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resumo criminalistica

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Criminalística 
 PARA QUEM TEM PRESSA – PC GO 
 
BREVE HISTÓRICO DA ORIGEM DA CRIMINALÍSTICA 
 
Em 1560, na França Ambroise Paré, que não era reconhecido médico, fez avaliações acerca 
dos ferimentos produzidos por arma de fogo. 
Em 1563, em Portugal, João de Barros, que era cronista, publicou observações feitas na China 
sobre impressões digitais tomadas em contratos de compra e venda. 
Em 1651, na Itália em Roma, Paulo Zachia publicou o livro intitulado “Questões Médicas”. 
Esse livro teve uma importância tão grande dentro do assunto e Paulo Zachia passa a ser 
considerado o pai da Medicina Legal. 
Em 1664 o médico italiano Marcello Malpighi, professor de anatomia na Universidade de 
Bologna, desenvolveu estudos sérios sobre as linhas papilares da pele, encontradas nas 
extremidades dos dedos e nas palmas das mãos. Estes estudos serviram de base para estudos 
posteriores, na papiloscopia. 
Em 1823, o Dr. João Evangelista Purkinje, também professor de anatomia na Universidade de 
Breslaw, Alemanha, agrupou os desenhos papilares das extremidades digitais, em nove tipos 
fundamentais e estabeleceu o sistema déltico. 
Em 1753, na França, Boucher fez-se os primeiros estudos de balística forense. 
Em 1805 (na Áustria), 1807 (na Escócia), 1820 (na Alemanha Itália e França), tivemos o início 
do estudo da Medicina Legal como disciplina. 
Entre 1808 e 1811, na França, Eugênio François Vidocq implantou o sistema de investigação 
na polícia francesa 
Em 1823, na Alemanha, Breslaw e Purkinje fizeram tratado sobre desenhos digitais 
defendendo uma tese de doutorado. Esse tratado foi o precursor dos agrupamentos dos 
tipos de desenhos tipos fundamentais baseados no delta. 
Em 1829 foi fundada a Scotland Yard, na Inglaterra. 
Em 1840, na Itália, Orfila cria a Toxicologia. Esse estudo foi aprofundado em 1872 por Ogier. 
Em 1844,no Vaticano, Inocêncio VIII apresenta uma bula recomendando a intervenção de 
médico nos assuntos criminais. 
Em 1858, na Índia, William Herschel, delegado do governo Inglês iniciou os estudos sobre a 
imutabilidade das impressões dígitos papilares. 
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Realce
Criminalística 
 
Em 1864, na Itália, Cesare Lombroso cria o Sistema Antropométrico para identificação. Não 
nos esquecendo que Lombroso é considerado o pai da Criminologia. 
Em 1866, em Chicago nos Estados Unidos, Allan Pinkerton implantou o uso da fotografia 
forense para reconhecimento de delinquentes 
Em 1882, em Paris na França, Alphonse Bertillon criou um serviço de identificação judicial e 
publica a tese “Retrato Falado”. 
Em 1891, na Argentina (em La Plata) o iugoslavo naturalizado argentino Juan Vucetich 
apresentou um sistema de identificação denominado icnofalangometria. Ele era o 
encarregado da oficina de identificação. 
Em 1892, na Áustria, HANS GROSS pública o manual do juiz de instrução. 
Em 1896 Juan Vucetich convence a polícia a deixar o sistema de bertillon (que era 
antropométrico) e passar a usar o de impressões digitais. Em 1899, na Áustria, HANS GROSS 
cria um arquivo de Antropologia e Criminalística. 
Em 1902, Portugal implanta a identificação palmar, plantar e dactiloscópica. 
Em 1903, no Brasil no Rio de Janeiro, é fundado o gabinete de identificação e é adotado o 
sistema de Vucetich. 
Já em 1908, na Espanha, Constâncio Bernaldo de Quiróz divide a polícia científica em três 
fases: equivoca, empírica e científica. 
1910 LOCARD criou o Laboratório de Polícia Técnica de Lyon, na França. Este foi o primeiro 
do gênero em todo mundo. 
Rodolfo Arquibaldo Reis cria o Instituto de Polícia Científica da Universidade de Lausanne. 
Em 1933 em Washington (Estados Unidos), Hommer Cummings, procurador-geral cria o FBI. 
No Brasil em 1947 em São Paulo o Primeiro Congresso Nacional de Polícia Técnica. Nesse 
congresso definiram-se a Criminalística e Medicina Legal, como sistemas independentes para 
exames do corpo de delito e a determinação da prova material do crime. 
 
