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Lei da arbitragem

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2
Sumário
Introdução	4
Lei da Arbitragem	5
Casos em que a Lei da Arbitragem é regulamentada	5
Pontos Importantes da Lei de Arbitragem	6
Arbitragem nos Contratos Administrativos	7
Controle Judicial da Sentença Arbitral	7
A Lei de Arbitragem e os Contratos de Adesão	8
Situações em que é vedada a utilização da Lei da Arbitragem	8
Quem pode recorrer à Lei da Arbitragem?	8
Funcionamento da Arbitragem	9
Principais vantagens da arbitragem	9
Eficácia da Arbitragem	10
Conclusão	11
Referências Bibliográficas	12
Introdução
A lei de arbitragem está em vigor no Brasil desde 1996 (Lei 9.307/1996), mas a origem da arbitragem remonta a tempos muito distantes. As decisões de conflitos eram confiadas a sacerdotes, que decidiam de acordo com a vontade dos deuses, ou aos anciãos. Estes últimos, para decidirem, se baseavam no grupo social a que pertenciam os litigantes. Dessa forma, pode-se concluir que a arbitragem é um sistema de solução de conflitos por um terceiro, o qual impõe a sua vontade às partes.
Lei da Arbitragem
Arbitragem trata-se de uma técnica amigável de solução de conflitos, que é realizada por uma terceira pessoa, imparcial, escolhida pelas partes. Essas situações nas quais, os conflitos são resolvidos sem que haja a participação do Poder Judiciário são mediadas por um árbitro, que é uma pessoa de confiança, escolhida pelas partes envolvidas para direcionar a discussão.
A arbitragem, conforme a Lei 9.307/1996, pode ser constituída por convenção de arbitragem, que pode ocorrer tanto por meio de cláusula compromissória, quanto por compromisso arbitral.
A cláusula compromissória é uma cláusula determinada previamente, de forma contratual. Nela as partes decidem que, se por algum motivo tiverem qualquer problema na relação jurídica estabelecida, a solução será dada por um árbitro.
De outro lado, o compromisso arbitral ocorre após a existência da lide, quando o conflito de interesses já está formado. Sendo assim, as partes renunciam à atividade jurisdicional estatal em relação a um conflito específico e entregam a solução nas mãos de um árbitro.
O árbitro analisa os argumentos das partes e profere uma decisão, conhecida como sentença arbitral, que não se sujeita a recurso ou apreciação pelo Poder Judiciário.
Casos em que a Lei da Arbitragem é regulamentada
São inúmeros os casos que podem ser solucionados por meio da Lei da Arbitragem. Segue abaixo os principais deles:
· Questões relacionadas a valores econômicos, como as dívidas;
· Problemas com contratos em geral;
· Causas trabalhistas;
· Situações que envolvam a responsabilidade civil, como acidentes de trânsito;
· Direitos do consumidor;
· Desentendimentos entre vizinhos.
Pontos Importantes da Lei de Arbitragem
A lei da arbitragem é uma lei de fácil entendimento, porém existem alguns pontos importantes que valem ser ressaltados.
1. A escolha do árbitro
Deve-se reiterar que as partes podem escolher livremente o árbitro, mas a lei dispõe que para ser árbitro é preciso ser pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.
As partes devem sempre escolher árbitros em número ímpar, porém, se escolherem em número par, para que seja garantida a decisão por maioria, os árbitros escolhidos estarão autorizados à escolha de mais um árbitro.
2. Escolha das regras de arbitragem
No art. 2º, a arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes, que poderão escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas, desde que não exista violação aos bons costumes e à ordem pública.
Poderão também as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.
3. Instituição da arbitragem
A arbitragem considera-se instituída quando a nomeação é aceita pelo árbitro, se for único, ou por todos, se forem vários, como dispõe o art. 19 do CPC. Esta instituição interrompe a prescrição retroagindo à data do requerimento de sua instauração, mesmo que extinta a arbitragem por ausência de jurisdição.
4. Medidas cautelares e de urgência
Em relação às medidas cautelares e de urgência, é importante ressaltar que a lei dispõe que elas serão requeridas diretamente aos árbitros, mas, se houver necessidade das medidas antes de instituída a arbitragem, as partes poderão recorrer ao Poder Judiciário.
Após a instituição, cabe aos árbitros manter, modificar ou revogar a medida cautelar ou de urgência concedida por aquele.
5. Independência do juízo arbitral
O juízo arbitral é independente do Poder Judiciário, como mostra o art. 31 do CPC, “a sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo”, sendo assim, a sentença arbitral forma título executivo judicial, mesmo sem a necessidade de homologação judicial.
Vale ressaltar que, embora forme título executivo judicial, de acordo com o art. 515, VII do CPC o árbitro não tem competência para medidas executivas.
Arbitragem nos Contratos Administrativos
O art. 1º do CPC, em seus parágrafos 1º e 2º, determina que a administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis, bem como que a autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações. 
Os dispositivos são considerados constitucionais, considerando que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) difere o direito público primário e direito público secundário. Quando o Estado pratica atos patrimoniais com disponibilidade, é permitida solução de conflitos por meio da arbitragem, já que a própria lei trata sobre direitos patrimoniais disponíveis.
Controle Judicial da Sentença Arbitral
O art. 33 do CPC, mostra que a parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos na Lei 9.307, e também que a ação deverá ser proposta no prazo de até 90 dias após o recebimento da notificação da sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido de esclarecimentos.
