@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Resumo: Principais Tópicos em Animais silvestres para concurso e graduação.SILVESTRESAssuntos abordados: Procedimentos para destinação de animais silvestres; Manejo sanitário, biosseguridade e imunoprofilaxia; Técnicas de captura e contenção físico-química; Acidentes por animais peçonhentos: ofidismo, escorpionismo, araneísmo e lepidopterismo.; Legislação sobre fauna doméstica e exótica em risco de extinção; Definição de animais em extinção. a. Procedimentos para destinação de animais silvestres.INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 179, DE 25 DE JUNHO DE 2008 DIRETRIZES E PROCEDIMENTOS PARA A SOLTURA DE ESPÉCIMES DA FAUNA SILVESTRE NATIVAAs finalidades dos programas de soltura de espécimes da fauna silvestre nativa são:I - Reintrodução para o restabelecimento de espécies extintas em um determinado local;II - Reforço populacional como ferramenta de conservação; ouIII - Experimentação visando o desenvolvimento de procedimentos para soltura.O projeto de soltura deverá ser formulado de acordo com os seguintes protocolos:Avaliação de áreas de soltura;Levantamento clínico e diagnóstico;Levantamento genético;Estudo do comportamento animal;Monitoramento pós-soltura. I - Centro de triagem de animais silvestres (CETAS): todo empreendimento autorizado pelo Ibama, somente de pessoa jurídica, com finalidade de: receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar animais silvestres provenientes da ação da fiscalização, resgates ou entrega voluntária de particulares; e que poderá realizar e subsidiar pesquisas científicas, ensino e extensão;III - Experimentação visando o desenvolvimento de procedimentos para soltura: demais ações planejadas, excetuando-se revigoramento populacional e reintrodução, com coleta sistemática de dados paraaperfeiçoamento de metodologias.V - Quarentena: edificação dotada de equipamentos e barreiras artificiais ou naturais e de pessoal treinado em medidas de biossegurança, com finalidade de adotar medidas de profilaxia e terapêutica, que visamisolar e limitar a liberdade de movimento dos animais silvestres que foram expostos que são suspeitos de terem entrado em contato com doenças infectocontagiosas.VI - Reabilitação: Ação planejada que visa a preparação e treinamento de animais que serão reintegrados ao ambiente natural ou cativeiro.VII - Reintrodução: Ação planejada que visa estabelecer uma espécie em área que foi, em algum momento, parte da sua distribuição geográfica natural, da qual foi extirpada ou se extinguiu.VIII - Resgate: captura de animais silvestres em vida livre por autoridades competentes.IX - Revigoramento populacional: Ação planejada visando a soltura de espécimes numa área onde já existem outros indivíduos da mesma espécie.X - Programa de soltura: ações planejadas que compreendem a reintrodução, o revigoramento populacional e experimentação. §1º - Espécime da fauna silvestre exótica não poderá, sob hipótese alguma, ser destinado para o retorno imediato à natureza ou soltura.§2º - Espécime da fauna silvestre híbrido não poderá ser destinado para retorno imediato à natureza ou soltura, salvo em programas específicos de conservação. PARA RETORNO IMEDIATO À NATUREZAI - for recém-capturado na natureza;II - houver comprovação do local de captura na natureza;III - a espécie ocorrer naturalmente no local de captura; eIV - não apresentar problemas que impeçam sua sobrevivência ou adaptação em vida livre.Parágrafo único. desde que esteja isolado de outros animais. PARA SOLTURAArt. 6º- O espécime da fauna silvestre nativa somente poderá ser destinado para o programa de soltura mediante aprovação de projeto. Os animais silvestres pré-selecionados para a soltura deverão ser submetidos a um programa de quarentena:Tempo Mínimo de Quarentena 1. 30 dias: Artiodáctilos; Perissodáctilos, carnívoros, aves. 2. 35 dias e 60 dias (marsupiais) - Roedores, marsupiais, lagomorfos e edentatas.3. 60 dias: Primatas; aves (suspeita Newcastle).4. 90 dias : RÉPTEIS. PARA INSTITUIÇÕES DE PESQUISA OU DIDÁTICASArt. 