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Taxa até dois euros para 
os turistas do rio Douro
Governo concorda que municípios cobrem 
por passageiros de cruzeiros e navios-hotel
Jerónimo Martins, 
Sonae e Mota-Engil 
lideram ranking da 
desigualdade P. 13
Porto 
Rui Moreira 
favorável à 
Iberia no lugar 
da TAP P. 8
Salários 
Gestores 
das maiores 
empresas 
ganham 
32 vezes mais 
do que os 
trabalhadores
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Fundado em 1888
jn.pt Diário. Ano 134. N.º 360. Preço: 1,90€ Sexta-feira 27.5.2022 Diretor-Geral Editorial Domingos de Andrade / Diretora Inês Cardoso / Diretores-adjuntos Manuel Molinos, Pedro Ivo Carvalho, Rafael Barbosa e Vítor Santos / Diretor de Arte Pedro Pimentel
HOJE GRÁTISHOJE GRÁTIS
NAS BANCAS 
1,90¤*
#374
ROTEIRO NA CAPITAL DO BORREGO. DOS ENCANTOS DA SERRA AO PATRIMÓNIO RELIGIOSO
ROTEIRO NA CAPITAL DO BORREGO
SOUSEL, BERÇO DA CARNE TENRA
ATIVIDADES PARA FAZER COM OS FILHOSNOS PARQUES D
ATIVIDADES PARA FAZER COM OS FILHOSNOS PARQUES D
radicais
FAMÍLIAS
PSD 
Candidatos 
a líder geram 
indiferença na 
maioria P. 6 e 7
Metadados 
Executivo já 
tem proposta 
para contornar 
chumbo P. 14
Quase 40% acham que a guerra 
vai durar mais de um ano 
P. 28 e 29
SONDAGEM DA AXIMAGE PARA JN, DN E TSF
Autarcas argumentam que “aumento brutal” 
de circulação não trouxe benefícios Páginas 4 e 5
 JN North Festival. 
Primeiro dia levou milhares à Alfândega do Porto P. 32 e 33
 aos grandes concertos.
 Rock no regresso.
Jornal de Notícias2 27 de maio de 2022PÁGINA 2
A ABRIR
A banalização 
da morte nas 
redes sociais
POR Manuel Molinos 
Diretor-adjunto
À pergunta de Joe Biden – Quando, em nome 
de Deus, vamos enfrentar o lóbi das armas? – 
devíamos juntar uma outra questão. Quando, 
em nome de todos, vamos deixar de ter mas-
sacres transmitidos em direto ou anúncios de 
carnificinas nas redes sociais? 
Um já era muito. Mas continuam a ser bas-
tantes os casos de horrores que passam pelos 
feeds das redes sem que o famoso algoritmo, 
essa entidade sem rosto e sem fronteiras éti-
cas e legais, os detete e os anule. 
Quatro dias antes do ataque à escola do Texas, 
Salvador Ramos publicou fotografias de es-
pingardas automáticas no Instagram. Identifi-
cou uma rapariga que conhecia apenas das re-
des sociais e perguntou-lhe se ia republicar as 
fotos das armas? Quatro dias antes, repita-se. 
Payton Gendron também teve tempo para 
matar 10 pessoas a tiro num supermercado 
em Buffalo, Nova Iorque, e transmitir a 
chacina no Twitch, serviço de streaming de 
vídeo. Antes, postou um manifesto de 180 
páginas nas redes sociais onde se declarou 
fascista. 
E recuemos a 2019, quando Brenton Tarrant 
esteve 17 minutos em direto no Facebook a 
transmitir o massacre de 51 pessoas em duas 
mesquitas da Nova Zelândia. 
No início do século, a Internet já era regula-
da. Com o passar dos anos, e com o cresci-
mento das contas falsas, do extremismo, do 
negacionismo e do discurso de ódio, a tese ju-
rídica de que as redes sociais não têm de res-
ponder pelo que é publicado foi-se diluindo. 
Agora estamos à espera que a Lei de Serviços 
Digitais seja aprovada pelo Parlamento e 
Conselho Europeu e que haja regulamenta-
ção séria para os gigantes da Internet. Que os 
responsabilize pelos conteúdos que difun-
dem. O Congresso norte-americano também 
espera por novos regulamentos que obri-
guem as redes sociais a serem responsabiliza-
das pelos danos que causam. 
Até lá, as redes sociais vão continuar impu-
nes e a não assumir as responsabilidades pelo 
mau uso das suas ferramentas. E enriquecem, 
mesmo que isso seja sinónimo de transmitir 
a morte em direto. 
der que nunca foi. Os anos que 
Montenegro passou à espera, os 
anos que Montenegro passou 
nos bastidores, as eleições onde 
não foi e poderia, as eleições 
onde não deveria ter ido mas foi, 
entre vitórias que nunca foram 
apenas suas e derrotas sempre ou 
quase pessoais, farão deste mo-
mento um acto insólito e algo 
inóspito de glória. Os militantes 
deverão eleger Luís Montenegro 
num contexto de liderança no 
deserto, sem perspectiva de po-
der, coincidente com quatro 
anos de maioria absoluta do PS e 
uma bancada parlamentar her-
dada de Rui Rio, cenários de re-
toma económica pós-covid e 
execução distributiva do PRR. 
Um fardo pesado e desanimador 
para as hostes laranja e que, cer-
tamente, hipoteca grandes exal-
tações triunfantes. Mas nin-
guém duvida do regresso do PSD 
à política, quando encontramos 
o providencial homem certo no 
seu momento. Montenegro é 
aquele que nunca se cansou de 
esperar. 
A meio da semana e se fosse es-
crita para vender, a expressão 
ganharia contornos de “best-
-seller” enquanto delata desejos. 
Tantas vezes, para nada se fazer. 
“Nunca mais é sábado”, diz-se 
habitualmente por aqueles que 
não aguentam esperar pelo fim 
de semana ou antecipam a jor-
nada de 4 dias de trabalho como 
uma inevitabilidade que o futu-
ro trará. Ou por aqueles que tan-
to esperaram para uma mudan-
ça de líder no PSD. Amanhã, de-
pois da febre de sexta-feira à noi-
te de hoje onde se tentarão con-
tar os derradeiros grãos de apoio, 
o PSD irá a votos para uma elei-
ção directa que escolhe entre 
dois candidatos que mostraram 
tão pouco de si durante a campa-
nha que a imagem que deles re-
temos é a de um passado que an-
tecipa um longo rio tranquilo 
para os próximos anos do gover-
no de António Costa. 
A previsível vitória de Luís 
Montenegro fará com que o par-
tido ajuste contas com a sua mais 
notável sombra, o candidato a lí-
Se o apelo estratégico de Fran-
cisco Balsemão não surtiu efeito, 
em que se baseiam as bases do 
PSD? Numa campanha eleitoral 
onde não se ouviu uma única 
troca de ideias, não se viu um 
único debate, não se acrescentou 
uma qualquer ideia ao país, os 
dois candidatos anularam o seu 
presente sem apresentarem uma 
centelha de futuro. Tudo o que 
deles sobra é passado. Nem o 
apoio do fundador do partido a 
Jorge Moreira da Silva bateu na 
consciência e repercutiu na mi-
litância. Um enorme vazio, este, 
o que coroa a fulanização da po-
lítica. Um grande deserto que de-
verá entregar pontos de bandeja 
à direita do PSD, com a qual – de 
resto – Montenegro já admitiu 
entendimentos sem exclusões 
ou cordões sanitários. A autofa-
gia. O país continuará órfão de 
ideias do PSD, enquanto este 
aluga o seu espaço político a 
quem se alimenta com a dema-
gogia, a troco de promessas de 
um poder irrealista. 
O AUTOR ESCREVE SEGUNDO A ANTIGA ORTOGRAFIA 
Mais um sábado no PSD CIMENTO LÍQUIDO
POR
Miguel Guedes 
Músico e jurista
NUVEM DE 
PALAVRAS
ATIRADOR MATA 19 CRIANÇAS 
E DUAS PROFESSORAS EM 
ESCOLA DOS EUA E É MORTO
O crime hediondo de 
Salvador Ramos vol-
tou a colocar na 
agenda política dos 
Estados Unidos uma 
maior regulação so-
bre o acesso às ar-
mas e maior prote-
ção para as pessoas
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 3
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Jornal de Notícias4 PRIMEIRO PLANO 27 de maio de 2022
PR
IM
EI
RO
 P
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N
O Governo admite 
criar taxa sobre 
operadores de 
barcos turísticos
PODER LOCAL Os operadores de 
barcos turísticos que exploram as 
vias fluviais, como os cruzeiros e 
os navios-hotel do rio Douro, po-
dem ter de pagar uma taxa aos mu-
nicípios ribeirinhos. Essa cobran-
ça é reivindicada pelos autarcas, 
em particular dos territórios ba-
nhados pelo Douro, e tem a con-
cordância do Governo. As empre-
sas remetem-se ao silêncio. Já a 
Administração dos Portos do Dou-
ro, Leixões e Viana do Castelo 
(APDL) concorda com a medida, 
embora defenda a consignação da 
receita a uma entidade regional e 
não aos municípios. 
Carlos Miguel, secretário de Es-
tado da Administração Local e Or-
denamento do Território, reco-
nhece a legitimidade da reivindi-
cação dos autarcas e admite taxar 
os operadores, no âmbito da des-
centralização de competências no 
domínio do transporte em vias na-
vegáveis interiores. “Esta descen-
tralização de competências, sen-
do trabalhada, nomeadamente 
com a APA [Agência Portuguesa do 
Ambiente], pode, devee merece 
dar receita aos municípios. Isto é, 
se há um canal navegável e se há 
empresas que o exploram e, por 
sua vez, há as despesas dos muni-
cípios com a limpeza das margens 
terá de haver uma taxação feita a 
essas mesmas empresas”, susten-
tou Carlos Miguel ao JN. 
NADA RECEBEM COM TRÁFEGO 
Estuda-se, então, a aplicação de 
uma taxa de um ou dois euros por 
cada passageiro que usufrua turis-
ticamente da via navegável. 
Atualmente, argumentam os au-
tarcas do Douro, no final de cada 
Receita sobre cruzeiros e navios-hotel reverteria para os municípios. 
Autarcas do Douro queixam-se de despesa sem qualquer rendimento 
viagem, os passageiros dos cruzei-
ros e dos navios-hotel nada dei-
xam nos concelhos por onde nave-
gam, a não ser a pegada turística. 
A matéria foi discutida, recente-
mente, na Associação Nacional de 
Municípios Portugueses. A inicia-
tiva partiu de Manuel Cordeiro, 
presidente da Câmara de São João 
da Pesqueira. O autarca crê que a 
cobrança de uma taxa não afasta-
rá os turistas nem prejudicará os 
ganhos das empresas. “Quem tra-
ta da paisagem que é visitada não 
Turismo de luxo dos navios-hotel 
navega ao largo 
da economia local
Navios do 
Douro não 
são boias de 
salvação 
para o 
comércio 
REPORTAGEM
António Orlando 
sociedade@jn.pt 
é ressarcido”, ao contrário “do que 
acontece com a APDL e a EDP que 
recebem pelo tráfego fluvial e nós 
nada recebemos”, afirma, apon-
tando para o “aumento brutal da 
circulação” de embarcações, que, 
apesar de ser bem-vindo, “traz 
muito pouco ao território”. 
QUATRO NAVIOS NOVOS NA LIXA 
“Mais do que uma taxa turística”, 
considera o presidente da Câmara 
de Baião, “esta deve ser entendida 
como uma taxa ambiental”, cuja 
receita seria dividida pelos muni-
cípios “para a implementação de 
projetos ambientais de mitigação 
dos impactos decorrentes do turis-
mo fluvial”. Paulo Pereira adverte 
que a circulação crescente de bar-
cos provoca a erosão das margens 
e aumenta a produção de lixo, de-
positado nos ancoradouros. 
Para que os concelhos não fi-
quem a ver navios, o autarca de-
fende um maior diálogo entre ope-
radores e câmaras na definição de 
“rotas”, assentes numa programa-
ção dos diversos ativos turísticos e 
não apenas no Douro Vinhateiro. 
Também Marco Martins, presi-
dente da Câmara de Gondomar, vê 
a taxação com bons olhos, porém 
“tem de ser estudada”. Há, no en-
tanto, boas notícias para o conce-
lho. Com a entrada em funciona-
mento do Cais da Lixa, junto à Bar-
ragem de Crestuma/Lever, Gon-
domar terá quatro navios ali sedia-
dos, com partidas e chegadas nas 
subidas e descidas do rio. “Desta 
forma, passará a ter um serviço co-
mercial com retorno financeiro e 
mais-valias que, no mínimo, atin-
girão os 2,6 milhões de euros”, ex-
plica o autarca socialista. 
Dos operadores turísticos há ape-
nas silêncio. Nenhuma das empre-
sas contactadas respondeu ao JN.�
A ANMP estudou três ce-
nários. Se a vontade for 
taxar os operadores tu-
rísticos que navegam nos 
rios, então essa taxa de 
navegabilidade terá de 
ser criada pelo Estado, 
revertendo para as câma-
ras. Nessa análise, a asso-
ciação refere que poderá 
equacionar-se uma pro-
posta ao Governo nesse 
sentido. Outro caminho 
é, no âmbito da descen-
tralização, regulamentar 
a atividade e instituir 
uma taxa pela “ocupação 
do domínio público re-
sultante da atracagem e 
tomada e largada de pas-
sageiros”. Por lei, as câ-
maras também podem 
criar taxas, mas dificil-
mente vingaria.
Navegabilidade 
taxada? Só se for 
Estado a criar
ANÁLISE
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 PRIMEIRO PLANO 5
IMPACTO Se a pena de Carlos 
Tê faz a “escarpa brotar vi-
nho”, pela voz de Rui Velo-
so em Sayago Blues, os mi-
lhares de turistas que nave-
gam “rio abaixo e rio aci-
ma”, no Douro, “só fazem 
crescer os dividendos de 
quem os transporta”. Os 
poucos comerciantes que 
estão de portas abertas jun-
to ao rio falam em falácia 
quando se referem a provei-
tos retirados pelo aumento 
de turismo fluvial. Tal como 
os autarcas, estes comer-
ciantes queixam-se que 
pouco ou nada recebem pela 
passagem massiva de turis-
tas no rio. 
O Douro Elegance, um 
barco-hotel de primeira 
classe, acabara de atracar no 
cais de Entre-os-Rios. Os 
turistas saíram, ordenados, 
em direção ao autocarro 
para os levar para a Quinta 
da Aveleda, cerca de 16 qui-
lómetros acima, na cidade 
de Penafiel. Também hou-
ve quem ficasse no navio, 
mas dali não consta que ti-
vessem saído, nem que fos-
se para tomarem um café 
na esplanada de Rui Branco. 
“Quem costuma vir aqui 
são as tripulações, já noite 
dentro, aí pelas 11 horas. 
Comem uns preguinhos e 
bebem umas cervejas. Os 
turistas, não”, garante o 
concessionário da esplana-
da do Cais. 
“GANHAMOS POLUIÇÃO” 
Do outro lado do rio Tâme-
ga (o Cais de Entre-os-Rios 
situa-se na foz do Tâmega), 
já no Marco de Canaveses, o 
dono do restaurante Ponte 
de Pedra tem as portas aber-
tas vai agora fazer 20 anos, 
mas diz que “mal estaria se 
dependesse dos turistas dos 
navios”. O que ganhamos é 
poluição. Durante a noite, o 
barulho dos geradores é 
muito perturbador”, de-
núncia Antero Sequeira. 
A alguns quilómetros a ju-
sante, em Bitetos, ainda no 
Marco de Canaveses, Diogo 
Alves, no Cais B, tem a vitri-
na carregada de garrafas de 
vinho, de todas as zonas vi-
nícolas do país, com natural 
predominância, claro está, 
para o Douro. “Agora ven-
de-se pouco”, revela. Ali, 
em Bitetos, a culpa até nem 
pode ser assacada aos turis-
tas dos navios, porque “este 
ano eles só passam ao largo, 
por causa das obras no cais”, 
que a Câmara do Marco está 
a realizar “num projeto am-
bicioso” para tornar a prin-
cipal porta de entrada no 
concelho pela via fluvial. 
“Noutros anos, o cais esta-
va sempre com pelo menos 
um navio-hotel atracado, 
mas turistas só saíam para o 
autocarro que os levava 
para o almoço no Convento 
de Alpendorada e depois 
voltavam para o navio e 
iam-se embora”, atalha An-
tónio Palhiço, morador na 
localidade. 
O comércio ribeirinho, 
como se percebe, vive ape-
nas da restauração. A espa-
ços vão sendo tentados ou-
tros negócios, mas morrem 
à nascença. �
António Orlando 
sociedade@jn.pt 
Quem mantém portas 
abertas junto ao rio diz 
não retirar proveitos 
do turismo fluvial 
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Antero Sequeira 
Restaurante Ponte de Pedra
“Os turistas adquirem 
às operadoras os paco-
tes de passeio, ficando 
as localidades ribei-
rinhas a ver navios”
Rui Branco 
Esplanada do Cais
“Agora ainda vão de 
autocarro para locais 
privilegiados. Há 
alguns anos, chegavam 
e nem do navio saíam”
Mais de 1,6 milhões de pessoas fizeram turismo 
no Douro em 2019. Destas, 350 mil subiram o rio
António Orlando 
sociedade@jn.pt 
RETOMA Mais de 1,6 mi-
lhões de pessoas fizeram tu-
rismo no rio Douro em 
2019, antes da pandemia 
chegar. Destas, 350 mil su-
biram ao Douro Vinhateiro 
a partir das margens do Por-
to e de Gaia. As restantes (a 
esmagadora maioria) que-
dou-se pelos percursos flu-
viais entre as pontes, man-
tendo o olhar na Invicta. 
“Foi um ano de recordes”, 
considera a Administração 
dos Portos do Douro, Lei-
xões e Viana do Castelo 
(APDL). A marca ainda não 
tem paralelo, até porque a 
pandemia de covid-19 che-
gou a proibir a navegabilida-
de. Atualmente, segundo 
dados da APDL, está a assis-
tir-se a uma retoma acima 
do esperado e que poderá 
trazer “números muito in-
teressantes”, se não houver 
contratempos de maior, por 
exemplo da pandemia ou da 
guerra na Ucrânia. 
Conhecedora das reivindi-
cações dos autarcas ribeiri-
nhos, Nuno Araújo, presi-
dente do Conselho de Ad-
ministração da APDL, con-
corda com “uma taxa úni-
ca”, desde que seja gerida 
por uma entidade regional 
(como, por exemplo, o Tu-
rismo Porto e Norte) para 
promoção do território. Ou 
seja, o valor apurado não en-
traria nos cofres munici-
pais, ao contrário do que é 
pretendido pelos municí-
pios, por ser inócua. 
MAIS UM NAVIO A OPERAR 
De acordo como Plano de 
Atividades e Orçamento 
2022-2024 da APDL, elabo-
rado em setembro do ano 
passado, previa-se 660 mil 
passageiros na via navegá-
vel do Douro para este ano, 
dos quais 160 mil passagei-
ros navegariam entre albu-
feiras e 500 mil passageiros 
na mesma albufeira. 
 “No entanto, esta perspe-
tiva poderá ser ultrapassa-
da, atendendo a que, até 
abril, durante a época baixa, 
o rio Douro regista um nú-
mero de passageiros signifi-
cativamente superior ao es-
timado, com um movimen-
to de mais de 180 mil turis-
tas, dos quais cerca de 20 
mil entre albufeiras e cerca 
de 160 mil na mesma albu-
feira”, revela Nuno Araújo. 
Aliás, este ano entrou em 
operação um novo operador 
de navio hotel, o Douro 
Cruises Shipping Com-
pany, em acréscimo aos 
quatro que já operavam na 
via navegável do Douro. 
Em termos de carga, foi es-
timado um movimento de 
35 mil toneladas para este 
ano, um valor que também 
poderá ser ultrapassado face 
ao lançamento do concurso 
público para a concessão do 
Porto Comercial de Sardou-
ra (Castelo de Paiva). A ex-
portação de granito será o 
foco principal.�
Embarcações 
levantam ferro a 
toda a velocidade
101
SABER MAIS
operadores marítimo-tu-
rísticos licenciados pela 
Administração dos Portos 
do Douro, Leixões e Viana 
do Castelo (APDL). Estes 
operadores possuem um 
total de 210 embarcações: 
26 navios-hotel, nove em-
barcações de grande porte, 
150 de pequeno porte e 25 
barcos rabelos. 
180
mil passageiros navegaram 
no rio Douro entre janeiro 
e abril deste ano. Destes, 
cerca de 20 mil passearam 
entre albufeiras e 160 mil 
ficaram-se por pequenas 
deslocações, junto às mar-
gens do Porto e de Gaia.
Jornal de Notícias6 NACIONAL 27 de maio de 2022
N
A
CI
O
N
A
L
DIRETAS Nem Luís Monte-
negro, nem Jorge Moreira 
da Silva: mais de metade dos 
portugueses não tem opi-
nião sobre qualquer dos dois 
candidatos à liderança do 
PSD, segundo um estudo da 
Aximage para JN/DN/TSF. 
Uma situação que se pode 
dever à fraca mediatização 
da campanha das diretas de 
amanhã. A candidatura do 
ex-ministro reconhece o 
problema da mediatização e 
admite ter sido prejudicada. 
Já a do ex-líder parlamentar 
desvaloriza e considera que 
a mensagem chegou a quem 
interessa: os militantes. 
Segundo o estudo da Axi-
mage, feito com base em 
805 entrevistas de norte a 
sul do país e ilhas, 58% dos 
inquiridos manifestaram 
não ter qualquer opinião so-
bre qual dos dois candidatos 
nas diretas será o melhor su-
cessor de Rui Rio na lideran-
ça dos sociais-democratas. 
Uma percentagem que atin-
ge os 62% nos arquipélagos, 
os 68% no eleitorado femi-
nino e os 62% na faixa etá-
ria entre os 18 e os 34 anos. 
FALTA DE MEDIATIZAÇÃO 
“Quanto mais mediatismo 
tivéssemos, mais votos al-
cançaríamos. A falta de me-
diatismo na campanha pre-
judicou-nos”, admite Car-
los Eduardo Reis, recordan-
do que Jorge Moreira da Sil-
va partiu para o terreno 
com atraso face ao seu ad-
versário, que já estava em 
campanha e foi candidato 
Candidatos à 
liderança do PSD 
não provocam 
entusiasmo no 
eleitorado do país
nas diretas de 2020. “Uma 
coisa é um atraso de sema-
nas, outra é recuperar um 
atraso de anos. É natural 
que tenha feito uma série 
de contactos, os tais almo-
ços e jantares”, refere o di-
retor da campanha do ex-
-ministro do Ambiente, 
acreditando, contudo, que 
“os militantes são compe-
tentes para decidir qual é o 
melhor protagonista para 
esta travessia de quatro 
anos” que o PSD enfrenta. 
E é precisamente com 
base no universo eleitoral 
das diretas de sábado que a 
candidatura de Luís Monte-
negro desvaloriza a fraca 
mediatização da campanha 
e o seu impacto junto dos 
portugueses, em geral. 
“A campanha é sobretudo 
dirigida aos militantes e es-
ses foram todos contacta-
dos. Luís Montenegro este-
ve em todos os círculos elei-
torais. O universo eleitoral 
está perfeitamente esclare-
cido”, sustenta Carlos Coe-
lho, diretor da campanha do 
ex-líder parlamentar. 
AUSÊNCIA DE DEBATES 
Numa campanha morna, 
apenas aquecida pela ausên-
Resultados das eleições diretas
INFOGRAFIA JN
EleitoresData da eleição
Op
os
iç
ão
ELEITO
Manuela
Ferreira
Leite
31 mai
2008
Votantes VENCEDOR Vencido
77 090
45 592
(59,14%)
Manuela
Ferreira
Leite
17 278
(37,9%)
Pedro
Passos
Coelho
14 160
(31,06%)
Pedro
Passos
Coelho
3 mar
2012
53 270
21 412
(40,2%)
Pedro
Passos
Coelho
20 266
(94,65%)
GO
VE
RN
O
25 jan
2014
46 430
19 711
(42,45%)
Pedro
Passos
Coelho
17 711
(88,89%)
Op
os
iç
ão
5 mar
2016
50 518
23 422
(46,36%)
Pedro
Passos
Coelho
22 276
(95,11%)
Op
os
iç
ão
26 mar
2010
78 094
51 748
(66,26%)
Pedro
Passos
Coelho
31 671
(61,2%)
Paulo
Rangel
17 821
(34,44%)
Rui Rio
Op
os
iç
ão
Luís
Filipe
Menezes
28 set
2007
63 042
39 353
(62,42%)
Luís
Filipe
Menezes
21 101
(53,62%)
Luís
Marques
Mendes
16 973
(43,13%)
Op
os
iç
ão
AMANHÃ 44 366
Op
os
iç
ão
Luís
Marques
Mendes
5 mai
2006
55 486
20 713
(37,33%)
Luís
Marques
Mendes
18 832
(90,92%)
Op
is
iç
ão
13 fev
2018
70 692
42 655
(60,34%)
Rui
Rio
22 728
(54,15%)
Santana
Lopes
19 224
(45,85%)
27 nov
2021
18 jan
2020
(2.ª volta)
46 628
32 585
(69,88%)
Rui
Rio
17 139
(53,47%)
Luís
Monte-
negro
14 978
(47,53%)
46 664
36 476
(78,16%)
Rui
Rio
18 852
(52,43%)
Jorge
Moreira
da Silva
ou
Luís
Montenegro
Paulo
Rangel
17 106
(47,57%)
NOTA: em 2008 concorreram também Santana Lopes (13 475 votos - 29,6%) e Patinha Antão (308 
votos - 0,68%); em 2010 concorreram ainda José Pedro Aguiar-Branco (1769 votos - 3,42%)
e Castanheira Barros (138 votos - 0,27%); em 2018 concorreu também Pinto Luz (3030 - 9,55%)
Op
os
iç
ão
Mais de metade dos inquiridos de um estudo para JN, DN 
e TSF sem opinião sobre Montenegro ou Moreira da Silva
Hermana Cruz 
hermana.cruz@jn.pt 
cia de debates televisivos, 
Carlos Coelho admite: “Era 
desejável que tivesse havi-
do debates”. Mas refere que 
seriam mais benéficos para 
Jorge Moreira da Silva por-
que lhe poderiam dar “pro-
jeção em locais onde não 
conseguiu ir”. 
Na sondagem feita pela 
Aximage para JN/DN/TSF, 
apenas 24% dos inquiridos 
admitem que votariam, em 
legislativas, num PSD lide-
rado por Jorge Moreira da 
Silva. Já 41% votariam num 
PSD de Luís Montenegro. 
“Não haver debates é trair 
a essência da política. Além 
de que mediatizariam a 
campanha. Perdemos essa 
oportunidade”, contrapõe 
Carlos Eduardo Reis. 
O fraco entusiasmo moti-
vado pelos dois candidatos à 
sucessão de Rui Rio – que 
foi reeleito líder do partido 
em novembro passado com 
53% dos votos – torna-se 
mais evidente ao nível da 
abstenção, uma vez que 
74% dos inquiridos não se 
manifestaram motivados 
para votar, em legislativas, 
com um PSD liderado por 
Jorge Moreira da Silva ou 
Luís Montenegro. �
PORMENORES
Das 14 às 20 horas 
A 11.a eleição direta que 
vai escolher o 19.o presi-
dente do PSD decorre 
amanhã, entre as 14 e as 
20 horas, em 23 estru-
turas do partido. 
 
Disputas a dois 
Esta será a quarta vez 
que as diretas vão ser 
disputadas entre dois 
candidatos: em 2007, 
entre Marques Mendes 
e Luís Filipe Menezes; 
em 2018, entre Rui Rio 
e Santana Lopes; em no-
vembro de 2021, entre 
Rui Rio e Paulo Rangel. 
 
