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Mídias Digitais e Arquitetura da Informação AULA 01 Intro a arquitetura da Info 1. Discutir como os desafios enfrentados pelos meios de comunicação social são permeados pelas novas configurações de consumo, produção e difusão faz com que a figura do prosumer surja de maneira muito nítida. Pensando no assunto, a partir das reflexões de Henry Jenkins (2008), pode-se dizer que o prosumer: R: D - Coaduna a convergência no nível individual e, por conseguinte, também nas interações sociais coletivas; Parabéns! A alternativa "D" está correta. Como relembra Jenkins (2008, p. 28), debater a cultura da convergência é refletir sobre como “a convergência ocorre dentro dos cérebros dos consumidores individuais e em suas interações sociais com outros”. O prosumer produz, individualmente, mas também a partir e para a experiência coletiva. 2. Refletir sobre a inovação tecnológica no tempo presente é, de forma intrínseca, também observar as transformações na esfera do consumo e do consumidor, usuário, espectador, prosumer. Dito de outro modo, na economia digital, a inovação tecnológica passa por transformações: R: A - De várias ordens (social, simbólico, tecnológica) que, por sua vez, fomentam o surgimento de transformações também no modo de consumo dos indivíduos que lidam com essa inovação; Parabéns! A alternativa "A" está correta. Seguindo os apontamentos de Rossetti (2013), a inovação tecnológica está atrelada a determinados fenômenos de ordem social, simbólico e tecnológico que acabam por produzir novas formas de experiências não apenas na indústria em si, mas, principalmente, nos sujeitos consumidores dessa inovação. 1. A tríade da AI é fundamentada no usuário, contexto e conteúdo justamente pela indissociabilidade de se pensar como a figura do usuário retroalimenta as práticas de AI por ver que o contexto de uso altera, inclusive, o interesse e a procura pelo conteúdo desejado. Refletindo por esse viés, é possível afirmar que a AI tem: R: A - Definições com muitas discordâncias, posto que o campo prático dos profissionais tende a nem sempre ser baseado por preceitos científicos e epistemológicos; Parabéns! A alternativa "A" está correta. Como destaca Albuquerque (2010), a área de AI tem sido um campo fértil para discordâncias em torno de definições que, em sua maioria, são baseadas na práxis de profissionais e, comumente, desprovidas de fundamentos epistemológicos, metodológicos e científicos. 2. Reconhecendo em Richard Saul Wurman o nome de maior referência direta ao campo da AI, veremos que uma de suas obras mais importantes é Information Anxiety. Nessa discussão sobre dados, informação e ansiedade, Wurman explica que uma das maiores necessidades de AI é conseguir dar conta: R: C - Não do número grandioso de informações que nos bombardeiam, mas, sim, criar formas organizativas que podem arquitetar a compreensibilidade dos processos informacionais; Parabéns! A alternativa "C" está correta. A partir da obra Information Anxiety (escrito no fim dos anos 1980 e republicado em 2000), Wurman discute a existência de uma explosão de dados em desorganização e que a nossa ansiedade não necessariamente se dá pelo fluxo informacional, mas, sim, pela urgência de pensarmos em sistemas organizativos que possam dar corpo, ordem e percursos compreensíveis aos dados. Wurman explicava que, entre a lacuna distintiva entre dados e informação, a questão da compreensibilidade é o eixo central que pode organizar (arquitetar) os processos informacionais. 1. Os quatro componentes centrais que balizam a AI, segundo as reflexões trazidas por Rosenfeld e Morville (2006) e Sales et al. (2016), são descritos como sistemas estruturantes, a saber: organização, navegação, rotulagem e busca. Discutindo especificamente o sistema de navegação, é importante falar que as principais questões que envolvem esse tipo de sistema dizem respeito a produzir experiências: R: B - De fácil trânsito, com boa acessibilidade, jornadas intuitivas e formas que não estimulem o usuário a se perder dentro do sistema; Parabéns! A alternativa "B" está correta. As questões mais importantes, no contexto do sistema de navegação na AI, se centram em como produzir experiências de fácil trânsito, boa acessibilidade e jornadas intuitivas no usuário que tem o seu primeiro contato com uma página da web ou, em tempos contemporâneos, mesmo um contato reiterado com uma tela de aplicativo e, por fim, permitir que o usuário percorra diversos caminhos sem se perder dentro do sistema. 2. A conexão mais direta entre o hipertexto, as janelas e os links, conforme falam Dalmaso e Mielniczuk (2012), está muito presente na possiblidade de criar formas de leitura não lineares no ambiente digital. Dessa forma, as autoras ainda explicam que: R: D - O resultado direto dessa conexão é justamente um efeito de não finalização ou não fechamento de um conteúdo disposto nas redes digitais. Parabéns! A alternativa "D" está correta. Partindo do debate empreendido por Dalmaso e Mielniczuk (2012), é preciso destacar que a conexão entre o hipertexto, as janelas e os links é muito produtiva e dá infinitas formas de produção de sentido no ambiente digital. A presença dos links e a possibilidade de acesso a várias janelas de navegação, ao mesmo tempo, provocam um efeito de não finalização ou o não fechamento de um conteúdo. AULA 02 Você já ouviu falar em folksonomia? Saberia dizer o que essa palavra significa? R: Trata-se de um tipo de inteligência artificial, que pode servir de ferramenta extremamente poderosa para todos os tipos de organizações. Na verdade, algumas coisas que você provavelmente usa todos os dias incorporam a folksonomia, mesmo que você não tenha percebido isso. A folksonomia é uma forma de organizar dados e conteúdo digital. 