conceme à execuçllo de exercidos 
físicos. Há ocorrência comum de lesões degenerati-
vas da coluna vertebral nos trabalhadores braçais e 
há môlior incidência de infarto do miocárdio entre 
pessoas sedentárias. u 
Tais atividades dizem respeito ao tr.lbalho e à 
prátiCll de esportes e, p;ara caracteri2A-las, há que se 
indagar sobre ambos.. 
Antecedentes familiares e pessoais 
A ínvcstigac;:'io dos antecedentes não pode ser 
esquematizada rigidamente. ~ posslvel c útil, entre-
tanto, uma sistematização que sirva como roteiro e 
diretríz de trabc1lho. 
3 
lnfecc;ões pulmonares graves e extensas na 
infância ou juventude podem, no futuro, reduzir as 
reservas respiratórias em ra:t.lo da proli!crac;llo de 
tecido cicatricial. A desorganização tecidual bronco-
pulmonar aia cond~ que facilitam o apareci· 
mento de bronquiect.uias, como ocorre no sarampo 
e na coqueluche. Na infância, uma pneumonia 
acompanhada de impetigo, otite, sinusite ou outro 
foco 5upuratívo faz pensnr n.1 possibilidade de a 
afecÇ!o pulmonar ser de natureza estafilocócica. 
Antecedentes traumáticos, com e sem fraturas, 
podem causar pncumotórox, hcmotórax ou Mmias 
diafragmáticas. Episódios de perda de c:onsciênc:ia, 
sonoterapia, anestesia, extração dentária e epistaxe 
condicionam pneumonias aspirativas e até obsces-
sos.•·" 
Indivfduos com passado alérgico, eczema, desi-
~. dermatite scborreica e c:onjuntlvite primaveril 
ou podem vir a apresentar rinite alt!rgica, bronquite, 
asma e edema angioneurótico. Tais pacientes, obvia-
mente, apT'C$Cntilm ma_ior risco de desenvolver rea· 
~medicamentosas indesejáveis_l.l 
As doenças de autoagressão, como artrite reu-
matoide, lúpus eritematoso disseminado, esclcro-
dennia sist.mica, t~ manifestações pulmonares 
bem conhecidas. Os diabéticos são muito vulnerá-
vL'i.s às infecções, particularmente à tuberculose, 
cujas formas radiológicas fogem dos padrões clássi-
cos de localização, isto é, preferem as bases e não os 
ápices. A tuberculose, tilmbém com frequência, 
associa-se ao Unfoma tipo Hodgldn. O uso de corti-
coides, imunodepressores e antibióticos prescritos 
indiscriminadamente e em dosa excessivas faz sus-
peitar da presença de agentes oportunistas. Muitas 
vezes, as pneumonias de repetição mascaram bron-
quiectasias preexistentes ou têm como ausa corpos 
estranhos aspirados, não revelados na radiografia 
por não serem radiopacos.>.> 
A chave p;ara o diagnóstico de derrame pleural 
geralmente está fora do tórax. A tromboflcbite de 
repetição em adultos sugere a presença de carcino-
ma brônquico (s[nd rome paraneoplásia). Isso se 
refere preferencialmente a pacientes do sexo femini-
no. Pacientes mastectomi.z.adas podem apresentar, 
anos depois, um nódulo de natureza maligna segui-
do de derrame pleural e, ainda nessas dtcunst1n-
cia.s, desenvolver pneumonias actrnicas em decor-
rência da cobaltoterapia.V 
Indagar antecedentes pessoais sobre casos de 
tuberculose, asma, atopia, bronquite, enfisema, 
mucoviscidose, sfndrome de Kartagener (a da imo-
VENDEDOR APOSTILASMEDICINA@HOTMAIL.COM 
PRODUTOS http://lista.mercadolivre.com.br/_CustId_161477952
bilidade ciliar), defldência de alfa-1-antiprotease, 
bronqulectasms, telangiectasias (doença de Rendu-
..OSicr), fbtula artcriovcnosa, doença de Milrfan c 
doença de Recklinghausen pode ser de importância 
ímpar para o diagnóstico.•.., 
Aspectos psicológicos 
Geralmente, Investigam-se os fatort."S cmoci~ 
nais dependentes ou independentes da doença do 
paciente, tais como a depressão, o medo, a ansie-
dade, as frustra<;Ocs c outros aspectos, como a 
maneira de reagir e üdar oom a doença, e o estado de 
debilidade.u 
História da doença atual 
Esta consta da fase da anamnese que fornece 
Informações mab importantes, mas também é a 
mais difícil de ser corretamente adquirida. Essa difi-
culdade decorre da incapacidade que os pncicntes 
geralmente têm de relatar todos os fatos que a oom-
põe, com objetividade e clareza de acordo com uma 
sequência coerente e cronológica. Por isso, as per-
guntas precisam ser formuladas de modo que sejam 
bem entendidas pelo paciente, não sugestionando 
ou modificando o conteúdo das respostas.•.> 
A história da doença atual compreende uma 
descrição dos detalhes de interesse sobre a queixa 
principal e é constitufdll pelos sintomas que mais 
incomodam o paciente. Quando os sintomas s.lo mui-
tos, pode-se solicitar ao paciente que selecione, entre 
estes, quais s.lo os quelhe causam mo ior desconforto. 
A queixa principal gerillmente oferece o ·alvo" mais 
importante da moléstia da doenQl atual, a menos que 
o paciente seja incapaz de se expressar com clareza} 
História pregressa 
Este eomponente di! nnamnese se destina " reco-
lher informações sobre o passado do paciente que não 
apresentam relação direb ou indireta oom a doença 
atual. Neste item devem eonstar dados sobre doenças 
prévias, cirurgias, traumatismos, gestações e partos, 
hospitalizações, exames laboratoriais r&ti.uldos, uso 
de medicamentos, fumo, álcool. tóxloos, fatores de 
risco, imunizações, sono e hábitos alimentares. Quan-
to ao uso de medicamentos, é prudente indagar sobre 
tipo, dose, resposta tcra~utica c, pri.nc:ipalmente, 
sobre reações indesejáveis. Pacientes que estão no 
perlodo pós-operatório imedlato, impossibilitados de 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Informar, estão sujeitos a essas complicações, que 
seriam evitáveis se, no pré-operatório, as reações 
indesejáveis a medicamentos fossem idcntifiClldas.u 
Hábitos e vicios 
Alguns hábítos são ocultados pelos pacientes e 
até mesmo pelos próprios familiares e a investigação 
destes rt'(Juer dlscriçJo e habílidadc. 
O tabagismo apresenta relações direbs com a 
bronquite, a asma, o enfisema e o carcinoma brôn-
quieo. a nc.•ccss;~rio perguntar ao paciente quantos 
cigarros ele fuma e desde quando. Caso tenha dei-
xado de fumar, considerar como não fumante ape-
nas aqueles que o fizeram há mais de 15 anos.V 
A lngestao de bebidas aleoólicas também é social-
mente aceita, mas, muitas vezes, é omitida ou minimi· 
zada por nlguns pacientes. já é bem descrito na litera-
tura que o álcool tem efeitos deletérios no ffgndo, no 
cérebro, nos nervos, no pâncreas e no coraç'lo, e que 
também é um fa tor decisivo na incid~ncia de certas 
pneumonias, oomo as causadas pela Klebs~la.u 
Pacientes que faz.em da nebulizac;ão um hábito, 
e n.lo um método terapêutico, possuem risco de exa-
cerbar a atividade de certas bactérias, principalmen-
te as do grupo Pseudomcmas-Amlbocter.'_. 
O uso de psicotrópicos favon.'CC a doençn trom• 
boembólica; superdose de hcroina provoca edema 
pulmonar.u 
A história se~CUal dos pacientes deve ser aborda-
da procurando obter informações que possam oon-
tribuir, como por exemplo a promiscuidade, que é. 
sem dúvida, um dos principais fatores na causa da 
Aids (sfndrome da imunodefici~ncia adquirida).U 
Exame f lsk o 
O exame do paóente deve ser o mais completo 
posslvel, feito com método, sistematicamente da 
"cabeça aos pés", sem a preocupação de ojustar 
qualquer diagnóstioo preestabelecido. A exploração 
clínica deve alcançar todos os órgilos, todos os apa-
relhos, embora, em alguns casos, nao haja nenhuma 
desordem que tenha, até o momento, chamado a 
atenç.lo do paciente! 
Nlvel de consciência 
O aspecto "mentaJN dn funç~o do sis tema ner-
voso centJal é responsável pela maneira como os 
indivfduos interagem com seu meio ambiente.u 
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A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma 
e5Cilla utilizada para monitorizar o nível de cons-
ciência do individuo (ver Tabela 1). Além de ser uti· 
lizada para monitorizar o paciente na fase aguda, a 
ECG também é aplic.lda como fndice de prognóstico 
no paciente neurológko, vitima de traumatismo era· 
niano.9 
As unidades de terapia intensiva e centros ciJúr. 
giros sllo ambientes extremamente estressantcs, 
onde a ansiedade é prevalente, a dor, frequente, o 
repouso, diffcil, e o sono é praticamente impossfvel. 
Esses, a16m de outros motivos, torni\m imperiosa a 
administração de sedação e analgesia adequadas aos 
pacientes internados.. Na atualidade, nenhuma téc-
nica de controle da sedac;3o tem demonstrado mais 
utilidade do que a dos sistemas de escalas, apesar do 
grau d e subjetividade das mesmas. A escala deRam-
say é a que tem demonstrado maJor apUcabilidade 
prática (ver Tabela 2).11 
Coloração da pe le 
A pele, cútis ou tegumento representa cerca de 
15% do peso corporal, formando o revestimento e 
dando proteç3o ao organismo contra agentes noci· 
vos, sejam eles físicos, quimicos ou biológ:icos.u . .s 
Tabela 1 Escala de coma de Glasqow (ECG) 
Parâmetro Resposta observada Escore 
Abertura OOJiar Espon!Anea 4 
Estlmutos verbais 3 
Estlmutos dolorosos 2 
Ausente 1 
Melhor resposta verbal Ortentado 5 
Confuso 4 
Palavras mpr6pnas 3 
Sons oncompreensNe~s 2 
Ausente 1 
Melhor resposta Obedece a comandos 6 
motora Localiza estJmulos 5 
dolorosos 
Retira~ inespedfica 4 
Oecort~ 3 
Descer~ 2 
Ausente 1 
~~·lll>doC.Mft-~;-··· ....... 
axnopmfurdo, "'~9•12 ~lesao..-ada;o-13oiS, 
!t.....wnoM 
5 
Tabela 2 Escala de sedaçJo de Ramsay 
Parâmetro Escore 
Ansioso, agatado ou lnqu.eto 1 
Cooperativo, aceitando a ventilação, ortentado 2 
t tranquilo 
Dormindo, respoS1<1 diSOeta <1 estlmutos tatetS 3 
r auditivos 
Dormindo, respost<l mln.ma a esumulos tAtetS 4 
eaud1tivos 
Responde somente a estímulos dol«osos 5 
~ resposta a estlmulos dolorosos 6 
forollo:!!Mnsayotá,l974. 
Na pele, podem·se observar mutações do nasci· 
mento à velhice, em função das condições ambien-
tais, dos hábítos e do modo de vidn. A pele é um 
órgão em perfeita sintonia com todo o organismo e 
reflete o estado de saúde do indivfduo.u 
A pele deve S(!r eumín11da de forma sistemática 
e sob boa iluminação.• 
A coloração da pele é extremamente importante 
no exame físico, cvidcncinndo, de modo consídcri· 
vel, o estado do paciente.u 
Nos indivíduos de pele clara, ou seja, de colo-
ra~3o bmnca, nota-se uma colora~3o levemente rosa· 
da que é considerada um aspecto adequado em 
condições de hígidez.. Este róseo-claro é dado pelo 
sangue que circuh1 na rede CllpiiM cut.lnea e pode 
sofrer variações fisiológicas, aumentando ou dimi-
nuindo sua intensidade, taJ como se observa ao se 
expor ao frio, permanecer ao sol ou após emoções. 
Situac;õcs patológicas, como o colapso periférico, 
também alteram a cotorac;ão da pele. Nesta con-
dição, ela perde seu aspecto róseo. Deve-se ter em 
mente que, em Indivíduos com pele escura, é mais 
difícil avaliar as alterações de coloração.'., 
Algumas altcraçües da pele são: 
Palidez: significa atenuação ou desaparecimen-
to da cor rósea da pele. A palidez d eve ser investiga-
da em toda a extensão da superflcie cutanea, sem se 
esquecer das regiões palmoplantarcs. Nos lndivf-
duos morenos ou negros, só se consegue detectar 
palidez nas palmas das m3os e nas plantas dos pés.'· 
.JA palidez pode ser generalizada qu11ndo observada 
em toda a extensão da pele, ou localizada e segmen-
tar, quando constatada em áreas restritas dos seg-
mentos corporals.•.J 
A palidez generalizada Indica diminuição das 
hemácias c:irculantes nas microc:itculac;ões cu tânea e 
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subcutânea. Isso ocorre por dois mecanismos: um 
deles é a vasooonstrição, generalizada em conse-
quênda de estímulos ncurogênicos ou honnonai.s.. O 
outro mecanismo é por reduc;Ao real das hemácias, 
ou seja, das hemoglobinas que são, em última inst.in-
cia, as responsávcls pela colora(3o rosada do pele.•·> 
A palidez loc-alizada ou segmentar tem a isque-
mia como principal causa. A obstrução da artéria 
rcmoml, por exumplo, acompanha-se de palidez do 
respectivo membro.'., 
Na avaliação da coloração da pele, é sempre 
recomendável comparar regiões homólogas para se 
reconhecer diferenças segmentares. Com isso, a ava-
liação clínica do fluxo sanguíneo pela coloração da 
pele toma-te fundamental. A tl!cnica descrita consis-
te em pressionar o polegar de encontro ao estemo 
durante alguns segundos, com o objetivo de expul-
IMlt o sangue que fluj naquela 4rea. Retira·5C o dedo 
rapidamente a fim de observar o local que esteve 
comprimido. Em conruções adequadas, o tempo 
necessário para que scj;l recuJ'('rada a cor ró~a indi· 
cadora do retomo do fluxosangufneo é inferior a um 
segundo. Em caso de choque, a volta à coloração 
adequada é nitidamente mais lenta. 
C ianose: significa cor azulada da pele e mani· 
festa-se quando a hemoglobina reduzida alcança 
valores superion.>S a 5 g/100 m1 no sangue. 
A cianose deve ser procurada no rosto, espedal-
mente ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos 
lobos das on:lhas e nas ex tremidades das mlios c dos 
p&. Nos casos de cianose mwto intensa, todo o 
tegwnento cutâneo adqlilie tonalidade azulada ou 
mesmo arroxeada.•., 
Quanto à localizaçJo, pode ser generaliz.'lda ou 
localizada. A cianose localizada ou segmentar sem-
pre si.gnifica obstruçJo do uma vein que drena uma 
regL.lo, enquanto a cianose generaJJzada ou univer-
sal pode ser causada por diversos mecanismos. 
Pode-$(! caracterizar a cianose generalizada ou 
universal em quatro tipos fundamentais. 
Em casos de cianose tipo central. há queda 
ex~iva da saturaçllo arterial, permanecendo nor-
mal o consumo de oxigênio nos capilares. Pode ocor-
rer nas segumtes situações: na quaJ exista diminw-
çJo da tensJo do oxigênio no ar inspirado, como 
observada nas grandes altitudes; hipovcn tUaçllo 
pulmonar, quando o ar atmosférico não chega em 
quantidade suficiente p.1.ra realizar a hematose, seja 
por obslruç.io dn SUJ'('rflcie respi ratória pulmonar, 
seja por diminuição da expansibilidade toracopul· 
mon.u, ou amda por diminwç.to exagerada da fre.. 
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quência respiratória; e curt<Kircuito (shunt) venoar-
terial, como se observa em algumas cardiopatias 
congênitas (tetr.J iogia de Fnllot e outras).1-4 
A cianose periférica acontece em ronsequênda 
da perda em excesso de oxigênio na rede capila.r. 
Isso pode ocorre por estase venosa ou dimínuiçllo 
funcional ou orgânica do calibre dos vasos da rruc:ro-
circulação.' .. 
Já na cianose tipo mll>IO, como o próprio nome 
descreve, associam-se mecanismos responsáveis por 
cianose do tipo central com os do tipo periférico. Um 
exemplo típico ~ a cianose da insuficiência cardlllca 
congestiva grave, na quaJ se encontra congestão pul-
monar impedindo adequada oxigenação do sangue 
e estase venosa periférica com perda ex.agerndn de 
oxigênio.• .. 
As alterações bioquímicas da hemoglobina 
podem impedir a Hx.açJo do oxigênio pelo plgmen• 
to. O nlvel de dessaturação se eleva até atingir 
valores capazes de ocasionar cianose. É o que ocorre 
nas mctemoglobincmias e sulfcmoglobincmios, pro-
vocadas por açAo medica.mcnt05.1 ou por i.ntoxicac;Ao 
exógena.1-4.9 
A dall05C segmentar ó k"'mpre do tipo pcriJéri-
co; a cianose univen;al pode ser periférica, por alte-
ração da hemoglobina, pulmonar ou cardlaca. A 
oxigenoterapia é eficaz na cinnose central, melhora a 
cianose do tipo misto e nlio búlul na do tipo perilé-
rico.l-' 
lcterlcia: denomina-se icterlcia a cor amarelada 
da pele, mucosas vislveis e escleróticas, resultante 
do acúmulo de bilirrubina sérica. A icterida deve ser 
distinguida de outras condi~ em que a pele pode 
tomar coloraçAo amarelada, tais como o uso de cer-
tas drogas que impregnam a pele e o consumo exces-
sivo de alimentos ricos em carotcnos (cenoura, 
rnam3o, tomate). As principais causas de lctcricia 
são a hepatite infeoc:iosa, as lesões obstrutivas das 
vias biliares extra-hepáticas (lilfasc biliar, c.\ncer da 
cabeça do p.\n<:reas) e algumns doenças que acompa· 
nham a hemólise (icterícias hemolíticas).•.u 
Sinais vitais 
Por tradiç3o, os sinais vitais incluem frequência 
cardfac.'l (FC), frequ~nda respiratória (fR), prcss.'lo 
arterial (PA) e temperatura corporal ('0.1., 
Na frequência cardfaca, devem ser registradas 
n.'\o só a frequt'nda, mas também o ritmo (ver Til bela 
3). Os profissionais da área da saúde preferem ini· 
dar o exame segurando a mão do paciente, pa1pan· 
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do simultaneamente seu pulso e contando o número 
de pulsações scntid<Js dunnte um minuto. Esse 
contilto i.nid<~l com o p<idcnte permite que se deter-
mine o ritmo como regular ou irregular.u.'~" 
A medida da pressão arterial sistêmica é um 
procedimento fundame_nt.al na avalia~ao semíológi-
ca do sistema cardiovascular. Não obstante, a ade-
quada quantificação dessa variável hemodinãmíca 
pode ser obtida, no contexto cl{nico, mediante a uti-
lização de técnicas relativamente simples. Em face 
das importantes implicações diagnósticos e prognós-
ticos dessa medida, deve-se allillisar critcriosnmcnte 
todos os fatores que podem in!luenciar em sua apli-
cação. Uma medida inadequadamente realizada 
pode implicar um diagnóstico incon-eto, dctenni· 
nando, consequentemente, a institui~ão de um trata-
me_nto clínico inapropriado, além da estigmatizaç.io 
do indivfduo, ou ainda, dct~'mlinando o oposto, 
mmo o não tratamento de paciente com indlcaç.io 
terapêutica. Do ponto de vista epidemiológico, a 
prescnç.a de nfvcis m<~is elevados de prcss.'lo il rterial 
modiilca isobdamente o prognóstico dos pacientes 
hipertensos no que tange à ocorrência de eventos 
cardiovasculares ~rios. como infarto agudo do mio-
cárdio e acidentes vasculares encefálkos. A Tabela 4 
contém os valores referenciais da pressão arterial 
~oistêmica. u.u 14 
A medlda da pressllo arterial sistêmlca pode ser 
realizada mediante método direto ou indireto. A 
medido direta díl pressão artcri.ll ~obtida de forma 
invasiva, mediante a introdução de um cateter em 
artéria periférica, o que permite sua quantificação 
contfnua, batimento a batimento. No contexto clíni-
co, a medida direta da p~o arterial é reservada 
para situações em que essa variável apresenta 
7 
valon!S muito baixos, como ocorre, por exemplo, nos 
estados de choque circulatório. A medida indireta da 
prcss.'lo arterial pode ser efetuada utilizando-se 
dlversas técnicas, sendo realizada com o esfigmoma-
n6metro de coluna de mercúrio ou aneroide, a mais 
utiliada na prática clfnica diária . Essa técnica 
baseia-se na percepção de que, ao desinsufiar o man-
guito que odui totalmente uma artéria, diferentes 
tipos de sons (rufdos de KorotkofO s o perccptrveis 
com o estetoscópio, o que oorresponde a diferentes 
graus de obstrução pardal da artéria. Os ruidos ou 
fases de Korotkofr podem ser detectados na moioria 
dos individuos se o procedimento de medida for 
executado dentro do rigor estabelecido para esta 
téc:nic.1. São cinco fases:'4 
• Fase I - oorrespondeaoaparecimcnto doprimeiro 
som, ao qual sc !legUem batidas p rogressivamen• 
te mais fortes, bem distintas e de alta frequênda. 
Correladona·se com o nível da presslo sistólica. 
• Fase 11 -o som adquire car.~cter!stica de H zumbi-
do" e sopro, podendo ocorrer sons de baixa fre-
quênda que, eventualmente, determinam o hiato 
ausculta tório. 
• Fase m - sons nftidos e intensos. 
• Fase IV - abafamento dos sons, correspondendo 
ao momento próximo oo dcsapili'CCÍ1nento deles. 
• Fase V- desaparecimento total dos sons. Correia-
dona-se com a pressão diastólica. 
A press.lo a rteri<JI sistêmica é Lnfluendada por 
um conjunto de fatores que pode determinar varia-
~ significativas de seus valores ao longo do 
dia . u." Entre esses fatores incluem-se os relativos ao 
ambiente, ao equipamento, ao observador e ao 
Tabela 3 Valores referenciais de frequência cardlaca (FQ em rela~c\o a ídade 
flue" et..tria 1 5ef'IIIM 1 mts 1-6mews 
(a termo) 
Faixa FC (bpm) 90-180 90-180 90-170 
,_. Hebtt " "' • 2006. 
Tabela 4 V.!iofH refeteOO<Jis de pressA<~ antnal SIStêmo 
OasslflcaçJo 
Otima 
Normal 
Umltrole 
Pressllo sistólica (mmHg) 
< 120 
< 130 
1.30-139 
- V doletnz br<r$1~ro do~ -..1 • OIH, 2006 
65-150 
8-12 ii'IOS 
~130 
Adulto 
(> 12 anos) 
50-100 
Pres.sAo diastólica (mmHg) 
<80 
<85 
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paciente. A detecção de níveis tensionais elevados, 
em situações não ideais de medida, com exceção das 
relacionadas com emergênciashipcrtcnsivas, deve 
ser confirmada por medidas posteriores realizadas 
em local adequado. O esfigmomanômetro, seja ane-
roíde seja de coluM de mem1rio, deve ser de ta ma· 
nho adequado e estar calibrado. Em adultos, deve 
envolver, pelo menos, 80% da circunferência bra· 
qulal. Além disso, sua largura deve cobrir, pelo 
menos, 40$ do braço. Em crianças, o manguíto deve 
envolver 100.... do braço e sua largura deve atingír 
75$ da distAncia entre o acrômio c o cotovelo. Deve-
-se, ainda, evitar que o esfigmomanômetro e o este-
toscópio estejam muitos frios, o que pode estimular 
varia~ nos nlvcis tensionnis.u 
A frequ~ncia respiratória deve ser avaliada 
durante a observação do paciente, para determinar 
se ex:btc alterac;llo do ritmo respiratório ou n.lo. A FR 
é dada pelo número de Incursões torácicas e / ou 
abdominais observadas em um minuto. A sensação 
5Ubjctiva de fruta de ar (dispncia) O causado por um 
aumento do trabalho respiratório. O fisioterapeuta 
precisa identificar se o paciente tem taquipneia (be-
qu~ncia respiratória aumentada), hipopneia ou bra· 
dipneia (frequência respiratória diminulda e super-
ficial). A taqu ipneia nem sempre se associa à 
hiperventilaç3o, que é definida pelo aumento da 
ventilação alvt'Oiar com redução de níveis de gás 
carbônico arteriaJ.'-M.l> 
A temperatura corporal normal varia conforme 
o local da medição e a hora do din. Na boca, está 
entre 36 e 37 .s•c; no reto é 0,6•c maior. A tempera-
tura axilar varia entre 36,6 c 37 ; •c. Normalmente, é 
observada variac;.'lo diumn, sendo que os nlveis mais 
baixos oconem no inicio da manhã e os mais eleva-
dos entre as 16 c 20 horas. A diferença entre as tem· 
peraturas matinais e vespertinas pode chegar a 1,0.. 
l,S"C, sendo constante para cada pessoa.,., 
Vários processos fisiológicos podem influenciar 
na temperatura corporal, sendo bem conhecidos o 
envelhecimento, o ciclo menstrual, a gravidez e o 
exercício fisico. Até o segundo ano de vida, a regula· 
çJo da temperaturn corporal é imperfeita, sendo a 
oianc;a mais suscetível aos efeitos do meio ambiente 
e de cxcrdcio fisico. No idoso esta labilidade retor· 
na, talvez, em dccorrêndn da menor eficiência do 
sistema nervoso simpático em conservar a tempera· 
tura. Nas mulheres ~rtels, a temperatura sofre ele-
vação caractcrlstica de 0,25 a OA"C durante a ovula· 
çllo, que é mantida até próximo da menstruação, 
quando cai aos nfveis basais. Também na gravidez, 
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observa-se aumento disaeto da temperatura corpo-
ral normal no primeiro trimestre, que vai se reduzin-
do gradualmente nté o parto.' .. 
A manutenção da temperatura corporal normal 
depende de termostato localizado no hipotálamo, 
que mnntém sua própria tempern~ura entre 37 e 
37,1-<:, mas que tilll\bml mostra-se sensível às varia-
ções da temperntura corporal e da superfície cutâ· 
nea. Ex:i~tem receptores h.írmicos tõmto nas vfsccTil5 
quanto na pele que informam ao centro termorregu-
lador hlpotalâmico as variações existentes. O ter-
mostato atua tanto na produç3o de calor quanto nos 
mecanismos que interferem em 5\la perda.u 
A principal fonte de calor é a oxidação de ali-
mentos pelas célulns. Em repouso, o principal 6rg3o 
gerador de calor é o fígado, mas, durante o exercício, 
a participação dos m\1sculos cresce enormemente. 
Assim, os trcmon.>s mw.cularcs (calafriD5) !>ão um 
dos principais mecanismos responsáveis pelo 
aumento da produção de calor.:u 
O calor é eliminado do organismo por quatro 
mecanismos e consta da radiação que resulta na 
transferência direta de calor por ondas eletromagné-
ticas para o meio ambi4mte mais frio; conv~3o cut3-
nea; evaporação, que consiste na transformação da 
água do estado lfquido para o gasoso na 5Uperflcie 
cutAnca e no pulm3o e, finalmente, a condução de 
calor para outras estruturas sólidas (roupas, por 
exemplo). A importância da evaporação cresce na 
prescnc;íl de temperaturas ambientJis maiores do que 
35"C. A regulação da perda de calor se faz principal· 
mente pelo aporte sanguíneo da pele. A va.sodilata-
ç.lo aumentJ a quantidade de sangue no tecido sub-
cut3neo e há perda de calor. A vasoconstriçJodiminui 
o volume sanguíneo na pele, retendo calor no corpo. 
A sudorcse representa outro mecanismo importante 
na perda de calor, sendo mais scnsfvel a aumentos da 
temperatura central que da periférica.z.:u 
Em suma, na presE:nc;a de ambientes frios, o 
organismo 4ança m3o'" do aUII'Iento da produçao de 
calor corporal pelos l:n!:mores musculares (calafrios), 
seaeção de tireoxina e conservil<;âo de calor pela 
vasoconstriçJo periférica. Nos ambientes quentes, 
há inibição dos tremores musculares, vasodilatac;ão 
cut.lnca c sudorese.'_,. 
Ausculta pulmonar 
A ausculta pulmonar é um método semlológlco 
básico no exame físico dos pulmões. Funcional por 
exc:elência, difere da percussão puramente estática, 
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por isso permite melhor análise do funáonamento 
pulmonar. Para sua realização, exige-se o máximo de 
silêncio, posiçllo cômoda tanto para o paciente como 
para o examinador.w.u 
De início, o examinador coloca-se atrás do 
paciente, que nllo deve (orçar a cabeça ou dobrar 
excessivamente o tronco, mantendo o tórax ligeira-
mente inclinado para a frente, e deve respirar pausa-
da c profundamente, com a boca bem aberta, sem 
fazer ruído. Após auscultar a face anterior, passa-se 
a seguir para as faces laterais e ante ri ores. Deve-se 
ter em mente que os limites dos pulmões cstllo, 
aproximadamente, a quatro dedos trai\5VCTSOs abai-
xo da ponta da escápula. Auscultam-se as regiões de 
maneiro simét:ric:a e ordenada. Solicita-se ao paciente 
que faça algumas inspirações profundas e, em segui-
da, que tussa várias vezes. Com isso, visa-se separar 
os ruídO!> permanentes dos eventuais, de menor 
valor dlagnóstico.'·'-'U~" 
Atualmente, existe grande anseio visando à 
padronlzaç.\o da terminologia dos sons pulmonares. 
A ausculta do sistema respiratório evidencia 
dois sons distintos de acordo com a região examina-
da. Sobre a l.lringe e a traqueia tem-se um ruído de 
grande intensidade formado por vibra~ de alta 
frequência, com predominância da fase expiratória, 
denominado ruído laringotraqueaJ. Na supcrffcie do 
tórax, tem-se um ruído mais suave, onde predomina 
a fase inspiratória; está relaáonado à passagem de ar 
pelas por~ periíéricas do tecido pulmonar, conhe-
ádo por murmúrio vesiculn.r.u.u.as 
O aumento ou a diminuição da intensidade do 
murmúrio vesicular estllo intimamente relacionados 
à livre circ:ula<;llo do ar nas vias aéreas e à expansibi-
lidade do parênquima pulmonar, repercutindo alte-
rações funcionais restritivas e obstrutivas.'-'1 
Os ruídos respiratórios audíveis em condições 
anormais são denominados sons adventfáos, poden· 
do ter sua origem na 4rvore brônquic:a, vias aéreas 
distais ou no espaço pleural. Podem ser divididos 
em estertores secos ou úmidos (ver Tabela 5)."11.15 
Cornagem: representa, funcionalmente, o estreí· 
lamento das vias aéreos superiores, de grande inten-
sidade sonora. podendo ser audível à distância. 
Roncos: sua representaç3o funcional é o aumen-
to da resistência das vias aéreas, especialmente brôn· 
quios de grosso cah'bre, por acúmulo de seoeções_ 
Sua Intensidade pode ser acentuada por mudanças 
de decúbito, tosse e asplrac;~o cndobrônquic:a. 
Sibilos: são ruidos contínuos, bastante agudos, 
podendo ser loc:alizaclos ou generalizados. São de 
Tabela 5 Classlfiuç~ dos sons advl!ntfcios 
Estertores secos 
Comagem 
Roncos 
Stb<los 
EstertOf"es úmidos 
Crep.cantes 
SUbcrepitantes: mos, 
~lOS e grossos 
9 
-
maior intensidade na fase expiratória, por a~usa da 
dificuldade que o ar encontra p.1ra sair das vi.ls 
aéreas estreitadas. Revela aumento da resistenda à 
passagem do fluxo de ar. 
Estcnom crepitantcs: s.,o rurdos finos, homo-
gêneos, de mesmo timbre e Intensidade, sendo aus-
cultados apenasna fase inspiratória. 
SJo também denominados estertores alveolares, 
pois s.1o prodwJdos pelo deslocamento das paredes 
dos alvéolos, pela entrada de ar no seu interior. lndi-
a~m sofrimento nJveolar, como, por exemplo, na 
pneumonia. embolia pulmonar e na fase inicial do 
edema agudo de pulmão_ 
Estertores subcrepitantcs: s.lo rufdos mais gros-
sos, que se assemelham ao rompimento de bolhas. 
São encontrados no fim da inspirac;ão e no comec;-o 
da expiri\c;io. Originam-se do choque entre o fluxo 
de ar e as secreções líquidas na lu:t bronquiolar. 
Podem ser modifia~dos pela tosse. Cl.lssific:am-se 
em ftnos, médios e grossos, de acordo com o diâme-
tro do brônquio onde s.lo gerados_ 
Padrão respiratório 
O padrão respiratório é determinado pelo seg· 
mento do tronco que predomana durante os movi-
mentos resparatórios. A respiração torááca ou costal 
é mais comum nas mulheres e nos indivíduos com 
biótipos longilíneos, com.'Spondendo ~ respi.raç.lo 
arfante das mulheres apaixonadas, na linguagem 
poética- A respiração abdominal ou dia&agmática é 
observada nos homens em geral, prinápalmcnte nos 
brevilfneos e nas crianças. O tipo misto toracoabdo-
minal ocorre quando as costelas e o diafragma parti-
ápam igualmente da respiraçio. é o tipo mais 
comumente encontrado nos indivíduos adultos do 
sexo masc:u.lino.t.•z.u 
Em condições patológicas, o tipo ou padrão res-
piratório se modillca ou se inverte. Assim, no 
homem com doença pulmonar obstrutiva crônica, a 
inspirac;llo se inverte, passando a movimentar ape-
nas o tórax. Este fato é menos nftido nos bronquíti-
cos, cujo diafragma airada cumpre sua função ade-
quadamente. As muiJleres portadoras de pleurite, ao 
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10 
contrário do que ocorre em condições fiSiológicas, 
apre5entam padrão respiratório predooúoontemen-
te diafrngmático.1l.1' 
Em condições fisiológicas, a inspiração é um 
pouco mais curta que a expiração, sucedendo-se os 
dois movimentos com a mesma amplitude, interca-
lados por uma leve pausa. Quando uma dessas 
caracteristicas se modifica, surgem os ritmos respira-
tórios anormais (ver Figura l).u .u 
Respiração de Cheync-Stolces: suas causas prin-
cipais são insufidênda card1aca, h ipertensão intra-
cnniana, acidentes vasculares encefálicos c trauma-
tismos cranioencefáliclos. Esse ritmo caracteriza-se 
por uma fase de apneia seguida de incursões inspi-
ratórias cada vez mais profundas até atingir um 
máximo, para depois virem decrescendo até nova 
pausa; isso ocorre em deconênda de variações da 
tcnsJo de oxigênio c gá11 carb6nico no sangue. 
Assim, o excesso de gás carbônico durante o perlodo 
de apneia obriga os centros respiratórios bulbares a 
cnvi4lrcm estimuJos mais intensos que resultam em 
um aumento da amplitude dos movimentos respira-
tórios; com isso, haverá maior eliminação de gás 
ca.rbOnico e 51Ja concentraç~o no sangue diminuirá. 
Consequentemente, 1\Jo havendo estimulos exage-
rados no centro respiratório, a amplitude dos movi-
mentos da respiração diminui. 
Respiraçlio de Biot: as causas mais frequentes 
desse ritmo são as mesmas que as da respiração de 
O.cync-Stokes. No ritmo de Biot, a respiração apre-
senta-se com duas fases: a primeira, de apneia, e a 
Taqvipneil 
ApnN 
Figura 1 Anonnalldcldes do rirmo e da frequência 
respíratória. 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
segunda, com movimentos inspiratórios e expirat&-
rios anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude. 
Respiraç3o de Kussmaul: a acidose, principal-
mente a diabética, é sua causa principal. A respira-
ção de Kussmaul compõe-se de quatro fases: inspira-
ções ruidosas, gradativamente mais amplas, 
alternadas com expirações rá.pidas e de pequena 
amplitude; apncia em inspiração; expirações ruido-
SAS gradativamente mais profundas, alternadas, com 
inspirações rápidas e de pequena amplitude; e 
apneia em expiração. 
Expansibilidade torácica 
A expansibilidade torácica pode ser avaliada 
por inspeção, entretanto, a palpação é mais precisa. 
O paciente é instruido a expirar lentamente até o 
volume residual. Ao volume residual, as mllos do 
examinador s.lo colocadas espalmadas nos segmen-
tos posterolateraís de ambas as bases pulmonares, 
com os polegares tocando a linha mMia posterior 
(ver Figura 2A). Nos pacientes obesos, isso ajuda se 
a pele da parede anterior do tórax estiver levemente 
retnfda pelos dedos. O p.1ciente é, cnt~o. instruido a 
inspirar lentamente e se observa o movimento de 
ambos os polegares (ver Figura 18). Ambos os lados 
di!Vcm se mover igualmente, entre 3 e 5 em, se o 
deslocrunento for normal. 
Uma técnica sioúlar pode ser usada anterior-
mente para medir os movimentos bosais. A mcnsu-
raç3o dos movimentos apicais é mais difícil. Colo-
cando a mão anteriormente sobre a parte superior 
do tórax, pode-se comJ>"rar os dois lados qualitati-
vamente. Em todos os casos, a diminuição do movi-
mento é considerada anormaL,.. 
A cirtomctrin é um método fácil e de baixo custo 
quando nllo se dJspõe de recursos, como o magnct6-
metro ou pletismografia. Neste método, as mudan-
ças antcroposteriores da c:nlxa torácica c do abdome 
são obtidas a p.~tir de uma medida linear, feita com 
uma fita métrica simples. Ambas as dimensões 
devem ser mensuradas preferencialmente com o 
paciente em dectíbito dorsal horizontaiUado, sendo 
a caixa torácica medida no nível do 4" espaço inter-
costal (ver Figura10; para medir a dímens3o abdo-
rnino.l, coloca-se a fita métrica na cicatriz umblUcal 
(ver Figura 10). Depois de posicionada a fita, solici-
ta•se ao paciente que inspire e expire profundamen-
te, para que se poss.1, em ambas as fases, obter medi-
das ci.n:unferenciais.t' 
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Tipos de tórax 
A forma normal do tórax mantém uma relaçJo 
entre os diAmetros anteroposterior e laterolateral de 
1:2, ou se~ o diâmetro lateral é, normalmente, duas 
vezes maior do que o diâmetro antcropostcrlor. Vej.1 
a classíficação a segurr.lA 
Tipo norma f de tórax 
A forma do tórax varia naturalmente com o bió-
bpo."' 
Os avanços dos meios complementares de diag-
nóstico reduziram a imporbincia senúológica que 
lhe era atribuída no passado. ~útil para determinar, 
por exemplo, a posição anatômica das vísceras, o 
coração vcrtilicnlizado nos longillncos c horizonta-
b.Zi"ldo nos brevll[ncos. Existem várias cbsslfica(Qes, 
porém a mais adotada é a seguinte:' .. 
Figura 2 úpanslbílidade torckica e ciltometria 
11 
• Normolíneo: os desenvolvimentos do corpo, da 
musculatura e do panículo adiposo 5ào harmôni~ 
cos. Ângulo inlrncstemaJ (Clwpy) em tomo de90". 
• Brevillneo: os membros são curtos, o tórax alarga-
do, estatura baixa e o pedículo adiposo espesso. 
ÃnguJo infraestemal (Charpy) com majs de 90". 
• Longilineo: o tórax é afilado e achatado, os mem-
bros são longos e a musculatura, delgada. Esta-
• tura alta. Angulo inmestcrnal (Charpy) com me-
nosde90". 
Das hctcromorfias torádcas, sllo ordinariamen· 
te congênitos o tórax infundibuliforme e o pirifonne; 
todas as outras são adqumdas.' .. 
Tipos anormais das heteromorfias tor.icicas 
• Tórax chato, plano ou cxpiratórlo: é um tórax 
longo e estreito. A parede anterior toma-se pia-
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na, perde a sua convexidade normal, de modo 
que há uma grande redução do diâmetro ante-
roposterior, sobretudo na parte superior da ca.ix.l 
torácica. Em algumas si~, os dois diâme-
tros horizontais do tórax (o estemovertebral e o 
ITansverso) silo iguais; o tórax, ent3o, toma-se 
cillndrico. ~ considerada uma variedade do tórax 
chato. As costelas inclinam-se demasiadamente, 
tomando uma dirf!.ç3o dCS«ndcnte. Os espaços 
intercostais são largos, o ângulo epigástriro é 
muito agudo e existe uma reentrância do manú-
brio cstem•\1 com lngulo de Louis muito soliente.As claviculas sllo bastante oblfquas e proeminen-
tes, as fossas supra e infraclaviculares, profundas. 
Existe pequeno desenvolvimento dos md.sculos 
da cintura escapuJar e dos intercostais. As esd-
pulas, em virtude da debilidade dos mósculos 
que se separam do tórax, projetam-se pam fora 
dos ângulos escapuJares inferiores e se dispõem 
como duas "asas" (peito alado ou pterígoia). Esse 
tórax plano ou chato é encontrado nos indivfduos 
débeis, nos caquéticos, nos predispostos à tuber-
culose confirmada e em certas atrofias muscula-
res progressivas.t<4.u 
• Tórax enfisematoso, g loboso, in.spiratório ou ec-
tásico: é o contrário do tórax chato que acabou de 
ser descrito. Esl.e tórax caracteriza-se pelo st.'U ar· 
redondamento exagerado. ~um tórax largo, rue-
to, oferecendo, às vezes, a forma de um barril (tó-
rax em forma de barril). Alargam-se os dltlmctros 
transversos e o estcmovertebral, abaula·se o dor· 
so, e encurta-se o pescoço. As fossas supra e in&a-
claviculal"l'S são, gernlmcnte, pouco distintas. Os 
espaços intercostais se alargam: o ângulo cpigás-
trico toma-se obtuso. Esse tórax é encontrado na 
doença pulmonar obstrutiva crônica (DI'OC).'-4.11 
• Tórax raquJtico: tres anomalias se encontram no 
tórax raquJtico, quando esta heteromorfia toráci-
ca se apresenta com todos os seus caracteres: o 
rosário raqultico, o sulco de Harrison, e uma de-
pressão horizontal que cinge a parte inferior do 
peito. Ess.u três anomalias constituem a trilogia 
costal do raquitismo. As ~juntas podem estar 
no mesmo tórax, mas, frequentemente, isso não 
acontece (Figura 3).'"'11 
Constitui-se o ros.irio raquJtlco porque na 
união de cada costela com sua cartilagem forma-
-se uma salillncia 6ssea; as salillncias todas, super• 
pondo-se, formam de cada l.1do do estemo uma 
fileira de saliências, imitando, assim, as camãndu-
las grossas de um ros.irio: o rosário raquítico. O 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Figura 3 Tórax raquftlCO 
sulco de Harrison fonna-se porque as costelas cur-
vas, normalmente, descurvam-se na altura das ar-
ticulações costocondraill, resultando em um sulco 
de cada lado do peito, sulco bilateral, quase sem· 
pre mais patente à direita. A depressão horizontal 
que cinge a parte inferior do peito encontra-se na 
altura da transição das costelas verdadeiras para 
as falsas. As primeiras, sob o influxo da pressão 
atmosférica, s.lo levadas para dentro; as segundas, 
como o estemo não mais as sustenta, e porque são 
repelidas pelo volume exagerado do ventre, diri· 
gem-sc para fora.• Tais são as três anomalias cos-
tais do peito raquJtico. Das três, a que dá ao peito 
sua essencial caracterlstica é o sulco de Harrison; 
as outras, embora comuns, são acessórias.• tl 
• Tórax de pombo, em forma de quilha (ptctr1s 01· 
rinatum): neste tórax, as costelas se dispõem re-
tillncas a partir de seus ângulos, determinando 
a proeminência do estemo, de modo que o peito 
se parece com o tórax das aves, ou com quilha 
dos navios. O tórax deixa de ser elrptico e toma-
-se triangular com a secção horizontal da arcada 
torácica (ver Figura 4). r-4.1z 
O tórax de pombo encontra-se, também, no ra-
quitismo, como tórax raqu(tico. Embora diversas 
quanto à forma, estas duas heteromorfias toráci-
cas são idêntic<ls quanto à etiopatogenia. Certas 
afccções crônicas das vias respiratórias, princi-
palmente com a tosse pertinaz, a coqueluche, a 
amidalite h.ipertrófica c os grandes esforços físi· 
cos mu.ito repetidos, podem igualmente produzi-
-lo, principalmente se houver raquitismo conco-
mi tante. H tz 
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• Tórax infundibuliforme: caracteriza-se por uma 
depressão do estemo, sobretudo da 5\1<1 parte in· 
ferior, e da rcgilo epigástrica vizinha. A scc:çAo 
horizontal deste tórax tem perfeita analogia com 
o contorno do rim; da f vem a denominação de tó-
rax t"l'nilorme (ver Figura 5).1 .... 11 
Este tipo de tórax, que~ habitualmente cong~ 
níto, pode tambbn ser adquirido. Nos sapateíros, 
é obl.crvado o tórax lnfundíbullforme adquirido. 
Esse tórax de sapateiro é de origem mecânlca e 
Figura 4 Tôr.x peito dt pombo. 
