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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - ESTATUTO DO DESARMAMENTO E CRIMES TRIBUTÁRIOS

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Prévia do material em texto

1 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO: ............................ 3 
2. OMISSÃO DE CAUTELA (Art. 13, caput): ..................................................................... 6 
3. OMISSÃO DE COMUNICAÇÃO (Art. 13, §único): ........................................................ 6 
4. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO:.................................... 7 
5. DISPARO DE ARMA DE FOGO (Art. 15): ..................................................................... 8 
6. POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO:................... 9 
7. COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO (Art. 17): ................................................ 13 
8. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO (Art. 18): .................................. 14 
9. MAJORANTES: .............................................................................................................. 14 
10. LIBERDADE PROVISÓRIA: ......................................................................................... 15 
LEI 8.137/90 – CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA ................................................ 16 
11. Art. 1º: .............................................................................................................................. 17 
12. Art. 2º: .............................................................................................................................. 19 
13. CRIMES PRÓPIOS DO ART. 3º: .................................................................................... 19 
14. MAJORANTES: .............................................................................................................. 20 
15. COLABORAÇÃO PREMIADA:..................................................................................... 21 
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA ............................................................................................ 22 
 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
3 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI 10.826/2003 
 
Meus caros, a partir do Art. 12 do Estatuto temos os crimes em 
espécie. Vamos enfrentar a parte penal do estatuto. 
Estamos diante de uma norma penal em branco heterogênea. Esta lei 
será complementada por vários decretos, dentre eles o Decreto 9.847/19. 
Vamos agora enfrentar os crimes em espécie: 
 
1. POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO 
PERMITIDO: 
Art. 12 do Estatuto: 
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório 
ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou 
dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que 
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou 
empresa: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
A) POSSE X PORTE: 
A posse é uma conduta intramuros, ou seja, quando o sujeito tem arma 
sem autorização dentro da sua casa ou nas dependências de sua casa ou ainda 
no local de trabalha quando se é dono do local. 
 
Ao contrário, a porte é uma conduta extramuros, ou seja, portar arma 
fora de sua casa, na via pública ou no local de trabalho quando se é 
empregador e não o dono da empresa. 
 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
4 
 
B) ELEMENTOS DO TIPO: 
Os verbos nucleares são “possuir” ou “manter”. Temos aqui, 
portanto, uma conduta que denota PERMANÊNCIA. Sendo assim, admitem 
flagrante a qualquer momento. 
 
Além disso, a lei não diz o que é uso permitido. Vamos nos socorrer 
do decreto já citado: 
Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: 
I - arma de fogo de uso permitido - as armas de fogo 
semiautomáticas ou de repetição que sejam: 
a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição 
comum, não atinja, na saída do cano de prova, energia cinética 
superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte 
joules; 
b) portáteis de alma lisa; ou 
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização 
de munição comum, não atinja, na saída do cano de prova, energia 
cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e 
vinte joules; 
 
Um ponto importante que deve ser observado quanto ao preceito 
secundário do crime do Art. 12 do Estatuto é que a pena mínima é de 1 ano. 
Sendo assim, em tese, pode ser aplicado o Acordo de Não Persecução Penal 
e a suspensão condicional do processo. 
 
C) ABOLITIO CRIMINIS INDIRETA OU TEMPORÁRIA: 
Precisamos lembrar de duas coisas importantes: 
 
a) Súmula 513, STJ: A abolitio criminis temporária prevista na Lei n. 
10.826/2003 aplica-se ao crime de POSSE de arma de fogo de uso 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
5 
 
permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimido ou adulterado, praticado 
somente até 23/10/2005. 
 
b) Lei 11.922/09: Quando o Estatuto surgiu, tínhamos um prazo para 
que as pessoas entregarem as armas que possuíam. Agora, se a 
arma tem numeração raspada, aplicamos a súmula citada. 
Cuidado, pois se a arma não tiver a numeração raspada, adulterada 
ou suprimida, aplicamos a lei 11.922/09: 
Art. 20. Ficam prorrogados para 31 de dezembro de 2009 os 
prazos de que tratam o § 3o do art. 5o e o art. 30, ambos da Lei no 
10.826, de 22 de dezembro de 2003. 
 
