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DOMINA CONCURSOS PDF 2022 DOMINA CONCURSOS QUEM SOMOS A Domina Concursos, especialista há 8 anos no desenvolvimento e comercialização de apostilas digitais e impressas para Concurso Públicos, tem como foco tornar simples e eficaz a forma de estudo. Com visão de futuro, agilidade e dinamismo em inovações, se consolida com reconhecimento no segmento de desenvolvimento de materiais para concursos públicos. É uma empresa comprometida com o bem-estar do cliente. Atua com concursos públicos federais, estaduais e municipais. Em nossa trajetória, já comercializamos milhares de apostilas, sendo digitais e impressas. E esse número continua aumentando. MISSÃO Otimizar a forma de estudo, provendo apostilas de excelência, baseados nas informações de editais dos concursos públicos, para incorporar as melhores práticas, com soluções inovadoras, flexíveis e de simples utilização e entendimento. VISÃO Ser uma empresa de Classe Nacional em Desenvolvimento de Apostilas para Concursos Públicos, com paixão e garra em tudo que fazemos. VALORES • Respeito ao talento humano • Foco no cliente • Integridade no relacionamento • Equipe comprometida • Evolução tecnológica permanente • Ambiente diferenciado • Responsabilidade social PROIBIDO CÓPIA Não é permitida a revenda, rateio, cópia total ou parcial sem autorização da Domina Concursos, seja ela cópia virtual ou impressa. Independente de manter os créditos ou não, não importando o meio pelo qual seja disponibilizado: link de download, Correios, etc… Caso houver descumprimento, o autor do fato poderá ser indiciado conforme art. 184 do CP, serão buscadas as informações do responsável em nosso banco de dados e repassadas para as autoridades responsáveis. Conhecimentos básicos “É melhor você tentar algo, vê-lo não funcionar e aprender com isso, do que não fazer nada.” Mark Zuckerberg COACHING PARA CONCURSOS – ESTRATÉGIAS PARA SER APROVADO 1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Compreensão e Interpretação de Texto Ao ler, tomamos contato com textos dos mais variados tipos, sendo possível classificá-los de diversas maneiras (poéticos, científicos, textos em verso e textos em prosa, políticos, religiosos etc). Daí, tratar da classificação dos textos se revelará útil tanto para a leitura quanto para a produção de textos. I – Modos de texto Classificam-se os textos em Narrativos, Descritivos e Dissertativos, embora, na maioria das vezes, não encontremos um texto em estado puro, já que o narrativo, o descritivo e o dissertativo podem interpolar-se em um único texto. a) Texto Narrativo: Relata as mudanças progressivas de estado que vão ocorrendo no tempo (evolução cronológica) com as pessoas e as coisas. Nesse tipo de texto, existe uma relação de anterioridade ou de posterioridade entre os episódios e os relatos. De uma forma sucinta, podemos afirmar que predominam nos textos narrativos • a presença de verbos que indicam ação, advérbios temporais e conjunções temporais • sucessão temporal • o objetivo de relatar os fatos • tempos verbais: presente e pretérito-perfeito do Indicativo, isto é, tempos que expressam o fato que ocorre no presente ou acontecido no passado, em uma sucessão temporal. b) Texto Descritivo: Enquanto uma narração faz progredir uma história, a descrição consiste justamente em interrompê-la, detendose em um personagem, um objeto – relatando suas características – , em um lugar etc. Os fatos reproduzidos numa descrição são simultâneos não existindo, portanto, progressão temporal de um estado anterior para outro posterior. Assim, podemos observar nos textos descritivos: • predominância de substantivos e adjetivos • ausência de passagem do tempo • o objetivo de identificar e qualificar os fatos • tempos verbais: o presente e o pretérito- imperfeito do Indicativo – tempos que indicam um fato observado em um determinado momento do tempo. c) Texto Dissertativo: Seu propósito principal é expor ou explanar, explicar ou interpretar idéias. Na dissertação, expressamos o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto; externamos nossa opinião sobre o que é ou nos parece ser. Observam-se nos textos argumentativos: • conectores relacionando argumentos • mecanismos de coesão • ausência da sucessão do tempo • objetivo de discutir, informar ou expor idéias • presença de opiniões e argumentos, com os verbos no Presente do Indicativo. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR TIPOLOGIA TEXTUAL (MODOS DE TEXTO) – ESQUEMA INTENÇÃO DO AUTOR EVOLUÇÃO CRONOLÓGICA NARRATIVO Relatar acontecimento. SIM. Antes e depois. Marca fundamental. DESCRITIVO Caracterizar NÃO. Tempo congela. Fatos ocorrem ao mesmo tempo. DISSERTATIVO Discutir, abstrair, discorrer, conceituar. Não Descreve. Não é relevante. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO I) Identifique os modos de organização discursiva dos seguintes trechos: 1- Eram sete horas da noite em São Paulo e a cidade toda se agitava naquele clima de quase tumulto típico dessa hora. De repente, uma escuridão total caiu sobre todos como uma espessa lona opaca de um grande circo. Os veículos acenderam os faróis altos, insuficientes para substituir a iluminação anterior. 2- Eis São Paulo às sete da noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios. 3- As condições de bem-estar e de comodidade nos grandes centros urbanos como São Paulo são reconhecidamente precárias por causa, sobretudo, da densa concentração de habitantes num espaço que não foi planejado para alojá-los. Com isso, praticamente todos os pólos da estrutura urbana ficam afetados: o trânsito é lento; os transportes coletivos, insuficientes; os estabelecimentos de prestação de serviços, ineficazes. II – Tipos de Texto 1) Informativo: Informar, veicular conhecimento que o leitor desconhece. É mais específico do que expositivo. Exs: jornal, bula de remédio, etc. (*) Tem por marcas lingüísticas freqüentes a clareza e a precisão. Procura meios de atrair a atenção do leitor para o que é veiculado. Traz implícita a idéia de que o conteúdo do texto é de interesse dos leitores. 2) Didático: Ensinar, também são informações que o leitor desconhece. Ex: livros didáticos. 3) Expositivo: Expõe o que se sabe, sem opinar. Ex: questões discursivas em concursos públicos. 4) Opinativo: Também chamado de Argumentativo. Diferente do expositivo. Há a colocação da opinião do autor. Ex: os editoriais dos jornais. 5) Polêmico: Neste texto aparecem, ao menos, dois pontos de vista sobre um assunto. Ex.: artigos que tratam de temas polêmicos – aborto, o sistema de reserva de quotas para negros nas universidades etc. 6) Injuntivo: Tem por objetivo instruir em vista de uma ação. Ex: manuais. Enunciados de Tipologia Textual A seguir, os enunciados mais comuns de provas de concursos públicos sobre o assunto: “O texto deve ser classificado de forma mais adequada...”; “Os textos narrativos/ informativos/ didáticos caracterizam-se por...”; “O texto lido poderia ser classificado como...”; “Quanto ao modo de organização do discurso, pode-se afirmar que o texto lido é...”; “O texto lido deve ser considerado prioritariamente como...”; “A finalidade principal desse texto é a de...”; “O objeto maior do texto é...”, entre outros. TIPOLOGIA TEXTUAL – PROVAS ►Quanto aos modos e tipos de textos, julgue os itens a seguir: TEXTO 01 O construtor de pontes COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um rio, entraram em conflito.Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal-entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. — Estou procurando trabalho, disse um forasteiro. Faço trabalhos de carpintaria. Talvez você tenha algum serviço para mim. — Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do rio? É do meu vizinho. Na realidade é do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta. — Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos. O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: — Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei! Mas as surpresas não pararam aí. Ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de 31 braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo então falou: — Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse. De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, emocionados, no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho preparou-se para partir, com sua caixa de ferramentas. — Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você. Porém o carpinteiro respondeu: — Eu gostaria, mas tenho outras pontes a construir... 