Congresso em julho 
Depois das diretas, os so-
ciais-democratas reú-
nem-se em congresso 
para eleger os órgãos na-
cionais. O 40.o conclave 
realiza-se no Porto entre 
os dias 1 e 3 de julho.
44 366
Militantes aptos para votar 
É o universo eleitoral das diretas de amanhã, menos 
2 298 militantes face às eleições de 27 de novembro pas-
sado, que reelegeram Rui Rio com 52,4% dos votos.
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 NACIONAL 7
Luís Montenegro consegue, ainda assim, captar rostos 
próximos do líder e tem o apoio de quase todas as distritais
Moreira da Silva 
cativa maioria dos 
apoiantes de Rui Rio
Hermana Cruz 
hermana.cruz@jn.pt 
SOCIAIS-DEMOCRATAS Seis 
meses depois, duas candida-
turas às diretas voltam a di-
vidir o PSD entre aparelho e 
bases, com Jorge Moreira da 
Silva a colher mais apoios de 
notáveisdo partido e entre 
aqueles que sempre estive-
ram com Rui Rio. Mas Luís 
Montenegro é esmagador 
junto das distritais e conse-
gue atrair também persona-
lidades conotadas com o lí-
der dos sociais-democratas. 
A proximidade de Jorge 
Moreira da Silva com a fação 
de Rui Rio levou o vice-pre-
sidente do partido, Salvador 
Malheiro, a vir a público ga-
rantir, por três vezes, que 
não apoia qualquer candida-
to. Mas também fez com 
que Ribau Esteves, autarca 
de Aveiro, que ponderou en-
trar nesta corrida, assumis-
se o desejo de o apoiar. 
São, porém, mais os nomes 
Ganhou protagonismo na liderança parlamentar 
do PSD, de 2011 a 2017, em particular no Governo 
de Passos Coelho. Em 2020, tentou destronar Rui 
Rio e forçou uma inédita segunda volta.
da “máquina” que deu a vi-
tória a Rui Rio nas diretas de 
27 de novembro que estão 
ao lado do ex-ministro do 
Ambiente. É o caso de João 
Montenegro, Carlos Eduar-
do Reis (diretor da campa-
nha de Moreira da Silva), 
André Coelho Lima (vice de 
Rio), António Tavares, Joa-
quim Miranda Sarmento 
(coordenador da moção) e a 
antiga líder do PSD Manue-
la Ferreira Leite. 
“É uma mulher corajosa, 
mostrou essa coragem e esse 
desassombro como líder do 
PSD e membro do Gover-
no”, disse Moreira da Silva, 
ao garantir o apoio da antiga 
titular das Finanças. 
DE MADURO A BALSEMÃO 
O ex-diretor da OCDE con-
seguiu ter também ao seu 
lado nomes de notáveis 
como o de Francisco Pinto 
Balsemão (militante n.o 1, 
fundador do partido e seu 
mandatário nacional), além 
do passista Miguel Poiares 
Maduro, que coordenou a 
moção de Paulo Rangel nas 
diretas de 2021. 
O ex-ministro conta ainda 
com Carlos Costa Neves (ex-
-apoiante de Rangel), Silva 
Peneda, Fernando Negrão, 
Ângelo Correia e João Bosco 
Mota Amaral. 
COM AÇORES E MADEIRA 
Mas são poucas as bases que 
escolheram ficar ao lado de 
Jorge Moreira da Silva. A es-
magadora maioria das distri-
tais (15 em 19) estão com 
Luís Montenegro, incluindo 
as que reúnem maior núme-
ro de militantes aptos a vo-
tar amanhã, como Porto, 
Braga, Lisboa, Aveiro, Viseu, 
Leiria e Coimbra. 
O ex-líder parlamentar 
tem também consigo as es-
truturas dos Açores e da Ma-
deira, atraindo nomes como 
Alberto João Jardim, Miguel 
Albuquerque (que é o seu 
mandatário nacional) e José 
Manuel Bolieiro. Montene-
gro cativou, inclusive, ros-
tos próximos de Rui Rio, 
como o do cabeça de lista por 
Portalegre na legislativas de 
janeiro, João Pedro Luís, que 
é o seu mandatário da juven-
tude, além de Clara Marques 
Mendes. 
Com o antigo eurodeputa-
do Carlos Coelho como dire-
tor de campanha, Montene-
gro foi buscar ainda apoios à 
fação de Rangel, como o de 
António Leitão Amaro. �
Luís Montenegro 
Ex-líder parlamentar PSD 
49 anos 
Advogado
Alberto João 
Jardim 
Ex-presidente 
Governo Regional 
da Madeira
José Manuel Bolieiro 
Presidente do Governo 
Regional dos Açores
Assunção Esteves 
Ex-presidente 
da Assembleia 
da República
António Leitão 
Amaro 
Ex-deputado
Miguel Albuquerque 
Presidente do Governo 
Regional Madeira
Estreante em diretas, o ex-ministro do Ambiente 
é especialista em alterações climáticas, energia e 
desenvolvimento sustentável. Em abril, 
demitiu-se do cargo de diretor da OCDE.
Jorge Moreira da Silva 
Ex-diretor da OCDE 
51 anos 
Engenheiro eletrotécnico
Miguel Poiares 
Maduro 
Ex-ministro 
do Desenvolvimento 
Regional
Ângelo Correia 
Ex-ministro da 
Administração Interna
João Bosco Mota 
Amaral 
Ex-presidente 
do Parlamento
Fernando Negrão 
Ex-líder do grupo 
parlamentar
Manuela Ferreira 
Leite 
Ex-ministra das Finanças 
e ex-líder do PSD
Jornal de Notícias8 27 de maio de 2022NACIONAL
VOOS Rui Moreira defendeu 
que a Iberia é uma boa alter-
nativa para o Norte quando 
a TAP “acha que o Porto é 
mau negócio”. Aproveitou 
para recordar o compromis-
so do ministro Pedro Nuno 
Santos de que haverá verbas 
para “o incremento de rotas 
diretas estratégicas”, cujo es-
tudo está em curso, esperan-
do ter “muito rapidamente 
voos diretos para os EUA 
com frequência pelo menos 
diária”. Já Eduardo Vítor Ro-
drigues, líder do Conselho 
Metropolitano do Porto, 
acusou o Turismo de Portu-
gal (TP) de tratar este assun-
to de forma “leviana” e criti-
cou o “ato falhado”. 
As reações surgiram após o 
JN ter noticiado que o presi-
dente do TP, Luís Araújo, in-
centivou a região a apostar 
na Iberia como parceiro es-
tratégico e em Madrid en-
quanto aeroporto de ligação 
internacional, em vez de es-
Carla Soares, Carla Sofia 
Luz e Miguel Amorim 
sociedade@jn.pt 
Em causa declarações 
do presidente do 
Turismo de Portugal 
a incentivar a região 
a apostar na Iberia 
 e a esquecer a TAP
INFÂNCIA As crianças que 
nasceram após 1 de setem-
bro de 2021 vão poder ter 
acesso a creche gratuita a 
partir do próximo ano leti-
vo, desde que tenham lugar 
numa creche do setor soli-
dário com acordo de coope-
ração. Após algumas incer-
tezas e indefinições – e de-
pois de reuniões ocorridas 
durante esta semana entre 
o Governo, Confederação 
Nacional das Instituições de 
Solidariedade Social (CNIS) 
e União das Misericórdias 
Portuguesas – foi ontem co-
nhecida uma das condições 
para o acesso às vagas do se-
tor social solidário. 
“Está decidido que, a par-
tir de 1 de setembro, as 
crianças que nasceram de 1 
de setembro de 2021 para cá 
terão acesso à creche gratui-
ta nas instituições que coo-
peram com o Estado”, 
adiantou o presidente da 
CNIS, padre Lino Maia, sem 
concretizar de quantos lu-
gares estamos a falar. 
AJUDAR NA INTEGRAÇÃO 
“Penso que esta medida é, 
de facto, muito importante, 
até porque a creche, embo-
ra não esteja enquadrada no 
sistema educativo, é uma 
forma de ir integrando as 
crianças, pondo-as em con-
tacto umas com as outras, e 
de ir dando perspetivas. 
Quanto mais cedo as come-
çarmos a integrar no siste-
ma educativo e de proteção 
social, mais estaremos a 
apoiar um futuro melhor 
para todos”, afirmou. 
Até então subsistiam dú-
vidas sobre a medida. Desi-
gnadamente, sobre se esta 
seria destinada apenas a 
crianças até um ano ou para 
todas as que entrem em se-
tembro pela primeira vez 
numa creche, independen-
temente da idade, como dis-
se ao JN a dirigente da CNIS 
Filomena Bordalo.� A.C.C.
Medida de apoio 
às famílias entra em 
vigor a 1 de setembro
Creches 
gratuitas 
para bebés de 
um ano só na 
rede solidária
Moreira vê na Iberia 
boa alternativa 
e Eduardo Vítor 
critica ato “leviano”
Turismo de Portugal assume a aposta nos espanhóis. 
Porto diz que TAP encara região como “um mau negócio”
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perar pela TAP. Em comuni-
cado, o TP assumiu o traba-
lho feito com a Iberia que 
visa “tornar ainda mais atra-
tivos os destinos de Porto e 
de Lisboa” para quem faz li-
gação em Espanha, mas re-
cordou o papel “crucial” da 
TAP, com quem “há ainda 
muito trabalho a fazer”. 
“DESINVESTIMENTO DA TAP” 
Para Moreira, “se a TAP não 
pode oferecer maior fre-
quência de voos diretos, é 
normal que o Porto olhe 
para outros operadores e 
que estes olhem para o Por-
to”. Sobre a reunião em que 
esteve a vereadora do Turis-
mo, referiu que Luís Araújo 
retratou “um forte desin-
vestimento da TAP relativa-
mente ao Aeroporto Fran-
cisco Sá Carneiro”. E “terá 
dito que temos de olhar às 
alternativas, que é aquilo 
que temos feito”. 
“A notícia é boa. Não fiquei 
zangado, nem vejo que exis-
ta polémica”, registou Mo-
reira porque, quando a TAP 
“acha que o Porto é mau ne-
gócio, felizmente há outros 
para quem é bom”. 
Porém, para Eduardo Vítor 
Rodrigues, “não compete” 
ao TP “assumir uma espécie 
de externalização de um se-
tor tão importante”. E “não 
é o Turismo de Espanha”, 
reagiu, criticando o “ato fa-
lhado” que não corresponde 
“à perceção do que são as pes-
soas do Norte”. “A perspeti-
va é sempre incisiva, mas 
construtiva, de encontrar 
uma solução agora que a TAP 
é pública”, contrapôs. 
“CONVERSA DE CAFÉ” 
A seu ver, o TP “não pode, em 
nome dos interesses do país, 
invocarninguém: nem a Ibe-
ria nem a Air France”. Deve, 
sim, “diagnosticar, o que si-
gnifica reconhecer que a TAP 
está a incumprir”. 
O líder metropolitano diz 
ainda que “o TP tem andado 
muito fugido” neste debate. 
“E, na primeira vez que fala, 
é com leviandade”. “Pare-
ceu-me mais uma conversa 
de café”, atacou, atribuindo-
-lhe “um erro crasso”. 
Tendo em conta que “a 
Iberia incluiu recentemen-
te os destinos de Porto e Lis-
boa no seu programa”, o TP 
destacou ontem que “tem 
sido desenvolvido um traba-
lho no sentido de tornar ain-
da mais atrativos estes des-
tinos para os passageiros que 
fazem ligação em Espanha”. 
E “o mesmo se passa com o 
programa ‘stopover’ da TAP 
com quem o TP tem traba-
lhado no sentido de aumen-
tar a sua atratividade e im-
pacte para todos os aeropor-
tos nacionais”. 
A TAP é “essencial para o se-
tor em todo o território na-
cional” e “como parceiro es-
tratégico do TP”. Mas “há ain-
da muito trabalho a fazer no 
longo caminho que percorre-
mos juntos, sendo indiscutí-
vel que a TAP desempenha 
um papel crucial na conecti-
vidade e acessibilidade ao 
destino Portugal”. 
Entretanto, numa entre-
vista ao “Eco”, o presidente 
da Ryanair, Michael O’Leary, 
acusou o Governo de querer 
vender a TAP à Iberia.�
A bancada do PSD re-
quereu a audição do 
presidente do Turismo 
de Portugal, Luís Araú-
jo, junto da comissão 
de Economia, Obras 
Públicas, Planeamento 
e Habitação, por “afir-
mações desconcertan-
tes” que “contrariam 
em absoluto a posição 
oficial do Governo”. 
Pede urgência face à 
relevância das suas de-
clarações na estratégia 
da TAP e porque arran-
cam na próxima sema-
na audições “aos sindi-
catos, bem como à CEO 
da companhia e ao pre-
sidente do Conselho 
de Administração”. 
PSD quer líder 
do Turismo 
no Parlamento
OPOSIÇÃO
DELIBERAÇÃO A Entidade 
Reguladora para a Comuni-
cação Social (ERC) deu 
“provimento parcial” a um 
recurso do empresário Mar-
co Galinha, contra a publi-
cação Esquerda.net, invo-
cando a “denegação ilegíti-
ma” de um direito de res-
posta e retificação. 
“Tendo apreciado um re-
curso de Marco Galinha” 
contra a Esquerda.net, “in-
vocando a denegação ilegí-
tima de um direito de res-
posta e retificação relativo a 
uma notícia divulgada por 
aquele periódico em 01 de 
março de 2022 sob o título 
‘Mariana Mortágua mostra 
ligações do dono da Global 
Media a oligarca russo’, o 
Conselho Regulador delibe-
ra reconhecer provimento 
parcial ao recurso interpos-
to pelo recorrente”. 
RESPOSTA REFORMULADA 
A ERC informa Marco Gali-
nha que, “caso mantenha 
interesse na publicação do 
seu texto de resposta e reti-
ficação, deverá proceder à 
reformulação do mesmo 
em estrita conformidade 
com os reparos assinalados 
na presente deliberação, a 
saber, expurgando os tercei-
ro e quarto parágrafos do 
ponto 1 e todo o ponto 2 do 
texto original”. 
O Conselho Regulador 
acrescenta ainda que, “caso o 
recorrente reformule o seu 
texto em conformidade com 
o ponto anterior, deverá o 
periódico recorrido [Esquer-
da.net] assegurar a publica-
ção gratuita desse mesmo 
texto, feita com o mesmo re-
levo e apresentação do artigo 
que lhe deu origem, de uma 
só vez, sem interpolações 
nem interrupções, devendo 
essa publicação ocorrer igual-
mente na página principal 
do periódico recorrido e aí 
permanecer, em destaque, 
por um período de um dia”.�
Em causa a 
“denegação ilegítima” 
do direito de resposta 
ERC dá 
“provimento 
parcial” a 
recurso de 
Marco Galinha
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 9
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Jornal de Notícias10 27 de maio de 2022NACIONAL
Impactos psicossociais 
e económicos da covid 
penalizaram mais os jovens
Estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos alerta para “face oculta” 
da pandemia. Identificada tripla desigualdade: económica, social e política
DIGITALIZAÇÃO Mais do que 
pandemia, sindemia. Com 
impactos ao nível económi-
co, social e político. Agra-
vando o fosso das desigual-
dades. Com um impacto 
“inesperado” sobre os jo-
vens. “O Portugal pandémi-
co não é um país para jo-
vens”. Uma das principais 
conclusões do estudo “Um 
novo normal? Impactos e li-
ções de dois anos de pande-
mia”, promovido pela Fun-
dação Francisco Manuel dos 
Santos (FFMS) e coordena-
do por Nuno Monteiro e 
Carlos Jalali. Em debate, 
hoje e amanhã, em Lisboa, 
no encontro “Outra vez 
nunca mais”. 
Do ponto de vista laboral, 
este efeito nos mais jovens 
decorre, por um lado, expli-
cam os investigadores, de 
contratos precários e, por 
outro lado, de uma maior 
concentração em setores di-
retamente encerrados ao 
Joana Amorim 
jamorim@jn.pt 
Jovens penalizados pela precariedade: em 2021 havia mais 20 mil desempregados
abrigo das medidas restriti-
vas para conter a pandemia. 
No final de 2021, notam, 
“entre os mais jovens, havia 
cerca de mais 20 mil inscri-
tos” no Instituto do Empre-
go e Formação Profissional 
face a 2019. 
Já a penalização psicosso-
cial mede-se em números: 
“Um em cada dez jovens re-
fere que passou a consumir 
calmantes” e “um em cada 
dez diz que sofreu alterações 
no consumo de tabaco e ál-
cool”. Revelando ainda 
“menor sentimento de 
bem-estar, menor satisfação 
com a vida e mais níveis de 
depressão, ansiedade e stres-
se durante o período da pan-
demia”. 
DESCRENTES NO GOVERNO 
Acresce uma desigualdade 
política, que se agravou nes-
tes dois anos pandémicos. 
Apresentando os jovens 
“menores índices de con-
fiança no Governo e na ciên-
cia”. Sendo que, explica ao 
JN Carlos Jalali, “o sistema 
político tende a ser menos 
responsivo às pessoas que 
participam menos”. 
Conforme vincam no es-
tudo, “o impacto nos jovens 
é um aspeto central, e até 
agora negligenciado”. Uma 
“face oculta da pandemia” 
que, defende o professor e 
investigador da Universida-
de de Aveiro, “obriga a pen-
sar na resposta a dar para que 
esta marca não deixe cicatri-
zes no futuro”. 
TRIPLA DESIGUALDADE 
A tripla desigualdade gerada 
pela pandemia – económica, 
social e política – “agravou o 
fosso” já existente e é outra 
das dimensões relevadas pe-
los investigadores. “É abso-
lutamente vital assegurar 
mecanismos de recupera-
ção”, frisa o coordenador do 
estudo. 
A terceira dimensão pren-
de-se com “a monitorização, 
planificação e desenvolvi-
mento da capacidade do Es-
tado para responder a crises 
como a pandemia”. E, aí, 
afirma Carlos Jalali, “a res-
posta à pandemia, em larga 
medida, foi dada através de 
estruturas informais e ad 
hoc”. Sendo por isso “impor-
tante assegurar que as 
aprendizagens adquiridas 
não se perdem e desenvol-
vemos competências que 
são permanentes em estru-
turas administrativas para 
fazer face a novas pande-
mias”, defende. 
Numa última dimensão, a 
evidente “necessidade de 
maior coordenação e coope-
ração internacionais”. De, 
como Carlos Jalali gosta de 
dizer, “olhar para a Terra 
como um só país”. Se assim 
tivesse sido, acredita, “tería-
mos tido uma pandemia 
mais curta”. Tanto mais que, 
como lembram nas conclu-
sões do estudo citando Eins-
tein, “a política é mais difícil 
do que a física”. �
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Gabinete de 
apoio à vítima já 
está a funcionar
Segue-se Código de Conduta e reforço da 
prevenção, diz Faculdade de Direito de Lisboa
ASSÉDIO O prometido gabi-
nete de apoio à vítima da Fa-
culdade de Direito da Uni-
versidade de Lisboa (FDUL), 
na sequência da divulgação 
de um relatório com 51 quei-
xas de assédio sexual e mo-
ral, começou ontem a fun-
cionar. Os passos seguintes, 
revela a diretora Paula Vaz 
Freire em comunicado, se-
rão a elaboração de um Có-
digo de Conduta e ações de 
prevenção. 
O referido gabinete asse-
gurará apoio jurídico – ten-
do sido indicado pela Or-
dem dos Advogados o anti-
go bastonário Rogério Alves 
–, e psicológico e emocional 
pela psicóloga Susana Lou-
renço. A FDUL garante 
“que toda a orientação e 
apoio serão prestados em 
absoluta confidencialidade 
por profissionais externos à 
Faculdade”. 
Aquela escola da Universi-
dade de Lisboa explicaque o 
apoio jurídico não servirá 
“como apoio ou patrocínio 
em fases posteriores” e que 
o apoio psicológico “não se 
destinará a assegurar ou 
substituir intervenções te-
rapêuticas complexas ou de 
longa duração”. 
Com o gabinete a funcio-
nar, a FDUL trabalhará ago-
ra na elaboração de um Có-
digo de Conduta e Boas Prá-
ticas “complementar ao Có-
digo da Universidade de Lis-
boa”. Apostando “no refor-
ço da divulgação de infor-
mação e de ações de preven-
ção”, como sejam ações de 
formação online destinadas 
a docentes e discentes. 
Recorde-se que, além da-
quelas 51 queixas, a FDUL, 
posteriormente, abriu três 
inquéritos na sequência de 
outras denúncias. ��J.A.
Há 58 casos de varíola 
dos macacos, DGS 
pondera vacinação 
Maioria em Lisboa e 
Vale do Tejo. Norte e 
Algarve também têm
SURTO A Direção-Geral da 
Saúde (DGS) informou que 
foram confirmados mais 
nove casos de infeção huma-
na pelo vírus Monkeypox, 
somando-se um total de 58 
casos. Todas as infeções são 
em homens entre os 23 e os 
61 anos. A autoridade de Saú-
de avalia a vacinação de con-
tactos dos casos confirmados 
e de profissionais de saúde. 
A região de Lisboa e Vale do 
Tejo concentra a maioria das 
infeções, mas há também re-
gisto de doentes nas regiões 
Norte e Algarve. 
Aos jornalistas, o secretário 
de Estado Adjunto e da Saú-
de, Lacerda Sales, confirma a 
existência de um “movi-
mento de aquisição euro-
peia” de vacinas contra a va-
ríola, prevendo-se uma “dis-
tribuição de acordo com as 
pretensões de Portugal”. De 
qualquer forma, o país não 
espera receber uma quanti-
dade elevada. 
“Esperemos que não seja 
uma quantidade muito 
grande, que seja uma quan-
tidade relativamente peque-
na, porque vamos esperar 
que, do ponto de vista de au-
todelimitação da própria epi-
demia, os casos não justifi-
quem” mais vacinas. 
A DGS está a avaliar a ne-
cessidade de imunizar os ca-
sos confirmados e os profis-
sionais de saúde. Enquanto 
não houver decisão da auto-
ridade de saúde pública, La-
cerda Sales diz que “a deci-
são política é de não vacinar 
para já”. �
Homenagem 
Os meses de investigação 
vertidos agora em 340 
páginas são uma home-
nagem a Nuno Monteiro, 
“um académico de repu-
tação internacional, pro-
fessor na Universidade de 
Yale e com raras qualida-
des humanas”, precoce-
mente falecido no ano 
passado, substituído na 
coordenação por Carlos 
Jalali. 
 
Trabalho de campo 
Entre várias fontes, o es-
tudo suporta-se num in-
quérito de opinião à po-
pulação feito em duas va-
gas. Na primeira, entre 16 
de março e 20 de maio de 
2021, com 3463 entrevis-
tas. Na segunda, entre 6 
de setembro e 25 de outu-
bro do ano passado, com a 
reinquirição de metade da 
primeira amostra. 
SABER MAIS
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 NACIONAL 11
Instituições de apoio a idosos e saúde com falta de pessoal devido ao elevado 
número de isolamentos por covid-19. Pico da sexta vaga pode já ter passado
Aumento de infetados leva 
a reativar apoio para lares
Ana Correia Costa 
sociedade@jn.pt 
PANDEMIA Com o aumento 
de surtos de covid-19 em la-
res, o Governo anunciou, 
ontem, que irá reativar a 
Medida Apoio ao Reforço de 
Emergência de Equipamen-
tos Sociais e de Saúde (MA-
REESS) para fazer face à fal-
ta de recursos humanos nas 
instituições devido a infe-
ção ou isolamento. Até ao 
dia 9, o Ministério da Saúde 
vai anunciar o plano de va-
cinação para o outono. 
Para já, mantêm-se as me-
didas em vigor e não são im-
plementadas outras, uma 
vez que “o pico [da nova 
vaga de covid] já terá passa-
do”, admitiu a ministra da 
Presidência, Mariana Vieira 
da Silva, após o Conselho de 
Ministros, indicando ainda 
que ficou decidido prolon-
gar a declaração da situação 
de alerta até 30 de junho. 
Durante a sessão de abertu-
ra do debate “Pós-pandemia, 
Recuperação e Resiliência do 
Pilar Social em ano de des-
centralização de competên-
cias”, que decorreu em Gaia, 
a ministra do Trabalho, Soli-
dariedade e Segurança So-
cial, Ana Mendes Godinho, 
que participou por videocon-
ferência, lembrou que o MA-
REESS já abrangeu “mais de 
30 mil pessoas”, e anunciou 
a reativação do programa, 
porque, “neste momento, 
muitas pessoas não podem 
trabalhar por terem covid”. 
“Espero que na próxima 
semana as instituições já 
possam recorrer ao MA-
REESS”, avançou a gover-
nante, que considera o pro-
grama “excecional para re-
cursos humanos”. 
80 QUEREM AÇÃO SOCIAL 
Ana Mendes Godinho real-
çou também que “a descen-
tralização da Ação Social 
surge no momento certo”, 
e alertou para a necessida-
de de se “conseguir respos-
tas de proximidade”. Se-
gundo a ministra, 80 muni-
cípios já aderiram. “Temos 
um ‘delay’ de tempo para 
que os municípios possam 
implementá-la a partir de 
2023”, referiu a governan-
te, que salientou a “neces-
PUBLICIDADE
Lares e IPSS enfrentam vaga de falta de pessoal
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sidade de combater a pobre-
za infantil”. 
O padre Lino Maia, que 
preside à Confederação Na-
cional das Instituições de 
Solidariedade Social (CNIS), 
lembrou que “uma das es-
tratégias para combater a 
pobreza “hereditária” é 
apostar na educação, que 
deve começar o mais cedo 
possível”. O responsável 
sublinhou ainda que “têm 
de ser adotadas outras me-
didas de apoio à natalidade”. 
“É importante que haja 
uma aposta muito grande 
não apenas no aumento do 
salário mínimo mas, tam-
bém, no salário médio, em 
que tem havido estagnação. 
Sabemos que é importante 
dotarmos as pessoas de 
193 surtos ativos 
Há atualmente 193 surtos 
de covid-19 em lares em 
Portugal, referiu o padre 
Lino Maia, da CNIS. 
 
Menos 500 sem-abrigo 
Segundo o gestor da Estra-
tégia Nacional para a Inte-
gração das Pessoas em Si-
tuação de Sem-abrigo, 
Henrique Joaquim, saíram 
das ruas cerca de 500 pes-
soas em 2020.
OUTROS DADOS meios para terem filhos e 
para os criarem. Essa é uma 
medida fundamental. E 
também a conciliação entre 
a vida familiar e profissio-
nal”, concretizou. 
O presidente do Conselho 
Económico e Social afirmou 
que existe “um problema de 
salários”: “Os nossos salá-
rios médios são muito bai-
xos”, reforçou Francisco As-
sis, apontando também o 
“problema seríssimo de ha-
bitação em Portugal, que te-
mos de enfrentar”. �
Jornal de Notícias12 27 de maio de 2022NACIONAL
“Rolo compressor” do PS 
veta propostas da Oposição
PSD acusa socialistas de exercerem “poder absoluto”, partido do Governo 
diz que aprovou “mais de 100” projetos. PAN e Livre vão abster-se hoje
ORÇAMENTO O PSD acusou 
ontem o PS de ter recorrido 
ao “rolo compressor do po-
der absoluto” para rejeitar 
quase todas as propostas de 
alteração ao Orçamento do 
Estado (OE) feitas pela 
Oposição. Os socialistas dis-
seram ter aprovado “mais 
de 100” medidas, mas não 
escaparam às críticas que 
lhes foram dirigidas da Es-
querda à Direita. No último 
dia da discussão do OE na 
especialidade, o PS chum-
bou propostas como a atua-
lização dos escalões do IRS à 
taxa de inflação ou o alarga-
mento da gratuitidade das 
creches. PAN e Livre vão 
abster-se na votação final 
global de hoje. 
No final do debate, o de-
putado Jorge Paulo Olivei-
ra, do PSD, lamentou que o 
PS não tenha aprovado 
mais propostas sociais-de-
mocratas. O parlamentar 
considerou que os socialis-
tas fizeram uso do “rolo 
compressor do poder abso-
luto” para “imporem a sua 
vontade”, criticando tam-
bém a elevada carga fiscal: 
“Para um Governo que se 
diz de Esquerda, este facto 
devia ser motivo de vergo-
nha”, referiu. 
João Vasconcelos e Sousa 
joao.f.sousa@jn.pt 
O PSD só conseguiu fazer 
aprovar três propostas na 
especialidade, a que se so-
maram outras quatro do 
PSD-Madeira. Entre estas 
últimas conta-se o prolon-
gamento, até dezembro de 
2023, do prazo para emissão 
de licenças para operar na 
Zona Franca do arquipélago. 
IRS E CRECHES GRATUITAS 
Mais à Direita, o Chega la-
mentou não ter conseguido 
aprovar nenhum dos 309 
projetos que entregou. O lí-
der da bancada, Pedro Pinto, 
afirmou que, enquantoo PS 
tenta fazer crer que elabo-
rou um “OE das maravi-
lhas”, há quem espere 
“mais de mil dias” por uma 
consulta. Já para Rodrigo Sa-
raiva, líder parlamentar da 
IL, “ficou claro que a espe-
cialidade do PS não é dar 
condições para os portugue-
ses recuperarem” da crise. 
A líder da bancada do PCP, 
Paula Santos, acusou os so-
cialistas de se “subjuga-
rem” às regras da União Eu-
ropeia e à redução do défi-
ce, responsabilizando o par-
tido pelo “agravamento das 
condições de vida” em Por-
tugal. Mariana Mortágua, 
do BE, disse que o país terá 
“um OE do ‘não podemos 
viver acima das nossas pos-
sibilidades’”, falando em 
“corte de rendimentos” e 
colando o PS a um regresso 
aos tempos de austeridade. 
Jamila Madeira, do PS, de-
fendeu-se dizendo que as 
prioridades do partido pas-
sam pelas “contas certas e 
pela credibilidade interna-
cional”. A deputada lem-
brou que os socialistas fize-
ram aprovar “mais de 100” 
propostas, embora essa con-
tagem inclua os projetos do 
PS – que eram cerca de 60 e 
receberam todos luz verde. 
O último dia de votações 
na especialidade ficou mar-
cado pelo chumbo (pelo PS, 
com abstenção de Chega e 
Livre) de uma proposta do 
PSD para atualizar os esca-
lões do IRS à taxa de infla-
ção. O deputado laranja Ale-
xandre Simões referiu que 
a rejeição do diploma leva-
rá a “uma enorme perda de 
poder de compra” devido ao 
“brutal aumento do IRS”. 
Os socialistas também re-
jeitaram o alargamento da 
gratuitidade das creches, 
propostas avocadas a plená-
rio por PCP e PSD. O social-
-democrata Nuno Carvalho 
afirmou que, se o PS não ti-
vesse prometido creches 
gratuitas antes das legisla-
tivas, seria “muito provável 
que uma grande parte dos 
deputados socialistas não 
tivesse sido eleita”. �
Défice reaparece 
em abril, segundo 
mês com guerra
Expurgando o efeito da pandemia, o saldo 
melhorou em 528 milhões de euros face a 2019
APURAMENTO Até março, o 
saldo das contas públicas foi 
excedentário, mas em abril 
as contas já começaram a re-
fletir as primeiras dificulda-
des impostas pela guerra 
(na Ucrânia, desde 24 de fe-
vereiro) e pela subida em 
flecha da inflação (de 5%, 
em março, para mais de 7%, 
em abril). 
Assim, o ministério de 
Fernando Medina deu con-
ta, esta quinta-feira, de um 
défice acumulado de 782 
milhões de euros nos pri-
meiros quatro meses deste 
ano. 
No primeiro trimestre, as 
contas tinham registado 
um excedente acumulado 
(de janeiro a março) no va-
lor de 672 milhões de euros. 
CUSTO DO AUTOVOUCHER 
Mas as pressões inflacionis-
tas começaram a subir de 
forma significativa. Por 
exemplo, o programa Auto-
voucher (para compensar a 
subida do custo dos com-
bustíveis) custou 30 mi-
lhões de euros até abril. 
O Governo avançou então 
para uma medida de maior 
alcance, a redução do ISP 
(equivalente a uma descida 
do IVA para 13% na ener-
gia). Esta medida entrou em 
vigor em maio e deve pro-
longar-se até final de junho, 
devendo gerar uma despesa 
fiscal bastante elevada. 
Numa nota enviada às re-
dações, o gabinete de Medi-
na diz que “a execução orça-
mental em contabilidade 
pública registou um défice 
de 782 milhões de euros em 
abril de 2022, evidenciando 
uma melhoria [aumento do 
saldo] de 4272 milhões de 
euros face aos primeiros 
quatro meses de 2021”. 
A discrepância é enorme já 
que foi nesse “momento 
que a atividade económica 
foi fortemente afetada por 
um confinamento geral” 
devido ao agravamento da 
pandemia e da mortalidade 
no início de 2021. 
Mas, “tendo por compara-
ção o mesmo período de 
2019, de forma a expurgar o 
efeito base causado pela 
pandemia, o saldo melho-
rou [aumentou] em 528 mi-
lhões de euros”, notam as 
Finanças. 
Segundo a mesma fonte, a 
evolução nestes primeiros 
quatro meses de 2022 “tra-
duz a melhoria da atividade 
económica e do mercado de 
trabalho, bem como a redu-
ção dos encargos associados 
às medidas de prevenção e 
combate da covid-19, em 
face da melhoria verificada 
na situação pandémica”. 
“Assim, a receita cresceu 
face a 2021 (+15%) e obser-
vou-se uma ligeira redução 
da despesa (-1,8%). Excluin-
do o efeito da despesa asso-
ciada à covid-19, a despesa 
primária cresceu 2,1% em 
termos homólogos”. �
Fernando Medina, ministro das Finanças
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Chega e PAN voltaram 
a desentender-se du-
rante o debate, desta 
vez devido às touradas. 
O líder da bancada da 
extrema-direita, Pedro 
Pinto – que defendia a 
descida do IVA da tau-
romaquia –, acusou a 
deputada animalista 
Inês Sousa Real de ser 
“hipócrita” por se im-
portar mais com os 
touros do que com a 
morte de polícias. A de-
putada solicitou a defe-
sa da honra, figura que 
permite aos deputados 
protegerem o seu bom-
nome. Num primeiro 
momento, o presiden-
te do Parlamento, San-
tos Silva, disse que isso 
teria de aguardar pelo 
fim dos trabalhos; con-
tudo, PS e BE intervie-
ram e convenceram-no 
a deixar Sousa Real de-
fender-se na hora. 
Chega e PAN em 
conflito devido 
às touradas
EPISÓDIO
Luís Reis Ribeiro 
luis.ribeiro@dinheirovivo.pt 
Votação final global do Orçamento do Estado decorre hoje no Parlamento
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Incentivos ao Interior 
Foi aprovada uma pro-
posta do PS para dar be-
nefícios fiscais às empre-
sas que criem emprego 
no Interior do país. 
 
Apoio à infância 
Os partidos aprovaram, 
por unanimidade, um 
apoio de garantia para a 
infância que dará até 100 
euros/mês às crianças em 
situação de pobreza. 
 
PAN e Livre 
PAN e Livre confirmaram 
que vão abster-se na vo-
tação de hoje, após terem 
conseguido algumas con-
quistas “importantes”.
OUTROS DADOS
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 NACIONAL 13
José Varela Rodrigues 
jose.rodrigues@dinheirovivo.pt 
ANÁLISE Os presidentes 
executivos (CEO) das prin-
cipais empresas cotadas na 
bolsa portuguesa auferiram, 
em média, 32 vezes mais do 
que os trabalhadores em 
2021, concluiu a Deco Pro-
teste numa análise aos salá-
rios dessas companhias. 
Pedro Soares dos Santos, 
CEO da Jerónimo Martins, 
foi o gestor que mais rendi-
mentos encaixou: 3,075 mi-
lhões de euros, um valor 
que representa um cresci-
mento de 19,3% face a 
2020, de acordo com a nota 
enviada à Redação. Os ga-
nhos do CEO da dona do 
Pingo Doce foi “262,6 vezes 
superior à média dos salá-
rios dos restantes trabalha-
dores da empresa, a qual de-
tém a maior disparidade sa-
larial” entre as organizações 
analisadas. A este valor so-
mam-se mais 9,3 milhões 
de euros, que correspon-
dem a uma contribuição ex-
traordinária para o plano de 
pensões, segundo o Relató-
rio de Governo da Socieda-
de da Jerónimo Martins de 
2021 (valor não entrou na 
análise da Deco Proteste). 
“No ranking da disparida-
de”, como classifica a Deco, 
seguem-se a CEO do grupo 
Sonae, Cláudia Azevedo, 
que auferiu uma remunera-
ção (1,6 milhões de euros) 
77,4 vezes superior à dos 
trabalhadores do grupo; e 
Gonçalo Moura Martins, 
CEO da Mota-Engil, cujos 
rendimentos (848,7 mil eu-
ros) totalizaram 73,3 vezes 
mais do que a média dos sa-
lários dos restantes traba-
lhadores da construtora. 
No entanto, os CEO que 
obtiveram os maiores ren-
dimentos anuais, em 2021, 
foram Pedro Soares dos San-
tos, Cláudia Azevedo e Mi-
guel Stilwell d’Andrade, 
CEO do grupo EDP. Os ga-
nhos deste último gestor as-
cenderam a 2,23 milhões, 
46,4 vezes mais do que o sa-
lário médio dos trabalhado-
res do grupo. 
Citado na nota enviada, 
João Sousa, coordenador da 
Proteste Investe, revista da 
Deco onde consta esta aná-
lise, explica que os dados 
apresentados “ajudam a 
perceber as grandes dife-
renças em matérias de re-
muneração dos CEO em 
Portugal”. 
“Em teoria, a política de 
remunerações necessita do 
voto vinculativo dos acio-
nistas. No entanto, a decla-
ração sobre a política de re-
munerações é, na prática e 
na maioria dos casos, muito 
vaga e não permite que seja 
votada, de forma individua-
lizada, a remuneração dos 
membros do conselho de 
administração, ao contrário 
do que defendemos”, diz. �
Pedro Soaresdos Santos, da Jerónimo Martins, lidera 
o “ranking da disparidade”, segundo a Deco Proteste
CEO portugueses 
ganham 32 vezes 
mais que empregados
Pedro Soares dos Santos, 
CEO da Jerónimo Martins
Em 2025, 12,6% dos 
carros ligeiros serão 
elétricos e híbridos
Metade quer 
comprar um 
elétrico até 
35 mil euros
Acionistas devem votar 
João Sousa, da Proteste In-
veste, considera “desejá-
vel” que “a remuneração 
de cada administrador seja 
objeto de votação anual 
em assembleia geral de 
acionistas”. 
 
Fixar limites 
E que se fixe “um máximo 
para o rácio entre a remu-
neração do presidente da 
comissão executiva e a mé-
dia dos restantes trabalha-
dores”. “Ainda que possa 
variar em função do setor 
de atividade, é necessário 
haver limites”, defende.
SUGESTÕES
AUTOMÓVEL As vendas dos 
carros elétricos e híbridos 
crescem, enquanto caem a 
pique no gasóleo: em 2017 
representavam mais de 
60% do total das vendas de 
veículos automóveis em 
volume e, em 2021, o peso 
caiu para cerca de 20% ape-
nas. E é o acentuar desta 
tendência que revela o estu-
do “As redes de retalho au-
tomóvel em Portugal”, 
apresentado ontem pela As-
sociação Automóvel de Por-
tugal (ACAP), já que “um 
em cada dois consumidores 
afirma que o seu próximo 
carro será híbrido ou elétri-
co” e cerca de 90% estão dis-
postas a pagar, no máximo, 
35 mil euros por uma viatu-
ra elétrica – ainda que consi-
derem gastar mais para usu-
fruírem de tecnologia adi-
cional, como conectividade, 
condução autónoma e en-
tretenimento. 
Como referência, no que 
toca a preços, em Portugal, a 
oferta de carros elétricos co-
meça nos 18 800 euros, no 
caso do Dacia Spring. Na Re-
nault, nas gamas mais bai-
xas do Twingo E-Tech e do 
ZOE, os preços começam 
nos 24 400 euros e 33 500, 
respetivamente. O Opel 
Corsa-e começa nos 30 560 
euros, o Peugeot e-208 nos 
29 220 euros e o Volkswa-
gen ID3 nos 43 mil euros. Já 
um Tesla Model 3 é vendido 
a partir de 54 990 euros. 
MUDANÇA EM CURSO 
O inquérito elaborado por 
uma equipa do Instituto Su-
perior de Economia e Ges-
tão, da Universidade de Lis-
boa, apurou que, no cenário 
mais favorável à eletrifica-
ção, em 2025, o parque auto-
móvel português de veícu-
los ligeiros de passageiros 
será composto por 12,6% de 
carros elétricos e híbridos e 
por 87,4% a gasóleo e a gaso-
lina (incluindo bi-fuel, mo-
vidos também a GPL), evi-
denciando a aposta em solu-
ções mais verdes e tecnoló-
gicas.��BRUNO CONTREIRAS MATEUS
A FECHAR
MERCADO O Banco de Portugal (BdP) e a Comissão do 
Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) consideram 
que o mercado de criptoativos ainda não coloca em cau-
sa a estabilidade do sistema financeiro, mas admitem 
preocupação crescente. O administrador do BdP, Luís La-
ginha de Sousa, disse que “os criptoativos têm justifica-
do um acompanhamento e uma preocupação crescen-
te”. Já o administrador da CMVM, Rui Pinto, fala de um 
crescimento exponencial do mercado de criptomoedas 
nos últimos cinco anos, mas diz que o risco de causar ins-
tabilidade financeira “está relativamente contido”.
BdP e CMVM admitem preocupação 
relativamente às criptomoedas
SAÚDE Investigadores do 
Instituto de Saúde Pública 
da Universidade do Porto 
(ISPUP) sublinharam a ne-
cessidade de reduzir as 
“desigualdades” no acesso 
às vacinas antialérgicas, 
terapia que concluíram ser 
“custo-efetiva” no trata-
mento de crianças com 
asma alérgica a ácaros. Em 
Portugal, a asma afeta 
6,8% dos indivíduos, per-
centagem que aumenta si-
gnificativamente nas 
crianças (7,2%).
Investigação alerta 
para falhas no 
acesso a vacinas 
antialérgicas
PARLAMENTO A Iniciativa 
Liberal (IL) entregou on-
tem uma proposta de alte-
ração ao Regimento da As-
sembleia da República 
(AR) para permitir a audi-
ção do primeiro-ministro 
nas comissões parlamen-
tares sobre áreas da sua 
responsabilidade. Além 
deste objetivo, o líder par-
lamentar da IL, Rodrigo 
Saraiva, explica que a pro-
posta também quer o re-
gresso dos debates quinze-
nais com António Costa.
IL quer alterar 
regimento da AR 
para ouvir Costa 
nas comissões 
INVESTIGAÇÃO A Associação pelos Direitos da Mulher na 
Gravidez e Parto exigiu, no âmbito da subida da taxa de 
mortalidade materna, transparência nos dados estatís-
ticos da assistência obstétrica e a divulgação pública da 
investigação às causas de cada ocorrência. O apelo sur-
ge no seguimento de uma notícia do JN na passada ter-
ça-feira, onde se avançou que a taxa de mortalidade ma-
terna atingiu, em 2020, os 20,1 óbitos por 110 mil nasci-
mentos, o nível mais alto dos últimos 38 anos, estando 
a Direção-Geral da Saúde a investigar.
Associação quer transparência 
nos dados da assistência obstétrica
Cláudia Azevedo, 
CEO da Sonae
Gonçalo Moura Martins, 
CEO da Mota-Engil
Jornal de Notícias14 27 de maio de 2022JUSTIÇA
JU
ST
IÇ
A
Manuel Ferreira 
Presidente do Observatório 
de Segurança Interna
A proposta de lei que foi 
aprovada ontem é uma 
boa solução? 
Acreditamos que possa ser 
um bom caminho. Se é a so-
lução de perfeita, aí não so-
mos tão otimistas, mas pos-
sivelmente resolve a ques-
tão constitucional. 
 