Figura 5 Tórax tnfund bultforme 
13 
resulta da constância com que estes operários 
apoiam 5\I<IS ferramentas contra a parede ante-
rior do peito. Geralmente, nesse tipo adquirido, 
a depressJo limita-se à extremidade inferior do 
estemo e ao apêndice xifoide.1 ... 12 
• Tórax piriforme: a parte superior desse tórax, 
até a quarta costela aproximadamente, é muito 
arqueada anterior e lateralmente; os músculos 
11$plratórios auxillan.'S, os cscn lcmos e os cster-
nocleidomastóideos, são muito desenvolvidos 
e se contraem visivelmente, mesmo durante a 
rcspira~o calma do indivfduo. O estemo ó proe-
minente, assim como a exbemidade estemal das 
clavícuJas,. Porém, nos seus dois t~ inferiores, 
o tórax é achatado e estl"l'ito. O epig.istl'io ordj-
nari."'ll\ente se retrai na inspiração, ao contrário 
do que se observa no estado normaL O tórax pi· 
riforme nJo é como o tórax plano, n<."ll\ é arquea-
do em forma de barril como o enfisema toso; é um 
tórax largo e distendido em cima, estreito e acha-
tido embiti.xo. Ranmente, encontra-se esse tipo 
de tórax em certos indivíduos longilineos com 
enteroptose. '"'12 
• Tórax cónico ou em forma de sino: neste tipo, a 
base do tórax é muito majs larga que a parte supe-
rior. As clavículas se inclinam para baixo e para 
fora. O tórax cGníco encontra-se ordinariamente 
nas grandes hlpermegallas ltepatoespl~nkas, no 
meteorismo exagerado, nos grandes derrames do 
peritônio, em todas as condic;õcs p<~tológicas, en-
fim, em tudo o que produz considerável alarga· 
mento da parte inferior do tórax.t-4Jl 
• Tórax em rorma de batel: este tipo também é mui-
to raro. Caracteriza-se por um.'\ depress~o me-
diana da parte superior do tórax, chegando esta 
dcpresslo aproximadamente à quinta costela. A 
dcpresslo pode chegar a 5 em de profundidade. 
A configuração desse tórax lembraria um bateL 
Alguns autores dão a esse tipo de tórax a deno-
minac;llo de tórax navicular ou tórax escnfoide 
(do grego: scape, ban:o, battl, e eidos, forma). Não 
se deve confundir esse tipo de tórax com o tórax 
de pombo, que lembra a rorma de urna quilha de 
na vio.1--uJ 
• Tórax cifótico, cscoliótico, cifoescoliótico e lor-
dótlco: estes tipos de tórax s.lo produzidos por 
deformações da coluna vertebral e do esqueleto 
torácico, como a esroliosc, cifosc, cifoescoliose e 
lordose. No tórnx escoliót ico, a coluna vertebral 
se desvia lateralmente, e vai para onde a concavi-
dade da escoliose encurta as dimensões da caixa 
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torácica. Há, portanto, uma modificação dos diâ-
metros transversos do tórax. Uma espádua man-
tém-se mais alta que a outra; M também, quase 
sempre, um desvio do estemo (ver Ftgura 6). HU 
No tórax cifótico, há um exagerado encurva-
mcnto da roque, formando uma gibosidade ca-
racterística. Aumenta-se o diâmetro esterno ver-
tebral.''412 
A cifose li observado frequentt•mentc nns alte-
rações dos corpos vertebrais, como no mal de Pott, 
e também em alguns casos de acromegalia.1.._0 
No tórax cüoescoliótico, nota·se a combinação 
da escoliose com a cüose. No tórax Jordótico, en-
curva-se e deforma-se a raque, apresentando con-
vexidade parn diante. Essa deformac;~o é frequen-
temente produzida níiS alterações do quadril, 
sendo, então, compensada e locali7.ada na região 
lombar, que se apn:o;,cnta fortemente selada.•.._.,,. 
O mesmo pode ser observado na coxalgia ou 
na luxação congênita de quadril. Em alguns ca-
S<JS, representa desvio compensador de uma cito-
se dorsal. também encontrada em certos casos de 
distrofia pseudo-hipertrófica. Hltló 
Pode-se observar, no tórax escoliótico, a ra-
que que se desvia lateralmente: escoliose. Esse 
desvio localiza-se geralmente na região dorsal. 
Semelhante deformac;i!oàs vezes IÍ produzida em 
crlanÇM, em consequ~nda de movimentos Incor-
retos e posturas inadequadas do tórax: escoliose 
dos adolcsccntes.•·•,.7.1u• 
Também se observa essa deformação da raque 
no raquitismo e nas retraeões unilaterais do tórax, 
depois da obsorção de grandes c aturados derra-
Ftgura 6 Tórix cifoescolaótico. 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
mcs pleurais, sobretudo derrames purulentos, 
pneumonias crônicas etc. Em algumas afecções 
ncrvos.u também é comum a escoliosc. Assim. 
por exemplo, na ciática: escoliose ciática. H.7Al:LU 
Na siringomielia, na pa.ralisia espinhal in-
fantil (quando acomete os mllsculos do tronco), 
na herniplegia, neste caso por encurtamento do 
membro inferior afetado, é secundária à esro-
Uose.'"'"''u• 
Deformidades unilaterais do tórax 
Abaulamento unilateral: observa-se o abaula-
mento unilateral, a distensão total de um hemitórax, 
nos grandes derrames l!quidos ou gasosos da pleu-
ra, nos neoplasmas do pulrNo ou da pleura, no 
enfisema colateral compensador, em decorrência de 
lesões do pul.m3o do lado oposto.'""·'!." 
Retração unilateral: o achatamento unilateral 
atingindo todo o hemitórax é observado em certos 
CISOS de tuberculose pulmonar crônica, oos pneu· 
monias c:rônicas e em todos os processos cap;u:es de 
determinar a retração do parmquima pulmonar. A 
obstruc;3o de um dos gr>'ndes brônquios, produzin· 
do atelectasia e diminuiçllo de volume do pulmAo, 
pode igualmente acompanhar-se de notável achata-
mento da paK'<Ic costal.' .. .7,1:&.1• 
Deformidades localizadas do tórax 
Abaulamento loc:aliuldo: os abaulamentos par-
ciais, circunsaitos, localizados em um ponto da 
parede torácica, podem ser determinados pelo cn.fi· 
serna parcial de uma parte do pulm~o; pelos derra-
mes líquidos ou gasosos encapsulados; por tumores 
do pul.nlJo ou da pk-ura; pelos ancurismíiS da aorta, 
pelo emplcrna quando o pus for<;a c atravessa um 
espaço intercostal, fazendo saliência sob a pele; ou 
por diversas afecc;ões dos ossos da caíx.l torácica 
(ostcossarcom.'\5, tuberculoses etc.). Às vezes, as 
saliênciíiS são pulsáteis (empiema pulsátü, aneuris-
mas).' .. ·'~'• 
RetraçAo loc.1lizada: rctra~ localizadas sllo 
observadas frequentemente nas partes superiores do 
tórax. São quase sempre produzidas pela tuberculo-
se dos ápices, peli15 cavernas superficiais, acompa-
nhadas de retrações parciaís do pulmão. Os achata-
mentos consideráveis das fossas supra e 
lnlraclnviculares, sobretudo quando unllo tcrais, 
Indicam, em regra, retração do ápice pulmonar, ordj-
nariamente determinada pela tubercuJose. 
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Alterações do apêndice xifoide: tem sido obsef. 
vado, embora com pouca fnquência, o apêndice 
perfurndo, bífido. Em regra, essa anomalia, que 
constitui um estigma degenerativo, coincide com 
outras anomalias ósseas (espinha bífida, sacraliza-
~~o da 5• vtrtebrll lombar et.c:.).'"'1L1ó 
Mais importante é a ausência do apêndíc:e (axi-
foidia) que alguns autores acreditam se:r sinal de 
heredo-s(filis.1...,12·" 
Costela cervical: trota-se de uma anomalia de 
desenvolvimento que consiste em uma costela mais 
ou menos crescida, a qual se encontra acima da pri· 
meira costela torá~ e tem relaÇ!o com a sétima 
vértebra cervical. Em geral, não produz 5intomas ou 
sina.is antes da terceira década de vida. As mulheres 
pare«>m mais frequentemente atingidas que os 
homens. Pode ser que seja apenas uma, mas tambbn 
podem !lei' bíL1tcmti.. Importantes são as rclaç(X.>s ana· 
t&nicas dessas costelas: colocam-se embaixo da sétima 
e oitava raizes cervicais do plexo braquial, e têm estrei-
ta rcL1ç.io com a artma subdávi.a. Ess.u rc~ e~· 
cam os sintomas e sinais, alguns bastante inc:ômodos, 
que podem ocorrer. São sintomas principalmente sen-
sitivos e alterações tróficas, e tamb&n, em alguns 
casos, aJt~ vasculares (alteraç:io do pulso).•~•t,. 
Dor 
A dor é, sem dúvida, o sintoma mais comum na 
área do saúde. Alguns defendem n indus.io de um 
uquinto sinal vitcliN. O unovo~ 5inal vital que nparec:e 
com mais frequência é a avaliação quantitativa de 
dor pelo pildente. Alguns pesquisadores relatam a 
necessidade da verificação sistemática em todos os 
pacientes hospitaliudos dos niveis de dor por 
autoavalia~3o, tipicamente pontuados, segundo 
uma escala de O a 10 (ver Figura 7).1"''1 
Na maioria das vezes, a dor acarreta limitação 
de movimentos, portanto, a tosse efetiva, a respira· 
ç:io profunda e ns mudanças de posição estar3o res· 
tJitas.1-3-IZ.II<.J7 
Os pacientes tendem 11 n3o ignorar a dor torki· 
c:a, a menos que elcl tenha um padrJo familiar e 
o 
~r-r-+-+-+-+-;-~ 
i 
Figura 7 Esc.alcl visual analógic.1 dcl dor (EVA) 
15 
recorrente. Desse modo, os pacientes ir3o procurar 
orientaç.'io médica pela dor torácica com mais pro-
babilidade que pela tosse crônica c produç, o de 
seaeção, especialmente quando a tosse e a secreção 
ocorrem em pacientes que fumam.'"-'1." 
A dor de origem respiratória pode ser originária 
da pleura parietal e da estimulac;3o da mucosa da 
traqueia e brõnqujo principal. O parênquima puJ· 
monar e a plcura víscera! s3o lnscnsrvcls à dor. 
Entretanto, os processos inflamatórios nas regiões 
periféricas do pulmão que envolvem a pleura visce-
raJ sobrcjac:entc, gcralmcn te, levam à dor pelo cnvol· 
vimento da pleura parietal adjacentc.• ·s.u.ao 
Os métodos diretos de controle da dor incluem 
modalidades de calor, corrente i.ntcnerencial, esti· 
mulac;ão nervosa elétrica tra.nscutãnea, acupuntura_ 
terapia manual, entre outros. O conhecimento do 
controle da dor (as drogas c scw. inlcios/durac;/lo da 
ação, via de admlnistrac;ão) é necessArlo de maneira 
que o tratamento possa ser aplicado quando o con-
trole da dor for ótimo.'"1Z.1& 
Balanço hidrico e edema 
Balanço hldrico 
Os valores normais da água nos diversos com· 
partimentos variam consideravelmente em func;lo 
da estrutura corporal (mais tecido musculclr ou adi· 
poso), do peso c do SClCO, cmboril sun distribuiç:io 
nesses compartimentos seja relativa e constante para 
o mesmo individuo em condições normais. Em 
média, a água constitui 60% do peso de indivlduos 
jovens do sexo masculino, e 50'J1, no sexo feminino. 
Considera-se como normal uma variação de ± 15% 
para ambos os sexos. A águo corporal pode ser divi-
dida em dois grandes compartimentos, o intraC'clu-
Jar e o extracelular. O compartimento extracelular 
pode o inda ser dividido em intravascular e intersti· 
cial. constituindo um conjunto de tres compartimen· 
tos funciona.is.14 
As difercnc;ns na composição eletroHticn do 
intravasculclr e do interstkio devem-se à diferença 
na concentração de proteinas, mas para fins práticos 
n3o são considerados. A concentrnção total de lons 
Intracelulares tnmbém é mnlor do que a extracclular. 
mas este fato não se traduz em desequillbrio osmóti-
co porque a concentraç3o dos lons ~ expressa inde-
pendentemente da atividade osmótica c, provavel· 
mente, alguns cátions se encontram em forma não _., ___ , d ~ 
~a a. 
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16 
As diferenças na composição intra e extra celular 
são mantidas pela membrana celulílr, que funciona 
como uma barreira 5emipcrmcável. A mcmbra.n.1 
c:eluJar é completamente permeável à água, fazendo 
com que a pressão osmótica efetiva nos dois com-
partimentos sej.'l considerada i.gunl, ou seja, a ógua é 
distribu!da entre o intra e o extraceluJar de modo a 
manter o equillbrio osmótico. Como o sóruo é o 
maJor dct~Lnante da osmolaridndc extracelular, 
as alterações em sua concentração é que causarão, de 
modo ma.ls importante, a re.distríbuição de água 
entre este compnrtimcnto c o intrncclular.'·'·' 
As diferenças na composição do intravascular e 
do interstício, como foi dito, decorre da concentra-
çJo das protefnas plasmáticas que também desem-
penham papel importante na dir\Amica dos fluidos 
entreesses compartimentos, por exen:erem um sig-
nificativo gradiente coloido-oncótico por melo do 
endotélío capílar.•-1.• 
Esses compartimentos podem sofrer alterações 
em ~M:US volumes, concentrnção ou composic;llo. 
A sobrecarga da circulação pulmonar foi apon· 
tada como causa importante de sobrecarga pulmo-
nar no perfodo pós-<>pcratório, relacionado com as 
alterações da pressão coloido-osmótica do plasma e 
alterações das substâncias tensoativas.•.u 
Edema 
O edema é o excesso de liquido acumulado no 
espac;o intersticial ou no interior das próprias células 
e pode ocorrer em qualquer local do organismo. 
A investigação 5emiológic;a do edema tem início 
na anamnese, quando se indaga sobre o tempo de 
duração, a localização e a evolução.1.J.9 
No exame ffsico, completa-l.c a análise, investi-
gando-se alguns parlmctros, como localiz..1c;. o c dis-
tribuição, intensidade, consistência, temperatura, sen-
sibilidade e outras alterações da pele drcunjacente.14 
Fisiopatologia e causas de edema 
Cumpre relembrar as forças que atuam no nível 
dos capilares, regulando a passagem de água e de 
elctrólitos de um compartimento para outro, como a 
press.'o hldrostátlca, a prcss.'\o oncótica das protel-
nas, a permeabilidade da parede capilar, a osmola-
ridadc intra e extra vascular e o fluxo linlático.•~ 
A outra fase do raciodnlo que leva~ compreen· 
são do edema é quando se procura relacionar a causa 
com o mecanismo de sua forma~lio. As principais 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
causas podem ser: sfndrome nefrftica, sfndrome 
nefrótica, pielone.frite, insuficiência c:ard(aca, cirrose 
hepática, desnutri~o protela, fenômenos angioncu-
róticos (edema alérgico), gravidez, toxemia gravfdi-
ca, período pré-menstrual e uso de medica.mentos . ...u 
Palpação 
Na palpaç3o, utlll.u•se o sentido do tato para a 
exploração do compartimento toraco abdominal 
externamente e internamente. Entre seus objetivos 
cstJo a pesquisa da integridade de partes moles da 
parede torácica, a expa.nsibilidade torácica, o tônus 
muscular, a presença de enfisema subcutâneo, entre 
outros.'"'-'·'~.,. 
Para investigac;lo semlol6gica da mUSC\Ilatura, 
empregam-se a inspeção e a palpação. Todos os gru· 
JXb musculan.-s dL-vem ser examlnadOli. Exbte.m 
doenças que comprometem a musculatura de modo 
generalizado, mas algumas acometem apenas mús-
culos isolados ou grupos mu5C\1Lucs.'..,... 
Para a inspeção, não se exige técnica especial, 
basta olhar atentamente a superfície corporal com o 
paciente em repouso. observando o relevo das mas-
sas musculares mais volumosas. A palpaçllo é feita 
com as polpas dig.itais colocadas em forma de pinça, 
com o polegar em oponência aos demais dedos.•-u 
De infdo, palpa-se o músculo ou grupo mUSC\1-
Iar em estado de repouso e, a seguir, solicita-se ao 
paciente que fuc;a uma leve contra~ão do segmento 
que está em exame para se investigar o músculo em 
estado de contrac;ão.•-u. 
Assim procedendo, conseguem-se inforrnac;ôes 
sobre a trofiddade e a toniddade. 
Essen<ialmente,trofiddadecorrespondeàmassa 
do próprio músculo, enquanto tonicldade é o estado 
de semlcontrac;lio própria do m\isculo normal.'..,.. 
Sinopse semio/ógica 
Quanto à trofiddade, pode-se classificar em: 
• Musculatura normal. 
• Musculatura hipertrófica: aumento da massa 
muscular. 
• Musculatura hipotróflca: dtminulçJo da massa 
muscular. 
Quanto li tonicidade, pode-se classificar em: 
• Tõnus normoJ. 
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• Hipertoniddade (espastiddade ou rigidez). No-
ta-se um estado de contração ou semicontração 
do músculo, mesmo em repouso, evidenciado 
pelo relevo muscular e aumento da ronsistênda 
à palpação. 
• Hípotonicidnde ou l1.1ddv:. Signitaa que o tônus 
está diminuído ou ausente, rom perda do rontomo 
da massa muscul.lr e diminuição da ronsistência. 
As alterações encontradas devem ser descritas 
topograficamente. 
Enfisema subcutâneo 
A presença de bolhas de ar dcbil ixo da pele rece-
be a denominação de enfisema subcutâneo. A técní-
ca para reconhecê-lo é a palpaç.'io, deslizando-se a 
m3o sobre a n.-gl~o suspeita. A p~nça de bolluu. de 
ar dará ao examinador uma sensação de crepitação 
muito característica. O ar pode ser procedente do 
tórax, em dccorri!ncia de um pneumotórnx, ou ter 
origem em processo local por ação de bactérias pro-
dutoras de ~· Isso é o que ocorre nas gangrenas 
gasosas. •-1 
Percussão 
Ao se percutir rorpos rom densidades dífu. 
rentes, estes produzem sons diferentes, e servem 
romo método de avaliaçilo do rontcúdo dn caiJta 
torádca. Deve ser usada a técnica de perc:uss3o 
dígito-digital A m3o que percute deve ser a mais 
"'bil, sendo o d1.'<lo pcrcursor o terceiro quirodáct.ilo 
da milo hábil, sobre o segundo ou tem!iro dedo da 
m3o menos hábil, colocado em rontato rom o tórax, 
pelas falanges distais, perpendicularmente ao maior 
eixo do rorpo, mantendo-se os outros dedos afasta-
dos. O examinador pode adotar outras formas de 
obter o som dnro pulmonar que não neces5il.riamente 
a descrita, podendo US3r o dedo que melhor ron-
vier.1 .. 
é importante salientar que a pcrc:uss3o torácica 
atinge, no máximo, 5 cmH,Q abaixo da área de per-
cussão e, portanto, localiza apenas lesões situadas 
até esse nfvel.'..,,,.,..,. 
Quatro sons s3o deflnidos pela pcrcuss.1o torá· 
àca: 
• Som claro pulmonar (som cL1ro ntimp.lnlco): ob-
tido da percussão dos campos pulmonares nor-
mais. 
17 
• Som timpânico; produzido quando existe uma 
quantidade de ar aumentada no parênquima pul-
monar, romo em enfisema pulmonar, crise aguda 
de asma, cistos aéreos e cavidades superficiais do 
parinquima vazias, ou na caixa torádca (pneu-
motórax). 
• Som submadço: obtido quando se percute parên-
quima pulmonar rom densidade aumentada e 
rom dimlnuiçllo de quantidade de ar, romo ocor-
re em pneumonia, lesões tumorais periféricas, in-
farto pulmonar etc. Nessas rondições, os espa~ 
alveolares estilo ocupados por líquido inflamató-
rio ou sangue que, ao serem ~rcutidos, emitem 
esse som submaciço característico. 
• Som maciço: obtido qunndo e'!Ciste lfquido inter-
posto entre o p~uima pulmonar e a parede to-
rácica, romo em derrames pleurais. Os derrames 
pleuraís apn.-sentam também o sinal de Signorclli 
(percuss3o das apófises espinhosas da rol una ver-
tebraO, produzindo um som maciço até 2 em ad-
mn do nfvcl do dcrr.~mc. Para verificar esse sinal, 
coloca-se o padente na posiçl!O sentada, percu-
tem-se ambos os bemitórax, localiza-se a zona de 
transiçoo entre som claro pulmonar e som maci-
ço. marca-se o local dessa transiç~o e, por óltimo, 
percuntem-se as apófises espinhosas da coluna 
vertebral. Na zona de transição do som claro pul· 
monar para o maciço, está localizado o derrame 
pleural Esse sinal costuma ser pesquisado quan-
do se suspeita de derrames plcumis pequenos ou 
derrame pleural infra pulmonar. A pemJSSilo torá-
cica não é uniforme. Deve-se saber que, ao se per-
cutir n rcg;Jo n partir do quinto ou sexto cspa~ 
interco5tais direitos, obtém-se um som madço, 
que c.'011esponde ao parênquima hepátiro (maà-
cez hepática). Ao se percutir a r~.'gião epigástrica, 
obtém-se um som tlmpt'\nlc:o, que rorresponde à 
bolsa gasosa do estômago (zona de Trnube). 
O coração, em rondiçõcs normais, entra em ron-
tato rom a parede torácica pela região do ictus cordis, 
em que se obtém um som maciço à percussão. O 
ventrlculo direito é a parte mnís an terior do roraç3o 
em relac;lio à parede torádca, é recoberto por parên-
quimn pulmonar e pode originar um som submad· 
ço, mas, geralmente, a pcrcussJo dessa Arca mostra 
um som claro pulmonar. Na presença de túpertrofia 
ventricular direita ou derrame pcricárdico, esse som 
pode al terar-se para maciço na regUlo da árcn precor-
dial. A percussão da área cardíaca está reladonada 
rom o tamanho do roração.•«~• 
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Tosse 
A tO!- f um refle-<o que tltiste no ser hum.~no 
para expehr muco e materiais aspirados da árvore 
traqueobrOnqwca e dos pulmões. A tosse normal f 
aaon;~da 16 no momento em que um.t aublit3nda 
irritante estimula os tecidos sensíveis. A tosse anor-
mal~ um sintoma de doença em que algum estímulo 
provoc.1 uma resposta patológica. Muitas vetes, ~' 
tosse patológica não serve para proteger as vias res-
p~ntórias e, portanto, é um simples sintoma.1-4.7 1t~ 
O rellexodatosliesedá em etapas. Nomrdo, ocor-
re tnSpiraçlo rápida e profunda. Logo 1 seguir, a gklce 
é fechada e a pressão intrapleural sobe 1 aproxinlada-
mmte lOO crnHp, por causa d.1l contraçjod01 mua.cu-
los expint6nos. Por volta de 0,2 segundo d~ a 
gJote é aboQ. acarretando um fluxo de ar cxpiratório 
turbulento O fluxo m.1xlmo lr'ilZ consigo um.t alta 
velocidade ltnear de gás, importante para expehr as 
~ Essas velocidades altas de mol«ulas de ar 
tam~m fa74!m os tecidos respiratórios VJbmrem, pro-
dwindo o som camcteristico da t:o6se.•.v.tt .. 
Aspectos importantes relativos A tosse sllo sua 
efetividade e se é produtiva ou seca.• .. •u 
Expectoração 
A expectoraçlo f a elimin.lç3o, pela tosse, de 
material contido no interior da árvore brônqwca. 
Em um adulto normal, aproxitnildamcnte 100 ml.dt 
S«Je(:IO traqueobrônquica $lo prodw1dos diaria· 
mente e eliminados subconsàentemente. O escarro é 
o excesso de secrcç.lo tmquoobrOnquica que 6 eUml· 
nado pclaJ vias aéreas pela tosse. Os constituintes da 
cxpectoraçJo sllo extremamente variáveis, podendo 
conter muco, detntos celulares, mJcrorganl m01, 
sangue e partfculas estranhas.' u.e 
Nas bronquites e bronquiectasias, ~ elimina· 
dot muco e pu!l; no edema agudo do pulmJo, lfqu•-
do seroso ou hel110f'lig~co que foi antenormente 
transudato pua o alvéolo. •-v.w. 
Com &o, devem ser observadas nas expcctora· 
~ 
• Quantidade: depende de fatores como a naturcz.1 
e a cvoluç:lo dn lcsllo. Assim, a expectori1çllo lm· 
ci<ll dos processos agudos (bronquites e pneumo-
nia!!) é m(nima, e só lM! tom~ abundante no edema 
agudo de pulmlo, nas bronqwectasias das supu-
ra~ pulmonares e em outros processos, poden-
do atingu 1.000 mL em 24 horas. 
O AIC DA flSIOTERAI'IA RtSPIRATÓIUA 
• VISCOSidade: depende da quantidade de muco e 
albumina contida no esputo. Reco~ quan-
do a expcctor.lç.: o adere fortemente t parede do 
recipiente que a cont~. 
• Colorac;ão: depende também de vári<ls fatores 
s.1ngue, conteúdo de muco, células de descama-
ção dos epitélios, derivados da hemoglobina, 
subst~ncias aspiradas do exterior e eliminadas 
pela exp«tor,u;.lo (carvllo, poeiras etc.). 
• Odor: como se nota em processo de putrefaç:lo, o 
odor em cavidades intrapulmonares ou brônqui-
cas, em scnt é ftt•do. 
CUidados com monitores e aparatos 
Vias aéreas artificiais 
O fl~ioterapcuta re.piratóno que trllbalha com 
pacientes que necessitam de vias aéreas artificiais 
tem responsabUidade fundamental no cuidado e na 
rnanutenç.lo delas. Essa rcsponsabllldade vai dC!Kic 
a rnanutençlo de sua permeabilidade até os cuida-
dos com seu posicionamento, avaliação de sua 
necessidade e, fmalmente, de su. retirada 
Tipos de vias aéreas artificiais 
A via aésea artifi<ial coi\Sble na ~ por ,;a 
nasal oral ou transtraqueal de um tubo que permite a 
passagem d01 gnJCS raplriltónos. Protege os pu!· 
mões da aspiração de contcudo de seoe;&s gástri-
cas, previne a insuflação g.istrlca, permite a aspiração 
din.>t.1 de~ e admJnlstraçlo de mcdacamentos. 
Tubos endotr<'queais: o tubo endotraqueal 
padrão possui na face lateral a indicação de diâme-
tro e a distlnda medida (em centímetros) a partir da 
extremidade inferior para a correta adequac;3o ao 
paciente e o correto posicionamento. Tubos com 
tamanhos c1iferentcs sJo adapUvei!l b dimens6es 
das vias aéreas dos paoentcs, de acordo com a faJXa 
etária, o gênero e o tamanho (\'er Tabela 6).'" 
A confirmação cb altura do tubo é mwto impor-
tante para garantir utN venbbç~o adequada, des-
cartar o risco de uma intubaçJo seletiva ou extuba-
çJo acidental e a moYllnt!ntac;Jo do tubo no interior 
da tmqucia. No aspecto clfnlco, rccomenda·se, lni· 
cialmente, a visualização de movimentos e a auscul-
ta de rufdos resplnt6rios, de forma simétrica, em 
ambos herrutórax. 
A extremidade diStai do tubo deve estar situada 
ceca de 4 a 6 em acima d.1l canna ou entre T2 e T4 . .,. 
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T•la 6 CaLbrt> dt> tubos t>ndotraqUI!ais em ll!~D a 
gênero. idade e altura dt fiXéiÇao 
G~nero e Idade Calibre do tubo Altura de floçlo 
Homens adultos 8,0-9,5 mm 22- 25 em 
Mulheres adultas 
Crianças 
(3-12 anos) 
hWs 
7.0-8.0 mm 
4,5-7,0 mm 
2.5-3,5 mm 
2()-23 em 
As formas de fixação do tubo são de tn1s tipos; 
o esparadrapo é muito usado em p«<iatria c durante 
o ato cirúrgico, porém pode ser contraindicado eUl 
casos de excesso de oleosídade e alergia. O ca~ 
de tecido é o mais comum potra pacientes que per-
manecem eUl ventilação mednica por um tempo 
prolongado, por~ o lóbulo da orelha e as áreas da 
face em contato com o cadal\0 devem ser protegidos 
potra se evitar lesllo cutl!nea. E, recentemente, swgi-
ram os arreios de tubo, que são fixadores de tecido 
m.1cio c com vclcro, porém INIS caros e pouco dis· 
poníveis na maioria dos serviços.'"" 
Traqueostomia 
O termo traqueostomia refere-se a uma abertura 
altcmal:lva e a uma extcrioriz.aç3o da luz lraqueal, 
que deve ser realizada em sltua(Õe:S espcdflcas 
quando o paciente apresentar nece$Sidade de manu-
tenç5o de via aérea artificial por tempo prolongado, 
ou em situa(Õe:S agudas que contraindiquem méto-
dos tradicionais de intubação. Apesar de ser indica-
da para alguns pacientes, a traqucostomía é um 
procedimento clnírgíco, portMito, sujeito às compli-
cac;ões que podem ser divididas em três categorias, 
de acordo com a fase em que ocorrem: intraopcrató-
rias, pós-operatórias e tardias da traqucostomia 
(relacionadas até 6 meses após a decanulac;ão)." 
No intraoperatóno, as hemorragias de grandes 
volumes ~o raras, exceto na lesJ.o da artéria inani-
mada, que pode ser fatal. A potrada card.iorrespírató-
ria pode acontecer e está relacionada ao rellexo 
vagaJ, à falha na obtenção de vias aéreas, ao pneu-
motórax hipertensivo e ao falso trajeto.-
No pós-operatório, hemorragias pequenas s3o 
comuns e podem ser facilmente contidas com curati-
vo compressivo. Sangramentos maiores indicam 
uma nova abordagem cirúrgica. As infecções da 
ferida silo comuns e medidas preventivas, como lim-
peza local e troca frequente de curativos, diminuem 
o risco. A obstrução da cânula por muco impactado 
19 
ou coágulos é outra complicação comum que pode 
ser minimizada com adequada higienização e umi-
diflcaç,,o dos gases inalados.'"' 
A cânula poderá migrar potra fora da luz tra-
queal e isso pode se tomar uma emergência se ocor-
rer nas primeiras 48 horas de pós-operatório, em que 
o estoma ainda não cicatrizou. As duas suturas de 
reparo da traqueia facilitam o reposicionamento 
Imediato. Em caso de extcrloriUiçJo da cJnula nesse 
perfodo, o médico deve ser requisitado imediata-
mente para que o neposicionamento seja feito com 
segurança c, caso isso nâo seja possível. o paciente 
deve ser prontamente intubado.l' 
A disfagía, que é a dificuldade em deglutir, é 
comum c est4 relnclonada a fatores mecânicos, como 
diminuição da elevaçl!o da laringe, compressão do 
esôfago pelo balonete, e a fatores neurofisiológicos 
como a dlminuiçJo da sensibilidade da laringe que 
leva à perda dos reflexos de proteção e seu fecha-
mento descoordenado. A consequência ma.is impor-
!.~ te dessa alteração é a aspiraçlo, portanto, a nutri-
ção por via oral em pacientes traqueostomizados 
com balonete insuflado não é recomendada. 21 
As complica(Õe:S inerentes ao periodo tardio 
esuo relacionadas ao seu uso prolongado, às cânu-
las excessivamente grandes e rígidas e à falta de 
controle com a presslo dobalonete. Dentre e las, as 
mais frequentes são a estenose traqueal e a traqueo-
malácia. O controle da pressão do b.1lonete em até 25 
cmH,O redu;,; a incidência dessas complicac;Qcs.1"".» 
A forma de fixação da <:Anula de traqueostomia, 
na maioria das vezes, é feita com cad31\0 de tecido 
ou com bandas de tecido macio, espuma c velcro. 
Qualquer que sejll o material, o importante é que o 
ajuste feito ao redor do pescoço seja suficiente potra 
manter o correto posicionamento da cânula sem cau-
sar desconforto. Uma regra pr.itíca l\ ajustar os cor-
dões, permitindo a passagem fácil de um dedo sob 
os mesmos em ambos os lados. 
O posicionamento correto é muito importante 
potra uma adequada ventilação e para se minimizar 
lesõe$ traqueais c do estoma. A ponta da cânula deve 
ficar cerca de 4 em acima de carina, e isso pode ser 
confirmado com radiografia de tórax. A su~o e 
os cuidados devem ser constantes, tanto pel.l equipe 
de enfermagem quanto de fisioterapia. O circuito do 
respirador é o maíor vilão em razão de seu ao peso e 
mau posicionamento. Ele deve ser posicionado para 
pcrmltJr o conforlo do paciente c evitar a trac;llo da 
cânula. Cuidados especiais deveul ser dispensados a 
pacientes agitados, com risco de exteriorização.l6.22 
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20 
Bafonete 
A pnncipal fun~o do balonete é selar as vias 
aéreas, evitando, assim, a aspiração de secreções da 
orofaringe para a traqueia, e assegurar que não ocor-
ra o escape de ar durante a ventilação com press3o 
positiva. 
Um aspecto fundamental no cuid.1do da via 
nérea artifici.ll é a mensurac;Ao c o ajuste da press3o 
do balonete, tendo como objetivo principal a manu-
ten<ão da pressão abaixo da pressão de perfusão 
apílar da mucosa traquent E$timn·se que pressões 
adma de 25 em~ O podem interromper o fluxo san-
guíneo da mucosa e causar lesão tecidual Poucas 
horas com pressões elevadas podem levar 11 isque-
mia, ulceração, necrose da mucosa traqueal, e.xposi· 
ção da cartilagem e, firullmente, à estenose cicatrici.1l 
da tmqucia. Outrn.s complicações que podem ocor-
rer sllo traqueomaláda e ffstula traq ueoesofágica. 17.».:2 
Existem vários aparelhos disponíveis para se 
medir a pressJo do balonete, geralmente CD librados 
em cmH,O e por um baixo custo. Recomenda-se 
insuflar o balonete com pressão núnima suficiente 
para evitar o escape de ar. Em condições normais, 
essa pressão gira em tomo de 20 cml-\0- No entan-
to, uma vedação satisfatória pode variar de acordo 
com o paciente, o tamanho do tubo e as condições de 
tratamento.".n Em caso de constataç.'lo da nccesslda· 
de de altas pressões para se conseguir a vedação, 
deve ser investigada a causa e a poss!vel resolução 
do problema. Se a causa estiver relacionada com o 
diâmetro anatômico da traq\leia do paciente, ou seja, 
se o diâmetro estiver pequeno para vedar a via a&ea 
do paciente, mesmo insuflado com seu volume 
máximo, recomenda-se, se possivcl, a troca da cânu-
la p.ua uma de calibre maior.n~ estiver relacionada 
com a necessidade de altas pre5SÕ4ls para impedir o 
vazamento, deve-se suspeitar de tra~eomaláda. 
Neste caso, é recomendado manter a menor press.lo 
com o menor vazamento possfvel. Em ventilação 
mecânica, a escolha por níveis baixos de pressão 
inspiratória e pressão expiratória positiva final 
CPEEP) diminui o escape de ar perltubular e n ne<."eS-
sidadc de maiores pressões no balonete. 
Incisão cirúrgica 
A incisiio na pele e em tecidos subjacentes é o 
me•o utilizado para acesso a um ou mais órg'os 
durante uma cirurgia, seja esta como forma de trata-
mento ou diagnóstico. A incisão cirúrgica é conside-
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
rada o fator de risco isolado mais significante para o 
desenvolvimento de complicações pulmonares. 
Uma lncis.lo cirúrgica no tórax ou abdome pode 
alterar a mecânica respiratória por meio de diferen-
tes mecanismos e alterar de forma significante a 
fun~o pulmonar; no entanto, a escolha da indsl!o 
deve ser a que permite fácil acesso ao órgão opera-
do, permitindo que as manobras necessirias aconte-
çam com segurança e minimizando a ocorri!nda de 
traurna.21 
As cirurgias abdominais altas e as torácicas (car-
dJacas ou n3o) promovem o maior lndice de compli· 
ações respiratórias. A3 complicações respiratórias 
são consideradas as maiores causas de morbidade 
no pós-operatório, aumentando o tempo de intema-
ç.io e os custos. As alterações na função dos múscu-
los respiratórios e do abdome acontecem peln perda 
da intl.'grldade causada pela incis3o cinlrglca, pelo 
uso de bloqueadores neuromusculares durante a 
anestesia (que interfere na contração muscular por 
longo pcrlodo) ou pelo uso de sedativos. Esses 
mecanismos diminuem o desempenho da função 
desses mÚSOllos, seja durante o ato inspiratório, seja 
para promover a estabilização da caixa torácica e do 
abdome e no auxflio da higiene brônquica com a 
tosse. Quanto mais próximo do diafragma for a inci-
wo cirúrgica, maJor o grau de disfunçl\o dl$tC mús-
culo. 
A dor originada do procedimento cirúrgico 
associ<lda ao estimulo nocíccptivo da incisiio cirúrgi· 
ca também contribui para um maior número de 
mortalidade e morbidade no pós-operatório, pois 
interfere na efetividade da tosse, na manutenção de 
um padrão respiratório adequado c na imobilizac;Ao 
prolongada no leito. 
Com a evolução e o aperfeiçoamento das tC'Cni· 
cas cirúrgicas, as cirurgias com menor incisão e 
menos invasivas, feitas por meio de videoscopia, 
têm sido uma melhor opçllo para alguns pacientes 
porque, além do fator estético, contribuem para 
menor trauma cirúrgico, menor dor no pós-operató-
rio e, portanto, com menor uso de analgésicos, 
levando a um menor fndic:e de desenvolvimento de 
complicações respiratórias.z• 
Dispositivos de diálise 
A diálise é um procedimento que remove o 
excesso de fluidos e de produtos tóxicos do metabo-
lismo. As duas formas principais de diálise são: a 
hemodiálise e a diálise peritoneal. A diMise é geral-
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mente prescrita para pacientes com perda da função 
renal decorrente de insuficiência renal aguda ou 
crõnlcn. Tam~m é emprcglldll ocnsionnlmente na 
remoc;!lo de drogas ingeridas e outras toxinas em 
pacientes com função renal normal.n 
Diálise é um proc:esso flsiaKtuítnko pelo qual 
duas soluções separadas por uma membrana semi-
permeável influenciam na composição uma da 
outra. A hemodiálise é um processo de tnnsfcrêncla 
de massa entre o sangue e o Uquido de diálise, 
modulado por uma membrana semipermeável arti-
ficial; já na diálise pcritoncal. esse transporte de 
solutos se dá por meio do peritõnio. 
A escolha da modalidade terapêutica está entre 
11 hemodiálise, diálise pcritoneal e tratamentos dialf· 
tiros contínuos lentos. 
A hemodiálise convencional é a mais comum 
tanto para insuficiência renal aguda como c:r6nica. 
Porém, como é empregadn em sessões diárias com 
duração de, no máximo, 4 horas, a remoção rápida 
do Jrquido é frequentemente mnl tolerada por 
pacientes muito graves em uma unidade de terapia 
intensiva.-
A diálise peritoneal é raramente usada para tra· 
lar a insulidênda renal aguda, a menos que um 
cateter com cuff tenha sido implantado no peritõnio 
anteriormente. A pesar de ter um oitavo da eficiência 
da hemodíállse, pode ser aplicada continuamente, 
promovendo uma alteração gradual nos solutos san· 
guJncos c no Jrquldo corporal c tomado-a uma 
opçllo atrativa para pacientes hemodinamlcamente 
instáveis.» 
Os procedimentos contlnuos lentos oferecem 
uma altera~o gradual na composiçllo de solutos 
plasmáticos e uma remoçllo gradual do excesso de 
Uquido, mantendo maior estabilidade hcmodi· 
n!mlca. Porém, exigem equipe de enfermagem trei· 
nada e monitorização contínua do circuito extracor· 
póreo por medidas de segurnnça para evitar 
problemas com a d1sfun~ão e a coagulaçftodos 
cateteres, além de alto custo. N 
Os avanços em vários aspectos da tecnologia 
em diá lise têm resultado em significativas reduções 
nas complicações, porém elas ainda ocorrem. O cui-
dado a esses pacientes exige profissionais treinados 
e portadores de conhecimento necessário para solu-
cionar problemas e prevenir essas complicações. 
A complicaçllo mais comum no perlodo intra· 
dU1isc é a hlpotenslo, que é multlfatorial e m."lis 
frequente na hemodiálise convencional Pode ser 
evitada com um maior controle do peso seco (o peso 
21 
abaixo do qual o paciente em hemodiálise crônica 
apresenta hlpotensão ortostática).ZS 
A sfndromc do descquUfbrio dialftico pode 
ocorrer imediatamente após a diálise em decorrênàa 
da queda rápida de solutos plasmáticos, geralmente 
nas primeiras sess6es de diálise. Seus síntomas 
incluem dores de cabeça, náuseas, letargia, contra-
ções musculares e mal-estar, podendo chegar a con-
vu~-s c com.1 por edema cerebral. O controle da 
remoçl!o de solutos e a administração de rnanitol 
podem evitar o afluxo de água para o célebro, corri-
gindo esse problcrna.au< 
Outras complicaç()es inerentes ao período dialf-
tico íncluem hlpoxemia, arritmias, sangra.mentos, 
dor torácica, cefaleias, náuseas, vômitos, prurido, 
febre, calafrios, hemólise e cãibras musculares. 
Cuidados simples, como a correta higicni:r.ação 
dib mllos e o uso de luvas, diminuem o risco de 
infeo;ões. A manuten~o do alinhamento corporal e 
as articulações em posição neutra são fatores impor-
t.~tes pilra evitar lndonamento, exteriorização ou 
acotovelamento do cateter, diminuição do fluxo da 
máquina., além de proporcionar maior conforto para 
o paciente.» 
A fisioterapia pode ser realizada dunnte o 
período de hemodiálise em pacientes agudos e, prin-
cipalmente, em cr6nicos. Porém, em pacientt.>s Instá-
veis, é aconselhável que sejam mobllizados o mJni. 
mo possíveL A mudança de decúbito deve ser 
evitado em pacientes instáveis ou que este~1m com 
risco de instabilidade em unidades de tratamento 
intensivo.» 
A mobUizaç3o articular e o alongamento s.\o 
excelentes para diminuição de clibras e dores mus-
culares, muito comuns em pacientes crônicos. 
Porém, o membro portador da ffstula artcriovenosa 
ou próximo ao acesso vascular deve ser poupado de 
movimentos, sendo estes permitidos somente na 
extremidade.» 
Nos pacientes que estilo sendo submetidos à 
diálise íntermitente, tanto a fisioterapia respiratória 
quanto a motora podem ser realiuldas ao respeitar 
as limitações intrin5«3S de cada paciente, seja no 
ambiente hospitalar, ambulatorial ou domiciliar. 
Sondas e suporte nutricional 
A sondagem nasog~strica refere-se à inserção de 
um.1 sonda pl~stlca fle)(!vcl através da naso(aringe 
até o estômago (aproximadamente 90 em), utilizada 
frequentemente para drenagem ou la vagem gástrica. 
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22 
Utiliza-se o termo sondagem orogástrica se a sonda 
for inserida atnlVés da orofaringe. 
Esse tipo de sondagem ê indicado com finalida· 
de diagnóstica e terapêutica. frequentemente para 
descomp~o estomacal pela ~moçiio de líquidos 
e gi\.ses, após cirurgias ou eventos tralliNLicos, para 
lavagem da cavidade, administração de medicamen-
tos e alimentos.'6.l7 
A sondagem entcra I (naso ou oro) refere-se A 
inserçllo de uma sonda de silicone ou poliuretano 
com peso na extremidade até o estômago (90 em), 
até o duodeno (110 em) ou ainda até o jcjuno (120 
an). ~indicada para alimentação enteral e manuten· 
c;ão da ingestão nutricional. 27 
O processo de recupera~lo de um estado enfer-
mo, al~ de todos os aparatos e cuidados gerais, 
começa por um adequado suporte nutricional. Além 
da dt.'Snutric;Jo, inanic;Jo c obesidade, outros probk-. 
mas podem comprometer o que chamamos de 
suporte nutricional adequado. En~ eles, destacam-
-se: a dispcpsia, que é a inc<lpacidadc do orgllnismo 
processar e digerir o alimento; a anorexia, que é a 
perda do apetite; a náusea; e o vômito.IUI 
O suporte nutricional se divide em três tipos: 
• Dieta oral: é a via fisiológica e ideal de introdução 
de nutrientl'S. 
• Dieta enteral: é a admlnlstra(ão de nutrientes no 
trato gastrointestinal utilizando-se sondas naso 
(oro) entéric.1s, naso (oro) gástricas, estomacais 
ou ostomlas (jcjuno e gastro). 
• Dieta parenteral: é a administração de suporte 
nutridonal por uma via central ou periférica. DJ. 
-se p~fer\!ncia à veia central em casos de nutri~Jo 
parenteral prolongada. 
A lonna de adminlstrac;.lo da dleta entcral pode 
ser intermitente ou contínua. A forma intermitente é 
feita por gotejamento por ac;llo da gravidade. A 
forma contínua é feita por bomba de inlusJo c, geral· 
mente, é mais tolerada pelos pacientes. A dieta 
parenteral é feita somente de forma contínua. 
