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Questão 1/10 - Filosofia da Ciência Leia o seguinte fragmento de texto: “Tal princípio faz nosso agricultor hipotético acreditar que a confluência dos mesmos fenômenos naturais acontecidos anteriormente resultará num acontecimento futuro tal qual um fato observado no passado”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 28. Com base nos conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre o princípio generalizante, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A É conhecido por princípio científico. B É conhecido por princípio reflexivo. C É conhecido por princípio eventual. D É conhecido por princípio descontínuo. E É conhecido por princípio da indução. Você acertou! Junto desse princípio generalizante, conhecido por princípio da indução, podemos indicar uma outra consideração “filosófica” nesse exemplo: a natureza se repete segundo uma certa ordem. Nosso agricultor parece respaldado por esses dois pressupostos. Contudo, nem sempre suas previsões do tempo são exatas. Então, outro aspecto importante para qualquer previsão é compará-la à experiência (base empírica). Uma previsão precisa ser confirmada pela experiência, senão não se trata de uma previsão. Se nosso agricultor não acertar sua previsão, logo cairá em descrédito. Mesmo assim, ainda haverá pessoas que esperarão previsões ulteriores se confirmarem, mesmo ocorrendo falhas nas previsões anteriores de nosso agricultor” (livro-base, p. 28,29). Questão 2/10 - Filosofia da Ciência Leia o extrato de texto a seguir: “A ciência preza a coerência interna desse sistema ordenado de poucos enunciados chamado de teoria científica”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 62. De acordo com os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências assinale a alternativa que responde quando as teorias científicas deixam de ser universais: Nota: 10.0 A Quando as previsões não se concretizam ou quando a ciência se modifica ao longo da história. Você acertou! “Nem sempre as teorias são capazes de explicar os fenômenos, por vários motivos. Citamos dois casos em que a teoria deixa de ser universal: quando há a constatação de um fato novo e quando há previsões que não se concretizaram. O marcante é que a ciência se modifica continuamente e a história da ciência nos mostra isso aos montes, normalmente sob o título de revolução, como: a revolução copernicana, a revolução newtoniana, a revolução einsteniana, a revolução lavoisieriana etc. Desse modo, torna-se muito difícil sustentar que a ciência visa a aproximar-se da verdade” (livro-base, p. 62). B Quando as previsões se concretizam. C Quando a ciência não se modifica ao longo da história. D Quando a ciência se mostra infalível. E Quando a ciência visa a aproximar-se da verdade. Questão 3/10 - Filosofia da Ciência Atente para o seguinte extrato de texto: “O problema principal desse modelo de previsão de tempo está no princípio da indução que foi usado como premissa da dedução”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 57. De acordo com os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre os dois princípios atribuídos ao senso comum, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A O método científico e o método acadêmico. B O princípio da pesquisa e do estudo acadêmico. C O princípio da dialética e do ceticismo. D O princípio da indução e da causalidade. Habitualmente, temos a tendência de extrapolar para mais casos algo que ocorreu em um fato quando, pela nossa experiência, percebemos repetitivamente a ocorrência do que caracteriza esse fato. Por exemplo: nosso agricultor percebeu reiteradamente que os animais procuravam abrigo quando o céu estava nublado, cinza e com fortes ventos. Ele observou isso se repetir em todos os casos que observou e em condições variadas (em qualquer dia da semana ou época do ano, a qualquer temperatura, para animais domésticos e não domésticos, de qualquer porte etc.). Assim, nosso agricultor extrapolou para todos os casos e criou o seguinte princípio induzido (que, em linhas gerais, pode ser explicado como “de casos particulares chega-se a um caso geral”): todo animal procura abrigo quando o céu