Que dados guardam as ba-
ses de dados comerciais? 
As operadoras de telecomu-
nicações conservam imen-
sa informação que pode ser 
bastante útil e proveitosa 
para fins de investigação cri-
minal. Desde o nome, o en-
dereço, os números marca-
dos, data a hora e a duração 
de uma comunicação, o pro-
tocolo IP, dinâmico ou está-
tico. 
 
É suficiente para satisfa-
zer os interesses da inves-
tigação criminal? 
A informação que consta 
das bases em questão será 
sempre mais uma ferra-
menta de apoio à investiga-
ção criminal e nunca o úni-
co meio de investigação. 
Mas, sobretudo no âmbito 
de crimes no ciberespaço, 
pode ser crucial ter acesso a 
dados das operadoras de te-
lecomunicações, como por 
exemplo, o serviço de Inter-
net utilizado, a identifica-
ção dos equipamentos utili-
zados ou o identificador da 
célula no início da comuni-
cação, bem como o IP. 
Quanto tempo é que as ba-
ses de dados são guarda-
das? 
As bases de dados que as 
operadoras usam para fins 
comerciais são guardadas 
durante um ano.
ENTREVISTA
“Pode 
resolver a 
questão 
constitucional”
LEI O Governo já definiu a 
forma como quer contornar 
o acórdão do Tribunal Cons-
titucional (TC) que decla-
rou a inconstitucionalidade 
da Lei dos Metadados. Com 
base na proposta de lei apro-
vada ontem pelo Conselho 
de Ministros, as polícias de 
investigação criminal pode-
rão consultar informação 
das bases de dados que as 
operadoras de telecomuni-
cações conservam unica-
mente para fins comerciais. 
A ministra da Justiça, Ca-
tarina Sarmento e Castro, 
garantiu que aquela solução 
teve anuência dos órgãos de 
polícia criminal. Mas, para o 
advogado da Deco – Associa-
ção Portuguesa de Defesa 
do Consumidor, Luís Pisco, 
a informação que se encon-
trava na base de dados de 
Investigação vai 
buscar metadados 
às bases comerciais
acesso exclusivo às polícias 
não pode constar naquelas 
que são usadas pelas opera-
doras para fins comercias. 
Se tal acontecer, o mais pro-
vável é que a medida volte 
a ser considerada inconsti-
tucional, defende. 
Até final de abril, os meta-
dados dos portugueses, que 
incluem a localização, hora 
e destinatário de um telefo-
nema ou o IP de um email 
enviado, eram guardados 
pelas operadoras em duas 
bases de dados. Uma utiliza-
da pelas empresas para fatu-
rar o serviço, e outra, mais 
completa, de consulta ex-
clusiva das polícias durante 
uma investigação criminal. 
Nesta última, os dados 
eram conservados por um 
ano, mas o TC considerou 
isso violador da privacidade 
dos cidadãos. 
Segundo a ministra da Jus-
tiça, a proposta de lei que o 
Governo vai enviar para ser 
apreciada e votada pela As-
sembleia da República 
“muda o paradigma”. “Não 
vamos manter uma base de 
dados separada, com infor-
mação conservada, durante 
um ano, para a exclusiva fi-
nalidade da investigação cri-
minal. Vamos aceder, sim, às 
bases de dados que as opera-
dorasusam na sua atividade 
comercial”, explicou. 
A ministra acrescentou 
que esta solução nasceu da 
reflexão sobre a “jurispru-
dência do TC e do Tribunal 
da Justiça da União Euro-
peia”, efetuada pelo grupo 
de trabalho que reuniu vá-
rios órgãos de polícia crimi-
nal e a Procuradoria-Geral 
da República. “O que a juris-
prudência nacional censu-
rou foi que se construísse 
uma base de dados da qual 
constassem as informações 
de todas as pessoas para fins 
de investigação criminal. A 
jurisprudência não sancio-
nou bases de dados para o 
exercício normal da ativida-
de comercial”, referiu. 
CHUMBO CONSTITUCIONAL 
Luís Pisco tem dúvidas de 
que as bases de dados para 
fins comerciais guardem a 
mesma informação que 
constava da armazenada na 
lista de acesso exclusivo 
para investigação criminal. 
“Informação como o desti-
natário, hora e local de onde 
é feito um telefonema não 
pode estar acessível a todos, 
e as bases de dados das ope-
radoras são consultadas por 
todo o departamento co-
mercial”, lembra. 
E se aquela informação 
privada estiver acessível, 
defende o advogado da De-
co, a nova proposta de lei 
pode ser chumbada pelo Tri-
bunal Constitucional. “Vio-
la o princípio da proporcio-
nalidade e a privacidade dos 
clientes”, sustenta.�
Conselho de Ministros aprova proposta de lei para contornar acórdão 
do Tribunal Constitucional. DECO alerta para perigo de novo chumbo 
Roberto Bessa Moreira 
roberto.moreira@jn.pt 
Ministra da Justiça, 
Catarina Sarmento 
e Castro, explicou 
que solução 
legislativa nasceu 
da reflexão 
efetuada pelo 
grupo de trabalho 
que reuniu polícias 
e a Procuradoria-
-Geral da República
PORMENORES
Dados essenciais 
Fontes policiais refe-
rem, ao JN, que o acesso 
a metadados é essencial 
para o sucesso das inves-
tigações, especialmente 
as que estão relaciona-
das com cibercrimes. 
 
Localização 
Ainda não se sabe se as 
bases de dados usadas 
para fins comerciais pas-
sarão a disponibilizar a 
localização de um tele-
fonema e o IP de um 
email. Estes dados são 
fundamentais para a Po-
lícia. 
 
Chumbo contornado 
O Observatório de Segu-
rança Interna acredita 
que “o facto de ter caído 
a intenção de manter 
uma base de dados espe-
cificamente criada para 
a investigação criminal 
ajuda a superar o chum-
bo do TC”.
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 JUSTIÇA 15
Joaquim Gomes 
justica@jn.pt 
JULGAMENTO O vice-presi-
dente da Câmara de Barce-
los, Domingos Pereira, foi 
condenado ontem a perda 
de mandato no processo em 
que recebeu um envelope 
com dez mil euros para ar-
ranjar “um emprego para a 
vida” a um ex-assessor, José 
Figueiredo. O Tribunal de 
Braga deu como provado 
um crime de corrupção pas-
siva para ato ilícito, conde-
nando também o arguido a 
pena de prisão de dois anos 
e dez meses, suspensa se pa-
gar cinco mil euros a uma 
instituição particular de so-
lidariedade social. 
A comerciante barcelense 
Maria José Figueiredo, que 
fez chegar o envelope a Do-
mingos Pereira, foi conde-
nada a um ano e meio de pri-
são, pena igualmente sus-
pensa. O dinheiro foi decla-
rado perdido a favor do Es-
tado. A juíza-presidente 
destacou “a gravidade deste 
tipo de crimes”, mesmo re-
conhecendo que o autarca 
aceitou os dez mil euros, 
mas não satisfez o pedido. 
Domingos Pereira, antigo 
deputado, ex-autarca do PS 
e hoje vice-presidente elei-
to como independente, res-
pondia por crime de corrup-
ção passiva. No seu primei-
ro mandato (2009-2013) Fi-
gueiredo foi secretário da 
Autarquia por nomeação 
pessoal de Domingos Perei-
ra, não renovada no segun-
do mandato. 
Em julgamento, o vice-
-presidente assumiu ter re-
cebido o dinheiro em 2016, 
mas não acedeu ao pedido 
de Maria Figueiredo. Justifi-
cou que nunca devolveu os 
dez mil euros porque a sua 
família e a da mulher eram 
próximas e a eventual devo-
lução seria constrangedora. 
E disse que até tinha combi-
nado com os filhos que, se 
fosse vítima de fatalidade, 
não deveriam gastar aquele 
dinheiro e devolvê-lo. 
O envelope acabaria por 
ser encontrado num armá-
rio da sua casa dois anos e 
meio depois, em buscas da 
PJ relacionadas com uma in-
vestigação ao alegado favo-
recimento de uma empresa 
de segurança e em que já são 
arguidos, entre outros, o ex-
-presidente da Câmara Mi-
guel Costa Gomes e a ex-ve-
readora Armandina Saleiro. 
O autarca terá anotado no 
próprio envelope a data em 
que o recebera e o fim a que 
se destinava. 
A versão de Domingos Pe-
reira foi corroborada, em 
julgamento, pelos seus dois 
filhos. Explicaram que Ma-
ria José Figueiredo terá pos-
to o envelope com dez mil 
euros dentro de um saco 
com peças de crochê desti-
nadas à esposa. �
JO
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Condenado também a dois anos e meio de prisão, com 
pena suspensa, no caso do envelope com dez mil euros 
Perda de mandato 
para vice de Barcelos 
por corrupção
Domingos Pereira deverá recorrer da condenação no Tribunal de Braga
Homem que fugiu em 
contramão na VCI com 
apresentações diárias
“Rei dos 
catalisadores” 
fica em 
liberdade
Embate aconteceu na VCI
MEDIDAS DE COAÇÃO O “Rei 
dos catalisadores”, detido 
após ter provocado um aci-
dente quando circulava em 
marcha atrás na VCI, no Por-
to, para fugir à PSP, saiu on-
tem à tarde em liberdade do 
Tribunal de Instrução Cri-
minal. Ficou sujeito a apre-
sentações diárias às autori-
dades. A namorada de Vítor 
M. também foi libertada, 
mas terá de deslocar-se a 
uma esquadra da PSP duas 
vezes por semana. 
O arguido, suspeito de ter 
furtado pelo menos 50 cata-
lisadores desde o início do 
ano, foi detetado na manhã 
de quarta-feira, em flagran-
te na zona do Pinheiro Man-
so, no Porto. Quando se 
apercebeu da presença de 
agentes da Esquadra de In-
vestigação Criminal da PSP 
do Porto fugiu num veículo 
furtado. 
Tinha já percorrido cerca 
de sete quilómetros a alta 
velocidade e chegado à VCI 
quando, na zona de Bessa 
Leite, decidiu conduzir em 
marcha atrás para tentar es-
capar à perseguição da Polí-
cia. Ainda conseguiu fazer 
cerca de 500 metros, até 
provocar um acidente. Ain-
da assim, ele e a namorada 
saíram do carro, que aban-
donaram ali mesmo. 
O casal foi detido poucos 
minutos depois pelos agen-
tes e levado ontem perante 
um juiz do Tribunal de Ins-
trução Criminal do Porto. ��
ALEXANDRE PANDA
Marido violento 
atira-se da varanda 
para não ser preso 
Patrulha alertada por vizinhos pelos gritos da 
mulher e filha bebé. Agressor em estado grave 
PENAFIEL Um emigrante, de 
45 anos, atirou-se da varan-
da do quinto andar de um 
prédio, na madrugada de 
ontem, em Penafiel, para 
fugir de uma patrulha da 
GNR que para ali se desloca-
va com a intenção de o pren-
der por violência domésti-
ca. Tinha espancado a mu-
lher e a bebé de três anos. O 
homem sobreviveu e foi in-
ternado nos cuidados inten-
sivos. A mulher e a filha 
também receberam cuida-
dos médicos no hospital. 
Pouco passava da meia-
-noite quando a GNR de Pe-
nafiel foi alertada por vizi-
nhos do casal, por causa dos 
gritos provenientes da casa. 
O homem estava a agredir a 
companheira, de 41 anos, e 
a filha bebé. Quando os mi-
litares entraram no prédio, 
situado por cima do centro 
comercial Brasília, no cen-
tro da cidade, o homem 
apercebeu-se da sua chega-
da e decidiu atirar-se da va-
randa para a rua. De acordo 
com informações recolhi-
das pelo JN, antes de se ati-
rar, o indivíduo gritou que 
não ia ser preso por nin-
guém. 
Foi assistido pelos Bom-
beiros Voluntários de Pena-
fiel no local e levado para o 
Centro Hospitalar do Tâme-
ga e Sousa, onde ontem, à 
hora do fecho desta edição, 
se mantinha internado nos 
cuidados intensivos. 
A mulher e a bebé sofre-
ram vários ferimentos e 
também foram assistidas no 
local e levadas para a mesma 
unidade hospitalar. A bebé 
já teve alta, mas ontem a 
mãe continuava internada. 
O homem estaria há vá-
rios meses a trabalhar no es-
trangeiro e regressou nos 
últimos dias à cidade de Pe-
nafiel por causa de compro-
missos familiares. Não ha-
via queixas às autoridades 
mas a violênciadoméstica 
duraria há dois anos. �
Estado falhou na 
prevenção dos fogos 
de Pedrógão Grande
ALEGAÇÕES Castanheira Ne-
ves, advogado do então pre-
sidente da Câmara de Casta-
nheira de Pera Fernando Lo-
pes disse ontem, no Tribunal 
de Leiria, que o Estado é o 
“potencial responsável” pe-
los incêndios de 2017, em Pe-
drógão Grande, porque fa-
lhou na prevenção. 
“A ausência de conheci-
mento e de competência em 
todo o edifício da proteção 
da floresta contra incêndios 
contribuiu para um desfe-
cho dramático”, afirmou 
Castanheira Neves. O ex-au-
tarca é acusado de dez cri-
mes de homicídio e um de 
ofensa à integridade física. O 
Estado foi acusado de não 
ter disponibilizado meios 
suficientes e no tempo ade-
quado. “A preocupação foi 
com o incêndio de Góis”, 
disse o advogado. Além dis-
so, indicou “falhas operacio-
nais” da Associação Nacio-
nal de Emergência e Prote-
ção Civil, atraso na evacua-
ção das pessoas e falta de 
coordenação entre o coman-
do distrital e o comandante 
no terreno. 
O advogado considerou 
que “o arguido cumpriu 
exemplarmente o seu dever 
legal”, incluindo em relação 
à limpeza dos terrenos, pois, 
assegurou, “os trabalhos fo-
ram todos executados”, no 
âmbito do Plano Municipal 
de Defesa da Floresta Contra 
Incêndios em vigor e do Pla-
no de Ação Municipal de De-
fesa da Floresta. � A.B.
Mário Constantino, o 
presidente da Câmara, 
mantém a “confiança” no 
seu vice. Em comunica-
do, diz que “os pressupos-
tos que estiveram na base 
da ‘Coligação Barcelos 
Mais Futuro’ mantêm-se 
inalterados” e recorda 
que Domingos Pereira 
“vem afirmando a sua 
inocência”. “A Justiça 
tem o seu tempo. (...) Ha-
vendo recurso a interpor 
daquela decisão judicial, 
a presidência da Câmara 
de Barcelos aguarda sere-
namente o veredito fi-
nal”, conclui. N.D.
Presidente garante 
“confiança pessoal 
e institucional” 
REAÇÃO
Jornal de Notícias16 27 de maio de 2022JUSTIÇA
Agredido e metido 
em bagageira de 
carro por 20 euros 
Jovens deixaram vítima em Portimão. 
Em Guimarães suspeitos agiram por vingança
VIOLÊNCIA A Polícia Judiciá-
ria anunciou, ontem, a de-
tenção de quatro homens, 
com idades compreendidas 
entre os 19 e os 58 anos, sus-
peitos de terem sequestra-
do e roubado dois homens, 
em Silves e em Guimarães. 
Naquela cidade algarvia, 
os sequestradores, de 19 e 
23 anos, abordaram a vítima 
quando esta saía de um res-
taurante, cerca das 2 horas 
do dia 16 de janeiro, e se di-
rigia para a viatura. 
Os agressores espancaram 
o outro homem, roubaram-
-lhe 20 euros e meteram-no 
na bagageira do carro, arran-
cando para duas horas de 
viagem, caracterizada por 
uma “condução agressiva”, 
conforme sublinha a PJ. 
A vítima foi mantida se-
questrada até às 4 horas, 
momento em que os dois jo-
vens abandonaram o veícu-
lo, junto a um posto de abas-
tecimento de combustíveis, 
em Portimão, e fugiram a 
pé. Esta circunstância foi 
aproveitada pela vítima 
para sair da bagageira do car-
ro e pedir ajuda. 
“Em resultado da agressão 
inicial e do cárcere na baga-
geira da viatura, a vítima fi-
cou ferida na zona do crâ-
nio, carecendo de tratamen-
to hospitalar prolongado”, 
referiu a Judiciária. 
Os detidos foram ouvidos 
por um juiz de instrução do 
Tribunal de Portimão, que 
ordenou a sua libertação, 
mediante apresentações pe-
riódicas num posto policial. 
AGIRAM POR VINGANÇA 
Em Guimarães, os seques-
tradores, de 57 e 58 anos, 
agiram por vingança. 
O crime ocorreu no pri-
meiro dia de dezembro do 
ano passado, quando um 
dos detidos atraiu a vítima 
e, com a ajuda do amigo, 
agrediu-a e também a me-
teu num carro. 
O sequestrado foi agredi-
do e levado para uma habi-
tação, “onde foi manietado 
e mantido sob sequestro, 
com tratamento cruel e de-
gradante”, revelou a PJ. 
Ambos os detidos têm an-
tecedentes criminais. ��
REIS PINTO
Mais uma vítima 
de violência 
na noite de Albufeira
ALGARVE Um homem, de 57 
anos, foi esfaqueado, na ma-
drugada de ontem, em Al-
bufeira e permanece inter-
nado. É a segunda noite con-
secutiva de violência na-
quele concelho. 
A vítima, de nacionalida-
de portuguesa, pediu ajuda 
no quartel dos bombeiros 
por volta das 1.20 horas. Foi 
assistida e encaminhada 
para a unidade de Portimão 
do Centro Hospitalar e Uni-
versitário do Algarve em es-
tado considerado grave. 
O Núcleo de Investigação 
Criminal da GNR foi acio-
nado, tendo a investigação 
do caso passado, entretan-
to, para a Polícia Judiciária. 
Ontem, um homem, com 
cerca de 50 anos e de nacio-
nalidade inglesa, foi agredi-
do com violência na zona da 
Oura. O alerta foi dado às 
4.45 horas da manhã. 
A vítima foi socorrida pe-
los Bombeiros de Albufeira 
e pelo INEM e depois trans-
portada para o hospital. 
Sofreu ferimentos na ca-
beça e no maxilar. Fazia par-
te de um grupo de três turis-
tas que foram assaltados e 
ficaram sem dois telemó-
veis. ���
MARISA RODRIGUES
Pandemia fragilizou economia e sistemas do setor. Autoridades consideram 
ainda “expectável” que fraude com subsídios europeus continue a aumentar
Relatório alerta para 
“potencial risco” de 
corrupção na saúde
PREVENÇÃO O Relatório 
Anual de Segurança Interna 
(RASI) de 2021 alerta para o 
“potencial risco” da existên-
cia, em Portugal, de “corrup-
ção e crimes conexos na área 
de saúde, face à insuficiência 
de recursos humanos, estru-
turas, equipamentos e mate-
rial médico” originada pela 
pandemia e o seu “impacto 
na economia”. Os procedi-
mentos contratuais de aqui-
sição de bens e serviços 
apontada como área a pres-
tar atenção. 
O “potencial risco”, identi-
ficado por “instâncias inter-
nacionais”, tinha já sido re-
ferido, no ano passado, pela 
Transparência Internacional 
ao analisar a corrupção na 
União Europeia. Segundo o 
barómetro de 2021, quase 
metade (46%) dos utentes 
dos serviços de saúde em 
Portugal dependeram de “li-
gações pessoais”. 
“Estas conclusões são par-
ticularmente preocupantes 
no contexto atual”, subli-
nhou então o organismo, 
precisando que, além da ne-
Inês Banha 
ines.banha@jn.pt 
cessidade de prestarem cui-
dados médicos a doentes de 
covid-19, os governos euro-
peus estavam já, à data, a va-
cinar a sua população e a pla-
near a distribuição de fundos 
milionários para “a recupe-
ração pós-pandemia”. “A 
corrupção ameaça todas es-
tas atividades”, frisou a 
Transparência Internacio-
nal. Além da área da saúde, o 
RASI considera, ainda, “ex-
pectável” que em 2022 se 
mantenha a tendência cres-
cente”, já constatada em 
2020, de “fraude na obten-
ção e/ou desvio na conces-
são de subsídios”. Em causa 
está o facto de os esquemas 
usados serem “cada vez mais 
complexos” e de estarem em 
curso diversos programas co-
munitários, como o Portugal 
2030 e o Plano de Recupera-
ção e Resiliência. 
“LAVAGEM” ESTÁ A MUDAR 
Em 2021, o número de in-
quéritos abertos pela Polícia 
Judiciária (PJ) na área da cri-
minalidade económico-fi-
nanceira aumentou, de res-
to, 10% face ao ano anterior, 
com o branqueamento a re-
presentar 33% dos casos. 
Associada a diversos cri-
mes, a “lavagem” de dinhei-
ro está, no caso do cibercri-
me, a mudar de característi-
cas, tendo-se verificado nos 
últimos anos, lê-se no RASI, 
o “desaparecimento total” 
do recurso a “mulas” que dis-
ponibilizavam contas pes-
soais para a transferência dos 
lucros ilegais da rede. 
A prática passa agora pela 
contratação de alguém “para 
cria empresas fictícias” com 
contas bancárias que funcio-
nam como destino da quan-
tia subtraída noutros países. 
Esta é, depois, transferida 
para contas em “países não 
cooperantes”, incluindo eu-
ropeus. 
“Outra alteração significa-
tiva é o uso do sistema ban-
cário para a expatriação dos 
fundos da conta ‘mula’ para 
o destino (anteriormente 
usavam-se maioritariamen-
te plataformas de transfe-
rência de fundos)”, lê-se. 
O esquema é usado por 
grupos que, fora de Portugal, 
atacam sistemas informáti-
cos, praticam online burlas 
com alojamentos de férias e 
enganam investidores em 
criptomoedas. �
Aquisição de bens é apontada noRASI como área merecedora de atenção
822
DADOS
inquéritos por corrupção 
concluídos em 2021. Des-
tes, só 41 culminaram em 
acusação. Noutros 23 foi 
determinada a suspensão 
provisória do processo.
715
investigações por bran-
queamento finalizadas em 
2021. Em 48 destas, foi de-
duzida acusação. Outros 
dois processos foram sus-
pensos provisoriamente.
Em 2021, ficaram feridos 
em ação mais 189 ele-
mentos de GNR, PSP, PJ e 
Polícia Marítima do que 
em 2020. No total, foram 
assistidos 1042 polícias, 
dos quais apenas 18 ne-
cessitaram de ser hospi-
talizados. Já o número de 
mortes diminuiu de três 
para uma, na sequência 
de um acidente rodoviá-
rio na via de acesso ao 
Autódromo de Portimão, 
onde se realizava o Gran-
de Prémio de Moto GP. O 
RASI não refere quantos 
cidadãos ficaram feridos 
em ações policiais. Em 
comunicado, o Sindicato 
Nacional de Polícia fala 
em mais polícias feridos 
além dos contabilizados 
e exige uma moldura pe-
nal mais grave para 
agressores de polícias.
Mais 189 polícias 
feridos em ação 
do que em 2020
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Jornal de Notícias18 27 de maio de 2022JUSTIÇA
Tiago Rodrigues Alves 
tiago.alves@jn.pt 
JULGAMENTO Um homem 
de 76 anos ficou sem cinco 
mil euros ao cair numa bur-
la num bar de alterne na 
zona da Sé, no Porto. O es-
quema com cartões bancá-
rios vigorou entre março de 
2019 e junho de 2021 e terá 
causado um prejuízo de 250 
mil euros a 36 vítimas. 
Uma das alternadeiras 
acusadas admitiu ontem, 
no julgamento, no Porto, 
que participava em encon-
tros com os homens burla-
dos e que até recebeu 400 
euros de um deles para com-
prar um vestido. Sobre as 
burlas não se pronunciou, 
mas disse que, após os en-
contros, nunca mais falava. 
“Eles só queriam ter rela-
ções sexuais”, justificou. 
Manuel, de 76 anos, com-
binou um encontro com Ca-
rina após uma troca de men-
sagens no Tinder (site de en-
contros) e Facebook. O pro-
fessor universitário viajou 
de Lisboa ao Porto para se 
encontrar com uma supos-
ta cabeleireira de 50 anos. 
Carina apareceu com uma 
amiga e foram todos até ao 
bar de alterne, chamado 
Tropical 2. “Parecia um bar 
normal, mas com pouca ilu-
minação. Ficámos lá a to-
mar umas bebidas”, contou 
o professor, doutorado em 
Ciência Política, após apon-
tar duas arguidas como sen-
do Carina e a amiga Maria. 
Manuel pediu a conta: 
eram 100 euros. Veio uma 
senhora com o terminal 
multibanco. Disse que dava 
erro. “Eu dei outro cartão e 
inseri o código mais três ve-
zes”, conta. Acabou por pa-
gar com dinheiro. Deu 50 
euros, as amigas ficaram de 
dar outros 50 euros. Fariam 
contas depois, ao jantar. E 
saíram do bar. Carina disse 
que ia deixar a amiga. De-
pois iria ter com Manuel à 
Praça Velásquez. 
“Esperei três horas. Tentei 
ligar, mas já estava desliga-
do. Enviei mensagens e 
nada”. Manuel jantou sozi-
nho. No hotel, quando acor-
dou, consultou o seu saldo 
bancário e viu que lhe ti-
nham tirado 100 euros e, 
em mais três movimentos, 
três mil, 1500 e 500 euros. 
Perdeu cinco mil euros, que 
já se transformaram em 
sete mil, por causa dos juros 
e das comissões ao banco. 
Um mês depois, Manuel 
recebeu uma SMS de um 
número desconhecido. Di-
zia que era a Carina e que ti-
nha filmes e fotos dele com 
duas prostitutas. Ou Ma-
nuel pagava, ou as fotos iam 
parar às redes sociais. Ma-
nuel não pagou e fez queixa 
à PSP. “Tudo isto afetou-me 
muito, em termos académi-
cos e sociais”, queixou-se o 
professor universitário. �
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Docente de 76 anos conhece alternadeira no Tinder e 
cai em esquema que lesou 36 vítimas em 250 mil euros
Professor de Lisboa 
burlado em bar 
de alterne do Porto 
Companheiro e filho da patroa do bar de alterne também estão a ser julgados 
Detidos em flagrante, 
“reis dos elétricos” 
foram libertados 
Dois trios de 
carteiristas 
apanhados 
pela PSP
Oito arguidos 
A dona do bar, o compa-
nheiro, o filho, três alter-
nadeiras e dois cúmplices 
estão a ser julgados por de-
zenas de crimes de burla 
no Tribunal de São João 
Novo, no Porto. 
 