13º- O espécime da fauna silvestre poderá ser destinado às instituições de pesquisa ou didáticas, para fins de utilização em pesquisa, treinamento ou ensino, mediante aprovação pela comissão de avaliação da SUPES. Art. 16º - O espécime com comprovado potencial de causar danos à saúde pública, agricultura, pecuária, fauna, flora ou aos ecossistemas poderá ser submetido ao óbito, desde que previamente avaliados pela comissão de avaliação da SUPES. Art. 17. As carcaças ou partes do animal da fauna silvestre deverão ser aproveitadas para fins científicos ou didáticos. d. Acidentes por animais peçonhentos: ofidismo, escorpionismo, araneísmo e lepidopterismo.Fonte: Livro Vigilância em saúde e zoonoses CASOS: Escorpiões, seguidos de serpentes.Mortalidade: Serpentes, seguido de múltiplas picadas de abelhas. Incluídos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na lista das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria das vezes, populações pobres que vivem em áreas rurais.Todos os casos devem ser notificados ao Governo Federal imediatamente após a confirmação. OFIDISMO Acidentes botrópicos : jararaca \u2013 Edema, Hemorragia grave, dor, bolhas. \u2013 Soro antibotrópico Acidentes crotálicos : cascavel \u2013 Dores musculares, urina escura, Turvação visual. Quase nenhum edema e dor. \u2013 Soro anticrotálico. Acidentes laquéticos : pico-de-jaca \u2013 Edema, dor, hemorragia, Vômitos, diarréia. \u2013 Soro antilaquético Acidente elapídico : micrurus ( coral) \u2013 Paralisia muscular, turvação visual, +- edema e dor. \u2013 Soro antielapidico. Não existem testes diagnósticos específicos. Recomendado: testes de coagulação (TC, TP, TTPA e dosagem de fibrinogênio, dosagem de plaquetas). Tratamento Geral: antes mesmo da soroterapia, algumas medidas devem ser instituídas:a) manter o membro picado elevado e estendido para alívio da dor e pressão sobre o compartimento; Administrar analgésicos sistêmicos; Realizar hidratação vigorosa. ESCORPIONISMO - possuem ferrão (télson) aracnídeos, predominantes nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, meses em que ocorre aumento de temperatura e umidade. Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - espécie de maior preocupação; em todas macrorregiões; reprodução partenogenética. Escorpião-marrom (T. bahiensis) \u2013 BA, CO, SUL, SUDESTE. Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus): Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) - Norte e MT. Vulneráveis: trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que permanecem maiores períodos dentro de casa ou nos arredores, como quintais (intra ou peridomicílio). SC: dor imediata, vermelhidão e inchaço, líquido, piloereção, sudorese localizada. De evolução benigna na maioria dos casos, tem duração de algumas horas e não requer soroterapia. Se persistirem as manifestações sistêmicas, mesmo após a analgesia, iniciar soroterapia.Crianças abaixo de 7 anos apresentam maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por escorpião-amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado. Prevenir: jardins e quintais limpos, Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques, Evitar a disponibilidade de alimento (baratas, moscas). ARANEÍSMO 1. Aranha-marrom (Loxosceles) - Não é agressiva; 1 cm de corpo; Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular como \u201calgodão esfiapado\u201d. SC: Pouco dolorosa, lesão endurecida e escura costuma surgir várias horas após, podendo evoluir para ferida com necrose. 2. Aranha armadeira ou macaca (Phoneutria) - Bastante agressiva; saltando até 40 cm de distância; 4 cm, com 15 cm de envergadura; caçadora, com atividade noturna. SC: dor imediata e intensa, poucos sinais locais. 3. Viúva-negra (Latrodectus) - Não é agressiva. A fêmea pode chegar a 2 cm e o macho de 2 a 3 cm. Tem atividade noturna e hábito de viver em grupos. Faz teia irregular em arbustos, gramíneas. SC: dor, contrações nos músculos, suor generalizado e alterações na PA e FC. LEPIDOPTERISMO Família Megalopygidae (lagartas \u201ccabeludas\u201d) - solitárias e não-agressivas, possuem pelos que camuflam as verdadeiras cerdas pontiagudas e urticantes. Família Saturniidae (lagartas \u201cespinhudas\u201d) - Têm \u201cespinhos\u201d urticantes. O gênero Lonomia, causador de acidentes hemorrágicos. Com ampla distribuição em todo o País.As lagartas do gênero Lonomia são as que têm maior relevância para a saúde pública. SC: dor, irradiando-se do local da "queimadura" para outras regiões do corpo. No caso da Lonomia, algumas vezes aparecem complicações como sangramento na gengiva e aparecimento de sangue na urina.Tratamento: alívio da dor, como compressas frias ou geladas. Para a Lanômia aplicar o soro antilonômio.O Brasil é o único país produtor do Soro Antilonômico (SALon). b. Manejo sanitário, biosseguridade e imunoprofilaxia.INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 141, REGULAMENTA O CONTROLE E O MANEJO AMBIENTAL DA FAUNA SINANTRÓPICA NOCIVA. I - controle da fauna: captura de espécimes animais seguida de soltura, com intervenções de marcação, esterilização ou administração farmacológica; captura