1. O texto é essencialmente narrativo, apesar de o parágrafo inicial ter passagem descritiva. TEXTO 02 A SANTA CRUZ DA ESTIVA No final do século passado, existia, rodeada por pequeno cemitério, outra igrejinha próxima ao local onde hoje está erguida a Capela de Santa Cruz da Estiva. Junto à estrada que passa diante da Capela, residia, então, um humilde lavrador que trabalhava as terras, auxiliado por sete filhos. Rapagões fortes e destemidos, eram o orgulho do pai. Foi quando surgiu a febre amarela, ceifando vidas sem piedade. Por ironia, ela foi levando um por um os sete filhos do lavrador, deixando-o sozinho com sua dor. Passada a epidemia, o desventurado buscou consolo em Deus. E se propôs, apesar de passar por dificuldades econômicas, a construir uma Capela nova junto à antiga, pedindo ao Senhor amparo para as almas de seus sete rapazes, conseguindo-lhes, assim, a absolvição dos pecados possivelmente cometidos. Obteve com seus rogos que a dona da fazenda fizesse a doação de uma faixa de terreno e, com os amigos e conhecidos, acertou o empreendimento de um mutirão. Assim foi construída a Capela de Santa Cruz da Estiva, segundo se diz por aí... (Adaptação de lenda de autor desconhecido) 1) A lenda “A Santa Cruz da Estiva”, quanto ao modo de organização textual e à justificativa para a classificação, pode ser considerada um texto: A) narrativo, porque relata mudanças progressivas de personagens e coisas através do tempo B) descritivo, porque transmite imagens positivas ou negativas dos elementos descritos C) dissertativo, porque analisa e interpreta dados da realidade por meio de conceitos abstratos D) poético, porque utiliza jogos de figuras de modo a ocultar uma visão de mundo subjetiva TEXTO 03 “Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono. Certamente o gado se finara e os moradores tinham fugido. Fabiano procurou em vão perceber um toque de chocalho. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Avizinhou-se da casa, bateu, tentou forçar a porta. Encontrando resistência, penetrou num cercadinho cheio de plantas mortas, rodeou a tapera, alcançou o terreiro do fundo, viu um barreiro vazio, um bosque de catingueiras murchas, um pé de turco e o prolongamento da cerca do curral. Trepou-se no mourão do canto, examinou a caatinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus. Desceu, empurrou a porta da cozinha. Voltou desanimado, ficou um instante no copiar, fazendo tenção de hospedar ali a família. Mas chegando aos juazeiros, encontrou os meninos adormecidos e não quis acordá-los.” (Graciliano Ramos, apud Carreter e outros, 1963:29) a) descritivo; b) jurídico; c) didático; d) narrativo; e) argumentativo. TEXTO 04 Quando era menino, na escola, as professoras me ensinaram que o Brasil estava destinado a um futuro grandioso porque as suas terras estavam cheias de riquezas: ferro, ouro, diamantes, florestas e coisas semelhantes. Ensinaram errado. O que me disseram equivale a predizer que um homem será um grande pintor por ser dono de uma loja de tintas. Todavia, o que faz um quadro não é a tinta: são as idéias que moram na cabeça do pintor. As idéias dançantes na cabeça fazem as tintas dançar sobre a tela. Por isso, sendo um país tão rico, somos um povo tão pobre. Não sabemos pensar. (...) Minha filha me fez uma pergunta: “O que é pensar?” Disse-me que essa era uma pergunta que o professor de Filosofia havia proposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns. Primeiro, por ter ido diretamente à questão essencial. Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta. Porque, se tivesse dado a resposta, teria com ela cortado as asas do pensamento. O pensamento é como a águia que só alça vôo nos espaços vazios do desconhecido. Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. Para isto existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme, mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido. Rubem Alves. Ao professor, com o meu carinho. São Paulo: Verus Editora, 2004, p. 57-58. 1 O texto caracteriza-se como texto científico devido ao uso de dados comprovados e ao excesso de trechos descritivos. TEXTO 05 VIOLÊNCIA NO CAMPO José Saramago No dia 17 de abril de 1996, no estado brasileiro do Pará, perto de uma povoação chamada Eldorado dos Carajás (Eldorado: como pode ser sarcástico o destino de certas palavras...), 155 soldados da polícia militarizada, armados de espingardas e metralhadoras, abriram fogo contra uma manifestação de camponeses que bloqueavam a estrada em ação de protesto pelo atraso dos procedimentos legais de expropriação de terras, como parte do esboço ou simulacro de uma suposta reforma agrária na qual, entre avanços mínimos e dramáticos recuos, se gastaram já cinqüenta anos, sem que alguma vez tivesse sido dada suficiente satisfação aos gravíssimos problemas de subsistência (seria mais rigoroso dizer sobrevivência) dos trabalhadores do campo. Naquele dia, no chão de Eldorado dos Carajás ficaram 19 mortos, além de umas quantas dezenas de pessoas feridas. Passados três meses sobre este sangrento acontecimento, a polícia do estado do Pará, arvorando-se a si mesma em juiz numa causa em que, obviamente, só poderia ser a parte acusada, veio a público declarar inocentes de qualquer culpa os seus 155 soldados, alegando que tinham agido em legítima defesa, e, como se isto lhe parecesse pouco, reclamou procedimento judicial contra três dos COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR camponeses, por desacato, lesões e detenção ilegal de armas. O arsenal bélico dos manifestantes era constituído por três pistolas, pedras e instrumentos de lavoura mais ou menos manejáveis. Demasiado sabemos que, muito antes da invenção das primeiras armas de fogo, já as pedras, as foices e os chuços haviam sido considerados ilegais nas mãos daqueles que, obrigadospela necessidade a reclamar pão para comer e terra para trabalhar, encontraram pela frente a polícia militarizada do tempo, armada de espadas, lanças e albardas. Ao contrário do que geralmente se pretende fazer acreditar, não há nada mais fácil de compreender que a história do mundo, que muita gente ilustrada ainda teima em afirmar ser complicada demais para o entendimento rude do povo. 1. O texto é mais adequadamente classificado como: a) descritivo; b) narrativo; c) argumentativo; d) expositivo; e) informativo. Texto 06 O MEDO SOCIAL Jurandir Freire Costa No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi assaltada por um adolescente, que a roubou, ameaçando cortar a garganta do garoto. Dias depois, a mesma senhora reconhece o assaltante na rua. Acelera o carro, atropela-o e mata-o, com a aprovação dos que presenciaram a cena. Verídica ou não, a história é exemplar. Ilustra o que é a cultura da violência, a sua nova feição no Brasil. Ela segue regras próprias. Ao expor as pessoas a constantes ataques à sua integridade física e moral, a violência começa a gerar expectativas, a fornecer padrões de respostas. Episódios truculentos e situações-limite passam a ser imaginados e repetidos com o fim de caucionar a idéia de que só a força resolve conflitos. A violência torna-se um item obrigatório na visão do mundo que nos é transmitida. Cria a convicção tácita de que o crime e a brutalidade são inevitáveis. O problema, então, é entender como chegamos a esse ponto. Como e por que estamos nos familiarizando com a violência, tornando-a nosso cotidiano. Em primeiro lugar, é preciso que a violência se torne corriqueira para que a lei deixe de ser concebida como o instrumento de escolha na aplicação da justiça. Sua proliferação indiscriminada mostra que as leis perderam o valor normativo e os meios legais de coerção, a força que deveriam ter. Nesse vácuo, indivíduos e grupos passam a arbitrar o que é justo ou injusto, segundo decisões privadas, dissociadas de princípios éticos válidos para todos. O crime é, assim, relativizado em seu valor de infração. Os criminosos agem com consciências felizes. Não se julgam fora da lei ou da moral, pois conduzem-se de acordo com o que estipulam ser o preceito correto. A imoralidade da cultura da violência consiste justamente na disseminação de sistemas morais particularizados e irredutíveis a ideais comuns, condição prévia para que qualquer atitude criminosa possa ser justificada e legítima. 1. “No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi assaltada por um adolescente...”; a passagem do pretérito imperfeito para o pretérito perfeito marca a mudança de: A)um texto descritivo para um texto narrativo; B)a fala do narrador para a fala do personagem; C)um tempo passado para um tempo presente; D)um tempo presente para um tempo passado; E)a mudança de narrador. 