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QUESTOES COMENTADAS - Leis Penais 4

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 QUESTÕES – LEIS PENAIS ESPECIAIS 4 
 
1- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Ao contrário do que ocorria com a Lei n. 7.170/83, criticada por conter conceito vago de atos 
terroristas, a Lei Antiterror atual (Lei n. 13.260/2016) descreve de forma detalhada as condutas 
típicas, bem como esclarece o elemento subjetivo específico dos agentes para que haja o 
enquadramento na infração penal de terrorismo. 
II – A configuração do crime de terrorismo pressupõe intenção específica por parte dos agentes, 
elencada no caput do art. 2º, exigindo que o agente, aja por razões de xenofobia, discriminação 
ou preconceito de raça, cor, etnia e religião ou com a finalidade de provocar terror social ou 
generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. 
III – O crime de terrorismo é crime formal, consumando-se no momento em que realizada a 
conduta típica, ainda que o agente não consiga provocar terror social ou generalizado, expondo 
a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: C 
I – CORRETA - Ao contrário do que ocorria com a Lei n. 7.170/83, criticada por conter conceito vago 
de atos terroristas, a Lei atual descreve de forma detalhada as condutas típicas, bem como 
esclarece o elemento subjetivo específico dos agentes para que haja o enquadramento nessa 
infração penal. O texto legal, concomitantemente, enumera hipóteses em que resta afastado o 
enquadramento como ato de terrorismo. 
As condutas típicas estão elencadas no § 1º do art. 2º da Lei n. 13.260/2016, assim redigido: 
Art. 2º, § 1º São atos de terrorismo: 
I — usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases 
tóxicos, venenos, 
 
conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou 
promover destruição em 
massa; (...) 
IV — sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou 
servindo-se de mecanismos 
cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de 
comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, 
hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde 
funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia, 
instalações militares, instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás e 
instituições bancárias e sua rede de atendimento; 
V — atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa. 
II – INCORRETA - A configuração do crime de terrorismo pressupõe intenção específica por parte 
dos agentes, elencada no caput do art. 2º: “O terrorismo consiste na prática por um ou mais 
indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito 
de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou 
generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”. 
O dispositivo, em verdade, exige dupla motivação: 
a) agir por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião; e 
b) finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz 
pública ou a incolumidade pública. 
III – CORRETA – CONSUMAÇÃO. No momento em que realizada a conduta típica, ainda que o 
agente não consiga provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a 
paz pública ou a incolumidade pública. Trata-se de crime formal. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 184/186 
 
2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A Lei Antiterror estabelece que quem realiza atos preparatórios de terrorismo com o 
propósito inequívoco de consumar tal delito incorre na pena do delito consumado, diminuída de 
um quarto até a metade. 
II – O ato preparatório a que A Lei Antiterror se refere não pode ser a formação de uma 
organização terrorista porque, se for, estará tipificado crime autônomo, previsto no art. 3º da 
Lei. 
III – Quem integra organização terrorista e vem efetivamente a cometer ato terrorista responde 
apenas pelo crime de terrorismo, com a pena aumentada em 1/6. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA - A tentativa é possível em algumas hipóteses, desde que o agente inicie a execução 
do ato terrorista, mas não consiga concluir a conduta típica. Em tal hipótese deve ser aplicada a 
regra do art. 14, parágrafo único, do CP, que prevê redução da pena de um terço até dois terços. 
De ver-se, por sua vez, que, no art. 5º da Lei Antiterror, o legislador estabeleceu que quem realiza 
atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito incorre na 
pena do delito consumado, diminuída de um quarto até a metade. Tal redução de pena é menor do 
que aquela prevista no Código Penal para o crime tentado, embora, nesta última hipótese 
(tentativa), o agente já tenha percorrido parte maior do iter criminis. Parece-nos, pois, que, como 
esse dispositivo (art. 5º) permite a punição de atos preparatórios, a redução deve ser aquela 
prevista no Código Penal (diminuição de um a dois terços) — em atenção ao princípio da 
proporcionalidade. 
II – CORRETA - O ato preparatório a que o dispositivo se refere não pode ser a formação de uma 
organização terrorista porque, se for, estará tipificado crime autônomo, previsto no art. 3º da Lei. 
III – INCORRETA - Quem integra organização terrorista e vem efetivamente a cometer ato 
terrorista responde pelos dois crimes em concurso material. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 186/187. 
 
3- Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A lei 13.260/2016 regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal, 
disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e reformulando o 
conceito de organização terrorista. 
b) Usar ou ameaçar usar gases tóxicos capazes de causar danos ou promover destruição em massa 
por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando 
cometido com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, 
patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública é considerado crime de terrorismo. 
c) Pratica crime de terrorismo o agente que sabota o funcionamento ou apodera-se, com 
violência, grave ameaça a pessoa ou serve-se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou 
parcial, ainda que de modo temporário, de meio de comunicação ou de transporte, de portos, 
aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios 
esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações 
de geração ou transmissão de energia, instalações militares, instalações de exploração, refino e 
processamento de petróleo e gás e instituições bancárias e sua rede de atendimento; 
d) Constitui crime, previsto na Lei Antiterror, receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em 
depósito, solicitar, investir, de qualquer modo, direta ou indiretamente, recursos, ativos, bens, 
direitos, valores ou serviços de qualquer natureza, para o planejamento, a preparação ou a 
execução dos crimes de crime terrorismo. 
e) Para todos osefeitos legais, considera-se que os crimes previstos na lei antiterror são 
praticados contra o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em sede 
de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos do inciso 
IV do art. 109 da Constituição Federal. 
 
 
Gabarito: C 
a) Art. 1º, 13.260/2016. Esta Lei regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5o da Constituição 
Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e 
reformulando o conceito de organização terrorista. 
b) Art. 2º, 13.260/2016. O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos 
previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e 
religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a 
perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. 
§ 1o São atos de terrorismo: 
I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, 
venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou 
promover destruição em massa; 
c) Art. 2º, 13.260/2016. O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos 
previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e 
religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a 
perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. 
§ 1o São atos de terrorismo: 
IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-
se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de 
meio de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou 
rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais 
onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia, 
instalações militares, instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás e 
instituições bancárias e sua rede de atendimento; 
OBS. Em que pese a alternativa descrever um ato de terrorismo, para que se configure crime de 
terrorismo é necessário intenção específica por parte dos agentes, elencada no caput do art. 2º: 
“O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por 
razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando 
cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, 
patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”. 
d) Art. 6º, 13.260/2016. Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em depósito, solicitar, 
investir, de qualquer modo, direta ou indiretamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores ou 
serviços de qualquer natureza, para o planejamento, a preparação ou a execução dos crimes 
previstos nesta Lei: 
Pena - reclusão, de quinze a trinta anos. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem oferecer ou receber, obtiver, guardar, mantiver 
em depósito, solicitar, investir ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de ativo, bem ou 
recurso financeiro, com a finalidade de financiar, total ou parcialmente, pessoa, grupo de pessoas, 
associação, entidade, organização criminosa que tenha como atividade principal ou secundária, 
mesmo em caráter eventual, a prática dos crimes previstos nesta Lei. 
e) Art. 11, 13.260/2016. Para todos os efeitos legais, considera-se que os crimes previstos nesta 
Lei são praticados contra o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, 
em sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos 
do inciso IV do art. 109 da Constituição Federal. 
 
 
4- Com relação ao crime de terrorismo, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Trata-se de crime comum. 
b) Os sujeitos passivo são o Estado e a coletividade. 
c) Admite tentativa. 
d) É crime material. 
e) Possui pena de reclusão, de doze a trinta anos. 
 
Gabarito: D 
SUJEITO ATIVO 
Pode ser qualquer pessoa. Trata-se de crime comum. 
 SUJEITOS PASSIVOS 
O Estado e a coletividade. 
CONSUMAÇÃO 
No momento em que realizada a conduta típica, ainda que o agente não consiga provocar terror 
social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade 
pública. Trata-se de crime formal. 
TENTATIVA E ATOS PREPARATÓRIOS DE TERRORISMO 
A tentativa é possível em algumas hipóteses, desde que o agente inicie a execução do ato 
terrorista, mas não consiga concluir a conduta típica. 
(...) 
A pena prevista para o crime de terrorismo é de reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções 
correspondentes à ameaça ou à violência. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 186/187. 
 