está nublado e cinza e venta forte. Esse é o princípio generalizante ao qual nos referimos anteriormente, o princípio da indução. Por vezes, atribuímos uma causa aos fatos que observamos; em especial, àqueles em que percebemos uma mudança. Por exemplo, a causa para a mudança da cor das nuvens, de branca para cinza, é o acúmulo de nuvens. Ora, uma camada mais “grossa” de nuvens impede mais que os raios de luz as perpassem. Assim, afirmamos que a mudança da cor branca para a cinza nas nuvens tem como causa o acúmulo de nuvens – esse é o princípio da causalidade ((livro-base, p. 55,56). E O princípio filosófico e teológico. Questão 4/10 - Filosofia da Ciência Considere o fragmento de texto a seguir: “Outro aspecto que também pode ser incorporado aos “efeitos colaterais” da ciência é a importância de haver uma reflexão tanto da atividade científica como de seu produto”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 31. Conforme os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a neutralidade da ciência, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A É de fato algo inquestionável. B É de fato algo irrelevantes. C É de fato algo incongruente. D É de fato algo que não pode ser questionado. E É de fato algo que pode ser questionado e avaliado. Você acertou! A neutralidade da ciência é de fato algo que pode ser questionado e avaliado (Livro-base, p. 31). Questão 5/10 - Filosofia da Ciência Leia o seguinte fragmento de texto: “Para efetuar suas previsões, uma equipe de meteorologistas tem à sua disposição instrumentos (satélites, computadores de alto processamento, simuladores de clima, barômetros, termômetros, higrômetros de alta precisão etc.) e sobretudo um modelo teórico geoclimatológico”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 29. Com base nos conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a segunda diferença entre ciência e saber comum, é correto afirmar que: Nota: 10.0 A É a falta de um modelo teórico. B É a presença de um modelo teórico que se encontra inserido em um complexo teórico ainda maior e conectado a outras teorias. Você acertou! Uma segunda diferença é a presença de um modelo teórico que se encontra inserido em um complexo teórico ainda maior e conectado a outras teorias (Livro-base, p. 30). C É a presença de modelos aleatórios sem um complexo teórico para análise. D É a presença de modelos abstratos e sem fundamentação. E É a presença de opiniões sem investigação e pesquisa. Questão 6/10 - Filosofia da Ciência Atente para o seguinte extrato de texto: “A discussão histórica a respeito do senso comum não para por aqui. Ela se estende para a estética e para a ética, além, é claro, de ser discutida no campo da epistemologia”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes,2016. p. 53. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos abordados no livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre senso comum para Thomas Reid, assinale a afirmativa correta: Nota: 10.0 A Thomas Reid foi um crítico do senso comum. B Reid defendia os conceitos de senso comum de Descartes, Hume e Locke. C Segundo Reid, em Descartes um princípio falso não basta para resultar em conclusões falsas. D A teoria das ideias de Hume e Locke não se sustenta, pois uma ideia não pode ser um objeto do pensamento, uma vez que é uma ação da mente. Você acertou! “Thomas Reid foi um defensor do senso comum. Ele foi o fundador da Escola Escocesa do Senso Comum. Foi também um crítico de Descartes, de Hume e de Locke. Em relação ao primeiro, Reid afirma que qualquer e até mesmo o mais inteligente dos homens pode errar acaso parta de um princípio falso. Com respeito a Hume e Locke, Reid criticava a teoria das ideias. Ele afirma que uma ideia não pode ser um objeto do pensamento ou uma imagem daquilo que apreendemos. Antes de tudo, ideia é uma ação da mente, ou seja, é um pensamento ou uma concepção de um conceito sobre algo. Essa é a forma, segundo Reid, como produzimos juízos ‘originais e naturais’, e isso é, para ele, o ‘senso comum’” (livro-base, p. 53). E Thomas Reid afirma que não produzimos juízos originais e naturais, ou seja, não somos portadores do senso comum. Questão 7/10 - Filosofia da