2) O texto acima pode ser classificado, de forma mais adequada, como: a) narrativo moralizante; COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR b) informativo didático; c) dissertativo opinativo; d) normativo regulamentador; e) dissertativo polêmico. TEXTO 07 Por ser uma versão continental dos Jogos Olímpicos, o Pan é o mais importante evento esportivo das Américas, envolvendo 42 países e um número estimado de 5.500 atletas, o que possibilita o intercâmbio técnico e a descoberta de novos talentos e recordistas. Com a transmissão ao vivo para vários países, o Pan também é uma ótima oportunidade de exposição de marca para a PETROBRAS, visto que atende à sua estratégia de internacionalização. Além do aporte financeiro ao evento, a companhia deverá participar do dia-a-dia da Vila Pan-Americana, promovendo shows diários na Zona Internacional da vila com artistas patrocinados pelo Programa PETROBRAS Cultural. O apoio ao Pan tem ainda como finalidade contribuir para a educação da juventude por meio da prática esportiva e dentro do espírito olímpico, que exige dedicação, trabalho em equipe e solidariedade. A PETROBRAS é, historicamente, uma das empresas que mais contribuem para o crescimento do esporte brasileiro. Em 2006, por exemplo, a companhia investiu cerca de R$ 70 milhões em modalidades como automobilismo, surfe, futebol, tênis e handebol. 1. Predomina no texto o tipo textual narrativo. TEXTO 08 A maioria do público acredita que os produtos químicos utilizados no diaa-dia já foram exaustivamente testados e que seus criadores sabem exatamente como a natureza os receberá de volta quando eles forem jogados em esgotos ou simplesmente caírem no solo. Infelizmente essa não é toda a verdade. Apesar dos inúmeros cuidados e métodos desenvolvidos para se avaliar o impacto ambiental dos compostos químicos, a realidade é que é virtualmente impossível testar como cada um deles vai se comportar na natureza. “Leva um tempo muito grande para se estimar o destino ambiental dos compostos químicos — a indústria produz novos químicos muito mais rapidamente do que eles podem ser testados”, diz o Dr. Victor de Lorenzo, pesquisador que desenvolveu, no Centro Nacional de Biotecnologia da Espanha, um programa de computador capaz de prever com grande precisão como um determinado composto químico se comportará na natureza, se ele irá se biodegradar ou não. O destino dos compostos orgânicos no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos quebram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono (CO2), mas, outros produtos químicos permanecem no meio ambiente por anos, absolutamente intocados. O novo sistema desenvolvido por Lorenzo mostra como os microrganismos digerem os compostos químicos. Diante de uma formulação que não seja digerida, é emitido um alerta que poderá auxiliar as autoridades a estabelecerem restrições ou até a proibir a comercialização do novo produto químico. O programa, chamado BDPServer, foi disponibilizado gratuitamente na Internet. 1. O texto apresenta aspectos textuais que permitem classificá-lo como dissertativo-informativo. TEXTO 09 O laudo médico-pericial é utilizado como prova técnica, devendo estar isento de tendências, vícios e distorções — condição básica para atingir seu objetivo principal: descrever e interpretar fatos médicos para a correta aplicação da justiça, cumprindo seu papel como um dos principais instrumentos de garantia aos Direitos Universais do Homem. Não importa se vítima ou agressor: o periciado tem o direito de ser visto e respeitado como homem, sendo examinado em ambiente neutro, sem a presença de estranhos, devendo sentir-se seguro e livre de coações. Enfim, contar com total liberdade para relatar sua versão dos fatos. Por sua vez, o médico-legista deve exercer seu mister livre de constrangimentos, coações ou pressões de quaisquer espécies, mantendo o respeito incondicional pelo homem. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Para deixar mais claro: a própria Resolução CFM n.º 1.635, de 9 de maio de 2002, veda ao médico a realização de exames médico-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior dos prédios e(ou) dependências de delegacias, seccionais ou sucursais de polícia, unidades militares, casas de detenção e presídios. Proíbe, ainda, exames de corpo de delito em seres humanos contidos por algemas ou por qualquer outro meio — exceto quando o periciado oferecer risco à integridade física do médicoperito. Como ficaria a posição do legista, trabalhando no interior de delegacias policiais, quartéis ou casas de detenção, repleta de policiais, caso assistisse à violação dos direitos humanos? Seria uma simples testemunha ou um perito médico, com obrigação legal de relatar os fatos? Um legista não é (e não pode ser visto como) testemunha ou cúmplice dos fatos. Nunca, jamais, devem acontecer ocorrências que levem o periciado a confundir a figura imparciale isenta do médico-legista (interessado na busca da verdade, por meio da prova técnica) com o aparelho repressor do Estado. Sua função é descrever, por meio da observação atenta e minuciosa, os fatos ocorridos, interpretando-os para a justiça, com seus conhecimentos de medicina. 1. A partir do texto, assinale a opção que resume, corretamente, a idéia do parágrafo correspondente. A) primeiro parágrafo – apresentação de função, característica e objetivo dos laudos médico-periciais. B) segundo parágrafo – relato da necessidade de agressores e vítimas descreverem as versões dos fatos, responsavelmente. C) terceiro parágrafo – narrativa sintética dos princípios da Resolução CFM n.º 1.635, de 9 de maio de 2002. D) último parágrafo – argumentação imparcial em defesa da isenção dos médicos-legistas. TEXTO 10 Entende-se que policial militar é um trabalhador que desenvolve um processo de trabalho peculiar. Concebe-se também que o exercício de sua atividade caracterize uma profissão, na medida em que a atividade policial é exercida por um grupo social específico, que partilha idéias, valores e crenças comuns. Considera-se, ainda, a polícia como uma profissão pelo conjunto de atividades atribuídas pelo Estado à organização policial para a aplicação da lei e a manutenção da ordem pública. Júlio Consul, em A Polícia Militar — revelando sua identidade, afirma que o trabalho de policial militar se caracteriza pela percepção, pelas expectativas e pela retórica para legitimar, entre o eu e o outro, nós e eles, o atributo de profissão policial sob os auspícios das atividades que eles desenvolvem no seu cotidiano laboral. O trabalho do policial militar compreende tudo aquilo que o profissional utiliza na realização de sua atividade. Essa atividade comporta o aspecto instrumental e o conhecimento técnico-operativo, descritos a seguir. Instrumental: São os equipamentos utilizados e os aprestos. São as ferramentas que dão suporte ao policial militar na realização de suas atividades, tais como: uniforme (a farda), capa de chuva, armas (arma de fogo, cassetete e algemas), viaturas, rádios transceptores, apito, coletes refletores, papel, caneta, telefone; instrumentos de prevenção: colete à prova de balas, capacete de controle de tumulto. Conhecimento técnico-operativo da profissão: É o saber adquirido no exercício profissional e o conjunto de conhecimentos que o policial militar adquire por meio dos cursos de formação e habilitação. Isso orientará sua maneira de agir. O policial utiliza ainda outros recursos que podem contribuir para a efetividade de sua ação, como diálogos com a comunidade, palestras e orientações. Em resumo, o papel da polícia é tratar de problemas humanos quando sua solução necessita ou possa necessitar do emprego da força. Assim, para que o policial possa realizar o seu trabalho com eficiência, é fundamental que aprenda a intervir-nos mais distintos espaços, de modo que exerça sua autoridade como profissional dentro das prerrogativas que lhe conferem o poder de polícia, mas sem abusar desse poder, de maneira arbitrária ou autoritária. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1.O último parágrafo do texto faz uma síntese das idéias do parágrafo inicial sem a elas acrescentar informação alguma, o que evidencia a natureza narrativa. TEXTO 11 Em sua posse no cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o embaixador Sérgio Amaral reafirmou o explícito entusiasmo de enfrentar o desafio de incrementar as exportações brasileiras. Ficou claro para todos que ele expressava uma posição de governo, enfatizada pelo presidente da República, em uma demonstração de que o espírito das autoridades federais está inoculado pela causa e de que a compreensão do que significa uma ação coordenada, visando à inserção do Brasil na economia internacional, começa a se disseminar. Entre outras coisas, o ministro declarou: “Nossa prioridade é o MERCOSUL”. O governo federal foca seus esforços no aumento das exportações brasileiras e na direção certa, mas há uma agenda aguardando definições e atos, particularmente no que diz respeito aos juros – que precisam ser reduzidos a patamares compatíveis com os praticados nos lugares do mundo onde nossos concorrentes se financiam. Espera-se também uma maior disponibilidade de recursos nos programas de fomento às exportações; uma reforma tributária, que é urgente; um aperfeiçoamento da legislação trabalhista e é uma ampliação e melhoria da infra-estrutura nacional, principalmente no setor de transportes. Esse conjunto de fatores -- - enquanto não definidos e implementados --- é que torna as empresas brasileiras vulneráveis no jogo do comércio internacional. Mas a questão da América do Sul merece uma análise especial. Dinheiro é um facilitador das transações, mas não é a única forma de relação comercial. O mundo moderno não pode menosprezar a sabedoria de nossos antepassados, que sobreviveram séculos fazendo trocas. Um bom exemplo de alinhamento entre estratégias empresariais e apoio governamental, que resultou em uma equação, é o caso da Odebrecht em Angola: esta construtora constrói a hidrelétrica de que o país africano necessita, e o governo angolano paga com petróleo, produto abundante naquele país. O fato é que existe um vasto mercado para exportação na América do Sul que não pode ser desconsiderado. Politicamente, esse é o mercado do Brasil, e o Brasil é o mercado para sua viabilização. O governo federal não deve fechar-se sobre o MERCOSUL. Precisamos assumir o papel geopolítico de liderança em toda a América do Sul, até porque nossa condição diferenciada no contexto mundial facilita a captação de capitais internacionais, para financiar, aqui, operações dessa natureza. A infraestrutura de transportes, geração de energia e telecomunicações e as riquezas do subsolo estão esperando por investimentos. Se não os fizemos, outros farão. Emílio Odebrecht. Ícaro Brasil, nov/2001, p. 28-30 (com adaptações) 1. Aplicando conhecimentos acerca de tipologia, estrutura e organização de um texto em parágrafos, julgue os itens a seguir, segundo as idéias desenvolvidas no texto. 2. a) No primeiro parágrafo, fica explícita a disposição do governo em enfrentar o desafio do aumento das exportações brasileiras, prioritariamente junto aos países que compõem o MERCOSUL. b) No segundo parágrafo, alude-se à ampliação dos limites do mercado, de forma a abranger todo o continente sul-americano, e levantam-se algumas estratégias de ação para viabilizar esse propósito: redução dos juros, aumento da disponibilidade de recursos, reforma tributária, aperfeiçoamento da legislação trabalhista e ampliação e melhoria da infra-estrutura de transportes. c) O terceiro parágrafo, predominantemente narrativo, apresenta o ponto de vista do narrador acerca do dinheiro, da sabedoria dos antepassados e das estratégias empresariais do governo africano para com o petróleo. d) O quarto parágrafo descreve o vasto mercado para a exportação da América do Sul, além do MERCOSUL, o papel geopolítico de liderança brasileira na região sul-americana, a condição diferenciada do Brasil no contexto mundial e a infra-estrutura brasileira de transportes, de geração de energia, de telecomunicações e de tecnologia. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR d) Nesse texto, eminentemente dissertativo, o autor discute o assunto do incremento das exportações brasileiras na América do Sul, apresentando vários argumentos que teriam, em tese, o intuito de fazer o leitor partilhar do seu ponto de vista, que está resumindo na última idéia do texto: “Se não o fizermos, outros farão”. Texto 12 A globalização começou no dia em que um anônimo primitivo, em alguma parte do continente ainda sem nome, movido por um sentimento de curiosidade, caminhou além dos limites conhecidos por sua tribo e encontrou um grupo de desconhecidos, com o qual entabulou algumtipo de comunicação. A partir daquele momento, os homens nuca mais pararam de caminhar, de olhar ao redor e de integrar- se em um processo de globalização cada vez mais amplo. Desde o final do século XV, com a invenção de novos equipamentos de navegação e as grandes descobertas, esse processo se espalhou por todo o planeta, ao mesmo tempo em que aumentava a influência européia no mundo. No século XIX, o telégrafo submarino reduziu o tempo com que as informações, as ordens e as diversas decisões importantes chegavam a diversos lugares do mundo – em pontos específicos, em quantidades limitadas e com alguma defasagem de tempo. O processo atual de globalização se diferencia do iniciado há centenas de milhares de anos porque o mundo se tornou um só e instantâneo. O conhecimento das informações, o acesso às coisas e a influência do poder ficaram internacionais e chegam ao mesmo tempo em todas as partes. Globalização é essa “simultaneidade totalizante”, que se instalou sem uma integração entre os homens. Para surpresa de todos que observam o mundo global, a globalização torna iguais os seres, não importa o grupo a que pertençam, mas faz com que dentro de cada grupo as pessoas sejam mais diferentes entre elas do que no passado. Uma das maiores manifestações lingüísticas na fronteira entre os séculos XX e XXI é a idéia de globalização como um processo de internacionalização. A globalização é um processo de disseminação das idéias, da cultura e dos objetivos sociais dos Estados Unidos. No lugar de globalização, há uma ameriglobalização. A melhor prova disso é que esse país defende a abertura comercial, mas fecha suas fronteiras e toma medidas protecionistas sempre que necessário. 1.Analisando a tipologia do texto e a síntese das idéias nele desenvolvidas, assinale a opção incorreta. a) O primeiro parágrafo apresenta o mais remoto indício da globalização, título do texto, de forma expositiva, sem haver posicionamento explícito do autor frente aos acontecimentos. b) O segundo parágrafo mostra a evolução do processo, em uma retrospectiva histórica, desde o final do século XV, tempo e, que a influência européia no mundo se fez marcante, até o século XIX, quando as informações chegavam a diversos lugares do mundo “em quantidades limitadas e com alguma defasagem de tempo”. c) No terceiro parágrafo, o autor, de forma descritiva e privilegiando a apresentação do quadro global em vários pontos do planeta, discorre a respeito do processo de total simultaneidade, instalada sem uma integração entre os homens. d) No quarto parágrafo, o autor desmistifica a visão corrente de que a globalização é um processo neutro de internacionalização, exemplificando com a atuação da sociedade norte-americana perante o mundo. e) Em todo o texto predomina a estrutura dissertativa, por meio da qual o assunto é abordado, em linguagem objetiva e referencial, obedecendo a um viés cronológico, do passado ao presente. COESÃO E COERÊNCIA A crescente escassez de profissionais qualificados no mercado de trabalho doméstico está obrigando a Companhia Vale do Rio Doce a lançar uma campanha global de recrutamento para arregimentar pessoal especializado nos EUA, na Inglaterra, na Austrália e no Canadá. A previsão é de 62 mil contratações nos próximos cinco anos. O Estado de S.Paulo, 21/3/2008 (com adaptações). 1) Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o fragmento de texto acima. a) Essa disputa se tornou tão acirrada que elevou o nível médio salarial. Um soldador, por exemplo, hoje tem um ordenado inicial entre R$ 1,2 mil e R$ 2,1 mil. Nas escolas do SESI e do SENAC, os formandos são disputados pelos empregadores. b) Essa é a iniciativa mais audaciosa já tomada por uma empresa brasileira em matéria de oferta de emprego, e é mais uma das conseqüências da globalização da economia. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR c) Entretanto, com o extraordinário crescimento da produção industrial chinesa, nos últimos anos, o preço das commodities no mercado internacional disparou, o que abriu caminho para a expansão dos setores de mineração, siderurgia, petróleo e equipamentos de transporte pesado. d) Desde então, as empresas mais competitivas desses setores criaram milhares de novos postos de trabalho e, de forma cada vez mais agressiva, vêm disputando trabalhadores preparados para ocupá- los. e) Todas essas empresas vêm publicando anúncios em inglês, em busca de profissionais qualificados de nível técnico superior. As empresas também vêm contratando trabalhadores aposentados e procurando atrair profissionais qualificados da PETROBRAS. Há cinco anos, sob o comando de George W. Bush, os Estados Unidos da América (EUA) invadiam o Iraque. Já se mostrou à exaustão que a aventura foi uma catástrofe humanitária e um fracasso político que encalacrou o Pentágono numa ocupação militar sem perspectiva de solução. Verifica-se, agora, que foi também um desastre financeiro. Folha de S.Paulo, 20/3/2008 (com adaptações). 