Fingiam erros no TPA 
O esquema passava pela si-
mulação de erros no termi-
nal de pagamento para 
obrigar as vítimas a inserir 
o código PIN várias vezes e 
assim conseguirem debitar 
várias pagamentos 
de quantias superiores ao 
devido.
ACUSAÇÃO
Elétricos são palco 
habitual de carteiristas 
LISBOA Três carteiristas, co-
nhecidos como “os reis dos 
elétricos”, foram apanha-
dos com uma carteira furta-
da num elétrico, anunciou 
ontem a PSP, que deteve 
um segundo trio de cartei-
ristas, estes do Leste da Eu-
ropa, por 25 furtos e 30 uti-
lizações indevidas de car-
tões bancários, que lesaram 
as vítimas em 41 775 euros. 
Os “reis dos elétricos” – 
pai, filho e amigo – têm en-
tre 69 e 37 anos e foram apa-
nhados a 20 de maio. Dete-
tados no Cais do Sodré, se-
riam detidos em Belém ao 
saírem de um elétrico com 
uma carteira com 180 euros. 
“A vítima de nada se aperce-
beu”, diz a PSP, que lhes im-
putaria mais dois furtos. 
São velhos conhecidos da 
PSP, que já estiveram pre-
sos, mas seriam libertados 
por um juiz, na condição de 
não frequentarem elétricos 
e se apresentarem à PSP 
uma vez por semana. 
Já o trio estrangeiro tam-
bém detido pela PSP de Lis-
boa atuava mais em esta-
ções ferroviárias e ficou em 
prisão preventiva. Além de 
furtos, é suspeito de fazer 
levantamentos e pagamen-
tos com cartões furtados. A 
sua mobilidade dificultou a 
investigação, assume a PSP, 
dizendo que o grupo come-
çou a atuar no país em 2018, 
mas só em 2021 passou a vir 
cá “de forma mais regular”, 
ainda que “por curtos perío-
dos de tempo”. �
A FECHAR
LOURES A PSP fiscalizou, em Loures, no passado dia 17, 
dois lares que se encontravam a funcionar sem licencia-
mento em duas habitações e acolhiam cerca de duas de-
zenas de idosos. Os agentes constataram que os utentes 
estavam higienizados, nutridos e sem sinais de maus-
-tratos. No entanto, verificaram também nos dois locais 
a inexistência de diversos equipamentos obrigatórios 
por lei em lares, por forma a dar melhores condições de 
vivência aos seus utentes. Foram elaborados dois autos 
de notícia por contraordenação por falta de licenciamen-
to e autos por diversas infrações à legislação.
Polícia fiscalizou em Loures 
dois lares ilegais com 20 utentes
PORTO A PSP deteve an-
teontem, cerca das 14.10 
horas, no Bairro da Paste-leira Nova, no Porto, um 
homem, com 24 anos, por 
tráfico de droga. Agentes 
da Esquadra de Interven-
ção e Fiscalização Policial 
da 2.a Divisão, no decurso 
de uma ação de prevenção 
e combate ao tráfico de 
droga intercetaram o sus-
peito, que estava na pos-
se de 167 doses de heroí-
na, 28 de cocaína e sete de 
haxixe.
Traficante 
detido pela PSP 
no Bairro da 
Pasteleira Nova
CORUCHE Um homem, 
com 28 anos, foi detido 
em Coruche pela GNR, 
que o surpreendeu a furtar 
cortiça. No seguimento de 
uma denúncia a dar conta 
do furto, os militares da 
Guarda deslocaram-se 
para o local e surpreende-
ram o suspeito a efetuar o 
corte de um sobreiro para 
retirar a cortiça. Foram 
ainda identificados três 
homens, com idades entre 
os 36 e os 45 anos. O deti-
do já tinha cadastro.
Surpreendido 
pela GNR 
quando 
furtava cortiça
COVILHÃ A GNR resgatou, anteontem e na terça-feira, na 
Covilhã, um corso recém-nascido e um texugo-europeu. 
Os militares do Núcleo de Proteção Ambiental foram 
alertados, anteontem, para a presença de um texugo-
-europeu que aparentava estar ferido e debilitado junto 
a uma zona residencial em Teixoso. No dia anterior, ha-
viam recolhido o corso, que deambulava na rua na loca-
lidade de Erada e aparentava estar desnutrido e debili-
tado. Os animais foram entregues no Centro de Recu-
peração de Animais Selvagens em Castelo Branco.
GNR resgatou texugo-europeu 
e corso recém-nascido 
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 PORTO 19
ECONOMIA Na antiga Fábrica das 
Sedas, o centro empresarial funda-
do no romper da quarta revolução 
industrial, a 27 de maio de 2002, 
atinge o vigésimo aniversário com 
o vigor redobrado do projeto origi-
nal e já metido na vertigem de to-
das as novas transições. Eis, então, 
a alucinante era do 5G e do 5.0, 
sempre da tecnologia de ponta e da 
inovação e, para lá do negócio, um 
primado das humanidades, da eco-
logia, da cultura e das artes. É a 
“métrica da felicidade” no traba-
lho, resume uma das entidades de 
maior relevância na economia de 
Matosinhos e da Área Metropoli-
tana do Porto (AMP). 
A efeméride teve ontem uma 
primeira celebração, investida de 
todo o simbolismo: com a presen-
ça de 1200 convidados, na maioria 
“lioneses”, como se intitulam os 
sete mil funcionários da comuni-
dade, a Lionesa fez a festa de apre-
sentação do novo logótipo, que re-
mete para as origens mais remo-
tas, as da Fábrica das Sedas, funda-
Lionesa. 20 velas, 5G 
e alegria no trabalho
da em 1944, falida nos finais dos 
anos 1990 e adquirida pela família 
do empresário Pedro Pinto. 
Precisamente, é no casulo do bi-
cho-da-seda, reinterpretado no o 
da marca, que António Pedro Pin-
to, diretor de marketing do “hub”, 
anuncia “o espaço dinâmico, de vá-
rias formas e mutações, em cons-
tante crescimento”. No caso da 
Lionesa, a larva transformou-se no 
que é hoje, um resort industrial de 
vanguarda, com 120 inquilinos, 
entre os quais se encontram mar-
cas de prestígio como a Oracle, a 
Farfetch, a Vestas, a Volkswagen, 
a Cofco, a Klockner Pentaplast, a 
Generix ou a Hilti. 
CAPTAR TALENTOS 
Da instalação destas multinacio-
nais resulta o fluxo diário de cola-
boradores de 46 nacionalidades, o 
que faz da Lionesa uma marca 
“onusiana”, de variadíssimas cul-
turas e de vastas competências 
técnicas. “A nossa função é captar 
talentos”, observa António Pedro 
Pinto. 
De todo estes circuitos, faz-se, 
então, o “Silicon Valley” da AMP. 
Fechou 2021 com a instalação de 
cinco novas empresas, que criaram 
800 novos postos de trabalho. Ou-
tro gigante internacional, a ameri-
cana FedEx, prepara-se para insta-
lar, até final do ano, um centro de 
serviços partilhados, que acrescen-
tará à comunidade mais 700 “lio-
neses”, num novo edifício de escri-
tórios, com sete mil metros qua-
drados, distribuídos por quatro pi-
sos. Deverá estar concluído em ju-
lho e incluiu-se no “masterplan” 
que prevê, até 2025, investimen-
tos de 100 milhões de euros. Des-
te plano destacam-se a construção 
de zonas desportivas, de residên-
cias empresariais e de um hotel, 
com cerca de uma centena de alo-
jamentos, para uso da comunida-
de das vagas de nómadas digitais. 
 JARDIM FILOSÓFICO 
A joia será o jardim de cinco hecta-
res, que ligará o “campus” ao mos-
teiro de Leça do Balio, também 
propriedade da Lionesa. O projeto 
do Jardim Filosófico, como foi ba-
tizado, conjuga-se entre o arquite-
to paisagista Sidónio Pardal e o ar-
quiteto Álvaro Siza. 
“Business Hub” de Leça do Balio completa duas décadas de expansão e vanguarda empresarial. 
“Bem-estar e felicidade da comunidade” são a chave de ingresso na quinta revolução industrial
Almiro Ferreira 
almiro@jn.pt 
Será um brinco vegetal, nas mar-
gens do rio Leça, para fruição de 
toda a comunidade. Não será só es-
tética. A Lionesa aguarda retribui-
ção: “Em pesquisas internas repa-
rámos que o contacto dos colabora-
dores com o meio ambiente au-
menta a felicidade em 15%, a pro-
dutividade em 6% e a criatividade 
em 15%”, diz o diretor de marke-
ting, observando outros estudos, 
que atribuem ao contacto com a 
natureza o aumento de 26% de es-
tímulos cognitivos. 
“Não sei bem se é a quinta revo-
lução, porque já há muito tempo 
fazíamos este caminho. Simples-
mente, a pandemia veio acelerar 
este caminho, de interação e de co-
laboração num espaço mais so-
cial”, diz António Pedro Pinto. 
“Já tínhamos entrado por aí há 
muito tempo, só que não o tínha-
mos percecionado assim. Sempre 
trabalhámos na ótica das pessoas, 
com particular preocupação de 
humanização do trabalho. O nos-
so foco são as pessoas”, atalha 
Eduarda Pinto, diretora-executi-
va de um dos locais “mais felizes 
para trabalhar”.�
PO
RT
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CURIOSIDADES
trabalhadores 
e 120 empresas 
A comunidade lionesa 
continua em crescimen-
to e deverá atingir 12 
mil colaboradores até 
2025. Presentemente, 
tem instaladas 120 em-
presas, entre as quais 
multinacionais de reno-
me planetário. 
7000
nacionalidades 
e um mundo à parte 
O Business Hub da Lio-
nesa é uma autêntica 
sociedade das nações e 
uma encruzilhada de 
culturas. Tem colabora-
dores de 46 nacionalida-
des e atrai uma data de 
nómadas digitais.
46
O centro empresarial de Leça do Balio não vive só de negócio. Arte, cultura e bem-estar social fazem parte de uma história de sucesso 
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Jornal de Notícias20 27 de maio de 2022PORTO
The Editory Boulevard Aliados conta com 
68 quartos e piscina exterior. Investimento 
de 20 milhões tem ligação à Rua do Almada 
TURISMO O Hotel Editory 
Boulevard Aliados Porto, no 
coração da Invicta, teve on-
tem a sua inauguração ofi-
cial, numa cerimónia que 
contou com muitos convi-
dados, entre eles o autarca 
Rui Moreira. A unidade ho-
teleira, que representa um 
investimento de 20 mi-
lhões de euros por parte da 
Sonae, é da gama cinco es-
trelas e tem a particularida-
de de ligar os Aliados à Rua 
do Almada. 
Pedro Capitão, adminis-
trador da Hotelaria Sonae 
Capital, mostrou-se “con-
fiante” no volume de ne-
gócios para este ano, pers-
petivando, a nível do gru-
po, “igualar o volume de 
2019, na pré-pandemia”. O 
Editory Boulevard Aliados 
tem 68 quartos e piscina 
exterior aquecida. Dispõe 
de salas de reuniões e tem 
no seu restaurante outro 
dos atrativos. 
A localização é mais um fa-
tor-chave. Destinado a um 
segmento de luxo, benefi-
cia da centralidade e da pro-
ximidade a pontos de inte-
resse, como os bairros das 
artes ou a movida. Também 
na relação com a história e a 
arquitetura, o hotel marca 
pontos. Está classificado 
como parte de um conjunto 
de interesse público, posi-
cionado entre a Avenida dos 
Aliados, cuja traça remonta 
ao século XIX, e a artéria do 
Almada, do século XVIII. 
NOVIDADES NA PRIMAVERA 
O presidente da Câmara, 
Rui Moreira, desejou as 
“maiores felicidades” à 
equipa da Sonae, que de-
monstra a “resiliência das 
gentes do Norte”, salien-
tando que a Baixa portuen-
se deixou de ser um “bura-
co negro”, como acontecia 
antes da reabilitação,para 
tornar-se num “sítio aprazí-
vel”, que recuperou a “dinâ-
mica” de outrora. 
Para além da nova joia no 
centro citadino, Pedro Capi-
tão lembrou que a marca 
Editory conta com hotéis na 
Ribeira, Boavista (Porto Pa-
lácio) e na Rua Firmeza. 
Para a primavera do próxi-
mo ano está prevista a inau-
guração de uma nova unida-
de, também na Firmeza. � 
Sonae inaugura 
hotel cinco 
estrelas 
na Baixa
AMBIENTE A Resulima tem 
30 dias para apresentar um 
plano de ação e 180 dias para 
resolver os problemas no 
aterro de Paradela (Barce-
los), que, há cinco meses, li-
berta um cheiro nausea-
bundo que desespera os mo-
radores de Laundos e S. Pe-
dro de Rates, na Póvoa de 
Varzim. Quem o diz é a Co-
missão de Coordenação e 
Desenvolvimento Regional 
Norte (CCDR-N). A visto-
ria, pedida pela Câmara da 
Póvoa, detetou “várias in-
conformidades” e “defi-
ciências de exploração”. 
Agora, ou resolve, ou fecha. 
“É uma vergonha o que ali 
se passa! Foram dados 30 
dias para apresentar um pla-
no para a resolução dos pro-
blemas que as populações 
constatam, bem como defi-
ciências de exploração dete-
tadas”, explicou o presiden-
te da Câmara, Aires Pereira, 
que entre 2013 e 2021 presi-
diu à Lipor, a gestora de re-
síduos do Grande Porto. 
Lixo depositados em ater-
ro sem tratamento, resí-
duos para os quais a unida-
de não está licenciada, pro-
cessos técnicos encurtados 
de 28 para 14 dias e detritos 
deixados a céu aberto antes 
do tempo são apenas alguns 
dos “problemas graves” de-
tetados pela vistoria, que 
vem, agora, dar razão aos 
moradores das duas fregue-
sias poveiras. 
Gizado o plano, diz ainda a 
CCDR-N, a Resulima tem 
180 dias para corrigir as “in-
conformidades”, caso con-
trário não será emitida a li-
cença de exploração. O ater-
ro de Paradela custou 28 mi-
lhões e começou a funcio-
nar no início do ano. As 
queixas das duas freguesias 
vizinhas não tardaram. 
Dentro de 180 dias, se nada 
mudar, a Câmara vai agir 
para que o aterro seja encer-
rado. ��A.T.M.
Odor nauseabundo 
de aterro em Barcelos 
é há muito contestado
Resulima tem 
180 dias para 
acabar com 
o mau cheiro 
na Póvoa
Marginal 
da Póvoa 
cortada 
ao trânsito 
ao fim de 
semana
Medida repete-se 
todos os verões 
desde 2019 e tem 
sido um êxito, 
incluindo ambiental 
AMBIENTE A medida chegou 
em 2019 e veio para ficar. A 
marginal da Póvoa de Varzim 
vai voltar a ser cortada ao 
trânsito aos fins de semana, 
entre 1 de junho e 15 de se-
tembro. A Câmara quer dar 
prioridade ao peão e permitir 
que se desfrute da beira-mar 
sem carros. Ao mesmo tem-
po, é mais uma ajuda ao am-
biente: incentiva-se a bicicle-
ta e outros modos suaves de 
transporte e diminui-se o 
trânsito no centro da cidade. 
“É inquestionável que, 
nos meios urbanos, cresce a 
dificuldade de coabitação 
entre o cidadão e o automó-
vel”, frisou o presidente. 
Aires Pereira sublinha o 
“impacto positivo” da me-
dida nos últimos dois anos: 
há mais gente e, na estrada, 
as filas de trânsito dão lugar 
a famílias a pé, de bicicleta, 
trotineta, patins ou skate a 
passear ou a fazer desporto 
junto à praia. 
A medida aplica-se de 1 de 
junho a 15 de setembro, às 
sextas-feiras à noite e aos 
sábados e domingos todo o 
dia. ��A.T.M.
Executivo vai votar na segunda-feira a compra 
do equipamento para vigiar zonas de diversão
SEGURANÇA A Câmara do 
Porto vai avançar com um 
concurso público interna-
cional para a aquisição e ma-
nutenção de sistema de vi-
deovigilância para a segu-
rança de pessoas e bens na 
cidade. Depois da luz verde 
dada pela Comissão Nacio-
nal de Proteção de Dados, a 
Autarquia vai adquirir 79 câ-
maras a instalar no espaço 
público da zona da Baixa. 
O sistema vai abranger es-
sencialmente as artérias lo-
calizadas na União de Fre-
guesias de Cedofeita, Santo 
Ildefonso, Sé, Miragaia, São 
Nicolau e Vitória e, segundo 
o despacho do Ministério da 
Administração Interna, pu-
blicado a 29 de março em 
“Diário da República”, deve 
ser operado de forma a ga-
rantir “a proteção da segu-
rança das pessoas, animais e 
bens, em locais públicos ou 
de acesso público, e a pre-
venção de crimes, em locais 
em que exista razoável ris-
co da sua ocorrência”. 
Na reunião do executivo 
da próxima segunda-feira 
será então votada a aquisi-
ção e manutenção de siste-
ma e a decisão de contratar 
os trabalhos de empreitada. 
O preço base para o período 
máximo de vigência do con-
trato é superior a 1,4 mi-
lhões de euros (sem IVA). 
A FUNCIONAR 24 HORAS/DIA 
Este sistema funcionará na 
ala nascente do complexo 
do Centro de Gestão Inte-
grada (CGI), instalado no 
quartel dos Sapadores Bom-
beiros, na Rua da Constitui-
ção. As imagens serão visio-
nadas 24 horas/dia por 
agentes da PSP mas é proibi-
da a captação de sons, exce-
to quando ocorra perigo 
concreto para a segurança 
de pessoas e bens. 
Recorde-se que foi em 
2021 que a PSP apresentou 
Porto avança com 
compra de câmaras 
de videovigilância
Alfredo Teixeira 
locais@jn.pt 
um mapa com as artérias 
com um índice de crimina-
lidade elevado e solicitou 
que a Autarquia implemen-
tasse os recursos tecnológi-
cos que permitissem à Polí-
cia evitar situações de inse-
gurança para pessoas e/ou 
bens nestes locais. 
Para a Autarquia, “o siste-
ma de videovigilância pro-
posto não visa em nenhu-
ma instância substituir a 
componente humana da 
atividade policial, mas an-
tes constituir uma ferra-
menta complementar da 
atividade policial, preventi-
va e reativa, com comprova-
do eleito dissuasor da práti-
ca de determinados ilícitos 
criminais”. ��A.T.
Câmaras vão vigiar artérias da Baixa portuense
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No átrio, a placa foi descerrada por Rui Moreira
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OBRAS
hotéis da Sonae, localiza-
dos na Invicta (Porto Palá-
cio), Lagos e Tróia vão so-
frer melhoramentos du-
rante o próximo triénio. 
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 PORTO 21
Passeio 
Público
Compromisso 
superior 
no OE
Decorreram esta semana as dis-
cussões parlamentares sobre o 
Orçamento do Estado. 
No Ensino Superior, revemos o 
congelamento do valor das propi-
nas para todos os ciclos de estudo, 
medida importante quando o im-
pacto da pandemia ainda se refle-
te nos orçamentos das famílias. 
Na ação social é aprovada a pro-
posta da Iniciativa Liberal que al-
tera procedimentos de atribuição 
de bolsas de estudo, para que as 
decisões sejam conhecidas antes 
da divulgação dos resultados do 
Concurso Nacional de Acesso, e o 
reforço das bolsas a estudantes do 
segundo ciclo. 
Contudo, na ação social precisa-
mos de um compromisso supe-
rior no OE, por ser central no alar-
gamento da base social de recru-
tamento. O elevador social en-
contra-se em manutenção, afinal, 
foi noticiado que apenas 10% dos 
filhos de famílias pobres e com 
poucas qualificações chegam ao 
Ensino Superior. 
Apesar da pandemia e da inter-
rupção da legislatura, os números 
conhecidos da execução orça-
mental mostram que o aumento 
de 2% por ano das transferências 
do Estado para as Instituições de 
Ensino Superior será cumprido. 
Mas, se consideradas novas ad-
missões e progressões de carreira 
e o aumento dos custos de funcio-
namento agravados pela inflação, 
a garantia prestada pelo contrato 
de legislatura não é suficiente 
para que as IES consigam cumprir 
os objetivos previstos pela notória 
indisponibilidade financeira. 
O aumento de 135 milhões de 
euros nas dotações destinadas ao 
setor decorre sobretudo da dispo-
nibilidade possibilitada pelo 
PRR. Perante os desafios que se 
colocam ao país, urge rever e me-
lhorar o modelo de financiamen-
to do Ensino Superior, com uma 
estratégia de desenvolvimento 
estrutural que seja adequada aos 
recursos disponíveis.
POR Ana Gabriela Cabilhas 
Presidente da Federação Académica do Porto
A FECHAR
PATRIMÓNIO Os Paços do 
Concelho de Vila do Con-
de, construídos em 1543 
por ordem do rei D. Ma-
nuel I, vão estar amanhã 
de “porta aberta” com 
uma visita guiada, às 10.30horas, orientada por Elia-
na Miranda Sousa, arqueó-
loga e historiadora. Os in-
teressados em participar 
na visita devem inscrever-
-se previamente através 
do e-mail turismo@cm-vi-
ladoconde.pt ou pelo tele-
fone 252 248 445.
Quinhentista 
Paços do Concelho 
de Vila do Conde 
de portas abertas
AJUDA Entre amanhã e do-
mingo, o Banco Alimentar 
Contra a Fome do Porto 
promove uma nova cam-
panha de alimentos, de-
pois de a última ação ter 
acontecido em novembro. 
A campanha decorrerá em 
mais de 300 super e hiper-
mercados do distrito do 
Porto, locais onde será 
possível doar todo o tipo 
de produtos não perecí-
veis: leite, conservas, azei-
te, óleo, arroz, açúcar, fa-
rinha ou massas.
Banco Alimentar 
do Porto com 
nova campanha 
no fim de semana
ROMARIA A Festa da Bugiada e Mouriscada regressa a So-
brado, no concelho de Valongo, e já tem programa de 
festejos que culminam a 24 de junho com a manifesta-
ção popular de danças de mouros e cristãos pela dispu-
ta pela imagem milagrosa de São João Batista. As festas 
começam a 15 e terminam a 24 de junho. O cartaz inclui 
as atuações da banda Amor Electro (dia 17), do humoris-
ta Fernando Rocha (20), Pólo Norte (21), Zé Amaro (22), 
Richie Campbell (23), entre muitos outros.
Mão-cheia de artistas promete 
animar Bugiada e Mouriscada
GONDOMAR A remoção dos resíduos perigosos deposita-
dos em São Pedro da Cova, Gondomar, será retomada e 
demorará quatro meses, garantiu ontem a Comissão de 
Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte 
(CCDR-N), após obter visto do Tribunal de Contas (TC). 
“A CCDR-N obteve visto prévio do TC para a extensão 
do contrato dos trabalhos de remoção de resíduos peri-
gosos depositados nas escombreiras das antigas minas 
de São Pedro da Cova, tendo em vista a sua conclusão 
em definitivo”, refere. Até à data, foram removidas 
275 300 toneladas de resíduos perigosos.
Retoma da remoção de resíduos 
em S. Pedro da Cova foi aprovada
Grande incêndio 
destrói empresa de 
espumas sintéticas
Instalações foram completamente tomadas pelas chamas, 
mas os 50 funcionários irão manter postos de trabalho
SÃO JOÃO DA MADEIRA A em-
presa de espumas sintéticas 
e tecidos Ert2, localizada em 
São João da Madeira, ficou 
completamente destruída 
pelas chamas na tarde de on-
tem. Os postos de trabalho 
não deverão estar em causa. 
O fogo na Ert2, uma das 
sete unidades de laboração 
que esta marca tem na Zona 
Industrial das Travessas, co-
meçou cerca das 18.30 ho-
ras, quando os trabalhado-
res mudavam de turno. 
Sem causas ainda conheci-
das e numa altura em que se 
registavam temperaturas 
elevadas, as chamas rapida-
mente tomaram a empresa 
destruindo-a por completo. 
Apesar da pronta inter-
venção dos Bombeiros de 
São João da Madeira, cujo 
quartel está a cerca de 600 
metros dali, não foi possível 
salvar a empresa, neste in-
cêndio que acabaria por ser 
também combatido com o 
auxílio de várias corpora-
ções do distrito de Aveiro. 
Aquela unidade dedicava-
-se à produção de espumas e 
tecidos para o setor do cal-
çado, representando cerca 
de 10% da laboração do gru-
po que se dedica, maiorita-
riamente, à produção de es-
pumas e tecidos para o setor 
automóvel. 
Ao JN, o presidente da Câ-
mara, Jorge Sequeira, expli-
cou que a atuação dos bom-
beiros passou pela tentativa 
de evitar que as chamas se 
propagassem a outras em-
presas anexas, também elas 
com materiais muito infla-
máveis. “Esta unidade está 
praticamente tomada pelo 
fogo”, afirmava o autarca 
quando ainda decorria o 
combate às chamas, garan-
tindo que “a empresa terá 
capacidade para absorver os 
postos de trabalho [cerca de 
50 funcionários]”. 
Apesar da destruição veri-
ficada e da rápida propaga-
ção das chamas, não houve 
feridos a lamentar. Tudo in-
dicava que o rescaldo iria 
durar toda a noite. �
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Salomão Rodrigues 
locais@jn.pt 
1 Chamas 
irromperam 
cerca das 18.30 
horas, durante 
mudança de 
turnos dos 
funcionários 
 
2 O fogo tomou 
rapidamente 
conta da 
empresa e as 
chamas eram 
visíveis a 
quilómetros 
de distância
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Jornal de Notícias22 27 de maio de 2022NORTE/SUL
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Freguesias rurais de Braga e Vila Verde temem avanço de indústrias que lhes 
roubem o sossego. Municípios prometem cumprir regras ambientais e urbanísticas
“Vão pôr um monstro 
à frente das casas”
POLÉMICA Há 34 anos, Adão Quin-
tela comprou um terreno na fre-
guesia rural de Vilaça, em Braga, 
para construir uma casa, sair do 
centro da cidade, e passar “a ter 
sossego e ar puro”. Agora, o mora-
dor teme perder isso tudo, devido 
ao projeto de expansão de uma 
transportadora, que ali quer cons-
truir um centro logístico. Em Vila 
Verde, a população de Atiães tam-
bém saiu à rua em protesto, no úl-
timo mês, porque não quer ver 
nascer “um parque industrial” 
que lhe possa roubar o silêncio. Já 
os municípios garantem que as re-
gras ambientais e urbanísticas se-
rão avaliadas. 
“Viemos para a aldeia para ten-
tar melhorar a mente e a saúde. 
Agora vão pôr um monstro à fren-
te das casas. Mesmo que seja um 
pavilhão para medicamentos, vai 
haver refrigeração 24 horas por 
dia”, lamenta Adão Quintela, ad-
mitindo que “sempre [imaginou]” 
Sandra Freitas 
locais@jn.pt 
que os terrenos vizinhos viriam a 
ser ocupados por habitação. “Nós 
gostávamos que viesse para aqui 
gente nova”, acrescenta Rogério 
Rocha, secretário da Junta de Vila-
ça, que, recentemente, questio-
nou a decisão do Município, quan-
to à aprovação do investimento da 
Torrestir como sendo de “interes-
se público estratégico” (ler caixa). 
A proposta do Executivo, que dá 
luz verde ao centro logístico no lo-
cal, vai voltar a reunião do Executi-
vo, com uma missiva da Junta. Os 
responsáveis querem que fique re-
gistado que “a nível social e de qua-
lidade de vida, esta decisão vai ter 
um impacto brutal na vida pacata 
da freguesia”. Questionam tam-
bém “os impactos nas vias de co-
municação”, “no ambiente sonoro” 
ou até “na rede de águas pluviais”. 
HAVERÁ ESTUDOS 
João Rodrigues, vereador do Muni-
cípio, ressalva que o “reconheci-
mento estratégico” apenas signifi-
ca que o investimento “é de inte-
resse municipal”. “Urbanistica-
mente, ainda, nada está decidido. 
Tudo o que for aprovado terá de 
merecer estudos e estar de acordo 
com regras urbanísticas”, assegu-
ra, ao JN, frisando que, para já, “ne-
nhum pavilhão está licenciado”. 
A mesma posição tem o Municí-
pio de Vila Verde sobre o alegado 
parque industrial que está previs-
to para Atiães. Aquando o protes-
to da população, a 27 de abril, os 
responsáveis autárquicos asseve-
raram que, “juntamente com en-
tidades externas”, vão “assegurar 
que sejam cumpridos os termos e 
as regras do regulamento do Plano 
Diretor Municipal, designada-
mente em termos ambientais e de 
dimensão”. 
Mas as justificações não caem 
bem ao presidente da Junta de 
Atiães, que já tem consigo um 
abaixo-assinado subscrito por cer-
ca de 300 moradores, dos quase 
500 que compõem a freguesia. Sa-
muel Estrada atesta que o terreno 
“é um monte e não tem nenhuma 
condição para ter um parque in-
dustrial”. �
Grupo Torrestir, ligado aos transportes, vai criar centro logístico num terreno da freguesia de Vilaça, em Braga
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Na proposta que foi le-
vada à reunião do Execu-
tivo da Câmara de Braga, 
em abril, o Grupo Tor-
restir fala de um projeto 
de expansão da empresa 
para a freguesia de Vila-
ça, que deverá represen-
tar um investimento de 
“cerca de quatro mi-
lhões de euros” e a con-
tratação de “cerca de 
200” trabalhadores. O JN 
tentou contactar os res-
ponsáveis da empresa, 
mas sem sucesso. Contu-
do, a proposta revela 
que o grupo quer cons-
truir um centro de ar-
mazenamento e trata-
mento logístico, desti-
nado a produtos da in-
dústria farmacêutica.
Torrestir promete 
cerca de 200 
empregos
INVESTIMENTO
Samuel Estrada 
Presidenteda Junta 
de Atiães, Vila Verde
“Vamos entregar um 
abaixo-assinado nas en-
tidades que participam 
na revisão do Plano Di-
retor Municipal contra 
o parque industrial”
Adão Quintela 
Morador em Vilaça, 
Braga
“Ainda não temos ideia 
do projeto da empresa, 
mas o que pedimos 
é que as boxes dos 
camiões não fiquem 
em cima das casas”
DISCURSO DIRETO
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 NORTE/SUL 23
Obra estava bloqueada por polémica em Ponte 
da Barca desde que o templo ardeu em 2017
Ana Peixoto Fernandes 
locais@jn.pt 
PROJETO O bispo da diocese 
de Viana do Castelo, D. João 
Lavrador, garante que a re-
construção da igreja de La-
vradas em Ponte da Barca, 
destruída por um incêndio 
em dezembro de 2017, de-
verá avançar, finalmente, 
este ano. Segundo aquele 
responsável católico, que 
tomou posse há cerca de 
meio ano, estão já reunidas 
todas as condições para que 
a obra avance, faltando ape-
nas luz verde por parte da 
Câmara. 
D. João Lavrador, que há 
dias visitou o local, onde 
apenas restam as paredes da 
antiga igreja, informou que 
a reconstrução será execu-
tada, de acordo com um pro-
jeto que prevê a demolição 
da antiga residência paro-
quial situada ao lado, para 
construção de um templo 
novo. E que as ruínas serão 
aproveitadas e restauradas, 
para funcionar como entra-
da. Adiantou ainda que a 
obra “respeita” o parecer da 
população de Lavradas e 
que na visita à paróquia pe-
diu que se acrescente à obra, 
“uma nova casa paroquial” 
até agora não prevista. 
“As obras podem começar 
este ano. Só estão penden-
tes das autorizações da Câ-
mara. Logo que tenha o pro-
jeto aprovado, as obras co-
meçam”, disse, recordando 
que a Autarquia “já deu uma 
primeira aprovação e agora 
estava pendente do [pare-
cer de] arqueólogos”, que 
estiveram no local durante 
cerca de um ano. E que, en-
tretanto, “já disseram que 
está tudo normal”. 
Recorde-se que uma onda 
solidária reuniu “mais de 
400 mil euros” em donati-
vos, há cerca de cinco anos, 
nos meses seguintes ao in-
cêndio provocado por um 
curto-circuito. Contudo, 
instalou-se a discórdia na 
paróquia por causa do proje-
to de reconstrução. �
Reconstrução 
da igreja 
de Lavradas 
avança este ano
Monção e Melgaço estabeleceram uma frente comum 
com os autarcas galegos de As Neves e de Arbo
CONTESTAÇÃO Os municí-
pios de Monção, Melgaço, 
As Neves e Arbo na Galiza 
reafirmaram uma posição 
pública contrária à constru-
ção de uma linha de muito 
alta tensão, atravessando a 
fronteira do rio Minho. E as-
sumiram a sua participação 
numa manifestação marca-
da para depois de amanhã 
(29 de maio, pelas 17 horas) 
em Arbo, para contestação 
ao projeto. 
ESPANHA MANTÉM TRAÇADO 
Um comunicado, divulgado 
ontem pela Câmara Muni-
cipal de Monção, informa 
que “de acordo com a decla-
ração de impacto ambiental 
da Direção General de Cali-
dade y Evaluacion Ambien-
tal, publicada no passado 
dia 26 de abril, no Boletim 
Oficial do Estado, o Gover-
no de Espanha mantém o 
traçado inicial da linha elé-
trica de muito alta tensão – 
de 400 quilovolts (Kv) –, 
desde Fontefria, em territó-
rio galego, até à fronteira 
portuguesa”. 
Na passada terça-feira, os 
autarcas de Monção, Antó-
nio Barbosa, e de Melgaço, 
Manoel Baptista, e os alcai-
des de Arbo, Horácio Gil, e 
As Neves, Xose Manuel Ro-
driguez, “reuniram-se, em 
Arbo, para analisar a posição 
do Governo espanhol e es-
tabelecer uma “frente co-
mum” contrária ao projeto 
elétrico”. 
IMPACTO NEGATIVO BRUTAL 
Lamentam que “o Governo 
espanhol não tivesse aten-
dido às legítimas preocupa-
Manifestação na 
fronteira contra 
linha de alta tensão
ções das populações e do 
poder local” e fazem saber 
que “em uníssono, com de-
terminação e firmeza, con-
sideram que a instalação de 
uma linha de muito alta 
tensão terá um impacto ne-
gativo brutal em ambos os 
territórios”. 
Assim os quatro municí-
pios manifestaram a sua 
participação, num protesto 
convocado pela Asociacion 
de Afectados Pola Liña de 
Alta Tension Fontefria-
-Fronteria Portuguesa, para 
depois de amanhã, em Va-
liñas-Poste (Barcela-Sela), 
em Arbo, contra a instalação 
daquele empreendimento 
elétrico. 
De acordo com o mesmo 
comunicado, o projeto de 
instalação da linha elétrica 
de muito alta tensão, desde 
Fontefria, em território ga-
lego, até à fronteira portu-
guesa, com o prolongamen-
to à Rede Elétrica Nacional, 
atravessa sete concelhos do 
Alto Minho: Monção, Mel-
gaço, Ponte de Lima, Ponte 
da Barca, Arcos de Valdevez 
e Paredes de Coura.�
Ana Peixoto Fernandes 
locais@jn.pt 
Autarcas portugueses (centro) reuniram-se na terça-feira com os parceiros galegos
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DADO
O projeto de instalação da 
linha elétrica de muito alta 
tensão atravessa sete con-
celhos do Alto Minho: 
Monção, Melgaço, Ponte 
de Lima, Ponte da Barca, 
Arcos de Valdevez e Pare-
des de Coura.
Igreja de Lavradas ardeu em dezembro de 2017
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D. João Lavrador 
Bispo da diocese de Viana
“Gostei do projeto 
[da nova igreja]. Gosto 
mais desta relação 
entre o antigo e o 
novo, em 
reconstrução, do que 
de coisas novas só” 
Podence, em Macedo 
de Cavaleiros, 
ficará sem estrutura 
PCP quer 
explicações 
do ministério 
para fecho 
de infantário
POLÉMICA O Grupo Parla-
mentar do PCP pediu escla-
recimentos ao Ministério 
da Educação sobre o anún-
cio de fecho do jardim de in-
fância da União de Fregue-
sias de Podence e Santa 
Combinha, localizado em-
Podence, concelho de Ma-
cedo de Cavaleiros. 
Os comunistas querem sa-
ber quais as razões que jus-
tificam o seu encerramento 
e de que forma o Ministério 
da Educação pretende ga-
rantir o direito à educação e 
as condições adequadas de 
aprendizagem para as 14 
crianças. O Município de 
Macedo de Cavaleiros indi-
cou que o jardim de infância 
encerrará no próximo ano 
letivo, em resultado do 
reordenamento da Rede Es-
colar de Educação Pré-Esco-
lar e das Escolas do Primeiro 
Ciclo do Ensino Básico pro-
movida pela DGEstE. 
Num comunicado envia-
do pelo Município, da res-
ponsabilidade de Sandra Sa-
lomé, vereadora da Educa-
ção, explica-se “que o encer-
ramento se deve à falta de 
segurança no recinto da es-
cola devido ao aumento do 
número de turistas na al-
deia, por causa do sucesso 
dos Caretos de Podence”. 
HORA DE VIAGEM 
Os alunos do infantário re-
sidem maioritariamente 
nas freguesias limítrofes de 
Podence, aldeia onde ape-
nas vive uma das crianças. 
“Sucede que, de acordo com 
os pais das crianças afeta-
das, o seu encerramento le-
vará a que crianças de tenra 
idade sejam obrigadas a fa-
zer viagens diárias, nos 
transportes escolares, que 
ultrapassam uma hora de 
duração”, explicou uma 
fonte do PCP, que conside-
ra o fecho da escola um rude 
golpe para aquela região 
despovoada. � GLÓRIA LOPES
Jornal de Notícias24 27 de maio de 2022NORTE/SUL
Paulo Lourenço 
e Sofia Cristino 
locais@jn.pt 
MOBILIDADE A aprovação de 
uma proposta do Livre, há 
duas semanas, para a redu-
ção da velocidade máxima 
em 10 km/hora na maioria 
das vias de circulação de Lis-
boa e o corte ao trânsito na 
Avenida da Liberdade aos 
domingos e feriados têm 
causado forte polémica. 
Apesar de crescerem as vo-
zes discordantes, este é, no 
entanto, um cenário que se 
repete em muitas outras ci-
dades europeias. 
Polémica ao rubro, e, mes-
mo tendo em conta que cada 
cidade e país têm realidades 
diferentes, nomeadamente 
ao nível da capacidade de res-
posta e eficácia dos transpor-
tes públicos, as limitações da 
circulação automóvel e a re-
dução dos limites de veloci-
dade têm sido anunciadas 
um pouco por toda a parte, 
com destaque para as gran-
des capitais europeias. 
Das várias cidades que 
aplicaram, nos últimos 
anos, medidas fortemente 
restritivas para o trânsito 
automóvel, destaca-se a ca-
pital espanhola, onde o pro-
grama “Madrid Central” li-
mita a 30 km/h a velocida-
de máxima de circulação e 
obriga ao uso de um dístico 
ambiental nos veículos au-torizados a circular nas zo-
nas de baixas emissões. 
CADENTES E AMBIENTE 
Paris é outra das cidades que 
mais têm declarado “guerra” 
à circulação automóvel tra-
dicional. No verão passado, 
foi introduzido um limite de 
velocidade de 30 km/h na 
grande maioria das ruas, 
numa tentativa de reduzir os 
acidentes e a poluição sono-
ra, mas também ajudar a ci-
dade a adaptar-se às mudan-
ças climáticas. Além da capi-
tal, cerca de outras 200 cida-
des da França já adotaram 
medidas semelhantes. 
Na Alemanha, a capital 
Berlim caminha mais deva-
gar na implementação des-
tas limitações. O debate 
atual gira, porém, em torno 
da fixação do limite de 30 
km/hora na maioria das ruas 
da capital alemã durante o 
período noturno e a expan-
são da área onde atualmen-
te já vigora esta restrição du-
rante o dia. 
Dublin (Irlanda), Londres 
(Reino Unido), Bruxelas 
(Bélgica), Viena (Áustria), 
Copenhaga (Dinamarca), 
Estocolmo (Suécia) ou Hel-
sínquia (Finlândia) são ou-
tros exemplos de grandes ci-
dades europeias onde a limi-
tação de 30 km/hora está já 
instalada com sucesso. 
PROVIDÊNCIA CAUTELAR 
Por cá, no entanto, a contro-
vérsia está instalada. O Au-
tomóvel Clube de Portugal 
entregou uma providência 
cautelar contra as mudan-
ças do trânsito para impedir 
que as alterações sejam fei-
tas sem estudos. 
Por sua vez, a Associação 
de Hotelaria de Portugal 
avisa que haveria um pre-
juízo no negócio para todos 
os operadores na ordem dos 
66 dias anuais (domingos e 
feriados). 
O Coliseu dos Recreios, o 
Teatro Tivoli BBVA, o Teatro 
Politeama, o Teatro Maria Vi-
tória e o Capitólio manifes-
taram-se contra o fecho da 
Avenida da Liberdade ao 
trânsito aos domingos e fe-
riados, uma vez que “são os 
dias mais importantes, por 
se poderem realizar sessões 
múltiplas, atingindo muitas 
vezes as 22 mil pessoas ao 
longo do dia”. �
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Diminuição dos limites de velocidade e restrições à 
circulação já são realidade em muitos centros urbanos
Polémica em Lisboa 
contraria tendência 
em cidades europeias
Proposta do Livre quer retirar carros da Avenida da Liberdade aos domingos
Aluno da Guarda 
desenha moeda 
do futuro 
e ganha concurso
Tiago Rodrigues, de 12 anos, usou tecnologia 
da UMinho em desafio da Casa da Moeda
CLIMA Tiago Rodrigues, de 
12 anos, residente na Guar-
da, foi o vencedor do tercei-
ro concurso “Desenhar a 
Moeda”, dedicado ao clima. 
Com um valor facial de cin-
co euros, a peça de coleção 
foi lançada numa versão 
normal, em cuproníquel e 
outra em prata, com discos 
de plástico reciclado encra-
vados no centro, através de 
uma tecnologia desenvolvi-
da no Polo de Inovação em 
Engenharia de Polímeros, 
da Universidade do Minho. 
O desafio para conceber a 
moeda foi feito a alunos dos 
segundo e terceiro ciclos das 
escolas da Guarda pela Im-
prensa Nacional Casa da 
Moeda (INCM) em parceria 
com o Município. “Comecei 
por desenhar o planeta Ter-
ra, com as cidades. Depois 
desenhei as nuvens, a chu-
va e os raios, para represen-
tar as alterações climáticas”, 
contou Tiago ao JN. “Não es-
perava vencer, até porque 
havia trabalhos muito 
bons”, disse. 
A proposta do aluno da Es-
cola EB 2, 3 Carolina Beatriz 
Ângelo destacou-se entre 
os 582 trabalhos a concur-
so. “A pesquisa para o traba-
lho foi muito importante 
para percebermos melhor o 
que é isto da emergência 
climática”, confessa. “O 
Tiago transformou-se 
numa das figuras mais ilus-
tres deste concelho”, frisou 
o ministro da Educação, 
Tiago Brandão Rodrigues, 
na sessão de apresentação 
da moeda, na Câmara da 
Guarda. Com a vitória, Tia-
go teve também oportuni-
dade de ir a Lisboa conhecer 
a INCM e de cunhar uma 
moeda. 
INTERESSE DOS MAIS NOVOS 
“Embora o Tiago ande agora 
no 7.o ano, o concurso atra-
sou-se, por causa da pande-
mia. Na altura em que ini-
ciamos este processo ele an-
dava no 5.o ano”, refere o 
professor de Educação Vi-
sual, Carlos Panoias, que 
acompanhou o trabalho. 
Dado que o concurso esta-
va aberto até ao 9.o ano, 
pode ter surpreendido a vi-
tória de um dos meninos 
mais novos, mas Carlos Pa-
noias encarou isso com nor-
malidade por considerar 
que essa faixa etária está 
muito atenta ao tema. 
Alcides Gama, administra-
dor da INCM, referiu que a 
intenção do concurso não 
foi “a qualidade artística, 
mas a adequação ao tema”. 
Tiago imagina uma carrei-
ra ligada às artes, embora 
ainda não saiba se será atra-
vés do design ou da arquite-
tura. 
A quarta edição do concur-
so decorrerá em Viana do 
Castelo.� RUI DIAS
Moeda de Tiago vence entre 582 trabalhos candidatos
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Esperam 5000 
peregrinos por ano 
nos 52 quilómetros
Mirandela 
e Valpaços 
com troço 
do Caminho 
de Santiago
INAUGURAÇÃO Os municí-
pios de Mirandela e de Val-
paços passam a estar liga-
dos, a partir de hoje, por um 
troço do Caminho Portu-
guês de Santiago do Este, 
que estabelecerá a ligação 
destes dois concelhos ao Ca-
minho Português Interior 
de Santiago, em Chaves, 
que por sua vez conduzirá 
os peregrinos até Santiago 
de Compostela, na Galiza. 
É a concretização de uma 
parceria entre os dois muni-
cípios que passou pela im-
plementação do projeto 
“Caminho Português de 
Santiago do Este”, integran-
do Mirandela e Valpaços na 
rede internacional de itine-
rários do Caminho de San-
tiago, num investimento de 
250 mil euros. 
Este troço – com uma ex-
tensão total de 59,2 km 
(31,7 km no concelho de 
Mirandela e 27,5 km no de 
Valpaços) – “integra um va-
lioso património cultural, 
imaterial e material que im-
porta preservar, promover 
e valorizar”, adianta Vítor 
Correia, vereador de Miran-
dela, que não tem dúvidas 
da importância deste novo 
troço. 
“Estamos certos de que 
vai traduzir-se numa me-
lhoria da oferta turística e 
no incremento dos fluxos 
turísticos para os municí-
pios e para a região trans-
montana, estimando-se 
que anualmente possam 
cruzar os dois concelhos 
cerca de 5000 peregrinos”, 
acrescenta.� FERNANDO PIRES
Troço em Mirandela
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 25
VIANA DO CASTELO A Romaria de Nossa Senho-
ra d’Agonia em Viana do Castelo regressa em 
Agosto, de 17 a 21, com programa na íntegra e 
reforçado com mais um dia de festa. O cartaz, 
de Renan Morgado, que foi escolhido entre 60 
propostas apresentadas por criativos de todo o 
país, Brasil e França, foi apresentado ontem.
Romaria d’Agonia regressa 
com programa de cinco dias
BRE 
VES
INSPEÇÃO A circula-
ção na ponte da Ré-
gua vai manter-se 
condicionada, com 
corte ao trânsito du-
rante a noite até dia 3 
de junho, devido a 
trabalhos de inspeção 
e diagnóstico. O des-
vio faz-se pela barra-
gem de Bagaúste.
Trânsito 
condicionado 
na Régua
CASTRO DAIRE O Fes-
tival de Sopas Solidá-
rio, iniciativa da Câ-
mara de Castro Daire, 
realiza-se hoje com o 
Agrupamento de Es-
colas de Castro Daire 
e a Fundação EDP. O 
evento decorre no 
mercado municipal, a 
partir das 19 horas.
Festival 
de Sopas 
solidário
Seus filhos, nora, genros e netos participam 
o falecimento e que o funeral se realiza 
hoje, dia 27, pelas 14.30 horas, na igreja do 
Foco. Após as cerimónias, segue a sepultar 
em jazigo de família, no cemitério de 
Pedroso – Vila Nova de Gaia. A missa do 7.oº dia será celebrada 
na próxima quarta-feira, dia 1 de junho, pelas 19 horas, na 
referida igreja. A família agradece todas as demonstrações 
de pesar e carinho recebidas neste momento de dor.
AGÊNCIA FUNERÁRIA PÁTRIA
Pedrouços – Maia
MARIA ALICE DOS SANTOS
BARBOSA JACQUES DE SOUSA
Faleceu
Seus filhos, noras, netos, bisnetos e demais família, com profundo pesar, participam às pessoas de sua estima o 
falecimento deste ente querido. O funeral realiza-se hoje, sexta-feira, pelas 15 horas, na capela da Ressurreição, 
anexa à igreja paroquial de São Cosme, onde o corpo se encontra depositado. Após celebração de exéquias 
fúnebres, será inumada em jazigo de família, no cemitério da mesma localidade. Antecipadamente e por este 
meio se agradecea comparência a esta cerimónia, bem como na eucaristia do 7.o dia, que será celebrada na igreja 
acima indicada, quarta-feira, dia 1 de junho, pelas 19 horas.
Vila de Fânzeres (Av. da Carvalha) – Cidade de Gondomar
D. JESUÍNA DA CONCEIÇÃO GOMES NOGUEIRA
(VIÚVA DO SAUDOSO SR. VENTURA RODRIGUES)
Faleceu (1928 – 2022)
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EFEMÉRIDES
1823 D. Miguel desencadeia 
o movimento da Vilafranca-
da, para abolir a Constitui-
ção Liberal de 1822. 
 