Ciência Leia o fragmento de texto a seguir: “Descartes usou o termo latino sensus communis numa noção que se aproxima da aristotélica porque está voltada apenas aos sentidos, porém, os significados são fundamentalmente diferentes”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 51. Levando em consideração o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de sensus communis, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A Sensus communis não exprime a sensibilidade humana para com os outros humanos e para com a comunidade. B Nos escritores latinos, como Cícero, sensus communis significa costume, gosto, modo comum de viver ou de falar. Você acertou! Segundo o livro-base: “Sensus communis exprime a sensibilidade humana para com outros humanos e para com a comunidade. Abbagnano esclarece esse outro significado em seu verbete senso comum: ‘Nos escritores clássicos latinos, essa expressão tem o significado de costume, gosto, modo comum de viver ou de falar’ [...]. Nas palavras de Cícero, podemos perceber a forte relação entre o senso comum e a retórica: ‘O conhecimento de outras artes é adquirido de fundamentos obscuros e abstrusos, mas a eloquência consiste no mais óbvio dos princípios, o conhecimento da vida comum, nos hábitos e na conversação do gênero humano. Em outras artes, aquele que se sobressai é o homem que avança profundamente na estrada mais distante do conhecimento; ao passo que, na eloquência, o erro mais temível que pode ser cometido é desviar-se em expressões abstrusas, descompassar-se do senso comum’. [...]. No período moderno, o senso comum ainda mantém uma certa relação com a retórica. Mas, por vezes é considerado ou de forma pejorativa (preconceito e superstição) ou de forma enaltecedora (autoridade)” (livro-base, p. 50,51). C Cícero afirma que sensus communis não tem relação com a retórica e que a eloquência é um princípio obscuro. D O sensus communis, segundo Cícero, distancia-se do conhecimento da vida comum, dos hábitos e da conversação. E A eloquência, segundo Cícero, inevitavelmente orienta-se em direção das expressões abstrusas. Questão 8/10 - Filosofia da Ciência Leia o extrato de texto a seguir: “Para o senso ser “comum”, pensamos que é necessária, pelo menos, convicção para compartilhá-lo. Portanto, em nossa avaliação, é preciso que o senso comum seja um considerar-algo-verdadeiro subjetivamente suficiente, mas objetivamente insuficiente”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 49. Tendo em vista o extrato de texto e o livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre o conceito de senso comum, assinale a afirmativa correta: Nota: 10.0 A Senso comum juízo não-compartilhado. B Senso comum é rejeitado principalmente em um determinado meio social. C A crença se fundamenta na verdade estabelecida pelo senso comum. D O senso comum sustenta a crença e a convicção na ‘verdade’ de previsões. Você acertou! “Senso comum é um juízo (considerado como ‘verdadeiro’) compartilhado, corrente e aceito por um meio social determinado. Em nosso exemplo, o agricultor hipotético tinha uma crença na ‘verdade’ acerca de seu modo (não científico) de prever o tempo. Quero sustentar que essa crença pode ser compartilhada por ser bem-sucedida nas verificações desse saber prático próprio de nosso agricultor e pela convicção gerada por essa crença, sob a forma kantiana de conceituar crença. Para Kant, ‘considerar-algo-verdadeiro [...] é um evento em nosso entendimento que, embora podendo repousar sobre fundamentos objetivos, também exige causas subjetivas na mente daquele que julga’” (livro-base, p. 48). E Para o entendimento, considerar-algo-verdadeiro depende apenas da objetividade dos fatos. Questão 9/10 - Filosofia da Ciência Leia o excerto de texto a seguir: “Percebemos, nesse exemplo, que, mesmo havendo discordância quanto ao acesso ao conhecimento, o conhecimento em si parece ser matéria da filosofia” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 22. De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos abordados no livro-texto Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a filosofia, assinale a afirmativa correta: Nota: 10.0 A Na filosofia é frequente existirem correntes