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PRO
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 JR.
 
WID
OMA
R P.
 CAR
PES
 JR.
 
C294i Carpes Jr., Widomar P.
 Introdução ao projeto de produtos [recurso eletrônico] /
Widomar P. Carpes Jr. – Porto Alegre : Bookman, 2014.
Editado também como livro impresso em 2014.
ISBN 978-85-8260-240-9
1. Engenharia da produção. 2. Produto – Projeto. 3. 
Produto – Planejamento. I. Título. 
CDU 658.512.2
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
11
Projeto de produtos
Ao projetar um produto, o projetista concebe uma ideia para algum objeto ou artefato e expressa 
essa ideia em forma de um corpo físico realizável (ROOZENBURG; EEKELS, 1995). Um projeto é des-
crito em desenhos técnicos que contêm, no mínimo, quatro tipos de dados: 
• Formas e dimensões das peças.
• Especificação dos materiais de constituição das peças.
• Técnicas de manufatura aplicáveis.
• Modo de montagem para obtenção do produto completo. 
O projeto é um processo desenvolvido por pessoas, com o auxílio de meios técnicos dentro de um 
contexto social, por meio do qual a informação na forma de requisitos é convertida em informa-
ções na forma de descrição de um produto que deve satisfazer as necessidades, os desejos e as 
expectativas das pessoas. Esse processo é dividido de forma parcial e antecipa as necessidades e 
problemas de desenvolvimento, manufatura, montagem, garantia de qualidade, testes, marketing, 
indenizações, manutenção, utilização, distribuição, impacto ambiental, entre outros. Hubka e Eder 
(1984) subdividem a composição do processo de projeto em fases (veja o Quadro 1.5 a seguir).
Assim, o projeto não é meramente um indicador de senso estético ou um conjunto de desenhos 
técnicos. Além de ser um processo técnico, um projeto é um processo social capaz de satisfazer a 
necessidade de pessoas por meio de objetos. O projeto pode ser, também, parte do processo de ino-
vação industrial ou parte do desenvolvimento de uma nova atividade comercial (ROOZENBURG; 
EEKELS, 1995).
Ao projetar, os profissionais atentam para definir o produto, baseando-se em grupos de necessida-
des declaradas ou reconhecidas. O produto deve solucionar problemas e ser fisicamente produzido 
e implementado, justificado econômica e financeiramente, e aceito política, moral e socialmente.
Agora é a sua vez!
1. Conceitue produto do ponto de vista comercial e técnico.
2. O que são sistemas e subsistemas?
3. Com suas palavras, descreva dois tipos de produtos, de acordo com a classificação de Kotler e Cobra.
4. Quais são as principais categorias de produtos novos?
5. Explique duas qualidades e dois defeitos dos produtos.
 PARA SABER MAIS
Para saber tudo sobre 
a leitura de desenhos 
técnicos, consulte o 
capítulo “Leitura de 
Desenhos Técnicos” 
do livro Introdução à 
Manufatura, de Michael 
Fitzpatrick, também 
da série Tekne 
(FITZPATRICK, 2013).
 PARA SABER MAIS PARA SABER MAIS
 DEFINIÇÃO
O projeto, ou design, 
é uma forma especial 
de resolver problemas. 
Trata-se de um processo 
multidisciplinar 
relacionado a várias áreas 
do conhecimento humano, 
cujo objetivo é conceber 
um produto produzível a 
partir da função desejada, 
capaz de satisfazer as 
necessidades das pessoas. 
 DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO
12
Quadro 1.5 Composição do processo de projeto segundo Hubka e Eder (1984)
Objeto ou produto Projetado a partir de sua natureza e propriedades, observando a 
função que será desempenhada, as influências sobre ele (de pessoas, 
de outros sistemas técnicos e do ambiente), as peças, as abstrações, 
os modelos, os estágios de vida, as representações, as avaliações e as 
decisões.