 
D) OBJETO MATERIAL: 
Temos aqui a arma de fogo, acessório ou munição. 
Em relação à arma de fogo, devemos lembrar que não precisa estar a 
arma municiada nem precisa estar a arma montada. Cuida-se aqui de crime 
de PERIGO ABSTRATO (presumido). 
Ainda, a atual jurisprudência entende que não é necessária a perícia 
para constatar a potencialidade do armamento. TODAVIA, se houver 
perícia, e esta constatar que a arma não funciona, temos a possibilidade da 
tese do crime impossível. 
 
 
E) REGISTRO VENCIDO: 
Há várias decisões do STJ dizendo que não se trata de crime, sendo 
apenas infração administrativa que gera multa e apreensão da arma. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm#art5%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm#art30
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.826.htm#art30
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
6 
 
F) INSIGNIFICÂNCIA: 
Tradicionalmente, a jurisprudência não admite. Todavia, ultimamente 
tem se inclinado a jurisprudência dos tribunais para entender que no caso de 
pouca quantidade de munição desacompanhada da arma, poderia haver 
a incidência da insignificância. 
 
 
2. OMISSÃO DE CAUTELA (Art. 13, caput): 
Assim dispõe a lei: 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir 
que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de 
deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua 
posse ou que seja de sua propriedade: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Temos aqui uma infração de menor potencial. 
O sujeito ativo é somente o proprietário ou possuidor (crime próprio), 
sendo o sujeito passivo mediato o menor de 18 e o deficiente mental. 
Observe que o objeto material agora é apenas a arma de fogo. 
Temos um crime culposo, que deixa de agir com a cautela necessária. 
 
 
3. OMISSÃO DE COMUNICAÇÃO (Art. 13, §único): 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou 
diretor responsável de empresa de segurança e transporte de 
valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de 
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas 
de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam 
sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de 
ocorrido o fato. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
7 
 
CRÍTICA: Temos aqui uma crítica sendo feita a estedispositivo no 
sentido de que ele proporciona uma responsabilidade penal objetiva. 
Veja que o início da contagem do prazo é de 24 horas depois do fato 
e não da ciência do fato. 
 
 
4. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO: 
Art. 14 do Estatuto: 
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, 
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, 
empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório 
ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, 
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do 
agente. 
 
Temos aqui um tipo misto alternativo (diversos verbos nucleares e a 
prática de mais de um deles no mesmo contexto caracteriza um só crime). 
 
OBS: No caso de apreensão de duas ou mais armas de fogo de uso 
permitido, também temos apenas um crime, devendo o juiz levar essa 
circunstância em conta quando for estabelecer a pena base (Art. 59, CP). 
 
ATENÇÃO: No caso de serem apreendidas mais de uma arma de 
fogo, sendo uma de uso permitido e outra de uso restrito, não se aplica o 
princípio da consunção ou absorção. Os bens são diversos, não havendo 
relação de crime-meio e crime-fim. Neste caso haverá concurso formal de 
crimes (AgRg no REsp 1.813427/MS). 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
8 
 
Meus caros, no que tange ao parágrafo único do artigo, o STF na ADI 
3112 decidiu que este parágrafo é inconstitucional. 
 
 
5. DISPARO DE ARMA DE FOGO (Art. 15): 
 
A) ELEMENTOS DO TIPO: 
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar 
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção 
a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a 
prática de outro crime: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. 
 
OBS1: PROPORCIONALIDADE: 
Em abstrato, a pena seria mesma se o disparo fosse efetuado com arma 
de fogo de uso permitido ou com uma arma de uso restrito. Todavia, cabe ao 
juiz, no caso, aumentar a pena a depender da arma utilizada. 
 
OBS2: Lugar habitado é aquele que possui moradores, ainda que 
eventuais. Assim, só não haverá crime se o local for desabitado, sendo o fato 
atípico. 
 
B) CONCURSO ENTRE PORTE E DISPARO: 
Temos duas posições: 
1) Há o concurso, pois quando houve o disparo o porte já estava 
consumado. 
 
2) Não há concurso, havendo absorção. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
9 
 
3) Depende do contexto fático. Neste sentido (STJ, AgRg no 
AREsp 1211409/MS). 
 
OBS: O parágrafo do Art. 15 também é inconstitucional, cabendo 
fiança. 
 
 
6. POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO 
RESTRITO: 
 
A) PACOTE ANTICRIME: 
A nova redação foi dada pelo PAC: 
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, 
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de 
fogo, acessório ou munição de USO RESTRITO, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Meus caros, percebam que o Pacote Anticrime manteve no caput 
apenas a arma de uso RESTRITO e transformou a de uso proibido numa 
qualificadora (§2º). 
O caput traz um tipo misto alternativo. 
 