2. Assinale a opção em que o fragmento constitui continuação coesa e coerente para o texto acima. a) Entretanto, Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia, calcula que a empreitada poderá sair por assombrosos US$ 4 trilhões ou mais, dependendo de quanto tempo a ocupação durar. b) Mas, agora que o país se encontra numa situação de déficit fiscal, a conta da guerra contribui para a crescente desvalorização da moeda norte-americana, num movimento que dificulta o combate à crise de crédito nos EUA e agrava suas repercussões globais. c) Às vésperas da invasão, a Casa Branca estimava que gastaria algo entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões para derrubar Saddam Hussein e instalar um novo governo no país. Hoje, a conta está em US$ 600 bilhões e continua subindo. d) Avaliações mais conservadoras, como a do Escritório de Orçamento do Congresso, órgão que municia o Poder Legislativo com informações técnicas, concluem que a ocupação não atingirá efetivamente a economia norteamericana. e) Portanto, nada indica que o próximo presidente dos EUA terá condições de colocar um fim rápido à aventura. Fala-se em retirar as tropas até o fim de 2009. Isso, é claro, no melhor cenário. E o problema é que, no Iraque, o melhor cenário nunca se materializa. O conflito do Tibete, que se arrasta desde o século 13, requer solução pacífica pautada pelo signo da não-violência. Invadida pela China em 1950, a província luta pela autonomia há cinco décadas. Pequim resiste. Além de constante desrespeito aos direitos humanos, procede ao que o dalai-lama denomina “genocídio cultural” — sistemático esmagamento das tradições da região. Com o controle dos meios de comunicação, as autoridades chinesas exercem violenta censura à informação e à livre circulação de pessoas. A tevê só mostra imagens liberadas pelos administradores locais. O mesmo ocorre com as notícias e certos sítios da Internet. Jornalistas e turistas encontram as fronteiras fechadas. Torna-se difícil, assim, avaliar as dimensões e as conseqüências dos protestos que eclodiram recentemente. Pequim soma 13 mortos. Os tibetanos falam em mais de 100 e de centenas de prisões de dissidentes. Suspeita-se, com razão, do incremento da repressão. Correio Braziliense, 20/3/2008 (com adaptações). 03) Assinale a opção que apresenta as idéias principais do texto acima. a) Pequim controla os tibetanos, que vivem sob censura, sem possibilidade de livre circulação em sua própria região. b) A tevê só mostra imagens liberadas pelos administradores locais, e as fronteiras estão fechadas para turistas e jornalistas. c) Para Pequim, houve treze mortos nos conflitos recentes; para os tibetanos, houve mais de cem mortos e centenas de prisões de dissidentes. d) A China procede a um genocídio cultural no Tibete, quando esmaga as tradições da região. e) Embora haja controle dos meios de comunicação e das fronteiras, suspeita-se do aumento da repressão no Tibete, que luta pela autonomia,pois é ocupado pela China há mais de cinqüenta anos. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4. Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o texto abaixo: Até aqui o governo se dedicou a expor seu ponto de vista e começou a mover suas pedras no tabuleiro, a partir de sua opção pela prioridade sulamericana e do Mercosul. Estabeleceu, em seguida, uma série de pontes e alianças possíveis com a África e a Ásia, como aconteceu com o G21, na reunião de Cancun da OMC, e como está acontecendo nas negociações do G3, com a África do Sul e com a Índia. Ou ainda, como vem ocorrendo nas novas parcerias tecnológicas com a Ucrânia, a Rússia, a China, ou com os projetos infra-estruturais com a Venezuela, a Bolívia, o Peru e a Argentina. a) Não há dúvida, porquanto, de que essas principais disputas giraram em torno das divergências econômicas entre os Estados Unidos e o Brasil, em particular as negociações da OMC, FMI e ALCA. b) O que se vê é a afirmação de uma nova política externa, ativa, presente, baseada no interesse nacional brasileiro e na afinidade histórica e territorial do Brasil com o resto da América do Sul, bem como na sua afinidade de interesses com os demais grandes países em desenvolvimento. c) E do outro lado, naquele momento, estarão os grupos econômicos e as forças sociais, intelectuais e políticas que sempre lutaram por um projeto de desenvolvimento para o Brasil. d) E aqui, não há como se enganar sobre as forças que esta batalha despertava, dentro e fora do governo: de um lado estarão, como sempre estiveram, os grupos de interesse que defendem uma relação subserviente com os Estados Unidos, em troca de uma acesso mais favorecido ao mercado interno americano. e) Orientando-se pelos interesses nacionais do povo e não apenas pelos interesses imediatos e particulares do seu agrobusiness, e dos seus grupos financeiros defendidos e acobertados pela retórica diletante e pela política escandalosamente subserviente dos “diplomatas descalços”. 5.Os trechos a seguir constituem um texto, mas estão desordenados. Ordeneos nos parênteses e aponte a opção correta: ( ) A aguda crise social desdobrou-se, então, em quatro vertentes de alternativa política: o fascismo italiano, o nazismo alemão, a social democracia sueca e o New Deal norte-americano. ( ) O desemprego é uma tragédia social com profundas implicações políticas. ( ) Um dado dessa natureza é importante, pois estabelece a conexão entre a crise social e o efeito político-eleitoral. ( ) A esmagadora maioria dos eleitores nas últimas eleições apontava esse fenômeno como o mais grave problema do país. ( ) Tal conexão apareceu pela primeira vez na História, claramente, há mais de 70 anos, nos principais países capitalistas, na Grande Depressão. a) 5, 1, 3, 2, 4 b) 3, 5, 1, 4, 2 c) 2, 4, 3, 5, 1 d) 4, 1, 3, 5, 2 e) 2, 1, 4 5, 3 _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ ORTOGRAFIA OFICIAL 1 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Ortografia Oficial Todas as regras ortográficas da gramática portuguesa. Caso x / ch 1) x / ch nas palavras provenientes do latim: 1.1) Emprego do ch: Ao passar do latim para o português, as sequências "cl", "pl" e "fl", transformaram-se em "ch": afflare > achar flagrare > cheirar flamma > chama caplu > cacho clamare > chamar claven > chave masclu > macho planus > chão plenus > cheio plorare > chorar plumbum > chumbo pluvia > chuva 1.2) Emprego do x: a) Proveniente do x latino: exaguare > enxaguar examen > exame laxare > deixar luxu > luxo b) Palatização do S em grupos como ssi ou sce: miscere > mexer passione > paixão pisce > peixe 2) Emprega-se a letra x: x1) Após ditongo: ameixa caixa peixe ORTOGRAFIA OFICIAL 2 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Exceções: recauchutar (do francês recaoutchouter) guache (do francês gouache) caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu "lágrimas da árvore", é de um idioma indígena, mas está em nossa ortografia oficial) x2) Em palavras iniciadas por ME: Mexerica México Mexilhão Mexer Exceção: mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer, que deve ser grafada com x. X3) Em palavras iniciadas por EN: Enxada Enxerto Enxurrada Exceção1: enchova (regionalismo de anchova, que origina-se do genovês anciua); Exceção2: Palavras formadas por prefixação de en + radical com ch: enchente, encher e derivados = prefixo en + radical de cheio; encharcar = en + radical de charco; enchiqueirar = en + radical de chiqueiro; enchapelar = en + radical de chapéu; enchumaçar = en + radical de chumaço x4) Em palavras com origem Tupi. As mais conhecidas são: Araxá - lugar alto onde primeiro se avista o sol. Abacaxi - de yá, ou ywa (fruta), e katy (que recende, cheira); Capixaba - roça, roçado, terra limpa para plantação. Caxumba Pataxó - tribo. Queixada - “o que corta”. Xará - de xe rera, "meu nome". Xavante - tribo. Xaxim - do tupi-guarani Xá = cachoeira, Xim = pequena. Ximaana – tribo. ORTOGRAFIA OFICIAL 3 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Xingu - água boa, água limpa, na língua Kamayurá. Exceção: Chapecó – Cidade de SC. Derivação do tupi Xapecó (de donde se avista o caminho da roça). x5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: Almoxarife Almoxarifado Elixir (al-Axir) Enxaqueca (xaqiqa - meia cabeça) Haxixe (hashish - maconha) Oxalá (in sha allah ou inshallah - se Deus quiser) Xarope Xadrez (xatranj) Xarope (xarab - bebida, poção) Xeque Xeque-mate Exceções: Alcachofra (Alkharshof - fruto do cardo manso) Chafariz x6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: Afoxé Axé Borocoxô Exu Fuxico Maxixe Orixá Xendengue (magro, franzino) Xangô (Xa - Senhor; Ag + No - Fogo Oculto; Gô = Raio, Alma) Xaxado Xingar XinXim Xodó Exceções: ORTOGRAFIA OFICIAL 4 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Cachimbo (kixima) Cachaça