Projetistas Operadores humanos, suas características específicas, seus métodos de 
trabalho e de utilização de informações.
Atividade Sequência e estrutura de operações do processo, seus componentes 
e relacionamentos, qualquer aspecto ou método sistemático ou 
procedimental, a criatividade e a intuição e quaisquer outros fatores que 
afetam o progresso do projeto.
Contexto Contexto social, moral e político, o ambiente de projeto, a produção e 
a utilização do produto resultante. Constitui o sistema de informação, 
a administração e as metas que determinam o desenvolvimento do 
projeto.
Metodologias para o projeto 
de produtos
Para encontrar melhores soluções, com a exploração do potencial e do conhecimento do projetis-
ta, é necessário utilizar procedimentos sistemáticos. O projeto de um produto industrial, que é 
um procedimento específico de solução de problemas, estabelece e define soluções e estruturas 
adequadas para problemas não resolvidos anteriormente ou novas soluções para problemas que 
foram previamente resolvidos, mas de forma diferente (DIETER, 1983). Cada projeto tem sua pró-
pria história, com suas peculiaridades, porém seu desenvolvimento forma um modelo quase sem-
pre comum à maioria dos projetos (ASIMOW, 1962).
Os procedimentos sistemáticos são denominados metodologias de projeto e consistem em proce-
dimentos que, além de sistemáticos, são metodológicos, com o objetivo de conceber um produto 
industrial que satisfaça necessidades humanas. Algumas etapas das metodologias de projeto, que 
conjugam diversos procedimentos, podem ser expressas em algoritmos. As metodologias assu-
mem que o problema de projeto é generalizável (aplicável a mais de um problema) e redutível em 
problemas menores. 
 DEFINIÇÃO
A metodologia de projeto 
é a ciência ou o estudo dos 
métodos que podem ser 
aplicados ao projeto. 
 DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO
ca
pí
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Pr
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de
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to
s
13
A metodologia do projeto provê ao projetista o conhecimento sobre o processo de projeto, in-
cluindo um conjunto de métodos, procedimentos, conceitos de trabalho e regras. Além disso, ela 
compreende um modo específico de proceder, o que inclui vários passos, prévia e racionalmente 
determinados. 
Além disso, durante todo o processo, o projetista deve se comportar com imparcialidade, sempre 
visando ao êxito. Os resultados também devem se referir à realidade. Por isso, os projetistas, em 
diversos momentos do processo de projeto, fazem inclusão de conhecimentos advindos da obser-
vação, como levantamentos de requisitos ou determinação de critérios de seleção.
As metodologias de projeto partem do pressuposto de que a ideia de um produto pode ser decom-
posta em subsistemas, sobre os quais se pode aplicar a busca por princípios físicos alternativos e 
encontrar a melhor alternativa, tendo os critérios apropriados como base da avaliação.
Os subsistemas são formados por peças ou componentes unidos, relacionados, conectados, cons-
tituídos e configurados a partir de determinados materiais. Esses subsistemas, ou componentes, 
possuem propriedades mensuráveis e definíveis, como peso, resistência, altura, forma e velocida-
de. O conjunto formado pelas propriedades dos subsistemas ou dos componentes proporciona 
as propriedades do produto. As propriedades aparentes ou externas do produto são avaliadas e 
julgadas pelos usuários, produtores e consumidores.
Então, qualquer função pode ser representada por uma composição de subfunções, e qualquer 
produto pode ser representado por uma integração de subconjuntos ou componentes. Como con-
sequência, a função de um produto pode ser representada pela composição das subfunções dos 
componentes ou dos subsistemas que o integram (YOSHIKAWA, 1989). 
Quando se inicia o projeto de um produto, somente se conhece o que o consumidor deseja ou ne-
cessita – informações que serão transformadas em especificações de projeto (primeiro problema 
do projeto) e serão satisfeitas pela função do produto. As especificações condicionam a função 
do produto e a divisão dela em subfunções (segundo problema do projeto), formando uma 
estrutura. Essa operação é conhecida como síntese funcional.