Conforme o Decreto 9.847, temos a definição de uso restrito seu Art. 
2º: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
10 
 
II - ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO - as armas de fogo 
automáticas e as semiautomáticas ou de repetição que 
sejam: (Redação dada pelo Decreto nº 9.981, de 2019) 
 
a) não portáteis; 
 
b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição 
comum, atinja, na saída do cano de prova, energia cinética 
superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte 
joules; ou 
 
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização 
de munição comum, atinja, na saída do cano de prova, energia 
cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e 
vinte joules; 
 
B) FIGURAS EQUIPARADAS: 
Conforme o Art. 16, §1º: 
 § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de 
identificação de arma de fogo ou artefato; 
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-
la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para 
fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade 
policial, perito ou juiz; 
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou 
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar; 
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma 
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de 
identificação raspado, suprimido ou adulterado; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9981.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
11 
 
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma 
de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou 
adolescente; e 
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou 
adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. 
 
OBS: Sempre se estiver diante de uma arma com número raspado, sua 
capitulação será a do Art. 16, §1º, IV do Estatuto. 
 
C) FORMA QUALIFICADA: 
Prossegue o Art. 16, §2º: 
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo 
envolverem arma de fogo de uso PROIBIDO, a pena é de 
reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
 
Como foi dito, o Pacote Anticrime transformou a hipótese da arma de 
uso proibido em uma qualificadora (nova pena) para poder seguir o princípio 
da proporcionalidade. 
 
O Art. 2º do Decreto 9.847 dispõe que: 
II - arma de fogo de uso proibido: 
a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e 
tratados internacionais dos quais a República Federativa do Brasil 
seja signatária; ou 
 
b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos 
inofensivos; 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
12 
 
D) HEDIONDEZ: 
Meus caros, a Lei de Crimes Hediondos prevê que sendo de uso 
proibido, será considerado hediondo. Conforme o Art. 1º, §único: 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou 
consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso 
PROIBIDO, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de 
dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Meus amigos, muito cuidado! Antes a lei de crimes hediondos 
considerava como tendo natureza hedionda também o crime de posse ou 
porte de arma de fogo de uso RESTRITO. Todavia, o PAC quando alterou o 
dispositivo retirou essa previsão e deixou apenas a de uso PROIBIDO. Neste 
ponto, portanto, temos novatio legis in mellius. 
Vejamos as redações: 
ANTES DO PACOTE ANTICRIME 
 
DEPOIS DO PACOTE ANTICRIME: 
 
Parágrafo único. Consideram-se também 
hediondos o crime de genocídio previsto 
nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de1o de outubro de 1956, e o de posse ou 
porte ilegal de arma de fogo de uso 
RESTRITO, previsto no art. 16 da Lei 
no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, 
todos tentados ou consumados. 
 
 
Parágrafo único. Consideram-se também 
hediondos, tentados ou 
consumados: (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
(...) 
II - o crime de posse ou porte ilegal de 
arma de fogo de uso PROIBIDO, previsto 
no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de 
dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
13 
 
7. COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO (Art. 17): 
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, 
ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, 
expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio 
ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma 
de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito 
deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação 
ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em 
residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, 
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a 
determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
A) CRIME HABITUAL: 
Meu caros, temos neste crime a necessidade de habitualidade. 
CUIDADO: A venda da própria arma não caracteriza o Art. 17, pois 
não há exercício de atividade comercial ou industrial. 
 
B) HEDIONDEZ: 
O crime do Art. 17 passou a ser hediondo, conforme a lei de 
hediondos. 
II - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 
17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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@materiasdedireito.doc 
14 
 
8. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO (Art. 18): 
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do 
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório 
ou munição, sem autorização da autoridade competente: 
 Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e 
multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega 
arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, 
sem autorização da autoridade competente, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
A) COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL: 
Trata-se de crime que será processado e julgado pela justiça federal. 
 
B) HEDIONDEZ: 
Também passou a ser hediondo, conforme Art. 1º, §único da Lei de 
Hediondos. 
V - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou 
munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro 
de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
9. MAJORANTES: 
Art. 19 e 20 do Estatuto: 
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é 
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição 
forem de uso proibido ou restrito. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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15 
 
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena 
é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas 
referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
II - o agente for REINCIDENTE ESPECÍFICO EM CRIMES 
DESSA NATUREZA. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
10. LIBERDADE PROVISÓRIA: 
Art. 21 do Estatuto: 
 Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis 
de liberdade provisória. 
 