As complica~ geralmente ~o decomnles da 
manipulação inadequada, do mau posicionamento 
ou da manutenção prolongada da sonda. Solo compli· 
cac;&'s relacionadas: soluços, nJusens e vômitos, eso-
fagite de refluxo, regurgitação com aspiração para 
árvore brônquica, sinusite, csofagite, ffstula esofago-
traqucal, ulc:erac;llo gástrica e inloo;ão oral c pulmonar. 
O controle do posicionamento da sonda e a admi· 
nistrac;ão de dieta é fun~ão da equipe de enfermagem. 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Porém. cabe também ao fisioterapeuta identificar 
possíveis irregularidades para que as devidas provi· 
dências sejam tomadilS e o padente se~1 t:ratado.27 
Durante a administração de dieta enteral. o 
p;Kiente deve ser mantido em decúbito elevado 
adma de 30·, podendo inclusive ser colocado em 
decúbito lateral. No caso de padentes com necessi-
dade de posi~o prona para melhora da troca gaso-
sa. a dieta enteral dcwrá ser suspensa durante o 
perfodo desse posidonamento e reinidada após a 
volta para o decúbito dorsal.~ 
Drenagem torácica 
A drenagem da pleurll, do peric.ird io e do 
mediastino consiste em via efidente para o esvazia-
mento de rol~ anômalas nessas cavidades conti· 
dru. (ver Figura 8). á um procedimento dilcrente de 
uma punção simples, pois visa promover a saída 
contínua de coleções Uquidas ou gasosas, enquanto 
se controla a causa básica. Para i"SS, é n~'\ria a 
colocação de um dreno que estabeleça comunicação 
en~ a cavidade e o exterior.21 
A drenagem pode ser aberta ou fechada, sendo 
que, no primeiro caso. o dreno permite a comunica· 
c;ão com a atmosfera. No caso de drenagem pleural 
aberta, essa técnic<l pode !>Cr usada somente em ca~ 
de emplema crOnJco, em que já existem aderi!ncias 
en~ as pleuras parietal e visceral. Em condições 
comuns de drenagem de tórax, utill.za·se o sistema 
fechado, em que o deslocamento só ocom de dentro 
para fora em decorrência do mecanismo de válvula 
que se obtém interpondo uma coluna de água entre 
a cavidade pleural e a atmosfera. Esse sistema impe-
Figura 8 Dren.gem do tórax. m«<aastlno e penc.1tdio. 
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de que a pressão pleural iguale-se à pressão atmos-
féric:<~, evitando, assim, o colapso pulmonar por 
recolhimento elástico.• 
Os cuidados, tanto na avaliaçJo quanto no tra-
tamento de indivíduos com drenagem toricica, vão 
desde alençlo no próprio pndente até aos dispositi-
vos de drenagem pnra se evitar acidentes e possíveis 
complicações.'..,. 
A dor local, principalmente relacionada aos 
movimentos respiratórios, é muito comum e é uma 
das principais causas de imobilidade, repressllo da 
tosse c má ventilnçlo, podendo levar a atelcctasi.u. 
Portanto, o controle da dor é fundamental para que 
o pnciente consiga realiz.ar a expansão toracopuJmo. 
nar adequada. Caso o paciente refira dificuldade 
pnra respirar ou apresente respiração superficial, é 
aconselhável que o fisioterapeuta discuta com o 
médico re.pons.'\vel a possibilidade de melhorar a 
analgesla antes mesmo de propor qualquer tipo de 
conduta. 
Em situações em queo paciente j.i está rcccbcn· 
do adequada medicação para dor e, mesmo assim, 
tem dificuldade para realizar a expansão torácica, o 
fisioterapeuta deve propor uma conduta que evite o 
aumento da dor. ~ necessário verificar se a posição 
do paciente não está interferindo na drenagem ou 
provocando dor.• 
Em casos de a~cia de dor, nllo existem restri-
ções importantes quanto às técnicas usadas para 
higiene e expan$1\o, porem o flsíotcrilpeuta deve 
estar atento pilrll outras complicações.• 
Ainda em relação ao paciente, observar a expan-
5ibilidade do tórax. a percu~o e o padrJo respira· 
tório, pois o sistema pode estar obstruído e a drena· 
gem prejudicada. Por exemplo, em situações de 
pneumot6raJC mal drenado, pode ser observada uma 
dimlnulçlo dos movimentos respiratórios do lado 
acometido, hipertlmpanismo à percussão e dilicul· 
dade respiratória ou respiraçlo superficial c rápida. 
A presenÇil de enfisema subcut!noo pode ser 
um sinal de falha no sistema de drenagem ou exte-
riorização do dreno com exposição de um dos oriff· 
dos, o que provoca infiltrac;Ao de ar para o tecido 
subcutâneo e plano muscular. Se este sinal for obser-
vado, o fi ioterapcuta deve se certificar se o médico 
responsável já está dente. A fisioterapia deve ser 
ad1tda até que o problema seja soludonado.19 
O fluxo do dreno pode ser obstrufdo por flbrina, 
pus ou coágulos. A desobstrução pode ser feita por 
pressão digital ou ordenhagem e pode ser realizada 
pelo próprio fisioterapeuta. Além de obstruido, o 
23 
dreno pode estar torcido ou comprimido no nível da 
penetrilçào do tóra,x. 21 
Outra observac;Ao importante (: em relação ao 
sistema coletor. Este deve sempre ser mantido abai· 
x.o do nrvcl do t6raJC e não deve ser cbmpeado. O 
volume e o aspecto da drenagem devem ser contro-
lados pelas equipes que assistem o paciente pnra 
melhor avaliação da evolução clinica e possível 
remoc;. o do dreno.-
Orenagem de fluido inferior a 100 ml durante 24 
horas, alteração do aspecto do fluido (de sanguino-
lento para SCJ'OSS<lnguinolento), ausência de bolhas 
de ar, pulmões expandidos, melhora do padrão res-
piratório e ausência de oscilações no selo d'água do 
frasco coletor consistem nos pré-requisitos pnra a 
remoc;i!o do dreno.Wf 
Com a remoção, o local do dreno deve ser ocluí-
do com gazes L'Sií!n:.-is e adcsivtl!l>. O paciente dl"Ve 
ser adequadamente monitorizado quanto ao padrão 
respiratório e controle radiológico. Portanto, a fisio-
terapia somente poderá ser retomada caso não haja 
complicações com a retirada. 
Vias de atesso ao sistema vascular 
Acesso venoso central 
A maioria dos pacientes hospitalizados necessi-
ta de algum tipo de acesso venoso. Em geral, esses 
acessos podem ser periféricos ou centrilis, c silo con-
siderados um procedimento invasivo.22 
O acesso ao sistema venoso central ou profundo 
é feito por meio de um cateter inserido preferencial-
mente nas veias jugular interna ou sulxlávia e quan-
do a extremidade distai do cateter atinge a veia cava 
superior ou o átrio direito. A vantagem de utilizar 
esse tipo de acesso venoso é a obtenc;lo de níveis 
mais elevados e precoces de fánnacos nos grandes 
vasos e no coração. 
A veia femoral foi o primeiro 11cesso venoso 
central a ser utilizado. É indicada na parada cardior-
respiratória por deixar o tórax livre para as mano-
bras de reanimnc;3o, e por nAo apresentar riSC'OS de 
pneumot6raJC, mas deve ser evitada por períodos 
prolongados, pelo risco de contaminac;lo, trombose 
venosa c llmitac;~o da movlmentac:;llo do quad rU.• 
Outra formil de cateterização central é por fle-
botomia, que consiste em dissecção de uma veia 
periférica e introduçlo de um cateter em seu Interior. 
geralmente no membro superior. A flebotomia é con· 
siderada uma técnica rápida e segura, entretanto 
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exige treinamento. Esse procedimento é indicado 
somente quando há dificuldade ou falta de condi-
~ em pundonor uma veio periférica ou ncccssida· 
de de drogas vasoativas sem acesso central. A regi-lo 
onde há a inserção do cateter da flebotomia deve ter 
os movimentos limitados, pois há risro de pe_rda do 
acesso venoso, e a troca do cateter é muito mais difi-
ól de ser realizada; mesmo assim, o conforto do 
paciente deve ~K:r preservado.• 
O adequado posicionamento do cateter deve ser 
feito por documentação radiológica, e sua fixação 
pode ser feita com fio de sutura entre o ca teter c a 
pele. Esses cateteres sJo utilizados para infundir 
medicamentos, como drogas vasoativas, nutrição 
parenteral prolongada (NPP); men urar variáveis 
hemodinlmicas, como a pressão venosa central 
(PVC); permitir a coleta de amostras de sangue; 
al~m de pennltir acesso venoso de maior calibre e 
uma via intravenosa mais segura.l 1 
Alguns cuidados com o acesso venoso devem 
ser adotados ao posicionar c mobiliznr o paciente no 
leito para se evitar acotovelamento, estiramento ou 
desconexão do cateter. Exercícios passivos e ativos 
de membros podem ser realizados sem restriç3o, 
porem, a mobilizaçJo das regiões cervical e do tron· 
co merecem maior atenção e cautela. A mudança de 
decúbito, inclusive a posição prona, pode ser rca· 
lizada desde que !\Ao haJa contralndicaçlo absoluta. 
A presença do cateter central isoladamente não con· 
siste em restrição dó! iltunçAo fisiotem~tica. 
Além dos cuidados durante a manipulação do 
paciente, deve-se observar se o cateter está correta-
mente fixado, se hoi inais de rnflamação locr1l, sem· 
pre conferindo se já foi realizada a radiograf'ta de 
controle após a passagem do cateter, pois, além de 
confirmar sua posição, pode sinalizar possrveis com-
plicações decorrentes do procecUmento, como pneu· 
motórax, hemotórax e hidrotórax. 
Acesso venoso periférico 
O aces&O venoso periférico é feito pela inserç3o 
de um dispositivo em veia periférica, em qualquer 
veia palpável ou visrvel; entretanto, as veias do ante-
braço c do dorso da m3o s.lo as mais acessíveis e 
permltcm melhor fixaç.lo. Outras veias utlUzadas 
são as veias jugular externa, safena e cefálica.32 
Por apresentarem m~nor risco relacionado à 
punç:lo do que as veias centrais, o acesso venoso 
periférico pode ser uma alternativa em situações 
dlnicas em que não existe a necessidade de moni~ 
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ramento de dados hemodlnâmicos e administração 
de d rogas vasoativas ou soluções hipertônicas. 
Durante a reanimação cardiopulmonar (RCP), o 
acesso venoso é o procedimento de escolha para 
punção venosa, devido à rapidez, facilidade e segu-
rança com que pode ser realizada. 
Existem vários tipos de cateteres para punção 
da veia periMrica e eles podem variar de tamanho, 
form..1to c tipo de material. Os mais comuns silo o 
cateter agulhado e o flexível. 0 A estabí..Uzaç.;o e a 
fixação na pele são feitas por meio de fita adesiva 
para curativo. O uso do acesso venoso periférico n.w 
conlralndica a movimentaç~o no leito, a mudança de 
decúbito, a drenagem posturaL a deambulação e a 
atividade física, porem. n3o é recomendada li pun-
ção de veias próximas às articulações, já que pode 
restringir os movimentos e causar desconforto ao 
paciente. A punçJo em membros com díminulç3o ou 
a~da de sensibilidade ou movimentação espon-
tânea também deve ser evitada. 
Os cuidados com Cite tipo de acesso 5.' o os mes-
mos que com o acesso venoso central. O uso do 
antebraço não dominante diminui a retirada aciden-
tal do cateter. 
Balão intra-aórtko (BIA) 
O balão lntra-aórtlco é um método de assist~­
cia circulatória poT contrapulsão indicado para 
pacientes com falência cardíaca e cin:ulatório. Con· 
siste de um cateter com balão na extremidade distal 
que é inserido pela aorta fernoral e posicionado na 
aorta torácica descendente, e a confirmação de seu 
posicionamento é feita por radiografia de tórax (ver 
Figura 9). Está indicado como tratamento coadju-
vante em pacienK'S com choque cardiogênico dCCOJ"o 
rente de várias situações, como infartoagudo do 
miocárdio e suas complicações, falência ventricular 
esquerda, pós-operatório de ciru.rgla card!aca, car-
diomiopatias, dcpress.lo miocárdica por fármllcos e 
baixo débito após cin:ulaçilo extracorpórea.' 
Seu mecanismo de funcionamento consiste na 
insuflaçllo do b.ll3o com gás hélio no momento da 
diástole, o que corresponde ao fechamento da vál vu-
la aórtica. Essa insuflação aumenta a pressão no 
Interior da aorta, aumentando o período da diástol~, 
o que favorece o fluxo retrógrado, e permitindo 
maior perfusJo coronariana. O esvaziamento ocorre 
no início da slstolc, pouco antes da nbcrtur.1 da vá I· 
vula aórtica, provocando diminuição da pressão 
intra·aórtica e da pós-carga, o que torna mais fáól a 
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F'tgura 9 Bel~ ontrêHióttJ<o. 
ejeção de sangue do venttículo esquerdo, diminuin-
do o trab.llho cardbco.» 
O equipamento que controla o enchimento e o 
esvaziamento do balão deve estar sincronizado a.o 
ciclo cardCaco, monitorando continuamente tanto o 
ciclo quanto a pressão arterial. A programac;Ao dos 
disparos para a insuflação do baJão é feita na onda R 
do traçado do clctrocard íograma, c o pico do enchi-
mento, na onda T. A deslnsuflac;llo ocorre antes do 
próximo complexo QRS (~fstole ventricular). É pos-
sível aíustar tamlX'ITl o modo do equipamento, con-
trolando a propor~o de batimentos cardfncos com 
enchimento do balão, e como o BIA é um suporte 
temporário:. circulac;Ao, a interrupc;llo da assistência 
circulatória deve ~ feita gradualmente, tanto pelo 
decréscimo da frequência das insuflações do balão 
por ciclo cardfaco quanto pela reduc;~o do volume 
de gás." 
Como a vía de acesso para a inserção do cateter 
é a artéria femoral, o membro deve permanecer em 
repouso, com quadnl e joelho em cxtensllo, para eví-
tar o deslocamento acidental. Exercícios ativos ou 
passivos da extremidade do membro são recomen-
dados para diminuiç!o da estase venosa e prevençllo 
de trombose venosa profunda (TVP), desde que a 
região de inserção do cateter permaneça imobilizada. 
A inspcç3o de pulso, temperatura, perfusfto e 
coloração do membro onde foi inserido o cateter 
deve ser feata rotineiramente. Presença de dor c com-
prometimento neurológico do membro pode Indicar 
isquemia. A elevação do leito deve ser menor do que 
45", a fim de evitar a diminuiç!o do fluxo sanguineo 
2S 
para o membro. A mudança de decúbito e a drena-
gem postura) estão contraindicadas pelo risco de 
provocar instabilidade hemodinlmica c perda aci-
dental do cateter. 
Em razão do longo período de imobilização, 
maior atenc;3o deve ser dada às p~Cncias 
ósseas para evitar o desenvolvimento de escaras. 
Pacientes estáveis e que já estejam em venlilac;Ao 
esponttlnca podem realizar cx~cios respiratórios, 
com o objetivo de prevenir o colnpso alveolar, pro-
vocados pelo padrão respiratório monótono decor-
rente da imobilidade no leito. A$ manobns manuais 
de higiene bronquica, como a percussão torácica e a 
vibrocompressão, devem ~ evítadas por risco de 
desencadear arritmias e sangrn.mento. Após a retira-
da do cateter, deve-se esperar 2 horas para o Wcio 
de movímentação do membro. 
Monitorização 
Especial atenção deve ser dada oos f.stort>s que 
comumente, em unidade de terapia intensiva (U11), 
podem restringir as variações de posição no leito e, 
a im, o exame físico toma-se mais cauteloso. 
Monitorização da pressão intracraniana (PIC) 
A pressão lntracranJana pode ser medida utili-
zando-se cateteres de fibra óptica ou de polictileno 
ou silicone preenchido com fluido e conectado a 
transdutores de pressão (ver Figura 1 0). Esses catete-
res poderão ~ posicionados em diferentes locais, 
como no espa~ intraventricular, intraparcnquima-
toso, subdural, sub.lra01oide e cxtradural. A monito-
rizac;ão ideal é a intraventricular, pois petnúte dre-
nagem de liquor parn controle da hjpcrte~o 
intracraniana e rccalibrac;ão do sistema com o cateter 
em posição. A segunda opção é a intraparenquima-
tosa.•cw 
Esses pacientes devem estar mternados em UTl, 
sendo mantidos sedados, posicionados oom a cabe-
ceira elevada de 30° a 45° e a cabec;a na linha média 
para que n~o haja comprometimento do retomo 
venoso, com consequente aumento da PIC ou redu-
c;Ao do fluxo sanguineo cerebral, culminando em 
diminulc;llo da perfusão cerebral. A classificn~llo dos 
valores da PIC pode ser visualiz.ada na Tabela 7. 
Para moni torizac;ão e controle corretos do 
paciente, o sistema deve permanecer calibrado com 
o nível zero na altura do meato acústico externo. 
Portanto, se houver necessidade de alterar a posi~llo 
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Tabela 7 C'-<fl(l(lo d.t press.\o nttacran~o~~~~ 
Presslo intracraniana 
s IOmmHg 
ll-20mmHg 
21....COmmHg 
>40mmHg 
Ctassificaçlo 
Normal 
Hlpertens.\o lnttacralllclna '-
Htperun$10 tnttacrmLantl 
~.cú 
Ht~ tn~ntl gr-
da cabeceira por qualquer motivo, o sistema dl!\--e 
~ rcpo iool'lóldo. Com bso, a mudança de decúbito 
pode ~r realu.nda com ~a, mas somente se 
for necessária. Em caso de PIC elevada, a recomen-
daç3o é que o pildcntc permaneça em dt"ct\blto dor-
sal e o fiSioterapia n!Spiratória somcnlc podl'rá ser 
realilada caso haja indicação, após diminuição dos 
n!veís de PIC p<~ra valores seguJ'OS. Nessii ituaçJo, a 
mobllia~çJo do paómte é contralndlcada ' , 
Manobras como a compressão toricica e a aspi-
raçJo traqueal podem aummtar ainda mais a PIC, 
portanto, somente slo indladas em case. em que a 
press.'lo se encontn em nfvei.s aceitos, ou seja, uúe-
nora 20 mmHg."-" Quando existe suspc:-•ta de com-
promctlmmto da vmt:tlaç!o por presença de S«re-
~ espessas, deve ser avaliado o custo-benefióo 
dess.1s manobras, ITl(!SrnO com nlvcis mais elevados 
de PIC. Esse é um momento em que n lntcraçllo com 
a equipe multidisciplinar é fundamental p<~ra que 
todas as providl!nóas necessúias SCJim tomadas 
par• cvllar o aumento dos d.1nos ~rebrais. TaiS 
medidas envolvem adequação da sedaçJo, adminis-
tração de diUYético osmótico e hipcrvcntilaçllo 
O AIC OA nSJOlEI\A"" WIIAATOIIIA 
Monrtorizaçlo da presslo de perfuslo cerebral 
(PPC) 
A pressão de perluslo cerebral é calculada pela 
fórmula: 
PPC • PAM - PIC 
em que PAM é n pres:..lo nrtmal média c PIC é a 
pressão int:racraniana. 
A PPC é um dos determinantes do fluxo sangu.!· 
neo cerebral (FSC), embora, em condi~ normaiS, a 
resistência nscular ~ral (RVO seja o prinópal 
detenninan.te do FSC (FSC .. PPC/RVO. Porém. a 
RVC nJo pode ser dlm.tmcnte monltori.ud• à boB 
doleito.-
Em paàentes com traUD\.ltismo cranioencetill-
co (TCB) gnve, 11 PPC deve ser monltonuda contl· 
nuamente. Para Isso, é neccssArio que, além da PJC. 
a monitorizilção invasiva da PAM seja realizada. 
Ou:ninuiç.\o da PPC por mols de 10 minutos é o sufi-
ciente para ocasionar lesôes secundárias, especial-
mente nos perfodos iniciais após o TCE. 
t aconselh.ivcl que • PPC M)l mantida acima de 
60 mmHg. Apesar de nJo haver comprovação de 
que esse cuidado por si só melhora o prognóstico, 
sabe-se que a hipotcnslo é um dos prinopais dcttt-
nunantes de mau prognóstico no paóente com TCE. 
Monitorizaçlo da saturaçlo venosa 
de oxig~nio do bulbo jugular (Sv]O) 
A inserç4o de um Gl lelcr no bulbo da veln jugu· 
lar interna é um proc::edimento indlc.1do para o 
paóente com sinais de hipcrtensllo intracraniana 
para monitori%ac;3o d.1 1111tur.Jçlo de oxig~nlo no 
bulbo jugular <SvjO,> e cálculo da extração cerebral 
de oxigênio (ECO,>, dada pela diferença entre .11 
saturação arterial de Olugi!niO <SaO,> e Sj02. UmA 
radiografi.J do cr3mo (perfil) deve confirmar a ponta 
do cateter acima do rebordo têmporo-occipilal infe-
rior, próximo l ma to1de, e com ~ intracra-
. lil.D.II ruana. 
A monitori.zação da Svj02 é comumente feita 
Intermitente (com g.uomctriaJ acriadas) ou contfnU.l 
(com cateter de fibra óliCll) para um grupo seleciona-do de p<tclentes. t um recurso que pode ajudar a 
direcionar o tratamento, principalmente nos casos 
de indicaçlo de hipt'I"Venlila(lo para controle da 
hipertensão intracra.rua.na. Nessas situa~, esta 
estrat~ é reconhecida como hiperventilação oti-
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mizada. A Svj02 deve ser mantida acima de 55~ e 
abaíxo de 75'Xo ou a EC0
1 
entre 24 e 42CA.1'-» 
Durante a realiuc;llo da fl$iotcrapia, além dos 
cuidados rom o cateter, é importante que o fisiote-
rapeuta tenha conhecimento necessário para inter-
pretar os valores obtidos e, juntamente rom a equi-
pe multidisciplinar, propor a tera~utíc:a mais 
adequada para cada paciente. Na interpreta~o dos 
resultados obtidos, Jembr.1r que os valores refletem 
o equilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, 
e não diretamente os valores de fluxo sanguíneo 
cerebral. 
cateterização da artéria pulmonar 
O cateter da artéria pulmonar foi introduzido 
na prática da terapia i.ntensiva, em 1970, por Swan et 
ai., com o roncelto de que um bal!lo inflado na extre-
midade distal de um cateter introduzido através de 
uma veia calibrosa (preferencialmente pela veia 
jugular intemn direitl ou subclávi:J direita) pode 
deslocar-se na direção do fluxo sanguíneo, permitin· 
do que o cateter seja conduzido pelo átrio direito, 
ventrlculo direito, em d.irec;llo à artéria pulmonar, e a 
um ramo da artéria pulmonar distai, quando orone 
a oclusão deste pelo balonete inflado. O acompanha-
mento da Jocalizac;.io do cateter é feito por observa-
ção continua das curvas pressórlcas obtidas confor-
me o deslocamento e a localização do cateter.» 
O cateter padrllo ficou conhecido tom o nome 
de cateter de Swan.Can~. ~ um cateter de tres 
lúmens, rom 110 em de comprimento e marcas 
numéricas a cada 10 em, partindo da extremidade 
distai, onde est<l localiz.1d0 um oolonete de látex, 
que, quando inflado, tem capacidade de, aproxima-
damente, 1,5 mL de ar c 13 mm de diâm.etro. A 4 em 
da extremidade dist.al está locallz.1do um tcrmistor, 
que é utilizado na mensuração do débito cardíaco, 
por meio da técnica de tcrmodiluiçllo. Há ainda um 
lúmen na extremidade disml, e um outro IO<:llllzado 
a 30 em deste. Outros tipos de cateteres com maior 
número de lumens permitem viils adicionais para 
i~o venosa c monitoriza~lo suplementar.' 
As variáveis obtidas em tempo real permitem 
av.Uar o estado fisiológico, hemodinAmico e meta-
bólico c, a partir desses dados, reconhecer c avaliar 
possfveís altera~ões, iniciando a terapêutica adequa-
da em tempo hábil para manter a perfus.~o dos 
órg:los e sistemas, prevenindo a smdrome da disfun· 
ção de múltiplos orgãos (SOMO) em pacientes instá-
veis e criticamente enfermos.•_,. 
27 
A cateteri.zação da artéria pulmonar é uma fer-
ramenm a mais na monitoriz.ação hemodinãmica do 
paciente critico, entretanto, dC\<e ser ressaltildo que 
constitui uma técnica de dia.gnóstico, e nlo de trata-
mento. Apesar de permitir o melhor entendimento 
sobre o comportamento hemodinAmioo do pac::iente, 
a técnica depende da interpretação correta dos 
dados numéricos obtidos em conjunto rom o quadro 
clinlco do padcntc. Assim, nenhuma decís3o ll'ra-
pêutica deve ser tomada com base somente nos 
dados obtidos.• 
A principal indicac;3o para este tipo de cateter é 
a reduç!o do nível de incerteza diagnóstica, em 
determinadas situações, tais como: 
Manuseio do infarto do mioc<lrdio complicado: 
• hipovolemia vs. choque cardiogênico; 
• ruptura do scpto ventricular; 
• insuficiência do VE; 
• infarto do VD. 
Avaliac;3o da insuficiência respi.ratória aguda: 
• edema pulmonar cardiogênico vers11s n.lo cardio-
gênico (SARA); 
• hipertensão pulmonar; 
• embolia pulmonar. 
Avaliação do choque: 
• cardiogênico, hipovolêmico, séptico; 
• síndrome da resposta inflamatória sistêmica 
(SIRSJ. 
Manipulac;3o transe pós-operatória de pacien-
tes submetidos à cirurgia de grande porte, cardlaca 
ou nllo. 
Avaliação e reposição da volemía: 
• hemorragia gastrointestinal, queimaduras exten-
sas, trauma grave, cirrose, IRA etc. 
AvaliaçAo da resposta a terapêuticas medica-
mentosas: 
• instabilidade hemodin.âmica que requer o uso de 
drogas va.soativas e/ ou suporte drculatórlo me-
cânko.R 
O cateter da artéria pulmonar fornece um gran-
de número de variáveis hemodinâmicas que mos-
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tTam o desempenho cardiovascular (Tabela 8) e 
índices do transporte de oxigênio (Tabela 9). 
Geralmente, pacientes com esse tipo de monlto-
rizaçao estlo sob vigilância constante, merecendo 
cuidados intensivos. Quando houver instabilidade 
hemodinAmica, n prática da f'lsioterapia motora e a 
mudant;a de decúbito são bastante restritas; en~ 
tanto, movimentos passivos de dorsiflwo e flexão 
plantar de tornozelos s.lo ri!COmcndados para pre-
venção de trombose venosa profunda. Os cuidados 
com escaras de decúbito devem ser aumentados, e o 
posicionnmcnto adequado de membros, tronco e 
cabeça do paciente no leito minimiza compUca~ 
como espasmos, contraturas e encurtamentos. Se o 
paciente estiver estável hcmodinilmicamentc, o leito 
Tabela 8 v.aores llOfrNIS das vai'Mis hernodlnamlcas 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
pode estar com leve inclinação, e a manipulação do 
paciente deve ser feita com cuidados semelhantes ao 
de um acesso venoso cen tral. ou sc~1, cuidados com 
estiramento, dobras ou desconex3o, e os exerclcios 
passivos ou ativos de membros superiores e tronco, 
com maior atençllo. 
Monitorização da pressão venosa central 
(PVC) 
A pressão venosa central (PVC) é uma medida 
hcmodinâmka que se refere l medida da prcss.'lo 
intra-atrial direita e representa a pré-carga do ventri-
culo direi to (VD), ou seja, a capacidade de enchi-
mento do ventrfculo direito no fina l da diá.stole. A 
Parâmetro AbreviaçAo Valores normais 
lndKe urdiKO 
~to urdlaco 
Pressão vt'OOSél central 
Pressão do itno direitO 
Pressão do wntrkulo dlfeíto 
Pressão do atno esquerdo 
Pressão do wntrrculo I!Squerdo 
Pressão anenal 51stóiK.a 
Pres~ aner~ d•astOioca 
Pressão artet~ m~1a 
Pressão da ~ pulmonar ocl~ 
Pressão da .néfía pulmonar méd11 
Pressão do captlar pulmonar 
Resistência vascular Slstêmica 
Reslsttncia vascular pulmonar 
Tabela 9 Vilcres norrNtS de lnd>ees resp~ratónos 
Parâmetro 
Conteúdo inerlal de O! 
Conteúdo wnoso de 0 1 
Oferta de 0 1 <lOS tecidos 
Consumo ttSSular de o, 
Taxa de extraÇ.\0 de o, 
Ooferenca di pressao alveoloartefl.ll de oxio@nlo 
Shclnt 
IC 2,5 il 4,5 llmlllfml 
oc 5a6llmin 
PVC 2a8mmHg 
PAO 2i8mmHg 
PVO 1Sa 2SmmHg 
PAE Sa 12 mmHg 
M 110i 130mmHg 
PASísl 110a 140 mmHg 
PAOrst 70190mmHg 
PAM 8Sa9SmmHg 
PAPO 6a 12 mmHg 
PAPM 10i 17mmHg 
PCP 6a12mmHg 
RVS 900a 1 200dNS.slcm, 
RVP 1 SO • 250 dlNS stcm, 
Abreviaçlo Valor normal 
CiO, 17.5 a 20 mVdl 
c~. 14 a 16 ml/dl 
oo, 520 a 720 ml/mtnlm' 
vo, 100 a 1 80 ml/mtnlm' 
reo, 20a25% 
P(A..a)O, 1 5 a 25 mmHg (ar ambiente) 
25 a 65 mmHg (f•01 " 100%) 
Shunt S a 8 (FiO de 100%) 
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PVC é detennínada pela interação entre volume de 
sangue cin:ulante (volemla), função cardlaca, !ônus 
vasculor periférico e pulmon.1r c está sujeita b 
varia~ das pressões intratorácicas.".» 
A medida da PVC é obtida por meio de um cate-
ter venoso ccntrol (Jntracalh.,, localizado na veia 
cava superior, ou pela cateterizaçllo da artéria pul-
monar, atrav~ do orifído proximal que desemboca 
no átrio direito. A monltori.Uiçllo pode acontect'f' 
continuamente, utilízando-se transdutores eletrôní-
ros, nos quais é posslvel visualizar a curva de pres-
s.lo; entret.lnto, é necess.irio um monitor par~ visua-
lização dos valores e curva, ou uma coluna de água 
para a leitura da pressão. Este último é um método 
bastante simples c debaixo custo, porém, nllo per-
mite a visualização d.1 curva.,. 
Os volores médios da PVC variam entre 2 e 11 
cmH,O. A medldn é indicndtl para direcionar a repo-
sição vol~ca em pacientes em choque, instáveis 
hemodinamicamente, em uso de drogas vasontivas e 
no pós-operatório de grandes cirurgias.• 
Valores de PVC abaixo do normal podem suge-
rir hipovolemia e valores elevados, sobrecarga volu-
métrica ou falência ventricular; porem, os valores de 
PVC não devem ser avaUados isoladamente, pois 
não é um índice preciso do volume circulatório ou 
da função cardlaca. 
Monitorização da pressão arterial média (PAM) 
A press3o arterial média é a principal detemú· 
nante da perfusão dos órgãos e, portanto, níveis 
pressóriros normai5 s.io necessários par.1 manter 
urna adequada pcrfus3o dos diferentes órgãos (ver 
F.agura 11). A PAM pode ser estabelecida por méto-
dos invasivos e nao invasivos, e pode variar, dentro 
de certos limites, mesmo em individuo hlgido.111 
O método mais comum e mais utilizado é o 
método não invasivo, por via indireta, por meio de 
um esflgmomanOmetro, que é a técnica auscultatória 
feita com a insuflação manual de um manguito colo-
cado sobre a artéria braquiol. Por ser um método 
simples e de baixo custo, é o método mais utii12Ado; 
entretanto, tem desvantagens, como a necessidade 
de adequação do tamanho do manguito pam cada 
padcntc, que requer habilidade para ouvir os sons, 
grande variabilidade entre os operadores e perda da 
sensibilidade em sih.lações extremas, prindpalmente 
nos estados de baixo débito, quando o nuxo sangul-
neo está reduzido, podendo subestimar signíficati-
vamente a pressão arterial.'-' 
29 
Figura 11 Cateter de pmsao artenal I'Mdla, 
A pr~o arterial média (PAM) pode ser medi-
da e calculada utilizando-se os valores obtidos da 
pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) por 
meio da fórmula:" 
PAM ; IPAS + (2 X PAD))/3 
Sabe-se que a diástole representa 2/3 do ciclo 
cardfaco, para uma frequência cardíaca de 60 bpm. 
Desta maneira, frcquência cardlaca superior a esse 
valor pode induzir a erros de cálculo na pressão 
artl!rial média. 
A medida da pressão arterial (PA) é maí.s confiá-
vel quando utilizado o método lnvasivo. Este méto-
do consiste na introdução de um cateter no sistema 
arterial periférico, preenchido com soluçao salina e 
conectado a transdutores de pressllo. Este tipo de 
acesso faólita a colet.l de amostras de sangue arte-
rial, evitando o desconforto e as lesões de múltiplas 
perfurações, e é utilizado para monltorização da 
pressão arterial média. permitindo avoliar a dinâmi-
ca drculo tória em tempo real e com p~o.6 
O cateter é Inserido dlretllmenlc em uma artéria 
(radial, braquial ou femoral) e propordona contínua 
medida da pressllo arterial sistólica, média e diast~ 
lica em pacientes com n1veis pressóriros instáveis, 
em uso de drogas vasoativas, em cirurgias de grande 
porte, durante circulação extracorpórea, e análise de 
curvas geradas em cada batimento cardíaco.• 
Os cateteres para monitorizaçllo da PAM são 
fixados na pele com fios de sutum e fitas adesivas 
pam curativo. Durante a nvaliaç.lo c manípulaç.lo do 
paciente, o cateter deve estar adequadamente fixa-
do, e o tamanho da extensllo durante os movimen· 
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30 
tos, dobras, estiramento ou movimentos bruscos 
com o membro devem ser evitados. Quando o ate-
lt'f eshvt'f U\Stalado na art&u radial, movnnentc» 
de llex3o e exte~o do punho devem ser evitados e 
os movimentos do membro sup«rior podem S('r ru· 
liudos, porém com Glutela, mantendo o punho em 
posi~o neutra. Quando a mooitorizaçlo estiver na 
art~rla femoral, o membro deve ser mantido em 
poslçJo ncutról c o leito com pouca indmaç3o, cvl· 
tando flexlo dos quadris, e os movimentos devem 
ser restritos A extremidade. O bom posicionamento 
do membro, a c:'SCOiha do membro n6o-dominante e 
a onentaç1o ao paaente podem ajudar no conforto e 
em menor nsco de desconex.io entre o paciente e o 
transe! utor, o que pode levar l grande ~., sanguf· 
nea, l exterioruaç.Jo do cateter e l percb da moníto-
riz.l<;Jo continua. 
No av•l~<~çJo do membro no qual o cateter~ 
inserido, deve ser observado, nas extremidades, 
sinais de ísquemla, como dor ao repouso ou ao 
movimento, dlmlnulçlo da pcl'fu$\o, palidez, dano-
se, dlminu•ç3o da temperatura, diminulc;llo ou 
a~da de pulso, parestesia ou fraqueza muscular. 
A iSqurnua por tempo prolongado pode levar l 
necrose, mas depende da obstnlc;.lo, da presença de 
fluxo colilteral e da velocidade de reanaliuçlo. 
Outras compiiGlçôes merecem atenç3o, como hciNI· 
tomas, trombose, t'lDbol1a e infecçJo. 
Os ~ de referência variam conforme a 
(<llJQ ct~ria (ver T.a~Ll 10), e a PAM em .adultos deve 
ser em tomo de 85 a 95 mmHg. 
Monltorizaçlo da oximetria de pulso 
A oximetria de pulso é um método nJo invasivo 
que pcnmte a medid.l porcentual dn saturaçJo arte-
n.a.l da hemoglobina pelo oxigmlo. A oxigem1çJo do 
paciente de forma contínua à beira do leito é consi-
dt'fadn um método seguro e ~pies de avaliar, ob· 
rruza.ndo 06 cuidados ao paciente e durunulndo os 
riscos de episódios de hipoxeuua.u 
Por rtgJ:>trar a leitura em tempo rui, pode rtdu· 
.(lr o número de coletas 5angulnea paril i\1\tlue 
gasométrica, e seu uso está indicado no controle dos 
ajustes da frac;Jo insptrada de oxig~nio (Ft01), ajuste 
da presslo explrntórla final positiva (Pf!CP), dos 
parâmetros do respírador, do desmame da ventila-
ç.Jo mccllruca e do dctccçJo de hipóxia.• 
A mensurac;,,o E feita por melo de um sensor 
que emite dois tipos de luz: uma luz vermelha que é 
a~rvida pela hemoglobina desoxigenada (Hb); e 
O AIC DA flSIOTERAI'IA RtSPIRATÓIUA 
Tabela 1 O Valcns norrT\iiS da pi'!SS.)o atterial em rela(.lo 
htade 
e>-3 meses 
~~ses 
~meses 
9 12 meses 
1-3 anos 
}-5anos 
S-7 anos 
7-9anos 
9-lllllOS 
ll-13anos 
13-14 anos 
> 18 11nos 
M~iu ct.s pressOes arteriais 
sist61lcafdiastólica (mmHg) 
75150 
85165 
85165 
90170 
90165 
95160 
95160 
95160 
100'60 
105165 
liMO 
130185 
uma infravermelha absorvida pela hemoglobiiUI 
oxigenada (Hb()1) . Isso permite que um fotodetector 
instalado no dedo d.1 m3o ou do pé, no lóbulo da 
orelha ou no nariz sqa capu de identificar a dife-
rença de luz transm1bda pelo SM~gue e registre em 
um monitor as concentrac;OOI da hemoglobina q~ 
est.lo na fortN oxigenada, ou seja, em porcent.1gem 
de saturac;Jo da oxi·hemoglobina.IU 
Valores normais da saturaç3o do oxigên•o 
variam de97a9991o em mdlvíduos saudáveis, c valo-
res próximos a 95CX. s.io clinicamente aceitáveis. A 
oximctrla de pul'lO nJo permite análise de pH e 
gases sangulneos C ilAO renctC a oxigcMQlO dos teci· 
dos. Apesar de ter pequena margem de erro para 
saturações acima de~. o c:orrelac;Jo entre Pa02 e 
Sat01 é inconsl.lnte, em rn7.Jo da curva de dissocia· 
ção da oxi-hemoglobina; até uma PaO, de 50 mmHg 
(ou Sat01 de~). o incremento da porcentagem de 
s.11turaçJo da hcmoglobma OCOm! raptdamcnte. A 
partir deste valor, a curva toma-se achatada. mos-
trando que, pilril valores mruores de P,O,.. ocorn:m 
pequenas van.1c;ões na SaiO/ 
O método pode n.Jo ser seguro em situações de 
baixo nuxo Silngulneo tccidual, c má pcrfusJo 
p«riféria, hlpovolemla, hipotcrmlo, choque, va~ 
constrição por drogas vasopressoras, doença vascu-
lar periférica, compn!SS.io arterial direta. edrma, 
arritmlas cardlaGls, ht-moglobtna Inadequada por 
hemodiluição ou anemia, movunentação do pacien-
te, pigmentaç1o da pcle, esmaltr na unh.l e grande 
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luminosidade no ambiente podem alterar a leitura 
dos sinais, gerando imprecisão. Por esse motivo, 
aLumcs devem cslllr acionados dentro dos limites 
da Sat02 e deve ser feita a avaliação constante do 
paciente, observando sinais e sintomas de hipoxe-
mia, como taquJpneia, dispneia, cianose,utili%.aç3o 
de músculos acessórios da respiração, batimento de 
asa de nariz, confusão mental ou sonolência.•s.» 
MonitorizaçAo da capnografia 
A capnometria mcnsura o gás carbônico a cada 
ciclo respiratório e pode sofrer allerac;ôes pela 
variação regjonal da ventilação alveolar e por pro-
blemas com o circuito do respirador mecânico; 
mesmo assim, é de grande importância e confiabili-
dade para a monitorizaçào da função respiratória. O 
registro gráfico (capnograRa) da mLodida da concen· 
tração do gás carbônico no final da expiração, 
PetCO, ou ETC01 (end tidal CO~, representa a con-
c:cntrilç3o de C01 do ar alveolar, podendo rcprcsen· 
tar a pressão parcial de C01 no sangue arterial 
(PaC0
1
), p que a diferença entre ambas é menor do 
que 5 mmHg. Indiretamente, a capnografta mostra 
as varia<;óes na prod uç.Jo do col pelos tecidos e S\la 
retirada pela integridade dos sistemas cardiovascu-
lar e r<.'j,pirat6rio. Valores normais estão L'm tomo de 
l5 a 37 mmHg.'•'\lS 
Para o regjstro da capnografia, um analisador 
de C02 com infravermelho é colocado no cir(;UitO do 
respirador mcc.~nJco, e um fotodetector mede a 
intensidade da luz que é transmitida pelo gás exala-
do. Estes sensores têm resposta rápida c podem 
mensurar as altera~ do col durante uma 6nica 
expiração, regjstrando um gráfico caracterlstico com 
fases bem distintas. Embora o uso da capnograful 
esteja, na maioria das vezes, reservado a pacientes 
em ventilação mecânica, também é possfvel os 
registros em pacientes não entubados. 
A capnogrnfia pode ser US<lda para detectar 
hipo ou hiperventilação, detectar entubac;ão seletiva, 
extulxlç3o acidental, desconWG ou vazamentos do 
circuito do respirador medmco, obstrução parcial 
ou total das vias a&eas e apneias, no desmame da 
vcntiJaçllo medlnica. pam monitorar pacientes com 
press.'lo lntr.acraniana elevada, durante reanlmaçJo 
cardiopulmonar e clistúrbios respiratórios, como 
doença pulmonar obstrutiva aônica, embolia pul· 
monar e atelcctaslas. A Figura 12 demonstra um 
equipamento de monJtorizac;ão da oximetria e cap-
nografia.U~ 
31 
Figura 12 Ounetria e capnografia. 
Objetivos e condutas 
Um processo de ava lia<;ão semiológica é global 
em fisioterapia cardiorrespirat6ria. Gera conheci-
mentos especificas da condi<;lio cllnlca do paciente e 
da doença que será alvo do tratamento proposto. No 
momento da anamncse, o profissional estabelece o 
primeiro contato da rel.lç!o com o paciente. 
Após a identiftcac;ão dos aspectos clínJcos que 
envolvem a doença, o fisioterapeuta deverá traçar 
objetivos de tratamento que possam ser atingidos 
em curto prazo, sem deixar de visuallzar o processo 
de reabilitação em médio e longo prazos. Esses obje-
th ·os poderão ser alcanc;ildos com um tratamento 
ftslotcrilpêutico que possa propiciar uma terapia 
individualil.ilda, efetiva e que traga resultados posi-
tivos. Na medJda do possrvel, tanto o paciente quan-
to o respo~vel legal deverão ser esclarecidos em 
relação aos procedimentos que serão executados 
para atingir os objetivos traçados. 
O sucesso de um processo de avaliação e elabo-
ração de objetivos e condutas, além de envolver 
conhecimentos c habilidade, envolve tam~m 
conccltos de humanização c integrilçllo entre as cqul· 
pes multidisciplinares que estão diretamente relacio-
nadas com o processo de reabilitação e tratamento. 
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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA 
INTRODUÇÃO 
A aval~çJo do ísttma respiratório vem scndo 
ubll7.ada IW séculos por profissionaiS da área da 
saúde, para que seu conhecimento seja mais especf-
fico. Vários métodos c inslnlmcntos surgiram ao 
longo dos anO!!, deixando o estudo c o conht'Clmcnto 
do sistema respiratório mais abrangentes e mais 
sofisticados Métodos invasivos e nJo inva lvos de 
av•liaçilo .-.piratóN tomar~m~ m.is frequentes 
NS unidades de internação,estando ao alcance de 
todos os profission.is da área da saúde 
Métoda. e l'<JWpou:nentos n.io invUJVOI para 1 
av.tiaçllo respuatóN vem ganhando a preferenaa 
na prática médica em deconinciil d• pratidd.cle 
pAiil realiuçllo, facilidade de manuseio, bilixo custo 
e, principalmente, diminuiçllo ou até aust!nda de 
adversidades. A avaüaçJo à beira do lcito tomou~ 
mais simples e mnls completa, dllndo ao profissional 
da saúde dados mais espedfícos da funçJo pulmc>-
Nr de seu p;adente. Essas informações sllo impres-
cmdlve•s para o dtredoNmcnto dos objctivOl> e 
planos de tntamento a serem utilizados no p~ 
de reabiliblçlo pulmonar. 
O. mtlodos c iMinlmcntos de avallaçjo rcspua· 
tón.J, TMIS frequentemente uhhzados no cotld~ 
hospitalar e ambulatorial, serão descritos neste capf-
tuJo. 
OXIMETRIA 
A oxlmetria de pulso é um dos métodos de monl· 
torizaçllo respiratória não invasivos mais utilizados 
nas unldadcs de 11\tcmaçilo, principalmente, nas 
unidades de terapia intensiva (tTT1). Seu bilxo custo, 
sua praticidade e OOlidade de manuseio possibili· 
LUClANA ASSIS PIRES ANDRADE VALE 
NAIANA VAL~RIO 
tam seu uso em vános loc.1 ls, como clírucas, residén-
cias, ou então a incorporaç3o ao sistema de monito-
riuçllo utiliudo em salas de emergência. UTI e 
centros dní.rgicos. 