5- Assinale a alternativa INCORRETA com relação aos tipos penais previstos na Lei Antiterror (Lei 
13.260/16) 
a) Admitem a prisão temporária. 
b) São crimes que admitem indulto. 
c) São crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia. 
d) Admitem prisão preventiva. 
e) A ação penal será sempre pública incondicionada. 
 
Gabarito: B 
 
a) Foi também inserida regra no art. 1º, III, “p”, da Lei n. 7.960/86, permitindo a prisão temporária 
para os envolvidos em crime de terrorismo quando tal providência for imprescindível para as 
investigações durante o inquérito policial. 
b) Por sua vez, o art. 2º, caput, da Lei n. 8.072/90 proibiu também o indulto em relação ao 
terrorismo, e o seu § 1º estabeleceu a necessidade do regime inicial fechado aos condenados por 
tal crime — dispositivo que, todavia, foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal 
no julgamento do HC 111.840/MS (v. comentários ao art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90). O art. 17 da 
Lei n. 13.260/2016 reafirma a incidência da Lei n. 8.072/90 aos crimes de terrorismo 
c) O art. 5º, XLIII, da Constituição Federal dispõe que “a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os 
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”. 
d) A prisão preventiva, por sua vez, será possível sempre que presentes os requisitos legais, nos 
termos do art. 312 do Código de Processo Penal. 
e) A ação penal é pública incondicionada, devendo ser promovida pelo Ministério Público Federal. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 
 
6- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A existência de legislação específica para a defesa do consumidor e das relações de consumo 
encontra amparo na Constituição Federal, cujo art. 5º, XXXII, dispõe que “O Estado promoverá, 
na forma da lei, a defesa do consumidor”. 
II – Os delitos contra o consumidor descritos na Lei n. 8.078/90 podem ser considerados crimes 
contra a economia popular, de modo que a responsabilização criminal de pessoa jurídica por 
crime contra o consumidor é possível. 
III – Em todos os crimes do Código de Defesa do Consumidor, o que se tutela, em primeiro 
plano, são as relações de consumo. Mesmo nos delitos em que o sujeito passivo pode ser 
individualizado, a finalidade do dispositivo é a proteção dos consumidores de modo global. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: C 
I –CORRETA – Os crimes contra o consumidor estão descritos no Código de Defesa do Consumidor(Lei n. 8.078/90). Em seus arts. 63 a 74, estão elencados os tipos penais, enquanto nos dispositivos 
seguintes constam regras genéricas de caráter penal e processual penal (arts. 75 a 80). 
A existência de legislação específica para a defesa do consumidor e das relações de consumo 
encontra amparo na Constituição Federal, cujo art. 5º, XXXII, dispõe que “O Estado promoverá, na 
forma da lei, a defesa do consumidor”. 
 
II – INCORRETA - Os delitos contra o consumidor descritos na Lei n. 8.078/90 não podem ser 
considerados crimes contra a economia popular, de modo que a responsabilização criminal de 
pessoa jurídica por crime contra o consumidor não é possível. Ademais, a Lei n. 8.078/90 não 
previu a responsabilidade penal da pessoa jurídica. Assim, mesmo sendo o fornecedor ou 
prestador de serviço uma empresa, a punição só pode recair sobre seus proprietários ou, 
dependendo do caso, em algum funcionário. 
III - CORRETA - Em todos os crimes do Código de Defesa do Consumidor, o que se tutela, em 
primeiro plano, são as relações de consumo. Em alguns casos, como no crime de propaganda 
enganosa (art. 66), a infração penal atinge a universalidade dos consumidores, ao passo que, em 
outros, como no delito de utilização de peça de reposição usada (art. 70), é afetado apenas o 
consumidor proprietário do bem. De qualquer modo, mesmo nos delitos em que o sujeito passivo 
pode ser individualizado, a finalidade do dispositivo é a proteção dos consumidores de modo 
global (todo e qualquer consumidor pode, no exemplo acima, necessitar da troca de peças e ser 
vítima de fornecedores desonestos). 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 419/421. 
 
7- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O crime de omissão de dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de 
produtos ou serviços é um delito omissivo próprio, não sendo admitida a tentativa. 
II – Quando representantes da empresa fornecedora de um determinado produto tomam 
conhecimento acerca da nocividade ou periculosidade de seu produto — após o seu lançamento 
— e se omitem do dever de informar os consumidores e as autoridades praticam crime previsto 
no CDC. 
III – Em princípio, quem contraria determinação de autoridade competente incorre no crime de 
desobediência do art. 330 do Código Penal, contudo, o Código de Defesa do Consumidor previu 
infração penal mais grave para o fornecedor que, ao desobedecer a determinação da 
autoridade, realiza serviço de alto grau de periculosidade, assim entendido aquele que expõe a 
vida e a saúde do consumidor a risco iminente e grave. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA – Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de 
produtos, nas embalagens, nos 
invólucros, recipientes ou publicidade: 
Pena — detenção de seis meses a dois anos e multa. 
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas 
ostensivas, sobre a 
 
periculosidade do serviço a ser prestado. 
§ 2º Se o crime é culposo: 
Pena — detenção de um a seis meses ou multa. 
Tentativa. Inviável por se tratar de delito omissivo próprio. 
II – CORRETA - Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a 
nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação no 
mercado: 
Pena — detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de retirar do mercado, imediatamente 
quando determinado pela autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na forma 
deste artigo. 
Assim, o crime em estudo ocorre quando representantes da empresa fornecedora tomam 
conhecimento acerca da nocividade ou periculosidade de seu produto — após o seu lançamento — 
e se omitem do dever de informar os consumidores e as autoridades. 
III – CORRETA - Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, contrariando 
determinação de autoridade competente: 
Pena — detenção de seis meses a dois anos, e multa. 
Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão 
corporal e à morte. 
Em princípio, quem contraria determinação de autoridade competente incorre no crime de 
desobediência do art. 330 do Código Penal. O Código de Defesa do Consumidor, contudo, previu 
infração penal mais grave para o fornecedor que, ao desobedecer a determinação da autoridade, 
realiza serviço de alto grau de periculosidade, assim entendido aquele que expõe a vida e a saúde 
do consumidor a risco iminente e grave. Pode ser mencionado como exemplo o serviço prestado 
em brinquedos de parques de diversões de forma contrária à determinação das autoridades. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 422/426. 
 
8- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O vendedor ou o dono de estabelecimento comercial que, a fim de concretizar algum 
negócio, faça afirmação falsa sobre o produto ou omita qualquer das informações relevantes 
sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, 
preço ou garantia não pratica fato típico penal, mas apenas uma infração civil. 
II – Aquele que veicula campanha publicitária com testemunhos falsos, com informações 
científicas inverídicas, baseada em exposição fundada em pesquisa inexistente ou falsa, com 
informações inverídicas a respeito das características ou das condições de pagamento do 
produto ou serviço pratica o crime de publicidade enganosa. 
III – Trata-se de crime, previsto no Código de Defesa do Consumidor, veicular propaganda 
incentivando ao consumo excessivo de álcool. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: D 
I – INCORRETA - Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre 
a natureza, característica, qualidade, 
quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: 
Pena — detenção de três meses a um ano e multa. 
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. 
§ 2º Se o crime é culposo: 
Pena — detenção de um a seis meses ou multa. 
II – CORRETA - Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber enganosa ou 
abusiva: 
Pena — detenção de três meses a um ano e multa. 
Assim, pode cometer o crime, por exemplo, quem veicular campanha publicitária com testemunhos 
falsos, com informações científicas inverídicas, baseada em exposição fundada em pesquisa 
inexistente ou falsa, com informações inverídicas a respeito das características ou das condições de 
pagamento do produto ou serviço etc. 
III – CORRETA - Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de 
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: 
Pena — detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
O art. 37, § 2º, da Lei n. 8.078/90 expressamente declara abusiva a publicidade que seja capaz de 
induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
Incorrerá no crime, por exemplo, quem fizer ou promover publicidade que contenha sugestão de 
utilização de veículo de modo a colocar em risco a segurança do usuário ou de terceiros (excesso 
de velocidade, ultrapassagens em locais não permitidos, desrespeito à sinalização ou aos 
pedestres, não utilização do cinto de segurança etc.), ou, ainda, quem veicular propaganda 
incentivando ao consumo excessivode álcool etc. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 427/434. 
 
9- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A utilização de ameaça ou coação, para a cobrança de dívida que não envolva relação de 
consumo, configura crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP), que é mais 
brandamente apenado. 
II – Aquele que impede ou, simplesmente, dificulta acesso do consumidor às informações que 
sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros pratica o delito de criação de 
óbice ao consumidor acerca de suas informações cadastrais, previsto no CDC. 
 
III – Se o consumidor procura empresa de assistência técnica de produto e o empresário troca a 
peça quebrada por outra de segunda mão, sendo o consumidor induzido a erro, pagando o 
preço de uma peça nova, restará configurado o crime de emprego de peças ou componentes de 
reposição usados sem o consentimento do consumidor, previsro no CDC. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA - Premissa do delito em questão é que o agente cobre abusivamente uma dívida. A 
cobrança a que a lei se refere é aquela feita diretamente ao consumidor, e não a cobrança feita em 
juízo. O abuso pode decorrer de diversas condutas expressamente elencadas no texto legal: 
a) Ameaça: o agente, de forma escrita, verbal, por gestos ou por meio simbólico, promete mal 
injusto e grave ao consumidor ou terceiro, a fim de obrigá-lo a pagar a dívida. 
b) Coação: a lei se refere aqui a agressões físicas. 
A utilização de ameaça ou coação, para a cobrança de dívida que não envolva relação de 
consumo, configura crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP), que é mais 
brandamente apenado. 
II – CORRETA – Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele 
constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros: 
Pena — detenção de seis meses a um ano ou multa. 
De acordo com o art. 43, caput, da Lei n. 8.078/90, o consumidor terá acesso às informações 
existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, 
bem como sobre as suas respectivas fontes. Por isso, quem impede ou, simplesmente, dificulta o 
acesso a tais informações está incurso no delito em análise. É que, se o consumidor não consegue 
saber, por exemplo, por qual razão seu nome foi inscrito em entidade de proteção ao crédito, não 
terá como verificar se as informações são ou não verídicas. 
III – INCORRETA - A conduta típica é bastante simples, já que consiste em utilizar, na reparação de 
produtos (aparelhos elétricos, eletrônicos, veículos etc.), peças ou componentes de reposição 
usados, sem a autorização do consumidor. A toda evidência, a autorização deste torna o fato 
atípico. A autorização pode ser expressa (por escrito ou verbal) ou tácita (ex.: consumidor que 
procura loja que só trabalha com peças recondicionadas). 
(...) 
Se o consumidor procura empresa de assistência técnica de produto que se encontra em garantia, 
e o empresário troca a peça quebrada por outra de segunda mão, sem a autorização do 
consumidor, responde pelo crime em estudo. Se, todavia, o consumidor for induzido em erro e 
pagar o preço de uma peça nova, sendo empregada peça usada, estará configurado crime mais 
grave de fraude no comércio (art. 175, II, do CP), consistente em entregar uma mercadoria por 
outra. O mesmo ocorre se a peça utilizada na reposição é nova, mas não original (de outra marca, 
por exemplo), e o fornecedor vende como se fosse original. 
 
Se o fornecedor engana o cliente, cobrando por troca de peça que não realizou, configura-se o 
crime de estelionato. 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 437/441. 
 
10- João, comerciante de veículos, após adquirir um veículo sinistrado em leilão e consertá-lo, 
promove publicidade no jornal para sua venda, fazendo constar que o carro teve único dono. Em 
tese, qual o delito praticado por João? 
a) Fraude no comércio (art. 175, II, do CP). 
b) Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria (artigo 171, §2º, II, CP). 
c) Propaganda enganosa (Art. 66, CDC). 
d) Publicidade enganosa (Art. 67, CDC). 
e) Publicidade capaz de provocar comportamento perigoso (Art. 68, CDC). 
 
Gabarito: C 
A propósito da configuração do delito do art. 66 por parte de comerciante de veículos: “Crime 
contra as relações de consumo — Agente que, após adquirir veículo sinistrado em leilão e 
consertá-lo, promove publicidade no jornal para sua venda, fazendo constar que o carro teve único 
dono — Caracterização” (Tacrim-SP, Rel. Eduardo Goulart, RJDJTacrim 24/77). 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial esquematizado. Victor Eduardo Rios 
Gonçalves e José Paulo Baltazar Junior. – 3. ed. – São Paulo: Saraiva, 2017, p. 429.

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