Neste ponto, cuidado pois na ADI 3112 o STF declarou 
inconstitucional este dispositivo. Assim, cabe liberdade provisória em todos 
os crimes do Estatuto a depender do caso concreto. 
 
Findamos aqui a análise do Estatuto e vamos para a nossa próxima 
legislação: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
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16 
 
LEI 8.137/90 – CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA 
 
Temos que iniciar dizendo que numa visão ampla temos crimes contra 
a ordem tributária tanto no Código Penal quanto na Lei 8.137/90. 
 
Dentro do Código Penal, temos crimes tributários como: 
 
a) Art. 168-A: Apropriação indébita previdenciária; 
b) Art. 316, §1º: excesso de exação; 
c) Art. 334: Descaminho; 
d) Art. 337-A: Sonegação de contribuição previdenciária; 
 
Na Lei 8.137/90 traz crimes contra a ordem tributária praticados por 
particular (Arts. 1º e 2º) e os praticados por funcionário público (Art. 3º). 
 
Existem alguns conceitos importantes que devem ser lembrados: 
 
1) INADIMPLEMENTO: Falta de pagamento do tributo. É 
meramente uma infração administrativa, não sendo crime. 
 
2) ELISÃO FISCAL: Comportamento lícito. Visa a evitar a 
ocorrência do fato gerador sem utilizar qualquer fraude. 
 
3) SONEGAÇÃO: Aqui temos o crime. Redução ou supressão do 
tributo mediante fraude. 
 
 
Vejamos agora os crimes: 
 
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17 
 
11. Art. 1º: 
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou 
reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, 
mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 
10.4.2000) 
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades 
fazendárias;II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, 
ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou 
livro exigido pela lei fiscal; 
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de 
venda, ou qualquer outro documento relativo à operação 
tributável; 
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento 
que saiba ou deva saber falso ou inexato; 
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal 
ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou 
prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em 
desacordo com a legislação. 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da 
autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser convertido 
em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria 
ou da dificuldade quanto ao atendimento da exigência, caracteriza 
a infração prevista no inciso V. 
 
A) BEM JURÍDICO TUTELADO: 
Se protege aqui a integridade do Erário, o interesse do Estado na 
arrecadação dos tributos. 
 
B) SUJEITO ATIVO: 
Temos crime praticado por particular. Além disso destaque-se que se 
trata de crime COMUM. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9964.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9964.htm#art15
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18 
 
C) SUJEITO PASSIVO: 
Pessoa jurídica de direito público titular da cobrança do respectivo 
tributo. 
 
D) SÚMULA VINCULANTE 24: 
Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, 
previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/1990, 
antes do lançamento definitivo do tributo. 
 
Precisamos da constituição definitiva do crédito tributário. 
 
CUIDADO: A súmula não se refere ao inciso V, pois este é crime 
FORMAL! 
 
E) Não há necessidade de dolo específico. 
A jurisprudência tem entendido dessa forma. Como exemplo: STJ, 
AgRg no AREsp 1463919/SE – 2019. 
 
F) PRECRIÇÃO: 
O termo inicial da contagem é da constituição definitiva do crédito. 
Neste sentido: STJ, AgRg no REsp 1758665/PR – 2019. 
 
G) INSIGNIFICÂNCIA: 
É consolidado o entendimento de que se o valor sonegado não passar 
20.000,00 é possível a insignificância, desde que não haja habitualidade. 
Neste sentido: STJ, REsp 1709029/MG. 
 
 
 
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19 
 
12. Art. 2º: 
Trata-se de crime formal e de menor potencial ofensivo. 
OBS: Percebam que o Art. 2º seria a tentativa do Art. 1º. 
 
Assim dispõe a Lei: 
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: (Vide Lei 
nº 9.964, de 10.4.2000) 
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens 
ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou 
parcialmente, de pagamento de tributo; 
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de 
contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de 
sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres 
públicos; 
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte 
beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou 
deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal; 
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, 
incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou 
entidade de desenvolvimento; 
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que 
permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir 
informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à 
Fazenda Pública. 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
OBS: Não se aplica a súmula vinculante 24 a este dispositivo já que 
crime formal. 
 