O oxfmetro de pulso fornece leitura da saturação 
do 5ilnguc, av111iondo o comportamento de ilbsorçllo 
da oxi·hemoglobina e deoxi-hemoglobina em rclaçilo 
aos comprimentos de luz vermelha e infravermelha 
emitidos por ele.' O equipamento é constituído de 
um monitor, um abo e um sensor, com uma fonte 
emissora de luz (fototnnsmissor) e uma fcmte ~ 
tora de luz ((otoJ zeceptor). O fototransmissor é com-
poMO por d~ dlodol emissores de luz (LEO- llght· 
-mutting diotks) que sllo ativados alternadamente, 
emitindo luz monocromática de alta intensidade de 
660 nm (vermelha) e 940 nm (Infravermelha), que sJo 
captadas pelo foton-eceptor localizado no lado opos-
to do fototransmlssor, mcdlndo a intensidade de luz 
transmitida ltravés do tecido. Os 11hlii1S detectados 
pelo fotou ereptor sllo processados por um micro-
processador e mostrados no visor do oldmelro.2 
O pi"OCl$ooO de leitura de ablorç.\o de luz de Alt. 
111tensidade pelo oxfmetro de pulso baseia-se em três 
..... ·- """"'- --/ .... • • ·--jJ ~ - ~·· I -
t.lD: +&h R' 
:n_L 
~(j(qU , ·-
k4o<• .... 
Figura 1 Otagrllll\él do ox.tnetro dt pulsO. com o 
posocionamento correto do fotoemtuor e do fotodetector. • 
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Tabela 1 Pnnclp4os de func10namMIO do oxii'Mtto de 
pulso 
Pru~elplo Fundona,.nto 
Esperuofotometria CiCia subsl.anoa tem um úiiiCo 
espectro dt absorçlo dt luz. A 
OJQol\emoglcbna absonle menos 
luz~ (660 nm) ~ matS luz 
~~~~ (940 IlM) do que a 
hemoglobonll1duzldl 
lb Seer-tMnbM A absorçlo de luz, quando 
P'5S' atrl"ffs dt um solvente 
filo il~!t, • propotttOnal 
• conc~ntr~ do so1uto ~ ao 
COITIPftmMIO do tta}fto que a luz 
tem de ptftOrrtt naquele solvent~ 
(como o teodo) 
Plettsmograf141 Pmença de um Stnll pv~lll 
~ado ptlo sangue <lrtffl<ll que 
t relattvamMte ind~nte 
do sangue ~ nao pv~lll. 
A plet•~afla mosua a 
vanaç.\Q de <lbsorç~ de luz 
da pulsaçJo atterlel ~ t 
transmrtldllll forma de onda 
(plettsmogr.tfQ). A r<lllo entre as 
amplttuclft pltusrnograftUs, nos 
COIT'Pftme"tos dt onda -..rmelha 
~ 111fravermeltla. é US<ld<l ~ 
-
())< 'Tl('tro dt pulso pata deterlf'l~ 
1 s.tturlçlo dt ox.gOnoo 
pnndpie» a opcctrofotomctn.t, a Lca Bca-·Lambm 
~ a plctismografia 
A mudanç.t de absorção da luz em fun~ da 
pulsação é utiliL<Ida para o c.tlculo da wturaç3o par-
NI de oxigmio, baseeda na raz3o de tnnsmil.tnci.l 
da luz absorvida nos dois comprimentos de onda, 
pois o oxfmetro de pubo precb.a captar a puls.açJo 
arteri.1l p.va funaon.u ad~u.damcnt~ Durante a 
sístole há um aumento do volume sanguíneo, o que 
promove IJ\ollor all.orçJo da luz com decréscimo 
correspondente da transmiU\ne1.1, enquanto no di.is-
tole há diminuiçllo do volume sanguíneo, diminuin· 
do o obsorç3o de luz e aumentando proporcional-
mente a intensidade d• luz tran;mltlda. No oxlmetro 
de pulso, apenos a absorbância do componente pul· 
sátil, entre a fonte transmissora c o fotorreccptor, é 
considerada dccom!nt~ do sangue arterial, sendo 
definida como a saturação parcial de oxigênio 
<SpOJ.' 
SENSORES 
Os sensata devem ser escolh•dos d~ acordo com 
a idade e o peso do paciente, de forma que a fonte de 
luz e o fotorreccptor estejam posicionados a UD'UI 
dasUnda ad~uada um do outro. v•ne» tipos d~ 
sensores foram desenvolvidos para solucionar pro-
blemas de localizaçJo, podendo ser posiCionados 
nas extrcmid~cs de» droos d01 ~ ou cU" mllos, na 
região anterior dos pés ou no }óbulo da ordl\.1. 
Existem equipamentos po~teis q~ ~o uma 
peça úmca ~devem ser colocade» nos dl.'de» do m3o 
do paciente. Entretanto, a morutoriz.'l~ em recém· 
·nascidos e Ll.ctentcs é ineficiente por call5il da con· 
d.JçJo 4nat6mlca do aparelho ~ pelo tamanho de» 
dedos dos bebês; em crianças maiores de 3 anos e 
adultos é de grande utilidade, prindpalmentc na 
pntlcn domidlinr. 
As medidas realizad4s nas extremidades digitais 
sio mais precisas, sendo as mais utilizadas na p~ti­
ca médica. Apesar do oxfmclro de pulso IM.'r conside-
rado seguro, cuidados com os ~nsores devem ~r 
seguidos, desde o seu bom posidonamento até a 
troca de fixaylo a cada 6 a 8 horb, a fim de se eVItar 
queimaduras e nccrosc por press3o local.• 
Ocvc-5e evitar a fixação dos scnsores em áreas 
edemacladas ~áreas em cond1~ de p~,.lo veno-
sa elevada (próximas de torruquete e/ou mangu•to 
de pressão), pois esse procedimento pode afetar a 
medida da saturaçllo de oxlgmlo 
O posicionamento tnad~o do old.met:ro d~ 
pulso faz com que a luz emitida pelo transd11tor 
pass-e d.irct.t~Mntc ao fotorreceptor sem pa>&ar atra· 
I 
) 
F.gura 2 TIPOS de sensom t suas frJC~ÇOts (FJoÇ~I 2004) 
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INSTRUMENTOS OE AI/AUAC}.O RESPIIIATORIA 
Figura 3 Oxmetto porúul de dedo. 
vés do leito de pulsa~o da arterfola., levando ao 
shunt óptico, o que resulta em medíc;ão incorreta.' 
Umitações técnicas 
Apesar de a oximetrfa de pulso ser um recurso 
amplamente utilizado na área médica, existem algu· 
mas limitações técnicas que a impedem de ser preci-
sa. Uma da> princip;nslímitações 11presentados é que 
o oxímetro de pulso estima a saturaç.lo arterial de 
oxigênio {SaO~ e não a pressão arterial do oxigênio 
(Pa01). Esse fato deve-se ao formato sJgmoidc da 
curva de dissociaçAo da ox.i·hemoglobina, em que 
grandes alterações na Pa01 podem ocorrer (nas por-
ções horizontais, inferior c superior da curva) com 
mudanc;as núnlmas na SaO,. como mostra a Figura 4. 
O paciente, especialmente quando recebe oxige-
noterapia suplementar, pode apresentar uma queda 
importante da PaO, com somente uma leve queda 
na Sp02• Por outro lado, a Pa02 pode aumentar para 
n!vcis tóxicos sem altcrac;õcs signifie<~tiv.u na SpO/ 
A upcrestimac;âo da Sa01 pode ser um grande pro-
blema na evolução do paciente, principalmente na 
llrca de nconatolog;a e pediatria, em que nfvcis de 
hipóxla e hiperóxia podem prcjudle<~r e definir a 
evolução clfnica do paciente. 
Outros fatores também podem tomar a oximetria 
de pulso um método de momtorizac;ão respiratória 
impTeciso, como demonstra a Tabela 2. 
Apesar das limitações técnícas observadas, o 
oxímetro de pulso tem um papcl importante na 
orientação do estado de oxigenação do paciente, 
sendo um excelente monitor para hipóxia. Com a 
monitoriuç.lo contfnua na situação de emerg~nc:ia, 
o oxfmetro de pulso pode rapidamente detectar a 
progressJo da hipóx.ia e a eficlcia da resposta ao 
tratamento. 
A maioria dos fabricantes de oxfmetro de pulso 
relatam uma prcds3o de leitura de mais ou menos 
35 
·:r-----------~~~~~~~~~ 
l 
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fO 
50 
fO 
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I lO JO M 50 fO !O to10 1110 110 !lO 
MO,......., 
Figura 4 Curva de di~ d<t wo-hemoglobln<t (Avena. 
1996) 
2'l para Sp01 entre 70 c 100Cl, e mais ou menos 3fo 
para SpO, entn!SO e 70%. Estudos como o de Chap-
man relatavam boa correlação entnl a Sa01 e a Sp01 
(0,()9'JI.) quando a Sa0
1 
estava acima de 75'JI.; ~Ire­
tanto, havia diferenças significativas (11,2fo) quando 
esses indivfduos eram expostos à hipóxia e suas 
SI02 C<lfam p;~ra 60 a 70%.• De modo geral, os estu· 
dos mostram que os oxúnetros de pulso são razoa-
velmente seguros em condições estáveis e quando a 
Sl02 encontra-se acima de 70fo. A prcc~ de leitura 
deteriora-se significativamente quando a Sa01 es~ 
abaixo de 70'1.. 
A oxímctria de pulso consiste em um ~odo rnpi-
do e n:lo invaslvo de avallar a saturnçllo de oxlg~ 
em diferentes situações, sendo especialmente utiliza· 
Tabela 2 Fatores que Pftludicam a ie•tura da OXII!lettia de 
pulso 
Efeito 
AgltaçAo e mau 
1)0$1(10namento do 
paoente 
H.potermia, ViSOConstnÇ.ao. 
htpOtensao e 1uséncia de 
pulso 
Esmalte na unha e pele 
escura 
Luz <tmbienre, aumento 
da carboXJ·hemoglob•na e 
meta-hemoglobina 
Fator 
Des.'ocamento do sensor, 
erro na leitura 
Vasoconstriçao da regi3o 
per.f~. d1m•nu!ÇJo do 
flu)(o. erro na ICJtura 
Fotodetector nao capta os 
feiXeS de luzmfr~Yermelhi, 
r a !$o resultado baiXO 
A molec:ula de hemoglobina 
man~umal~ 
estâYel com o ~10. 
e o sensor capta mais 
molkulas lrradlidas com 
luzmfravermelha; falso 
resultado alto 
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do nas tm para acompanhamento e detenrunaçAo da 
rt01 (fri\Çio Inspirada de Oxigênio) nOS ca)CS de \"eel-
blaçJo medniG~ e MU ~de !\!brada 
CAPNOMETRIA E CAPNOGRAFIA 
A capnometria c a capnografia consistem nos 
registros num~rico e gráfico, não invasivo, de moni· 
torizaçJio do dióxido de carbono exalado (PetCO) 
em pacientes adaptados à prótese ventilatória. A 
medida do dióxido de carbono expirado (PctCO) 
pe• mlte umA morutonaçJo contfnua da p o 
parcial de C01 alveolar (PaCO) que, n;a maioria das 
vezes, é mwto semelhante à press3o parcial de co1 
arterial (PACO), sc.'ndo de grande lmpor11nda par;a 
o acompanhamento de pacientes em ventilaçJo 
m«ânica. 
A capnometria consiste n;a leitura e mbiçâo dot 
valores numéricos da concentraçâo de col exalado 
em cada ciclo respiratório, realizadas por um apare-
lho chom.1do Cilpnômetro, enquanto a capnografia, 
além do valor nUD'Iérico, fornece a represcnta~o 
gráfica em forma de onda da conccntraçlo de dióxido 
de carbono nal1do ao finnl de ada ciclo nspiratório 
A capnometria é a medida da concentraçJo de 
C01 na nustura de gás. A exibiç3o continua, em 
forma de onda, dos dados do Cllpnômetro dur;ante 
todo ciclo rapiratório é chamada capnografía. Ela 
fo1 desen\-olvida em 1943 e introduzida n;a prjbca 
m&iica em 1950 e 1955.' Pode ser 1\'alV..ada em qWII· 
quer paciente que esteja sob venlilaçlo medruca, 
sendo principalmente indicada .\queles que necessi-
tam de um controle maJs rigoroso da medida da 
PctCO"' como podcntes com patologias neurológi-
cas (traumatismo cranioencefálico, acidente vascular 
~bral, p6&-opcr.1tório de ci:rurgiilS cn~nlanas) e 
patologias resplratóriu (crise asmática, <fndrome da 
angústia respiratória, hipertensão pulmonar). 
A capnogrilfla pode ser JU!u.ada por dois méto-
dot: técnica de cspectroscopia de massa e ~pcctrol-­
copia infra\-etmelha (absorc;:ão da luz infravCJ uoe 
lha), sendo esta o método maJs utllludo em ruJo 
do balxo custo. A capnografia por CSpcctro5COpta 
infravermelha baseia-5e no princípio de que o C01 é 
capaz de a~rver luz infravl'mlelhn dentro de um.1 
variaç"o de compnmento de onda. A luz infraver-
melha emitida pelo capnômetro pass~ através de 
urn;a cAmera onde f absorvida pelo co, sendo a 
radiaçllo remanescente dirigida para um detector 
com um semicondutor que cria um sinal elétrico. A 
<.'OilC\'ntr;açJo de C01 é diretalncnte propordon;al l 
O AIC DA flSIOTERAI'IA RtSPIRATÓIUA 
quantidade de luz uúr;avcrmelha absorvida. Este 
método pcuúte em tempo real a medição contfnUI 
e a CXJbiç3o da PetCO com um tempo de resposta de 
aproximadamente 0..25 segundo. 
A espectroscopia de massa tem como atrativo um 
tempo de resposta ma~ curto, aproxifn.ld.uncnte 0,1 
segundo, sendo também mais predsa. Entretanto, 
tem como desvantagens o alto custo, a necessidade 
de m.1nutençJo intens1va c n rulo disposição de apa-
relhos portáteis.' 
Tipos de capn6grafos 
Os capnógrafos podem ser cb.ssificados em dois 
tipos, de acordo com a un po!I!Çio no cimtito resp.· 
ratório: nJo aspirabvos e asptrabvos. 
Não aspir;ativo: a cJmera de amostra é colocadil 
no mtcrior do circu1to ropiriltóno, entre a extremi-
dade proximal da dnula traqueal e a conexJo em Y. 
Esse método é geralmente utilizado pela espectros-
copia infravermelha. A vant.1gcm desse tipo de <:<~p­
nógrafo é que, como a c.\mera de amostra faz parte 
do drruito respiratório, o tempo de resposta é mini-
nuzado e nJo há problemas com o aumento do lt.l-
balho respiratório ou obstruçlo por sea-eções puJ· 
u~mares. A desvantagem é que o analisador é 
pes.Kio, podendo c:albilr acotO'"t'lamento ou deslo-
camCJ\to de clnulas, pnndpalmcnte daquelas sem 
cuff, muito utilizadas em neoNtologia e pediatria. 
Aspirativo: a amo5tra de gjs é aspirada do drcw· 
to respiratório através de um tubo de pequeno call· 
bre para um analisador a dist:lncia. Esse método é 
utiliz.1do principalmente pela espcctroscopia de 
massa e alguns infr~vermclhos. A vantagem desse 
tipo de capnógrafo é que ele adiciona pouco peso ao 
circuito rt:!.plfatório. Entretanto, tem como desvan-
tagens ser facilmente obstruldo por secreções pul-
monares por causa lúmen estreito do tubo de coleta 
e ter tem pode respo.q.~ mais longo do que o tipo n.lo 
aspuativo. Tam~m podem OCOrrt'f percbs do volu· 
me corrente expirado ocasion;ado pela contínua cole-
ta de amostra de gás 
Análise do capnograma 
A análise do cnpnograma (forma de onda de con· 
centraçào de C02) durante a expiração é dividida em 
três fases: 
• Primeira fase: é zero e representa o gás que preen-
che o es~ morto anatômico livre de col. 
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INSTRUMENTOS OE AI/AUAC}.O RESPIIIATORIA 
• Segunda fase: a curva aumenta agudamente 
quando o gás alveolar que contém col se mistura 
com o g<is do espaço morto. 
• Terceira fase: como a expiração continua, a con-
centração de cot aumenta rnpidamente até um 
platO, que essencialmente repl'l'Se,nta o gás al-
veolar, ser atingido. 
Quando a inspira~llo se inlda, o nfvel de co1 cal 
abruptamente e há um deslocamento da curva para 
z.ero. O ponto no qual o platô termina, imediatamen-
te antes da inspiração, ~ uti!U."Jdo pan indicar a 
concentra~Jo de C02 no fim da expiração (PctCOz>. 
A PetC01 é utiliuda para estimar quantitativa-
mente a PaC01• A PetC02 é usualmente menor do 
que a PaC0
1 
em uma pessoa saudável e acordada, 
sendo a diferen~ entre a PaC0
2 
e a PetC0
2 
chamada 
de grad lente de C01 (PactCOz>. O gradiente PactC01 
é normalmente inferior a 5 mmHg, sendo a dlf~ 
entre a PaC02 e PAC02 de aproximadamente 1 a 2 
mmHg.IO.ll 
Alterações na PetC02 podem estar associadas a 
mudanças na oferta de col para os pulmões, na 
ventilaç~o alveolar ou no funcionamento inadequa-
do dos equipamentos de ventilaç~o mednica. Con-
dições clfnicas que podem provocar alternções na 
PetC0
1 
s.'lo apresentadas na Tabela 3. 
Altera(6es na forma de onda na capnogrnfla tam-
bém são significativas e podem ser caracteristicas de 
cert."Is situac;ões cUnicas. No capnogmma norma1 
{ver Figura 6), o ângulo formado entre as fases 2 e 3 
corresponde a 100 e 110" e é denominado alfa, sendo 
sua inclinação determinada pela relação ventilaç.lo-
·pe~o (V / Q) do pulm:lo. Pacientes com doe~ 
obstrutivas apresentam aumento do ângulo alfa. 
A 
o e • -
C..oo -
~--
....r-· .. . -.. ... 
••• a •• 
- -a...,. .. ..,.. •• 
B ;::J--
......... .......,.,....•af 5I 
Figura 5 Tipos de capnógrafos (Warth, 2001). Capnógrafo 
nao aspira!No (A) e capnógrafo asporativo (B) 
37 
Fatores como artefatos e débito cardíaco também 
podem alterar essa angulação. já o ângulo formado 
entre a rase 3 e a borda descendente da curva é cha-
mado de ângulo beta e corresponde a cerca de 90", 
sendo utilizado para medlr o grau de reinalação de 
CO I) 1' 
As Figuras 7 a 12 apresentam as possiveis altern-
ções na curva de capnografia e suas situações 
cUnicas. 
Tabela 3 Concl<oes cllnos associadas com l ltetiÇoes N 
PetC01 
Aumento na PetC01 
Agudo 
Aumento agudo do débrto cardlaco 
Uber~o aguda de um torniquete 
Adm•nlstraçJo endo~ de btcarbonato de 56dto 
Gradual 
H•povent•laçao 
Produç&o de C01 aumen~a 
Dimínuíç:lo na Pet<0
1 
Aguda 
H perventJI.a(.)o aguda 
D.minuiçoo aguda do débito caldlaco 
Tromboembolismo pulmonar 
Embol•a glnOSêl 
Desconexao do ventilador 
Obstruçoo do tubo t~ueal 
V.urnento no c•rcu1to ~ratóno 
Gradual 
H .pervent•l.a(.)o 
O~~n~nulçoo do consumo de o, 
o.m.nuiçoo da perlusoo pulmonar 
Ausenda na PetC01 
lntubaç3o esofâg1ca 
..co, 
'-~~ --------
r•• 
.J -·--------· ·-· ~·...-~(Mowllall 
Figura 6 Capnograma nonTlill (Fa.çal. 2004). 
•.co ··--' MCO, 
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38 
co 
o 
c ---~ 
T~ 
Figura 7 Angulos do capnograma llOmlal (Warth, 2001). 
co,-.. 
" -· ~-~·- -- - . ....... ·-· -
,..-:.. 
Figura 8 C~ r afia com ob~ ao fluxo a«eo 
(Warth, 2001). 
' " ....... ·--·· ............ .., •• r r 
.J 
• 
f'tgura 9 Capnograf•a com reinalaçao de gás exp~rado 
(Warth, 2001) 
Aplicações clínicas 
.. 
A utiliuç3o da PetC0
1 
pode ser confiável para 
esti.mar a PaC0
1 
desde que a forma de onda do c:ap-
nograma permaneça inalterada, a temperatura con· 
tinue constante c as funções respiratórias e cardio-
vasculares sejam estáveis. A capnografia é útil para 
verificar se a ventilaçâo pulmonar está adequada, 
avaliar altera~ no fluxo sanguíneo pulmonar e 
espaço fisiológico morto, além de det.ectar a adição 
de col à circulação sistêmia. 
A capnogrofia, com a monitori7 ... 1Ç1\o contrnua da 
PetCO,. nlo substitui medidas da PACO,. entretan-
to, em razão de sua n..io invasividade e seu fácil 
manuseio toma·sc uma ferramenta llhl c b.nat.l na 
prática clínica, principalmente nas unldadcs de tera-
pia intens iva. na otimização dos cuidados de pad en-
tcs submetidos à ventilac;âo mecânica. 
A utilização da capnografia na população neo-
natal e pediátrica apresenta certas dificuldades em 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
co,-.. 
p • ..... ............ ,.,. • • •• ~-· r f 
• .,I .J 
Figura 1 O Capnograf.a com presença de resp11 aç.\o 
espont3nea durante venulaçao medruca (Warth. 2001). 
co,-
• 
p ---------------------------------
Figura 11 Capnograf.a com desconeMo da ~~et~blaçao 
mec3nica (Watlh, 200 1) 
co, 
:I r~\,.. .a ... 'V'n 
Figura 12 Capnografia com lntubaçjo esof&ga (Warth, 
2001) . 
razJo do pequeno volume com!nte e da frequência 
respiratória elevada, comum em prematuros, recém-
·nasddos e Llctentes. Estudos demonstram que a 
capnografia subestima significativamente a PaC01 
nos lactentcs e que o nível de PetC01 é mais elevado 
na amostra de gás exalado na extremidade distai da 
c!nula traqueal, quando comparado com a mostra 
colhida na abertura proximal da via aérea.1 .. u 
MANOVACUOM ETRIA 
A força muscular respiratória é defiruda como a 
press§o máxima mensurada no nível da boca, atri-
buída a um esforço muscular necessário para produ-
zir mudança de p~o." A prcssl!o inspiratória 
máxima (Plmáx) é um índice de força da musculatu-
ra inspiratória, e a pressão expiratória máxima 
(PEmáx) é um índ ice de força dos músculos expira· 
tónos. Plmáx e PEmáx são a maior pressão que pode 
ser gerada duran te uma inspiração e expiração 
máximas contra uma via aérea oclufda. Ambas 
podem ser medidas por melo do manovacuOmetro, 
instrumento clássico que pode ser do tipo analógico 
ou díg:ital e tem como finalidade mensurar pressões 
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INSTRUMENTOS OE AI/AUAC}.O RESPIIIATORIA 
Tabela 4 VantagenS ela utJiizaç.ao ela capnografaa 
• Monit~ continua da PetCOt 
• N.liO lnvasMdade 
• Faolita a detecç.liO de defeitos no funcionamento do 
wnt•ladof 
• Facilita a detecç.liO de obstruçollo do tubo uaqueal ou 
lllterrupçollo no orcUJto de venlllaçolio entre o ventilador 
e o paoente 
• Detecta v.\nos tipos de distútbios associados à relaç.liO 
vent•laçaarperlus3o (VIQ) 
• ""rm11e mon1t0f1~ ela PetCOl em dJYervs 
manipulaçóes terapeuticas (PEEP. vasopressores). 
fornecendo avallaçJo Indireta do fluxo sangufneo 
pulmonar e. portanto. auxtllando na detel'lnlnaçào da 
PEEP adequada, na necessidade de ínfusao de volume e 
na necessH:Iade de Ya$0pri!$SOres 
• ""rmlle morutor1zaç.\o ela ""tCO, durante a reanlmaç.\o 
cardiopulmonar, em que o aumento da ""tCO, se 
rorrelacioN com a melhora do fluxo sangiAneo 
pulmonar e, portanto, melhor<'! do dl!btlo cardlaco, um 
111dicat1Vo de sucesso no processo de rean~maçào 
positivas (manômetro) e pressões negativas (vacu(). 
metro) . 
A manovacuometria é uma avaliação relativa-
mente simples, de baixo custo e não invasiva, que 
pode ser utili7Ãida para quantific:M a fo~ dos mús-
culos respiratórios em indivíduos saudAveis de ida-
des variadas e em pacientes com distúJbios de dife-
rentes origens. Atualmente, tem tido uma vasta 
aplicaçl!o no diagnóstico c prognóstico de distúrbios 
neuromusculares e pulmonares, 17 pennitindo o diag-
nóstico de insuficiência respiratória por Calencia 
mUSC\llar e diagn65tlco precoce da fraqueza dos 
músculos respiratórios, auxiliando na avaliação da 
mecânica respiratória e na indicaçJo de intubaç.lo, 
desmame do respirador c extubaçllo de pacientes)• 
assim como na avaliação da resposta ao treinamento 
mUSC\llar respiratório. 
O m~todo de avaUaç3o da força da musculatura 
respirn tória foi proposto pela primeira vez por Black 
e Hyatt em 1969.19 Esses autores reali7-<~nm um estu-
do com 120 indivfduos saudáveis, de ambos os 
sexos, com idade entre 20 e 86 anos, determinando 
os valores de pressões respir<~tórias máximas c equ<~­
~ de referência para a populaç;lo saudável, levan-
do em consideração sexo e idade. Após esse primei-
ro estudo, diversos autores avatiMam Plmáx c 
39 
PEmáx em pessoas saudáveis, de diferentes faixas 
etárias, em vários lugares do mundo, e publicaram 
seus achados sob a (ol'll\ll de valores de referenda-
ou equações preditivas17•19.>•.n para o cálculo das 
pressões respirntórias máximas. 
De acordo com a literatura, Camelo ct at.», em 
1985, foram os primeiros a descrever valores de 
Plmáx e PEmáx de uma amostra da população brn-
~iJelra, na ódade de Ribeirllo Preto, no estado de S3o 
Paulo. Neder et al.11, em 1999, por meio da análise de 
regressão múltipla, foram os primeiros a desenvol-
ver equac;ões preclitlvas dependentes com base em 
sexo e idade para Plmáx e PEmáx a partir de uma 
amostra da população brasileira. 
Aspectos técnicos 
O manovilcuOmetro é con5tirufdo por um tubo 
cillndrico, no qual a extremidade distai é conectada 
a um manômetro e a extremidade proxirnal é aberta, 
onde se encaixa uma peça bucal. ou máscara facial, e 
através dela o paciente a ser avaliado rt'aliZll esfor-
ços expiratórios ou inspirntórios máximos. 
Flore Junior ct al.n compilrilrnm os valort'S das 
pressões respiratórias máximas c da capacidade 
vital, obtidos através de bocal e de máscara facial. Os 
autores concluíram que a ;waliação dn press.'lo i11Spi· 
ratória máxima e a capacidade vital podem ser reali-
zadas com uso de máscara facial, sem interferência 
nos resultados obtidos. A avaliação da press.'lo el(pi-
ratória máxima por meio de máscara facial mostrou-
-se adequada quando foi possível evitar o escape de 
ar ao n.'<lor deln, porém a grande prevalência de 
vazamentos e a consequente reduçlio dos valores 
obtidos na avaliação tornam seu uso limitado.Outro aspecto técnico importante é a presença de 
um pequeno oriffcio (ou fuga) no sistema, para evi-
tar tanto o fechamento g.lótico quanto a geração de 
pressJo adicional pelas bochechas. Nos esfo~ 
inspiratórlos máximos, ml1sculos da boca e da orofa-
rlngc podem gerar uma pressão negativa que falseia 
o valor da pressl!o produzida pelos músculos inspi-
ratórios da caixa torádca, esteja a glote corretamente 
aberta ou indevidamente fechada e, nos esforços 
Clq>i.ratórios máximos, a insuflação passiva das 
boche-chas amortece apressAo produzida pelos mús-
culos expiratórios do tórax e do abdome e isso tende 
a diminuir o valor medido de PEmáx. Ao se compa-
rar estudos nos quais foram feitas medidas de 
PEmáx e de Plmáx, devem ser consideradas as pos-
sfveís diferenças de dimensllo entro os orifícios. :o 
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Figura 13 ManovacuOmetro. 
Outro fator importante é a in.Oullncia da posição 
corporal "" mcnsum(3o das pressões resplratóri.u 
máximas; porém, Roqucjani ct ai." n3o obtiveram 
diferenças estatisticamente significativas nas medi-
das de PlnWc e PEilWc nns posições sentada, Trcnde-
lemburg, prona, em decúbito dorsal, em 45° e nos 
em decúbito$ laterais direito e esquerdo. Domingos-
· lknkio et aJ.», estudando a inlluência do peso cor-
poral em diferentes posic;ões <sentada, deitada e em 
pé), constataram que as medidas de Plmáx e PEmáx, 
em pé c sentada, não aprcsentarnm díferen(QS slgni· 
fiotivas; entretanto, em decúbito dorsal os valores 
de Plmáx obtidos foram menores do que nas posi-
Ta.bela 5 Equaçoes de regressa<> para o cAlculo das 
pms0es ~tótias mblmas em funçao da dade, 
de acordo com o sexo, propostas pot Neder et al.'1 
Homens de 20 a 80 anos 
P!INxVR (cmH,O)• • 155,3 -O,SOA, R2 • 0,42, EPE • 17,3 
PE!Tlé1x CPT (cmH,O) • 165,3-0,81A; R2 • 0,48, 
EPE = 15,6 
Mulheres de 20 a 80-
P1tNX VR (cmH,O)• • 110,4 - 0,49A. R2 • 0,46, EPE • 9,1 
PEmâx CF'T (crnH10l" 115.6- 0.61A: R2 "0.48: 
EPE•11,2 
• ~ VIl- t<11 Wiolft ~os. dtlpm,tndo-te o toNI de 
~.A.~ em~ 12. coefiotnttde~ 
lPf.. eno-padrao clt t<llmoliv& 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
ções sentada e em pé; e os valores da PEmáx foram 
menores na posição deitada do que em pé. Conside-
rando a diversidade de oplníões, recomenda-se que 
mensuraçõesseriadas, em um dado individuo, sejam 
feitas sempre na mesma posição. 
O exame pode ser realizado a qualquer hora do 
dia ou da noite e a ordem em que são feitas as men-
surações não altera os resultados. Pode-5C medir 
primeiro a Plm.ix e depois a PEmáx, ou vice-versa, e 
devem ser afrouxadas ou removidas peças de ves-
tuário que possam interferir nos esfo~ respirató-
rios máximos, tais como cintos apertad06, faixas 
elástiGlS abdominais, cintas e espartilhos. ~C~ 
Mensuração 
Os valores de Plmáx e PEmáx dependem não 
apenns da forçn dos músculos respimtórios, mas 
também do volume pulmonar em que são realizadas 
as medidas e do correspondente valor da pressão de 
retração elástica do sistema respiratório. Contudo, as 
mensurações das pressões respiratórias máximas 
dependem ainda da compreensão das manobras a 
serem executildas e da vontade do individuo em 
coopero r e realizar movimentos e esforços respirató-
rios realmente máximos. 
A Plmáx costuma ser medida a partir da posiçllo 
de expiração máxima, quando o volume de gás con-
tido nos pulmões é o volume residual (PlmáxVR}; no 
entanto, pode ser medida a partir do final de uma 
expiraçAo tranqulla, quando o volume de gás conti· 
do nos pulmões é a capacidade residual funcional 
(Pim.'\JcCRF). A PEmáx é geralmente medida a partir 
da posiç:!o de inspiração máxima, quando o voltlllle 
de gás contido nos pulmões é a opacidade pulmo-
nar total (PEmáxCP11, mas tllmbém pode ser medi· 
da a partir do final de uma expiraçAo tranquila 
(PEmáxCRF). 
Os maiores valores sJo obtidos a partir da posi-
(.lo de encolhimento e enchimento máximo do siste-
ma pulmão-caixa torácio, isto é, em nível do volu-
me residual (VR) e da capacidade pulmonat total 
(CP11, respectivamente. Tais valores podem, teorica-
mente, produzir uma superestimativa das reais pres-
sões, já que a verdadeira posição de relaxnmento 
passivo ocorre no nível da capacidade residual fun-
cional (CRF); logo, seriam somadas ao esforc;o as 
forças elásticas da caixa torácica. Entretanto, a CRF é 
um volume muito men06 rcprodutfvcl que o VR e a 
CPT e, portanto, estes últimos constituem posições 
de escolha para os testes cUnícos. 
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INSTRUMENTOS OE AI/AUAC}.O RESPIIIATORIA 
Atualmente, a tendência é recomendar a realiza-
~o de, no máximo, cinco manobras e se obter três 
manobras aceitáveis (i. c., sem Vllzamcntos c com 
duração de pelo menos dois segundos). A cada 
manobra, registrar a pressão mais elevada alcançada 
após o primeiro segundo. Entre as manobms <lceit.i-
veis, pelo menos duas manobras deverão ser repro-
dutíveis, ou seja, com valores que não sejam diferen-
tes entre si e nllo supcriol'\.'5 a 10% do valor mais 
elevado. Caso o valor mais alto surja na última 
manobra, alguns autores sugerem que o teste tenha 
prosseguimento até que seja produzido um valor 
menos elevado; com isso, o número de manobras 
pode passar de cinro.11 
Valores de referência 
Há relatO!> na literatura de que quando compara-
das as pressões respiratórias máximas entre os sexos, 
observa-se que os homens apresentam valores sigJú-
ficativilmcntc miliol"l'$ do que as mulhel"l'$ da mcsm.1 
faixa ct<iria, mas que esses valores declinam com a 
idade. 
Embora existam diversos autores que tenham 
avaliado as pressões respiratórias máximas em pes-
soas saudáveis, pertencentes a diferentes fajxas etá-
rias, c publicado seus achados, os valores de refcri!n-
cla m.'\ls frequentemente citados silo os de Black et al." 
Entretanto, a grande discrepância entre os 
valores de referência dí!S pressõc.-s respiratórias 
máximas, fornecidos por tabelas c equações, pode 
ser atribuída aos distintos processos utilizados para 
a selcc;3o das amostras, ao ~ucno tamanho de 
algumas delas e às diferenças de cquip.1mentos e 
tknicas.25 
VENTILOMETRIA 
O comportamento mecânico do puJ~o é basea-
do nas suas propriedades elásticas c em seu volume. 
A mensUI'aÇâo desses volumes pulmonares oferece 
dados essenciais para a caracterização do estado 
fisiopatológico proveniente de anormalidades dos 
processos pulmonares/ ventilatórios.• Os volumes 
pulmonares que podem ser dc«>rminados por meio 
de vcntilometria silo o voiUJ'Ile-mlnuto, o volume 
rorrente (VQ e a capacidade vital (CV). Essas medi-
das permitem morutorizaçllo simples, preventiva c 
fidedlgnn, p.1ra dcterminaç!o da gravidade e do 
progresso de djversas disfunções neuromusculares, 
41 
para controle e desmame ventilatório" e para avalia-
~o daqueles que serão submetidos à cirurgia abdo-
minal alta ou torácica." 
O volume-minuto é o volume total de ar inspira-
do e expirado nesse esp.1ço de tempo, seja em repou-
so, scj.'l durante o e.><erddo. Esse volume pode ~r 
expresso pelo produto de "VC x frequ~ncia respira-
tória" e fornece uma estimativa grosseira a respeito 
da wntilação. No entanto, <.'SSC par-Ametro, ~ado 
com outras mensurações (VC, CV, Plmáx e PEmáx}, 
pode auxiliar nn avaliação da eficiência da ventila-
ç.\o adequada. 
O volume corrente (VC) é o volume de ar que 
entra ou sai do p~o em cada cido respiratório. 
Os valores ~ios do volume rorrente sJo de 400 a 
600 ml, correspondendo a aproximadamente 5 a 8 
mL/ kg de peso, podendo ocorrer grandes desvios 
momo em índlvfduos normab. An11lisado com a 
frequ@nda, permite avaliar o grau de hipoventila-
ção. A frequência respiratória, em indivfduos saudá-
veis e em condi~õcs basa.is, varia de 12 a 20 movi-
mentos respiratórios por minuto. Portanto, o 
volume-minuto respiratório é, em média, cerca de 6 
litros por minuto. 
A capacidade vital (CV) é definjda como o volu-
me máximo de ar expiradoa p.1rtir do ponto de 
inspiração máxima." Repi'\.'Senta o mnior volume de 
ar mobllizado. Compreende a soma dos volumes de 
reserva inspiratório, rorrente e de reserva expira tó-
rio. A capacidade de a.r que pode ser inspirado além 
do volume rorrcnte é o volume de reserva inspirat~ 
rio (VRO, enquanto o máximo de volume expirado 
após uma expiração normal é o volume de reserva 
expira tório (VRE). 
Os valores normais para a CV são de 65 a 75 
mL/ kg. Sua redução evidencia uma grande anorma-
lidade em p.1cientcs com fraqucz.1 de músculos res-
piratórios ou com alterações de mecânica pulmonar 
que levem à sobrecarga desses músculos.lUl Consi-
dera .se que uma CV menor que 10 a 15 mL/ kg 
associa-se aos índices fisiológicos que predizem o 
fracasso do desmame da vcntibição mec!nica ,2t 
Os volumes pulmon11res variam em função de 
fatores como gênero, idade, altura, peso, postura e 
atividade física. A CV obtida em decúbito dorsal 
poderá ser menor que 25% ou mais em relaçJo à 
obtida na posição sentada.21 As avaliações depen-
dem do entendimento e da colaboraç3o do paciente. 
Em situações de ngit.'l(ão e ansiedade, os resultados 
não 5Cl'3o dignos de crédito.,. 
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42 
Peak flow 
O ptttk fluw é um aparelho importante ~ra o 
diagnóstico, a monitoração e o controle da asma, 
pois ele detennina o pico de Owco expiratório CPFE). 
Em dccorrl!nda da simplicidade c fi\cil avallaçllo, o 
monitoramento diário do PFE em domicilio tem sido 
reromcndado para os pacientes com asma modera-
da a grave, p.ua 11uxíHar no controle dos sintomas e 
aJertar para perfodos de aumento da intensidade da 
- .» cnse. 
O PF'E representa o nuxo m.iximo gerado duran-
te uma expi.ra~o forçada, realizada de fonna curta e 
explosiva, partindo do n!vel máximo de insuflação 
pulmonar, ou sc_ln, da capacidade pulmonar total 
Ele é considerado um indicador indíreto da obstru-
ção das grandes vias aéreas c é influenciado pelo 
grau de iJ\5\lnac;ao pulmonar, peln forç~ muscular 
do paciente e pela elasticidade da musculatura 
abdominal e torácica."',. 
O re01l papel da medida do PPB na reduc;~o da 
morbidade dos pacientes asmáticos tem sido ques-
tionado por alguns autores."-• Como a asma acome-
te principalmcnh! as pequcnru. vias aére;u, o PFE só 
irá se alterar em uma fase mais tardia, após um 
aumento importante na resistência das vias aéreas. 
~ maneira, o melhor rndlce funcional para ava· 
liar a obstrução seria a medida do volume expirató-
rio fon;ado no primeiro segundo (VEF1), que é men-
surado por cspir6metros. Entretanto, O PFE 
correlaciona-se bem com o VEF1
31 e constitui-se 
aJternativa útil à espi.rometria na monitorização da 
limít.lção ao flwco a&eo c na progr~o da obstru· 
ção, porém 1\!o substitui o VEF
1 
no diagnóstico ini-
cial da asma. 
Mensuração 
O aparelho de ptflk flmo faz. a medida em litros 
por minuto e esta medida indicará o grau de obstru-
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
f igura 14 Ventitómetro npo Wright. 
ção das vias aéreas naquele momento, por isso é 
necessário t'fetuar a medida corretamente. O PFE é 
dependente do esforço e, por isso, requer a colabol'3-
ção do paciente. 
O esforc;o cxplratório forçado deve scr lnldado a 
partir de uma posição inspiratórla e deve-se manter a 
cabeça em posição neutra, pois a hipercxtensão eleva 
e a flcxllo n!duz o PFE em razão de mudanças 1\il 
complacência traqueal Pelo menos t1'ês medidas 
devem ser realizadas em cada sessão e a manobra 
deve se.r repetida até que três leituras cstcjlm dentro 
de 20 L/min cada uma da outl'3. O maior valor das 
Ires leituras deve ser anotado. Deve-se observar se 
ocorre dcclinío nns manobras sucessivas, o que l.ndica 
broncoconslrição. Clipes nasais nllo silo necessários. • 
Valores de referênda 
Existem vaJores de referência internacionais para 
as medidas do PFE em relac;Jo a idade, estatura e 
sexo. Os vaJores previstos, sugeridos para uso oo 
Tabela 6 f<l!U de ~alore notmM J)<lfa as prmOes resporiltónas múlmas, por wxo e grupo etário propoStos por 8lcKX el ai • 
Pressão Sexo Grupo etário (anos) 
20.54 55-59 6(}-64 65-69 70.74 
~VR• Homens 124 :t .. 103 :t 32 103 :t 32 103 :t 32 103 :t 32 
Mulheres 087 :t 32 on :t 26 073 :t 26 070 :t 26 065 ::t 26 
PEmáxCPT Homens 233 :t 84 218 :t: 74 209 :t 74 197 ::t 74 185 :t: 74 
Mulhfres 152:1:54 145 :t: 40 140 :t40 135 :t 40 128:t:40 
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INSTRUMENTOS OE AI/AUAC}.O RESPIIIATORIA 
-
"' ....... ._.... c r n r -- 'e'd' OI ....... .... -
A. (V -- --"""""' . -...... ,_ .. --- --• 
Flgura 15 ~umes e c;apacldéldes pulmonalt'S 
Flgura 16 l'leak 1/ow 
Brasil, são baseados em Leiner e1 ai." para popula-
ção normal e C«<frey et al.0 para crianças normais. 
Porém, a melhor forma de avaliar é sempre compa-
rar o paciente com sua melhor medida prévia.44 
A variabilid~dc do PFE pode ser mais importlntc 
que o seu valor absoluto. A variabilidade diurna 
normal no PFE em indiv!duos não asmáticos é de 
I~ ou menos, aumenlMdo consideravelmente em 
pacientes com hiper-responsividade brônquica e 
asma grave. Para o c:álcuJo da variabilidade diurna, 
o paciente deve medir o PFE imediatamente ao acor-
dar, antes da utiliz.açJo de qualquer broncodilntador, 
e à noite após uso de broncodilatador. Uma va.riabi-
lidadc superior a 2()CJ{, em adultos c 30~ em crianças 
é indicativa de asma. 
A classificac;ão da gravidade da asma também 
esti correlacionada com a variabi lidade do PFE, 
porém há grande inOuência do uso de broncodila~­
dores nessas medidas. •• 
Para monitoriz.açAo a longo prazo, medidas mati-
nais, obUdas logo ao acordar c antes das mt-dlca~, 
são consideradas o melhor indicador da gravidade 
da asma. 
43 
Tabela 7 lndicai!Vos de asma por metO da medida do PfP5 
• Aumento > 15% no PfE após inala(êk> de um 
btoncodilatoldor ou um curso oral de conicosteroide 
• Variaç3o duma no PfE > 20% (diferença eotre a maJOr 
e a menor mtd•da dO ptrlodo) cons.derando mtd1das 
feitas pela manha e ~ tarde, ao longo de um 
perfodo de 2 a 3 semanas 
Tabela 8 Valores de PICO de flu)(() ecpratório (Vm.n) para 
poputaçao normat• 
Idade 
(anos) 155 
20 564 
25 
30 
35 
40 
45 
50 
55 
60 
65 
70 
553 
541 
530 
518 
507 
494 
483 
471 
460 
448 
ldbde 
(anos) 145 
20 
25 
30 
35 
40 
45 
50 
55 
60 
65 
70 
405 
399 
394 
389 
383 
378 
373 
368 
363 
358 
352 
• ....,., ti . ... 116) 
160 
583 
571 
559 
547 
535 
523 
511 
499 
486 
475 
462 
150 
418 
41 2 
407 
402 
396 
391 
386 
380 
375 
370 
364 
Homens 
Estatura (em) 
165 170 175 
601 620 639 
589 
577 
565 
552 
540 
527 
515 
502 
490 
477 
608 
594 
582 
569 
557 
543 
531 
518 
505 
492 
Mulheres 
Estatura (em) 
626 
612 
599 
586 
573 
560 
547 
533 
520 
507 
155 160 165 
431 
426 
421 
415 
409 
404 
398 
393 
387 
382 
376 
445 
440 
434 
428 
422 
417 
411 
405 
399 
394 
388 
459 
453 
447 
442 
435 
430 
423 
418 
411 
406 
399 
110 
657 
644 
630 
617 
603 
576 
563 
563 
549 
536 
521 
170 
473 
467 
461 
455 
448 
442 
436 
430 
424 
418 
411 
Muitos pacientes n3o s.<lo capazes de reconhecer 
que a dctcrioraçllo clfnlca c a d!m.inulç.\o da pcrcq> 
ção da piora correlacionam-se rom crises de asma 
mais graves e ronsequente aumento do risco de 
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Tabela 9 v.wns de piCO de fluxo pte~~~sto para a1<1nças 
normais• 
Estatura Valor Esutura Valor 
(em) (Um in) (em) (Um in) 
109 145 142 328 
112 169 145 344 
114 180 147 355 
117 196 150 370 
119 207 152 381 
122 222 155 397 
124 233 157 407 
127 249 160 423 
130 265 163 439 
135 291 165 450 
137 302 168 466 
140 318 170 476 
·~tt- 1910 
Tabela 1 O Monlton~ do PFE dlc\r10 
Forma c;llnkll 
l..elle e ~pt16dica 
l.eliee~teModer~ e orave 
Variabilidade dl.ria 
< 20"' 
20-30% 
> 30"' 
morte. V'asto isso, é de extrema lmportlnda que o 
profissional da ámt de saúde Sliba orienwe escbte-
c:er o paciente sobre a utilizaçlo correta e os benefi.. 
cios da morutol'luçJo do PFE por mcio do ptak Jlqat. 