1860 Forças pró-unificação 
da Itália, comandadas por 
Giuseppe Garibaldi, inva-
dem a Sicília e ocupam Pa-
lermo. 
 
1862 Nasce Manuel Teixei-
ra Gomes, escritor, diplo-
mata, sétimo presidente da 
I República, figura determi-
nante para o reconheci-
mento da República Portu-
guesa pelas potências euro-
peias, em 1911. 
 
1911 É aprovado o primeiro 
Código da Estrada, em Por-
tugal. 
 
– Publicado decreto que cria 
a Tutoria de Infância e a Fe-
deração Nacional dos Ami-
gos e Defensores das Crian-
ças, instituições de proteção 
à criança. 
 
1936 O paquete de luxo bri-
tânico Queen Mary começa 
a primeira viagem transa-
tlântica. 
 
1937 Abre ao tráfego a pon-
te Golden Gate de São Fran-
cisco. 
 
1941 II Guerra Mundial. O 
navio de guerra alemão Bis-
marck é afundado ao largo 
de França. 
 
1951 Juan Domingo Peron é 
eleito presidente da Argen-
tina. 
 
1963 Morre, com 77 anos, o 
escritor português Aquilino 
Ribeiro, autor de “Terras do 
Demo” e “Quando os lobos 
uivam”. 
 
1964 Morre, com 74 anos, o 
primeiro-ministro indiano 
Jawaharmal Pandita Nehru. 
 
– Fundação das FARC, mo-
vimento guerrilheiro da Co-
lômbia, o mais antigo da 
América Latina. 
 
1974 Entra em vigor o pri-
meiro salário mínimo na-
NECROLOGIA
NASCIMENTO Manuel nasceu na madrugada 
de ontem dentro de uma ambulância dos 
Bombeiros Voluntários de Sines. O alerta foi 
dado às 1.20 horas e já o parto estava em esta-
do avançado. A ambulância seguia para o hos-
pital de Setúbal. Os bombeiros Sandra Sobral 
e Soraia Periquito ajudaram ao nascimento do 
menino. R.M.
Bombeiros de Sines foram 
“parteiros” de menino
cional, fixado em 3300 es-
cudos mensais. 
 
1982 Guerra das Falk-
lands/Malvinas. Paraque-
distas britânicos tomam o 
ponto estratégico de Goose 
Green. 
 
1985 É inaugurada a Caixa 
Central de Crédito Agrícola 
Mútuo. 
 
– A China e o Reino Unido 
trocam os documentos que 
ratificam o acordo de devo-
lução de Hong-Kong à Re-
pública Popular da China, 
em 1997. 
 
1987 O F. C. Porto conquis-
ta o título de Campeão Eu-
ropeu de Futebol ao vencer 
na final o Bayern de Muni-
que por 2-1. 
 
1988 O Senado norte-ame-
ricano ratifica o tratado de 
eliminação de Forças Nu-
cleares Intermédias. 
 
1990 Jorge Sampaio é ree-
leito secretário-geral do PS, 
no final do IX congresso do 
partido. 
 
1993 Atentado à bomba no 
centro histórico de Floren-
ça, Itália, causa a morte a 
cinco pessoas e destrói pa-
trimónio artístico da cidade. 
 
1994 Regressa à Rússia, 
após 20 anos de exílio, o es-
critor Alexander Solje-
nitsin, autor de “O arquipé-
lago de Gulag”. 
 
1996 O Governo, a Liga de 
Clubes e a Federação Portu-
guesa de Futebol assinam o 
convénio da transferência 
das receitas do Totobola 
para pagamento das dívidas 
dos clubes às Finanças e à 
Segurança Social. 
 
1997 A NATO e a Rússia as-
sinam, em Paris, a ata para a 
colaboração militar. 
 
1999 O Tribunal Interna-
cional para a ex-Jugoslávia 
acusa Slobodan Milosevic 
de crimes contra a humani-
dade.
Jornal de Notícias26 MUNDO 27 de maio de 2022
M
U
N
DO
DDM4 RIFLE
Arma desportiva 
A espingarda utiliza-
da no tiroteio é co-
nhecida como DDM4 
Rifle, uma arma des-
portiva se-
miauto-
mática, 
um modelo 
a seguir à ca-
rabina M4, 
usada pelos 
militares dos 
Estados Uni-
dos. 
 
Pagou 725 dólares 
De acordo com fotogra-
fias publicadas no Insta-
gram, o atirador terá 
comprado uma mira ho-
lográfica alimentada por 
bateria que normalmen-
te é vendida por cerca 
de 725 dólares (678,27 
euros).
TIROTEIO O ataque na Escola Pri-
mária Robb, em Uvalde, no Texas, 
fez emergir a discussão sobre o di-
reito de posse de armas nos EUA, 
um dos temas que mais dividem 
republicanos e democratas. Embo-
ra o país ainda esteja a recuperar o 
fôlego depois de ter assistido a um 
dos maiores massacres da década, 
o partido conservador faz uma 
proposta que mantém intacto o 
“direito constitucional e indivi-
dual” dos norte-americanos, ao 
mesmo tempo que “previne” es-
tes crimes. A solução passa por au-
mentar o número de polícias ar-
mados nas escolas e instalar por-
tas e janelas à prova de bala. 
A sugestão foi dada por Ted Cruz, 
senador republicano eleito no Te-
xas, alegando que este tipo de 
massacres podem ser evitados se 
as escolas passarem a ter apenas 
uma porta de entrada e saída, que 
deve ser vigiada por autoridades 
armadas. 
Republicanos pedem 
armas para evitar 
ataques em escolas 
Ana Isabel Moura 
ana.moura@jn.pt 
Em declarações à “Fox News”, o 
político defendeu “que retirar ar-
mas aos cidadãos não funciona”. 
Com ligações ao lóbi pró-armas da 
Associação Nacional de Rifles da 
América (NRA, sigla em inglês), 
Cruz recebeu, em 2019, cerca de 
176 mil dólares (164 mil euros) 
para financiar a sua campanha. 
O senador irá juntar-se, entre 
hoje e domingo, a Donald Trump, 
ex-presidente dos EUA (ler caixa), 
e Greg Abbott, governador do Te-
xas, para discursar no encontro 
anual da NRA, que entre 1990 e 
2020 gastou 54,4 milhões de dó-
lares (cerca de 50 milhões de eu-
ros) a apoiar campanhas. 
O lóbi pelo controlo de armas 
nos EUA está em crescimento des-
de 2013, refere a “Al Jazeera”, o 
que dificulta a aprovação de novas 
leis que possam contrariar a ten-
dência. Tendo em conta a conjun-
tura atual, o Senado não vai avan-
çar, para já, com uma votação para 
uma legislação sobre as armas, 
adiantou o senador democrata 
Chuck Schummer. O líder da 
maioria do Senado mostra-se pou-
co otimista, considerando pratica-
mente “impossível” obter avan-
ços com o aval dos republicanos. 
 
AVISOU QUE IA MATAR 
No entanto, Joe Biden, presiden-
te dos EUA, considerou que a “Se-
gunda Emenda não é absoluta” e 
voltou a pedir limitações. “Quan-
do a emenda foi aprovada, não era 
possível ter certos tipos de ar-
mas”, lembrou Biden, acrescen-
tando que visitará o Texas nos pró-
ximos dias. 
A investigação da Polícia tem 
B
R
A
N
D
O
N
 B
E
LL / A
FP
FLE
sportiva
rda utiliza-
eio é co-
omo DDM4 
a arma des-
-
o
ca-
, 
s
dos
ni-
agora como prioridade determinar 
o que levou Salvador Ramos a co-
meter o massacre. O jovem, que ti-
nha completado 18 anos há pou-
cos dias, anunciou as suas inten-
ções através de mensagens que 
enviou a uma rapariga com quem 
falava virtualmente. 
O atirador informou a jovem de 
15 anos, que vive na Alemanha, 
que tinha acabado de disparar con-
tra a avó – agora em estado crítico 
–, indicando, cerca de quinze mi-
nutos antes de iniciar a ofensiva, 
que se preparava para atacar uma 
escola, informa a CNN. 
Em entrevista ao “Daily Mail”, a 
mãe do rapaz, Adriana Reyes, ga-
rante que o filho não era violento, 
lamentando o desfecho trágico. 
“Estou a rezar por todas aquelas 
crianças”, referiu. 
Entre as famílias das vítimas sur-
gem agora dúvidas sobre a rapidez 
da resposta das autoridades, já que 
após alvejar um segurança da es-
cola, o atirador terá estado no inte-
rior cerca de 40 minutos sem que 
a Polícia interviesse. �
ALERTA
Joe Biden 
Presidente dos EUA
“A Segunda Emenda 
não é absoluta. 
Quando 
foi aprovada, 
não se podia 
ter certos tipos 
de armas”
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 MUNDO 27
BREVES
TRAGÉDIA O colapso de um edifício em construção no 
sudoeste do Irão fez pelo menos 18 mortos, disseram 
ontem as autoridades iranianas quatro dias após a tra-
gédia. Na segunda-feira, o edifício Metropol, de dez an-
dares, em construção numa das principais ruas de Aba-
dan, cidade da provínciade Khouzestan ficou parcial-
mente destruído após a derrocada. “O número exato de 
pessoas soterradas ainda é desconhecido, mas até ao mo-
mento encontramos 18 corpos”, disse Ehasan Abbas-
pour, governador de Abadan.
Derrocada de edifício no Irão 
fez pelo menos 18 mortos
ESCUTAS O primeiro-mi-
nistro espanhol, Pedro 
Sánchez, anunciou uma 
reforma da lei que regula o 
funcionamento dos servi-
ços de informações, prin-
cipalmente para “reforçar 
o controlo judicial”, na se-
quência do escândalo de 
escutas telefónicas. “Tra-
ta-se de reforçar as garan-
tias deste controlo, mas 
também de assegurar o 
respeito pelos direitos in-
dividuais e políticos das 
pessoas”, disse o chefe do 
Governo aos deputados.
Espanha anuncia 
reforma nos 
serviços de 
informação
SENEGAL Os bebés morre-
ram na quarta-feira num 
incêndio num hospital em 
Tivaouane, no oeste do Se-
negal, anunciou o presi-
dente Macky Sall. O in-
cêndio foi causado por 
“um curto-circuito e o 
fogo espalhou-se muito 
rapidamente”, informou 
o autarca de Tivaouane, 
Demba Diop, acrescen-
tando que três crianças fo-
ram salvas a tempo. O hos-
pital havia sido inaugura-
do recentemente, segun-
do a imprensa local.
Incêndio em 
hospital mata 
onze recém-
-nascidos 
HOMICÍDIO Uma escritora norte-americana que escre-
veu um ensaio intitulado “Como matar o seu marido” 
foi condenada anteontem por matar o marido, por um 
tribunal no Oregon, noroeste dos Estados Unidos. Após 
oito horas de deliberação, o júri considerou Nancy 
Crampton Brophy culpada de assassinar Daniel Brophy. 
A escritora, especializada em romances sentimentais 
com títulos chamativos como “O inferno no coração” 
ou “O marido errado”, negou todas as acusações. Os ad-
vogados da mulher, de 71 anos, vão recorrer.
Condenada mulher que escreveu 
livro sobre como matar o marido
TURQUIA O líder do grupo 
jiadista Estado Islâmico 
(EI), Abu Ibrahim al Qura-
shi, foi detido na cidade de 
Istambul, Turquia, avançou 
ontem o portal de notícias 
turco Odatv. 
Segundo vários meios de 
comunicação da Turquia, a 
detenção ocorreu na sema-
na passada, no âmbito de 
uma operação internacio-
nal que foi preparada em se-
gredo, tendo só agora vindo 
a público. 
Durante a detenção, fo-
ram recuperadas informa-
ções relevantes sobre o gru-
po terrorista, segundo o por-
tal, citado pelas agências in-
ternacionais. 
O portal Odatv afirma que 
o presidente da Turquia, Re-
cep Tayyip Erdogan, anun-
ciará nos próximos dias a de-
tenção e dará mais porme-
nores sobre a mesma. A in-
formação foi divulgada pelo 
jornalista Toygun Atilla, um 
proeminente repórter com 
contactos importantes com 
a Polícia. 
De acordo com as infor-
mações ontem avançadas, 
Abu Ibrahim al Qurashi já 
estava a ser vigiado pelas 
autoridades há vários dias. 
A detenção do líder jiadista 
foi feita por uma unidade 
de agentes antiterrorismo, 
na casa onde vivia em Is-
tambul. 
O líder do EI foi alegada-
mente detido sem resistên-
cia e está agora a ser interro-
gado pelos serviços secretos 
turcos. 
 
MOMENTO DE FRAQUEZA 
Abu Ibrahim al Qurashi as-
sumindo o controlo do EI 
num momento em que o 
grupo está enfraquecido por 
sucessivas ofensivas apoia-
das pelos Estados Unidos no 
Iraque e na Síria. 
Nos últimos anos, a Tur-
quia também tem lutado 
contra o Estado Islâmico ao 
longo da fronteira com a Sí-
ria, onde a organização jia-
dista mantém milhares de 
combatentes de forma clan-
destina. A notícia da deten-
ção surge numa altura em 
que Ancara está a preparar 
uma operação para enfren-
tar as milícias curdas do 
YPG apoiadas pelos EUA, 
mas vistas como terroristas 
pelo regime liderado por Er-
dogan.�
TU
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Abu Ibrahim al Qurashi foi preso no âmbito de 
uma operação internacional preparada em segredo
Líder do Estado 
Islâmico detido 
em Istambul
Recep Tayyip Erdogan anunciará nos próximos dias a detenção
Ted Cruz, 
senador do 
Texas, propõe 
polícias armados 
e instalação de 
portas e janelas 
à prova de bala
Escola onde 
morreram 19 
crianças e duas 
professoras é 
agora local de 
homenagens
Trump discursa 
no encontro 
do poderoso lóbi
POSIÇÃO 
PERFIL
Abu Ibrahim al Qurashi, 
o terceiro líder da orga-
nização radical sunita 
desde a sua criação, é re-
lativamente desconhe-
cido e existem poucas 
informações sobre a sua 
vida. Foi eleito em mar-
ço passado, depois do 
grupo terrorista Estado 
Islâmico ter confirmado 
a morte de Abu Ibrahim 
al Hashimi al Qurashi a 3 
de fevereiro, na sequên-
cia de um ataque norte-
-americano no noroeste 
da Síria. 
O mais discreto 
dos chefes 
do Daesh
� Abu Ibrahim 
al Qurashi 
� Cargo: Líder 
do Estado Islâmico
a
Apesar do tiroteio na es-
cola de Uvalde estar a 
chocar os EUA e o Mun-
do, o ex-presidente Do-
nald Trump mantém a 
intenção de discursar na 
reunião anual do lóbi da 
Associação Nacional de 
Armas (NRA) no Texas. “A 
América precisa de solu-
ções reais e liderança real 
neste momento, não de 
políticos e considerações 
partidárias”, referiu o re-
publicano através do 
Truth Social, rede social 
que criou quando foi ex-
pulso do Twitter. “É por 
isso que vou honrar o 
meu compromisso de 
longa data de falar na 
convenção da NRA no Te-
xas”, acrescentou, pro-
metendo um “importan-
te discurso ao povo nor-
te-americano”. Trump 
posiciona-se assim de 
forma oposta ao seu su-
cessor, Joe Biden.
Jornal de Notícias28 MUNDO 27 de maio de 2022
FONTE: AXIMAGE, BARÓMETRO DE MAIO DE 2022 INFOGRAFIA JN
Guerra Rússia/Ucrânia
Decisão da NATO de não intervir
diretamente na guerra (%)
Sentiu algum impacto da guerra? A ajuda ao povo ucraniano pela
União Europeia é suficiente?
Em que medida a sua vida
se alterou com a guerra?
Confiança nas instituições
56%
(52%)
Concorda
15%
(27%)
Discorda
Concorda totalmente Concorda
Discorda totalmente Discorda
Sem opiniãoNem concorda, nem discorda
Muito grande
Grande
Muito pequena
Pequena Não sabe
Média
Que tipo de ajuda adicional deve ser dada?
18% (31%)
26% (22%)
39% (26%)
17% (21%)
6
(11)
9 (16)
20 (18)
31 (34)
25 (18)
9 (3)
Se discorda, acha que Portugal deve enviar
tropas para a Ucrânia?
76%
(74%)
SIM
20%
(14%)
Não
4% Semopinião
Qual a expectativa quanto à duração da guerra?
O seu poder de compra diminuiu
Deixou de comprar alguns produtos e bens
Até agora continua sem restrições
Deixou de passear ao fim de semana
Passou a andar de transportes públicos
Aumento de instabilidade a nível psicológico/tristeza
3 a 6
meses
6 a 12
meses
mais de
1 ano
Não
sabe
18%
(24%)
NÃO
55%
(54%)
SIM
45%
(46%)
NÃO
75% (70%)
16% (17%)
6% (7%)
2% (3%)
1% (2%)
0% (1%)
Sanções ainda mais severas
no plano financeiro
e económico à Rússia
Suspensão da compra
de carvão, petróleo
e gás à Rússia
Nacionalização
de empresas
russas na Europa
54%
34%
12%
(entre parêntesis o resultado da sondagem de abril)
(38%)
(51%)
(11%)
29%
(24%)
Confia
23%
(29%)
Não confia10 (13)
13 (16)
41 (42)
22
(18)
7
(6)
7 (5)
Líderes
Europeus
49%
(43%)
Confia 7
(10)
3
(6)
32 (36)
34 (32)
15 (11)
9 (5)
13%
(16%)
Não confia
NATO
%
(76%)
SIM
82% assumem sentir impacto do conflito no dia a dia, 
especialmente na perda de poder de compra (75%) 
SONDAGEM Mais de três 
meses depois do início da 
invasão da Ucrânia pela 
Rússia, são cada vez mais os 
portugueses que acreditam 
que a guerra vai durar mais 
de um ano. Em março eram 
16%, este mês são 39%. 
Mais do dobro, de acordo 
com os dados da sondagem 
Quase 40% 
dos portugueses 
acreditam que 
guerra vai durar 
mais de um ano 
Alexandra Inácio 
alexandra.inacio@jn.pt 
sobre o conflito feito pela 
Aximage para o JN, DN e 
TSF. São também cada vez 
mais os que dizem sentir o 
impacto da guerra na sua 
vida particular (passou de 
59% em março para 82% 
em maio), especialmente 
através da perda do poder 
de compra. 
A percentagem dos que 
têm a expectativa de que a 
guerra vai durar entre seis 
meses e um ano também 
duplicou: passou de 13% 
em março, subiu para 22% 
em abril e atingiuos 26% 
em maio. Naturalmente 
em sentido inverso, quase 
caiu para metade os que 
acreditam que a invasão vai 
durar menos de seis meses 
– eram 30% dos inquiridos 
em março, subiram para 
31% em abril, mas diminuí-
ram para 18% em maio. 
Os que dizem sentir o im-
pacto da guerra cresce con-
secutivamente desde o iní-
cio da sondagem, numa 
tendência consolidada: 
59% dos inquiridos respon-
deram que sim em março, 
76% em abril e 82% em 
maio. Os efeitos são mais 
apontados pelas mulheres 
(87% das que responderam 
ao questionário contra 77% 
dos homens), por inquiri-
dos com mais de 50 anos 
(por 93% dos que têm en-
tre 50 e 64 anos e por 76% 
dos que têm mais de 65 
anos) e da Área Metropoli-
tana do Porto (88%) e da 
Região Centro (77%). 
A perda do poder de com-
pra foi o principal efeito 
apontado por 75% dos que 
responderam sentir impac-
to (em abril tinham sido 
70%). Mais uma vez, espe-
cialmente pelos que têm 
mais de 50 anos (83% en-
tre o grupo dos 50 aos 64 
anos e 86% pelos que têm 
mais de 65 anos). Quanto a 
outras consequências, 
como deixar de comprar al-
guns produtos ou passar a 
andar de transportes públi-
cos registaram-se diminui-
ções ligeiras relativamente 
ao mês passado: passou de 
17% para 16% os que assu-
miram reduzir as compras; 
e de 2% para 1% os que dei-
xaram de usar o carro. 
MAIS SANÇÕES 
Mais de metade dos inqui-
ridos (55%) considera que 
a ajuda da União Europeia 
ao povo ucraniano “é sufi-
ciente”, principalmente as 
mulheres (57% contra 53% 
dos homens), os que têm 
mais de 65 anos (70% des-
te grupo) e vivem nas re-
giões Centro (67%), Sul e 
ilhas (59%). Em março, re-
corde-se, a opinião quanto 
ao apoio dividia os portu-
gueses: 51% consideravam 
suficiente, 49% não. 
Entre os 45% que consi-
deram que os 27 estados-
-membros não estão a fa-
zer o suficiente, 54% 
(eram 51% em março) de-
Apenas 25% dos inquiridos consideram que o ní-
vel de isenção da informação divulgada sobre a 
guerra é “grande”; 41% dizem ser “média” e 14% 
“pequena”. Os mais velhos são os que confiam 
mais na comunicação: 34% dos que têm mais de 
65 anos e 26% dos que têm entre 50 e 64 anos di-
zem que o nível de isenção é “grande”. A maioria 
(62%) dos portugueses afirma procurar diaria-
mente informação sobre o conflito, especialmen-
te os mais velhos (79% dos inquiridos com mais 
de 65 anos e 69% dos que têm entre 50 e 64 anos) 
e os homens (68% contra 56% das mulheres). Para 
a esmagadora maioria (93%), a televisão é o meio 
escolhido para procurarem notícias sobre a guer-
ra, sobretudo as mulheres (94% das inquiridas) e 
os mais velhos (95% dos inquiridos com mais de 
50 anos). Mais de metade (53%) dos inquiridos en-
tre os 18 e 34 anos responderam preferir a infor-
mação divulgada pelas redes sociais. 
Só um quarto considera que 
informação divulgada é muito isenta
COMUNICAÇÃO
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 MUNDO 29
Quantidade de informação
Cobertura da guerra pela Comunicação Social
FICHA TÉCNICA
A sondagem foi realizada pela Aximage para o JN, TSF e DN, com o objetivo 
de avaliar a opinião dos portugueses sobre a guerra Rússia/Ucrânia. O 
trabalho de campo decorreu entre os dias 19 e 24 de maio de 2022 e foram 
recolhidas 805 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal. 
Foi feita uma amostragem por quotas, obtida através de uma matriz 
cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, 
reequilibrada por género, grupo etário e escolaridade. Para uma amostra 
probabilística com 805 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma 
proporção é 0,017 (ou seja, uma “margem de erro” – a 95% – de 3,45%). 
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem, Lda., sob a 
direção técnica de Ana Carla Basílio.
Isenção da informação
Regularidade com que
procura informação
Meios de comunicação pre-
feridos para obter informação
TV
Redes sociais
Jornais
Rádio
19%
16%
35%
Insuficiente
Suficiente
Excessiva
Sem opinião
35%
3%
48%
14%
93%
Diariamente
Várias vezes por semana
Ocasionalmente
Raramente
13%
6%
19%
62%
4%
25%
41%
8%
14%
8%
Muito grande
Grande
Muito pequena
Pequena
Não sabeMédia
fendem que devem ser 
aprovadas sanções mais se-
veras à Rússia no plano fi-
nanceiro e económico. Di-
minuiu no último mês, de 
38% para 34%, a percenta-
gem de portugueses que 
concorda com a suspensão 
da compra de carvão, pe-
tróleo ou gás russos, inde-
pendentemente das conse-
quências na economia eu-
ropeia. Já a nacionalização 
de empresas russas na UE 
ganhou adeptos, passando 
de 11% para 12%. 
A confiança na Aliança 
Atlântica caiu 14 pontos 
percentuais, de 63% em 
março para 49% este mês 
(somando que manifestam 
ter “grande”, 34%, e “mui-
to grande confiança”, 11%). 
Apesar de se manter em ní-
veis baixos, os portugueses 
registaram uma subida na 
confiança de que os líderes 
europeus contribuirão para 
a resolução do conflito: 
22% responderam ter 
“grande” confiança e 7% 
“muito grande”, totalizan-
do 29%, enquanto em abril 
eram 24%. 
A sondagem da Aximage 
foi feita a partir de 805 en-
trevistas, entre 19 e 24 de 
maio. �
dos que responderam ao in-
quérito concordam (31%) ou 
concordam totalmente 
(25%) com a decisão da 
NATO de não intervir dire-
tamente no conflito. A per-
centagem aumentou ligei-
ramente em relação à son-
dagem feita em abril quan-
do 52% concordaram (34%) 
ou concordaram totalmente 
(18%) com a NATO. 
dos portugueses defende-
ram na sondagem o envio 
de tropas por Portugal para 
a Ucrânia. Esta percenta-
gem, apurada tendo por 
base a totalidade dos inqui-
ridos, tem vindo a diminuir 
sucessivamente desde o iní-
cio da invasão: era de 30% 
na sondagem feita em mar-
ço e de 20% de acordo com 
os resultados de abril. 
56%
11%
FONTES: INSTITUTE FOR THE STUDY OF WAR, UK MINISTRY OF DEFENCE, REUTERS, GRAPHIC NEWS INFOGRAFIA JN
Invasão da Ucrânia – 92.º dia
Controlado pela Rússia
Cidades
Território
Avanços russos
Contraofensivas ucranianas
1 Região do Donbass: russos avançam
a leste de Popasna para cortar uma
das estradas principais que ligam
Severodonetsk a Bakhmut.
Concentração de mais de 10 000
tropas sugere que a Rússia pode
começar a ofensiva sobre
Severodonetsk antes de cortar
as linhas de abastecimento às tropas
ucranianas.
2 Distritos de Kherson e Zaporíjia: Putin assina decreto
a simplificar a aquisição de cidadania russa para os
ucranianos que vivem nas zonas ocupadas pela Rússia.
3 Distrito de Mykolaiv: tropas russas tentam avançar
na direção de Kryvyi Rih.
4 Mar Negro: Rússia diz que está pronta a facilitar
corredor para navios que transportem alimentos
da Ucrânia em troca do levantamento de sanções.
Combates violentos
Controlo russo antes de 24 fev.
MAR NEGRO
MAR DE AZOV
Kharkiv
Kiev
UCRÂNIAUCRÂNIA
RÚSSIARÚSSIA
Mykolaiv
Izyum
Lyman
Bakhmut
Zaporíjia
Kryvyi Rih
Dnipro
Popasna
Severodonetsk
Belgorod
Donetsk
Lugansk
Odessa
Kherson Mariupol
Sevastopol 100km
Melitipol
CRIMEIA
Anexada
em 2014
REGIÃO DE
DONBASSKiev
BIELORR.
P
O
LÓ
N
IA
ROMÉNIA
RÚSSIA
UCRÂNIA
1
3
4
2
Kremlin começa a 
difundir propaganda 
russa em Mariupol 
Invasores instalaram ecrãs de televisão para espalhar influência 
de Moscovo. Nas escolas, os alunos irão ter novo programa educativo
CONFLITO Meses após cerca-
rem a cidade portuária, as 
autoridades russas que ago-
ra dominam Mariupol ini-
ciaram o processo de difu-
são de propaganda russa, 
que facilitará a ocupação fi-
nal do território. Para isso, 
os invasores decidiram es-
tender o programa educati-
vo russo às escolas. 
“Os ocupantes anuncia-
ram a extensão do ano leti-
vo até 1 de setembro. Não há 
férias. O principal objetivo 
é desucranizar as crianças 
em idade escolar e prepará-
-las para o currículo russo 
que terão de assumir no pró-
ximo ano letivo”, revelou 
Petro Andriushchenko, au-
tarca de Mariupol, no Tele-
gram, detalhando que du-
rante os próximos meses os 
alunos irão estudar língua, 
literatura, história e mate-
mática em russo. 
O responsável ucraniano 
explicou ainda que,a man-
do de Moscovo, as autorida-
des que controlam Mariu-
pol irão abrir nove escolas 
onde cerca de 53 professo-
res irão lecionar as matérias 
definidas pelo Kremlin. 
Além disso, os russos ins-
talaram vários ecrãs de tele-
visão com o intuito de espa-
lhar a influência do regime 
de Vladimir Putin. “Os ocu-
pantes russos lançaram três 
veículos de propaganda mó-
vel e instalaram doze tele-
visões em áreas públicas, 
como centros de ajuda hu-
manitária, escritórios e pon-
tos de acesso à água”, infor-
mou Andriushchenko nas 
redes sociais, lamentando 
que se preocupem em disse-
minar mentiras, quando o 
que falta é comida e água. 
Vídeos partilhados pelo 
Kremlin também mostram 
os ecrãs suportados em car-
rinhas, classificadas como 
Ana Isabel Moura 
ana.moura@jn.pt 
“complexos de informações 
móveis”, onde são emitidos 
programas russos e ouvidos 
comentários de especialis-
tas que apoiam a invasão 
Esta é mais uma forma da 
Rússia impor autoridade na 
Ucrânia, depois do presi-
dente russo ter assinado um 
decreto que permite facili-
tar a obtenção de cidadania 
russa aos residentes de 
Kherson e Zaporíjia. 
No entanto, Kiev subli-
nha que não irá reconhecer 
os passaportes emitidos. “É 
uma flagrante violação da 
soberania e da integridade 
territorial da Ucrânia”, refe-
riu o ministro dos Negócios 
Estrangeiros ucraniano, 
Dmytro Kuleba. 
No Donbass, a ofensiva in-
tensifica-se, mas os ataques 
também têm sido frequen-
tes em outros pontos da 
Ucrânia. Em Kharkiv, sete 
pessoas morreram em no-
vos bombardeamentos de-
pois de a cidade ter iniciado 
um regresso à normalidade. 
Após a justiça ucraniana 
ter condenado a prisão per-
pétua o primeiro soldado 
russo julgado por crimes de 
guerra, mais dois combaten-
tes do Kremlin foram cap-
turados e declararam-se cul-
pados por bombardear uma 
cidade da Ucrânia. Alexan-
der Bobikin e Alexander 
Ivanov reconheceram fazer 
parte de uma unidade de ar-
tilharia que disparou contra 
alvos na região de Kharkiv, 
sendo que o veredito final 
de ambos deverá ser conhe-
cido na próxima semana. �
Ecrãs foram colocados no meio da destruição 
D
R
Jornal de Notícias30 OPINIÃO 27 de maio de 2022
Os crimes em grupo e juvenis au-
mentaram, respetivamente, 7,7 por 
cento e 7,3 por cento em 2021, de 
acordo com o Relatório Anual de Se-
gurança Interna. Perante esta subi-
da de casos, Administração Interna, 
escolas e poder local devem pensar 
numa estratégia articulada para tra-
var uma tendência que poderá pro-
vocar graves fissuras sociais. 
Em ano de fortes restrições de 
contactos de proximidade devido 
à covid-19, esperar-se-ia que as es-
tatísticas relativas a uma violên-
cia que acontece sobretudo no es-
paço público diminuísse. Assim 
não foi. Os média noticiosos já ti-
nham testemunhado isso, mas os 
números globais das entidades 
competentes nesta área apresen-
tam um retrato mais fidedigno de 
um país que, em contexto urbano, 
continua com periferias demasia-
do explosivas. E a exigir ações plu-
rissetoriais. 
Não chega o Ministério da Ad-
ministração Interna anunciar um 
reforço das comissões de proteção 
de jovens em risco ou da vigilân-
cia policial para inverter este qua-
dro. É preciso dotar estas entida-
des de mais meios. No caso da 
PSP, impõe-se assegurar mais po-
liciamento em zonas críticas, 
numa postura que privilegie a 
prevenção à correção de infra-
ções. 
Por seu lado, as escolas necessi-
tam de prestar muita atenção a 
uma população estudantil alhea-
da daquilo que se passa na sala de 
aula. Para isso, o Ministério da 
Educação deve dar maior estabili-
dade aos quadros dos estabeleci-
mentos de ensino de zonas pro-
blemáticas, apoiando projetos de 
intervenção que ocupem os jo-
vens em atividades de inclusão 
social. É igualmente fulcral inte-
grar nos planos curriculares for-
mação em redes socais, que deba-
ta exaustivamente os riscos de 
uma comunicação digital centra-
da em conteúdos de rutura social. 
O poder local também pode 
constituir-se como parte de uma 
solução de integração social. Os 
territórios, especialmente as cida-
des, desenham frequentemente 
espaços propícios à disrupção da-
queles que neles habitam. Depois 
de uma geração de autarcas dema-
siado ocupada em multiplicar pré-
dios, sucedeu uma outra geração 
muito ciosa de eventos promocio-
nais. Tem faltado projetar urbani-
zações com quotidianos de bairro 
bem como reabilitar harmoniosa-
mente espaços degradados. E, aci-
ma de tudo, iluminar as ruas, fa-
zendo entrar aí atividades que 
lhes deem vida. 
Há, pois, todo um programa sis-
témico para colocar em marcha. 
Associar este tipo de criminalida-
de ao hip-hop ou ao drill, para 
além de não fazer sentido, é peri-
goso. Porque cria preconceitos e 
não resolve o problema.
PRAÇA DA 
LIBERDADE
POR
Carla Fraga 
Direção da Associação 
das Juízas Portuguesas
co, preferencialmente a 
burka, em cuja divulgação 
foi referido que “As mulhe-
res que não são nem muito 
jovens nem muito velhas 
devem cobrir o rosto, exce-
to os olhos, de acordo com 
as recomendações da Sha-
ria, para evitar qualquer 
provocação quando encon-
trarem um homem” e que, 
se não tiverem motivos 
para sair, “é melhor que fi-
quem em casa”. 
A violação deste decreto 
implica, para além da puni-
ção da mulher, também pu-
nições ao respetivo chefe de 
família, o que, na prática, 
determinará um aumento 
dos conflitos familiares e da 
violência doméstica. 
Numa entrevista à CNN, 
Mahbouba Seraj, afegã que 
luta pelos direitos das mu-
lheres naquele país, afir-
Caminhos de inversão 
da criminalidade juvenil 
As medidas que vêm 
sendo tomadas 
naquele país visam 
a eliminação da 
presença feminina 
na sociedade
As mulheres invisíveis 
Um povo culto, ainda que não eru-
dito, é exímio no uso das metáforas. 
Assim o tenho percebido na estreita 
relação que mantenho com alguns 
dos grandes sábios transmontanos, 
mestres da tradição oral, onde vou 
colhendo metáforas que são figura-
ções muito pertinentes nos tempos 
em que vivemos. Como esta de um 
sapo fanfarrão que passava o tempo 
a gabar-se junto das rãs. Dizia que era 
o melhor em tudo, que não havia 
quem lhe passasse a perna. Nisto, es-
tava ele com a “cantilena” do costu-
me, foi calcado por um boi que o 
mantinha preso sob o casco. 
– Estás aflito? – perguntaram as 
rãs. 
– Bô?! Estou a segurar este boi 
pela pata, para que não caia! – res-
ponde o sapo. 
Por fim, com tamanho peso em 
cima, começaram a sair-lhe as tri-
pas, e, de novo questionado pelas 
rãs: 
– E agora? Estás aflito? 
Ele respondeu: 
– Não. Estou a segurar as corren-
tes do relógio. 
Certamente, ainda lá estará a en-
ganá-las ou a enganar-se a si pró-
prio. Quando se persiste no discur-
so, ou na obsessão, de que “somos 
os melhores”, mas os estudos di-
zem que Portugal está a caminho 
de cair para o terceiro país mais po-
bre da União Europeia e que, já em 
2021, “havia 2,3 milhões de pes-
soas em situação de pobreza ou de 
exclusão social, o que correspon-
de a um quinto da nossa popula-
ção” (JN, 27-4-2022), colocamo-
-nos também na posição daquele 
sapo que, nem com as tripas de 
fora, conseguia assumir a compli-
cada situação em que estava. 
Joaquim Miranda Sarmento, um 
eminente especialista em Finan-
ças Públicas, escreveu uma obra 
que qualquer político hoje deveria 
ler (“Portugal, liberdade e espe-
rança – uma Visão para Portugal 
2030”, Bertrand, 2021), onde, 
evocando a lição de Esopo, con-
cluiu: “Enganar-se a si próprio 
pode levar à autodestruição”. Re-
correu a Esopo, pois claro. Ou não 
fosse ele o grande mestre das me-
táforas. Tal como os sábios trans-
montanos.
A metáfora do sapo 
fanfarrão 
mou que podem morrer a 
qualquer momento. 
E, de facto, assim parece 
ser. As medidas que vêm 
sendo tomadas naquele país 
visam a eliminação da pre-
sença feminina na socieda-
de; a invisibilidade das mu-
lheres perante os homens. E 
o motivo primário parece 
claro naquele decreto: impe-
dir que os homens sejam 
“provocados” pela beleza fe-
minina. Um argumentoque 
não abona muito a favor de 
tais homens. E que, como 
declarou uma afegã numa 
entrevista à BBC 100 Wo-
men, as faz sentir que é cri-
me ser mulher. 
No passado dia 13 foi divul-
gada uma declaração conjun-
ta dos ministérios de Negó-
cios Estrangeiros de vários 
países, incluindo europeus 
(Portugal não consta do 
elenco desses países) a mani-
festar a sua preocupação 
com tais restrições e apelar 
ao regime talibã ao respeito 
de direitos humanos das mu-
lheres: a educação, trabalho 
e liberdade de movimentos. 
E o Estado português? Não 
se revê neste apelo?
Num período em que as 
atenções a nível internacio-
nal estão focadas na guerra 
na Ucrânia e nas suas conse-
quências a nível mundial, a 
situação das mulheres no 
Afeganistão agrava-se. 
Desde agosto de 2021 que 
o regime talibã tem vindo a 
limitar os direitos das mu-
lheres, com várias recomen-
dações quanto ao vestuário, 
o encerramento de escolas 
para meninas com mais de 
12 anos, proibição de viajar 
para o exterior ou desloca-
ções longas no país desa-
companhadas de um ho-
mem da família. 
Os direitos das mulheres 
foram no início do mês no-
vamente restringidos num 
decreto que impõe o uso de 
um véu integral em públi-
POR
Felisbela Lopes
Prof. associada com 
agregação da UMinho
POR
Alexandre Parafita 
Escritor e jornalista
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 OPINIÃO 31
ESPAÇO DO LEITOR
CARTAS, EMAILS 
E POSTS
A licença menstrual 
anula as mulheres 
A licença menstrual menoriza a 
mulher. E ir a correr rapidamente 
atrás de uma legislação de Espanha 
– que, com todo o respeito, não pa-
rece ser dos países mais evoluídos 
da Europa – que parece inadequa-
da, ainda é mais grave. Pelo contrá-
rio, a legislação espanhola é mui-
to oportuna ao consagrar que as jo-
vens de 16 anos podem, sem auto-
rização parental, pedir a interrup-
ção voluntária da gravidez. 
Voltando à chumbada (e bem) li-
cença menstrual em Portugal, ar-
rogar que as mulheres são incapa-
zes de trabalhar os mesmos dias 
por mês é um golpe absoluto na 
causa feminista. 
As mulheres menstruam, e se isso 
implicar não conseguirem, “por 
decreto”, executar o mesmo que o 
homem, é anular num ápice 
tudo o que as mulheres conse-
guiram alcançar pela igualdade 
salarial no trabalho e na vida. 
Depois, juntemos a isto o facto 
de serem as mulheres a ter os fi-
lhos, o que implica ficar perío-
dos longos em casa sob licença 
de maternidade. 
Aprovar a licença menstrual se-
ria deitar por terra tudo o que a 
mulher conseguiu conquistar 
em décadas. Seria arranjar um 
pretexto para voltar a empurrar 
o homem para o patamar de 
cima, empurrando a mulher 
para o inferior em toda a hierar-
quia das empresas, das institui-
ções e, claro está, com reflexos 
a nível salarial. 
Tanto homens como mulheres 
encontram pretextos para, de 
quando em vez, se esquecerem 
de trabalhar. Não se arranje um 
para menorizar a mulher. 
AUGUSTO KÜTTNER 
aakuttner@gmail.com 
ELIAS, 
O SEM-ABRIGO
POR R. Reimão e Aníbal F.
lização), a situação não é me-
lhor. Por insistência da Asso-
ciação Portuguesa de Admi-
nistradores Hospitalares foi 
possível nomear duas comis-
sões de avaliação de desem-
penho. Foram avaliados 166 
trabalhadores. Parte deles fi-
nalmente progrediram na 
carreira, ainda que sem alte-
ração remuneratória (em al-
guns casos, depois de quase 
vinte anos sem qualquer 
progressão...!), sendo que, 
outros, avaliados há cerca de 
um ano, continuam a aguar-
dar pela progressão que lhes 
é mais do que devida. Acres-
ce que, nos últimos vinte 
anos, não foram abertos 
quaisquer concursos que 
possibilitassem a progressão 
remuneratória prevista na 
carreira. 
Porque espera a tutela para 
rever esta situação? Esperará 
por um interlocutor mais 
conformado, eventualmen-
te hierarquicamente subor-
dinado, para dessa forma 
mais facilmente se prosse-
guir com a desvalorização do 
administrador hospitalar, 
nomeadamente no que res-
peita ao seu estatuto salarial? 
Não pode ser este o caminho. 
Nos próximos meses, a re-
visão da carreira será discuti-
da com a tutela. Será a opor-
tunidade para que o Gover-
no afirme o seu compromis-
so com a melhoria da gestão 
em saúde, avançando para 
uma revisão da carreira que 
valorize e dignifique os ad-
ministradores hospitalares. 
Assim o esperamos, assim 
o exigiremos.
Administração 
hospitalar: crónica 
de uma carreira 
(in)adiável 
No início do séc. XXI, a em-
presarialização da gestão 
hospitalar obrigou a rever to-
das as carreiras da saúde. To-
das, com exceção da admi-
nistração hospitalar. 
Em 2017, o então secretá-
rio de Estado dr. Manuel Del-
gado validou a proposta de 
revisão da carreira apresen-
tada por grupo de trabalho 
técnico nomeado para o efei-
to. Infelizmente, a sua publi-
cação nunca se concretizou. 
Esta omissão legislativa 
cria situações absolutamen-
te inaceitáveis. Continuam 
a existir administradores 
hospitalares a desempenhar 
funções semelhantes e a re-
ceber salários radicalmente 
diferentes. Persistem os ca-
sos em que o profissional 
exerce a função, mas não 
está contratado como admi-
nistrador hospitalar e, mais 
grave ainda, continuam a 
existir administradores hos-
pitalares que não exercem as 
funções nas quais se diferen-
ciaram, criando um claro 
desperdício do potencial va-
lor que poderiam acrescen-
tar ao SNS. 
No âmbito dos administra-
dores hospitalares em fun-
ções públicas (contratados 
no período pré-empresaria-
POR 
Xavier Barreto 
Administrador hospitalar 
Lares devem ser 
bem fiscalizados 
 