13. CRIMES PRÓPIOS DO ART. 3º: 
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além 
dos previstos no Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 
- Código Penal (Título XI, Capítulo I): 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9964.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9964.htm#art15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#titxicapi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#titxicapi
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20 
 
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, 
de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-
lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou 
inexato de tributo ou contribuição social; 
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu 
exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar 
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo 
ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - 
reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante 
a administração fazendária, valendo-se da qualidade de 
funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, 
e multa. 
 
OBS: Perceba que são tipos especiais dos previstos no Código Penal. 
 
ATENÇÃO: É possível a concorrência de particular nos termos do 
Art. 30 do Código Penal. 
 
 
14. MAJORANTES: 
Conforme Art. 12 da Lei: 
Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) 
até a metade as penas previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°: 
I - ocasionar grave dano à coletividade; 
II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas 
funções; 
III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou 
ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde. 
 
OBS: O STJ já entendeu que no que tange ao inciso I, o não 
recolhimento de expressiva quantidade de tributo atrai a incidência a 
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21 
 
causa de aumento. Neste sentido: STJ, AgRg no AREsp 1381466/SP – 
2019. 
 
OBS: TODOS OS CRIMES PRATICADOS CONTRA A ORDEM 
TRIBUTÁRIA SÃO PROCESSADOS POR AÇÃO PÚBLICA 
INCONDICIONADA. 
 
15. COLABORAÇÃO PREMIADA: 
Sobre este ponto, diz o Art. 16, p. único: 
Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do 
Ministério Público nos crimes descritos nesta lei, fornecendo-lhe 
por escrito informações sobre o fato e a autoria, bem como 
indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. 
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos 
em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que 
através de confissão espontânea revelar à autoridade policial 
ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de 
um a dois terços. 
 
 
É isso, meus caros. Espero que tenham gostado do caderno e bons 
estudos. 
 
Divulguem e compartilhem 
 
 
 
 
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22 
 
JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE 
DROGAS. PLEITO ABSOLUTÓRIO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 
7/STJ. DOSIMETRIA. PENA-BASE. EXASPERAÇÃO PELA ELEVADA QUANTIDADE 
DE DROGA. FUNDAMENTO IDÔNEO. POSSE DE ARMA DE FOGO. CRIME DE 
PERIGO ABSTRATO. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Afastada fundamentadamente a 
tese absolutória pelas instâncias ordinárias, ressaltando-se estar completamente 
isolada e divorciada do conjunto probatório produzido nos autos, a revisão da 
conclusão do julgado demandaria profunda incursão probatória, vedada no 
âmbito do recurso especial, nos termos da Súmula 7/STJ. 2. A elevada 
quantidade de entorpecente apreendido é fundamento idôneo para agravar a 
pena-base, salvo quando configurado bis in idem em relação ao afastamento 
concomitante da causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei 
11.343/06. 3. A posse de arma de fogo é crime de perigo abstrato, sendo 
irrelevante, portanto, aferir sua lesividadeou mesmo o fato de estar 
desmuniciada, porquanto o que se busca é a proteção da segurança pública e a 
paz social. (AgRg no AREsp 1475991 / SP - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO 
EM RECURSO ESPECIAL) 4. Agravo regimental improvido. 
 
 
HABEAS CORPUS. IMPETRAÇÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO RECURSO CABÍVEL. 
UTILIZAÇÃO INDEVIDA DO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. VIOLAÇÃO AO 
SISTEMA RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO. 1. A via eleita revela-se inadequada 
para a insurgência contra o ato apontado como coator, pois o ordenamento 
jurídico prevê recurso específico para tal fim, circunstância que impede o seu 
formal conhecimento. Precedentes. 2. O alegado constrangimento ilegal será 
analisado para a verificação da eventual possibilidade de atuação ex officio, nos 
termos do artigo 654, § 2º, do Código de Processo Penal. PORTE ILEGAL DE 
ARMA DE FOGO. ARMAMENTO COM REGISTRO EXPIRADO. INEXISTÊNCIA DE 
OFENSA AOS BENS JURÍDICOS TUTELADOS PELA NORMA PENAL 
INCRIMINADORA DO ARTIGO 14 DA LEI 10.826/2003. ATIPICIDADE DA 
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23 
 
CONDUTA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. CONCESSÃO DA ORDEM DE 
OFÍCIO. 1. Ao julgar o mérito da Apn n. 686/AP, a Corte Especial deste Sodalício 
firmou a compreensão de que, se o agente já procedeu ao registro da arma, a 
expiração do prazo constitui mera irregularidade administrativa, não 
caracterizando, portanto, ilícito penal. 2. No caso dos autos, o acusado teria 
mantido sob sua guarda e portado arma de fogo com registro vencido, conduta 
que se revela penalmente atípica, configurando, apenas, ilícito administrativo que 
enseja a apreensão do armamento e a aplicação de multa. Precedentes da Quinta 
e da Sexta Turma. 3. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício 
para determinar o trancamento da ação penal instaurada contra o paciente. (HC 
369905 / SP – HABEAS CORPUS) 
 