Cochicho Cochilar Chilique 3) Emprega-se ch: ch1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são: Avalanche (Avalónch) Cachê (Cachet) Cachecol (Cacher) Chalé (Chalet) Chassi (Chânssis) Champanhe (Champagne) Champignon (Champignon) Chantilly (Chantilly) Chance (Chance) Chapéu (Chapeau) Chantagem (Chantage) Charme (Charme) Chefe (Chef) Chique (Chic) Chofer (Chauffeur) Clichê (Cliché) Creche (Crèche) Crochê (Crochet) Debochar (Débaucher) Fetiche (Fétiche) Guichê (Guichet) Manchete (Manchette) Pochete (Pochette) Revanche (Revanche) Voucher (Vocher) Caso g / j ORTOGRAFIA OFICIAL 5 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1) Palavras provenientes do latim e do grego: 1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego: a) Latim: agere > agir agitare > agitar digit(i) (raiz) > digitar gestu > gesto gelu > gelo liturgia > liturgia tegella > tigela Magia < Magia (latim) < Mageia (grego) < Magush (persa) b) Grego: eksegesis > exegese gymnastics > ginástica hégemonikós > hegemônico logiké > lógico synlogismos > sologismo Exceção: aggelos > anjo (angeolatria é com g) 1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém: a) Da consonantização do I semiconsoante latino: iactu > jeito iam > já iocus > jogo maiestate > majestade b) Da palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal: basiu > beijo casiu > queijo hodie > hoje radiare > rajar 2) Emprega-se a letra g: g1) Nas palavras derivadas deoutras grafadas com g: engessar (de gesso) ORTOGRAFIA OFICIAL 6 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR faringite (de faringe) selvageria (de selvagem) Exceção: coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar g2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio: pedágio sacrilégio prestígio relógio refúgio g3) Os substantivos terminados em gem: viagem coragem ferrugem Exceção: pajem lambujem g4) Nos verbos terminados em ger e gir: eleger mugir g5) Em geral, após R: aspergir divergir submergir 3) Emprega-se a letra j: j1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com j: sarjeta (de sarja) lojista (de loja) canjica (de canja) sarjeta (de sarja) gorjeta (de gorja) j2) Nos verbos terminados em jar: viajar ORTOGRAFIA OFICIAL 7 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR encorajar enferrujar j3) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: alforje (al hurj <sacola>) azulejo (azzelij) berinjela (badanjanah) javali (djabali) jaleco (jalikah) jarra (djarrah) laranja (narandja) Exceções: álgebra (al-jabr) algema (al jamad <a pulseira>) giz (jibs) girafa (zarâfa (AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.)) j4) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são: beiju cajá caju canjica carijó guarajuba itajuba itajaí jequiriti jequitibá jerimum jibóia (cobra d’água). jumana (tribo). jurubeba (planta espinhosa e fruta tida como medicinal). jenipapo jururu maracujá ORTOGRAFIA OFICIAL 8 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR marajó mucujê pajé Ubirajara Exceção: Sergipe J5) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: acarajé Iemanjá jabá jagunço jererê (cigarro de maconha) jiló jurema Exceções: bugiganga ginga Caso c ou ç / s ou ss O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç. acetato ácido açafrão aço açúcar Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss: manso concurso expulso prosseguir girassol pessoa s1) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERGIR, CORRER, PELIR: aspergir = aspersão compelir = compulsório ORTOGRAFIA OFICIAL 9 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR concorrer = concurso discorrer = discurso expelir = expulsão, expulso imergir = imersão impelir = impulsão, impulso s2) Verbos terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR recebem s quando há perda das letras “D – T – M”em suas derivações: circuncidar (circumcidere) = circuncisão, circunciso ascender (ascendere) = ascensão suceder (succedere) = sucessão / sucesso expandir (expandere) = expansão / expansível iludir (illudere) = ilusão / ilusório progredir (progredere) = progressão / progressivo / progresso submeter (submittere) = submissão / submisso discutir (discutere) = discussão suprimir (supprimere) = supressão / supresso redimir (redimere) = remissão / remisso Observe também a origem latina: excluir (de excludere) = exclusão incluir (de includere) = inclusão... c1) Verbos não terminados em DAR - DER - DIR - TER - TIR - MIR quando mudam o radical recebem ç: agir = ação excetuar = exceção proteger = proteção promover = promoção c2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações: acomodar = acomodação consolidar = consolidação conter = contenção fundar = fundação fundir = fundição remir = remição ORTOGRAFIA OFICIAL 10 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR reter = retenção saudar = saudação torcer = torção distorcer = distorção Observe também a origem latina: manter (manutenere) = manutenção nadar (natare) = natação c3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s: eleição traição foice c4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço. barca = barcaça rico = ricaço cota = cotação aguço = aguçar merece = merecer carne = carniça canil = caniço esperar = esperança cara = carapuça dente = dentuço c5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: açafrão açoite açougue açude açúcar açucena alface alvoroço ceifa celeste cetim cifra Exceção: arsenal ORTOGRAFIA OFICIAL 11 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR carmesim safra salada sultão c6) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são: araçá açaí babaçu cacique caiçara camaçari cipó cupuaçu Iguaçu Iracema juçara maçaranduba maniçoba paçoca piaçava piraguaçu Exceção (todas começam com som de s, menos cipó): sabiá sagui saci samambaia sariguê savana Sergipe siri suçuarana sucuri sururu ORTOGRAFIA OFICIAL 12 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR c7) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: bagunça caçamba cachaça caçula cangaço jagunço lambança miçanga Exceção (todas começam com som de s): sapeca samba senzala serelepe songamonga sova (pancada) Caso z / s 1) Emprega-se a letra s: s1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s: análise = analisar, analisado pesquisa = pesquisar, pesquisado. Exceção: catequese = catequizar. s2) Após ditongo quando houver som de z: Creusa coisa maisena s3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER: (Ele) pôs (Ele) quis (Nós) pusemos (Nós) quisemos (Se eu) puser (Se eu) quiser ORTOGRAFIA OFICIAL 13 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR s4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa “cheio de”): horrorosa gostoso Exceção: gozo s5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE: frase tese crase crise osmose Exceções: deslize e gaze. s6) Nos sufxos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos. chinês chinesa camponês poetisa burguês burguesa freguesia Luísa Heloísa Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz). z1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: escasso / escassez macio / maciez rígido / rigidez sensato / sensatez surdo / surdez avaro / avareza certo / certeza duro / dureza ORTOGRAFIA OFICIAL 14 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR nobre / nobreza pobre / pobreza rico / riqueza z2) Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é uma consoante de ligação com o infixo. pazada cafezal homenzarrão açaizeiro papelzinho cãozito mãezona mãozorra pezudo Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"): asa = asinha riso = risinho casa = casinha Inês = Inesita Teresa = Teresinha z3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR: útil = utilizar terror = aterrorizar economia = economizar Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"): análise = analisar pesquisa = pesesquisar improviso = improvisar Exceção da Exceção: catequese = catequizar. Caso ex / es 1) Como regra geral, as palavras que em latim se iniciavam por ex mantiveram a mesma grafia ao passarem do latim clássico para o português. expectorare > expectorar; ORTOGRAFIA OFICIAL 15 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR expansione > expansão; expellere > expelir; experimentu > experimento; expiratione > expiração; extrinsecu > extrínseco; extensione > extensão; Há, contudo, exceções. Algumas palavras que se escreviam com ex em latim evoluíram para es ao passar do latim vulgar para o português. excusare > escusar; excavare > escavar; exprimere > espremer; extraneo > estranho; extendere > estender; O verbo "estender”, por exemplo, entrou para o léxico no século 13,originária do latim vulgar, quando o “x” antes de consoante tornava-se “s”. O vocábulo “extensão” aparece no léxico