O terceiro problema do projeto é a investigação ou a busca por alternativas capazes de 
realizar ou cumprir a função do produto. Selecionamos as alternativas mais apropriadas,que são determinadas por critérios de seleção baseados nas qualidades ou características de-
sejadas pelo consumidor, ou em restrições impostas. O quarto problema do projeto é dar for-
ma ou configurar fisicamente as alternativas selecionadas de acordo com a arquitetura 
escolhida para produto, definindo a disposição dos componentes, as formas, os tamanhos, os 
materiais, etc. 
O quinto problema do projeto é a descrição detalhada do produto, contendo a forma, o tama-
nho e a estrutura, viabilizando, assim, a fabricação. 
Além disso, o projeto deve ser avaliado após cada etapa ou problema – no mínimo –, gerando 
conhecimento e apontando possíveis modificações para melhorias. Ao final do processo de proje-
to (Figura 1.4), é possível auditar o processo e o produto para garantir a obtenção dos resultados 
desejados. 
 DEFINIÇÃO
Os subsistemas executam 
as funções do produto, 
transformando materiais, 
energia e informações de 
um estado indesejável 
para um estado desejável. 
 DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO
 IMPORTANTE
Como ciência, a 
metodologia do 
projeto deve utilizar os 
conhecimentos obtidos 
da realidade, por meio 
da observação rigorosa 
e imparcial dos fatos, 
distinguindo os fatos 
entre importantes e não 
importantes. 
 IMPORTANTE IMPORTANTE
14
Antecedentes históricos
Segundo Pahl e Beitz (1996), a primeira tentativa de projeto sistemático foi executada pelo artista 
e inventor renascentista italiano Leonardo Da Vinci (1452-1519), que utilizou conhecimentos de 
mecânica, hidráulica e geometria para desenvolver produtos capazes de desempenhar determina-
das tarefas, normalmente associadas aos problemas urbanos ou à defesa, como pontes elevadiças, 
dragas e fortalezas. 
Em diversos projetos, Da Vinci buscou soluções inovadoras, combinando, por exemplo, elementos 
de máquinas com a utilização de fluxos naturais de água. Uma de suas principais contribuições, 
além do esboço de variações de princípios de solução para diferentes problemas, foi a análise de 
componentes de máquinas, a partir da sua divisão sistemática em componentes básicos, possibili-
tando o estudo e a melhoria do desempenho individual.
Pahl e Beitz (1996) relatam que, após Leonardo Da Vinci, os primeiros desenvolvimentos dos 
métodos para o projeto de produtos ocorreram principalmente na Alemanha, de meados do 
século XIX até a década de 60 do século XX (os principais autores e suas contribuições mais 
significativas são detalhados a seguir). Ao final destes primeiros desenvolvimentos, começaram 
a aparecer trabalhos sobre métodos de projeto de produtos nos Estados Unidos, na França, In-
glaterra e Suécia. 
Em meados do século XIX, durante o início da mecanização industrial, Ferdinand Jakob Redtenba-
cher (1852), engenheiro mecânico que se tornou professor e diretor da Escola Politécnica de Karl-
sruhe, Alemanha (hoje Universidade de Karlsruhe), escreveu seu trabalho Princípios de mecânica 
 NO SITE
Leonardo Da Vinci 
planejou e executou 
produtos inovadores e 
audaciosos para sua 
época, como o helicóptero 
e o paraquedas. Para 
conhecer outras de 
suas mais importantes 
invenções, acesse o 
ambiente virtual de 
aprendizagem Tekne: www.
bookman.com.br/tekne.
 NO SITE NO SITE
Especificações de projeto
Síntese de funções
Busca por alternativas
Configuração do produto
Descrição detalhada do produto
Resultados
Figura 1.4 Etapas do processo do projeto.
Fonte: do autor.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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