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ratory Soc:idy. Eur Respir J Suppl 1997; 24.:258 
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ESPIROMETRIA 
SIMONE DAL CORSO 
CARLA MALAGUTI 
ALINE NOGUEIRA DE OLIVEIRA 
INTRODUÇÃO 
O advento de espirômdros portáteis e de fácil 
manuseio, associado à padronizac;:lo da técnica de 
execuc;llo da cspirometria, ao cstabclmmcnto de 
valores de referência para a populac;lo brasileirA e 
de recomenda~ para sua interprctaçlo, tem tor-
nado 11 e~~ptromctm um exame cada veL mais ubh-
7..-.do na plitla clírua. 
O termo espirometria ad'"'ém do btim, spinur, 
que sigrufla ~p11V, e mnru~t~, cu)o StgrufiCildo ~ 
medida. O processo consiste na medição do ar que 
entra e saJ dos pulmões que, em conjunto com a 
vwvcl t('mpo, fo~ tambbn lnfOI"'NNÇÕCS VAU~ 
s.u sob~ os fluxos respiratórios. 
Para o entendimento das manobras respiratórias 
utili7.adas na espiromctria c das v;~rlávcis obtidas a 
putir dessas manobras, fn-se necessária uma breve 
revisão dos volumes e capacidades pulmonares. 
VOLUMES PULMONARES E SUBDIVISÕES 
O volume corrmte é a quantidade de ar que 
entra c saa dos pulmões durante a respu-açlo normal, 
nas fases inspirntória e expiratória, respectivamente. 
Ao final da fase expuatória, nos cicl~ respiratória. 
tranqull05, uma dctenrun.1daqua11lidade de ar pt'l'-
manece nos pulmões, sendo referida como capacida-
de residual fUJidonal (CRF). Esta capacidade rcpre-
~enta o ponto de cqullrbrlo do sistema resplr11tório, 
cu)o volume é mantido pelas forças de ~lhimento 
el.istico dos pulmões e pela caixa torácica, que 
atuAm em Kntidos opostos enquanto nlo M contra-
~ dos músculos respiratórios. A CRF corresponde 
li soma de doas volumes, sendo; 
• Volume de rcserv01 explratório (VRE), que é o 
volume adicional de ar que pode ser expirado a 
partir da CRF. 
• Volume residual (VR), ou seja, o volume de ar 
que JX'TTNnecc nos pulmOes ao final dn cxplril· 
ção máxima. 
O volume de rt'$('1'\/a lnspintório (VRI} é a dife-
rença entre o final da 11\Spi.raçlo tl"anquib e o final 
da inspiraçlo máxima. Como o término das fases 
i~plratórias em raparaçôel tranquibs é mwto 
vanável, a capacidade anspiratóría (CI) é uma meda-
da mais fidedigna, pois corresponde à soma do volu-
me corrente com o VRI 
A capacidade vatal (CV) ~o llldlor volume de ar 
expirado a partir de uma inspiração máxima. A 
capacidade pulmonar total (CP1) é a quantidade de 
ar encontJ'ada nos pulmões no final dessa lnspiraçlo 
e consiste na soma da CV com o VR. 
As subdivisões dot volumes pulmonares (ver 
Figura 1) podem ser determlnadns por melo de 
esplrõmetros. Esses equipamentos são divididos 
em dois tipos: 
• Os de volume, que compreendem os modelos se-
bdos em ,gua, tipo fole c pat3o, nos quais os ~ 
lumes e fluxos slo detcriJUI\adOS a putir de um 
sinal primário de volume. 
• Os de fluxo, constitufdos por pneumotacOmetTOs, 
term!stores e turblnõmctros, nos quais os v~ 
lumes e escoamentos são determínados a partir 
de um sana_! primário de fluxo. 
Independentemente do bpo de espirõmetl"o uti-
lizado, de\~ ~ar os segwntes pontos: 
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ESPIRO METRIA 
c• .... ... ... ... ... .. .. . .. ---···--·--
l "' 
Figura 1 ~umes e upacld.ldcs pulmonares. Vc. volu~ 
conente; VIl 'ICiume resdlal; VRI, 'ICiume de resei'Va 
inspirat6rio; VRE. volume de reserva explrat6rio; CV. 
capacidade Vlt.ll; C I. capacidade inspitatOria; CRF. upa~ 
res.dual funoonal; CPT, upacidade pulmona~IOtal. 
• que sua capacidade de dctco;l!o scjil conhecida 
(fluxo ou volume c tempo); 
• queapresenteexatidl!o, ou seja, que os valoresmen-
SIJmdos correspondam aos valores verdadeiros; 
• que ofereça precisão e que suas mensul"ilçôes pos-
sam ser reproduzidas; 
• que tenha lmearidade, isto é, ac:urácia nas amplas 
faixas de medíções, tanto nos fluxos baixos como 
nos altos; e 
• que apresente recursos para expressar os resulta-
dos de forma numérica e gráfica. 
Portanto, 11ntcs de ~ realiur o teste espiromé-
trico e de interpretar~ resultados, é hmdt~mental 
o controle de qualidade do equipamento. 
INSTRUÇÕES AO PACIENTE 
Quando o paciente marcar o exame, as scguin· 
tes lnstruçôes devem ser passadt1s: 
• Nilo ingerir chá ou café 6 horas antes do exame. 
em decorrência do efeito broncodilatador dessas 
substãndas.. 
• Não fumtlr 2 horas antes do teste, pois o cigarro 
aumenta a rcsistl!ncia ao fluxo a!!reo. 
• O jejum não é necessário, porém o paciente deve 
evitar refcições volumosas uma hora antes do 
exame. 
• Caso o paciente apresente doença respiratória pre-
via, o ideal é que o ext~me espirométrico ~ja reali· 
Z<~do na melhorcondiçl!o basal da sua doenc;a, pois 
problemas respil"iltórios agudos. como resfriado, 
gripe e pneumonia, pioram a func;ão pulmonar. 
47 
• Qualquer medicação broncodilatadora deve ser 
suspensa de 4 a 12 horas antes do exame. No caso 
de broncolilatadores de açAo curta, a suspcns3o 
poderá ser feita com antec:edência de 4 horas. Já 
no caso daqueles de longa ac;ão, a antec:edência 
deverá ser de até 12 horas. Entretanto, se a sus-
penslio dessa medicação resultar em dispneía 
acentuada, ela poderá ~r mantida . 
MENSURAÇÕES ANTES DO EXAME 
ESPIROMtl'RICO 
Previamente à ret~lização do exame espi-
rométrico, o paciente deverá ter sua estatura e peso 
aferidos, pois essas variáveis sJo utilizadas P<""" a 
determinaçAo dos valores previstos. Para se deter-
minar a estatura, deve-se utiliz.ar, preferencialmente, 
o antrop8mct:ro, e o paciente deve permam.occr des-
calço. Na aferic;l!o do peso, recomenda-se que o 
paciente retire as roupas pesadas e os calçados. 
RECOMENDAÇÕES GERAIS ANTES E 
DURANTE A REAUZAÇÃO DO EXAME 
O paciente dever~ repousar de 5 a 10 minutos 
antes de realiZilr o teste propriamente dito. O espirõ-
Ul(.'tfo deve ser calibrado Mte!. do exame. A !.ospiro-
~a f!, geralmente, realizada com o paciente na 
posic;ão sentada, com a cabeça mantida em posic;ão 
neutra durantcoscsforc;osinspirntórioseexpiriltórios. 
Recomenda-se o uso de clipe nasal. A inspirac;.lo p~ 
funda. que é solicitada antes da expiração forçada. 
n3o deve ser muito rápida. Após a inspiraç3o pro-
funda. a pausa pós-inspiratória 1\Jo deve exceder 3 
segundos, pois broncodilatac;ão e alterações na retra-
ç3o eltbtica dos pulmões podem ocorrer: Durante 
todo o teste, é Importante monitorar o paciente para 
que não haja vazamentos e mordedura do tubete ou 
bocal. Além disso, é fundamental que o paciente seja 
estimulado a realiz.ar um esforço "explosivo" no ini-
cio da expiração e a manter o esforço expira tório pelo 
tempo necess.irio, ou seja, até que um platô seja 
observado na c:urva volume-tempo, o que é um crité-
rio para o ténnino da manobra. 
PARÂMETROS DERIVADOS DA CURVA 
VOLUME-TEMPO E FLUXO-VOLUME 
A manobra b.isla da cspiromctrin consiste em 
realizar uma expiração máxima, até o volume resi-
dual, a partir da capacidade pulmonar total. Esta 
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pode ser rápida, e é denominada capacidade vital 
forçada, ou lenta, e, ne;se caso, recebe o nome de 
capacidade vital lenl<l. A visualizaç~o des'la mano-
bra pode ser expressa em duas curvas; a de fluxo-
-volume (ver Figura 2A) c a de volume-tempo (ver 
Figura 28). Ambll!l as curvas devem ser avaliad~s de 
forma criteriosa, pois servem como controle de qua-
lidade no que se refere à adequada realização da 
prova cspirométrlca. A análíse de ambas as curvas 
são complemenmres. Por meio da curva volume-
-tempo é possível detecmr o término do esforço 
expira tório, em raz..\o da manutençllo de um mesmo 
volume ao longo do tempo (vide tempo de 5 a 6 
segundos na curva volume-tempo da Figura 2B). Já 
na curva flu)(o-volume, detecta-se se o esforc;o ini-
cial, isto é, o pico de flU)(o expiTatórlo realizado pelo 
paciente, foi máximo (no caso de linha contfnua) ou 
submáxímo (caso a linha !>t.'jól pontilhada na curva 
fluxo-volume da Figura 2A). 
A partir das curvas de volume-tempo e de Ou-
xo-volumc são obtídos os segumtcs par~meti'O$: 
• Capacidlrde vital furvuia: que é o volume de ar ex-
pirado de forma m.Uima e forçada. Em condi«!es 
normais, a CVF é praticamente igual à capacidade 
vim I lenm (CVL), sendo aceim uma diferença de 
até 200 mL entre essas medidas. Enlretllnto, nos 
pacientes com limimc;ão o'luúca ao fluxo aéreo, 
observa-se que a CVF é menor do que a CVL, 
pois a manobra forçada pode levar à compress.lo 
A 8 
6 
5 
,: 
2 
1 
10 • 6 • l o 
~me 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
dinâmica da via aérea, reduzindo o volume expi· 
rado. Em doenças restritivas, a CVF, expressa em 
porccnl<lgcm ao previsto, é util~da para mcnsu· 
rara gravidade da restrição (ver Tabela 1). 
• Volume apirat6rio forçndo no primeiro segundo 
(VEF,): é o volume, em litros, expirado no primei-
ro segundo da manobra de CVF. Normalmente 
expira-se cerca de 83'l\ da CVF no primeiro segun-
do, 94'l\ no so.ogundo e 97'l\ no tci'CX.'iro 5(.-gundo. 
Ocorre uma perda de 20 a 25 mL a cada ano em 
indivíduos normais, enquanto nos pacientes com 
doença pulmonar obstrutiva crónica essa rcduç.~ 
é na ordem de~ mL/ ano. Em doenç~S obstru· 
tivas, o VEF,, expresso em pcm-entagem do valor 
previsto, ~ utili.zado p.1ra graduar a gro~vidt~de da 
obstrução(ver Tabela 1). 
• RL/açifo VEFrfCVF: expressa o volume expira tório 
fon;ado no primeiro S(."gundo como porcentagem 
da CVF. Em doenças restritivas essa relac;llo en-
contra-se normal e nas doenc;as obstrutivas, apa-
rece diminuJdn. 
• F/11Xo apimt6rio furvuio máximo (FEFmáx) ou pico 
de fluxo expiratório (PFE): corresponde ao pon-
to mais elevado da alça expiratória observado na 
curva fluxo-volume. 
• Fluxo expimt6rio forçado 25-75% CFEF 25-75';\): 
é o fluxo expiro tório forçado entre 25 e 75% da 
curva de CVF. que rompn!t'nde o fluxo de vias 
aéreas de médio e pequeno calibre. Geralmente, 
em decorrência de sua grande variabmdadc, os 
l 
CVF 
Vff1 l 
o l 3 • 5 6 
Tempo 
Figura 2 Rept~n~ gr~fica da curva fiiiXO-'o'Oiume (A) e volume-tempo (8). A ltnha pontJihada na curva fluxo-volume 
~nta subesforço. 
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ESPIRO METRIA 
fluxos telexpirat6rios não são utilizados na in-
terpretação da espirometria. Entretanto, as Di-
retrizes para Testes de Fu~Jo Pulmonar (2002) 
reoomend.am considerar obstru~;llo leve quando 
o PEF 25-75%, corrigido para a CVF. apresentar-
-se diminu!do, mu com o VEF, e a relação VEF.f 
CVF normais, bem como na presença de sinto-
mas respiratórios. 
• Tempo cxpiratório forçado m('<llo (TEF 25 -75~): 
corresponde ao tempo expirat6rlo forçado médio 
entre 25 e 75% da curva de CVF. 
CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DOS EXAMES 
Os critmos para aceitação dos exames sllo: a 
análise das curvas entre o fluxo-volume e o volume-
·tempo e a verificação dos valores numéricos da 
CVF, VEF1 e FEFmãx. Rt.'OOmcnda-se que sejam rea-
lizadas três manobras expiratórias máximas, dentre 
as quais pelo menos duas apresentem reprodutibili-
dadc nos par3mctros descritos a seguir. 
Em termos de aitérios de qualidade, o principal 
a ser analisado na curva fluxo-volume é se o esforço 
expirat6rio realizado pelo paciente foi máximo. A 
forma usual é observar o vaJor de pico de fluxo mais 
eJevado logo no início da expiração e uma redução 
progn:l>siva até que se atinja o fluxo zero, o que coin-
cide com o final da capacidade vital forçada (ver 
Figura 2A)_ O valor numérico referente ao esforço 
máximo é o FEFmáx ou PFE. Recomenda-se que a 
diferença entre os três maiores valores de FEFmáx 
seja menor do que 101rt ou O.S L/s. 
A curva volume-tempo tnz informa~ a res-
peito da duraç~o e do término da manobra ex-pirai~ 
ria A duração do esforço expiratório deve ser de, 
pelo menos, 6 segundos. Entretanto, o esforço expira-
tório pode ser interrompido quando um platô nesta 
curva for observado. Os pacientes com doença pul-
monar obstrutiva crônica lulbitualmcnte apresentam 
tempo cx-pirat6rio mais prolongado durante n espiro-
metria. Já os pacientes com doenc;as restritivas apre-
sentam um tempo reduzido. Em relac;llo aos par3.me-
tros de capacidade vital forçada e volume expira tório 
forçado no primeiro segundo, os dois maiores valo-
res devem apresentar uma diferença inferio r a O, 15 L 
Caso nJo se atinjam os critérios de repro-
dutíbilidade descritos anteriormente, com até oito 
manobras expimtórias máximas, o exame espi-
rométrico deve ser suspenso c repetido em um outro 
dia, pois manobras expirat6rlas forçadas repetitivas 
podem levar à broncoconstrição. 
PASSOS PARA A INTERPRETAÇÃO 
DA ESPIROMETRIA 
49 
A interpretação da prova espirométrica começa 
pela análise da curva fluxo-volume. Basicamente, 
podem ser visualiz.-.das ~ formas tfpicas il partir 
desta curva (ver Figura 3): a normal (A), a obstrutiva 
(B) e a restritiva (Q. O próx-imo passo é a análise da 
relaylo VEF.fCVF, que pode apresentar seu valor 
normal ou dimlnuldo. Quando este for normal, ou 
seja, estiver dentro dos limites de rcfcrênc:i.a. pode 
indicar uma espirornetria normal ou de padr3o restri-
tivo. A análise isolada do VEF, e da CVF auxilia na 
diferenciação entre o padrilo normal e o restritivo, ou 
seja, qunndo a esplrometrla é normal, os valores de 
VEF
1 
e CVF encontram-se dentro dos valores de refe-
rência. Caso ambos estejam diminuídos, com a rela-
ç3o VEF.fCVF preservada, há indicaçllo de distúrbio 
restritivo. A relac;llo VEF/CVF diminu!da ocorre na 
presença de doença pulmonar obstrutiva e, nesse 
caso, os valores de VEF, sempre cstarlo abaixo do 
limite inferior à normalidade, com a CVF normal ou 
diminuída. A nxlução da CVF. em presençt de uma 
rebç3o VEF/ CVF diminu!da, pode ocorrer apenas 
em função do processo obstrulivo ou da c.oexlst~cia 
de doença restritiva. Para diferenciar essas duas situa-
«les, o Ideal é a reallutc;ão da plctismogrnfia de COtpO 
inteiro com a medição da capacidade pulmonar totll. 
Entretanto, esse equipamento não está facilmente dis-
ponível na prática clínica. Uma estratégia alternativa, 
recomendada pelo Consenso Brasileiro de Espirome-
tria, é calcular a diferença entre a capacidade vital e o 
volume expiratório forçado no primeiro segundo, 
uliliMndo-se os valores pol't'elltuals previstos para 
tais variáveis. Se a diferen~;a for menor ou igual a 12., 
12 
6 B 
3 
9 8 7 
CPT 
6 5 4 3 2 
Figura 3 Formas tfpicas da curva ftUXI)-VO)uiTle: rurva 
nOfiT\il (A), curva obslru1M (B) e curva restnllv.J (C). 
1 
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50 O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
{ CVF ramal VEF, not'NI bpromew normal 
{ CVF do"olnuldl VEF, d>mnuldo 
%CVF 
{ CVF _, ou dii'I'WIUkla { · % VEF I VEF, dmnurdo 
12. OVtm!O 
> 12 e< 2S· OVobs!rvtívo com ~da CVF 
:t 2S OV llllstru!MI com ted~ da CVF por htpen~ 
Algoritmo 1 P4SSOS pare~ tnte~ da espuometm OV, di5tÚ!l*) ventíl.ltóno 
o distúrbio vcntllatórlo pode ser clnsslncado como 
misto; se a diferença estiver entre 12 c 25, pode-se 
dizer que é um dístúJbio ventilatório obstrutivo oom 
n.oduç3o da CVP dirrunufdn. Já no c;u;o de um valor 
superior ou igual a 25, o dist'llrb;o pode ser carac:teri-
z.ado como obstrutivo, com a redução da CVF causa-
da, provavelmente, pela ltiperinsullaçi'o pulmonar. 
Os passos para interpretação da espirometria 
estão resumidos no Algoritmo 1. 
A quanti.ficação do grau de acometimento da 
funçJo pulmonar é baseada M reduçl\o dos fndkes 
espirométricos, em relação aos valores previstos para 
a populaçJo. A classificaç3o está descrita na Tabela 1. 
RESPOSTA AO BRONCODILATADOR 
A resposta ao broncodilatador (80) é avaliada 
por variações no VEF
1 
e CVF, as quais detectam mu-
danças no infcio da curva c em toda a alça cxptrat~ 
ria, respectivamente. 
Para a avaliação da resposta ao 80, a mcdjcação 
broncodilatadora deve ser suspensa. Após a realiza· 
çio e a act'itaç-âo de curvas reprodutlveis pré-bronc:o-
dí.latador. usualmente administra-se 400 ll8 de salbu-
tamol ou fenoterol e, posteriormente, wca de 15 a 20 
minutos, as manobras expirotórias ~o 1'\.'}'ctidas. 
A análise da rcspostl ao BD pode ser feita de 1m 
maneiras: 
Tabela 1 Classtflca~bo dos distutboos ventilatónos segundo 
a 9fJ'II(Iade 
OassificaçAo Pa~metro 
do VEF, CFV VEF/CVF 
distúrbio "do ...-o "do~o "do P<Msto 
~ 60-LIN 60-UN 60-UN 
Modetado 41-59" 51-59" 41-49% 
Grave 40 50 40 
1.1< .,.l.t onftnar IM normalocladt 
• Pela poi"'.'ntagem de incremento em relação ao 
valor basal (VEF, pós-BD- VEF, pré-BD I VEF, 
pré-BD X 100): sendo que variações de 12% indi-
cam resposta ao BD. 
• Pela difurenc;<t absoluta (VEF, pós·BD - VEP, pré-
·BD): neste c;u;o, diferenças superiores a 200 m L 
são consideradas uma resposta ao BD. 
• Pela poi'Cftltagem de aumento em rclac;Jo ao va· 
lor previsto CVEF, pós-BD - VEF, pre.BD/VEF1 
previsto X 100): dessa forma, o aumento superior 
a 7% no VEF,. em relaç.to ao previsto, ~ conside-
rado uma resposta positiva ao BD. 
Na prática clfnica, tem sido muito utilixada a 
recomendaçlo da American Thoracic Society (ATS), 
que considera a existência de resposta positiva ao 
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ESPIRO METRIA 
80 quando há um aumento absolutono VEF, de 200 
ml e 12% de incremento em relação à pon:entagem 
do va lor basal. Considera-se uma respostíl signi· 
fic:ativa de volume quando a CVF aumenta mais do 
que 350 mL após uso de BD. 
CONSIDERAÇ0ES FINAIS 
Para o fisioterapeuta, a espiromctrla é uma fer-
ramenta adicional para quantificar o grau de rom· 
prometimento da fu.N;3o pulmonar. ~ fundamental 
que o profissional ronhcça os ait~rios de quaUdnde 
que envol\"eeJ\ uma prova espirométrica e que possa 
interpretar não só os valores numéricos como tam-
bém as curvas provenientes desse teste. 
BIBUOGRAFIA RECOMENDADA 
I. American Thoracic Sodety. Lung function testiJ\3: 
selection of reference values and interpretative strate-
gies. Am Rcv Respil Ois 1991; 144:1202-18. 
2. Chcrnladc RM. Medn.lca da rt'Splmçlo. ln: Testes de 
função pulmonar. Rio de Janeiro: Revinter. 1995. p. 
~6. 
51 
3. Chernlack RM. lnterpretaçllo dos testes de funçllo ven-
tilatória. ln: Testes de função pulmonar. Rio de Janeiro: 
Revlnter; 1995. p.llt-33. 
4. Hughes JMB, Pride NB. Tests of foreed ~ration and 
inspiration. ln: Lung function tests: Physiological prin-
dples and diniCill appücations. London: W.8. Saun-
dtrll; 2000. p.3-25. 
5. Jardim JR, Ratto OR. Dal Corso S. Função pulmonar. 
In: Thrantino AS. Domças pulmon.-tres. 5 ed. Rio de 
Janeiro: Cuan.Jbara•l<oog;U\; 2002. p.l13-23. 
6. l..emle A. Espírografia. In: Provas de funçJo pulmonar 
na prática diária. Rlo de Janclro: Publicações Cienlffi· 
cu; 1994. p.l3-43. 
7. Pereira CAC, S.Mo T. Umitat;So ao nuxo aéreo e eapad-
dade vital reduzida: distúrbio ventilatório obstruth·o 
ou combinado? J Pnewnol 1991; 17:59~. 
8. Pereira CAC, Barreto SP, Simões JC, Pemm FWl., 
Cen;Uer JC, Nakatani J. Valores de referenda para espi-
rometria em uma ilDlostra da populaçlo brasilein 
adulta. 1 Pnc.>umoll992; 18:10.22. 
9. Sociedade Brasileira de Pneumologia e TISíologia. 
Dil\.'trizes para testes de função pulmonar. J Pneumol 
2002; 28(suppi3):SI ·S82. 
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ASPECTOS GERAIS NA INTERPRETAÇÃO 
DE EXAMES LABORATORIAIS 
ANA ROBERTA M IRANDA 
LEANDRO RICCILUCA M F~LIX 
INTRODUÇÃO 
O fisioterapeuta é P'lrtc integrante de uma cqui· 
pe multidooplinar cuja atuação abrange de5de 
pacientes ambulatoriais até aqueles que necessitam 
de suporte intensivo de vida. 
Com o avanço da tccnologill c da peKJuisa na 
área médica, os exames laboratoriais tomaram-se 
mais rápidos, seguros e contemplam diferentes 
espedalidades, promovc~ndo ma lo r qu.illdade no 
cuidado dos pacientes. 
De modo geraL os testes laboratoriais são úteis 
?'!Til fornecer informações adicionais sobre o quadro 
clínico; entretanto, isoladamente, os achados não são 
dia~ósti<.'O$. Para esse fim, é mandatória a associa· 
çâo com história c exame clinico. 
Os testes podem auxiliar n.lo só no diagnóstico, 
como t<unbém na avaliação sobre a resposta ao trata· 
mento proposto, fornecer diagnósticos diferenciais, 
avaliar a gravidade do quadro, monitorar o acompa-
nhamento pós-terapêutico e delinear o prognóstico. 
O profissional CSJ".'dnlista em fisioterapia respi· 
ratória avalia e trata pacientes portadores dos mais 
variados distúrbios respiratórios. Assim, fax.-se 
nec:cssária a comprccns.'lo integral da fisioplltologia 
da doença, dos sinais e sintomas e dos achados 
laborn toriais ca racteristicos. 
Neste capitulo, serão abordados os aspectos 
relevantes na interpretação de exames laboratoriais 
complementares, expostos de maneira didática e 
associados ao modo como se apresentam na rotina 
profissional Vale ressaltar que os valores relaciona-
dos aos exames citados neste texto são resultado de 
uma pesquisa teórica c, em alguns casos, podem 
oscilar, dependendo da têcnjca empregada por cacL1 
laboratório. 
TESTES HEMATOLÓGICOS 
Um individuo normal possui em médm 5 litros 
de sangue (7~ do ~ corporal) divididos em 3 
litros de plasma e 21itros de células. 
O plasma é um componente fluido e constitui 
aproximadamente 55' do sangue -em grande parte 
composto por água. Cerca de 1~ de sua composição 
é de substandas inorg1nicas que se encontram dis-
solvidas (como potássio, cloro, sódio e bicarbonato), 
7~ são compostos por proternas (como albumina, 
globuJinas e fibrinogênio) e o restllnte é composto 
por subst!ncias org3rucas n; o protcicas (como vila· 
minas, aminoácidos, hormônios, lipoproteínas, gases 
dissolvidos etc.).' 
As células St o produzidas na medula óssea c 
classificam-se em retulas vermelhas (eritrócitos), 
plaquetas (trombódtos) e retulas brancas (leuc6d· 
tos); estas, por sua vez, silo divididas em: granulód· 
tos, linfócitos, mon6citos, eosinófilos e basófilos. 
Antes do nascimento, mais especificamente 
após a d('Cima semana gestacional, o fígado c o ba~ 
são os principais locais de hematopoiese; a partir do 
terceiro trimestre, a produção gradualmente migra 
para a cavidade medular dos ossos e, posteriormen-
te, a medula óssea assume exclusivamente esse 
papel.J.z.l 
Fora da circu lnç!o, o s.1 ngue forma uma mistura 
composta de soro e de coágulo e, por meio da centri-
fugação, as células sedimentam-se em duas cama· 
das: a camada Inferior é vcrmelhil c corresponde a 
aproximadamente 43'l, caracterix.ando as hemácias 
ou glóbulos vermelhos; os leuc6citos situam-se logo 
acima, formando uma camada acinzentada que cor-
responde a 1~; e as plaquetas formam uma camada 
invisível sobre os leuc6citos.2 
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ASIECTOS GEMIS NA INTEAnETAÇAO DE EXAMES I.Al0RATORW5 
As hemácias são células anucleadas de formato 
bicôncavo, o que facilita as trocas ga505as. Elas con· 
têm hemoglobina, um pigmento vermelho rcsponsá· 
vel pela coloraçlo do sangue, formada por uma 
proteína simples denominada globina e um pigmen-
to vermelho, o grupo heme. 
Exístem vários tipos de hemoglobina: HbAl -
hemoglobina Al, que corresponde a maioria do 
percentual em um Individuo normal (97~); HbA2 -
hemoglobina 2, que corresponde a apenas 2%; e HbF 
-hemoglobina fetal, que representa 1~ da hemo-
globina no feto c~ em rcc::ém·na.sddos, mas ape-
nas 1% em adultos. 
Cada molécula de hemoglobina combina-se 
com quatro moléculas de oxigênio, formando a oxi-
·hemoglobina, que so&e oxidação em contato com o 
oxigênio, por interm~io do ferro, e se reduz em 
n!vel teddual onde, combinada ao COl" forma a 
carbamlno-hemoglobina que promoverá o retomo 
do co2 dissolvido no plasma aos pulmões. 2 
Hemograma 
O hemograma permite a análise qualitativa e 
quantitativa dos elementos figurados do sangue e é 
composto por eritrogJama, leucograma e plaqueto-
grama. é um dos exames mais solicitados no prática 
cHnica, pois permite a avaliação, ainda que pardal, 
da oxigenação tecidual por meio da contagem de 
hemácias/ hemoglobina, do sistema imunológíro 
pela ;waliac;lo da série branca e da coagulação pelo 
número total de plaquetas.J 
No passado, a conl.lgcm de c~lulas sanguíne<lS 
era reillizada por meio de técnicas manuais lenl.ls e 
trabalhosas, u tili.zando-se microscópios, tubos de 
ensaio, reagentes simples, calorunctros e centrifugas. 
Um avanço tecnológico observado a partir da 
segunda metade do século XX permitiu o desenvol· 
vimento de modernos contadores automatizados de 
célulns sanguíneas.• 
Oferecendo recursos indispensáveis para a rea-
li.z.ac;lo do hemograma, contribuindo não só para a 
velocidade de processamento como tam~m para 
otimizar a qualidade das análises, esses equipamen-
tos combinam diferentes métodos de avalinc;3o de 
alta t<.ocnologia e pr«isJo, analisando quanlilativa e 
qualitativamente milhares de células, fato que se 
tomou crucial atualmente, dada a demanda de soli· 
dta~ médlcas.u 
Os equipamentos fornecem também uma ava-
liação de índices hematológicos e a visualização de 
53 
histogramas, com os quais se toma possível a análise 
da distribuição dos díferentes elementos." 
Eritrograma 
Uma das Uknícas para a medida de hemoglobi-
naconsiste em adicionar e agitar suavemente um 
diluente a uma amostra de sangue total, produzindo 
uma soluc;llo de hemoglobina por melo da llsc de 
hemácias, determinando o valor a partir da absor-
bânda da luz (densidade óptica) da solução ou de 
um similnr de comprimento de onda selecionado.• 
Outra têcnica bastante recomendada ê a dano-
meta-hemoglobina, com a vantagem de que a 
hemoglobina, meta-hemoglobina e carboxi-hemo-
globina slo convertidas em cianometa-hemoglobi-
na pela ação do cianeto de potássio e do ferricianeto 
de potá~io, tornando poss!vcl a contagem de todas 
as formas presentes no sangue, exceto a sulfa-
-hemoglobina.' 
A recomcndac;Jo dos especialistas~ que o valor 
de hemoglobina sej.l expresso em g / L. ou seja, a 
quantidade de hemoglobina existente em todos os 
eritródtos em 100 mL de sangue. Os valores consi-
derados dentro da raixa de normalidade slo 13.5 a 
17,5 g/L em homens e 12,0 a 16,0 g/Lem mulheres. 
Neste C:i\SO, os valores de referência podem variar 
nlo só de acordo com o laboratório ou com as técni-
cas empregadas, como também com a altitude em 
rclilc;ilo no nfvcl do mar c a idade do paciente,., 
O valor de hemoglobina no sangue também 
pode ser expresso em M% do normal". Considera-se 
como "normal" 16% para o homem e 15~ para a 
mulher, porém, como j.i dito, um valor normal de 
hemoglobina depende de uma ~rie de variáveis, 
tomando esse tipo de contagem n.lo apropriada.• 
O volume de hemác:las em rclaçllo ao volume 
total de sangue pode ser calculado por meio do 
hematócrito, que se situa entre 40 e 50~ em um 
homem adulto, 35 e 45% em mulheres, 35% em 
crianç.as até 10 anos e entre 45 e 60% no recém-
·nascido.2 
Além da análise quantitativa dos eritrócitos, 
também é possfvel avaliar qualitativamente as célu-
las com relac;Jo a sua fom1a e seu tamanho.• 
As hemácias em condi~ anormais podem 
apresentar alterações em tamanho, forma e rolo-
ração. O termo anisocitose é usado quando há uma 
varlaçilo excessiva no tamanho das hemác:los. A 
seguir, serão descritos alguns termos utilizados 
comumente para descrever altera~ qualitativas.' 
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• PoiquiJodtose: descreve uma alteração excessiva 
na fonna das hemácias. Como, por exemplo, ~ 
de-se observnr a formil de pera, frequentemente 
associada a anemias com anisocitose. 
• Miaócitos: hemácias com dilmetro inferior a 6,5. 
Achado frequente em anemias ferropriv.lS. 
• Macrócitos: aumento no tamanho das hemácias. 
Comum em anemias em que há deficiencia de vi-
tamiM o .. ou de ácido fóllco. 
• 'Esfer6citos: hemácias de forma globular e espes-
s;J. Apresentam diâmetro reduzido e volume ge-
ralmente normal. 
• Ovalocitose e elipatod tose: hemácias de forma 
ovalada e elíptica, respectivamente. Podem ocor-
rer em distúrbios hereditMios nssintom.iticos ou 
sintom!ticos, em várias formas de anemia. 
• Drepan6citos (cflulas falcifonnes): células ca-
roctcrfs.licas do aparecimento de uma fon:M 
anormal de hemoglobina (hemoglobin;~ 5), como 
na anemia falcifonne. 
• Ponteado basó6.1o: presença de gT.\nulos arre-
dondados dispersos no citoplasma das hemácias. 
Pode estar presente em anemias aônicas, leuce-
mias e anemlas fenoprivu, rep~tando rege-
neração ou imaturidade celular. 
O uso de lndi~ hematlm8ricos como parâme-
tros de diagnóstico dífcrencial de anemias cresce 
progTesSivamente, demonstrando o comprometi· 
mento, por parte dos l;~boriltórios, na emissllo de 
resultados cada vw: mais fidedignos.' Os {ndices 
comumente avaliados são:' 
• Volume corpuscular m&I.Jo (VCM): avalia o tama· 
nho médio das hemácias, que podem apresentar-
-se com tamanho normal {normodticas), dimlnul-
das (microcrlticas) ou aumentadas (macrodtlcas). 
O volumecorpuscular mMio varia entre 81 e 99 fi! 
• Hemoglobinn corpuscular médio (HCM): repre-
senta a média de hemoglobin.1 por hemácia. Os 
valores normais encontram-se entre 30 e 34 pg. 
• Conccntra,ilo de hcmoslobiM corpuscular mé-
dia (CliCM): indicc calculado por meio do cál-
culo entre a hemoglobina dividlda pela porcen-
tagem de hematócrito. ~ considerado um bom 
lndlce para monitorar o tratamento de anemias, 
visto que compreende tanto a hemoglobin.1 quan-
to o hematócrito em S4..'U dkulo. Os va lores de 
normalidade variam entre 30 c 36 g/ d L 
• Dispersão do volume globular médio e !ndice de 
anisocitose (RDW / VCM): é urna reb~o entre o 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
tamanho dos eritrócitos e o volume corpuscular 
médio. Este índice tende a ampli6car qualquer 
variaç.ilo no tamanho das célul.-.s com rnicrocito-
se. Os valores normais variam entre 12 e 14%. 
Além dessas medidas, pode-se também avaliar 
a porcentagem de reticulódtos (células jovens, com 
1 ou 2 dias de vida). A contagem de reticul6citos 
auxilia na difcrcnda,.lo de anemias causadns por 
lesão na medula óssea ou por hemorragias- O adulto 
normal, não anêmico, possui cerca de 40.000 a 
100.000 rcticulócitos/ 11L. corrcspondcndo a cerca de 
0,5 a 1,5% do total de eritróc:itos; já em ~m-nasci­
dos os valores são mais altos, de 3 a 6%.~ 
Diante das vnria~s apresentadas, pode-se 
notar a importância de uma correta interpretaçllo do 
hemograma, no que diz respeito à contagem de 
células vermelhas. No ambien te hospitabr, l'l>tima-
-se que cerca de um terço dos pacientes apresente 
certo grau de anemia, sendo a deficiência de ferro a 
principal etiologia de anemia "" populac;ilo geral. 
Em palses desenvolvidos, essa taxa chega a atingir 
CCJca de 10% das mulheres em idade fértil. Em 
segundo lugar, observii·SC a anemia de doença crô-
nica (ACD) mais comumente associada a pacientes 
hospitalizados.'" 
Esses pacientes devem ser critcriosrunentc ava· 
liados e a conduta fisioterapeutica deverá ser dire--
ciOMda, pois, em razão da queda da viscosidade do 
sangue a.ssod;'lda à hipóxla, ocorre uma diminuição 
da resistência ao fluxo sangulneo nos vasos periféri-
cos, aumentando o débito cardíaco em cerca de 2 
vezes o seu valor normal, caracterizando um dos 
princip.1is efeitos da anemia: a sobreca1p cardraca, 
limitando a realização de exercícios que aumentem 
excessivamente a demanda de oxig~nio aos tecidos 
- podendo rover insulicitlncia cardJaca aguda! 
Os sintomas d[nicos iniciais da anemia, como 
fadiga, fraqueza generalizada e queda do estado 
geraL podem ou não estar nssociados à taquic.<rdia,ll 
d.ispneia e aos esfo~. e raramente ocorrem em adul-
tos sadios. Entretanto, em pacientes idosos, cardiopa-
tas e pneumopatas, os sintomas podem surgir mesmo 
com níveis de hemoglobina na faixa de 9 a 11 g/ dL'» 
LEUCOGRAMA 
Os leucócitos sllo organelas esf6ricas, as llnicas 
células nudeadas no s;~ngue dos mamlferos. Deslo-
cam-se da circulação s;~ngulnea para o tecido con· 
juntivo pela emissão de pseudópodes, mediante a 
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invasão de microrganismos estranhos à composição 
celular nonnaJ. Em um adulto normal, encontram-se 
cerca de 5.000 n 10.000 c61ulas/mm1 ou mais no pri-
meiro ano de vida.2 
Os lcuc6citos podem ser classificados em grmu-
lócitos e agranulócitos, dependendo da presença ou 
não de grânulos espedficos oo citoplasma. Os gra-
nulócitos são neutrófilos (mais numerosos, entre 45 
e 70%, ou seja, entre 3.200 c 6.000/mm, no sangue), 
eosinófilos (entre 2 e 4% do total; entre 60 e 320/ 
IJlJJY); e basófilos (entre O e 1 ~ do total). já os agra-
nulócitos são monócitos (cerca de 4 a 8% do total; 
160 a 640/ mm' ) e Unlócitos (20 a 35% do total; 1.300 
a 3.400/mml).2 
Contagem de células brancas 
A contagem de células bmncas pode ser realiza· 
da por meio de um método manual que inclui uma 
a\raliaçllo microscópica da amostra, após a adição de 
um diluente capaz de provocar lisc de eritródtos c 
manter os núcleos das células brancas. a.o 
Embora não haja método de consenso interna· 
donal, há métodos automatizados de refert!nda quese utilizam da impedanciometria e da citometria de 
fluxo, e levam em consideração caracteristicas físicas 
e bioqufmlcas dos k'Ucócitos para sua diferenciaç11o. 
Ainda assim, a variação entre laboratórios é multo 
maior do que com qualquer outro componente do 
Sill"lgue pcri.férico.'" 
As altera~ leuax:itárias podem estar relaciona· 
das tanto às suas altera~ no número de células 
quanto às suas alterações morfológiciiS. A sq;u ir, serio 
abordados os achados mais comuns na prática dlnica." 
• Leucoci tose: ai1J1'\ento do número tot.1J de leu-
cócitos acima de 11.000/mm,. Pode ocorrer pelo 
Tabela 1 Funçóes dos leucócitos 
Funçlo principal 
55 
aumento de um ou mais tipos de células, sendo 
os mnls relevantes os neutrófilos, os linfócitos e 
os 005inófiJos. Quando o valor de leucócitos ul· 
trapassa 30.000/mm'. o termo utilizado é reação 
leucemoide.1Q,11 
• Neutro6Jia: caracteriz.,da por aumento de neu· 
trófilos acima de 7.51.YJ/~. Em geral, é asso-
ciada à resposta inflamatória (autoimunes, 
traumatismos) e a ink~, entretanto, na au-
sência de quadro clinico compatível, deve-se 
considerar, principalmente, o uso de glicocorti· 
c:oidcs, leucemia mieloidc aônica e tumores ma-
lignos, ou amda, pode-se levar em conta outros 
fatores como envenamento por mercúrio, cetoaci-
dosc e gravidez. 11 
• Linlodtose: contagem de linfócitos acima de 
5.000/mrn'. Mais comumente encontrada em 
qu.adros in.f<.'CCiosoe. vírals, como a mononud<.~ 
in.fecciosa e a hepatite viral. As infecções bacteria-
nas agudas raramente causam Unlocitose, exceto 
a coqueluche. 
• Eosinofilia: taxa de eosinófilos acima de 400/ 
mm3• Ocorre comumente associada a doenças 
alérgicas (atopia e medicamentos), doenc;t~s in· 
fecciosas (parasitoses, principa 1 mente helmin· 
tos), micoses (coccidioidomioose e aspergilose), 
doenças vir.Us (HlV· I c HTL V-1 ), entre outros. 
• Mono<itose: definida como um aumento de 
monócitos superior a 8% ou 650/mm'. Associa· 
-se principalmente a processos ínflaiJUitórios e 
imunes. Embora seja difícil corrclacion.i-la dire-
tamente a uma doença específica, uma das asso-
dações d~ssicas é a tubcrculosc. 
• Basofil ia: os basófilos s.~o os componentes menos 
comuns oo sangue peri.férico. A leucemia mieloide 
crônica é a causa mais importante de basofi1in, além 
de vnriccla, doenc;a de Hodglcin e csplenectomia. 
Ctlula 
Ne\Atróf 1los 
Basófllos 
Monócitos 
Slo attaldos ao local de .nteccao por q..umlot.alUII fDgocotam e destroem os miCI'Ofg<~nismos 
Me<Ladores em reações de hipenensibilidade atetg.ca. reaçOes lnRamatór1as e infes~Oes patas.tárias 
Precursores dos macrófagos. Fagootam e destroem mlcobactérias. fungos e célulis mortas. AtiVam o 
srstema complemento e •munoglobohnas 
Lanfócitos 
Eosm6l1los 
Mediadores da resposta munológ.ca 
Unfóotos 8 - seaetam antiC()(J)Os (resposta hurn<lf ai) 
t.mfóotos T .ltaeam céllhs C.lrr~.ls de antJgenos e 1nucorpos, Aulll~m ou supnmem ..s células B 
Natural killer (IIK celf)- atacam células estranhas e tumora~S 
Mesma funçao dos neutrófilos; atuam também em infestaçoes parasrtMias e processos afér?cos -
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56 
• Leucopenia: contagem de leucóàtos abaixo de 
4.500/mm,, Deve-se salientar que, como os leu-
cócitos sJo formados por d iferentes tipos celula-
res em diferentes proporções, pode haver neutro-
perua e linfocitopenia com contagem normal de 
leucóàtos. 
• Agranulocitose: intensa gntnulocitopenia asse> 
dada a linfocitose relativa. Pode ocorrer em de-
corr~nda de substJndns tóxicos ou medicamen· 
tos aos quais o indivfduo é suscetível. 
• Neutropenia: neutrófilos abaixo de 2.000/mm'. 
Pode ocorrer em infecçôes bactcrianas (tuberculo-
se) e virais (hepatite, parvovfrus e HIV). Algumas 
substâncias podem causam neutropcnia, como 
antibióticos (penidlln.as, vancom.lcina, lsoniazi-
da, entre outros), anti-hlpertensivos (captopril) e 
anticonvulsivantes (p. ex., fenitoina e carbamaze-
pinn). 
• LinfocltopenJa: definida como contagem de lin-
fócitos inferior a 1.500/mmJ. Pode apresentaMe 
em ra7Jo de uma diminuiç:lo na produç3o de lin· 
fócitos (desnutrição proteico-caJórica), de redis-
tribuição no trânsito dos linfócitos (resposta tran-
sitória a eventos estressantes, como em infecções, 
cirurgias e traumas) e de destrulç3o ou perda de 
linfócitos (HIV, insufici&lcia ventricular direita 
crônica, drculllçJo cxtracorpórea). 