de nossa língua no século 18 e teve sua origem no latim clássico (extensione), quando a regra era manter o “x” de sua origem (extensio). Tal como "extensão", escreve-se extenso, extensivo, extensibilidade, etc. 2) Já as palavras que se iniciavam por s em latim deram origem a derivados com es em português: scapula > escápula; scrotu > escroto; spatula > espátula; spectru > espectro; speculare > especular; spiral > espiral; spontaneu > espontâneo; spuma > espuma; statura > estatura; sterile > estéril stertore > estertor; strutura > estrutura; Os termos médicos derivados de palavras gregas iniciadas por s também se escrevem com es em português. Ex: escotoma esclerótica esfenoide ORTOGRAFIA OFICIAL 16 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR esplâncnico estase estenose estroma Um equívoco primário consiste na confusão entre estase (do gr. stásis, parada, estagnação) e êxtase (do gr. ekstásis - ek = fora de; stasis = estado, pelo latim extase). Também se deve distinguir estrato (do latim stratu), com o sentido de camada, de extrato (do latim extractu), aquilo que se extraiu de alguma coisa. Caso sc Utiliza-se SC em termos eruditos latinos, isto é, cuja etimologia manteve o radical latino: abscesso (abscessus); acrescer (accrescere); adolescente (adolescentis); aquiescer (acquiescere); ascender (ascendere); consciência (conscientia); crescer (crescere); descer (descendere); disciplina (disciplina); fascículo (fasciculus); fascinar (fascinare); florescer (florescere); lascivo (lascivu); nascer (nascere); oscilar (oscillare); obsceno (obscenus); rescindir (rescindere); víscera (viscus); Caso c / qu e Forma Variantes Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com qu: catorze / quatorze cociente / quociente cota / quota cotidiano / quotidiano cotizar / quotizar E existem variantes aceitas para outras palavras: ORTOGRAFIA OFICIAL 17 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR abdome e abdômen açoitar e açoutar afeminado e efeminado aluguel ou aluguer arrebitar e rebitar arremedar e remedar assoalho e soalho assobiar e assoviar assoprar e soprar Azalea e Azaleia bêbado e bêbedo bilhão e bilião bílis e bile bombo e bumbo bravo e brabo caatinga e catinga cãibra e câimbra carroçaria e carroceria catucar e cutucar chipanzé e chimpanzé coisa e cousa degelar e desgelar dependurar e pendurar derrubar e derribar desenxavido e desenxabido diabete e diabetes embaralhar e baralhar enfarte e infarto entretenimento e entretimento entoação e entonação enumerar e numerar espécime e espécimen espuma e escuma estalar e estralar este e leste (pontos cardeais) flauta e frauta ORTOGRAFIA OFICIAL 18 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR flecha e frecha geringonça e gerigonça homogeneizar e homogenizar húmus e humo impingem e impigem imundícia, imundície e imundice intrincado e intricado lide e lida louro e loiro macaxeira e macaxera maltrapilho e maltrapido malvadeza e malvadez maquiagem e maquilagem marimbondo e maribondo matracar e matraquear mobiliar e mobilhar neblina e nebrina nenê e neném parênteses e parêntesis percentagem e porcentagem pitoresco, pinturesco e pintoresco plancha e prancha pólen e polem quadrênio e quatriênio quatrilhão e quatrilião radioatividade e radiatividade rastro e rasto relampear e relampejar remoinho e redemoinho salobra e salobre taberna e taverna tesoura e tesoira toicinho e toucinho ORTOGRAFIA OFICIAL 19 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR transpassar, traspassar e trespassar transvestir e travestir treinar e trenar tríade e triada trilhão e trilião vasculhar e basculhar Xérox e Xerox xeretar e xeretear Caso o / u 1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos: boteco botequim cortiço engolir goela mochila moela mosquito mágoa moleque nódoa tossir toalete zoar 2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos: amuleto entupir jabuti mandíbula supetão tábua Caso e / i ORTOGRAFIA OFICIAL 20 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1) Os verbos terminados em -UIR e em -OER: No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (verbo possuir): tu possuis ele possui Ortografia oficial tu constróis ele constrói tu móis ele mói tu róis ele rói 2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR: No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (verbo entoar): Que eu entoe Que tu entoes Que ele entoe Que nós entoemos Que vós entoeis Que eles entoem 3) Todos os verbos que terminam em [-ear] (arrear, frear, alardear, amacear, passear...) fazem um ditongo [-ei-] no presente do indicativo e do subjuntivo nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e 3ª do plural,): PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO FUTURO PRESENTE DO SUBJUNTIVO (que…) Eu freio Eu freei Eu frearei Eu freie Tu freias Tu freaste Tu frearás Tu freies Ele freia Ele freou Ele freará Ele freie Nós freamos Nós freamos Nós frearemos Nós freemos Vós freais Vós freastes Vós freareis Vós freeis Eles freiam Eles frearam Eles frearão Eles freiem ORTOGRAFIA OFICIAL 21 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4) Os verbos terminados em [-iar] (arriar, criar, odiar…) são regulares, exceto o (I)MARIO: (Inter)Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar, os quais são irregulares e formam ditongo [-ei-] nas formas rizotônicas: Observe a diferença entre Arriar (regular) e Mediar (irregular): PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO (que…) PRESENTE DO INTICATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO (que…) Eu arrio Eu arrie Eu medeio Eu medeie Tu arrias Tu arries Tu medeias Tu medeies Ele arria Ele arrie Ele medeia Ele medeie Nós arriamos Nós arriemos Nós mediamos Nós mediemos Vós arriais Vós arrieis Vós mediais Vós medieis Eles arriam Eles arriem Eles medeiam Eles medeiem DECRETO Nº 6.583, DE 29 DE SETEMBRO DE 2008. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990; Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificação do referido Acordo junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, na qualidade de depositário do ato, em 24 de junho de 1996; Considerando que o Acordo entrou em vigor internacional em 1o de janeiro de 2007, inclusive para o Brasil, no plano jurídico externo; DECRETA: Art. 1o O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, entre os Governos da República de Angola, da República Federativa do Brasil, da República de Cabo Verde, da República de Guiné-Bissau, da República de Moçambique, da República Portuguesa e da República Democrática de São Tomé e Príncipe, de 16 de dezembro de 1990, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém. Art. 2o O referido Acordo produzirá efeitos somente a partir de 1o de janeiro de 2009. Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida. Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida. (Redação dada pelo Decretonº 7.875, de 2012) http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%206.583-2008?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7875.htm#art1 ORTOGRAFIA OFICIAL 22 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Art. 3o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. Art. 4o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Celso Luiz Nunes Amorim Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.9.2008 ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA Considerando que o projeto de texto de ortografia unificada de língua portuguesa aprovado em Lisboa, em 12 de outubro de 1990, pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com a adesão da delegação de observadores da Galiza, constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional, Considerando que o texto do acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos Países signatários, a República Popular de Angola, a República Federativa do Brasil, a República de Cabo Verde, a República da Guiné-Bissau, a República de Moçambique, a República Portuguesa, e a República Democrática de São Tomé e Príncipe, acordam no seguinte: Artigo 1o É aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que consta como anexo I ao presente instrumento de aprovação, sob a designação de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) e vai acompanhado da respectiva nota explicativa, que consta como anexo II ao mesmo instrumento de aprovação, sob a designação de Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). Artigo 2o Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências necessárias com vista à elaboração, até 1 de janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas. Artigo 3o O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor em 1o de janeiro de 1994, após depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo da República Portuguesa. Artigo 4o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art49i http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art49i ORTOGRAFIA OFICIAL 23 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR Os Estados signatários adotarão as medidas que entenderem adequadas ao efetivo respeito da data da entrada em vigor estabelecida no artigo 3o. Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente credenciados para o efeito, aprovam o presente acordo, redigido em língua portuguesa, em sete exemplares, todos igualmente autênticos. Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990. PELA REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA JOSÉ MATEUS DE ADELINO PEIXOTO Secretário de Estado da Cultura PELA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CARLOS ALBERTO GOMES CHIARELLI Ministro da Educação PELA REPÚBLICA DE CABO VERDE DAVID HOPFFER ALMADA Ministro da Informação, Cultura e Desportos PELA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU ALEXANDRE BRITO RIBEIRO FURTADO Secretário de Estado da Cultura PELA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE LUIS BERNARDO HONWANA Ministro da Cultura PELA REPÚBLICA PORTUGUESA PEDRO MIGUEL DE SANTANA LOPES Secretário de Estado da Cultura PELA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE LÍGIA SILVA GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO COSTA Ministra da Educação e Cultura ANEXO I ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA (1990) Base I Do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados 1o)O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula: a A (á) j J (jota) s S (esse) b B (bê) k K (capa ou cá) t T (tê) c C (cê) l L (ele) u U (u) d D (dê) m M (eme) v V (vê) e E (é) n N (ene) w W (dáblio) f F (efe) o O (ó) x X (xis) ORTOGRAFIA OFICIAL 24 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR g G (gê ou guê) p P (pê) y Y (ípsilon) h H (agá) q Q (quê) z Z (zê) i I (i) r R (erre) Obs.: 1. Além destas letras, usam-se o ç (cê cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u). 2. Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar. 2º)As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais: a)Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, by roniano; Taylor, taylorista; b)Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano; c)Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW- kilowatt, yd-jarda (yard); Watt. 3º)Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano, de Shakespeare. Os vocabulários autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, buganvília/ buganvílea/ bougainvíllea). 4º)Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se em formas onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invariavelmente mudo, elimina-se: José, Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth; e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith. 5º)As consoantes finais grafadas b, c, d, g e t mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job, Moab, Isaac; David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat. Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valhadolid, em que o d ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas condições. Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antopônimos em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó. 6º)Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra; Jutland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Munique; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc. Base II Do h inicial e final 1º)O h inicial emprega-se: ORTOGRAFIA OFICIAL 25 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR a)Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor. b)Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!. 2º)O h inicial suprime-se: a)Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário,ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita); b)Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver; 3º)O h inicial mantém-se, no entanto, quando, numa palavra composta, pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste; pré-história, sobre-humano. 4º)O h final emprega-se em interjeições: ah! oh! Base III Da homofonia de certos grafemas consonânticos Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferençar os seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem sempre permite fácil diferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som. Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos: 1º)Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico, chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia, xerife, xícara. 2º)Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema, algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem, frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio, sege, Tânger, virgem; adjetivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová, jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró, jiquitaia, jirau, jiriti, jitirana, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê, pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeito. 3º)Distinção gráfica entre as letras s, ss, c, ç e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretensão, remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda, codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar, dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso, remessa, sossegar; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia, Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçanje, caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar, Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama, quiçamba, Seiça (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suíça, terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe. 4º)Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com idêntico valor fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo, ORTOGRAFIA OFICIAL 26 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar, extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil; capazmente, infelizmente, velozmente. De acordo com esta distinção convém notar dois casos: a)Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x = s muda para s sempre que está precedido de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear, mixto, sixtina, Sixto. b)Só nos advérbios em –mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final de sílaba seguida de outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s toma sempre o lugar de z: Biscaia, e não Bizcaia. 5º)Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/fônico: aguarrás, aliás, anis, após atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país, português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdés; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz, dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz, Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z final equivalente a s em palavra não oxítona: Cádis, e não Cádiz. 6º)Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes sonoras: aceso, analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil, brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende, frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar, homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses, narciso, Nisa, obséquio, ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, tisana, transe, trânsito, vaso; exalar, exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, bazar, beleza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar, lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza, Vizela, Vouzela. Base IV Das seqüências consonânticas 1º)O c, com valor de oclusiva velar, das seqüências interiores cc (segundo c com valor de sibilante), cç e ct, e o p das seqüências interiores pc (c com valor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam. Assim: a)Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto. b)Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo. c)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, se ctor e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção. d)Quando, nas seqüências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respectivamente nc, nç e nt: assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade. 2º)Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da seqüência bd, em súbdito; o b da seqüência bt, em subtil e seus derivados; o g da seqüência gd, em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalot ORTOGRAFIA OFICIAL 27 WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR omia; o m da seqüência mn, em amnistia, amnistiar, indemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente,
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