1. A questão da precisão na composição das ontologias perpassa todo o processo de organização, sistematização e representação do conhecimento dentro das plataformas digitais, como explica Camargo (2010) e Beira (2017). Pensando nisso, assinale o que é correto afirmar em relação às ontologias. R: D - Devemos entender as ontologias, no contexto da AI, como um meio indispensável, pois os significados específicos por trás dos rótulos, termos, linguagem e categorias de conteúdo são importantes à busca do usuário. Parabéns! A alternativa "D" está correta. Vale lembrar que autores como Camargo (2020) e Beira (2017) destacam a preocupação na construção das ontologias de um projeto de AI como algo fundamental, pois é através da especificidade e da precisão de significado que um termo, categoria ou tag tem que criar otimização nas experiências do usuário. 2. Pensar a folksonomia como uma alternativa aos processos de indexação e classificação da informação nas interfaces digitais faz com que o papel do público seja muito ativo e valioso ao próprio site, plataforma ou app. Nesse sentido, é correto afirmar que: R: D - A folksonomia não está isenta de problemas como polissemia, ambiguidade e busca sinonímica porque os usuários acabam por decidir, com base em suas experiências e sem consenso, como farão a marcação de tags, rótulos ou etiquetas informacionais. Parabéns! A alternativa "D" está correta. Seguindo os apontamentos feitos por Caldas e Moreira (2009), é possível ver que um dos problemas enfrentados pela folksonomia é justamente a polissemia, ambiguidade e busca sinonímica, pois está “nas mãos” do usuário a decisão sobre como fazer a marcação das tags em uma linguagem mais natural e pouco rígida de protocolos informacionais. 1. As dez heurísticas apresentadas por Nielsen (1994) pretendem demonstrar como temas relacionados à prevenção de erros, liberdade e controle, flexibilidade, entre outros pontos, são essenciais para criar uma ambiência na qual o usuário,o contexto e o conteúdo são interrelacionados. Refletindo por esse viés, é possível afirmar que a concepção de heurística diz respeito: R: A - Às regras gerais e não às diretrizes de usabilidade específicas, isto é, heurística significa qualquer abordagem para resolução de problemas ou autodescoberta que emprega um método prático que não é garantido como o ideal, o perfeito ou o racional. Parabéns! A alternativa "A" está correta. Autores como Nielsen (1994) e Coelho (2014) destacam o caráter generalista e não idealista da concepção de heurística dentro do campo da AI. Em outras palavras, as dez heurísticas de Nielsen são baseadas em saídas potenciais que provocam resposta, solução e melhorias de modo prático. 2. Em relação à usabilidade, um dos mais importantes componentes é a memorabilidade. Seguindo as reflexões trazidas por Ferreira (2008), pode-se constatar que: R: A - O esforço exigido à memória do usuário deve ser minimizado, isto é, faz-se necessário não obrigar o usuário a lembrar-se de tudo quando precisar usar a interface (e, por isso, instruções sobre como interagir com o sistema devem ser visíveis e de fácil acesso). Parabéns! A alternativa "A" está correta. Ferreira (2008) destaca que não é recomendável que se obrigue o usuário a ter que memorizar continuamente cada etapa, cada passo ou como a interface usada funciona, isto é, é melhor que se poupe a memória do usuário, posto que isso pode ser um fator essencial na otimização ou não da sua experiência. 1. Por mais que, no decorrer dos anos, a Wikipedia seja ainda vista como um espaço de produção do conhecimento sem muita legitimidade ou confiança, autores como Braz (2014) e Kern (2018) reforçam a necessidade de olharmos para os ambientes wiki com outra visão, isto é, com um olhar que privilegie a construção colaborativa como o marco fundamental destes espaços. Logo, é preciso entender que: R: C - Qualquer pessoa que participe de um ambiente wiki pode escrever um artigo ou verbete imediatamente e suas contribuições são comentadas, expandidas ou corrigidas pelo resto dos participantes. Parabéns! A alternativa "C" está correta. Olhar para a autoria e construção colaborativa do conhecimento é oportunizar um ângulo de análise da Wikipedia que fuja da questão tão debatida sobre legitimidade e confiabilidade da produção. Tal qual atesta Kern (2018), o processo de avaliação por pares (que lembra muito o rito acadêmico) também pode ser visto na Wikipedia, pois ali a pessoa pode participar imediatamente e suas contribuições são comentadas, expandidas ou corrigidas pelo resto dos participantes. 2. Durante o processo de produção de conteúdo, é interessante observar como ocorre a correspondência entre o mundo “real” e o sistema utilizado na interface colocada à disposição do usuário. Neste sentido, é correto dizer que: R: B - Quando um projeto segue as convenções do mundo real de modo a fazer correspondência entre os resultados desejados (chamados de mapeamento natural), é mais fácil para os usuários aprenderem e lembrarem como a interface funciona. Parabéns! A alternativa "B" está correta. Partindo do pressuposto que, na produção de conteúdo, a correspondência entre os dois mundos (“real”/”virtual”) depende muito de seus usuários específicos, dos contextos de uso e do conteúdo disposto no projeto de AI, pode-se dizer que, quando um projeto segue as convenções do mundo real de modo a fazer correspondência entre os resultados desejados (chamados de mapeamento natural), é mais fácil para os usuários aprenderem e lembrarem como a interface funciona. Ou seja, isso ajuda a construir uma experiência intuitiva e responsiva (especialmente para quem usa smartphones e outros aparelhos móveis), conforme recorda Coelho (2014).