• Monocitopenia; evento considerado raro, pois 
dado o papel essencial desempenhado pelos mo-
nócitos-macrófugos, uma insufici~ncia completa 
na produção de monócitos por mais de lO meses 
(período estimado de sobrevida dos macrófagos) 
é incompatível com a vida.11 
A eosinopenia e a basofilopcni.a são mais 
comuns que a monocitopcnia, sendo que, para a 
determlnaç!o dos ~eventos, é necess.úio contabi-
lizar um grande número de céluJas. São mais comu-
mente ossociadas a situnções de estresse agudo ou 
inlec:ç3o aguda, com o uso de corticoides de origem 
exógena ou com sfndrome de Cushíng." 
PROCESSOS INFECCIOSOS E ALTERAÇÃO 
NEUTROÁLICA 
Os precursores dos neutrófUos segmentados 
(maduros) sào, por ordem de imaturidade: bastões, 
metamielócitos, mielócitos, promielócitos, mielo-
bl.asto, hemocitoblasto e hemo-histioblasto, visto 
que, em condiçõos normais, somente os neutr66Jos 
segmentados, bastonetes e raramente os meta-
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
m.lelócitos sào encontrados no sangue periférico. 
Desta maneira, pode-se dizer que os elementos 
s ituados à d!rcitn dos b.1stonetes estão no sangue 
periférico e os à esquerda, na meduJa óssea.•1.n 
Ocorre desvio para li esquerda quando células 
situadils à esquerda dos bMtões (células imaturas) 
sao encontradas no sangue periférico, sendo que, 
quanto major o número de reluJas imaturas encon· 
tradas, maJor será a intensidade do desvio. Isso 
comumente ocorre em resposta ao processo infeccio-
so, no quaJ o tempo de trânsito dos neutrófiJos nos 
compartimentos m.ltóticos c pós-mitóticos 6 mais 
curto, ocorrendo liberação de céJuJas imaturas.11 
De modo geraJ, no caso de inleo;ões agudas, 
princip.'llrnente as caus.ldas por cocos piogênicos, há 
produçllo de leucocitose e de neutrofilla. 
De acordo com Schill ing. a resposta à in fe<:ção 
pode ser diVIdida em três fases:ll 
• Fase neutroffiica (fase de lu ta): presença de leu-
codtose, desvio à csquerd11 c linfocitopcnin rela· 
tiva. 
• Fue monocitw (ou defensiva): diminuic;ão da 
neutrofilia, leucocitose menos ace.ntuada, dimi-
nuiçlo do desvio à esquerda, linfócitos dimlnul· 
dos ou normais e reaparecimento dos eosinófilos. 
• Fuc Unlodt.irla (de cuJ'a): n(;'Utropenia, desapa-
recimento do desvio, eoslnofllia c linfocitose. 
Tanto aleucocitosc como o surgimento do desvio 
à e5querda nlo são específicos dos quadros infeccio-
sos, pois, como já visto anteriormente, a contagem 
pode sofrer modifica~ em várias situaç()es nll prá-
tica dfnica, mas, assim como as alterações na tempe-
ratura corporal, são de fácil execução e continuam a 
ser utilizadas no auxflio d!agnóstico. Como todos os 
achados laboratoriais, o lcucograma deve ~prc ser 
associado aos sinais e à cUnica do paciente. 111 
PLAQUETOGRAMA 
As plaquetns sio fragmentos citoplasmáticos 
dos megac:ariócitos (células existentes na medula 
óssea). Esses corpúsculos anucleados sao exdusivos 
dos mamHeros.'·11 
O número totaJ de pluquetas cst.1 relacionado 
proporcionalmente à contagem de eritrócitos, sendo 
que a relação pode variar de 1 O a 40:1.11 
Apresentam papel na hc.>mostasia espontanea, 
por meio das capacidades de aglutinação e adesão às 
estruturas vascuJares rompidas, tnmponando o locai 
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ASHCTOS GElAIS NA lHTUPIIETAÇAO Of EXAMES lAIOIIATOII.WS 
Além disso, hberam substâncias capazes de reahzar 
vasoconstnção e m:onstituir a puede a!lular- den· 
tn.' elas ~ uma ptotclna secmada pelo endot~bo 
puictal denominada fator de Von WLI!ebrand,que 
se encontra t.tnto nA parede dos vasos como no pll:s-
IN A ddlci~nda deste fator associada A pequena 
deficiência do fator VlD (fator anti-hemofillco) repre-
senta a doenc;a de Von Wtllebrand, que pode ser 
d~agnO!ttlcada através de sete tipos de e:umcs etpt"" 
dalludos (IA,IB,IlA. UB, DC, UD, UI), sendo o IA o 
tipo mais comum e mais leve, caracterizand~ 
como utr~a dl.itcse hemorrágica moderad1 ttt 
As téc:ruas para contagem dessas o~elas Solo 
muito delicadas, dada a sua fragilidade e a Cilpacicà-
de que pottuem de se aglutinar e de se romper" 
Os laboratórios podem utiliar ~ métodos 
JNnuals ou automatizados, sendo que os métodos 
manunls estlo em deuw em ru~o de aua ~axa 
preos;lo e exatidão. Atualmente, a manetra adequa· 
da de contagem de plaquetas é por meio de contado-
res aulomatllados, os quais utilv.am t~Xnic.u bilsca· 
das em tecnologia de impedãncia e/ou díspcrs.lo de 
luz. u.u 
Em indivfduos dios, o t.lmanho db plnquetas 
,.,N inversamente ~ contagem plaquetárin, mu 
ess.1 variaçjo nJo é suficientemente grande para ser 
dett.'Ctada em mlCTOKOpia.11 
As plaquetas maiores que 4 )1m Solo denomJna. 
das mnc:rotrombócitos, e as de proporções mwto 
grandes !1.\o dcnomlNdas gigantcs.11 
Ocfi~ trombodtose como a contagem pia· 
quetária aoma do esperado e trombocitopenin como 
a diminu•c;Jo no n!vel de plaquetas, sendo que llS 
duas situações bilseillm-se N contagem para um 
indivíduo sadio, a qual pode variar de 200.000 a 
400J)00 por mm'.11 Algumas das principais causas 
dew.es dislúrblos estlo expostas na TabeLa 2. 
"'-<!uetopenla 
()uimlotet~ 
e rad10ter~ 
Aids 
Esplenom~lll 
Leucemias lgUdas 
Anemia aplasa 
Gr•ndes htmorragoas 
l'üfpur as III'IUnOI6g oeas 
Plaquetose 
Trombocttemla f"..oenclll 
leucem.J mteloode CJ001Cil 
Pobcrt«nta vera 
Ooetl(aS 1nfecctOYS crOnoeas 
G randts hel1lClm9'iJS 
Pós~enomeg.llii 
MoeiOOOofSe riOS rec:•m· 
-nasodos com Slndrome 
deOown 
57 
Testes de coagulação 
Al~m da contagem de p~etas, Wllbém 500 
utílí:zadas provas reooonadas aos fatores vasculares 
e plasmáticos. Alguns dos testes solicitados seria 
descritos ad&ante. O ~tudo da hemostas.a abr01nge 
uma série de fatores complexos, a partir de diversos 
mecanismos e, ncste capitulo, aborda-se o assunto 
de uma maneira geral, limit11ndo-se aos aames mais 
comumente solicitados, que devem ser obrigatoria-
mente consultados peJo fisioterapeuta para a pres-
cnc;Jo adequada do tntamento, visto que, em nlgu· 
mas situações (como 113 plaquetopenill extrema), a 
utilização de manobns vigorosas sobre o tórax do 
domte, visando o dC'IIocamcnto de ~. deve 
ter- sua necessidade cntenosamente avaliada em 
decoTTêneúl dos riscos de hemorragia. 
A prova de Ouke l o método mau utilizado N 
avaliação do tempo de sangr~to dos pequenos 
vasos, por meio de uma lncls3o no lobo da orelha, de 
aproximndamente 3 mm de profundidade, com uma 
lanceta padronizada. O resultado normal varia de 1 
a 3 minutos." 
Ainda sobre a avaliac;llo da hemostasia de 
pequenos vasos, outro teste a ser realizado~ a pron 
do laço. Esta consiste N compn!SSâo do braço, por 
meio de um ma.ngu•to de um esfigmorna.nômetro, 
il\lQdo com ~o intermedi!N entre a sistólica e 
diastólica durante 5 minutos. Nonnalmente, pode 
ocorrer o chamado fcn6ncmo de Rumpd-l«d, carac-
terizado por alguma:. pet~uias na regilo da p~a 
do cot.ovelo, o que No possui valor diagnóstico. 
Considera-se fragilidade cnpilar apenas se houver 
mais de cinco petéquuls em um circulo de 25 mm 
traçado um pouco abaixo da prega do cotovelo." 
Com reLlçllo ls provas reLlcionadas com os 
fatores p~SINUcos de coagulac;lo, dest.lca·se o 
tempo de coagulac;Jo (Lee-White), que representa 
u.m estudo global da coagulac;lo pouco sensível, nlo 
sendo possível dctemu.nar o C'ltjgio ou o f<~tor com-
prometido. É detemunado por meio da observac;Jo 
do tempo necess.irio para que o sangue coloCildo em 
tubo de ensaiO a 3rc passe do estado Uqu•do ao gel. 
O resultado normal oscíla entre 5 e 10 minutos." 
O tempo de tromboplasll.na parcial ( li P) baseia· 
-se no tempo de recalcilicac;llo do plasma, sendo capaz 
de detectar distúrbios 113 maioria dos fatores de coa-
gulac;-.lo, visto que abrange u tn'!ll fases de coaguLa· 
çlo. Os valores normAIS •'o de 50 a 100 segundos.' J 
O tempo de protrombiN detecta deficiências do 
sistema extrlnseco da coagulac;Jo, que incluem os fato-
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§8 
res I, n, V, vn e X. Constitui um exame útil no contro-
le de terapia com anticoagulantes orais. Os valores 
normais variam de 10 a 14 segundos, c podem variar 
de acordo com o método utilizado ou o laboratório.11 
A prova para determinar qualitativamente a 
reativídade do flbrinogênlo em uma amostra desco-
nhedda é denominada: tempo de trombína. ~ reali-
zada por meio da adição de trombina em uma amos-
tra de plasma c pela mL'<llçJo do tempo decorrido 
entre a adição de trombina e a formação do coágulo. 
O tempo normal varia entre 5 e 15 segundos para a 
rormaçllo de um coágulo firme que adere à parede 
quando se inverte o tubo aos 60 segundos.11 
BIOQUIMICA 
A dosagem de componentes bioqu(micos no 
sangue é utllizoda p01ra díagn6stlco e acompa· 
nhamento de diversas dOC!lÇJS. Nesta seç.'io, são 
descritas as substãnàas mais comumente dosadas e 
suas rcsp«tivas altcr.açôcs. 
Enzimas 
No ffgado, são realizadas alteraçOes estnlturais de 
diversassubstãnciasqueestãoligadasporenc:adeamen-
to energl:otico. Isso se dA pelo capacidade de substAnci.ls 
catallzadoras bioqufmicas, denomínadas enzimas." 
As enzimas são protetnas responsáveis pela ace-
leração dos processos qufmiCQ~, desigrmdas pelo 
sufixo ~. precedido pelo nome do substrato ou 
reação em questão {p. ex., amilase, desidrogenase).u 
DcnomiN-sc perfil cnz~tico as c:on<:cntraçôcs 
enzim.itiCAS em d irerentes órgJos. Como a maioria das 
enzimas mais impOitantes para o diagnóstico fazem 
parte do metabolismo intermediário c cstJo presentes 
em todos os órgãos, a diferença nas concentrações de 
enzimas entre o plasma e o interior das células é gran-
de. Além disso, danos mWmos às células aumentam 
a peuneabílldade da mcmbrallil, ocasionando extra-
vasamento de enzimas para o espaço extracelular; 
dessa forma_ pode-se considerar que um aumento do 
valor dessas enzimas no plasma rencte uma lesJo em 
determinado órgão, sendo que há uma ligação direta 
entre o valor do exame e a I~ teddual, n.u 
Amilase 
Presente em maior concentraçllo no p.'ncreas, é 
também encontrada nas glândulas salivares. Valores 
três vezes ou mais acima do normal são importantes 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
para o diagnóstico de pancreatite aguda. A elevação 
ocorre nas primeiras 24 horas e se normaliza nas 24 
a 48 homs seguintes. t lá aumento também na'! úlce-
ras gástriCAS ou duodenais perfuradas, obstrução 
intestinal e de árvore biliar, além de aJ~ das 
glAndulas saüvares.7•11·" 
~ importante ressaltar que na panaeatite 0"6ni-
ca, os nfveis de amilase podem estar permanente-
m~nte elevados, esperando-se que, nestes casos, um 
surto agudo leve a aumentos maiores. Seus valores 
de referência encontram-se entre 27 e 131 U/L.7•1w 
Lipase 
Como a amilase, possui o p3ncreas como prind-
pal fonte, também sendo secretada pela mucosa 
gástrica e intestinal. Na pancreatite aguda, sua eleva-
c;Jo é mais tardia c sua pcrslsti!ncm é maior. Thmbt!m 
pode estar presente na obstrução do dueto pancreá-
tico, nas úlceras duodenais e ileais, N obstrução 
intestillíll c na ncoplasi<l p.1ncreática. Seus valores de 
referência encontram-se entre 18 e 285 mUl/mL7·11 
Dfiidrogenase láctica (DHL ou LDH) 
Eleva-se em casos de hepatopatlas, infarto 
agudo do miocárdio e outras miopatias, bem como 
em outros. Por essa raz.'io, é i.nespcdflca para o diag-
nóstico. Os valores normais variam de acordo com 
os L1boratórios, estando entre 12 c 158 ngldL.1J 
Transaminases (AST/TGO, ALT/TGP) 
As duas transaminases de importlnda clfnica 
são o aspartato ami.notransferase (AST /TGO)e a 
alanina arninotransferasc (ALT /TGP). 
Distribuída nos tecidos de forma ampla, a ASr 
predomillil no coração, no ffgado, nos músculos esque-
léticos, nos rins e nos pãnc:rcas, e a ALT, no coração, no 
ffgado e nos rins. O principal uso dessas enzimas se 
refere às doenças que cursam com destnüção hepato-
celular Owpatites agudas c hcpatopatias cr6nic.1S). Os 
valores de referência da ASr /TGO para homens 
encontram-se na faixa de 10 a 40 U/L, enquanto para 
mulheres, está entre 7 e35 U/1.. Já a ALT/TGP costu-
ma aprcscnw valores entre 10 e 30 U/L'-"" 
Fosfatase alcalina (FA) 
Presente no fígado, no epitélio dos canais 
biliares, nos ossos, na mucosa intestinal e na placen-
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ta. Os tecidos hep;itico e ósseo são os principais res-
po~veis pela elevação dessa enzima.•u• 
A FA hepática pode aumentar em qualquer 
hepatopatia, porém sua dosagem é útil em casos de 
suspeita de obstrução biliar (cálcuJos e neoplasias). 
Já a FA óssea pode oumentar por caus•\ do rápi· 
do crescimento na ínfãnda e na adol~cia, doe!\Q' 
de Paget do osso, neoplasias, raquitismo e consoli· 
daçlo dl' fratur.ts. Os valores de referenda variam 
entre 25 e 100 U/L.'·'w 
y-glutamil transpeptldase (y-<;T) 
Também pode ser denominada y-glutamil 
tnnsferase. é principalmente encontrada no tecido 
renal, porem tem sua principal utilizac;3o clfnica 
ligada às doenças do fígado e das vias biliares. Seu 
aumento ocorre em casos de ob!.truç3o biliar c, por-
tanto, em conjunto com a fosfatase alcalina é deno-
minada enzima "canalicula.r". Seus valores de~ 
rendo situam-se entre 2 c 30 U/ L cm homens c entre 
I e 24 U/L em mulheres.' 
Creatina-quinase (CKF·"·'J.'•'s 
Enzima que se encontra em maior concentração 
no músculo esquelético, tecido cerebral e músculo 
cardíaco. Tem como função catalisar a reação na qual 
o fosfato de creatina (fosfocreatina) cede sua ligação 
fosfóriCll ao ácido adcnosinodifosfórico (AOP), 
resultando na regeneração do ácido odeno-
dinotrifosfórico (ATP), responsável por proporcio-
nar energia química paro a reali:tac;ilo do trabalho 
muscular. Os valores de referência para homens são 
de até 235 U/ L e, para mulheres, até 190 U/t.» 
A dosagem de CK total é realizada no caso de 
suspeita de ínfarto agudo do miocárdio e em doenças 
musculoesqueléticas. Porém, um aumento da O< 
total possui valor diagnóstico limitado, visto que este 
aumento pode ocorrer em muitas doenças e nté após 
a aplicação de medicamentos via intramuscular. Por-
tanto, toma-se necessária a dosagem de suas isocnzi· 
mas, que fornecem informações mnis completas." 
As isoenzimas da CK dividem-se em: CK-BB, 
existente no tcc.ido cerebral predominantemente; 
0<-MM. existente no tecido muscular esquelético; e 
CK-MB, existente no músculo cardíaco, que se apre-
senta aumentada no caso de isquemia mlocárdica.'W 
Esse aumento ocorre normalmente após cerca 
de 4 a 6 horas do início dos sintomas, atingindo um 
pico máximo em 18 horas, e normalizando-se en~ 
59 
48 e 72 horas após o evento. Sua atividade, porém, 
não é específica da lesão isquêmica, podendo ter 
seus va lores aumentados também em casos de manl· 
pulaçi'lo cirúrgíca do músculo cardiaco, doenças 
mu.sculares e cardiovasculares e após a desfibrilação 
e a cardiovers:io. Seus valores podem ser expressos 
de duas formas: em unidade de massa ou em por-
centagem de CK total, o que toma necessário o 
conht'dmcnto do valor de CK total, em ocasi<X'S em 
que o CK-MB encontra-se elevado- a fim de obter a 
porcentagem de M B com relação à CK total. denomi-
nado índice relativo (JR), calculado com o intuito de 
aumentar a especificidade do exame.15 
Os valores de rcferênáa para a dosagem de 
mass., e de índice relativo 84o de < 10 J.lg/ L c < 4 a 
6~. respectivamente. A elevaçAo de CK-MB associa-
da a um IR < 6% geralmente está relaóonada ao 
dano muscuJar esquelético e a utrul elcvaç3o no teor 
sérico de CK-MB, juntamente com um IR > 6~ da 
CK total, em geral associado a ínfarto agudo do mio-
ánlio.• 
Ainda com relação ao diagnóstico do infarto 
agudo do miocárdio, a dosagem de mioglobina -
urna proteína que t:ra.nsporta oxigênio nos múcuJos 
estriados - também pode ser re..liz.,da e. apesar de 
inespecífica, apresenta um aumento precoce de 2 a 4 
horas npós a lesJo, atingindo o pico máximo de 6 a 9 
horas, normalizando-se entre 12 e 24 horas. Seus 
valores de rcferênáa estão entre 19 e 92 11gl L e 12 e 
76 J.lg/L para homens e mulheres, r<.-spectivamcntc. 
Dois testes normais praticamente descartam a possi· 
bilidade de lesão miocárdica; já quando aumentado, 
há necessidade de complementac;ilo com exames 
mais es pedflcos. "'\» 
A dosagem de troponinas é, por excelência, 
marcadora de dano ao tecido do miocárdio. Essas 
protclnas se encontram presentes no filamento fino 
dos músculos esqueléticos estriados e estão envolvi-
das com o processo de regulação do cálcio. Formam 
um complexo com três polipeptfdios: C, I e T, sendo 
que as cadeias de troponina I e troponina T podem 
ser consideradas específicas do músculo cardíaco, 
pois se apresentam de formas diferentes no mósculo 
periférico. Os valores de troponina I elevam-se em 
aproximadamente 3 a 6 horas após o evento isquê-
mlco, ntlnglndo o pico entre 14 e 18 horas e normali-
zando-se em 5 a 7 dills. A troponina T também se 
elevt~ nas primeiras 3 a 6 horas, porém normaliza-se 
somente em 12 a 14 dias."'" 
A alta sensibilidade e espedfiódade da dosa· 
gem de troponinas I e T com relação ao diagnóstico 
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60 
de necrose miocárdica mínima levou a uma rcdefini-
ção no diagnóstico de ínlarto agudo do miocárdio 
pelo Amcrian CoUcge o( Carcliology e pela Euro-
pean Society of Cardlology. Atualmente, pacientes 
com s intomas caracteristicos de isquemia, mesmo na 
austlncia de supradesnivelamento do segmento sr, 
têm seu tratamento delineado assím como em um 
evento isquêmico. "·"·-
GUCOSE 
Em condições normais, a glicemia m.1nt:ém-se 
e:m uma faixa bastante estreita. Essa regulaç.'o deve-
-se à intervenção de mecanismos hormonaís sensí-
veis e complexos. Os in teçantcs prindpais deste 
sistema são a insulina Oúpoglicemiante), o glucagon, 
a adrenalina e os hormônios adrenocorticais e pré-
· hipofbários.17 
Diversas condições anormais podem desequili-
brar esse sistema ou submetê--lo a condições extremas 
que ullrapass;1m suas possibilidades de ajuste. Essas 
levar3o a uma elevação ou rcduc;3o dos níveis glicê-
mi.cos. ~ importante lembrar que a glicose é a princi-
pal fonte de energia para o metabolismo celular. 
O aumento do nível de glicose no sangue (ou 
hiperglicemia) apresenta o diabetes melito como sua 
principnl causa, podendo também ser ocasionada 
por hlperpiluitarlsmo, s!ndrome de Cushlng, doen-
ça de Von Gierke (hiperglicemia pós-prandial), feo-
cromocitoma, trau_rnatismos 001ninnos, hlpergllce-
mias tanto fisiológicas, como em casos de csfo~ 
muscular, quanto de urgências em intervenções 
cirúrgicas e choque. I) 
Os procedimentos diagnósticos empregados 
serão descritos a seguir e os valores de referência 
estilo expressos na Tabela 3. 
Tabela 3 Yalol'es para a avallaçao d.l gllcem.a 
Ccttegoria Jejum 2 h após 75 9 Cctsual 
de glicose 
Gficemoa < 110 < 140 
normal 
Toleranoa .\ > 110' <! 140 a 
g!ICOSe < 126 <200 
d m•nuld.l 
~betes <! 126 it 200 1t 200com 
mehto sintomas 
~ssicos 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
• Medidas da gUcose no soro ou plasma após jejum 
de 8 a 12 horas (procedimento básico no diagnós-
tico de diabetes melito)." 
• Teste padronizado de tolerância à glicose (TIG) 
após administração de 75 g de glicose anidra (ou 
dose equivalente, como, por exemplo, 82,5 g de 
dextrosol) por via oral, com medidas de glicose 
no soro ou no plasma nos tempos O e 120 minutos 
após a lngestllo. Estudos recentes t~m dcmon~tn­
do a importânciade rellli.zá.-1o funtamente com o 
método supracitado.'7 
• Preferencialmente, a dctermina~llo da glicose é 
feita no plasma, sendo o sangue coletado em tubo 
com fluoreto de sódio. Quando isso não for pos-
slvel, a glicosc deverá ser determinada logo a pós 
a coleta, ou o tubo deverá~ mantido a 4°C por. 
no máximo, duas horas. 11 
Hipoglicemia 
S.lo caus.1s de h1pog1Jccmia: doença de Addi-
son, doença de Von Gierke (hipoglicemia em jejum), 
galactosemia, frutosemia, adenomas das ilhotas de 
Langerhans, hcpatopatias gnvcs, desnutri~llo c 
hipoglkemia funcional, que podem ser classificadas 
em reativas, espontâneas e neurogênicas. u.u 
UREIA 
Formada no Hgado, a ureia é a principal fortn4l 
excretora do nitrogênio proveniente do cataboli.smo 
proteico. Sua dosagem permite uma avaliac;ão gros-
seira da ~llo renal. A taxa normal no soro vnria de 
20 a 40 mgldL; as principais causas de uremia 
podem ser relacionadas às diferentes origens de 
insuJici(!nda rennl: pré-rennl (hipovolemia, choque, 
quadros nNTOiógicos agudos, entre outras); renal 
(glomerulonefrite aguda, nefrite crônica, rim policís-
tlco, necrose tubulnr aguda e coma dia bélico); e pós-
-renal (hiperbofla prostática, neopiMia de próstata, 
bem como afeo;ôes que obstruam o trajeto das vias 
u.rinárins).H.u 
Os nlveis de ureia podem estar diminuldos na 
insuficiênda hepática grave, na hemodiluiçllo e na 
caquexia. 
CREATININA 
A creatinlna é um produto de dcgradac;llo da 
creatina, substância encontrada em grande parte nos 
músculos e em menor quan tidade no cérebro. 
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ASIECTOS GEMIS NA INTEAnETAÇAO DE EXAMES I.Al0RATORW5 
Pela filtração glomerular, a aeatinina é elimina-
da do plasma, não sendo reab5orvida significativa-
mente nos túbulos renais. Assim, sua velocidade de 
depuração é mais elevada do que a da ureia, o que a 
faz elevar-se mais tardiamente no sangue, tornande>-
-se um indicador prognóstico mais sensrvel. As taxas 
normais variam entre 1,0 e 1,5 mg/dL, de acordo 
com idade e a q uantidade de tecido muscular." ·'5 
PROTEINAS PLASMÁTICAS 
As protelnas s.\o elementos cclulaze constituJ-
dos por cadeias de aminoácidos unidos por liga~ 
peptídicas.. A determinação das proteínas plasmáti-
cas tem ua import!ncia ligad<l ao fato de essas 
serem fundamentais na manutenc;.io da presslo 
coloidosmótica plasmática, além de terem seus vale>-
re:. alterados por numerosas doenças.11·u 
O método principal de dosagem consiste na ele-
troforese que, além do valor numérico, separa as dile-
1\'ntcs protc!nas através de sua carga elétrica. Es!õi!S 
proteínas sJo divididas em sess grupos principais: 
• pré-albumina; 
• albuJTÚN; 
• alfaglobulina 1; 
• alfa globulina 2; 
• bctaglobullna; 
• fibrinogênio (não encontrado quando se utili:w 
soro ao invés de plasma); 
• gamaglobulina. 
• Albumina: sintetizada cxdusivDmcntc no fígado, 
promo,·e o transporte de subst.\ndas quando li-
gada a elas (fons, aminoácidos, hormônios, bilir-
rubinas, farmácos). Em uma faixa de normalida-
de, apresenta valores entre 3,4 c 4,8 g/ dl." Sua 
diminuição está relacionada a hepatopatias e ao 
déficit nutricional, principalmente quando asso-
ciada a infecções crônicas. 
• C am.aglobulinas: grupo que compreende as imu-
noglobulinas integrantes do sistema imunológico 
e sllo responsáveiS especificamente pela resposta 
humoral Aumentam de modo geral nas infec-
ções agudas c crônicas, tendo suas frações (lgA, 
lgM, lgG, lgD c lgE) ligadas a tipos espedflcos de 
agressões." 
O mieloma múltiplo é outra causa de aumer~to 
global das gamaglobulinas, principalmente nas fra-
(ões lgC e lgA. 
61 
• Fibrinog~nlo: protelna de alto peso molecular, 
formada no fígado. Encontra-se no plasma e, por 
esta ral.Jo, normalmente n.io há fibrinogênio no 
interstício. No entanto, um aumento patológico 
na permeabilidade capilar permite o extravasa-
mento do librlnogênlo nestes fl uidO!. e a coagu-
lação.11·u 
Por nc;.lo da trombina, OCOITC n rcmoçJo de doas 
peptrdeos da molêcula de fibrlnogênio, transfor-
mande>-o em monômero de fibrina. Muitos mo~ 
meros se polimeri:r.am formando o Ntfculo do ~­
gulo, fato que está ligado à prova de trombina (tlldt 
testes de coagulação), em que o não swgimento de 
um coágulo visCvel aos 15 segundos, ou um coágulo 
sólido ao final dos 60 segundos, pode indicar uma 
baixa concentração de 6brinogênio. 
A maioria das técnicas de dosagem do flbri-
nogênio basei<J-se em transformá-lo em fibri.rul e, em 
seguida, pesá-lo ou realiza r a dosagem de prote[nas. 
O fibrinogí!nio tem sua conwntraçilo diminuCda 
em doenças hepáticas. Soao considerados valores nor-
mais quando entre 150 e 500 mgldL. Em geral, even-
tos hemorrágicos podem ocorrer quando o 
fibrinogênio está abaho de 100 mg/ dL.•uw 
BIURRUBINA 
A bilirrubina é um pigmento que resulta da que-
br.~ dn hemoglobinn após a destrulçJo das hemácias 
(fisiológica ou patológica). No interior dos hepató-
citos, a bilirrubina se junta ao ácido glicurônico e 
forma tanto mono quanto digluconato de bilirrubi-
na. Desta forma, encontramos bilirrubina coníugada 
e livre no plasma.'·" 
De acordo com a reação bilirrubina + d.iazo rea-
gente, podemos determlnt•r a reação direta (soluçAo 
aquosa) e indireta (acréscimo de álcool). Desta 
forma, temos a co••e;pondência entre a bilirrubina 
di~ e a bilirrubina conjugada ao ácido glicurOnico 
(solúvel em água) e a bilirrubina indireta e a não 
conju.gada (insolúvel}. A bilirrubina dirct.J j..i passou 
pclo hepatócito, enquanto a indireta nlo. u 
Os valores normais para a bilirrubina direta são 
deO,l a 0,3 mg/ dL; da indireta, 0,2 a 0,8 mg/dL; e a 
soma corrcspondc ao valor da blllrrubina total. Em 
recém-nascidos, pode haver uma ictericia conside-
rada normal, cujos valores de bilirrubina estão entre 
5 e 10 mg/ dlapenas na fraçJo indireta ."·" 
O aumento das bi.lirrubinas pode ter diversas 
interpreta~ e estar ligado a um grande número de 
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62 
doenças. Como somente a bilirrubina direta (conju-
gada) é eliminada por fígado e rins, podemos asso-
cbr os transtornos ao aumento princip.ll de uma ou 
de outra forma. Assim, na insuficiência de glicuro-
niltransfcrase, a hiperbilirrubinemia acont.ece à custa 
da fração indireta, que nllo se conjugou à diretA. 
Tanto neste caso quanto na hiperbilirrubinemia por 
hemólise não há eliminação urinária, pois o pigmen-
to é o Indireto. Já em casos de lcs3o hepatO«Iular e 
obstruções dos duetos biliares, o aumento é em sua 
maior parte causado à custa da fração direta.7·'u5 
EQUILfBRIO HIDROELETROÚTICO 
E ACIDOBÁSICO 
A água corporal total representa em torno de 
60'fo do peso corporal total em um adulto magro do 
sexo masculino, :.endo que e.se valor pode c:.tar 
diminuído em Lndívfduos obesos e mulheres, pela 
presença em maior quantidade de tecido adiposo. A 
água corpor.~ltotal em mulhcm~ jovens corrcsponde 
a 50'11.; em ambos os sexos com idades entre 40 e 60 
anos, coaaesponde a5()...6()%; e, em idosos, a 40-S<Wt.11 
Esta água pode estar distribu!da no organi mo 
em dois comp.utimentos: intracelular (corresponde 
a 40% do peso corporal) e extracelular (20% do peso 
corporal total) - t'Ste último se divide em intravascu-
lar (15%) e interstidaJ (5%).311 
Esses compartimentos, por sua v~. apresentam 
diferenças com relação à composição de scu.s solu-
tos. No compartimento intracelular, o sódio repre-
senta o principal cition. e o a- e o HCO, os princi-
pais tlnions; já no comp.1rtimcnto intracelular, o K+, 
oCa+ e o Mg2• silo os principais cátion , e os princi-
pais ãnios são os fosfatos e as proteínas....., 
A conttntrac;ão de solutos é expressa em termos 
de osmolaridadc, visto que 1 mEq equivale a 1 mmol 
(íons univaJentes) e 1 mmol equivale a 2 Meqs (fons 
divaJentes). 11 A osmolaridade pode ser expressa 
tanto pelo número de osmoles por quilograma de 
água, quanto por litros de solu<;ão.11 Com relaçãoà 
concentração de so1utos no organismo, as duas 
medidas podem ser utilizadas como sinônimos. 
A osmolalidade efetiva ou tonicidade diz res· 
peito à contribuição da osmolalidadc dos solutos 
como o sódio e a glicosc, que nllo podem se dt'Slocar 
através das membranas celulares, induzindo, por-
tanto, deslocamentos transcelulares de água.•• " 
Assim, em virtude dessa relnçl'o estrito entre 
o sódio e a água, os distúrbiO$ destes dois elemen-
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
tos não devem ser tratados de forma independen-
te.'"" Já substâncias como a ureia e o etano! sio 
facilmente permeáveis, fu ncionando como osmóU-
tos efetivos. 
Distúrbios do sódio 
O valor normal de sódio varia entre 135 e 145 
mEq/ L. Valores abalxo de 130 mEq/L caractcri7Ãim 
um estado de híponatremia, considerada a alteração 
mais comum em pacientes internados. A osmolari-
dade sérica deve ser obtida na avilliac;ilo inicio L, c o 
Na· urinário pode ajudar a distinguir entre as causas 
de origem renal ou não renal. Determina-se a osmo-
laridade sérica com a fórmula: ((Na· + K•) + 
ureia/5,6] + [glicose/ 181. sendo que os valores de 
referência encontram-se entre 285 e 295 mOsmflçg 
(miliosmoi5 por quilograma). 
No caso de híponaiTemía associada a um Na• 
urinário > 20 mEq/L, um quadro de perda renaJ de 
sal é caractcrW!do. Este pode estar rclilcionado ao 
uso de diuréticos, Lrubidores da enzima conversora 
de angiotensina (JECA), diminuição de mineralocor· 
ticoides e nefropatia perdedora de s.1l.'"'•.a 
Já quando a hlponatremia encontra-se associada 
a um Na• urinário< 10 mEq/L, e um Fe (Na)< 1'1. 
(exceto no uso de dauréticos), é compatfvcl com 
retenc;llo renal devido a perdas nllo renais (díarreia, 
vômito, sudoresc e perdas para o terceiro espaço). A 
fração de excreção do Na• pode sc:r obtida alnwés da 
fórmula: Na· (urlnário)/Na· (plasma) x 100/creo-
tinina (urinária)/creatinina (plasma).11.19.» 
Hipernatremia 
Caracteriza-se pel.1 conccntr aç3o de sódio 
acima de 145 mEq/ L Geralmente é prevenida pelo 
mecanismo de sede; qualquer que seja o achado, 
deve estar associado com a impossibilidade de 
ingestilo de água. Se a osmolaUdadc urinária estiver 
acima de 400 mOsm/ kg. ou seja. na vigência de 
urina muito concentrada, pode-se supor que o rim 
está conservando água. No caso de perdas extrarre-
nais, a ingestão de água não é suficiente para com· 
pensar perdas por sudorcse, trato respiratório e 
água das fezes, podendo também ocorrer perdas 
renais como na glicosúria do diabetes ou na díurese 
por manitol ou ureia. A osmolalidade menor que 
250 mOsm/ kg é caractcrlstlca do dlobetes ins!pido 
central e nelrogênico.""' .lll 
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Hiponatremia hipertônica 
~ frequentemente associada il hiperglicemia. O 
aumento agudo da glicose sanguínea provoca a pas-
sagem de água das C'élulas para o espac;o extrarelu-
lar, diluindo o sódio sérico - queda de 1,6 m&j / L 
de sódio para cada aumento de 100 mg/ dL de glice-
mia acima de 200 mg/ dL. 
Soluções hlpcrt6nic.1s como manitol, gllcerol, 
maltose e sorbitol podem também levar a esse dis-
túrbio.21 
Hiponatremía hipotôníca 
~ considerada hlponotrcmla verdadeiro, estan-
do quase sempre relacionada a uma diminuição na 
excreção de água livre de eletrólitos. 19ll 
Ocorre quando há aumento de lfpidcs c de pro-
teínas, que ocupam um valor despropordonalmente 
grande do volume plasmático. A osmolaridade per-
manece nonnnt resultando mo~ uma redução do 
volume de água e consequente concentração dimi-
nuída de sódio. A concentração de sódio na água 
plasmática é normaJ, evidenciando uma 5ituaç3o de 
pseudo-hipon.atremia.1' 
Hlponatremfa hlpot6nlca euvolémica 
Como a hipovolemia estimula a $eCI'CÇàO de 
ADH, o diagnóstico de sfndrorne da secreção inapro-
priada de ADH (SlADH) s6 pode ser realizado com 
o paciente euvolêmico. Na SlADH, ocorre aumento 
de ADH .em estimulaç3o fisiológica. M causas de 
SIADH estAo geraJmente ligadas a distúrbios que 
afetam o sistema nervoso central e os pulmões. Há 
ainda estimulo relacionado a certas drog<Js (p. ex., 
lluoxctina). 
Hiponatremia no pós-<>peratório, hlpotireoidis-
rno, potomanin da c:erve~1, l"'!<lç3o id i05Sincrásica a 
diuréticos e JECA também podem estar relaciona-
dos. :lU• 
Hiponatremia hipot6nica hipovolémica 
Ocorre em decorrência a uma diminulç3o de 
Na• associada à diminuiçllo do volume de fluidos 
extracelulares por perdas renais ou extrarrenals. Há 
diminuição do Na corpoml total. Na tentativa de 
aumentar o volume intravascular, ocorre aumento 
na secreção de ADH (horm6nio antidiurético); no 
entanto, esta retenção de volume é realizada apenas 
63 
com água, embora a perda inclua tanto á~a quanto 
sais.. Apesar do aumento dos níveis de AOH, esses 
pacientes continuam hipovoU!mJc:os.z• 
Hiponatremia hipotônica hipervolêmica 
Associada a distúrbios ligados à formação de 
edema: insuficiência cardJaca congestiva OCC), cirro-
se hepática, s!ndrome ncfrótica e doença renal. Ocor· 
re um aumento de volume do líquido extracelular. 
Distúrbios relacionados ao potássio 
O potássio é o principaJ cátion intracelular. É 
responsável pcln contratilidadc muscubr c pela 
regulação da excitabilidade neuromuscular, aJém de 
ser necessário pata a sfntcse proteica de glicogênio, 
c para o L'<juilíbrlo ácido-básico.".lll 
Sua importância no equíllbrio ácido-básico rela-
ciona-se à competição com os lons H'. Na acidose, 
ocorre eliminação de um li' para cadn K' retido c o 
oposto é visto na alcalose. A regulação da potasse-
mia ou calemia é principalmente renaL O aumento 
do honn6nio aldost~na promove eliminação de 
potássio na urina, ocorrendo troca com o Na· nos 
túbulos renais. Por ser um fon extra celular, as altera-
ções nn caJcmia nrlo refletem mud11nçns importantes 
no potásslo total, poren promovem alterações que 
serão estudadas adiante."» 
Hípoca/emia 
Dcri.ne-1ie como a concentração de potássio abai· 
xo de 3,5 m&j/ L. Pode ser causada por reduç<'lo na 
ingestão, perda renal ou extrarrenal, troca intra-
celular ou por combinações destas.'"" 
A entrada do potássio nas células é fudUtada 
pela presença de insulina e de glicose e pelo estimu· 
lo fkidrenérgico, podendo ser inibida pelo estimulo 
a-adrenérgico. 
Causas: 
• aumento de insulina pós-prandial; 
• alcalose; 
• trauma; 
• aumento de aldosterona (hiperaldosteronismo 
primário, hlpcraJdosteronismo secundário, sin· 
dromc de Cushing, hipertcns3o renovascular); 
• vômito; 
• diarreia. 
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Sinais e sintomas: 
• fraqueza muscular, fadiga, cãibras, constipação, 
ileo, tetania, hiporreflexia. 
• alterações clctrocardiográficas: diminuição da 
amplih.lde c alargamento da onda T; depress.lo 
do segmento ST; ondas U proeminentes; contra-
ções ventriculares prematuras.'' 
Hipercalemia 
Valores de potássio acima de 5,1 mEq/L carac-
terizam a hipercalemia; está ligada principalmente à 
lise c:e.lular e à acidose (para cada queda de O, 1 do 
pH, há aumento de 0,7 mEq/ kg). As caUSêls podem 
estar relacionadas a insuJJci~cia renal aguda, doen-
ça de Addison, acidose, hemólise, transfusões de 
s.mguc, 1~-s musculares e iatrogenla. 
Sinais e sintomas: fraqueza muscular, paralisia 
flácida e parestesias; alterações eletrocardiográficas: 
alargilmcnto do complexo QRS, ondas T apiculadas, 
bloqueio a Iria L'"" 
Distúrbios relacionados ao cálcio 
O cálcio é extremamente abundante no corpo 
humano, tendo sua maior concentrac;llo nos ossos e 
nos dentes. Em Uquldos orgmlcos, é enrontrado na 
forma ionizada e ligado a ânions proteicos (albumi-
na) ou formando sais (fosfato, bicarbonato, 
citrato).'._" 
O cálcio ionizado é necessário para a contração 
muscular e a func;Jo nervosa. O cálcio do líquido 
extracclular tem sua ~ulac;ão realizada por meio de 
honnõnios da tireoide e da paratireoide. 
HipocalcemiaDefine-se quando os valores de cálcio estão 
abaixo de 8,6 mg/dL 
Apresenta como principal causa a insuficiência 
renal, podendo tambêm ocorrer nos asas de má 
absorçllo, intestino curto, insuficiência renal crônica, 
alcoolismo, sepse e hipoparatireoidismo. 
Sinais de sintomas: o aumento da exdtabilidade 
das células nervosas pode provocar espasmos mus-
culares, càíbras, tetanias, paresteslas, estridor larln-
geo, broncoespasmo, aumento do intervalo QT ao 
eletrocardiograma, sinais de Chvostck (contração da 
musculah.lra fadal em resposta à percussão do nervo 
facial à percussão da região anterior ao ouvido) e de 
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Trousscau (espasmo carpat ocorrendo após a oclu-
são da artéria bmquial por 3 minutos por um esfig-
momanOmctro).'"" 
Hipercalcemia 
Ocorre quando os valores de cálcto ultrapassam 
10 mg/dL Suas principais causas são: aumento de 
absorc;llo, hlpcrpnratireoidlsmo prim6rlo e ~>Ctun­
dário, neoplasias (ovário, rins e pulmão), mieloma 
múltiplo, doença de Paget e tlazídicos. 
Sina.is c sin tomas: poliúna, constip;lc;llo, csh.l· 
por, coma e azotemia. Ao elctrocardjograma obsef. 
va-se o encurtamento do segmento QT . .._ .. 
Distúrbios relacionados ao fósforo 
Aproximadamente 80% do fosfato do corpo est.1 
ligado ao cáldo dos ossos e dos dentes. O restante 
divide-se em compostos orgânicos, combinados com 
protc!nas, Upfdcos e carboidmtos, nos segmentos 
dos músc:ulos e no sangue. 
O fosfato orgânico representa o prinópaJ ânion 
intracelular, porém, é o fosfato inorg3ruco do plasma 
o responsável pelo metabolismo do ron." 
Hipofosfatemia 
Concentração de fósforo menor que 2,7 mg/ dl.. 
sendo que o depósito pode estar normal na presença 
de hipofosfatemia; pode haver grave deplcc;:lo do 
mesmo em concentrações altas, normais ou baixas 
no soro. 
Causas: 
• íeíum; 
• má a bsorç.Io; 
• oferta inadequada em dieta parenteral; 
• broncodilatadores; 
• corticoides; 
• queimaduras graves; 
• alcalose (respiratória ou metabólica); 
• hipertireoidismo; 
• hipcrparalireoidismo (primário c secundário); 
• alcoolismo. 
Sinais e sintomas: 
• anemia hemolítica aguda; 
• aumento de infecções (alteração leucodtária); 
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ASHCTOS GElAIS NA lHTUPIIETAÇAO Of EXAMES lAIOIIATOII.WS 
• petéquias e hemorragia (alterações plaquctárias); 
• rabdomiólise; 
• enccf alopa lia te 
Hiperfosfatemia 
Concentraçllo de fósforo maJor que 4,5 mg/ dl 
(crianc;as em crescimento podem apresentar valores 
INiion.-s do que de adultos). 
As causas silo: hipervitaminose O, rabdom~óli· 
se, dcstruiçlo celular por quimioterapia, addose 
(~MtJbólka e rcspa.ratória), insufid~ncu renal aguda 
ou crônica e tupopuatireoidismo. 
Sinais e sintomas:: estão rel.adonados aos distúr· 
b10t sub).l~t . Na UlSUiicitncia renal crôniCD,IC!"Ya 
10 luperparaturoidtsmo e à osteodistro& renal. · 
Distúrbios relacionados ao magnHio 
O magnésio está presente em 50~ da constitui· 
ç.\o óssea, sendo o segundo mais lmpoaUntc c~tlon 
do liquido intracelular. Exerce efeitos semelhantes 
ao do cálcio no sistema nervoso. li." 
Hipomagnesemia 
Caractma-~ por valores abaixo de 1,3 mEq/ L 
~ causas podem estar reboonadas a má·abeor-
ção, dia~Te~a, uso de laxativos, sonda nasogástrica 
prolongada, diuréticos, hiperaldosteroniJmo, 
haperparaturoidismo, hipertlreoidismo, diabetes, 
ak:aJose respiratória e transplante renal.' " 
Si011is e sintomas: fraqueza, cllibra , tremores, 
nistagmo, sinnl de &binski, movimentos atetoides, 
taquicardias, arritmias ventriculares, confus3o e 
deeorientaçJo. A hipocalccmia e a hipoaJemia {$t.lo 
frtqucnt~te associadas, al&n de hAvtt aumento 
do intervalo QT ao eletrocardiograma .... 