filosóficas conflitantes, no entanto, não há razão suficientes para se adotar absolutamente uma ao invés de outra. Você acertou! “A filosofia é por vezes entendida como uma atividade arbitrária, ou seja, um campo do saber em que “tudo vale”. Se levássemos a sério essa afirmação, então imperaria na filosofia a falta de consenso, mas não é isso que acontece em todos os casos. Não é que não existam discordâncias na filosofia; elas ocorrem e nós as percebemos rapidamente, tão logo nos colocamos a estudá-la. [...] Apesar de serem conflitantes [o racionalismo e o empirismo], ambas coexistem na [história da] filosofia e ainda não há razões suficientes para se adotar absolutamente uma em detrimento da outra” (livro-base, p.22). B A filosofia é sempre uma atividade arbitrária. C Na filosofia impera a falta de consenso. D Na filosofia não existem discordâncias. E Há razões suficientes para se adotar na filosofia uma teoria ao invés de outra. Questão 10/10 - Filosofia da Ciência Leia o fragmento de texto a seguir: “Para Kant (1999, p. 487), “considerar-algo-verdadeiro [...] é um evento em nosso entendimento que, embora podendo repousar sobre fundamentos objetivos, também exige causas subjetivas na mente daquele que julga””. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Luiz. Felipe. Sigwalt de. Introdução Histórica à Filosofia das Ciências. Curitiba: InterSaberes, 2016. p. 48. De acordo com o fragmento de texto e com os conteúdos do livro-base Introdução histórica à filosofia das ciências sobre a concepção de senso no que tange o ato de julgar segundo a teoria dos juízos de Kant, assinale a afirmativa correta: Nota: 10.0 A Senso, de modo geral, é o mesmo que a faculdade do juízo. B Uma concepção simples do juízo é o mero ato de decidirentre o certo e o errado. C Segundo Kant, o juízo sintético é uma proposição em que o predicado acrescenta algo à compreensão do sujeito. Você acertou! “Para avaliarmos com maior detalhe os conceitos que envolvem o senso comum, é importante que nos dediquemos um pouco à tarefa de examinar o que vem a ser um senso. No dicionário de filosofia de Nicola Abbagnano, encontramos o seguinte significado para o verbete senso: ‘Capacidade de julgar em geral’ [...]. Ora, julgar é uma ação de nosso juízo. Existe uma vasta bibliografia acerca de juízo na filosofia. Fiquemos com duas concepções, uma mais simples, outra um pouco mais elaborada. A mais simples confere ao termo juízo o seguinte significado: ato de decidir (julgar) sobre algo (mera ação do juízo, ou seja, julgar). A outra concepção, a qual desejo explanar um pouco, é mais complexa e foi elaborada por Immanuel Kant em sua famosa obra ‘Crítica da razão pura ‘(1781). Para abordarmos essa concepção, usaremos por ora apenas o conceito kantiano de juízo sintético. O juízo sintético ocorre quando, dada uma proposição (enunciado do tipo ‘sujeito verbo predicado’, que pode ser declarado verdadeiro ou falso), o seu predicado acrescenta algo à compreensão do sujeito. No exemplo kantiano ‘os corpos são pesados’, ‘pesados’ (predicado) é acrescentado ao conceito de ‘corpo’ (sujeito). Esse acréscimo em específico ocorre somente com recurso à experiência. Kant divide juízos sintéticos em a priori e a posteriori. Os juízos sintéticos a posteriori, tal como o exemplo dos ‘corpos pesados’ que acabamos de ver, são simplesmente derivados da experiência e, para Kant, são contingentes e não universais. Os juízos sintéticos a priori, por outro lado, são necessários, universais, independentes da experiência e ampliam nosso conhecimento [...]. Kant dedica a Crítica da razão pura para explicar a como são possíveis de juízos sintéticos a priori. Essa passagem por Kant nos auxilia pelo menos a assimilar que possuímos modos de julgar e que o juízo das questões acerca dos fatos pode ser a posteriori (contingentes e não universais) ou a priori (necessários e universais). Mas, independentemente do tipo de juízo sintético, ambos ampliam nosso conhecimento” (livro-base, p. 46-48). D Kant assevera que juízos sintéticos a posteriori são necessários, universais e independentes da experiência. E Para Kant, somente juízos sintéticos a priori são capazes de ampliar o nosso conhecimento.