Somente será possível o controle judicial da sentença arbitral em relação à sua validade. Por conseguinte, não é possível ajuizar demanda ao Judiciário para análise do mérito da decisão do juízo arbitral, mas somente em face de vícios formais.
A Lei de Arbitragem e os Contratos de Adesão
O Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 51, VII, discorre sobre a nulidade de pleno direito das cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que determinem a utilização compulsória de arbitragem.
De acordo com o STJ “É possível a cláusula arbitral em contrato de adesão de consumo quando não se verificar presente a sua imposição pelo fornecedor ou a vulnerabilidade do consumidor, bem como quando a iniciativa da instauração ocorrer pelo consumidor ou, no caso de iniciativa do fornecedor, venha a concordar ou ratificar expressamente com a instituição, afastada qualquer possibilidade de abuso”.
Sendo assim, a convenção de arbitragem terá validade se, sendo o consumidor agente capaz, deu origem à cláusula ou se a aceitou expressamente.
Situações em que é vedada a utilização da Lei da Arbitragem
Apenas questões que envolvam direitos patrimoniais disponíveis poderão ser submetidas à arbitragem. Além disso, as partes interessadas devem ser capazes. Sendo presente um direito indisponível, a questão deverá ser apreciada pelo Poder Judiciário. Entretanto, não poderão ser solucionados por arbitragem os conflitos de Direito Tributário, Direito Penal ou Direito de Família e Sucessões.
O processo de divórcio de um casal ou disputa pela guarda de filhos menores de idade, por exemplo, não podem ser resolvidos por meio de tal.
Embora a arbitragem possa ser utilizada nas situações que envolvam direito do consumidor, ela não poderá ser fixada de forma compulsória. Conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor,nesses casos a cláusula de arbitragem é considerada abusiva.
Quem pode recorrer à Lei da Arbitragem?
Pode recorrer à Lei da Arbitragem qualquer pessoa física com mais de 18 anos, assim como as pessoas jurídicas. Porém, recomenda-se sempre que um advogado acompanhe esse processo, para garantir que tudo seja feito de acordo com o que exigem os preceitos legais.
Funcionamento da Arbitragem
A Lei da Arbitragem prevê que dois instrumentos sejam utilizados ao escolher a arbitragem para resolver uma pendência, tais instrumentos são a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. 
· Cláusula compromissória
É uma cláusula inserida em um contrato antes que o conflito surja. Ou seja, em um contrato de prestação de serviços, por exemplo, já pode estar explícito que, se houver alguma questão jurídica, será resolvida por meio da arbitragem. Conforme previsto na jurisdição, caso exista cláusula compromissória no contrato, as partes não poderão se recusar a participar da arbitragem. Se uma das partes apresentar resistência, a outra poderá acionar o Poder Judiciário, a fim de submeter a questão ao juízo arbitral.
· Cláusula arbitral
A cláusula arbitral é redigida depois da ocorrência de uma situação que precisa ser resolvida, as partes optam pela arbitragem para solucionar esse problema. Ambos os documentos têm a mesma validade e ninguém é obrigado a assinar qualquer um deles. Sendo assim, a arbitragem só se efetiva quando as duas partes estiverem em acordo.
Principais vantagens da arbitragem
Um dos principais benefícios da arbitragem é a agilidade na resolução de conflitos. Visto que, os processos que tramitam perante o Poder Judiciário demoram muitos anos para serem definitivamente solucionados.
A arbitragem é uma técnica dinâmica, que tende a desentravar os trâmites e trazer maior informalidade para o procedimento.
A execução da sentença arbitral é consideravelmente ágil quando comparada a dos processos judiciais, já que a decisão não está sujeita a recursos ou a homologação pelo Poder Judiciário.
Eficácia da Arbitragem
Sua eficácia se deve primeiramente à rapidez e informalidade da técnica, que apresenta um excelente custo-benefício quando comparada ao processo em seus moldes tradicionais. Além disso, ela é uma excelente opção para solucionar questões ligadas ao comércio internacional, que tem grande relevância para a economia em um mundo globalizado.
Conclusão
A arbitragem é plenamente constitucional e traz a possibilidade de, com um terceiro imparcial e de confiança das partes, numa decisão mais diligente, diversas demandas não serem judicializadas.
Podendo haver controle judicial em caso de eventual nulidade, mesmo que não possa o Judiciário adentrar ao mérito da decisão arbitral.
Os sujeitos envolvidos na arbitragem devem ser capazes e o direito deve ser disponível. Sendo totalmente possível falar em liberdade negocial das partes, por efeito do princípio da autonomia privada, sem afetar o princípio da inafastabilidade da jurisdição.
Referências Bibliográficas
HTTPS://FACEBOOK.COM/AMBRAUNIVERSITY. O que você precisa saber sobre a Lei da Arbitragem? Profissional de Direito. Disponível em: <https://www.direitoprofissional.com/lei-da-arbitragem/>. Acesso em: 9 May 2021.
‌HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/ESTRATEGIACONCURSOS. LEI DE ARBITRAGEM: Principais pontos da lei No 9.307/1996. Estratégia Concursos. Disponível em: <https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/lei-de-arbitragem-principais-pontos-da-lei-no-9-307-1996/>. Acesso em: 9 May 2021.
L13105. Planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 9 May 2021.
L8078compilado. Planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078compilado.htm>. Acesso em: 9 May 2021.
‌Entenda o conceito de arbitragem - Migalhas. Migalhas.com.br. Disponível em: <https://www.migalhas.com.br/depeso/317064/entenda-o-conceito-de-arbitragem>. Acesso em: 9 May 2021.
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