HipermagMsemla 
Rcsult.a geralmente de qw<iros dt msufici~ 
A!nll e da liiCllpacidade de excretar o resultildo de 
sua ingestlo. 
Sinais e sintoiJ\3s: fraqueza, diminulçlio dos 
reflexos profundos dos tendões, confus.lo, paralisl.l 
da musculatura respiratória e parada canllorrespira-
tóriil.1'"" Ao eletrocardiogra.Dlil. &lo encontrados 
aumento do intervalo PR, do complexo QRS c ele!"Ya· 
çJo dilS ondas T.'L" 
65 
EQUIÚBRJO AODOBÁSICO 
O mebbohsmo de» a~rbotdratoe e db gorduras 
produz aproximadamente lS.IXXl nmol de C02 e 
fi,O, e ainda 50 a 100 mEq de kido n.io volátil . O 
equlllbrio addobáslco f reguJado pela eliminilç:lo de 
col pelos pulmões e de ácidos pelos rins, associado 
aos sistemas de tampões químicos como a hemoglo-
bina c prote!Ns plns~llc<~,.11 
A importlncia do tamplo hemoglobina está no 
fato de a Olá-hemoglobina, embora sep um ácido 
fraco, é IN!> forte que n hemoglobtna reduzida. 
Assim, a JN.ior parte <U hemoglobina nos pulmões, 
ao tomar-se oxigenada, provoca a liberac;ão do H • 
que estilva ~o tamponado por ela. Este H' reap· 
ri. entllo, com o btcarbonato, transformando-o em 
Ji,COy que se dissoci.a em fi, O e COa- sendo o C02 
l'llminado pelA da Cl<ptraç.\o 
Em n!vel teddual, o C02 adentra a hemácia, 
onde é hidratado formando o 6ddo carbôni.co que se 
dis:.oc:iará em 11' c COa· O 11 é tomponado pelil 
hemoglobina, que cede oxlg~nio aos tecidos, redu· 
zindo-se e tomando-se menos 6dda e. portanto, 
capaz de ablorvcr o !on l i '. O H.COJ dtfunde-se do 
glóbulo para o plasrN, sendo trocado pelo cloreto a 
fim de =ter a clctroneutralidadc. ta.Z2 
Quando se aoliata um.1 gasometria 'Wigulnea, o 
pH, a p0
2 
e a pC02 sJo obtidos por medida eletrôru· 
ca direta. J6 os valores do COa total, HCOy 8~ e 
S.tOa s3o obtidos por ml.'<llda indireta, pelil lei tura 
no nomogntm3 de Stgaard·Andersen.•• 
O total entendimento dos distúrbios ácidos 
Wsícos é de fundamentallmport.1ncla para o fisiote-
rapeuta, visto que alterações na mecânica pulmonar 
oriundas de divCTSilS doenças com conscquentc 
retenç3o ou elimin3Çio de CO podem interfenr 
diretlmente no pH sanguíneo. • 
Addose 
Ocorre em dec:omncia da diminuiçio da reb-
çJo bícarboNto/áddo Grbônico no plasma sanguf· 
nco. Pode ocorrer em raz.'lo da dimlnulçJo do bicat'-
bonato, caracterizando uma acidose metabóliCD ou 
um aumento de ácido carb6nico e, assim, uma acido-
se resplratóna. 
Os fatores que podem desencadear a acidose 
metabólica ocorrem ou por cetose, por meio do cata-
boli.smo incompleto das gorduras e proteínas por 
déficit de carboidratos, ou pela 1mpossibilidade de 
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'' 
sua utilização, ocorrendo no diabetes, na inanição, 
no caso de vômitos dclicos ou acetogênicos, glicoge-
nose hcpatorrenal, dentre outras.'"-11 Podem surgir 
também por retenção de radicais ácidos, ou elimina-
ção excessiva de radicais alcalinos (acidosc renal), 
podendo ocorrer nas glomeruloncfrites agudM em 
fase anúrica, nefropatias crônicas em fase urêm.ica, 
necrose tubuhlr aguda, tubulopatias funcionais e 
glomcruloncfritcs crônicas, pícloncfritcs e no diabe-
tes insfpido nefrogênico." 
Outras causas de acidose ocorrem por perdas de 
eletrólitos, por meio do suor, da urina e das fez.e, 
podendo também haver cetose em situaQ)es como 
d.iarreias crônicas em geral, fibrose dstica, quei-
maduras extens<'\5, doen~a de Addlson. ingcstM de 
ácidos e hiperazotemias.11 
Os valores de bicarbonato considerados nor· 
mallJ variam entre 22 e 26 mEq/ L. Para o esclareci· 
mento da etiologia das acidoses pode-se realizar o 
cákulo do 11nion K"P (AG) (diferen~ de 1\nions), 
obtido pela fórmula: AG o Na• - ( Cl + HCOJ, sendo 
que o valor normal é de 12 :t 2 mEq/ L. Valores 
aumentados correspondem sempre à diminuição de 
biarbonato e ao aumento de i\nions nJo deterrnln.l-
dos rotineiramente, como na cetoacidose diabética, 
por exemplo." 
Um AG normal ocorre quando a queda de 
biarbonato é compensada por um aumento de fons 
doreto, como na diaTreia. Já um AG diminuJdo ocor• 
rt em decorrência de uma baixa conct'ntra~5o de 
sódio, com concent:ra(ão de cloretos e bicarbonatos 
inalterados. :z 
A acidosc respiratória, em geral, é decorrente de 
situaçõesem que há insuríd~a respiratória, seja 
em razão de afoo;ões da parede torácica, como em 
másforrnaQ)es torácicas c hipotonia muscular por 
comprometlmcnto do SNC (poliomielite on tcrior e 
aguda, intoxicações exógenas, comas e traumas) por 
causa de alterações pulmonares em si, como nas 
pneumopatias graves, doen~a pulmonar obstrutiva 
crônica, asma grave, Hbrose pulmonar, dentre 
outras. 1"'11 
Os valores de PaCO, nonnais variam entre 3S e 
45 mmHg. Em casos de acidose aguda, podem ocor-
rer anorexia, náuseas, vômitos c alterações ncll roló-
gicas, sobrecarga respiratória, hiperpotnssemia, 
dimínuição da responsividade às catecolaminas e 
depressão da contratUidade miocárdica, resistência à 
ação da insulina, ~nsbiç3o renal e oUgúria e 
desvio da curva de dissociação para a direita, dimi-
nuindo a afinidade da Hb pcl.o oxigênio.wt 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Alcalose 
Na íllalosc, ocorre um aumento na rela~Jo 
bicarbonato/ ácido carbônico que pode ser resultan-
te da elevação de bicarbonato, o que caracteriza uma 
alcalosc metabólica, ou da diminuição do gás carb6-
nlco, definindo uma aJcalose respiratória.u 
As causas de alcalose metabólica podem ser 
divididas em primáriM ou secundárias. A alcalose 
primária ocorre em situações em que há. perda de 
cloro pelo sistema digestório ou pela urina, reten~ão 
CJ<cessiva de sódio e entrada excessiva de álcalis, 
como na estenose do piloro, ingestão excessiva de 
álcalis, vômitos prolongados e sindrome de deple-
çJo por tratamento com tla:ddlcos. Dentre as causas 
secundárias estão M subsequentes aos estados de 
acidose, não administração de potássio, abuso de 
soluções o lcalinas ou de cloreto de sódio com insuli· 
dência renal, como nas s!ndromes pós-aciclóticas do 
coma diabético e das diarreias.ll.Jt 
A alcalose respiratória pode ocorrer em deco~ 
filncia da estimulação do centro respiratório bulbar 
(encclalites, emoção, febre, infecções sistcmicas, 
Intoxicação por sallcihlto c hlpoxemla), reflexos 
(choque), estimulaçlio de receptores torácicos (ate-
lectasia, pneumopatias agudas), assistência ventila-
tória inildcqu.1da (frequOnciil respiratóri.l muito alta 
e altos volumes correntes) e insuficiência hepática. 
'o caso de aJcalose aguda, podem ocorrer hlpo~ 
tassemia e aumento da perda urinária de K', 1\i~ 
cakemia por diminui~.lo do cálcio loniúvel, altera-
ção da relação K· intracelular/ K• extracelular no 
miocárdio e suscctibllidadc 3 a.rritmiils, aumento di! 
afinidade da Hb pelo 0 1 (desvio da curva de disso-
ciação para a esquerda) e hlpóxia tecidual, acidose 
paradoxal do liquor, bem como piora d;as condic;ões 
neurológicas. "'•" As compensac;õcs esperadas para 
cada distúlbio estão descritas na Tabela 4. u 
Para faciliro r a rotina das análises dos distú~ 
bios, fórmulas sM utilizadas. O PC02 esperado para 
a compensação pode ser calculado por meio desta 
fórmula: (1,5 x HCOJ + 8, no caso de acidose meta-
bólica c, na alcalose metabóUca, (0,7x HCO) ... 2J.D 
CULTURA DE SECREÇÃO TRAQUEAL 
A secreção traqueal obtida pcl.o exame de ~ 
ro pode ser estudada tnnto macroscopicamente 
como microscopicamente, devendo ser avaliados a 
quantidade, o odor. o aspecto, a cor, a presença de 
moldes ou cilindros br6nquicos, os tampões de 
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ASIECTOS GEMIS NA INTEAnETAÇAO DE EXAMES I.Al0RATORW5 67 
Tabela 4 Dtstúrbtos e rompensa~Oes esperadas 
Distúrbio Compensaçlo esperada 
Aoclose mewtlôhca 
Alcalose metabólica 
Aoclose respr a tória aguda 
Aoclose resporatória aOn.ca 
Alcalose respratória aguda 
Alcalose resp.ratória aOntea 
.j. I rnEq/1. de HC01 
J. I rnEq/1. de HCOJ 
.. pC01 em 1,3 mmHg 
fpeo, em 0,7 mmHg 
tPCo, em 1 mECVL i 10mmHg de P.C01 
i 10 mmHg de PC01 
.I. IO mmHg de PCO, 
J. lO mmHg de PC01 
+ 3,5 mEq/1. de HC0
1 
.1.2 mEq/1. de HCOJ 
.1.5 mEq/1. de HC01 
DittTich, os espirais de Curschmann e os cristais de 
Charcot-Leyden, bem como sua forma bacteriológi-
ca e dtológica.u O fisioterapeuta, por meio de técni-
cas de higiene brOnquJca, que fadlitam o desloca· 
mento e a elimlnação de~. pode awdllar na 
roleta deste exame ou até mesmo realizá-lo, de 
acordo com o protocolo lnstitu!do por cada laborató-
rio, dependendo do serviço em questão. 
Alguns aspectos sobre a secreçilo traqueal silo 
comumente analisados pelo fisiotcrapeut.1 após o 
atendimento, como a quantidade de S«TeÇÇes. Esta 
pode ser escassa na fase inicial da traqueobronquite 
e abundante na tuberculose, nas bronquiectasias e 
nos abcessos pulmonares, ou até extremamente 
abundante no caso de vômicas (podendo alcam;ar 2 
lít:ros ou mais) que ocorrem no esvar-iamento súbito 
por meio dos brônquios em abscessos pulmonares 
ou empiemas. O aspecto da secreção é fadlmente 
analisado e pode ser utilizado como fator comple-
mentar ao diagnóstico, como no caso da seaeção 
esverdeada característica de pneumonias por pseu-
domonas, espumosas c róseas no edema agudo de 
pulmllo, mucopurulentas ou purulentas na fase 
aguda de traqucobronquite; já as expectorações de 
origem alta (faringe e laringe) podem apresentar 
estrias s;lngulnolentas.n 
Os dlindros ou moldes l>rônquicos são coágulos 
fibrinosos de aspecto emaranhado e podem ser eli-
minados na pneumonia e bronquite fibrinosa." 
Os tampões de Dittrich são massas caseosa.s de 
rolorac;~o amarelada ou adnzentada, pequenos 
(tamanho da cabeça de alfinete) e de odor nauseante, 
compostos por glóbulos de gordura, bactérias, áci· 
dos graxos e restos celulares, observados nas bron· 
qulectasias e na fibrose dstiC<~}' 
Os ~irais de Curschmamm caracterizam-se 
por filamentos de rolorac;11o esbr11nquíçada ou ama· 
reta, que podem apresenta.r-se torcidos em espiral ou 
enovelados, compostos por muro e eoslnófilos, 
sendo típicos na asma brônquica.u 
Os cristais de Charrot-Lcyden s.,o cristais inco-
lores, originários dos eosinófilos com forma de 
dupla pkâmide, também típicos da asma brõnquica. 
A dificuldnde enrontrnda em separar o L-scarro 
oriundo das vias aéreas inferiores daquele originário 
da orofaringc, dos seios paranasais e da cavidade 
oral toma o estudo bacteriológico do escarro por 
vezes incondusivo, exceto quando o microrganismo 
é o bacilo de Koch.''·" 
Há contaminac;llo de secrcc;õcs brônquicas por 
microrganismos que integnm a Rora normal da via 
a&ea superior, como Strtptococcus sp, Ntissuiil c»tar-
rhalis c lftJtmopllill•s mflriCII:At. Para que isso seja 
minlmlzado, a coleta de escarro deve ser realizada 
por expectornção espontânea ou induzida. Reco-
menda-se a coleta nas primeiras horas d11 rnanhll, em 
um frasco estéril. O padente deve ser orientado a 
realizar bochechas com água morna à noite e antes 
de expectorar para a roleta . Manobras como drena-
gem postural. vibração, acelerac;~o do fluxo e tosse 
assistida podem ser realizadas para auxiliar na role-
ta do materiaJ.".w> 
Para resultados mais precisos, quando o escarro 
for improdutivo ou suspcitar-5e de infeo;õcs por 
anaeróbios, pode-se obter o material por meio de 
aspiraçllo traqueal (Figuras 1 e 2), ou, com o intuito 
de alcançar melhores resultados, pode-se também 
lavar o escarro vériu vezes com soro fisiológico 
esterilizado e depois aspirar o núcleo central do 
lavado com uma agulha.'s Pode-se ainda realizar a 
coleta do sm~b da orofarlnge e, posteriormente, com· 
parar a flora ooctcriana com a do escarro.' 
As condições do material podem ser avaliadas 
por microscopia. A constatação de mais de 25 células 
epiteliais por campo sugere ront.lmlnaçllo da orofa· 
ringe. Alguns autores consideram esse critério para 
desprezar a amostra. A observação de neutrófilos 
indica que a amostra é proveniente do pulm3o, visto 
que se considera uma boa amostra quando há menos 
de 10 células epiteliaís por campo e mais de 25 leu-
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Figura 1 Fmco de c~ de secreç3o traqueal 
(bronquinoo). 
c:ócitos. O processamento rápido da amostratam-
bém 6 importante (1 a 2 hora.s),LUUS.al 
O lavado broncoa.lveolar (Lba) também pode 
ser realizado por meio da bronrosropia. Consiste na 
infusllo de 140 mLde soro fisiológico pelo canal do 
Hbrobroncoscópio impactado no segmento ou sub-
segmento pulmonar suspeito, após o líquido ser 
aspirado e encaminhado para cultura quantitativa. 
Em geral, o ponto de corte utilizado é de 10 unida-
des formadoras de colônias <UFC/ml..), para dife-
renciaçllo entre colonizac;ão e infecção, com sensibi-
lidade de 73 :1: 18.., e especificidade de :1: 82 .... 
Entretanto, a abordagem diagnóstica por métodos 
fibrobroncoscópicos aprcscnQ como limitac;õcs a 
d ificuldade de realizar o exame em pacientes muito 
graves e com o volume total ~mendado, tendo em 
vista a dessaturaç3o relacionada ao pi'OQ.'dimento e 
a necessidade de tecnologia laboratorial apropriada 
e de pessoal técnico qualificado.27 
A baciloscopia pode ser realizada de doi! 
modos:" 
• Por meio da 11\mi.n.l com o esfregaço corado pelo 
C ram. Se forem seguidos os cuidados supra-
citados, o resultado desse exame pode orientar a 
antibioticoterapia contra microrganismos Gram· 
· positivos (cocos) ou Gram·ncgativos (basto-
netes). 
• Com a lâmi.na corada pelo método de Ziclti-Neel-
sen, método destinado à pesquisa dos bacilos 
álcool-resistentes (BK). Este deve ser realizado 
em tres dias consecutivos. Estima-se que para a 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Figura 2 Cole~a de asp.tado traque.ll.nram de dnu!a de 
vaqueostomia. 
descoberta de um s6 bacilo em um exame direto, 
dever/lo existir 100.000 bilcilos por centímetro cú-
bico de e5Cilrro11 
As micobactérias a ti picas s.to morfologicamente 
iguais ao BK. distinguindo-se somente pelas pro-
priedades físicas e químicas e pela cultura em um 
meio n propri.ldo. 1' 
O bacilo se apresenta corado em vermelho em 
um fundo azul. O resultado do exame e suas inter· 
pretoçõcs estJo descritos a seguir: 
• Negativo: ausência de bacilos em 100 campos 
examinados. 
• +positivo: menos de 1 bacilo por campo. 
• ++positivo: de 1 a 10 bacilos por campo. 
• +++po itivo: mais de 10 bacilos por ampo. 
Culturas 
As culturas podem ser denominadas simples 
quando realizadas em meio ágar•sangue, para a 
identifiCilçJo do gérmen mais provável e paril a exe-
cução da prow de sensibilidade in vitro aos antibió-
ticos. Como já dito, o escarro deve ser coletado em 
um frasco estéril c levado imediatamente ao labora-
tório; caso o paciente esteja utiliza.ndo algum anti-
biótico, o laboratório deverá ser avisado. As culturas 
em melo de Sabouraud são destinadas à identifica-
ção de fungos; é Importante ressaltilr que nem sem-
pre a presença de fungos no escarro Cilracteri7.a uma 
infec~;~o fúngic.,, visto que a contaminação de SilpTÓ-
fitos na amostTa pode ocorrer assim como a associa-
ção com outras doenças preexistentes (tuberculose, 
bronquicctasins c carcinoma brônquico).~ 
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No caso do exame para o diagnóstico do câncer 
broncogênko, as secreções brônquicas obtidas peJo 
escarro, aspirado trnqucal ou lavado br6nquico s3o 
espalhadas em esfrega!,'OS 3 horas após a coleta, se 
possfveJ. O m~todo par a coloração é realizado 
segundo a técnica de Pappenheim-Giemsa." 
O exame citológico após a broncoscopla é de 
grande sensibilidade, sendo que aJguns aspectos 
hlstológicos de tumores podem ser encontrados, 
assim como no carcinoma epidermoide, em que se 
pode observar as células em olho de passarinho, e no 
carcinoma indilcrenciado de pequenas células, uma 
distribuição em fio de prata e células sem dto plasma 
com formato de grão de aveia.IJ 
OUTROS EXAMES 
D-Dimero 
Derivado específico da fibrina de ~ção cruz.a-
da, sua dosagem constitui um exame auxiliar na 
investigação de embolia pulmonar. Sua sensibili-
dade pode atingir 96 a 98%, quando seus vaJores 
ullrilpassam 500 11g/ L - cmboril mantcnhn bolí.xa 
esped fiddade." 
Protelna C-reativa (PCR) 
Protefna que se caracteriza pela capacidade de 
precipitar-se frente ao pollss.lcarldeo C somático 
Isolado de pneumococo, presente no soro durante 
processos inflamatórios, principalmente em fase 
oguda. Representa um indiador ba tante sens!vel, 
embora inespeclfico, de inflamação. t importante 
também na avaliação de atividade de processos reu-
rnatológieos. 
Apresenta rápida elevaç!o entre 14 e 16 horas, 
atingindo nfveis de até 33 mgldL. Diminui com a 
regrcssilo do processo c terapêutica anti-inflamató-
ria.lS 
Veloddade de hemossedimentaçio (VHS) 
Caracterizado pela velocidade com que as 
hem:lc:ias se separam do plasma na unidade de 
tempo (60 ou 120 minutos). Sofre altera~ sempre 
que há um desequillbrio humoraJ, comprometendo 
as protc!nas plasmáticas. 
t um exame de valor ILmitado, dada a sua incs-
pec:i.fic:idade (pode aumentar nas mais diversas afec-
~). Seus valores de referência em 60 minutos s3o 
69 
de 4 a 7 mm em mulheres e crianças, e de 3 a 5 mm 
no homem; já em 120 minutos sobem para 12 a 17 
mm c 7 a 15 mm, respectivamente. 
Sua prindpaJ utilidade relaciona-se a eventos 
que envolvem seus vaJores adrna de 100 mm (febre 
reum:ltia, sepse, cole((le$ purulentas, tuberculose, 
neoplasias, doença de Weil e Calatar).u 
Lactato 
A dosagem do lactato sérico representa uma 
fcrr<~mcnta útil e de fácil obtcnc;lio nn prática cl(nica 
como marcadora de hipóxia tecidual e gravidade de 
doenc;as.:aut 
O lnctato é formado em oondic;õcs nas quais há 
diminuição da oferta de oxi~o para os tecidos e 
consequente metabolismo anaeróbio. Sua dosagem 
deve acr obtida por meio de amostra!> colhidos no 
vaso arterial ou venoso misto, para uma melhorava-
liação das regiões em sofrimento hipóxioo, visto que 
o t.~ctato venoso periférico avalia apenas a regi3o 
correspondente e nJo é indicado para avaliação da 
perfusâo global.:ra 
Os Villores de referêncln variam dependendo do 
laboratório, mas &Ao considerados elevados quando 
acima de 2 mmol/L29 
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ESTUDO RADIOLÓGICO DO TÓRAX 
INTRODUÇÃO 
A radiografia de tórax é um método muito utili-
zado na prática clínica e geralmente o primeiro e 
único a ser utilizado, permitindo avaliar de forma 
rápida e segura os sistemas cardiovascular, respira-
tório e digestório. 
INCIDtNCJAS UTIUZADAS NO EXAME 
DE TÓRAX 
• Posteroa.nterior (PA). 
• Anteroposterior (AP). 
• Perfll (P). 
• ObUquas. 
• A picolordolico. 
• Decúbito llltcral com raios hori2ontais. 
Posteroanterior 
O paciente posidona-se com a face anterior do 
tórax sobre o buck vertical do aparelho de radiogra-
fia, onde se encontn o chnssi c o filme radiológico. O 
raio central (RC) do aparelho de radiografia entra na 
superffde posterior e sai na anterior do tórax. N11ío há 
rotaç3o intendonal, o que requer que o RC se;.' per-
pendicular ao plano coronal do corpo e paralelo ao 
plano sagital. Além disso, é n~rio realizar uma 
inspirac;.;o profunda (visto que o ar é o melhor con-
traste). A distAncia llÚIÚina para a sua realização é de 
UIO m <F18Ur8 1). É a melhor inddência, uma vez 
que permite menor amplia~o do cora~, pcnctra-
~o dos raios através dos espa~ interoostais poste-
riores (que são retos e não obllquos como as anteri«>-
GUALBERTO RUAS 
MAURICIO JAMAMI 
VICTOR FERNANDO COUTO 
res, permitindo maior penetração dos raios no 
pa.renquima e menor absorc;.'lo pelos arcos cosmls). 
Anteroposterior 
É utilizada em caso de padentes acamados e 
com dificuldades de mobilização, por isso são radi«>-
gralados nas posi('Oes supina, sentado e ortost~tica. 
O RC entra em uma superffde anterior e sal poste-
rior (Figura 2). Porém existem algumas limitac;ões: a 
Imagem Aca menos nftida c magnlficação da silhue-
tA cardiomedialínica. 
Perfil 
Por regra é realizada uma radiografia de perfil 
esquerdo. Permitindo uma visualizaç~o com menor 
ampUac;llo da região cardiomediastlnlca. 
Figura 1 f>os9o para efetuar a inodência em PA. 
71 
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O AIC OA nSJOlEI\A"" WIIAATOIIIA 
' 
figwa 2 W ~ao para efetuar a"'~~ AP ~; (B) po511;ao l)al'a efetuar a mcJdênoa ~ AP sentado-
pos.~;ae> 01\oNt.c.l 
lndic,a(lo: estuda os espaços 1\.-tloe5tcmal e 
aroocard!Aco Vlsuahz.a os seaos costofri'nicos ante-
riores e posteriores. ldentifica a topografia das lesões 
c avalia o diafragma (Figura 3). 
Obllquas 
O RC entra em UIN su perfldc ~tenor c t.ai m1 
uma anterior (Figura 4). 
lndic1(lo: estuda os aJ\.'05 costais. Origem das 
lesões (intra ou cxtnparenquunatosa) 
Aplcolordótico 
O paciente se mantém em pé a cerca de 4 em do 
apoio tor~co e arqueia a pane superior do corpo 
para trás at~ quo os ombros toquem o chassi. ~suEi­
dente uma distância foco-filme de 100 em e uma 
angulação do tubo de raios X a 35-45" em direção 
celálica. O feixe é centralizado no INJlúbrio do 
cstcmo (Figura 5). 
Lndicaçlo: estudo dos ápices pulmonares. Estu· 
do do lobo médio c da Ungula. 
Decúbito lateral com raios horizontais 
lndiu(io sua principal fll\ollldade é mostn.r 
pequeno dt!rTame pleural lnrre ou intrapulmonar; 
nesta in<:idmcia. o Uquido se coletará ao longo da 
parede torkica em conta to com a 11\CQ na qual o 
paciente estari deitado (Figura 6). 
IDENTIFICAÇÃO DA RADIOGRAFIA 
A identificação deverá estar impressa e legível 
na radjografl.l, sem aobrepor tstruturas importantes 
do exame rawográlico. Pode ser feita usando um 
numerador alfanumérico ou câmaras idcntilicadoras. 
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ESTUOO RAOIOI.OGICO DO TORAX 73 
Rgura 4 lnadêndas em oblfquas d relia e esquerda - po5IÇAo ortosútic.a. 
Rgura 5 lnodêooa ap~eolordótico- poslçAo ortostâtic.a. 
Rgura 6 Incidência em decub1to lltetal. 
Deve ser evitada a identificação escrita (c:om caneta) 
ou com etiqueta rolada diretamente na radlognfia, 
além disso, a identificação deve estar sempre posici(). 
nada na radiografia em c:orrespondência com o lado 
dircito do paciente. Uma radiografia, ao ser anaUsa-
da, deve estar c:om a identificação legível e posiciona-
da de mancin que corresponda ao paciente em posl-
ç!o omatôm.ica de frente para o observador, ou seja, 
deve sempre estar legivel e à esquerda do observa-
dor, com a borda su~r em c:orrespondência c:om a 
extremidade superior da regi3o a ser radtografada. 
PARÂMETROS TÉCNICOS 
A análise da radiografia de tórax deve sempre 
ser inidoda peló! ovali.lção dos p;~r5metros técnicos 
empreg11dos 011 leitura do exame. Os seguintes itens 
devem ser norteados de acordo com a adequação 
técnica do exame radiológico do tórax: exposição 
(dose de radiaçJo adequada), respiração (inspirado), 
posição do paciente (alinhamento e centralização) e 
direcionamento do feixe de raios X. 
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74 
Exposição (dose de radiação adequada) 
A exposi~3o à dose de radia~!lo é considerada 
adequada quando visualizamos através da ima-
gem cardfaca os arcos costais posteriores e os con-
tornos da coluna dors<~l sem que se identifiquem, 
contudo, os espa~ intervertebrais e. quando há o 
excesso de exposição, visualizamos a totalidade da 
coluna vertebral, o que se conhece como "muito 
penetrado•. 
Respiração (Inspirado) 
Os exames de tórax são realizados em inspira-
~Jo for~.:.da. Nessa situilc;llo o diafragma é visto ao 
nfvel do 10" ou 11" arro costal posterior. 
Posição do paciente (alinhamento, 
centralização) 
A posiçJo do paciente é considerada adequada 
quando o plano corooal do tórax está paralelo ao 
filme radiológico; nesro situação, a extremidade 
media i das d.--vfculas está cquidisrontedos proces-
sos espinhosos das vértebras. Quando o paciente 
estiver rodado, o lado mais próximo do filme apare-
cer~ menos transpan!lltc. 
Direcionamento do feixe de raios X 
O raio central do feixe de raios X deve sempre 
ser dirigido ao mesmo ponto do tórax, ao nível da 
quinta ou sexta vértebra dorsal Qualquer varia~3o 
na posiçllo do feixe central dos raios X irá produ2ir 
projeções assimétricas dos arcos costais nos campos 
pulmonrue, impedindo uma avaliação ideal do 
parênquima pulmonar. 
SEMIOLOGIA CÚNICA 
A radiografia deve ser sempre analisada de fora 
para dentro e de modo comparativo, observando-se 
os dois hemitórax entre si. Asslm, para o estudo, 
devemos seguir um roteiro predeterminado e 
sequencial: 
• Partes moles: mamas, região cervical, supra-esca-
puJar, tecido subcutâneo, abdome superior. 
• Esqueleto torácico: clavículas, ombros, eo5tclas 
posteriores e anteriores, ombro, corpos vertebrAis 
eestemo. 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
• Diafragma e seios eo5tofrênieo5 e cardiofrênicos. 
• Corac;ão e mediastino. 
• PulmOcs: traqucia, parênquima pulmon11r, hilos 
pulmonares e plewa. 
TERMINOLOGIA UTlllZADA NA DESCRIÇÃO 
RADIOLÓGICA 
Densidade 
As densidades radiográficas devem ser idcnti.fi· 
cadas detalh4dament~. Assim. na pr~tiea podemos 
estudá-las em ordem decrescente de absorção da 
radiação X, ou seja, do metal, partes moles, gordura 
e 06SOS, até chegar ao ar (Tabela 1). 
Fatores que podem causar aumento 
da transparência pulmonar 
• Erro de técnica. 
• Reduc;llo da espessurn das partes moles. 
• Pneumotórax. 
• Hiperinsuflac;ão pulmonar (asma, DPOC, bolhas, 
enfisema). 
• sinais de hiperinsuflação: mals que 10 arros 
costais visíveis acima do diafragma; aumento 
da transparência pulmonar (diminuiçâo do 
leito VilSCUlar); aplanamcnto do diafrngma; 
aumento do d.iâmetro anteroposterior do tó-
rax; corac;3o em gota; aumento dos espa\05 
intercostais; bolhas parenquimatosas. 
Fatores que podem diminuir a transparência 
pulmonar 
• lnfiltmdos (alveol<IJ'CS e intersticinis). 
• Atclcctasias. 
• Nódulos e massas. 
• Opacidades plcurais (derrame plcural, espessa-
mento pleural, caldfica~ pleurais, massas). 
T~la 1 OescriçOCS dos termos radiOlógicos 
Meios Desctiçio Coloraçao 
Ar Rad>OtrMsparente Preta 
Goo:tura Rad>Otransparent.e C111Za escuro 
Agua Hipotransparente CNa daro 
OSSo R.ldlopaco Br~nca 
Metal Rad10paco Branca 
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ESTUOO RAOIOI.OGICO DO TORAX 
Sinais de atelectasias pulmonares 
• ()(oslocamento dM dssums em direc;Jo 11 l~l\o. 
• Desvio do mediastíno para o lado da lesllo. 
• Eleva<ão do hemidiafTagma. 
• Reduções dos espaços lntercostni.s. 
• Hiperinsuflaçllo compensatória do parênquima 
normal 
Sinais de infiltrado interstidal pulmonar 
• Reticular. 
• Nodular. 
• Reticulonodul~~r. 
• silo opaddades lineares que borram il trama; 
• os nódulos medem menos que 6 mm e têm 
contornos regulares; 
• podem estar diStribufdos em uma rede ou nJo; 
• distribuição heterogênea no parênquima; 
• evolução lenta. 
75 
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PROPRIEDADES DO MUCO BRÔNQUICO 
lEONICE BOCK 
INTRODUÇÃO 
O slsmN respír.ltório tem a ímport.lnte funç3o 
de proteger o ~r humano do rontato rom mlcrorg.J· 
nísmos, bact~rlas e partículas existentes no ar 
ambiente, além de participar das trocas g..uosas e do 
metaboll mo Para isso, as vias a~reas Inferiores ron· 
tam rom o sistema muax:iliar, que é ronstitufdo de 
dlíot, Líquido pericilW e muro.-
A uperffde du vias ab'eas s.'lo exposta , no 
mfnimo, a 10.000 L de ar por dia. Além de ar, tam· 
bbn s3o INLldos poeira, gases tóxicos e mícrorp· 
ru.'mos, e muttos dest~'S sJo deposrt.KI~ nas VIU 
aéreas lnfenores.•• 
O si tem.J mucodliar tem t:rê funçõe principaiS 
• Ba rrcira mecânica: ele captura partículas na su· 
perffcie Líquida que cobre o epitélio da vln aérea 
e leva-as ao longo da árvore brônquiCll, pela açao 
ciliar. 
• Proteç3o química: o muro da via aérea tem pro-
prit'Ciade~~ a nlloJ<tdantes. 
• Barreira biológica: ororre através da lnteraçJo 
rom nucrorganísmos e células lnllamatórlas, ~ 
vc.-rundo, usrrn, SUAaden.'ncia c D\Jgraçlo atra"ú 
do c.-pttélJO ... 
A m.1110r parte du vias amas é R!Vetlida por 
epttélio pseudoestratificado rolunar ciliado, com 
inllmc.-ras células caliciformes. Este c.-pitélio situa-se 
sobre uma UmJna basal, o esta, sobre um<~ 13min.1 
fibrosa própria que rontém gl!ndulas do tipo misto. 
Entre as ~ulas que ronstituem o epitélio respirató-
riO, o tipo m.Jis abundante é a ~lula colun<1r cililda 
e, em segundo lugar, u células calicilorn~ES, K'Cn!to-
ras de muco Tambán é importante átar a presença 
da célula gr;tnular, que é endócnN e a~ romo ele-
tora na int~llo das~ murosa e serosa. 11 
Nas áreas mais CJ<pottas ao ar (como a laringe, a 
traqueia e 01; ramos maiore:. doa brônqUtos), o epi· 
télio apresenta-se mais alto e rom maior número de 
células C4lliciformes. O muco produzido tanto peLls 
giAndulas rorno pelas ~lulas calidformes é desloca-
do ao longo da superfície epitelial em direção à farin-
ge, pelo batimento ciliar sincrôniro.•• 
Os cílios (Figura 1) slo eo<truturas móvris e alon-
g;w!as, de f01 ma cillndrica, revestidi\5 pela membrana 
celular, contendo no cmtro um pu de microtúbulolo 
isobdos e, na perifi.'N, 9 pare~ de mJcrotúbulos fun. 
didos 2 a 2 e disposlo5 circularmente. O movimen-
to áliar geralmente é roordenado, provocando uma 
corrente do fluido em umil só dtreçJo, na superffoe 
epitelial Os movimentos ciliares resultam do desli-
zamento de mícrotúbulos entre sr.•• 
A amplitude e 11 frequênda do batimento cillar 
determinam a velocidade oWdma da ponta dos 
dlios e, portanto, a velocidade rrWcima de impuls.lo 
da camada de muco. A prlndp10, quanto maJs ripi-
Ftg~n 1 Cltos Fonte VliO der ScNns. 2007 
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1'1t0tRIEDADES 00 M UCO UONQUICO 
do for o batimento ciliar, maior será a depuração 
mucociliar, embora existam pouCils evidêlldas a esse 
respeito na literatura.• 
O componente fluido do sistema mucociliar é 
constituido de duas ca~ru~das: 
• liquido perídliar, calrulda sol ou hipofase sol; 
• muco ou camada gel. 
Existem controvérsias sobre a função do Irquido 
perídlía.r. Não se sabe se sua função é "banhar" os 
dlios c permitir seu adequado funcionamento ou se 
é governar a composição do muco._.. 
O muco respiratório é secretado pelas relutas calici-
forrnes c, prindp.1lmente, pelas gl.lndulas submuc:csas, 
sendo transportado das vias aéreas ínferiores para a fa-
ringe pelo fluxo aéreo e pelo mecanismo mucociliar.» 
Trata-se de um material bíol6glco muito complexo, 
em termas de proprlooades químicas e físicas, sendo 
um produto de dife:rentes secrei;ÕeS e constituindo um 
poUmcrohidroffUco com propriedades vbc:ocláliticas. 
Ele contém. aproximadamente, 95% de !gua, 4% de 
macromolécula.s (glicoproteínas, proteínas e lipfdeos), 
I Y. de componentes cletrolíticos (potássio, magnésio, 
c:álcio, sódio e cloro) e precursores de prostaglandinas, 
como os ácidos araquidõnio e di-homolinoleico. »-.D 
O volume diário de st.'CI'(.'Çllo respiratória observada 
em índlvfduas traqueostomiz.adas varia de 10 a 100 
mL ,,.,»Em situações normais, a quantidade de muco 
que alcança a tmquc:ia é de lO a 20 mL/ dla..41 
Das glicoprotcfnas formadoras de muco, as mu-
dnas são as mais importantes. Elas são produzidas 
no apilrclho de Golgl e sccret.ldas por vesfculas em 
forma condensada, sendo constitufdas de a lto peso 
molecular. Após a seoeção, a mucina é hidratada e 
deposita-se, aleatoriamente, sobre a matriz.15 
A camada de muco, ao contrário do liquido perí· 
ciliar, é descontínua e floculada, unindo-se à medida 
que o muco é transportado centmlmcnte.".JO 
O muco piltOlóglco, ou esarro, é composto por 
muco normal e produtos inflamatórios. Além desses, 
podem et;tar presentes bactérias com seus produtos e 
material de extravasamento capilar, como a lbumina, 
imunoglobulinas, proteases e antiproteases. Essas 
substancias podem alterar o pH c o poder iônico da 
sec:reçi'\o.l' 
A avaliação das propriedades ffsícas de amostras 
de muco é essencial para cntmder suas proprieda· 
des funcionais normais e para determinar os fatores 
responsáveis por suas anormalidades funcionais du-
rante as doenças pulmonares.. u 
77 
Segundo S. Girod et ai., as propriedades físicas 
podem ser classifiCildas em reológlCils e de su perfi-
de, que sAo determinadas pcbs caractcrlsticas quf· 
micas das secrec;ões respiratórias.'W 
PROPRIEDADES REOLÓGlCAS 
Reologia é a parte da física que investiga as pro-
priedadl'S e o oomportamcnto mec:Anlco dos corpos 
deformáveis, que não são nem lfquldos nem sóli-
dos.19 A viscosidade, a elasticidade e a espínabilida-
dc s.'\o consideradas propriedades rcológlcas . ., Elas 
t~ participação fundamental no mecanismo mu-
rodliar. Trabalhos já mostraram que a eficiência da 
dq>uração mucodliar requer sec:reçOes com viscosi-
dade e elasticidade adequadas. SUl 
A viscosidade~ a capilcidade do muco de serdes-
locado, como um Uquído, ao ser submetido a uma 
força, rom dlssipaçl!o da energia aplicada. 
A tixotropia é uma variação da viscosidade d e--
pendente da tcnsflo de cisalhamcnto do estímulo 
aplicado." ~ a propriedade do muco de se flu idi-
ficar progressivamente quando é agitado durante 
certo tempo e de voltar às condic;Oes iniciais após 
um perfodo de repouso - mas não exatamente com 
as mesmas propriedades."~ essa propriedade que 
faz. com que o muro, qunndo submetido a um estf-
mulo de alta íntensidadc (como a tosse) apresente 
baixa viscosidade, enquanto, quando submetido a 
um estímulo de baixa intensidade (como a ac;ilo da 
gravidade), apresente uma alta viscosidade.111 
A elasticidade é a propriedade expressa pela ca-
pacidade do muco de poder ser deformado, como 
um sólido, quando uma força é aplicada, armaze-
nando esta energia.' 
A deformação apresentada por uma amostra de 
muco após a apllcac;Ao de uma força apre!W!nta um 
retardo em relação à força aplicada. Isso ocorre em 
decorrência de dois componentes: um, com deslo-
camento em fase com a força aplicada, puramente 
elástico; e outro, fora de fase em 90°, puramente vis-
coso. Portanto, após aplic<Jr uma força com padrão 
senoidal ao muco respiratório, o deslocamento se 
fará com uma defasagem entre 00 e 90•.ZI 
Enh'C os fatores que influenciam a viscoclastid-
dade do muco, estl!o a concentração de glicoprotcl· 
nas, a hidratação das secreções e as forças de coesão. 
O muco tam~m sofre a ínfiuênc:ia do pH c do con· 
teúdo Iônico díl secreção, bem como da presença de 
mediadores inilamatórios e de en:d:rnas. • O micror-
re6metro magnético e o viscosfmetro de duplo capi-
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78 
Lo<-. elo -
~- ~- ~O.p!llfll • ..,. 
v--... --
Figura 2 Vcscoslmetto duplo capo~~( 
lar sllo os aparelhos utili7A!dos p<lra medir a viscosi· 
dade e a visroelastiádade do muco.u·"·".zl 
A espmabilidade ou a capacidade de formar 6o é 
a propriedade do muco de poder ~r estendido em 
um longo fio como efeito de tração. A espinabillda· 
de do muco parece ser muito dependente do grau de 
purulljncia. Amostras purulentas m0$tram vnlores 
significativamente menores para n espinabilldade, 
quando comparadas com am0$tr'as mucosas. Uma 
imporronte caracteristica da espinabilidade 4 que ela 
fornece informações sobre as fol"(as de ~o inter· 
na do muco, bem como sobre sua elasticidade, apesar 
de nJo depender diretamente das alterações da vis-
cosidade ou da dastiddade. Segundo PucheUe et ai. 
c Houtmeycrs ct aL, a espinabilidadc tem correlação 
p0$itlva com o transporte ciliar no p.'llato de rll.1ua 
A espinabilldade pode ser avaliada por meio do 
6lanc1metro, no qual uma pequena amostra de muco 
é esticada sob uma determinada velocidade de tra· 
ylo. Um sinal elétrico conduzido através da amostra 
é interrompido no momento em que o 6o de muco 
se rompe. O comprimento deste fio é conhecido como 
spmnnbi/ity e é mcclldo em miUmctros.o.7.n..tl 
PROPRIEDADES DE SUPERFICIE 
As propriedades de superffcie do muco sllo a 
umectação (do inglês, tutllabr7íty) e a adesividade. 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Essas caracteristicas ffsicas, que sllo independentes 
das caracteristicas viscoelásticas, determinam a ca· 
paádadc do muco de proteger, hidratar e lubrificar 
o epilétilo da via aérea e. portanto, p rovavelmente é 
uma das propriedades mais imporrontes.u 
Umccta(1fo é uma carac:tcristica do fluido biol6gi· 
co de se espalhar, quando depositado em uma super-
fície plana e sólida. Este H espalhar" acontece porque 
cld te uma interaçllo finita entre a supc!'rfide sólida 
e as moléculas do liquido. O grau de umectação é 
caracterizado pelo ângulo de contato entre o sólido 
e o liquido em cquillbrio. Um decl!nio de 100~ na 
viscosidade talvez leve a uma simples diluição na 
amostra de catarro, sem utru1 mudança significativa 
na umectlncia." 
Adesividadt é um fenômeno que se caracteriu 
pela atração das fol"(aS entre uma superfície ade-
rente c um l>istcma ade:.ivo. O transporte mucodllar 
envolve interação superficial entre o cfiio e o muco. 
Durante a tosse, as fol"(aS superlicials entre a camada 
apical das células epiteliais c o muco, bem como as 
forças entre as camadas sol e gel do muco, podem 
controlar a eficiência da depuração do muco pela 
tosse." A drenagem p0$tural provavelmente é mais 
efetiva quando existe uma grande quantidade de 
muco com baixa adesividade.02 
Em lndividuos saudáveis, o muro é transportado 
das vias abeas inferiores até o trato digestivo, onde 
é eliminado pela deglutição, de forma imperceptível 
Este transporte depende da depur.lc;iiO murociliar. O 
transporte mucocillar é dependente do perfeito aco-
plamento entre o cílio e o muco. Esse sistema pode ser 
comparado ao de uma esteira roLante, em que o motor 
do sistema é representado pelos dlios, que ba tem con· 
tinuamente, propiciando energia para o deslocamento 
da esteira, ou !>C~'\, da camada de muco. O b.ltimento 
ciliar é coordenado, assimétrico, com frcqu&lda nor-
ma.L variando entre 10 e 20Hz."' 
A depuração mucocíliar apresenta maior corrcla· 
ção com as propriedades reológicas do que com as de 
superfície; está mais relacionada com a elasticidade; 
melhora com a diminuição da rclaç3o viscosidade/ 
elasticidade, até um certo limite, com o aumento da 
espinabilidade e da umectação e com a diminuição 
da adesividade.•!.»-'<.» 
Um nuldo muito viscoso pode prejudicar" mobi· 
!idade do cílio. Por outro lado, tanto a hidratação do 
muco quanto o nuxo de proteínas podem influenciar 
a SUll vlscosldadc.1' 
Em várias doenças pulmonares, caracterizadas 
por hipersecrec;ão de muco e diminuição da depu-
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1'1t0tRIEDADES 00 M UCO UONQUICO 
ração na via aérea, a eliminação do excesso de muco 
pela tosse é de suma importância. Porém, quando 
ocorre algum defeito no sistema mucocilior, por 
comprometimento dos dlios ou por alterac;Jo nas 
propriedades ou na quantidade de muco, há necessi-
dade da partícipnc;ao dn t~. u 
A tosse é um mecanismo de limpeza do tratores-
piratório pouco utilizado com a produção normal de 
muco, mas é a principal K'lípol\$dvcl pela depuração 
traqueobrônquica em doenças pulmonares, quando 
há alterac;ão na quantidade de muco e na eficiência 
do sistema mucociliar.-
0 muco pode apresentar níveis variáveis de elas-
ticidade porque é capaz de responder tanto à depu-
ração mueociliar quanto à depurac;!lo pela tosse. O 
relacionamento da depurac;ão por tosse e as propre-
dades ffsicas do muco mostram que a tosse apresenta 
melhor com'Llc;Jo com as proprlt.odades de hupt."t'ffdc 
do que com as propriedades reológicas.•~. 