 
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PENAL. LEGISLAÇÃO 
EXTRAVAGANTE. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. POSSE ILEGAL DE MUNIÇÕES 
DE USO PERMITIDO E DE USO RESTRITO. POUCA QUANTIDADE APREENDIDA 
(QUATRO CARTUCHOS: DOIS DE CALIBRE .7.62, UM DE CALIBRE .32 SWL E UM 
DE CALIBRE .38 SPL). AUSÊNCIA DE ARTEFATOS BÉLICOS. PRIMARIEDADE E 
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS FAVORÁVEIS. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. 
APLICABILIDADE. MANUTENÇÃO DA ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE. 1. O Tribunal 
de origem dispôs que a conduta tida como delituosa, pelo qual foi o apelante 
Cláudio Felipe condenado, deve ser considerada atípica, tendo em vista que ele 
possuía apenas 04 munições de arma de fogo (dois de calibre 7.62, sendo um 
íntegro e outro picotado – de uso restrito – e outros dois, um de calibre 32 SWL, 
íntegro, e um de calibre 38 SPL, íntegro de uso permitido), não tendo o recorrente 
como deflagrá-las. 2. A apreensão de ínfima quantidade de munição, aliada à 
ausência de artefato apto ao disparo, implica no reconhecimento, no caso 
concreto, da incapacidade de se gerar perigo à incolumidade pública, o que impõe 
a preservação do quanto decidido pela instância ordinária. 3. Ambas as Turmas 
que compõem a Terceira Seção desta Corte Superior orientaram-se no sentido 
da atipicidade da conduta perpetrada, diante da ausência de afetação do referido 
bem jurídico, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio. 
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24 
 
(REsp n. 1.699.710/MS, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta Turma, 
Dje 13/11/2017; HC n. 438.148/MS, Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Dje 
30/5/2018). 4. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal posicionou-se no 
sentido de desconsiderar a potencialidade lesiva, na hipótese em que pouca 
munição é apreendida desacompanhada de arma de fogo (RHC n. 143.449/MS, 
Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, Dje 9/10/2017). 5. Agravo 
regimental improvido. (AgRg no REsp 1841320 / SP AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO ESPECIAL 2019/0296154-0) 
 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONCURSO ENTRE OS DELITOS 
PREVISTOS NOS ARTIGOS 14 E 16, PARÁGRAFO ÚNICO, IV, DA LEI N. 
10.826/03. CONSUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO CONCURSO 
FORMAL. I – O princípio da consunção ou absorção é verificado nas hipóteses 
em que a primeira infração constitui simples fase de realização da segunda, 
estabelecida em dispositivo diverso, em uma necessária e indistinta relação de 
delito-meio e delito-fim. A consunção resolve um conflito aparente de normas 
decorrente de uma relação de dependência entre as condutas praticadas. II – In 
casu, muito embora haja a consumação de crimes de posse ilegal de munições 
de uso permitido e o de porte de arma de fogo de uso restrito por equiparação 
em um único contexto fático e temporal, referidas condutas subsumem a tipos 
penais distintos e autônomos e tutelam bens jurídicos distintos, é dizer, a 
administração da Justiça e a confiabilidade de cadastros do Sistema Nacional de 
Armas, não havendo relação de crime-meio e crime-fim. Agravo regimental 
desprovido. (AgRg no REsp 1813427 / MS AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
ESPECIAL 2019/0135823-1 
 
 
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CRIME 
CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (ART. 1º, I, DA LEI N. 8.137/1990). 
MATERIALIDADE. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO FISCAL. 
PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. DOLO GENÉRICO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO 
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25 
 