Quando vão para um lar, pensio-
nistas e doentes pensam que vão 
para o céu, mas às vezes vão pa-
rar ao inferno. A começar pelos 
diretores, que não acompanham 
o dia a dia do que se passa, nem 
tudo é cor-de-rosa nos lares e mi-
sericórdias. As auxiliares satu-
ram-se dos trabalhos pesados e 
chegam mesmo a tratar mal os 
internos. Há quem passe fome e 
faltam medicamentos. Os uten-
tes com mobilidade reduzida fi-
cam muitas vezes nos quartos 
sem comida e banho. Pergunto 
para que serve a Segurança So-
cial? Quando aparece, já vem 
muito tarde! Tem de haver fisca-
lização de todos os lares, porque 
muitos estão ilegais, e os crimes 
têm de ser comunicados ao Mi-
nistério Público. 
MANUEL PADILHA 
manuelpadilha@hotmail.com
Diretor-Geral Editorial: 
Domingos de Andrade 
Diretora: Inês Cardoso 
Diretores-adjuntos: Manuel Molinos, 
Pedro Ivo Carvalho, Rafael Barbosa e Vítor Santos 
Diretor de Arte: Pedro Pimentel 
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Jornal de Notícias32 CULTURA 27 de maio de 2022
C U
T R
L
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A Jornal de Notícias 27 de maio de 2022
Nunca é 
tarde para 
se ser louco 
à moda do 
Porto de Zen
FESTIVAL Há coisas que não 
mudam, nem que passem 
30 anos. Rui Silva, aka Gon, 
vocalista dos Zen, continua 
a ser um animal de palco. 
Eles, a maior banda de culto 
Delfim Machado 
delfim.machado@jn.pt 
Banda de culto da Invicta, guiada pelo animal de palco 
Gon, deu um concerto com garra no JN North Festival
da Invicta nos anos 90, con-
tinuam a preencher recin-
tos com alma e um punk 
rock cru que já é raro. No 
primeiro de três dias do JN 
North Festival, ainda antes 
da atuação de Linda Martini 
e Ornatos Violeta, os prota-
gonistas foram os Zen. 
Falar de Zen é falar de 
Gon, um dos últimos ani-
mais de palco do século pas-
sado. Os penteados insóli-
tos ficaram nos anos 90, 
mas a energia com uma 
grande dose de loucura está 
toda lá. Protagoniza danças 
deformadas, faz poses se-
xuais, fuma enquanto can-
ta, mutila-se com o micro-
fone, arregala os olhos e está 
em constante interação 
com a linha da frente do pú-
blico. Os vocalistas moder-
nos usam guitarra. Gon usa 
Heineken de garrafa. “Puor-
to!”, gritou a abrir o concer-
to de cerca de uma hora que 
passou por quase todos os 
temas do disco The Privile-
ge of Making The Wrong 
Choice, o únicoda banda. 
Houve outro, Rules, Jewels, 
Fools, sem Gon, vetado ao 
esquecimento. 
Os Zen apresentaram-se 
na formação original de 
1991 sem Jorge Coelho. No 
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 CULTURA 33
final, o tema mais conheci-
do, “U.N.L.O.” pôs toda a 
gente a dançar. Suposta-
mente era a última, mas os 
verdadeiros fãs sabiam que 
ainda vinha aí “11 A.M.”, ou-
tro emblema musical dos 
portuenses, com que acaba-
ram o concerto. Pelo meio 
houve tempo para Helter 
Skelter, gravada em 1968 
pelos Beatles. 
FESTA HIPPIE COM PAUS 
Antes de Zen houve uma 
ode à boa percussão. Os 
Paus, ou o quarteto de bate-
ria siamesa, ou a banda que 
consegue produzir uma das 
melhores distorções nacio-
nais sem usar guitarra, de-
ram uma autêntica aula de 
como o rock consegue ser 
dançável e intenso ao mes-
mo tempo. 
Depois de um início mais 
jazzístico e com pouco bai-
xo, embora de sintetizador 
incisivo, o concerto acabou 
com uma espécie de festa 
hippie onde cabeças deam-
bulantes pululavam da es-
querda para a direita ao 
ritmo das quatro baquetas, 
de forma incessante, com o 
riff em distorção a vir do 
baixo e um jogo de luzes psi-
cadélicas a fazerem a comu-
nhão entre o Porto e a ban-
da lisboeta. Foi o primeiro 
momento do festival em 
que o público se deixou le-
var, conduzido pela batida 
disforme. 
O tribalismo indissociável 
dos Paus atinge píncaros em 
temas como “Luzia Vene-
no”, do último álbum, o 
Yess, que o conjunto lançou 
em 2020. O disco esteve na 
prateleira nos últimos dois 
anos e pouco saiu à rua por 
causa dos cancelamentos da 
pandemia. A meio do espe-
táculo, o baterista Quim Al-
bergaria dedicou a “Mo Peo-
ple”, do álbum Mitra 
(2016), àqueles que no meio 
cultural mais sofreram com 
as sucessivas paragens: 
“Esta é para todos os técni-
cos que estiveram durante a 
pandemia sem trabalhar. É 
pá, vão a concertos, apare-
Os Linda Martini marcaram 
presença no North Festival 
em 2019. Ontem voltaram a 
pisar o palco da Alfândega 
do Porto, após o lançamen-
to do disco “Êrror”. 
Tocar no Porto tem um sa-
bor diferente? 
Cláudia Guerreiro: Sim, é 
inevitável. Somos sempre 
muito bem recebidos, te-
mos uma base sólida há 
muitos anos. 
Vocês eram um quarteto, 
mas este ano ficaram re-
duzidos a trio. Como está 
a ser o processo de transi-
ção? 
André Henriques: Acontece 
na vida das pessoas. As rela-
ções passam por várias fa-
ses, nós estamos juntos há 
muitos anos. Coisa rara é 
conseguir aguentar uma 
banda tantos anos sem alte-
rar os elementos. 
C.G.: E a nossa já tinha tido 
uma alteração [Sérgio Le-
mos, guitarrista, abandonou 
os Linda Martini em 2008]. 
A.H.: Nós vamos fazer 20 
anos no próximo ano e, 
quando começámos, éra-
mos cinco. Tínhamos três 
guitarras, depois passámos 
a duas e estivemos estes 
anos todos com duas. Senti-
mos que queríamos tocar 
este disco, estávamos mui-
to contentes por o fazer, e 
queríamos estar todos com 
esse pé a bordo. 
Já têm algum projeto para 
o futuro? 
C.G.: As nossas perspetivas 
são sempre as mesmas. Lan-
çamos um disco, tocámo-lo 
e depois queremos fazer ou-
tro. � 
MARGARIDA CERQUEIRA
ENTREVISTA
Linda 
Martini de 
novo à 
beira-rio
1 - Público 
aderiu ao 
primeiro 
festival após a 
pandemia 
 
2 - Zen atuaram 
antes de Ornatos 
Violeta 
 
3 - Paus 
distinguiram-se 
pela percussão 
 
4 - Paraguaii 
teve longos 
instrumentais 
 
çam sempre, consumam 
cultura que esta gente pre-
cisa de trabalhar”. O outro 
baterista é Hélio Morais, 
que voltaria a subir ao palco 
com Linda Martini. 
FESTIVAIS DE VOLTA 
Antes de Paus foi a vez do 
duo vimaranense Paraguaii, 
de Giliano Boucinha e Zé 
Pedro Correia, a que se jun-
tou um baterista. O space 
rock destes Paraguaii é de 
calibre elevado, o que ao fim 
do dia proporcionou a via-
gem musical psicadélica de 
longos e envolventes ins-
trumentais que guiaram os 
poucos melómanos que 
preenchiam o recinto. 
As honras de abertura es-
tiveram a cargo de S. Pedro, 
o projeto a solo de Pedro 
Pode. O JN North Festival 
continua hoje com um dia 
dedicado à dança e o meio 
cultural afirma-se num re-
gresso definitivo depois de 
dois anos de adiamentos e 
cancelamentos com que-
bras próximas de 100%.�
1 2
43
PALCO PRINCIPAL�
� Cassete Pirata: 18h 
� T-Rex: 19h 
� Domingues: 20h 
� Capicua: 21h 
� Robin Schulz: 22.30h 
� Don Diablo: 00h 
 
ESPAÇO CLUBBING 
� Throes + The Shine, 
Marc Vedo, Zanova, Pea-
ce Maker! 
“O SURF E A 
ECONOMIA DO MAR” 
Francisco Rodrigues, 
presidente da Associação 
Nacional de Surfistas, é o 
protagonista da segunda 
talk promovida pelo JN.
JN TALKS
Cartaz 
Hoje
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S: A
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L IM
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G
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Jornal de Notícias34 CULTURA 27 de maio de 2022
Edward Prendick dá por si 
retido em alto mar. A espe-
rança de sobrevivência é 
nula, mas dá-se o caso de 
ser resgatado por um navio 
que tem em curso uma das 
missões mais incomuns: o 
transporte de animais sel-
vagens para uma pequena 
ilha no oceano Pacífico. É 
este o ponto de partida para 
“A ilha do Dr. Moreau”, a 
obra que o escritor britâni-
co H. G. Wells viu ser publi-
cada em 1896, e que chega 
amanhã às bancas, terceiro 
volume da coleção Essen-
ciais da Literatura de Ter-
ror. 
Ainda esquecido, Pren-
dick é forçado a desembar-
car com o carregamento na 
ilha. Aí conhece o Dr. Mo-
reau, um cientista que faz 
experiências macabras com 
os seus animais após ter 
sido exilado da Inglaterra 
em consequência das suas 
teorias científicas contro-
versas. 
Parábola sobre a teoria da 
evolução, bem como uma 
sátira social mordaz, “A ilha 
do Dr. Moreau” é um ro-
mance que ainda choca e 
horroriza os leitores. Está à 
venda a partir de amanhã, e 
durante duas semanas, com 
o seu JN, por mais 4,95 eu-
ros. �
Experiências 
macabras que 
ainda perturbam
Coleção Essenciais da Literatura 
de Terror chega a uma ilha peculiar
 A COLEÇÃO
DRÁCULA - BRAM STOKER 
14 DE MAIO 
O MÉDICO E O MONSTRO 
- ROBERT LOUIS STEVENSON 
21 DE MAIO 
A ILHA DO DR. MOREAU 
- H. G. WELLS 
28 DE MAIO 
O FANTASMA DA ÓPERA 
- GASTON LEROUX 
4 DE JUNHO 
O CORVO - EDGAR ALLAN POE 
11 DE JUNHO 
FRANKENSTEIN - MARY SHELLEY 
18 DE JUNHO 
A VOLTA DO PARAFUSO 
- HENRY JAMES 
25 DE JUNHO 
UM SUSSURRO NAS TREVAS 
- H. P. LOVECRAFT 
2 DE JULHO 
O FANTASMA DE CANTERVILLE 
- OSCAR WILDE 
9 DE JULHO 
CARMILLA - SHERIDAN LE FANU 
16 DE JULHO 
A VIDA ETERNA 
- MACHADO DE ASSIS 
23 DE JULHO 
O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN 
BUTTON - F. SCOTT FITZGERALD 
30 DE JULHO 
GATO PRETO - EDGAR ALLAN POE 
6 DE AGOSTO
PUBLICIDADE
1954-2022 O ator e produtor 
americano Ray Liotta fale-
ceu ontem aos 67 anos. De 
acordo com um represen-
tante do homem nascido 
Raymond Allen Liotta em 
Nova Jérsia, a morte aconte-
ceu durante o sono, na Re-
pública Dominicana. Liotta 
encontrava-se naquela zona 
das Caraíbas em filmagens 
de “Dangerous waters”, 
uma longa-metragem de 
John Barr, com interpreta-
ções de Saffron Burrows, 
Odeya Rush e Eric Dane. 
Entregue a um orfanato ao 
nascer e adotado aos seis 
meses, foi nos anos 1980 
que Ray Liotta se revelou na 
representação e deu corpo a 
uma parte significativa das 
personagens pelas quais se 
tornou conhecido. Depois 
de passagens discretas pela 
televisão, seguiram-se em 
rápida sucessão aparições 
em “Selvagem e perigosa” 
de Jonathan Demme (86), 
“Campo de sonhos” de Phil 
Alden Robinson (89) e 
“Tudo bons rapazes” de 
Martin Scorsese (90). Rapi-
damente se colou a um tipo 
de personagem maligna, 
sempre a um passo da vio-
lência física, que frequente-
mente resvalava para a cari-
catura – um traço que Liotta 
explorou, inclusive em co-
médias negras. 
Nas décadas seguintes, 
Ray Liotta brilhou em fil-
mes como “Cop Land – 
Zona exclusiva” (97), “Ha -
nnibal” (2001) e “Todos os 
santos de Newark” (2021).�
Morreu Ray 
Liotta, um ator 
nada bom 
rapaz
Intérprete de “Cop 
Land – Zona exclusiva” 
partiu aos 67 anos
Ray Liotta em 2016 
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 CULTURA 35
SU
G
ES
TÕ
ES PALCO
Os escultores de 
fogo no Imaginarius 
Míticacompanhia Xarxa Teatre traz 
produção com 26 anos, “Veles e vents”
A companhia valenciana Xar-
xa Teatre tem no currículo 39 
impressionantes anos dedica-
dos ao teatro de rua. Não po-
deria, então, ser mais apro-
priado o contexto em que se 
apresenta, hoje e amanhã, no 
Imaginarius – Festival Inter-
nacional de Teatro de Rua, que 
decorre até domingo em San-
ta Maria da Feira. Partindo 
desde sempre da cultura po-
pular valenciana e mediterrâ-
nica para as suas produções, 
conseguiu fazer das suas tradi-
ções espetáculos universais. É 
o caso de “Veles e vents”, que 
se apresenta agora em Portu-
gal e já passou por todos os 
continentes. 
Nesta obra, a pirotecnia e a 
macrocenografia são os ele-
mentos potenciadores capa-
zes de provocar o espectador 
pela intensidade da espetacu-
laridade criada, exacerbada 
pelo desenho de luz e pela 
música sempre em excesso. A 
pirotecnia é utilizada a favor 
da dramaturgia, não servindo 
apenas a estética mas também 
a própria história. Este artifí-
cio valeu-lhes o epíteto de “es-
cultores do fogo”, desde a pri-
meira obra, “El foc del mar” (O 
fogo do mar). 
“Veles e vents” é uma produ-
ção criada para a inauguração 
do túnel do Canal da Mancha, 
estando em cena há 26 anos, e 
foi apresentada em geografias 
tão díspares como Coreia do 
Sul, Austrália ou Costa Rica. 
O título parte do poema ho-
mónimo do valenciano Ausiàs 
March que, no contexto atual, 
ganha todo um novo significa-
do premonitório. “Velas e 
ventos cumpriram nossos de-
sejos/ fazendo caminhos du-
vidosos pelo mar”; “O mar fer-
verá como uma panela no for-
no, mudando de cor e estado 
natural/ e vai querer mostrar 
tudo errado”. 
O mar pode ser uma paisa-
gem idílica mas também apo-
calíptica, e é sobre estas duas 
caras que se une a dramaturgia, 
acompanhando a viagem des-
te veleiro que pode ser tam-
bém um navio ou um mortífe-
ro petroleiro. A mensagem so-
bre o modo como o ser humano 
interage com o planeta ocupa 
nesta obra o lugar central que, 
entre outras distinções, lhe va-
leu o prémio Caleidoscópio da 
Comissão Europeia. Para ver 
hoje e amanhã. �
Veles e vents 
CASA DO MOINHO 
(SANTA MARIA DA FEIRA) 
ATÉ DIA 28
Por Catarina Ferreira 
Jornalista 
“Veles e vents”: pirotecnia e macrocenografia 
D
IR
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ITO
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E
SE
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A
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O
S 
FOTOGRAFIA 
Amarante celebra a partir de 
hoje os 75 anos da Magnum 
FESTIVAL A segunda edição 
do f/est Amarante – Festival 
Internacional de Fotografia 
realiza-se a partir de hoje e 
até dia 29 sob o tema “Refo-
tografar”. 
Um dos destaques do cer-
tame é a exposição “Mag -
num Photos 75 years”, da 
prestigiada agência foto-
gráfica, e que estará paten-
te no Centro Histórico de 
Amarante. Outro dos des-
taques será a mostra “As I 
was dying”, de Paolo Pelle-
grin; trabalhos fotográficos 
globais feitos em zonas de 
guerra e conflito (Líbano, 
Sudão, Gaza, Libéria, Ira-
que, Palestina, entre ou-
tros), que estarão no Mu-
seu Municipal Amadeo 
Souza-Cardoso. Nos Claus-
tros do Mosteiro de São 
Gonçalo estará patente a 
exposição “As bravas” de 
Paulo Pimenta. 
No programa do f/est há 
também formação. Leonel 
de Castro, fotojornalista do 
“Jornal de Notícias”, dará a 
formação “Colódio húmido 
1851”, onde os participan-
tes podem aprender a mani-
pular os elementos para re-
velar fotografias em chapas 
de alumínio. A fotojornalis-
ta Rita Carmo dará o 
workshop “Fotografia de 
espetáculo”. Ambos decor-
rem amanhã. �
Soluna é a protagonista de 
um concerto hoje no Pérola 
Negra, Porto, às 22.30 horas, 
acompanhada pela DJ King 
Kami. Soluna começou a 
carreira musical ao lado de 
Dino d’Santiago e lança-se 
agora a solo, na fronteira en-
tre o reggaeton e o tarraxo. 
Soluna segue com a apre-
sentação do EP “Gano”. De-
pois, a noite continua com o 
DJ set de Rita Lig. �
MÚSICA 
Concerto de 
Soluna no Porto 
O Mosteiro de São Bento da 
Vitória, no Porto, recebe 
hoje às 15 horas o espetácu-
lo de José Leite e Raquel Oli-
veira “Quem és tu?”. A par-
tir de obras de Lewis Car-
roll, “Alice no país das ma-
ravilhas” e “Alice do outro 
lado do espelho”, propõe-se 
um jogo criativo sobre tea-
tro e filosofia para o público 
infantil. Uma resposta à 
pergunta: “Quem és tu?”. �
TEATRO 
Identidade, essa 
complexa questão 
Fora de casa POR Catarina Ferreira 
VÁRIOS LOCAIS 
Amarante 
MOSTEIRO DE SÃO BENTO 
DA VITÓRIA 
Rua S. Bento da Vitória, 45
PÉROLA NEGRA 
Rua de Gonçalo Cristóvão, 
288, Porto
MÚSICA O festival Semibreve 
volta a Braga em outubro, para 
a 12.a edição, com um cartaz 
que inclui o compositor ale-
mão Alva Noto e o regresso do 
programa de clubbing, após 
dois anos de pausa devido à 
pandemia de covid-19. O festi-
val de música eletrónica e arte 
digital, que decorre entre 27 e 
30 de outubro, inclui ainda 
prestações de Jana Rush, Jan Je-
linek e Gábor Lázar.
Semibreve regressa 
a Braga em outubro 
com clubbing 
BRE 
VES
CINEMA O presidente da Câma-
ra Municipal de Viseu disse 
hoje que durante as gravações 
de “Velocidade furiosa” no dis-
trito, o “quartel-general” ficará 
sediado na cidade e defendeu 
que os locais de filmagem po-
derão ser “um grande atrativo” 
turístico. Fernando Ruas de-
fendeu também que, “ainda 
que não haja datas em concre-
to” para a rodagem, espera que 
seja “relativamente próximo” 
e no IP5, junto à A25.
“Velocidade furiosa” 
será atrativo turístico 
para a cidade de Viseu 
MÚSICA A Festa do Avante! de-
corre entre 2 e 4 de setembro 
na Quinta da Atalaia, no Seixal, 
contando com uma homena-
gem a Adriano Correia de Oli-
veira pela voz de Paulo Bragan-
ça, concertos de Carminho, Ca-
picua e o kuduro de Pongo. O 
tributo celebra o 80.o aniversá-
rio do nascimento de Adriano e 
vai percorrer os discos das dé-
cadas de 1960 e 70. 
Paulo Bragança, 
Carminho e Pongo na 
46.a Festa do Avante!
Jornal de Notícias36 CULTURA 27 de maio de 2022
PUBLICIDADE
//RTP1 
06.30 Bom dia 
Portugal 10.00 
Praça da Alegria 
13.00 Jornal da 
tarde 14.25 Os 
nossos dias 15.10 
A nossa tarde 
17.30 Portugal 
em direto 19.05 
O preço certo 
20.00 Telejornal 
21.00 A prova 
dos factos 21.40 
Joker 22.50 Em 
casa d’Amália 
24.00 O nome 
da Rosa 01.50 A 
arte elétrica em 
Portugal 02.55 
Apocalipse: A 
guerra dos mun-
dos 
 
//RTP2 
07.00 Espaço 
zig zag 14.00 So-
ciedade civil 
15.05 A fé dos 
homens 15.40 
Joga quem qui-
zzer 16.05 Mare 
TV 17.00 Espaço 
zig zag 20.40 
Austrália a cores 
21.30 Jornal 2 
22.00 Culpas e 
desculpas 20.45 
Folha de sala 
23.05 Um segre-
do de família 
00.55 Sociedade 
civil 02.05 Euro-
news 
Farmácias
//SIC 
06.30 Edição da 
manhã 08.20 
Alô Portugal 
10.10 Casa feliz 
13.00 Primeiro 
jornal 14.50 Li-
nha aberta com 
Hernâni Carva-
lho 16.15 Júlia 
18.15 Fina es-
tampa 18.45 
Amor eterno 
amor 19.15 Ca-
sados à primeira 
vista 20.00 Jor-
nal da noite 
21.55 Por ti 
23.15 Amor 
amor 00.10 Pan-
tanal 01.10 Ca-
sados à primeira 
vista 03.55 Li-
nha aberta 
 
//TVI 
06.30 Diário da 
manhã 07.00 
Esta manhã 
10.10 Dois às 10 
13.00 Jornal da 
uma 14.45 A 
única mulher 
16.00 Goucha 
18.00 Big 
Brother 19.15 
Rua das Flores 
20.00 Jornal das 
8 21.55 Festa é 
festa 22.25 Que-
ro é viver 23.20 
Para sempre 
24.00 Big 
Brother 02.15 
Chicago fire 
03.00 Louco 
amor 
 