A tosse em adultos é caracterizada por uma inspi-
rac;3o de aproximadamente 2.5 L de nr c fechamento 
da glote, com rápido aumento da press3o intrapleu-
ral para, aproximadamente, 100Torr. Quando a glote 
se abre, o ar s.1i como uma rajada, turbulenta e bilá-
sica, com uma fase rápida com alto fluxo e outra fase 
mais prolongada com menor fluxo, passando através 
das vias aéreas parcialmente colaps.1das.2' 
O mecanismo da tosse prov~ da lntera<;ão entre 
a alta velocidade do fluxo de ar e o muco, principal-
mente para formar a onda na camada de muco. A 
camada gel de muco é impulsionada a movcHe em 
bloco acima da fase soL A fase sol deve agir como 
lubrificrmle, reduzindo temporariamente o ligac;3o 
entre 11 camada gele, finalmente, rompendo e impul-
sionando para a frente porções de muco. Essa foryt 
de Ncisalhamento" produzida pelo fluxo aéreo causa 
acclerac;llo na camada fluida, ou seja, no muco, le-
vando ao transporte de secreção pelo chamado fluxo 
de duas fnses: gás-llquido.2' 
A espessura do muco c a velocidade do fluxo linalr 
são os determinantes da depuração por tosse. A elas-
ticidade impede a quebra da camada de muco pelo 
movimento e resulta em recolhimento após o evento 
da tosse. A depuração mucociliar pode ser eficiente 
pa_ro o muco chbtico, o que pode não ocorrer com o 
mecanismo da tosse. O efeito do tratamento com mu-
colftícos, nas duas formas de depuração, deverá ser 
considerado na ava!iac;3o de sua eficácia.• 
Diversos estudos v~m sendo realizados utillun-
do-se técnicas do transporte no palato de rãll.3t.A1 e da 
máquina simuladora da tosse,:~~.- além da medida 
79 
do ângulo de adesão,RP para avaliar as proprieda-
des do muco humano e o seu transporte. 
O mótodo do pal.1to isolado de rã é muito utili-
zado nos trabalhos de análise do transporte ciliar do 
muco, in oitro, devido à facilidade de seu manuseio, 
à preserv11c;~o da atividade ciliar e à semelhança com 
o epitélio ciliar dos seres hurnanos.t.ts.21.- Esse mé-
todo tem sido muito utilizado para a análise das al-
tcr.~c;(X.os que o muco brônqulco pode sofrer em ríi7-Ao 
de mudanças nas condições fisiológicasu.>t, enler-
midades do trato respiratório''""'• ou intervenções 
tcra~uticas. ''·"' 
A este respeito, de acordo com estudo realizado 
por Miller, em 1963, o aspecto rnac:roscópico de uma 
S«''eç3o pulmonar mostra boa corrclac;llo com o nú-
mero de leucócitos observados na avatiac;Jo micros-
cópica. Esta observação foi ratificada por Stockley et 
al., ao mostrarem que o muco brônquico de aspecto 
purulento, com cor amarelo-esverdeada, em relação 
ao mucoide, com cor esbranquic;ada, apresentava 
maior número de lcucódtos, maior perocntu[ll de 
cultura com aesc:imento bacteriano e maior número 
de bactérias viáveis; além disso, houve uma boa cor-
relac;ao entre a cor mais escura do muco c 11 quanti-
dade de exames positivos para purulência.Q 
Em relação à máquina simuladora da tosse, surgi-
ram estudos com o objetivo de isolar elementos en-
volvidos nesse mecanismo, tomando possível con-
trolar o fluxo aéreo, o diâmetro e a flexibilidade do 
tubo, em uma tentativa de aproximar esse modelo 
laboratorial do sistema respiratório humano e possi-
bilitar o estudo da interferência do muco e de outras 
substâncias no tTansporte pela tosse.-
King et aL constru!ram a primeira máquinn simula-
dora de tosse e, a partir da(, outros autores passaram a 
utilizá· la em seus estudos, cornoZahm et al..Agarwal e 
Gírod et al.z.•u. .. Este modelo foi aperfci~do por~ 
taJdi et al, utíli~ndo diferentes tempos de fluxo, pres-
sões c di.~metJos de tubo que peuuitlssem um maior 
deslocamento do muco com menor variabilidade. 11.u 
Dulfano et aJ., em 1971, observaram que o muco 
purulento, quando compilrado com o muco normal. 
apresentava aumento da viS<lO!iidade e ruminuic;Ao da 
elasticidade, com consequente diminuição do trans-
porte ciliar e fuvoredmento do transporte por tosse . ., 
As alterações bioquímicas c reológicas do muco pu· 
rulento são consequência da gravidade e extensão da 
doença.3 Em um estudo sobre a viscosidade do escarro 
na bronquite crOnlca, bronqulcctasla, asma e fibrose 
óstica. Charman e Reid, em 1972. observaram que as 
amostras purulentas tendiam a ser mais viscosas do 
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-· -· .... 
Figura 3 A màquínél s.'""léldorél dltosse I'Mde o 
deslocamento flUJCo-dependente do muco. O modelo 
dl traqueiél é 1.2 x 2 ande di3metro 40 !JL de muco 
sao coloQdos tm uma ~<~lha de aprOlUmada"*lte 
-
0,5 mm na bist da traque.a al'llfKial. A tosse _.if•cial ~de 
aproximadamente 11 Us. através de um elemento constritor 
de flu•o que ímrta o Példrc1o de fluxo aéreo da tosse natural. 
O mov•mento do muco~ medido apOs cadltrts tosses 
arof10ais. 
que as mueotdcs ou mucopurulentns - dados também 
encontrados por Dulfano e Adler, em 1975, para pa-
áentes com bronquiteaônica." 
A maioria dos trabalhos publicados sobre trans-
porte de muco foi realizada com muco brônquico de 
pacientes portadores de fibrose dstíca.•I.ZIA7 Esta se-
cn.~M apresenta algumas particularidades, como a 
roncentração aumentada de lip(deos, a diminuição do 
conteúdo de água e o decr6cimo no conteúdo iôni-
co- resullal1do numa secreç.1o mais espessa, fa1.endo 
com que não se possa generalizar os achados. Puchelle 
e Zahm. apud E. Houtmeyers et al., observaram que o 
muco coletado de paaentes com DPOC foi transpor-
tado no palato de rã de modo significativamente mais 
lento quando comparado com muco de r3.10 
S..'\be-se que diferentes bactérias presentes no muco 
podem levá-lo a apresentar alterações específicas. As-
sim, piodaninas c lccitinas presentes no muco infecta-
do por Pscudcnnonas AmJgínosn diminuem a frcquência 
do batimento ciliar das vias aéreas; a lecitina também 
pode faálitar a adesão da PsoulomorltiS ao epitélio, pio-
rando seu transporte.' S..1be-se, também, que a tf~ 
-,ftilus influmza~ produz algumas toxinas capazes de 
diminuir o transporte do muco.s 
O conhecimento das camcterfstlcas do muco de 
cada paciente representa uma valiosa contribuição 
para se alcançar o melhor tratamento. 
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TÉCNICAS PASSIVAS DE DESOBSTRUÇÃO 
DE VIAS AÉREAS 
MON ICA CA RVAlHO SANCHEZ STOPIGliA 
MARIA REGINA DE CARVAlHO COPPO 
INTRODUÇÃO 
A fisioterapia respiratória envolve um conjunto 
de técnlc.lS baseadas na apliCilç:lo terapêutica de 
intervenções meclnic.lS. Deve ser adaptada a cada 
paciente, constituindo um processo dinâmico que 
varia continuamente de acordo com o acometimento 
pulmonar, doenç<ts associadas, condições cUnic.lS, 
evolução do quadro, idade e fatores ana tomofi-
iológicos relativos, bem como com capacidade de 
cooperação e ades.lo ao tratamento. 
Seus objetivos consistem em: manutenção da 
permeil bllldade das vias aéreas; otlml.zaçllo da fun. 
ção respiratória e das tro(:as gasosas;min.lmi2.ação 
das alterações da relação ventilação-perfusão; p~ 
vcnção ou reduçilo das conii«juêncins da obstnlção 
por sccreçllo, de maneira direta (hiperinsuflação, 
atelectasia, má-distribuição da ventilação, aumento 
do trabalho respiratório) ou indireta (remoc;3o de 
secreções infectadas, de mediadores inflamatórios e 
redução da atividade proleolltica e oxidativa das 
vias aéreas, que pode prevenir ou reduzir as lesões 
tedduais secundárias); adcquaç.'\o do suporte vcnti· 
latório; e desmame da ventilação mecânica e da 
oxigenoterapia. 
A terapia deverá ser baseada na avali.lçilo espe-
cífica do fisioterapeuta para a identificação do tipo 
de distúrbio vcntilatório, o que possibilita a escolha 
de uma técnica ou de uma combinação de técnicas 
adequadas para cada caso. 
A fisioterapia respiratória está dividida em téc-
nicas convcncionilis c técnicas atunls, de acordo com 
seus prindpios fisiológícos. Hístoricamente, as téc-
nic.1S convencionais, descritas na literatura como 
Ml plryslcoltlrtrapy (CPT), consistem em um!\ com· 
binação de expirações forçadas (tosse dirigida ou 
huff [expiração forçada com a glote aberta do com~ 
82 
ao fim da manobra)), drenagem postura!, percuss:io 
e/ou vibração. Já as técnicas atuais, baseadas em 
variações do fluxo aéreo, são derivadas dos qWltro 
modos ventilatórlos (lnsplraç3o lenta ou rorc;.,da e 
expiraç3o lenta ou forçada). 
Neste capitulo, abordaremos as técnicas de 
fisioterapia respiratóriA descritas na li teratura, tanto 
convencionais quanto atuais, realizadas pelo fisio-
terapeuta (técnicas passivas). 
TÍCNICAS CONVENOONAIS 
Drenagem postura! (DP) 
A DP é a utilização de várias posturas para con-
duç3o das ~Oes que preenchem os brónquios, 
com expectativa de que a gravidade possi auxJllar a 
drenagem do muco em dire<;ão às vias aéreas cen-
trais. A gravidade age sobre as s~ de um 
segmento ou lobo, impedindo seu acúmulo por 
meio da verticalização do brônquio segmentar ou 
lobar que o ventila. Além di.s!o, espcc:ula•sc que a 
mudança da posição corporal pode promover uma 
redistribuição da ventilação, alterando a patência 
local das vias aéreas e a troca gasosa. O posidona-
mento, portanto, constitui uma estratégia terapêuti· 
ca que pode modificar ou maximizar localmente 
esses meauü.smos. 
Tais prindpios levam em consideração o padrão 
do adulto, que ventila e perfunde melhor o pulmão 
dependente. Isso ocorre por causa de, entre outros 
fatores, rigidez da caixa torácica, influência do con-
teúdo abdominal na rontratilidade das fibras muscu-
lan!S do diafragma e peso do tecido pulmonar. Este 
ólbmo permite maior distens.lo das unidades pulmo-
nares superiores em relação às da região dependente 
que, apesar de menos distendidas, ficam mais sujeitas 
TtCNlCAS PASSIVAS DE OES08STRUÇAO O! VIAS AER!AS 
a maiores alterações de volume rom a respiração~ 
funda. Do recém-nascido até a segunda década de 
vida, pelo fato de o peso do pulm11o ser menor e a 
ventilaçlo ser distribuída de forma diferente à do 
adulto, o efeito provocado não é o mesmo. Nestes 
pacientes, a distribuiç3o da ventilnçtlo em decúbito 
lateral é inversa à do adulto e, portanto, melhor no 
pulm.'\o não dependente. Isso ocorre porque o movi-
mento respiratório do sc:gnwnto dependente da caixa 
torácica pode estar significativamente reduzido por 
sua alta complacência. Além disso, a conformação do 
abdome da aia.nça cxcrcc menor efeito na pr6-carg;l 
do diafragma, e o mediastino, menos r(gido, também 
dificulta a insuflação do lado dependente. 
A DP ~. provavelmente, mais efetiva na presen-
ça de grande quantidade de muco com baixa adesi-
vidadc. Al.guns autores fazem referência a nove, 
onze e outroe. a doze posições de drenagem diferen-
tes, uma para cada segmento pulmonar. A determi-
nação da localizaçlo da secreção nos brônquios é a 
chave para definir as posições a serem utilizadas.. 
Para a realização da técnica, utiliza-54! de urna a 
três posições, sendo que o tempo necessário em cada 
posição depende da quantidade, viscoelastiddade e 
adesividade do muco. O tempo preconiuldo varia 
de 15 minutos em cada posição a uma hora, quando 
em caráter preventivo. Se tolcradn, o paciente pode 
dormir em uma determinada postura. 
As posturas de drenagem. em especial a de 
Trcndclenburg, têm numerosas contr.lindicac;ões, 
romo hipertens:lo intracraniana, cardiopatias agu-
das e crônicas, arritmias cardíacas, instabilidade 
hemodinAmica, cirurgias abdominais, intri'lcranianas 
ou oft.ilmicas, traumatismo torácico, hemoptise, fís-
tula broncopleural, embolia ou edema pulmonar, 
insufidí!ncia respiratória, refluxo gastroesofágico, 
período pós-prandial e prcmatur!dade. 
Atualmente, a DP não ocupa mais um lugar 
preponderante e parece, além disso, menos eficaz 
nos pacientes pouco secretnntes.. O efeito fnvorável 
das poshuas de drenagem permanece limitado a 
certas indicações bem precisas, como a melhora da 
relat;!o ventilaçllo/ perfusllo, observada principal-
mente em pacientes em cuidados intensivos. 
Percussões torádcas manuais (PTM) 
ou tapotagem 
As PTM ~o definidos como ondas ritmlcas de 
energia mecânica, aplicadas sobre a parede torácica, 
em especial sobre a zooo a ser tratada. As modalida-
83 
des de administração são tapotagem. percussão 
cubital, punho-percussão e digito-percussão. 
Essa técnica auxilia na remoção do muco, por 
meio de um deslocamento das secreções nos brôn-
quios de maior calibre e na traqueia, o que promove 
I1IN excitac;llo dns zonas rcOcxógenas da tosse. 
A fonna de percussão mais utili:t.lda é a tapo-
tagem (clapping), realizada com as mãos em cúpula, 
dedos cerrados e polegar em aduçllo, a flm de aiar 
um roxim de ar entre a mão e o tórax- Em crianças 
pequenas, as percussões também podem ser rea-
liudas rom a polpa dos dedos ou com o auxllio de 
um ta potador. 
A eficácia desta técnica é proporcional à energia 
gerada que, por sua vez, é dependente da fo~a da 
aplicação da manobra e da rigidez do tórax. A fre... 
quênda ideal para o transporte do muco é em tomo 
de 25 a 35Hz. Entn.>tanto, a capacidade manual, que 
varia de I a 8 Hz, não é suficiente para permitir o 
aumento dos batimentos ciliares. 
No ~·nascido c no lactcnto, a aplicac;tlo da 
PTM é limitada em razão da alta complacência da 
caixa torácica, pois seria necessário exercer uma força 
consideravelmente maior do que no adulto paro gerar 
uma energia mednica com beneficios terapêuticos. O 
efeito de descolamento das secreções, na faixa etária 
do prematuro ao lactentc, é limitado nos pt.'qucnos 
br6nqulos, em razão da relação entre os diAmetros 
dos condutos e a viscosidade das secreções; isso leva 
a um fenômeno de capilaridade que a percussilo nJo 
pode vencer. Em razão da maleabilidade da estrutu-
ra brônquica, a percussão pode provocar um movi-
mento simul~neo do bronqufolo e da ~ão nele 
contida, nllo permitindo o deslocamento da mesma-
Já nos brônquios de maior calibre e na traqueia, a 
rigidez e o maior diâmetro da parede favort.'Cem 
I1IN melhor tra.nsrnissão mednlca da percussllo, 
podendo desencadear a tosse. Por outro lado, nos 
lactentes que apresentam sinais dlnicos de fadiga 
respiratória e ausculta pulmonar de secreções locali-
zadas em vias aéreas médias e distais, a tosse esti-
mulada di!S$il forma drena apenas os grossos brôn-
quios, podendo ngravar os sinais. 
A percussão torácica é aplicada em sessões de 
tratamento de 10 a 20 minutos, Rmpre que a auscul· 
ta evidenciar SCCJ'CÇ'Oes localizadas em br6nqulos de 
maior calibre ou traqueia. 
As contraíndicac;ões mais descritas s:lo fragilida-
de 65sea, hemoptise, dor, hípcrtcns11o intracranlana, 
pós-operatório imediato, dreno de tórax, plaquetope-
nia, hipcr-reatividade brônquica, hipertens3o pulmo-
nar, apneia. bradic.lrdia e pele frágil, al!Ml de prema-
turidadc cxtmna c osteopcnia da prcmaturidadc. 
Vibração manual ou vibroc:ompressão 
A vibra~ o é deftnidn como movimentos osc:il.l-
tóóos aplicados manualmente por meio da tetaniz.a-
Q}o dos músculos agonistas e antagonis1as do ante-
braço,trabalhando c.-m sinergia com a palma da mJo 
ou com a polpa dos dedos, colocados perpendicular-
mente sobre o tórax. Pode ser- combinada com com-
press.'o da parede torádca, devendo ser npl.ic.lda 
preferencialmente no final da expirac;lo. 
A vibração pode auxiliar na depuração das~ 
~ pulmonares, quando l1Ssoci.1dn n técnicas que 
promovam varia~ do fluxo aéreo expirado. A asso-
~o da VJôrac;ão com a compressão torácica (vib~ 
comprcssllo) é 11 única tC'CI'Iica conv~ndonal de inter-
ven~o fisioterapêutica cardiopulmonar manual que 
tem caracterf.sticas tanto compressivas quanto oscila-
tórbs, podendo ser efetiva para aumcntM os {ndiccs 
de pico de fluxo expiratório, particularmente em 
pacientes inconscientes ou não colaborativos. Tres 
fatores pai\"Wm contribuir para esses índices de fluxcx 
recuo pulmonar, compressllo e osdlaylo. A contri-
buição relativa de cada um desses fatores pode diferir 
de acordo com variações na complacência di! parede 
torácica e na reslst~ da via aérea. Outro mecanis-
mo fisiológico adidonal pelo qual a vibrocompressão 
pode aumcnt;~rcsses (ndiccséa melhora da cxpira.;3o 
ativa pelo rccrutilmento dos músculos expiratórios. 
De modo geral. as vibrações têm o objetivo de 
melhorar a dcpurac;lodas ~ brônquicas, agin-
do potencialmente nas inter~ dlios-muco e/ ou 
ar-muco. Na primeira. agem nas propriedades reoló-
gicas do mU<O brônquico (viscoclasticidade, filância, 
propriedades de superffde e tixotropia) ou nos bati-
mentos ciliares (por efeito de ressonância), pela esti-
mulnçilo dllar induzida por liberação de mediadores 
qulmioos na luz brônquica (estudo írr rnlro). Na inte-
ração ar-muco, ocorre a induQ}o de um reflexo autô-
nomo que aumenta a frequfnc:ia dos batimentos 
dliares. Tal interac;Ao atua sobre o escoamento bifási-
co, por transferência de energia entre as moléculas de 
g.ú e as de liquido (força de dsalhamento). Essls 
ações dependem da amplitude e frequ~ncia das 
vibra~, bem como de sua t:ransmlssão e absorção. 
A frequênda ideal desejada das vibra~ deve 
ficar entro 3 e 75 Hz, a fim de modificar a reologia do 
muco brônquico. A frequênda natural dos batimentos 
ciliares nos mamíferos é de 13 Hz; sendo assim. um 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
aumento da depuração brônquica é observado quan-
do as vibrac;ões atingem frequências entre 11 e 15 !ü. 
Entrctnnto, a capacidade manual de gerar oscilações é 
de cerca de 5,5 Hz.. A lrequência dos batimentos 
dllares varia em função da doença, de seu caráter 
agudo ou crôníco, nllo sendo possrvel sugerir n fre-
quênda ideal das vibra~. A V<YL, o riso e o choro 
slo modula~ vibratórias sobre o tempo expira tório 
que podem f.avorcccr a dcpurac;lo brônqu•ca. 
TÉCNICAS ATUAIS 
As técnicas atuais, baseadas em variações do 
fluxo aéreo, podem ser utilizadas para a desobs-
truç3o de vias aéreas superiores e inferiores. Para 
indicaçAo, contraindicaçllo e conduçllo adequadas 
da terapia, é necessário o conhecimento das partico-
laridndes do dt.'Senvolvim~nto anatomofislol6gico 
do sistema respiratório. Essas particularidades 
infiuendam na escolha da técnica e no modo de 
apl.icac;llo. Dcstac.1m•se aqui o desenvolvimento c a 
fisiologia das vias aéreas superiores (VAS). 
Particularidades anatomoflsiológlcas das VAS 
O sistema respiratório de recém-nasddos e de 
lactcntt'S possui c.tractcrlstlcas anatômicas c fisioló-
gicas que o diferem do adulto, tomando o manuseio 
de suas vias aérea.s um desafio. 
O desenvolvimento da cavidade nasal tem inf-
do na sexta semana de idade pós-conceptual, porém, 
somente no período pós-natal as dimensôes desta 
cavidade aumentam r.apidamente c se relac:ionam 
com o tamanho do corpo, sendo a corTClnçllo entre o 
tamanho das vias a&eas e o perímetro cefálico a 
mais significativa. 
Os seios pa.ranasais são extensões da cavidade 
nasal. aeradas e revestidas por mucosa do tipo respi-
ratório dllado. Desenvolvem-se a partir de divertí-
culos presentes nt\S paredes das cavidades nas..'\ls, e 
se localizam nos ossos ao redor das fossas nasais, 
comunicando-se com estas por meio de canais e 
óst:ios. Essas c.widades sinusais aJo nomeadas de 
acordo com o osso em que se desenvolvem e cres-
~. podendo ser classificadas em anteriores (seios 
fronta l, maxilar e etmoldnJ anterior) e posteriores 
(seios etmoidal posterior e esfenoidal). Seu cresci-
mento ocorre pela pressão a6rea, estendendo-se até 
o fim da ndolcsc~nda. Ao nascimento, o selo maxilar 
apresenta cen:a de 7 a 14 mm de comprimento, atin-
gindo o desenvolvimento completo aos 12 anos, com 
a eru~Jo da segunda dentição. O seto frontal é 
pouco desenvolvido até os 7 anos de idade e ~ 
m.tturac;.lo se complcQ após os 10 ou 12 anos. O 
desenvolvtmento do seio etmoldal ~ a p.utir 
do segundo ano de vida, segumdo até os 12 ou 13 
anoe de Idade. O 8eJO esfenoicW in ida \a fol'lNic;.lo 
no primeiro ano de vida, prossegulndo até próximo 
da idade adulta. Todos os seios para nasais s.lo bila-
terais c de locall:r.lc;.\o param(•dlanll, com excec;Jo 
dos selos maxilares que são totalmente separados 
pela cavidade nasaL 
As VAS ~o responsáveis pem conduc;ilo do ar 
inspuado para as Vias aéreas uúeriorcs. Em ~~ 
-1\&Sddos e cri.lnc;as pequenas, a res~ é quase 
exclusivamente Ohal e crianc;as malorw e adultol 
seguem o mesmo pacirJo durante a resptrac;llo nor-
mal em repouso. Nos adultos, a respi~ nasal se 
toma lru>ulioentc durante a atiVIdade &ta c é auto-
maticamente substituída pela respiração bucaL Isso 
também ocorre durante distúrbios obstrutivos das 
VAS (hlpt'1110fill de adenoldcs, edema da mucos.1 
nasal na rinite vital ou a lérgica), em sttuac;õcs com 
sel.lmento insuficiente da cavidade oral. em pacien-
tes com •tmose Wingea ou traqucill, ou em CASe» 
de extrema fadiga . 
A entrada do ar inspirado pela cavidade ~.1 
un«ii.1tamt'11te forma uma corrente pua.lel.l percor 
rendo pnnopalmente a ~em nasaJ média. A 
velocidade do fluxo aéreo nasal varia de acordo com 
o dilmetro de cada região e, portanto, mudanc;u na 
dueçilo do fluxo nén!o, assim como as m-egularida-
des nas paredes nasais, tendem a promover turbí-
lhonamcnto, aumcnblndo o contato cntrt a corTCnte 
de ar e a mucosa nasal. Essa intcraçllo pennite ao 
nariz realizar suas principais func;ões: regulac;llo da 
corrente aén.'il, prNquccimento, umidlficac;Jo e fil-
t:raçlo do ar U\illado. 
O nariz aquece o ar a uma temperatura de 32 a 
34"C, que usualmente permanece constante mesmo 
em prc:smc;a de ~ externas do Ambiente. A 
temperatura nasa.1 é regu.lada por alterações do fluxo 
unguíneo noe capilAres da m\K'OSa. O aquecimento 
final do e r que p.l&SA pelo nariz também é influen-
ciado por outros fatores, tais como volume e veloci-
dade do ar, umidade do ar ambiente, pi\.'SCnc;a e 
qualld~de du ~ nas.is. Na paswgcm do ar 
para a traqueia, este se torna saturado com vapor, 
recebendo Cl'r'Ca de metade da umidade das sccre-
~ nasaill Após a pASSagem nasa.l, a umidade do ar 
atinge cerca de 80" e aumenta para 95 a 98'10, quAn-
do etinge a laringe e a traqueia. 
85 
Presença de secreçao, sangramento, edema, con-
ge5tão, deformidade Anatômicas ou necessidade de 
50nda nasos'5trice podem eumentar tgnificabv,._ 
mente a resistência nasaJ e comprometer a habilid,._ 
de da crianc;a em I"C5)'lnr. 
Técnicas de remoção de secreção deVAS 
As técmcas de flltotcrapla respiratória utiliza-
das para o tratamento de V AS atuam diretamente na 
remoc;ão de~ localizadas nesta região, com 
o obJetivo de melhorar &ua permeabilidade e facilitar 
a respiração nasal. As técnicas propostas atualmente 
na literatura seno descritas a seguir. 
Desobstru~o rinofarfngea retrógrada (DRR) 
A ORR é uma manobra de Inspiração forc;eda 
que tem o objetivo de remover secre(Ões da rino(a-
ringe. Com o aumento da velocidade do fluxo aéreo 
provocado pela técnica, n p~o diminui diante 
dos oriffcios sinusais e da tuba auditiva (provocando 
o chamado efeito de Venturi), favorecendo a mobili-
UI<;Jo dll$ secrcc;ôt.'s d~ws cavidadl':l parll o conduto 
rinofarlngeo principaL 
~ realizada de formapassiva, em l.actentes e 
crianças pequenas, ou ativa, em c:ri;mc;as iiiCima de 4 
a 5 anos, adolescentes e adultos. Na forma passiva, a 
técnica aproveita o reflexo inspiratório origiNdo 
e pós uma manobra de expirac;Jo lenta e prolongada 
CELPr), aumento do fluxo exptratório lento (AF'EL), 
tosse provocada (TP), ou ainda pelo choro. 
Para t1 apllca~llo da técnica na forma pas~iva, a 
cri.lnc;a deve estar em decúbito dorsal elevado a 
aproximadamente 30". O fisioterapeuta pode posi-
cionar<SC de duas formas: 
• Atrás da maca, com uma das mãos elevando a 
r:Nnd!bul.l, apo~ndo os dedos indicador e médio 
na base da língua ao final do tempo expiratório, 
obrigando a criança a inspirar profundamente 
pelo nariz (Figura lA). 
• L.atera~te ao le~to, oclutndo a boca do pacien-
te com a região lupotcnar da mão, elevando a 
mandfbub e oclulndo rnpidamcntc o orifício bu-
cal (ver Figura 18). 
Quando realiuda após manobras de AFE ou 
ELPr, o fi ioterapeuta pode ubhur a regi3o hi~ 
nar da mão que acaba de concluir o apoio torácico, 
ou ainda realiz.ar o movimento com a mJo que 
86 O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
Figura 1 Oesob~ nnolarfngea retrógrada (ORR). 
A 
Figura 2 OesobsUUÇ.\o nnofarlngea retrógrada (DRR) assoo~a a m.1nobras de AfE ou ElPr. 
dava apoio abdominal, fazendc>-a sustentar a man-
dlbula c fechar a boca, forçando uma nasoasplração 
(ver Figura 2). 
Esta técnica pode ser realizada de forma isola-
da, quando somente as VAS esUio comprometidas, 
ou entre as manobras de desobstnJc;llo de vias aéreas 
inferiores (VAJ), Pode, ainda, ser utilizada como 
adjuvante na avaliação do paciente, quando a obs-
tNç~o por secrec;:ões em vi.u aéreas su~riores dili-
culta a ausculta pulmonar e a determinação da pre-
sença e quantidade de sccreçõcs em VAJ. 
A forma ativn pode ser realizada em tr~s tem-
pos, modulados de acordo com o quadro dfnico do 
paciente: 
• Nasoaspiração com a boca aberta, que faz vibrar 
o véu do p.1.lato, permitindo eliminar as seoeçõcs 
localizadas na rtgilo posterior da nasofaringe. 
• Nasoaspiração com a boca semiaberta, que não 
permite vibrar o véu do palato. Está indicada 
para as secre<;ões localizadas na região média da 
nasofaringc. 
• Nasoaspir.tçl!o com a boca fechada, que facilita 
a mobilização de secreções localizadas na região 
anterior da nnsofaringc. 
A técnica pode ser complementada por instila-
ção local de solução de cloreto de sódio a 0,9% (solu-
çJo fasiológica) ou de subst!ncia medíumcntosa 
(por indicação médica). Neste caso, passa a ser deno-
minada de DRR+L Essa tocruca possibilita a penetra-
çJo da substlndn lnstililda até a regi!! o do anmm. Foi 
descrita por Postiau,x em quatro fases: 
• Fase prrparotdria: o fisioterapeuta su>tenta com 
uma das mãos um contagotas com a solução pre-
viamente preparada, diante da narina a ser insti-
lada. O antebraço correspondente é apoiado so-
bre o tronco, para perceber o ritmo respiratório. A 
racc ventral da outra mão é apoiada sobre a boca 
TtCNlCAS PASSIVAS DE OES08STRUÇAO O! VIAS AER!AS 
do padente com o dedo oúnimo e anular sepa-
rados, permitindo a expiraç<'io bucal Esta mesma 
mJo permite ao terapeuta lmobili7.ar a cabeça da 
aiança e colocá-la em ligeira hiperextens.'\o e ro-
tação ipsilateral ao local da instilação, de fonna 
que a narina fique posicionada verticalmente na 
direção do lobo da orelha homolateral. Esta J»-
sic;ão favorece a penetração da solução na região 
do catmm. 
• Fase de ínstilaçlo: durante o curto tempo inspira-
tório que se segue à expiração prolongada indu-
zida pelo choro, os dedos se ju.ntam para fechar 
o oriffdo bucal e impor uma inspiração nasal 
repentina. Neste momento, o produto deve ser 
inst1lado, aproveiumdo a velocidade do ar inspi-
rado como vetor. 
• Fase tk mobilízaÇlio d11$ ~:após ter realizado 
o procedimento nas duas narinas, a criança deve 
ser mantida no mesmo decúbito por aproxima-
damente 1 minuto, durante o qual o terapeuta 
cxeR:e leves pressões nll biJsc da tmgua, com o 
polegar. Dessa fonna, a língua é empurrada con-
tra o palato, obstruindo a via respiratória bucal. 
Essa r:nanobra altera o padrAo ventilatório nasal, 
provocando inspirações e expirações rápidas e 
desordenadas, que permitem agitar as secreções 
e a medicac;:to contidas no cavum. 
• Fase de apulslfo: após I ou 2 mfnutos, as secreções 
podem ser eliminadas de três formas: (a) esponta-
nenmente, por meio de uma Mtossc llilSill" que as 
projeta para o exterior; (b) por deglut:içllo; ou (c) 
por expulsão, durante uma manobra de retomo, 
na qual a criança deve ser colocada em decúbito 
ventral, para desencadear a extens3o da cabeça. 
Nesta posiçi!o, o conteúdo do CatiUm, submetido à 
ac;Jo da gravidade, desloca-se para a frente e para 
baixo, irritando os receptores mcdnicos Jarin-
geos e desencadeando a tosse. Quando esta não 
ocorre espontanoomente, o fisioterapeuta pode 
recorrer à TP. 
Outra maneira de realizar 11 DRR+I em paden-
tes acima de 4 ou 5 anos, quando somente soro 
fisiológico é indicado, é posicionando a cabeça em 
ligeira hipcrextensão e rodando-a para o lado da 
narina que vai ser lnstilada. Lnstila-se, em geral, 0,5 
mL de cloreto de sódío a 0,9'1. (solução fisiológica) 
nesta narina. Com a cabeça ainda nessa posiçJo, 
massageia-se no redor da alcl<l nasnl c sobre a região 
do seio maxilar por aproximadamente 30 segundos, 
para que haja tempo do soro instilado penetrar pelo 
87 
óstio e banhar o seio dessa hemiface. A seguir. a 
cabeça é virada para o lado oposto, e solicita"5e ao 
paciente que realize a DRR, inspirando profunda-
mente e fazendo vibrar o véu do palato, como se 
imitasse o "ronco de um porquinho". Drenadas as 
~ dessa nnrina, realium-se os mesmos pas-
sos para o outro lado. Esse p~ento pode ser 
repetido enquanto persistirem as secroc;6es nasais e 
deve ser ensinado progn.>sslvamcntc A criança, vban-
do sua autonomia. No padente com idade inferior a 
3 ou 4 anos, em razão da formação incompleta dos 
seios da fuce, ntlo existe a ncctSSidade de rodar a 
cabeça para a realização da téo'lica (Figura 3). 
Observa-se frequentemente, após a aplicação 
desses procedimentos, a sedac;Jo da tosse, o dimi-
nuição da temperatura corporaL o desaparecimento 
do ronco, o restabelecimento da respiração nasal, o 
n.>tomo do apt.'tltc e o bem-t.>star geral do padcntc. 
A DRR+I é espedalmcnte indicada nas afecções 
de vias aéreas extra torácicas de qualquer etiologia. 
A nusênda de IOSMJ reflexa ou eficaz CQmo, por 
exemplo, associada a doenças neurológic.l.S, rebai· 
xamento do nível de consdência e imaturidade do 
reflexo de tosse, CQnstitui uma contraindicac;3o à 
aplicac;l'lo dessa técnica. A presença de estridor larfn· 
geo também contraindica essa e todas as outras téc-
nicas de fbiotcrapia respiratória. já que o choro pro-
vocado pela manipulaçllo pode aumentar o edema 
da mucosa. diminuindo ainda mais o diâmetro da 
laringe c piorando o desconforto respiratório. 
Breves episódios de sufocaçllo em crianças são 
relatados na literatura, quando grandes volumes de 
501uç3o são instilados. Nestes casos, o paciente 
deve ser colocado em posic;ão sentada para norma-
lizar a situação. 
To.ue 
A tosse é um mecanismo de defesa que visa a 
expulst,o do muco da árvore traqueobrônquka pro-
xi.mal. De acordo com a primeira Conferencia de 
Consenso de Técnicas Manuais de Fisioterapia Res-
piratório, realizada em lyon, em 1994, é comumente 
reconhecido que a tosse espontânea ou dirigida a alto 
ou baixo volume pulmonar é capaz de impulsionar 
as secrec;ões das regiões proximais para a boca. 
Em função da idade do paciente, do nível de 
consdanda c da capaddadc de coopcraçllo, pode-5e 
descrever a tosse corno: tosse provocada (TP), esti-
mulada na aiança pequena ou no indivíduo incapaz 
de realizá-la espontaneamente e tosse voluntária, 
88 
também denominada tosse dirigida (TO), que pode 
ser solicitada ao paciente colaborativo. 
Tosse provocada (TP) 
~ uma tosse reflexa provocadn no paciente inca-
paz de cooperar, por meio da estimulação dos rec-ep-tores mecânicos, situados na parede da traqueia 
Figura 3 DesobstruÇ~ nnofarfngea retrógrada com ins-
bla(ao de doteto de sódio a 0,9%: ORR+I 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
extrntorácica. Seus princípios se baseiam no aumen• 
to da velocidade das particulas de ar, no segmento a 
fluxo limitado, resultante da existência do ponto de 
igual p~ sobre o trajeto brônquico. 
Ao nascimento, esse reflexo encontra-se imaturo 
e se consolida somente após algumns semanas, man-
tendo-se até 3 ou 4 anos, quando começa a se atenuar. 
Para a aplicação da técnica, o paciente é posicio-
nado em doolbito dorsal ou elevado n 30". O terapeuta 
coloca o polegar perpendiculannente à traqucia, na 
região da fúrcula estema1 do paciente. Com o dedo 
posidonndo, mas sem exercer p!'C511Jo, tenta-&! perce-
ber' a posição da traqueia, procurando sua porçlo 
exbatorácica mais baixa CFJ81U3 W . O estímulo deve 
ser desencadeado preferencial.mente ao final da i.nspi-
raç.\o ou no inicio da expiração, por serem estes os 
momentos de maior volume pulmonar. A pressoo 
deve !ter ~~ouavc, mns aplirnda de uma s6 vez.. 
O lnctente frequentemente flete o pesax;o, como 
uma postura de defesa. dificultando o acesso à tra-
qucia. Neste caso, a partir dos 3 meses de vida, pode-
-se posicionar essas crianças em decúbito ventral, 
com o objetivo de desencadear a extensão do pesalÇO 
pela reaçllo postura I de rctüicaçJo. Essa posição favo-
rece o alongamento e a liberaç3o da traqueia extra to-
rácica, facilitando a resposta à pressão (Figura 4 8). 
Outra vantagem reside no fato do alongamento pro-
porcionar maior rigidez à traqueia, diminuindo sua 
tendência ao colapso. Para realização dessa modali· 
dade, o teropeutn deve aplicar a pt'CS$ilo rom o dedo 
médio, uma vez que o polegar estará posicion11do na 
região cervical, em contra-apoio. 
Em criançns pequenas ou em pacientes que apre-
sentam cinta abdominal pouco tônica (por caracterfs-
ticas fisiológicas próprias da idade ou doenças), há 
uma dissipação energética vi!l abdominal baixa (mais 
complacente) no momento da tosse. Isso ocorre em 
detrimento da região traqueal que, por sua pequena 
área de secçSo transver$ll, oferece maior resistência à 
passagem do ar à grnnde velocidade. Dessa formn, a 
criança H tosse em seu ventre". Para evitar esse efeito, 
o fisioterapeuta deve sustentar o abdome do paciente 
com uma das m:los, c:omo se fosse uma cinta, direcio-
nando o fluxo de ar para a região da traqueia e poten-
ciali.zando a tosse (Fi.gura 5). 
A TP eslii Indicada quando as ~ cstJo 
l001líUJdas em vias aéreas proximais ou na traqueia, 
em pacientes nJo colabora ti vos. Pode ser apUcada a 
partir do nascimento a termo, porem após os 3 ou 4 
anos passa a ser dolorosa, em ruào do enrijecimento 
dos anéis cartilaginosos traqueais. No adulto, parti-
TtCNlCAS PASSIVAS DE OES08STRUÇAO O! VIAS AER!AS 
Figura 4 Tosse pi'OVOCOlda. 
culannente no idoso, a traqueia deve ser lateralizada 
para a estimulação dos receptores de tosse. 
A TP. principalmente a desencadeada a baixo 
volume pulmonar, pode levar ao risco de vômito e 
broncoaspiração. Sendo assim, deve ser respeitado 
um intervalo após refeições - variável de acordo 
com o tipo e a frequ~a de alimentac;3o do pacien-
te. Sua aplicação pode ser continuada até a eUmina-
c;.\o das ~s, mas ti limitada pelo esgotamento 
do reflexo. 
Essa técnica é formalmente cont:raindicada em 
c:a50S de af~ lanngeas ou de traqucia extrator<i-
cica e na prematuridade. Em recém-nascidos pre-
maturos, além do reflexo ainda não estar presente, 
existe risco de colabamento da traqucia e de altera-
ções do fiW<o sanguíneo cerebral. 
Figura 5 Tosse pi'OVOCOlda com apDIO abdom.nal. 
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As respostas ao estímulo são de intensidade 
variável, sendo que alguns pacientes reagem com 
tosse violenta somente ao toque do polcgilr na pele 
da região traqueal, enquanto outros necessitam de 
pressão um pouco mais forte. É necessário conhece" 
o paciente pa.ra exei'Cl'f' a pressão adequada. Portan-
to, sugere-se iniciar de forma mais suave, aumentan· 
do-se a intensidade, caso n~rio. 
Quando se del>Cja evitar o mccanbmo de com• 
pressão dinAmlca proximal da árvore respiratória, 
que ocorre pelo fechamento do ponto de igual pres-
são durante a tosse, pod~ recorrer à t~ica de 
aumento do fluxo expiratório rápido (Af'BR) rca-
li.zada de forma passiva, ou à técnica de expiração 
forçada (TEF) com controle do fluxo expiratório (a 
baixo, médjo ou alto volume pulmonar), em pacientes 
colaborativos. Estas técnicas pen:njtern o desloca-
mento do ponto de igual press3o em direc;3o a seg-
mentos mais distais, embora ainda dentro das pri-
meiras gerações brônquicas (setor proximal). 
Tosse díríg ída (TD) 
~um esfo~o de tosse voluntária que o fisiote-
rapeu ta solicita ao paciente cooperante. O princ:!pio 
de depuração brônquka é o mesmo da TP. 
Para a n.>alizaç<lo da técnica, além da colabora-
çlo do paciente, é necessário que haja forc;a e Integri-
dade da musculatura abdomlnal. A criança, depen-
dendo da idnde, não consegue atingir a forc;a 
necess.irio, mesmo que ela colabore. 
A TD pode ser desencadeada a baixo, médio ou 
alto volume pulmonar. A eficácia da técnica aumen-
ta quando o terapeuta realiza uma press3o manual 
abdommal de contenção, otimizando o efeito de 
expuJs.,o do ar dos pulmões (Figura 6); este efeito 
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Figura 6 Tosse dirigida. 
também é pett'ebido na TP. A tosse pode ser rea-
lizada na mesma postura indicada para as téo\icas 
de mobUILac;Jo de S«n.>ção eleitas para a terapia. 
Em pacientes entre 8 e 10 anos, é recomendada a 
tosse posicional, que preconiza o posicionamento do 
llldo acometido em dl'C\Íbito iniralateral. facilililndo a 
mobilização das ~ localizadas nessa região. 
A TO age principalmente nas vias aéreas pro-
ximais, sendo que um efeito secundário de mobi-
lizac;ão das sec~ mais periféricas pode ser 
obtido por meio dos movimentos respira tórios 
amplos, induzidos por esse tipo de tosse. Porém, 
a repetic;Jo desses episódios provoca um estreita-
mento da via aérea (pontos de igual pressão), 
11prisionando a secreçilo nn região distai e dificul-
tando seu carrenmento. 
GlossopulsJo retrógrada (GPR) 
A GPR tem o objetivo de conduzir as~ 
elimínodas pela tosse, do fundo do cavidade bucal 
Figura 7 Glossopul~ retrógrada (GPR). 
O Ate OA RSIOTERAI'IA ltSPIRATOitiA 
até a comissura labial, para que sejam expelidas. Sua 
denominação é baseada em seu me<:anismo de ação. 
é utilizada em lactcntes ou crianças pequenas, inca· 
pazes de expectorar. 
Após a toose, quando as~ são projetadas 
pua o fundo da cavidade bucal, o riSioterapeuta 
segura, com uma das mãos, a eabe<;a do paciente. O 
polegar deve ser apoiado sob o maxUar, na base da 
llngua, impedindo a deglutição. Os outroe; quatro 
dedos são suavemente apoiados sobre a face lateral 
do aânlo, sustentando a cabeça (Figura 7 A). Durante 
o tempo expira tório, o estreitamento do conduto oro-
faringeo provocado pelo apoio do polegar aumenta a 
velocidade do ar expirado, impulsionando a secreção 
do fundo da rovidade burol até a comissum labial 
(Figura 78). O muco poderá então ser coletado em um 
lenço de papel ou em um recipiente transparente. 
permitindo um exame 1Mcro:.c6plco. 
A utilidade prática dessa técnica é permitir ao 
fisioterapeuta uma apreciac;llo da coloração, consis-
tência, qualidades rcológjcas c a eventual prcsenc;a de 
sangue nas~ coletadas. Por este motivo, deve 
ser reservada aos casos em que haja necessidade, pois, 
apesar de clicnz, causa desconforto ao paciente. 
Técnicas de remoção de secreção de VAI 
A umento do fluxo exp/rat6rio (AFE) 
O A FE é definido como wn numento passivo, 
ativ~assistido ou ativo do fluxo a6reo expiratório, 
com o objetivo de mobUi.zar, carrear e eliminar as 
sec:reçõcs traqueobrônquicas, com ou sem a ajuda de 
um fisioterapeuta. No final da déroda de 1960, foi 
descrita por Barthe como aceleração do fluxo expira-
tório, tendo seu nome alterado para aumento do 
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fluxo

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