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Administração da Produção e Operações 1 Ferramentas de aumento da produtividade e de redução de custos. LAYOUT – ARRANJO FÍSICO 2 Uma vez escolhida a localização, como fica a organização interna da operação? É hora de estudarmos o arranjo físico. Também conhecido por leiaute. Alguns insistem em usar a expressão, em inglês, layout, mas neste caderno utilizaremos o nosso bom e velho português, Mas, afinal de contas, como poderíamos defini-lo? Simples. Ferramentas de aumento da produtividade e de redução de custos. LAYOUT – ARRANJO FÍSICO Arranjo físico trata do posicionamento físico dos recursos produtivos, de forma a aperfeiçoar os fluxos de materiais e pessoas, maximizando o desempenho obtido. 3 LAYOUT – ARRANJO FÍSICO 4 Para Moreira (2008), três seriam os motivos que tornam as decisões sobre leiaute extremamente importantes: As mudanças de leiaute afetam a capacidade da instalação e a sua produtividade, em função da racionalização do uso dos recursos. Mudanças de leiaute podem implicar em grande dispêndio de recursos financeiros, dependendo da complexidade da operação afetada. Uma necessidade de reversão futura pode ter um custo extremamente alto ou ainda uma complexidade técnica tamanha, que implique interrupções indesejáveis do processo produtivo. LAYOUT – ARRANJO FÍSICO 5 A estes motivos Slack, Chambers e Johnston (2009) ainda acrescentam o fato de que um arranjo físico mal elaborado pode levar a situações de elevação de custos, por proporcionar fluxos longos e confusos, estoques, filas e outras circunstâncias negativas. Pelo que se pode observar, decidir sobre a “arrumação da casa” não é uma tarefa tão simples quanto possa parecer. Antes de tomarmos a decisão acerca do posicionamento físico dos recursos, devemos conhecer os processos envolvidos. Isto ocorre porque a decisão sobre o melhor leiaute é resultado do processo que este pretende atender. LAYOUT – ARRANJO FÍSICO A escolha do arranjo físico ideal passa pelo conhecimento prévio do processo que será operado neste leiaute. Erros na escolha podem gerar custos desnecessários e falhas nos fluxos que podem complicar muito as coisas na operação. Slack et al. (2008) apresentam um raciocínio para esta escolha baseado em uma sequência de decisões interligadas e que pode se vista na figura a seguir. 6 ARRANJO FÍSICO 7 LAYOUT – ARRANJO FÍSICO 8 Para facilitar ainda mais esse processo de escolha do arranjo físico ideal, Slack, Chambers e Johnston (2009) propõem a utilização de um quadro que associa volume, variedade e tipo de arranjo. Não se preocupe com o fato de ainda não termos estudado os tipos de leiaute. Faremos isso em seguida. Aqui, o importante é você conseguir entender a metodologia de escolha. Como você pode observar, se você tiver um processo por projeto, o único tipo de arranjo aceitável é o posicional. Caso o seu processo seja do tipo jobbing, você pode optar entre um leiaute posicional ou por processo. TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 9 Agora que já conhecemos os processos e sabemos escolher o melhor leiaute, vamos ao estudo da tipologia de arranjos LAYOUT – ARRANJO FÍSICO POSICIONAL Também conhecido como leiaute de posição fixa é caracterizado pelo fato de os recursos transformados estarem fixos, enquanto os recursos transformadores se deslocam, mesmo estando dedicados ao processo. Um exemplo bem típico é a produção de aviões, na qual a grande aeronave fica parada, enquanto as coisas acontecem à sua volta. 10 TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 11 ARRANJO FÍSICO POSICIONAL LAYOUT – ARRANJO FÍSICO PROCESSO Segundo Slack, Chambers e Johnston (2009), neste tipo de leiaute ocorre o oposto do leiaute posicional. Aqui os recursos transformadores ficam parados e os recursos transformados é que circulam pelo fluxo. Estes recursos transformadores são agrupados em função da similaridade que têm entre si, de tal forma que os recursos a serem transformados circulem. É utilizado em situações de grande variedade de produtos e para cada produto a ser produzido haverá um fluxo ideal. 12 TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 13 ARRANJO FÍSICO POR PROCESSO LAYOUT – ARRANJO FÍSICO CELULAR 14 A ideia do leiaute celular é agrupar em um único ponto os recursos transformadores necessários para atender necessidades específicas de um recurso transformado pré-selecionado. Estes recursos transformados são agrupados em famílias de produto que tem em comum o fato de se utilizarem dos mesmos recursos transformadores alocados na célula. Assim sendo, desta célula sai um produto ou componente completo. Pode-se perceber na figura a seguir que diversos recursos transformadores foram agrupados de tal forma que um único operador fosse capaz de gerar um produto completo. TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 15 ARRANJO FÍSICO CELULAR TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 16 ARRANJO FÍSICO CELULAR LAYOUT – ARRANJO FÍSICO PRODUTO Os recursos transformadores são posicionados com a melhor conveniência para o produto. Cada recurso transformado segue um fluxo específico que coincide com a sequência em que se encontram os recursos transformadores. Destina-se à produção de grandes volumes de produtos discretos ou não, mas que são extremamente padronizados. Uma plataforma petrolífera é um exemplo perfeito, no qual todos os recursos transformadores são posicionados para a melhor circulação do petróleo no fluxo produtivo, aumentando a produtividade. 17 TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 18 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO e ou LINEAR TIPOLOGIA DOS ARRANJOS FÍSICOS 19 ARRANJO FÍSICO POR PRODUTO e ou LINEAR LAYOUT – ARRANJO FÍSICO PRODUTO 20 Os leiautes básicos apresentados podem ser misturados conforme as conveniências da operação. Uma mesma empresa pode ter um departamento em que o leiaute posicional seja o mais indicado, enquanto em outros a melhor opção pode ser um leiaute por processo. O importante é entender a relação entre o processo a ser operado e o leiaute adequado. Lembre-se: a intenção é aperfeiçoar os fluxos produtivos para maximizar os resultados da empresa. SUCESSO A TODOS NA BUSCA PELO CONHECIMENTO