OBJETIVOS DA CRIMINALÍSTICA 
 
O principal objetivo da Criminalística é buscar a verdade através da prova técnico científica, 
estabelecendo vínculos entre pessoas, circunstâncias e o fato delituoso. 
 
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Criminalística 
 
Portanto, CRIMINALÍSTICA É O CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS CIENTÍFICOS DE QUE 
SE VALE A JUSTIÇA MODERNA PARA AVERIGUAR O FATO DELITUOSO E SUAS 
CIRCUNSTÂNCIAS, ISTO É, O ESTUDO DE TODOS OS VESTÍGIOS DO CRIME, POR MEIO 
DE MÉTODOS ADEQUADOS A CADA UM DELES. 
 
A Criminalística é uma ciência que tem por objetivos: 
a) dar a materialidade do fato típico, constatando a ocorrência do ilícito penal; 
b)verificar os meios e modos pelos quais foi praticado o delito, visando obter a 
dinâmica do comportamento típico; 
c) indicar a autoria do delito, quando possível fazê-lo; 
d) elaborar a prova técnica, através da indiciologia material. 
 
PRINCÍPIOS DA CRIMINALÍSTICA 
 
Princípio da Observação: “Todo contato deixa uma marca”. Este é conhecido como princípio 
de LOCARD (toda ação deixa uma marca no LOCAR). Por este princípio afirma-se que 
praticamente inexistem ações em que não resultem marcas, vestígios ou até microvestígios. 
Princípio da Análise: “A análise pericial deve sempre seguir o método científico”. As 
condutas periciais sempre se baseiam em métodos científicos, do contrário não há que se 
falar em perícia. 
Princípio da Interpretação: “Dois objetos podem ser indistinguíveis, mas nunca idênticos”. 
Também conhecido como Princípio da Individualidade. 
Princípio da Descrição: “O resultado de um exame pericial é constante com relação ao 
tempo e deve ser exposto em linguagem ética e juridicamente perfeita”. 
Princípio da Documentação: “Toda amostra deve ser documentada, desde seu nascimento 
no local de crime até sua análise e descrição final, de forma a se estabelecer um histórico 
completo e fiel de sua origem”. Isso é o que chamamos cadeia de custódia da prova material, 
que lhe confere fidelidade e credibilidade. 
 
Bizu: DOIDA 
Princípio da Intercomunicabilidade – Ninguém entra no local sem levar para este as marcas 
da sua presença e nem sai sem levar sobre si as marcas do local. 
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Criminalística 
 
 
 
 
Criminalística 
 
DA FINALIDADE DA CRIMINALÍSTICA 
 
A finalidade dos levantamentos de local dos crimes é constatar se efetivamente houve ou 
não uma infração Penal. Se afirmativo, precisar as características dessa infração, isto é, 
qualificá-la, perpetuar os vestígios materiais colhidos, suscetíveis de serem utilizados como 
prova, após levantamento técnicos periciais, descritivos fotográficos, topográficos, 
papiloscópicos, revelações, decalques, modelagem, os elementos, porventura existentes, que 
possibilitem a identificação do criminoso , ou criminosos e a demonstração insofismável de 
sua culpabilidade. Legalizar a prova e autenticá-la, de modo a assegurar o seu valor em juízo, 
como peça de convicção do juiz. 
 