PROVIDO. 1. A Corte de origem solucionou a controvérsia em consonância com 
a jurisprudência deste Pretório, no sentido de que, conforme a dicção da Súmula 
Vinculante 24, “não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto 
no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/90, antes do lançamento definitivo do 
crédito do tributo”. 2. O Supremo Tribunal Federal, em julgamento proferido logo 
após a aprovação da retrocitada súmula vinculante, reconheceu se tratar de 
“mera consolidação da jurisprudência da Corte, que, há muito, tem entendido 
que a consumação do crime tipificado no art. 1º da Lei 8.137/90 somente se 
verifica com a constituição do crédito fiscal, começando a correr, a partir daí, a 
prescrição.”(HC n. 85.051/MG, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, 
DJ de 1°/07/2005). 3. In casu, consoante se extrai dos autos, a constituição 
definitiva do crédito tributário, decorrente da infração ao art. 1º, I, da Lei 
8.137/90, ocorreu em 27/04/2016, data em que foi finalizado o Procedimento 
Administrativo Fiscal nº 10510.721343/2008-71. 4. Assim, uma vez firmada em 
definitivo a pena privativa de liberdade no patamar de 2 (dois) anos de reclusão, 
a prescrição passa a regular-se pela pena imposta, cujo prazo prescricional é de 
4 anos (CP, art. 109, V). Por consectário, impõe-se reconhecer que não houve 
decurso de tal lapso temporal entre os marcos interruptivos. 5. A jurisprudência 
desta Corte Superior é firme no sentido de que “os crimes de sonegação fiscal e 
apropriação indébita previdenciária prescindem de dolo específico, sendo 
suficiente, para a sua caracterização, a presença do dolo genérico consistente na 
omissão voluntária do recolhimento, no prazo legal, dos valores devidos” (AgRg 
no AREsp 469137 , Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA 
TURMA, Dje 13/12/2017). 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg 
no AREsp 1463919/SE) 
 
 
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CRIME CONTRA A 
ORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 1º, I E II, DA LEI N. 8.137/90. PRESCRIÇÃO DA 
PRETENSÃO PUNITIVA COM BASE NA PENA EM CONCRETO ANTES DO 
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. APLICAÇÃO DO ART. 110, § 2º, DO CÓDIGO 
PENAL – CP REVOGADO PELA LEI N. 12.234/2010 CUMULATIVA COM APLICAÇÃO 
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26 
 
DA SÚMULA VINCULANTE N. 24 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF 
INCLUSIVE PARA FATOS ANTERIORES À VIGÊNCIA DA REFERIDA SÚMULA 
VINCULANTE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Para osdelitos do art. 1º, 
I a IV, da Lei n. 8.137/90, a prescrição da pretensão punitiva com base na pena 
em concreto antes do recebimento da denúncia (art. 110, § 2º, do CP, revogado 
pela Lei n. 12.234/10) tem como termo inicial de contagem do lapso prescricional 
a data da constituição definitiva do crédito tributário, consoante se depreende da 
Súmula Vinculante n. 24/STF, aplicável também para fatos anteriores à sua 
vigência (11/12/2009). 2. “1. Consoante consolidado no verbete 24 da Súmula 
Vinculante, não há crime material contra a ordem tributária antes da constituição 
definitiva do crédito, razão pela qual é irrelevante o momento no qual ocorreu a 
omissão ou declaração falsa ao Fisco. 2. Esta colenda Quinta Turma já afastou a 
alegação de que o enunciado 24 da Súmula Vinculante só se aplicaria aos crimes 
cometidos após a sua vigência, seja porque não se está diante de norma mais 
gravosa, mas de consolidação de interpretação judicial, seja porque a sua 
observância é obrigatória por parte de todos os órgãos do Poder Judiciário, 
exceto a Suprema Corte, a quem compete eventual revisão do entendimento 
adotado. Precedente. 3. Considerada a constituição do crédito tributário como 
termo inicial da prescrição da pretensão punitiva, não se verifica a ocorrência da 
prescrição da pretensão punitiva estatal. 4. Recurso desprovido” (RHC 
83.993/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, Dje 25/8/2017). 3. 
Agravo regimental desprovido. (AgRg no REsp 1758665 / PR) 
 
 
RECURSO ESPECIAL AFETADO AO RITO DOS REPETITIVOS PARA FINS DE 
REVISÃO DO TEMA N. 157. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA 
AOS CRIMES TRIBUTÁRIOS FEDERAIS E DE DESCAMINHO, CUJO DÉBITO NÃO 
EXCEDA R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS). ART. 20 DA LEI N. 10.522/2002. 
ENTENDIMENTO QUE DESTOA DA ORIENTAÇÃO CONSOLIDADA NO STF, QUE 
TEM RECONHECIDO A ATIPICIDADE MATERIAL COM BASE NO PARÂMETRO 
FIXADO NAS PORTARIAS N. 75 E 130/MF – R$ 20.000,00 (VINTE MIL REAIS). 
ADEQUAÇÃO. 1. Considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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27 
 