//RTP3 
06.30 Bom dia 
Portugal 08.30 
Mundo automó-
vel 08.40 Bom 
dia Portugal 
10.00 3 às 10 
11.00 3 às 11 
12.00 Jornal das 
12 13.00 Linha 
da frente 14.00 3 
às 14 15.00 3 às 
15 15.30 Eixo 
Norte Sul 15.45 
Zoom África 
16.00 3 às 16 
17.00 3 às 17 
18.00 18/20 
20.00 Todas as 
palavras 20.20 
Eurodeputados 
21.00 360 22.30 
Janela global 
23.00 3 às 23 
23.10 O último 
apaga a luz 24.00 
24 horas 01.00 
Manchetes 01.30 
Manchetes 3 
02.00 3 às 2 
02.10 As horas 
extraordinárias 
02.30 A prova 
dos factos 03.00 
Janela global 
03.30 Mundo 
sem muros 04.00 
Eixo Norte Sul 
04.20 Manche-
tes 3 
PORTO 
Farmácia São João 
(Campanhã) Estr. 
da Circunvalação, 
7698 • 225371928; 
Barreiros (Cedo-
feita) R. Serpa Pin-
to, 12 • 228349150; 
Farmácia Porto 
(Cedofeita) Estrada 
da Circunvalação, 
14075• 
222001782; Mira-
foz (Foz do Douro) 
R. de Diogo Bote-
lho, 1734 • 
226187011; 
 
GAIA 
Confiança (Serze-
do) R. São Mame-
de, 1254 • 
227620316; 
 
MAIA 
Vales (Pedrouços) 
R. Arroteia, 254 • 
229039033; 
 
MATOSINHOS 
Pedra Verde (São 
Mamede de Infes-
ta) R. Mainça, 89 • 
229010949; 
 
OUTRAS 
LOCALIDADES 
Amarante Costa • 
255423032; Arou-
ca Santo António 
• 256944245; Fel-
gueiras J. Reis • 
255922640; Lou-
sada Lopes Caçola 
• 255811662; Mar-
co de Canaveses 
Farmácia do Mar-
co • 255531096; 
Oliveira de Aze-
méis Santos • 
256482107; Pare-
des Ferreira de Va-
les • 224113522; 
Penafiel Da Mise-
ricórdia • 
255136615; Póvoa 
de Varzim A-Ver-
-O-Mar • 
252681520; Santo 
Tirso Central • 
252808190; Santa 
Maria da Feira Far-
mácia Sousa • 
256363295; São 
João da Madeira 
Lamar • 
256822232; Vila 
Nova de Famalicão 
Ribeirão • 
252416482; Valon-
go • 252323294; 
 
AVEIRO 
Aveiro Farmácia 
Nova • 234933286; 
Águeda Nova • 
234742632; 
 
BRAGA 
Fafe Ferreira Leite 
• 253503452; Gui-
marães Henrique 
Gomes • 
253516046; Vila 
Verde Fátima Mar-
ques • 253353020; 
Barcelos Lamela • 
253811684; 
BRAGANÇA 
Bragança Margari-
da Machado • 
273322556; Mi-
randela Da Ponte 
• 278262546; 
 
COIMBRA 
Coimbra Isabel 
Folhas • 
239404543; Fi-
gueira da Foz Jar-
dim • 233418203; 
Coimbra Maria do 
Céu Albuquerque 
• 239431205; 
 
GUARDA 
Guarda Da Miseri-
córdia • 
271212130; Seia 
Manaia • 
238311697; 
 
VIANA 
DO CASTELO 
Viana do Castelo 
São Bento • 
258817603; Ponte 
de Lima Da Mise-
ricórdia • 
258941131; 
 
VILA REAL 
Vila Real Almeida 
• 259322874; 
 
VISEU 
Tondela Farmácia 
Ribas de Sousa • 
232862119
TV
O FILME DE HOJE
Sophie dá uma ajuda ao amor
AVENTURA Sophie (Amanda 
Seyfried) é uma aspirante a escri-
tora que viaja para Itália com o 
noivo Victor (Gael García Bernal). 
Victor sonha montar um restau-
rante. Em Verona, cidade da nar-
rativa de “Romeu e Julieta”, local 
propício para uma lua de mel an-
tecipada, Sophie percebe que o 
noivo está mais interessado em ar-
recadar fornecedores para o res-
taurante do que nela. Na cidade, 
descobre uma carta de amor anti-
ga e junta-se a um grupo de volun-
tárias que respondem a estas mis-
sivas. Para sua surpresa, a reme-
tente Claire Smith (Vanessa Red-
grave) segue o conselho dado na 
AXN WHITE/ 21.25 H 
Cartas para Julieta 
Amanda Seyfried, Gael García Bernal 
2010
resposta que recebeu e vai procu-
rar Lorenzo, rapaz por quem se 
apaixonou na adolescência. O pro-
blema é que existem muitos ita-
lianos com esse nome, mas Sophie 
demonstra interesse imediato em 
ajudá-la na tarefa. Apesar do gesto 
simpático de Sophie, o neto de 
Claire, Charlie (Christopher 
Egan), fica bastante desagradado 
com a situação, uma vez que já ti-
nha reprovado anteriormente 
esta loucura da avó viúva. �
A fama do Messias supera todas as 
restantes obras de Handel. Este 
oratório estreou-se em Dublin em 
1742 e foi, desde a primeira exibi-
ção, um enorme sucesso. Messias 
é considerada a assinatura do com-
positor germânico-britânico, que 
a tocou 36 vezes. Neste espetácu-
lo, Valentin Tournet, que esteve 
associado aos programas do 
Château de Versailles nas últimas 
temporadas, apresenta uma visão 
diferente do oratório. �
MEZZO/ 19.30 H 
Handel’s Messiah in Versailles 
2018
MÚSICA
Obra máxima de 
Handel em Versalhes
Num futuro pós-apocalíptico, mi-
lhares de agentes especiais, co-
nhecidos como viajantes, são en-
carregues de impedir o colapso da 
sociedade. Eles são enviados de 
volta no tempo e transferidos para 
o corpo de indivíduos que, de ou-
tro modo, acabariam por morrer, 
com vista a minimizar o impacto 
inesperado na linha do tempo. 
Neste episódio, MacLaren desco-
bre uma verdade chocante que 
Kathryn lhe tem escondido. �
SÉRIE
Presos no corpo 
de outras pessoas 
SYFY/ 12.55 H 
Viajantes no tempo 
Eric McCormack, MacKenzie Porter 
2016-2018
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 CULTURA 37
Soluções de ontem: Horizontais: 1 - Pagar. Levar. 22 - Arável. Seda. 33 - 
SMS. Mua. Rui. 4 - Ma. Calma. Ba. 55 - Cada. Gear. 66 - Bota. Ruir. 77 - Cara. 
Moda. 88 - AL. Reino. Tu. 99 - Sem. Mad. Net. 110 - Aiar. Rabelo. 111 - Ralar. Rimar. 
Verticais: 1 - Pasmo. Casar. 2 - Arma. Baleia. 3 - Gás. Cor. Mal. 4 - Av. Catar. 
Ra. 5 - Remada. Em. 6 - Lula. Miar. 7 - AM. Rondar. 8 - Es. Agudo. Bi. 9 - Ver. 
Eia. Nem. 10 - Adubar. Tela. 11 - Raiar. Autor. 
Localidade: Cabanas de Viriato
Cruzadas
Sudoku
Grau de dificuldade: 
●●●●●
Instruções: 
O objetivo do jogo é muito 
simples: tem de se preencher 
cada coluna e cada quadrado 
de 3x3 com números entre 1 
e 9. O único senão é que não 
pode repetir nenhum número 
nas colunas (horizontais e 
verticais), nem em cada qua-
drado de 3x3 casas.
Grau de 
dificuldade: 
●●●●●
Instruções: 
As letras 
nas casas 
com um 
círculo for-
mam o 
nome de 
uma locali-
dade portu-
guesa.
Horizontais: 1 - Qualquer coisa 
onde se deseja acertar. Aquisição. 
2 - Vai à rua. Favorável a uma das 
partes em litígio. 3 - Senhor 
(abrev.). De preço elevado. Rebor-
do do chapéu. 4 - Aprecia o me-
recimento de. Prata (s. q.). 5 - For-
te afeição. Missiva. 6 - Gordo. 7 - 
Pôr uma coisa no sentido oposto. 
Cilindro de cera com pavio, que 
serve para dar luz. 8 - Antes do 
meio-dia. Caixa gradeada que 
serve de prisão a animais, particu-
larmente a aves. 9 - Espaço de 
um mês. Qualquer compartimen-
to. Plural (abrev.). 10 - Diz-se da 
pedra do forno, de cada lado da 
porta. Redução de Internet. 11 - 
Distinção. Andar de um edifício. 
 
Verticais: 1 - Queima. Tornar oval. 
2 - Lagarta. Isento. 3 - Observei. 
Gostar muito. O fruto da ateira 
(Brasil). 4 - Reproduzir por clona-
gem. Artigo antigo. 5 - Estar imi-
nente. Textualmente (adv.). 6 - 
Rosto. Cais. 7 - Prefixo (monta-
nha). Peixe comum em Portugal, 
também conhecido por sarda. 8 - 
Numeração romana (1100). Cár-
cere. 9 - Vaso de pedra para líqui-
dos. Cilindro. Letra grega corres-
pondente a n. 10 - Capital de 
Marrocos. Cadeia de montanhas 
do Sul da Europa Central. 
11 - Inundar. Elevado.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11
ÚTIL & FÚTIL
Signos
Carneiro 21.03 a 20.04
Será confrontado com situações 
pessoais difíceis, não tenha medo 
de firmar a sua posição e de opi-
nar livremente. 
Touro 21.04 a 21.05
Sente-se emocionalmente des-
gastado e mesmo desiludido com 
um amigo. Tenha uma conversa 
frontal. 
Gémeos 22.05 a 21.06
Não é fácil para si comunicar 
quando está à frente de uma pla-
teia, pressionado. Encontre alter-
nativas. 
Caranguejo 22.06 a 22.07
Na busca pela autorrealização irá 
identificar-se fortemente com al-
guém. Não tenha pressa e leve as 
coisas com calma. 
Leão 23.07 a 22.08
Aproveite este dia para se libertar 
da pressão dos últimos tempos e 
quebrar rotinas. Surpreenda quem 
gosta. 
Virgem 23.08 a 23.09
Terá alguns conflitos com colegas 
de trabalho, o que poderá afetar 
as suas rotinas. Tente esclarecer 
um mal-entendido. 
Balança 24.09 a 23.10
Nem sempre o resultado dos seus 
investimentos é o pretendido, 
busque novas soluções e não de-
sista. 
Escorpião 24.10 a 22.11
Começa a questionar se a carreira 
que escolheu foi a melhor opção. 
Confie nas suas capacidades e 
seja positivo. 
Sagitário 23.11 a 21.12
Vontade acentuada de experien-
ciar algo novo. Talvez seja o mo-
mento certo para fazer a viagem 
que sempre quis. 
Capricórnio 22.12 a 20.01
Pode sentir uma perda de vitalida-
de. Terá dificuldade em manter a 
boa energia no trabalho, procure 
agir com ponderação. 
Aquário 21.01 a 20.02
Evite tomar decisões importantes, 
sente-se stressado e poderá não 
pensar com clareza antes de 
avançar. 
Peixes 21.02 a 20.03
Não queira chamar a si todos os 
problemas. Precisa de passar 
mais tempo com a família e de se 
divertir.
MARÉS
NORTE BAIXA-MAR 
07.54H-0,9M 
20.13H-0,9M
NORTE PREIA-MAR 
01.42H-3,1M 
14.08H-3,1M
SUL BAIXA-MAR 
07.52H-0,9M 
20.12H-0,9M
SUL PREIA-MAR 
01.54H-3,3M 
14.21H-3,3M
15º/34º 16º/33º 14º/26º 14º/23º 12º/25º
16º
17º
17º
19º
Lisboa
SEXTA 27 SÁBADO 28DOMINGO 29 SEGUNDA 30 TERÇA 31
Porto
Braga
Coimbra
Faro
TEMP. MÁXIMA < 0 0-5º 6-10º 11-15º 16-20º 21-25º 26-30º 31-35º 36-40º 40>
15º/34º 17º/26º 16º/23º 16º/22º 16º/23º
20º/32º 16º/27º 15º/24º 16º/23º 15º/24º
17º/29º 17º/26º 16º/23º 16º/23º 16º/24º
Céu
limpo
Pouco
nublado
Muito
nublado
Trovoada
Aguaceiros Chuva
Neve
Bragança
10º / 30º
Vila Real
14º / 31º
Viseu
17º / 30º
Guarda
13º / 27º
Castelo
Branco
17º / 32º
V. Castelo
18º / 32º
Porto
20º / 32º
Aveiro
19º / 33º
Coimbra
19º / 33º
Leiria
15º / 34º
Portalegre
20º / 31º
Évora
13º / 34º
Beja
14º / 33º
P. Delgada
16º / 20º
Açores
Madeira
Funchal
17º / 23º
Faro
17º / 29º
Braga
15º / 34º
Lisboa
15º / 34º
19º/33º 18º/33º 15º/27º 16º/23º 16º/24º
Céu limpo e subida temperatura
Céu pouco nublado ou limpo. Vento fraco a moderado do 
quadrante leste, soprando moderado a forte nas terras altas 
até ao final da manhã e a partir do final da tarde, persistindo 
nas serras algarvias, sendo temporariamente de noroeste na 
faixa costeira ocidental durante a tarde. Pequena subida de 
temperatura, em especial da máxima.
POR Isabel Guimarães 
Astróloga – ISAR/CAP
Jornal de Notícias38 27 de maio de 2022PESSOAS
Kevin Spacey 
acusado de agredir 
sexualmente 
três homens 
Ator americano, de 62 anos, está de novo a braços 
com a Justiça, agora no Reino Unido. Quatro queixas de 
assédio, numa altura em que prepara regresso ao cinema
José Mourinho 
Mimo da filha 
após conquista 
Somado o quinto título eu-
ropeu com a conquista da 
Liga Conferência pela Ro-
ma contra o Feyenoord, o 
treinador foi surpreendido 
pela filha, Matilde Mouri-
nho. Dona de uma marca 
de joalharia homónima, a 
jovem ofereceu a José Mou-
rinho uma pulseira perso-
nalizada com a inscrição do 
jogo e data da consagração, 
que o treinador logo colo-
cou no pulso. �
Cindy García 
Vestido de noiva 
português
É no dia 16 de junho que o 
jogador do F. C. Porto 
Matheus Uribe subirá ao 
altar para oficializar a rela-
ção com Cindy García, a 
mãe dos filhos. O casamen-
to realizar-se-á na Colôm-
bia, o país natal, mas foi de 
Portugal que a empresária 
levou o vestido de noiva, 
da autoria da estilista Mi-
caela Oliveira. �
Kate Moss Testemunho a favor de Depp
“Ele nunca me empurrou, pontapeou ou atirou de nenhu-
mas escadas”. Foi assim que, anteontem, Kate Moss ne-
gou quaisquer atos violentos de Johnny Depp durante a 
“relação romântica” que assumiu terem mantido entre 
1994 e 1998. A antiga top model testemunhou através de 
videoconferência, a partir do Reino Unido, no âmbito do 
processo que opõe o ator e a ex-mulher Amber Heard. A 
intervenção durou quatro minutos e aconteceu por Heard 
ter sugerido, numa das sessões, que Depp tinha empurra-
do a antiga namorada de umas escadas, rumor que a pró-
pria agora desmentiu. �
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Sara Oliveira 
pessoas@jn.pt 
Laura e Mickael 
Juntos há uma 
década 
A ex-atriz e apresentadora 
assinalou ontem dez anos 
de namoro com Mickael 
Carreira, desejando que 
seja “para sempre e mais 
um dia”. “Crescemos e vi-
vemos tanto ao longo des-
tes anos. O melhor de mim 
gerámos juntos! Eu sei que 
ainda temos muito para vi-
ver, amor. Venha o resto da 
vida para nos amarmos”, 
declarou Laura Figueiredo. 
Da relação nasceu a filha, 
Beatriz, de cinco anos. �
em 2018, após apresentação de 
seis queixas relacionadas com 
agressões sexuais que alegada-
mente aconteceram em 1996 
em Westminster, e em Glou-
cester em 2013. Ou seja, no 
Reino Unido onde, durante 11 
anos (2004-2015), Kevin Spa-
cey foi diretor artístico do tea-
tro Old Vic, em Londres. Insti-
tuição que, no final de 2017, re-
colheu depoimentos de duas 
dezenas de pessoas sobre o 
“comportamento inapropria-
do” da estrela americana. 
Já em 2019, dois processos 
contra o ator chegaram a tribu-
nal, mas não avançaram para 
julgamento. Isto porque o mas-
sagista que o denunciou na Ca-
lifórnia morreu antes das acu-
sações e, no Massachusetts, 
um jovem desistiu das queixas. 
 
REGRESSO AOS FILMES 
Com dois Oscars no currículo, 
Spacey sofreu o peso das atitu-
des, logo após a primeira acusa-
ção, sendo banido da série 
“House of cards” que protago-
nizava na Netflix. Foi também 
apagado do filme “Todo o di-
nheiro do mundo” (2017) pelo 
realizador Ridley Scott, que o 
substituiu por Christopher 
Plummer. 
“Billionaire boys club”, em 
2018, foi o último filme em 
que apareceu, preparando-se 
para voltar aos cinemas na pele 
de um assassino em série em 
“Peter five eight”, cujo trailer 
foi divulgado a semana passa-
da no Festival de Cinema de 
Cannes. O ano passado partici-
pou ainda em “L’uomo che di-
segnò Dio”, mas o primeiro pa-
pel principal, cinco anos após a 
primeira acusação, está reser-
vado a “1242 – Gateway to the 
west”, do cineasta húngaro Pe-
ter Soos. �
ESCÂNDALO Aos 62 anos, Kevin 
Spacey volta ao centro das 
atenções pelos piores motivos, 
somando novas acusações de 
assédio sexual sobre três ho-
mens, que relatam quatro ex-
periências em diferentes oca-
siões, no Reino Unido. A deci-
são foi ontem confirmada pela 
agência governamental britâ-
nica Crown Prosecution Servi-
ce (CPS), depois de ter investi-
gado durante mais de um ano 
as queixas recebidas na Polícia 
Metropolitana. 
“O CPS autorizou as acusa-
ções criminais de três homens 
contra Kevin Spacey”, infor-
mou a chefe de Divisão de Cri-
mes Especiais, Rosemary Ains-
lie, acrescentando que o artis-
ta “também foi acusado de fa-
zer uma pessoa se envolver em 
atividade sexual com penetra-
ção sem consentimento”. Sub-
linhou ainda que o arguido 
“tem direito a um julga-
mento justo”. 
As denúncias co-
meçaram em outu-
bro de 2017, em 
consequência do 
m o v i m e n t o 
#MeToo, quan-
do o ator de 
“Star treck” 
A n t h o n y 
Rapp disse 
ter sido as-
s e d i a d o 
por Spa-
cey quando 
tinha apenas 
14 anos, numa 
festa. Assumida-
mente gay, assumiu 
as alegações num ar-
tigo do BuzzFeed, le-
vando o visado a re-
conhecer ser tam-
bém homossexual, 
ao mesmo tempo 
que se desculpava 
com falta de me-
mória. 
O processo atual 
advém da abertura 
de uma investigação 
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 DESPORTO 39
Ristic, lateral-esquerdo sérvio, assina até 2026 e admite a pressão 
de jogar num clube “grande” e com a necessidade de recuperar títulos
BENFICA Mihailo Ristic, lateral-es-
querdo sérvio de 26 anos, tornou-
-se no segundo reforço da tempo-
rada do clube da Luz, após a chega-
da do avançado Musa (ex-Boavis-
ta). O jogador assinou contrato até 
2026, e assegurou estar confiante, 
além de ciente da dificuldade e da 
pressão de jogar num grande clube 
e que vive um período de seca de 
títulos. Proveniente do 
Montpellier, 13.o classificado da 
Liga francesa, realizou 31 jogos e 
marcou dois golos na última épo-
ca. Chega à Luz a custo zero. 
“Sou muito ambicioso e o que 
Benfica tem para me oferecer é 
exatamente o que preciso. Estou 
100% seguro, vim para ganhar e 
não para brincar. Estou confiante 
de que vamos ter boa sorte. Estou 
“Estou 100% seguro, 
vim para ganhar 
e não para brincar”
preparado para o desafio”, subli-
nhou Ristic, em declarações à BTV. 
O novo concorrente de Grimaldo 
na ala esquerda da defesa, assume 
que escolheu as águias pela sua 
“grandeza e ambição”, qualidades 
que, segundo o futebolista, estão 
“em sintonia desde o primeiro mo-
mento”. Ristic elegeu o dia de on-
tem como o “melhor da vida” e re-
cordou Roger Schmidt, o novo trei-
nador das águias: “Tal como o mís-
ter disse há uns dias, ‘se amas o fu-
tebol, amas o Benfica’.Tenho a cer-
teza de que levaremos isso à letra e 
que a frase será a base do que vamos 
construir para o futuro”, acentuou. 
Por outro lado, o jogador é visto 
com um elemento de grande pro-
pensão ofensiva, velocidade, ex-
plosão, capacidade de dar largura 
e profundidade ao ataque, bem 
como de revelar assertividade no 
cruzamento. “Esse é o estilo [ata-
cante] que tenho. Estou certo de 
que não haverá problemas, vou 
adaptar-me o mais depressa possí-
vel. Vim para ganhar, o futebol é aminha paixão e sou obcecado pelo 
jogo”, destacou. 
O lateral-esquerdo assinou con-
trato com o Benfica antes de se jun-
tar à seleção sérvia que irá partici-
par na fase de grupos da Liga das 
Nações. Contratado por Rui Pedro 
Braz elogiou as qualidades do dire-
tor desportivo das águias com o 
qual alegou ter estado “sempre em 
grande harmonia”. “Sei muito so-
bre o clube que é um dos maiores 
da Europa. Jogar num clube tão 
grande como o Benfica é um sonho 
que se realiza. Não podia estar mais 
feliz e orgulhoso, não vejo a hora 
de começar”, acentuou. 
O jogador assina, ao contrário do 
que foi noticiado, um vínculo de 
quatro épocas. �
Ristic assinou contrato até 2026 e chega à Luz a custo zero, depois de quatro épocas em França ao serviço do Montpellier
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Luís Antunes 
luis.antunes @jn.pt 
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POR DENTRO
Ferro em destaque 
na Croácia 
Ferro, central cedido 
pelo Benfica ao Hajduk 
Split, esteve em evidên-
cia na final da Taça da 
Croácia. O jogador, que 
dificilmente terá espaço 
no plantel, assinou o 
golo da igualdade da 
equipa que acabou por 
vencer o Rijeka (3-1). 
 
Noronha elogia 
Roger Schmidt 
Noronha Lopes, antigo 
candidato à presidência 
do Benfica, elogiou Ro-
ger Schmidt. “Tem cre-
denciais e espero que te-
nha sucesso no Benfica, 
como qualquer adepto 
deseja. Mas, principal-
mente, espero que exis-
ta uma estrutura que 
lhe crie condições para 
vencer”, vaticinou.
PERFIL
Natural de Bijeljina 
(Bósnia-Herzegovina), 
mas com nacionalida-
de sérvia, Ristic ini-
ciou a carreira na for-
mação do Estrela Ver-
melha e passou pela 
equipa principal, an-
tes de rumar ao Kras-
nodar (Rússia), num 
investimento de dois 
milhões de euros. Ce-
dido ao Sparta de Pra-
ga (Rep. Checa) voltou 
ao clube perto do mar 
Negro antes de ser 
transferido ao Monte-
pellier por 800 mil eu-
ros. Jogou três épocas 
e meia nos franceses, 
fez 99 jogos, três golos 
e sete assistências. 
Conquistou os únicos 
títulos (Liga e Taça da 
Sérvia) pelo Estrela 
Vermelha e é interna-
cional pelo seu país. 
Chega à Luz como jo-
gador livre. 
Fez três golos e 
sete assistências 
em França
� Mihailo Ristic 
� Idade: 26 anos 
� Posição: Defesa- 
-esquerdo
Jornal de Notícias40 DESPORTO 27 de maio de 2022
Nuno Cunha 
renova 
contrato com 
os guerreiros 
até 2025
Médio de 21 anos 
competiu nos sub-23 
e estreou-se 
na equipa B
BRAGA O investimento nas 
camadas jovens continua a 
ser o caminho dos guerrei-
ros. Nesse sentido, Nuno 
Cunha renovou contrato 
com o Braga até 2025, pro-
longando o percurso na for-
mação arsenalista que dura 
há mais de dez anos. O jo-
vem médio de 21 anos foi 
uma das peças-chave da 
equipa de sub-23, na qual as-
sumiu a braçadeira de capi-
tão em 27 jogos, tendo-se 
ainda estreado na equipa B. 
“É uma felicidade enorme 
renovar este contrato, mas, 
ao mesmo tempo, também é 
uma grande responsabilida-
de. Estou preparado. Vou 
continuar a trabalhar todos 
os dias para atingir os meus 
objetivos”, revelou Nuno 
Cunha aos meios do clube. O 
Braga tem feito uma grande 
aposta na formação e o mé-
dio não escondeu a vontade 
de representar a equipa prin-
cipal: “É para isso que traba-
lho todos os dias”. ��E.P.C
Santa Clara aceitou as condições oferecidas pela SAD 
leonina. Japonês para precaver saídas do meio-campo
SPORTING Fim de novela. 
Depois de várias semanas 
de negociações, o Sporting 
já tem amarrado Morita 
como reforço para 2022/23. 
Os leões apresentaram uma 
proposta de 3,8 milhões de 
euros, com possibilidade de 
chegar aos 4,5 milhões de 
euros mediante o cumpri-
mento de objetivos, que, 
após longa reflexão, foi acei-
te pela SAD do Santa Clara, 
que, ainda assim, mantém 
5% do passe do internacio-
nal japonês. 
Morita está fechado 
e vai assinar 
contrato até 2026
André Bucho 
andre.bucho@jn.pt
Há muito que o emblema 
verde e branco chegou a 
acordo com Morita, que as-
sinará contrato até 2026 e 
que será oficializado nos 
próximos dias. O jogador, de 
resto, está convocado para 
os próximos compromissos 
da seleção japonesa, mas 
está devidamente autoriza-
do a formalizar a mudança 
para a capital portuguesa. 
O médio era uma das pas-
tas prioritárias da SAD ver-
de e branca e foi pedido ex-
presso de Ruben Amorim, 
que sabe estar na iminência 
de perder unidades no 
meio-campo, seja Palhinha 
Morita, médio internacional japonês, deixa o Santa Clara e ruma ao Sporting
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ou Matheus Nunes, não es-
tando descartada a hipótese 
de ambos saírem. 
O Sporting foca-se agora, 
ao nível das entradas, em 
dois processos. Para a vaga 
deixada por Pablo Sarabia, 
prosseguem as negociações 
por Trincão, desejo também 
do técnico de 37 anos mas 
que, a chegar, será sempre 
por empréstimo junto do 
Barcelona. Em alternativa, 
está referenciado Paulinho, 
brasileiro do Bayer Le-
verkusen. Além disso, a 
SAD verde e branca está 
também no mercado à pro-
cura de um avançado. �
Nuno A. Amaral 
nuno.a.amaral@jn.pt 
F. C. PORTO O Conselho de 
Disciplina (CD) da FPF ins-
taurou um megaprocesso 
disciplinar na sequência dos 
incidentes ocorridos no rel-
vado do Dragão após o apito 
final do jogo do campeona-
to entre o F. C. Porto e o 
Sporting, realizado a 11 de 
fevereiro. A SAD portista, o 
defesa leonino Matheus 
Reis e vários funcionários 
dos dragões estão entre os 
visados do processo, que foi 
enviado pelo CD à Comis-
são de Instrutores da Liga, 
na semana passada. 
Em causa estão as alegadas 
agressões a Matheus Reis, 
levadas a cabo por funcioná-
rios da manutenção da pu-
blicidade estática do Estádio 
do Dragão, habitualmente 
denominados coletes azuis. 
O processo inicial incluía 
factos como o arremesso de 
cadeiras de plástico para o 
relvado ou ainda o arremes-
so de um projétil para den-
tro das quatro linhas. 
Os funcionários do F. C. 
Porto que são alvo do pro-
cesso disciplinar são João 
Sousa, Ricardo Carvalho e 
Carlos Carvalho, ligados à 
direção de campo e da segu-
rança do estádio. Manuel 
Silva, Cláudio Filipe Nova e 
Carlos Elias são os restantes 
acusados, que trabalham 
para a empresa de publicida-
de estática contratada pelo 
clube da Invicta e que esta-
vam de serviço no clássico. 
São estes três elementos 
que envergavam os coletes 
azuis e que estiveram en-
volvidos nas alegadas agres-
sões a Matheus Reis, igual-
mente visado no processo. 
Caso estas supostas agres-
sões ao jogador dos leões, 
por elementos credencia-
dos pelo F. C Porto, sejam 
consideradas provadas pelo 
CD, fica aberto o caminho à 
aplicação do Artigo 118.o do 
Regulamento Disciplinar, 
relativo a “inobservância 
qualificada de outros deve-
res” por parte do clube anfi-
trião, que prevê a interdição 
de um a três jogos do estádio 
onde se verifiquem os inci-
dentes, um cenário já recla-
mado pelo Sporting. 
No entanto, o artigo 118.o 
também prevê a aplicação 
de uma multa, opção segui-
da pelo CD no passado em 
casos ocorridos com ele-
mentos exteriores ao jogo: 
em 2017/18, um adepto do 
F. C. Porto saltou para o rel-
vado do Dragão e atingiu o 
benfiquista Pizzi, tendo os 
portistas sido multados em 
2860 euros; em 2008/09, 
um adepto do Benfica en-
trou no relvado da Luz e 
agarrou o pescoço de um ár-
bitro assistente num jogo 
com o F. C. Porto, tendo o 
clube lisboeta sido multado 
em 2600 euros. �
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Incidentes após o clássico de fevereiro com o Sporting 
continuam a ter consequências. SAD portista acusada 
Superprocesso 
do CD pode valer 
interdição do Dragão
Confusão no relvado após o final do F. C. Porto-Sporting ainda dá que falar
Mbemba despede-se 
Mesmo sem o assumir por 
palavras, Mbemba despe-
diu-se dos adeptos do F. C. 
Porto, ao publicar uma fo-
tografia nas redes sociais 
em que surge ao lado dos 
seis troféus que conquis-
tou em quatro épocas. O 
central vai sair do Dragão. 
 