seguida de remoção; captura seguida de eliminação; ou eliminação direta de espécimes animais.III - fauna exótica invasora: animais introduzidos a um ecossistema do qual não fazem parte originalmente, mas onde se adaptam e passam a exercer dominância, prejudicando processos naturais.V - fauna sinantrópica nociva: fauna sinantrópica que interage de forma negativa com a população humana.VI - manejo ambiental para controle da fauna sinantrópica nociva: eliminação ou alteração de recursos utilizados pela fauna sinantrópica... , e que não inclua manuseio, remoção ou eliminação direta dos espécimes; São espécies passíveis de controle por órgãos de governo da Saúde, da Agricultura e do Meio Ambiente, sem a necessidade de autorização por parte do IBAMA:Ø Insetos hematófagos, (hemípteros e dípteros), ácaros, helmintos e moluscos, abelhas, cupins, formigas, pulgas, piolhos, mosquitos, moscas, animais domésticos ou de produção (em situação de abandono), roedores sinantrópicos, quirópteros(morcegos) em áreas urbanas e peri-urbanas; espécies exóticas invasoras comprovadamente nocivas; pombos. Os venenos e outros compostos químicos utilizados no manejo ambiental e controle de fauna devem ter registro específico junto aos órgãos competentes.Fica facultado aos órgãos de segurança pública, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, o manejo e o controle da fauna sinantrópica nociva. Manejo de fauna em cativeiro é a intervenção humana de forma sistemática, visando manter e recuperar populações silvestres em cativeiro para diminuir a pressão de retirada de espécies da natureza, ofertando à sociedade animais com origem legal, dentro do princípio da sustentabilidade.Pode-se pleitear a criação concervacionista, científica, comercial ou parque zoológico. Uma vez que esse projeto é aprovado o criador poderá receber as matrizes que serão provenientes de Centros de Triagem de Animais Silvestres \u2013 CETAS do IBAMA, ou mesmo de outros criadores que estejam manejando seus excedentes. c. Técnicas de captura e contenção físico-química.Equipamentos de proteção individual\u2022 luvas de procedimento \u2022 luvas de raspa de couro \u2022 óculos de proteção \u2022 botas de segurança \u2022 perneiras \u2022 roupa de trabalho \u2022 avental impermeável \u2022 máscaras (necropsia) \u2022 rádio de comunicação. Mec \u2013 cordas e mordaças; Redes de espera; Puçá, passaguá, coador (\u2022 útil para pequenos carnívoros, primatas e aves em Geral); Zarabatana (evita o estresse da contenção física, alcance 2 a 15m, baixo custo, baixo impacto que evita lesões, mas não perfura peles grossas). e. Legislação sobre fauna doméstica e exótica em risco de extinção.Art. 3º . O IBAMA poderá autorizar a saida temporária de espécies da fauna silvestre brasileira nos seguintes casos:I. para participação em exposições especiais; II. para eventos de cunho científico e educativo; e III. saídas resultante de acordos conservacionistas internacionais.Parágrafo único. Os animais da fauna silvestre brasileira exportados, continuarão, a critério do IBAMA, a pertencer ao governo brasileiro, assim como os seus descendentes.Art. 4º . Somente serão objeto de exportação definitiva os animais da fauna silvestre brasileira originários de Criadouro Comercial e ou Zoológico, de conformidade com as Leis nº 5.197/67 e 7.173/83.Art. 8º . Poderão ser realizadas importações de animais silvestres por entidades de direito público ou privado, e por pessoas físicas, de todos os países com os quais o Brasil mantenha relações diplomáticas;f. Definição de animais em extinção.Os animais em extinção pertencem ao grupo de todas as espécies que estão em risco de serem extintas doplaneta Terra, seja devido as intensas mudanças climáticas em seus biomas ou por causa do consumo e caça predatória por parte dos seres humanos.O tráfico de animais silvestres, a poluição provocada pela queima das florestas e a caça predatória são algumas das principais causas que estão levando à extinção vários animais no Brasil. Entre os principais animais em risco de extinção no Brasil, destaca-se:1. Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus)2. Baleia-franca-do-sul (Eubalaena australis)3. Cervo do Pantanal (Blastocerus dichotomus)4. Gato-maracajá (Leopardus wiedii)5. Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)6. Macaco-aranha (Ateles paniscus)7. Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)8. Onça Pintada (Panthera onca)9. Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)10. Peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis)
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