da confiança e da isonomia, deve ser revisto o entendimento firmado, pelo 
julgamento, sob o rito dos repetitivos, do REsp n. 1.112.748/TO – Tema 157, de 
forma a adequá-lo ao entendimento externado pela Suprema Corte, o qual tem 
considerado o parâmetro fixado nas Portarias n. 75 e 130/MF – R$ 20.000,00 
(vinte mil reais) para aplicação do princípio da insignificância aos crimes 
tributários federais e de descaminho. 2. Assim, a tese fixada passa a ser a 
seguinte: incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de 
descaminhoquando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de 
R$20.000,00 (vinte mil reais), a teor do disposto no art. 20 da Lei n.10.522/2002, 
com as atualizações efetivadas pelas Portarias n. 75 e130, ambas do Ministério 
da Fazenda. 3. Recurso especial provido para cassar o acórdão proferido no 
julgamento do Recurso em Sentido Estrito n.0000196-17.2015.4.01.3803/MG, 
restabelecendo a decisão do Juízo da 2ª Vara Federal de Uberlândia – SJ/MG, 
que rejeitou a denúncia ofertada em desfavor do recorrente pela suposta prática 
do crime previsto no art. 334 do Código Penal, ante a atipicidade material da 
conduta (princípio da insignificância). Tema 157 modificado nos termos da tese 
ora fixada. 
 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. INÉPCIA DA 
DENÚNCIA E ILEGITIMIDADE PASSIVA. SENTENÇA CONDENATÓRIA. MATÉRIA 
PREJUDICADA. DESCRIÇÃO SUFICIENTE. ATIPICIDADE. AUSÊNCIA DE DOLO. 
INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. DOSIMETRIA. AGRAVANTE. ART. 12, I, DA 
LEI 8.137/1990. POSSIBILIDADE. RELEVANTE PREJUÍZO AO ERÁRIO. SÚMULA 
83/STJ. AGRAVANTE. ART. 61, II, G, DO CP. REVISÃO DAS PREMISSAS FÁTICAS. 
IMPOSSIBILIDADE SÚMULA 7/STJ. CONTINUIDADE DELITIVA. FRAÇÃO DE 
AUMENTO. PRÁTICA DE MAIS DE 7 CRIMES. PATAMAR MÁXIMO. 
POSSIBILIDADE. SÚMULA 83/STJ. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Incabível o exame 
da alegação de inépcia da denúncia e ilegitimidade passiva, pois superada a 
apreciação da viabilidade formal da persecutio, se já existe acolhimento formal e 
material da acusação pelo Tribunal de origem. 2. É afastada a inépcia quando a 
denúncia preencher os requisitos do art. 41 do CPP, com a descrição dos fatos e 
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classificação do crime, de forma suficiente para dar início à persecução penal na 
via judicial, bem como para o pleno exercício da defesa, o que ocorreu na espécie. 
3. A pretensão de reconhecimento da atipicidade da conduta, por falta de dolo 
esbarra no óbice da Súmula 7/STJ, pois, para se concluir de modo diverso do 
Tribunal a quo, seria necessário o revolvimento das provas dos autos. 4. Este 
Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que o não 
recolhimento de expressiva quantia de tributo atrai a incidência da causa de 
aumento prevista no art. 12, inc. I, da Lei 8.137/90, pois configura grave dano à 
coletividade. (AgRg no REsp 1417550/PE, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA 
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 18/08/2015, Dje 25/08/2015.) 5. Mostra-
se inadmissível a revisão das premissas fáticas com o propósito de afastar a 
agravante prevista no art. 61, II, g, do CP, a teor da Súmula 7/STJ. 6. A 
jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a fração referente à 
continuidade delitiva deve ser firmada de acordo com o número de delitos 
cometidos, aplicando-se o aumento de 1/6 pela prática de 2 infrações; 1/5 para 
3 infrações; ¼ para 4 infrações; 1/3 para 5 infrações; ½ para 6 infrações; e 2/3 
para 7 ou mais infrações. 7. Constatado pelo Tribunal de origem a existência de 
mais de 7 crimes, admite-se o estabelecimento da fração máxima de 2/3. 8. 
Agravo regimental improvido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO CORRELATA 
 
Meus caros, todos os dispositivos relevantes já foram apresentados. 
Posteriormente façam as leituras de acordo com seu plano individual 
de leitura da lei seca.

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