Almoço em grupo 
O plantel, equipa técnica e 
staff portista reuniram-se 
num almoço para assinalar 
o fim da época. Todosassu-
miram o compromisso de 
não publicar fotos do re-
pasto nas redes sociais. 
POR DENTRO
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 DESPORTO 41
“Jogadores do Bayern nunca 
falam do banho que levaram”
No dia em que se completam 35 anos da final de Viena, Paulo Futre recorda ao JN o jogo que 
valeu o primeiro título europeu ao F. C. Porto. Memórias de um triunfo que entrou para a história 
EFEMÉRIDE Parece mentira, 
mas já foi há 35 anos que o F. 
C. Porto venceu o Bayern de 
Munique (2-1) e conquistou 
a Taça dos Campeões Euro-
peus. Paulo Futre lembra-se 
de tudo o que aconteceu em 
Viena, naquele dia 27 de 
maio de 1987. “É inesquecí-
vel e a prova disso é que de-
pois deste tempo todo esta-
mos aqui a falar dessa final”, 
afirma o ex-futebolista, ao 
JN, como se ainda estivesse 
a correr atrás da bola no está-
dio do Prater. 
“Desde a meia-final com o 
Dínamo de Kiev, tinham 
sido cinco semanas a ouvir 
dizer que íamos ser goleados. 
Isso dava-me raiva e só que-
ria que o jogo começasse de-
pressa. Quando ficámos sem 
o Fernando Gomes, lesiona-
do, pensei que era uma bai-
xa muito grande. Mas aque-
la equipa tinha tanto cará-
ter...”, refere o antigo extre-
mo-esquerdo, recordando a 
famosa palestra do treinador 
Artur Jorge, ao intervalo, 
após uma primeira parte que 
não correu bem aos dragões: 
“O Bayern não foi superior e 
teve sorte no golo. Chegá-
mos ao balneário de rastos. O 
Artur Jorge disse que tínha-
mos 45 minutos para entrar 
na história e não era ‘bluff’. 
Quando disse que ia meter o 
Juary, eu vi que ele estava a 
falar a sério. Aquela palestra 
rebentou com os alemães. 
Ganhámos o jogo ali”. 
A segunda parte foi mes-
mo um arraso portista, mas 
Futre ainda falhou o empa-
te após “um lance de génio 
que teve finalização da dis-
trital”. “Essa frase foi do 
meu pai. Depois de chorar 
de alegria, disse-me isso no 
aeroporto. Aquilo parecia 
uma assistência para o Mad-
jer e só eu sabia o ridículo 
que tinha feito. Ainda bem 
que não nos custou a final, 
senão ia ser massacrado até 
sair do F. C. Porto”, afirma, 
antes de lembrar os golos da 
reviravolta: “Fiquei sem ar 
Nuno A. Amaral 
nuno.a.amaral@jn.pt 
Equipa portista fez a festa no Prater, em Viena, a 27 de maio de 1987, após a vitória na final da Taça dos Campeões Europeus
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quando Madjer marcou de 
calcanhar. Nem o Marado-
na, nem o Messi seriam ca-
pazes de uma coisa daque-
las. Depois, o 2-1 nasce do 
maior nó que vi um defesa 
levar. O Madjer entortou o 
lateral todo e fez um cruza-
mento perfeito para o Juary 
meter lá dentro”. 
O Bayern não conseguiu 
reagir e Futre jamais ouviu 
os alemães sobre o assunto: 
“Em 35 anos, nunca falaram 
do banho que levaram. Nem 
a pesquisar no Google se en-
contra. Têm pesadelos quan-
do se lhes fala do F. C. Porto. 
Foi a maior humilhação que 
o Bayern levou na vida e eles 
nunca nos deram o mérito 
que merecíamos. Mas não 
interessa. Aquela final mu-
dou a vida do F. C. Porto e de 
muitos jogadores. A minha 
mudou totalmente. Fui para 
o Atlético de Madrid e o Gil y 
Gil tornou-se presidente do 
clube porque tinha dito que 
me levava se fosse eleito. Os 
adeptos viram o jogo e ele 
limpou as eleições”. �
“Fui considerado o melhor 
em campo, mas para mim 
o Madjer foi o homem do 
jogo. Eu mereci um 9,5, 
mas ele foi nota 10”
Paulo Futre 
Campeão europeu pelo F. C. Porto em 1987
Mlynarczyk (68 anos) 
Empresário 
 
Zé Beto (Falecido em 1990) 
 
João Pinto (60 anos) 
Scouter do F. C. Porto 
 
Inácio (67 anos) 
Treinador 
 
Celso (66 anos) 
Reformado 
 
Eduardo Luís (66 anos) 
Reformado 
 
Lima Pereira Falecido em 2022 
 
Bandeirinha (59 anos) 
Scouter do F. C. Porto 
 
Laureta (60 anos) 
Formação do V. Guimarães 
 
Festas (54 anos) 
Empresário 
 
Quim (62 anos) 
Técnico sub-15 do Rio Ave 
 
André (64 anos) 
Reformado 
 
Sousa (65 anos) 
Treinador 
 
Jaime Pacheco (63 anos) 
Treinador 
 
Elói (67 anos) 
Reformado 
 
Semedo (57 anos) 
Adjunto sub-17 do F. C. Porto 
 
Frasco (67 anos) 
Adjunto sub-19 do F. C. Porto 
 
Jaime Magalhães (59 anos) 
Adjunto sub-15 do F. C. Porto 
 
Rabah Madjer (63 anos) 
Embaixador da FIFA 
 
Paulo Futre (56 anos) 
Empresário 
 
Fernando Gomes (65 anos) 
Diretor do F. C. Porto 
 
Juary (63 anos) 
Técnico sub-13 do Santos 
 
Casagrande (59 anos) 
Comentador televisivo 
 
Vermelhinho (63 anos) 
Reformado
Plantel dos 
campeões 
europeus
Jornal de Notícias42 DESPORTO 27 de maio de 2022
Seleção nacional bate espanhóis e garante 
presença entre os quatro melhores do Europeu
SUB-17 O Estádio Netanya, 
em Israel, foi palco de um 
jogo absolutamente fabulo-
so e o dérbi ibérico sorriu às 
cores nacionais, com golos 
de Afonso Moreira e Dinis 
Rodrigues a selarem a pre-
sença na meia-final de de-
pois de amanhã. A França é 
o último obstáculo rumo ao 
jogo decisivo do Europeu de 
2022 – a outra semifinal 
opõe Países Baixos e Sérvia 
–, onde as quinas podem 
conquistar o sétimo título. 
Os sub-17 portugueses 
apanharam um enorme sus-
to logo a abrir, com Diogo 
Fernandes a assinar uma de-
fesa incrível para impedir o 
golo de Dani Rodríguez. A 
resposta foi quase imediata 
e 100% eficaz. Um atraso in-
fantil de Boñar ofereceu a 
bola e uma bela execução a 
Afonso Moreira. A Espanha 
reagiu e Boñar redimiu-se 
do erro anterior com o cabe-
ceamento do empate (17 
m), antes de uma sucessão 
de oportunidades perdidas. 
O intervalo fez muito bem 
a Portugal, com Dinis Rodri-
gues a acertar no poste e 
Ivan Lima a desperdiçar 
uma excelente chance, an-
tes do momento que decidiu 
o jogo. O árbitro viu a mão 
de Gasiorowski e Dinis Ro-
drigues não desperdiçou a 
respetiva grande penalida-
de. Os espanhóis pressiona-
ram, Portugal desperdiçou o 
terceiro várias vezes, mas o 
essencial estava garantido. � 
 
ESPANHA Nono, Boñar, Gasiorowski, 
Keddari, Miguel Carvalho (Pol Fortuny, 
56), Hernández (Youssef, 88), Dani 
Pérez (Álvaro Ginés, 77), Dani 
Rodríguez (David Mella, 57), Antonio 
Moreno, Iker Bravo e Iván Gabriel 
(Víctor Moreno, 88) 
Treinador Julen Guerrero 
 
PORTUGAL Diogo Fernandes; Martim 
Fernandes, Diogo Monteiro, João Muniz 
e Leonardo Barroso; Dário Essugo, João 
Veloso (Vivaldo Semedo, 90+1) e 
Ussumane Djaló; Afonso Moreira (João 
Gonçalves, 90+1), Ivan Lima (Manuel 
Mendonça, 90+4) e Dinis Rodrigues 
(Rodrigo Ribeiro, 80) 
Treinador José Lima 
 
LOCAL Estádio Netanya (Israel) 
ÁRBITRO Christian Ciochirca (Áustria) 
AO INTERVALO 1-1 GOLOS Afonso 
Moreira (9), Boñar (17), Dinis Rodrigues 
(63, gp) AMARELOS Hernández (21), 
Iker Bravo (36), Gasiorowski (62) e 
Martim Fernandes (85)
Muito brilho 
rumo à meia-final 
com a França
Portugal já prepara duelo com a Espanha, de estreia 
na Liga das Nações. Saldo negativo em 38 partidas
Apenas um triunfo 
a doer em quase 
101 anos de história
SELEÇÃO O dia 18 de dezem-
bro de 1921 marcou a estreia 
oficial da equipa das quinas 
no palco internacional, com 
um amigável em Madrid 
que terminou com a vitória 
da Espanha, por 3-1. A supe-
rioridade de “La Roja” man-
teve-se durante 15 jogos e 
tem sido, aliás, a norma dos 
dérbis ibéricos, ao ponto de 
Portugal apenas ter vencido 
um dos nove encontros 
competitivos que disputou 
contra o país vizinho. Agora, 
quase 101 anos depois, cabe 
à equipa de Fernando San-
tos tentar repetir o que 
aconteceu no Europeu de 
2004 para entrar com o pé 
direito na terceira edição da 
Liga das Nações, já na próxi-
ma quinta-feira. 
O histórico regista um to-
tal de 38 encontros, com seis 
triunfos portugueses (16%), 
16 empates (42%) e outras 
tantas vitórias espanholas 
(42%), sendo que os va-
lores são semelhan-
tes quando se olha 
apenas para jogos 
de apuramento ou 
de fases finais de grandes 
competições. Portugal ven-
ceu uma das nove partidas 
disputadas (11,1%), com a Es-
panha a sorrir em quatro oca-
siões (44,4%) e registando-
-se quatro empates (44,4%). 
O único sucesso luso aconte-
ceu na última jornada da fase 
de grupos do Euro 2004, 
com o golosolitário de Nuno 
Gomes a valer a presença nos 
quartos de final. Desde en-
tão, os espanhóis consegui-
ram a desforra nos oitavos de 
final do Mundial 2010 (1-0) 
e nas meias-finais do Euro 
2012 (4-2 nos penáltis, após 
empate a zero), registando-
-se ainda o emocionante em-
pate a três na fase de grupos 
do Mundial de 2018. 
TRÊS AUSÊNCIAS A ABRIR 
A seleção iniciou ontem os 
trabalhos na Cidade do Fu-
tebol, registando-se as au-
sências de Rui Patrício, Pe-
pe e Diogo Jota, autorizados 
a apresentarem-se apenas 
na segunda-feira. Portugal 
joga em Espanha a 2 de ju-
nho, seguindo-se a receção 
à Suíça três dias depois e a 
visita à República Checa, 
no dia 9 de junho. �
CR7 e Bernardo Silva apadrinham o estreante Ricardo Horta no primeiro treino
M
IG
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S / LU
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Miguel Pataco 
miguel.pataco@jn.pt 
Miguel Pataco 
miguel.pataco@jn.pt 
Portugueses festejam o golo de Afonso Moreira (17)
FPF
Espanha 1 
Portugal 2
José Lima 
Selecionador dos sub-17
“A primeira parte foi 
muito boa e a segunda 
ainda melhor. Fomos 
superiores. Sabemos 
que a França é difícil, 
mas queremos ir à 
final do Europeu”
V. GUIMARÃES O lateral di-
reito Sacko foi emprestado 
ao Saint-Étienne até final da 
temporada, mas o futuro do 
internacional maliano, cujo 
contrato com os vimara-
nenses é válido até 2024, 
poderá passar pela mudan-
ça em definitivo para o his-
tórico emblema francês. 
As qualidades de Sacko já 
foram elogiadas pelo treina-
dor, mas as negociações 
para a compra do passe só 
deverão avançar, para a se-
mana, se o Saint-Étienne 
garantir a permanência na 
Ligue 1. Ontem, na primei-
ra mão do play-off de manu-
tenção, o Saint-Etiénne em-
patou a um golo no reduto 
do Auxerre. O segundo jogo 
é no domingo, dia 29. Pelo 
empréstimo de Sacko, que 
não inclui opção de compra, 
a SAD do Vitória encaixou 
300 mil euros. ��V.J.O.
Negócio deve avançar 
se a equipa francesa 
ficar na liga principal
Sacko pode 
mudar-se 
de vez para o 
Saint-Étienne
SAD comprova 
regularização 
dos salários
BOAVISTA A administração 
da SAD axadrezada já de-
monstrou, junto da Liga, 
que a sociedade tem regula-
rizada a questão salarial re-
ferente aos meses de março 
e abril, anunciou o organis-
mo que gere as competições 
profissionais. “A sociedade 
desportiva do Boavista pas-
sa a ter a situação regulari-
zada, o que faz com que to-
dos os emblemas da Liga te-
nham demonstrado o rigo-
roso cumprimento das suas 
obrigações salariais, dentro 
dos prazos regulamenta-
dos”, pode ler-se no comu-
nicado da Liga. 
Na passada segunda-feira, 
a Boavista SAD tinha res-
pondido à notificação do or-
ganismo com a garantia de 
que tinha a “situação sala-
rial regularizada” e que a de-
monstração disso mesmo 
estava apenas “dependente 
de questões formais”. ��E.P.C
David Carmo 
Defesa da seleção
“Desde miúdo 
que sonho estar 
aqui entre 
os melhores 
do país. Estou 
muito feliz. 
O Pepe já 
ganhou muito, 
mas quero lutar 
por um lugar”
m o pé 
ição da 
a próxi-
um to-
om seis 
(16%), 
outras 
nholas 
va-
T
A
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s
p
a
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j
n
Jornal de Notícias 27 de maio de 2022 DESPORTO 43
A seleção de sub-17, 
orientada por José 
Lima, está nas meias-fi-
nais do Europeu. Portugal 
jogou bem contra a Espa-
nha e vai confiante para o 
duelo com a França. O tí-
tulo é possível!
José Lima
No rescaldo do polé-
mico jogo com o 
Sporting, o Conselho de 
Disciplina instaurou um 
megaprocesso ao F. C. 
Porto, que pode valer a in-
terdição do Dragão. O me-
nos mau será uma multa.
F. C. Porto
Terceiro jogo, ter-
ceira derrota do 
Sporting com o F. C. Porto 
nas meias-finais do play- 
-off de basquetebol. A 
equipa de Luís Magalhães 
foi eliminada e já não 
pode revalidar o título.
Luís MagalhãesD+
SEMÁFORO
POR João Faria
ZONA 
MISTA
TÉNIS Parece ser sina de João Sousa ficar pela segunda 
ronda em Roland Garros. O português perdeu com o ita-
liano Lorenzo Sonego (7-5, 6-3 e 6-4), após desperdiçar 
quatro match point no primeiro set. No setor feminino, 
se a n.o 1 Iga Swiatek continua a passear (6-0 e 6-2), re-
gisto para mais uma grande surpresa, com a convidada 
francesa Leolia Jeanjean (227.a do ranking) a afastar a 
checa Karolina Pliskova (n.o 8), por duplo 6-2.
João Sousa volta a ficar pela 2.a ronda
Pimenta e Teresa 
nas finais A de K1
CANOAGEM O português 
Fernando Pimenta quali-
ficou-se para a final A de 
K1 1000 metros da Taça do 
Mundo de Poznan, na Po-
lónia, tal como Teresa Por-
tela em K1 500. Pimenta 
venceu a meia-final com o 
melhor registo (3.32,66 
minutos) entre todos os 
atletas que vão lutar pelo 
ouro. Portela foi a terceira 
(1.56,46 m) na segunda se-
mifinal de K1 500. R.S.
Benfica vence 
Leões Porto Salvo
FUTSAL O Benfica adian-
tou-se no duelo com o 
Leões Porto Salvo, dos 
quartos de final do cam-
peonato, ao vencer em 
Oeiras por 3-1. Os encarna-
dos chegaram ao interva-
lo com o encontro decidi-
do, graças aos golos de Car-
los Monteiro, Tayebi e Ja-
caré. Bruno Pinto fez o 
golo de honra dos locais. O 
segundo jogo realiza-se no 
dia 2 de junho, na Luz.
AGENDA 
ANDEBOL - 1.ª Divisão Nacional - Águas Santas-F. C. Porto (21). 
FUTSAL - Liga (2.ª Fase) - Play-off (Quartos de final - Jogo 1) - Futsal Azeméis-
-Sporting (19), Quinta Lombos-Ac. Fundão (21). 
GINÁSTICA - Taça do Mundo de Ginástica Rítmica - A partir das 11 horas, 
no Portimão Arena.
Dragões domam 
leões e estão 
na final da Liga
Azuis e brancos somaram a terceira vitória 
seguida e vão discutir o título frente ao Benfica
Sporting 80 
F. C. Porto 95
BASQUETEBOL Três jogos e 
três vitórias do F. C. Porto 
sobre o Sporting nas meias-
-finais do play-off. Ao triun-
farem no primeiro jogo na 
casa dos leões, os dragões 
garantiram a presença na fi-
nal, onde vão defrontar o 
Benfica, com o primeiro 
jogo a disputar-se a 4 de ju-
nho, no Pavilhão da Luz. 
A equipa de Moncho 
López mostrou ao que ia 
logo a abrir, mas o primeiro 
período terminou empata-
do (20-20) depois do Spor-
ting ter reagido à melhor 
entrada dos portuenses. No 
segundo período, o F. C. Por-
to ganhou uma vantagem 
mais confortável de oito 
pontos. O terceiro período 
foi mais equilibrado, mas 
voltou a ser favorável, por 
um ponto, ao F. C. Porto, 
que se impôs de forma clara 
no quarto parcial. Nos por-
tistas, destaque para os 23 
pontos de Charlon Kloof, 
enquanto Shakir Smith foi 
o melhor marcador dos 
leões e do jogo, com 25. � 
 
SPORTING Travante Williams (10), 
Justin Tuoyo (1), Santis, Diogo Ventura 
(17) e João Fernandes (8) – cinco 
inicial – Shakir Smith (25), António 
Monteiro (10), Diogo Araújo (2), Joshua 
Patton (7) Treinador Luís Magalhães 
 
F. C. PORTO Vladyslav Voytso (13), 
Bradley Tinsley (5), Jonathan Arledge 
(12), Michael Morrison (6) e Charlon 
Kloof (23) – cinco inicial – Rashard 
Odomes (10), Francisco Amaral (4), 
Miguel Queiroz (15), João Maia (7), 
Miguel Correia Treinador Moncho López 
 
LOCAL Pavilhão João Rocha, Lisboa 
ÁRBITROS Luís Lopes, Paulo Marques 
e José Abreu 
POR PERÍODOS 20-20 (1.º); 18-26 
(2.º); 15-16 (3.º); 27-33 (4.º)
FILIPE
 A
M
O
R
IM
 / G
LO
B
A
L IM
A
G
E
N
S
Portista Charlon Kloof destacou-se com 23 pontos
Covid-19 acaba 
com o sonho 
de João Almeida
LU
C
A
 B
E
TTIN
I / A
FP
Luso teve de abandonar o Giro a quatro etapas do fim
Português testa positivo, após sentir sintomas, 
e é forçado a desistir. De Bondt vence 18.a etapa
José Pedro Gomes 
desporto@jn.pt 
CICLISMO Acabou a aventu-
ra de João Almeida no Giro 
de 2022, com o sonho de ga-
rantir um lugar no pódio fi-
nal a ser desfeito pela covid-
-19. Após as dificuldades fí-
sicas sentidas nos últimos 
dois dias, o corredor da UAE-
-Emirates, de 23 anos, depa-
rou-se, na noite de quarta-
-feira, com sintomas de gri-
pe, agudizados por uma dor 
de garganta persistente. Um 
teste à covid-19 confirmou 
o pior cenário e forçou a de-
sistência, quando faltavam 
quatro etapas para o final. 
Já sem João Almeida no pe-
lotão, o belga Dries deBondt (Alpecin-Fenix) foi o 
melhor na 18.a tirada, rema-
tando com êxito uma fuga 
desenhada, com mais três 
corredores, logo no início. 
Na geral individual, Ricard 
Carapaz (Ineos) manteve-
-se como líder, tendo a ca-
misola da Juventude, que 
pertencia a João Almeida, 
transitado para o espanhol 
Juan Pedro López (Trek-Se-
grafredo). A presença portu-
guesa no pelotão ficou redu-
zida a Rui Costa (42.o da ge-
ral) e a Rui Oliveira (145.o), 
ambos da UAE-Emirates. � 
 
CLASSIFICAÇÕES 
ETAPA 18 (Valsugana-Treviso, 156 
km) - 1.º Dries de Bondt (ESP, Alpecin-
-Fenix) 3:21.21 horas; 2.º Edoardo 
Affini (ITA, Jumbo-Visma), m.t.; 3.º 
Magnus Cort (DIN, EF Education), 
m.t.;... 68.º Rui Oliveira (POR, UAE-
-Emirates), a 2.52 m; 132.º Rui Costa 
(POR, UAE-Emirates), a 5.28 m. 
 
GERAL INDIVIDUAL - 1.º Richard 
Carapaz (EQU, Ineos), 73:19.40 horas, 
2.º Jai Hindley (AUS, Bora-Hansgrohe), a 
3 s; 3.º Mikel Landa (ESP, Bahrain-
-Victorious), a 1.05 m;... 42.º Rui Costa 
(POR, UAE-Emirates), a 2:05.15 h; 
145.º Rui Oliveira (POR, UAE-Emirates), 
a 5:14.20 h.
LIGA 2 O futebol está de luto pela morte de António da 
Silva Albino, presidente responsável pelo renascimen-
to do Académico de Viseu Futebol Clube em 2007. O em-
presário, de 76 anos, vítima de doença prolongada, aju-
dou os “viriatos” a subirem do Distrital até à Liga 2. Há 
um ano, António Albino alienou os 51% que detinha da 
SAD a alemães. Os presidentes da Liga e da FPF apresen-
taram condolências ao clube e à família. O funeral é hoje, 
às 15.30 horas, na Igreja de São João de Lourosa (Viseu). 
Faleceu António Albino, o presidente 
que reergueu o Académico de Viseu
Mural de “Mou” 
é nova atração
ROMA O êxito de José 
Mourinho na Liga Confe-
rência já valeu ao treina-
dor a eternização em mu-
ral, feito pelo artista de rua 
Harry Greb, num dos lo-
cais mais icónicos da capi-
tal italiana: o Circo Máxi-
mo. Mourinho surge 
como um imperador ro-
mano, colorido com as co-
res da AS Roma e a segurar 
o primeiro troféu interna-
cional ganho pelo clube.
Miguel Vítor 
chamado à seleção
ISRAEL O português Mi-
guel Vítor foi convocado 
pela primeira vez para a 
seleção de futebol israeli-
ta, que defrontará a Islân-
dia (2 de junho) e a Albâ-
nia (10) no Grupo B da Liga 
das Nações B. O central, de 
32 anos, naturalizou-se is-
raelita após seis épocas ao 
serviço do Hapoel Beer 
Sheva. É internacional por 
Portugal nos sub-23, sub-
-21, sub-19 e sub-18. R.S.
Eduardo Pedrosa Costa 
eduardo.p.costa@jn.pt 
Conselho de Administração: Marco Galinha (Presidente), Domingos de Andrade, Guilherme Pinheiro, António Saraiva, João Pedro Rodrigues, José Pedro Soeiro, Kevin Ho, Phillippe Yip, Helena Maria Ferreira dos Santos Ferro de Gouveia Secretário-geral: Afonso Camões Diretor digital: Manuel 
Molinos Head of Social Media: Artur Madeira Data Protection Officer: António Santos Diretor de Tecnologias e Sistemas de Informação: David Marques Propriedade: Global Notícias Media Group, SA; Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Almada. Capital social: 28 571 441,25 
euros. NIPC: 502535369. Sede da Redação e do Editor: Rua Gonçalo Cristóvão,195-219 – 4049-011 Porto. Tel.: 222 096 100. Fax: 222 096 200 Filial: Rua Tomás da Fonseca, Torre E, 3.º – 1600-209 Lisboa. Tel.: 213 187 500. Fax: 213 187 501 Marketing e Comunicação: Carla Ascensão e 
Patrícia Lourenço Diretor Geral Comercial: Miguel Simões. Direção Comercial:Porto: Vitor Cunha, Lisboa: Pedro Veiga Fernandes. Classificados: Carlos Rebocho Detentores de 5% ou mais do capital social: KNJ Global Holdings Limited - 35,25%, Páginas Civilizadas, Lda. – 29,75%, José Pe-
dro Carvalho Reis Soeiro - 24,5%, Grandes Notícias, Lda. - 10,5% Estatuto Editorial: https://www.jn.pt/estatuto-editorial.html Impressão: Naveprinter (EN, 14 (km 7,05) – Lugar da Pinta, 4471-909 Maia); Gráfica Funchalense (Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, 50, Morelena – 
2715-029 Pero Pinheiro) Distribuição VASP; Registado na ERC com o n.º 104341. Depósito legal 121 052/98 Edição Norte: Depósito legal: ISSN nº 0870-2020 Edição Sul: Depósito legal: 383340/14 ISSN nº 0874-1352 Assinaturas 219 249 999 Dias úteis, das 08h00 às 18h00. Fax: 229 417 
679. E-mail: apoiocliente@noticiasdirect.pt SMS+MMS: 969 840 084 | EMAIL: leitor@jn.pt TELEFONES: 222 096 100/213 187 500 FAX: 222 096 140. Tiragem média diária no mês de abril: 33 314
BANDEIRA DE CANTO POR José Bandeira
Eduardo V. Rodrigues 
Pres. da C. M. de Gaia
SOBE E DESCE
Não gostou da “conversa 
de café” do líder do Turis-
mo de Portugal, ao acon-
selhar Porto e Norte a de-
sistirem da TAP e optarem 
pela Iberia. O que deveria 
ter feito, diz, era assinalar 
o incumprimento da TAP.
Luís Montenegro 
e Jorge M. da Silva 
Candidatos a líder do PSD
A um dia da eleição para 
escolher o próximo presi-
dente dos sociais-demo-
cratas, uma sondagem re-
veladora: 58% dos portu-
gueses não querem saber.
Pedro S. dos Santos 
CEO da Jerónimo Martins
É o rosto da profunda de-
sigualdade salarial entre 
gestores e trabalhadores: 
ganham 32 vezes mais em 
média. No caso do gestor 
da dona do Pingo Doce, 
são 262 vezes.
Suspensão de 
quotas no CDS 
TRIBUNAL João Merino e 
Dora Vilhena, dirigentes 
centristas, solicitaram 
ao Tribunal Constitucio-
nal (TC) a suspensão das 
decisões do último Con-
selho Nacional, incluin-
do o pagamento obriga-
tório de uma quota men-
sal de dois euros. Aquela 
decisão revogara uma 
deliberação do partido, 
que vigorou quase 14 
anos, e tornou obrigató-
rias as quotas “para 
quem quiser ser eleito, 
votar ou participar nas 
eleições internas”.
Governo risca 
protocolo 
BERARDO O Governo vai 
denunciar o protocolo 
entre o Estado e o em-
presário Joe Berardo, que 
renovaria automatica-
mente no final deste 
ano. A Fundação de Arte 
Moderna e Contemporâ-
nea (Coleção Berardo) 
será extinta e iniciado o 
processo de “criação de 
um museu de arte con-
temporânea”, disse o mi-
nistro da Cultura, Pedro 
Adão e Silva.
ÚLTI- 
MAS
Duas máquinas de 
tabaco destruídas 
em 45 minutos 
INSEGURANÇA Um café e um res-
taurante foram assaltados, ontem 
de madrugada, no espaço de 45 mi-
nutos, em Torres Vedras e Loures. 
Os assaltantes destruíram as má-
quinas de tabaco e levaram tudo do 
seu interior, mas também o fundo 
de caixa, de 50 euros, de ambos os 
estabelecimentos. O Larana, res-
taurante em Outeiro da Cabeça, 
Torres Vedras, foi atacado às 3 ho-
ras. “Arrombaram a porta de entra-
da e foram diretamente à máqui-
na, destruindo-a por completo. Le-
varam tudo, foi a primeira vez que 
nos aconteceu”, conta Miguel Fer-
reira, marido da proprietária. Pas-
sados 45 minutos, no Café Rapo-
sa, Prior Velho, Loures, “partiram 
a máquina toda”, descreve Ana Lo-
pes, funcionária.�S.C.
Primeira mulher 
com varíola
ESPANHA Foi detetado em Espa-
nha, na região de Madrid, o pri-
meiro caso confirmado de varíola 
dos macacos numa mulher. De 
acordo com as autoridades de saú-
de espanholas, citadas pela Im-
prensa do país, a infeção está “di-
retamente relacionada com a ca-
deia de transmissão de relações 
entre homens”. Segundo a última 
atualização de dados do Ministé-
rio da Saúde, a região de Madrid 
tem 65 casos confirmados de va-
ríola dos macacos e 30 suspeitos a 
aguardar resultados dos exames. 
Em todo o país, há 84 casos. Não 
está claro se este é o primeiro caso 
da doença numa mulher detetado 
em Espanha ou no Mundo. R.S.
AGRESSÃO Um homem, com cerca 
de 45 anos, foi esfaqueado por di-
versas vezes com um x-ato, duran-
te uma zaragata, provocada por 
motivos fúteis, ao início da noite 
de ontem, no cais da estação de 
metro de Santo Ovídio, em Vila 
Nova de Gaia. A vítima está em es-
tado grave no hospital e o agressor 
foi logo detido pela PSP. 
De acordo com informações re-
colhidas pelo JN, a vítima, visivel-
mente alterada, viajava no metro, 
onde estaria a causar distúrbios. 
Saiu no cais da estação de Santo 
Ovídio, onde o agressor aguarda-
va a chegada da composição. 
Por motivos aparentemente fú-
teis, a vítima começou a insultar o 
agressor egerou-se uma discussão. 
“Vi as pessoas à pancada. Um de-
les até agarrou uma placa de sina-
lização do piso molhado. Outro 
atirou um saco de roupa para a li-
nha. Havia muita confusão”, con-
tou ao JN uma testemunha. 
O agressor puxou de um x-ato e 
golpeou várias vezes a vítima, an-
tes de se pôr em fuga. Subiu para o 
patamar superior que dá acesso à 
via pública, onde largou o objeto, 
entretanto apreendido pela PSP. 
Os agentes, que chegaram rapi-
damente ao local, detiveram o 
agressor. ��* COM ALMIRO FERREIRA
As marcas de agressão eram visíveis na estação
Esfaqueado com 
x-ato em rixa 
no cais do metro 
Vítima e agressor envolveram-se em conflito por motivos 
fúteis. PSP deteve suspeito e apreendeu arma do crime 
Alexandre Panda* 
alexandre.panda@jn.pt 2800 testes 
em 48 horas
COVID Em menos de 48 
horas, as farmácias reali-
zaram cerca de 2800 tes-
tes gratuitos à covid, des-
de que entrou de novo 
em vigor a gratuitidade 
mediante receita médi-
ca, disse ao JN Ema Pau-
lino, presidente da Asso-
ciação Nacional de Far-
mácias. A receita para 
realizar o teste em far-
mácias pode ser obtida 
através de um médico 
prescritor ou da linha 
SNS 24.
27 de maio 
de 2022 
jn.pt
LOTARIA POPULAR 26/5/2022 SÉRIE SORTEADA 5.ª
Esta informação não dispensa a consulta da lista oficial
88375
1.º PRÉMIO
04590
2.º PRÉMIO
81581
3.º PRÉMIO
79775
4.º PRÉMIO
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21 924 9999
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Sexta-feira 27 de maio de 2022 assine aqui
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Obesidade: fator de risco 
para as dores nas costas
[ HOSPITAL DA LAPA ]
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Aobesidade caracteriza-se pela presença excessiva de tecido adiposo, também conhecido como gordura, no organismo, esta ocorre quando a ingestão 
de alimentos é maior que o gasto energé-
tico para a manutenção do organismo e a 
realização das atividades diárias. 
Existem diversos fatores de risco cau-
sadores de dores nas costas, entre eles 
destaca-se a obesidade. Um estilo de vida 
sedentário e uma dieta desequilibrada, 
afetam a densidade óssea. Quando a estru-
tura de um corpo vertebral está compro-
metida, há risco de fraturas e de hérnias 
discais, estas são duas condições muito 
comuns em pessoas obesas. 
Uma justifi cação para a frequência 
aumentada de dor na região lombar no dia 
a dia da população é o fato desta suportar 
o peso do nosso corpo, a coluna é capaz 
de suportar até 60% do peso corporal, ser-
vindo como base de sustentação. 
A obesidade é um fator de risco para 
as dores na coluna vertebral uma vez que 
prejudica a estabilidade da coluna que 
normalmente é mantida pela parte ós-
sea, muscular e ligamentar. O excesso de 
peso prejudica esta estabilidade, devido 
à sobrecarga das estruturas pertencentes 
à coluna. 
O disco intervertebral encontra-se entre 
duas vértebras e está rodeado por um anel 
fi broso, quando este está desgastado ou sofre 
uma sobrecarga ocorre a rutura e o disco 
extravasa causando uma hérnia ou protusão 
discal, esta comprime o nervo causando dor. 
Atualmente é possível tratar hérnias 
discais na região cervical e lombar com 
técnicas mais avançadas, minimamente 
invasivas e sem recurso a cirurgia, não 
havendo cicatriz e reduzindo o trauma-
tismo das estruturas ósseas e musculares 
adjacentes à coluna vertebral. 
O Centro da Coluna do Hospital da Lapa, 
liderado pelo Dr. Pedro Nunnes, é um cen-
tro de referência europeu no tratamento de 
hérnias discais por fi bra ótica, que consiste 
na aplicação de uma fonte de energia atra-
vés de um sistema avançado de fi bra ótica, 
numa localização muito precisa do disco 
herniado, sob controlo imagiológico de 
alta defi nição. O objetivo é reduzir a tensão 
intradiscal, obrigando a hérnia a regredir 
à sua posição inicial, aliviando a pressão 
sobre os nervos e, consequentemente, a dor. 
Esta técnica inovadora permite a 
redução da dor no pós-operatório, uma 
rápida recuperação, um curto tempo de 
internamento hospitalar e um retorno 
quase imediato às atividades normais do 
dia-a-dia. Pode ser realizada em pacientes 
com dores na coluna vertebral, com fraca 
resposta à terapêutica farmacológica e 
em doentes submetidos a uma cirurgia 
convencional prévia. 
Para saber se é candidato a este trata-
mento necessita de realizar uma consulta 
médica de modo a rever a história clíni-
ca e os sintomas que apresenta, realizar 
um exame físico minucioso e avaliar os 
achados imagiológicos para de seguida 
proceder a uma discussão diagnóstica e 
eleger a melhor opção terapêutica. //
EXISTEM DIVERSOS 
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DESTACA-SE A OBESIDADE. 
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Técnico(a) Superior das Áreas de 
Diagnóstico e Terapêutica Ortóptica
Torna-se público que, por deliberação do Conselho de 
Administração de 17 de março de 2022, se encontra 
aberto, pelo prazo de 10 dias úteis, a contar da data de 
publicitação do presente extrato, o procedimento con-
cursal com vista à constituição de reserva de recruta-
mento de Técnico(a) Superior das Áreas de Diagnóstico 
e Terapêutica – área de Ortóptica, para celebração de 
contrato individual de trabalho.
Os requisitos exigidos e método de seleção constam da 
publicitação integral do aviso de abertura, inserto na 
página eletrónica do Centro Hospitalar Universitário de 
S. João, EPE, in www.chsj.pt.
Porto, 27 de maio de 2022
UNIVERSIDADE DO PORTO
FACULDADE DE ENGENHARIA
Dá-se conhecimento público de que se encontra aberto 
processo de Recrutamento e Seleção, em regime de Contrato 
de Trabalho a Termo Resolutivo Certo, para 1 vaga de 
Técnico Superior, referência online n.º 814, para os Serviços 
Académicos, ao qual podem candidatar-se os indivíduos que 
reúnam as condições fi xadas no aviso disponível no seguinte 
endereço:
http://www.fe.up.pt/concursos
O prazo-limite para submissão online das candidaturas é 
de 5 dias úteis a contar a partir do dia útil imediato ao da 
presente publicação.
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AVISO
Avisa-se os interessados de que está aber-
to Concurso Público para a cedência de 
utilização de espaços para fi ns de investi-
gação e desenvolvimento (I&D) no Edifício 
Egas Moniz e no Edifício Reynaldo dos San-
tos da Faculdade de Medicina da ULisboa.
As peças de concurso estarão disponíveis, de 
forma direta, no sítio da Faculdade de Medici-
na de Lisboa, em www.medicina.ulisboa.pt.
Prof. Doutor Fausto J. Pinto
(Diretor da FMUL)
 Reserva de Recrutamento
de Assistentes Operacionais (m/f)
Hospital de Braga, E.P.E.
Torna-se público que, por deliberação do Conselho de Admi-
nistração do Hospital de Braga, E.P.E. (H.B., E.P.E.), se encontra 
aberto, pelo prazo de 10 (dez) dias úteis, o processo de re-
crutamento para a constituição de Reserva de Recrutamento 
de Assistentes Operacionais, tendente à resposta de neces-
sidades que possam vir a ocorrer, tratando-se de regime de 
contrato individual de trabalho a termo incerto (necessidades 
temporárias) e/ou sem termo (necessidades defi nitivas).
Os requisitos, o perfi l de competências exigido, os métodos e 
critérios de seleção e outras informações de interesse para a 
apresentação das candidaturas e para o desenvolvimento da 
Reserva de Recrutamento em apreço constam da publicitação 
integral do Aviso de Abertura, inserto na página eletrónica do 
Hospital de Braga, E.P.E.
Braga, 27 de maio de 2022
INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, IP
CONSELHO DIRETIVO
Legislação aplicável
Decreto-Lei n.º 64/2007, de 14 de março,
na sua versão atualizada
Código Penal
Data 2022-04-07
AVISO
ENCERRAMENTO ADMINISTRATIVO DE UM ESTABELECIMENTO
DE APOIO SOCIAL SEM DENOMINAÇÃO
O Instituto da Segurança Social ordenou o encerramento administrativo
imediato de um estabelecimento de apoio social sem denominação, com as
seguintes características:
• exerce a atividade de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas;
• com fins lucrativos;
• não estando licenciado;
• funciona sob a propriedade de Maria Manuel Oliveira Rocha Ahrens
Teixeira ;
• está instalado em Rua da Boavista, 7, 2250-342 Vale Mestre.
Porque ordenamos o encerramento do estabelecimento
O Instituto da Segurança Social, IP ordenou o encerramento, através da
Deliberação n.º 75, de 2022-04-07, porque o estabelecimento estava em
atividade com deficiências graves nas condições de instalação, segurança,
funcionamento, salubridade, higiene e conforto, representando um perigo
potencial para os direitos dos utentes e a sua qualidade de vida.
Consequências do incumprimento da deliberação
Caso o estabelecimento seja reaberto ou a atividade de apoio social con-
tinue de forma ilegal, a entidade responsável será sujeita a procedimento
criminal pelo crime de desobediência.
Local e prazo de afixação do aviso
Este aviso deve estar afixado durante 30 dias na entrada principal do esta-
belecimento.
Consequência da não afixação do aviso
Quem impedir a sua afixação será sujeito a procedimento criminal pelo
crime de resistência ou coação sobre funcionário. Quem o remover delibe-
radamente antes do fim do prazo de 30 dias será sujeito a procedimento
criminal pelo crime de arrancamento, destruição ou alteração de editais.
A Vice-Presidente
Catarina Marcelino
JORNAL DE NOTÍCIAS
sexta, 27 de maio de 2022 PUBLICIDADE 3
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