DO LOCAL DO CRIME 
 
É toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e, que, 
portanto, reclame a presença e as providências da polícia 
Conceito: 
“Local do crime é toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a configuração 
de delito e que portanto exija as providências da Polícia Judiciária.” 
Eraldo Rabello, um dos maiores peritos do Brasil, utiliza uma metáfora para explicar o 
significado de local de crime: 
“Local de crime constitui um livro extremamente frágil e delicado, cujas páginas por 
terem a consistência de poeira, desfazem-se, não raro, ao simples toque de mãos 
imprudentes, inábeis ou negligentes, perdendo -se desse modo, para sempre, os dados 
preciosos que ocultavam à espera da argúcia dos peritos.” 
Para o perito Dwayne S. Hildebrand da Scottdale Police Crime Lab, intitulado “Science of 
Criminal Investigation”, onde ele descreve a importância dos vestígios deixados no local, pelo 
autor do crime, permitindo ao perito criminal e policiais refletirem sobre o que buscar na 
cena do crime:Onde quer que ele (autor) ande, o que quer que ele toque ou deixe, até mesmo 
inconscientemente, servirá como testemunho silencioso contra ele. Não impressões 
papilares e de calçados somente, mas, seus cabelos, as fibras das suas roupas, os vidros 
que ele quebre, as marcas de ferramentas que ele produza, o sangue ou sêmen que ele 
deposite. Todos estes e outros transformam-se em testemunhas contra ele. Isto porque 
evidências físicas não podem estar equivocadas, não perjuram contra si mesma. 
Criminalística 
 
CLASSIFICAÇÃO DO LOCAL DO CRIME 
 
Classifica-se em: 
1. Quanto à área onde ocorreu o fato ou quanto ao local em si; 
2. Quanto à natureza do fato; 
3. Quanto ao estado ou preservação do local do fato; 
4. Quanto à posição de pessoas ou coisas. 
 
A) Quanto à área onde ocorreu o fato: 
1) Local Interno: aquele onde há delimitação física do espaço, a exemplo dos locais 
situados no interior de edifícios, residências, lojas, pátios de estacionamento, garagens, etc 
2) Local Externo: aquele localizado em local aberto e, fora da área de qualquer prédio, ou 
onde não haja delimitação física, a exemplo da rua, na fazenda, na praça, na praia, etc. 
3) Local misto 
 
A) Quanto à área onde ocorreu o fato: 
3) Locais Relacionados: são os que se referem a uma mesma ocorrência, mas que tem 
práticas delitivas fracionadas, ou praticadas em áreas relacionadas, nos casos onde o crime 
ocorreu em dois ou mais locais diferentes, os quais, associados se complementam na 
configuração do delito, a exemplo do crime de sequestro, onde há o início da prática delitiva 
em um lugar e o cárcere existente em outro local, ou ainda, quando há falsificação de moeda 
em um local e em outro ocorre o derrame de referidas notas, etc. 
 
A) Quanto à área onde ocorreu o fato: 
Outras classificações que já vi por aí. Algumas bancas adoram usar termos 
 não muito frequentes em concursos. 
- Ermos (local com pouca circulação de pessoas); 
- Concorridos (frequentados ou habitado); 
- Abertos (ex.: campo de futebol); 
- Mistos (vide exemplo abaixo); 
Criminalística 
- Móveis (ex.: interior de veículos em geral); 
- Imóveis (ex.: casas, edifícios, etc.); 
- Isolados (ex.: casa em uma fazenda); 
- Contíguos (ex.: conjunto de casas umas geminadas às outras). 
 
Preservação (?) do local 
 
A Autoridade Policial deverá se incumbir da preservação e isolamento de local de infração 
penal, segundo a Lei 8862/94, que expressa: 
“Art. 6º. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação 
das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais”. 
 
 
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Criminalística 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
 
Conceito de Corpo de Delito 
Quando falamos em corpo de delito, nada mais estamos fazendo do que nos referirmos a 
busca de elementos indicativos da existência de um crime material. 
Lembramos que quando falamos de crime material, estamos falando dos crimes onde há uma 
necessidade de modificação do mundo exterior, ou seja, de um resultado externo a própria 
ação, sendo indispensável o resultado material para que os mesmos existam. 
Assim sendo, em se tratando de um local onde ocorreu um crime de homicídio, teremos 
vários vestígios materiais que poderão ser estudados e que serão da maior importância para 
a solução do crime, sendo que neste sentido podemos citar: 
 - o próprio corpo da vítima; 
- as lesões existentes no corpo; 
Criminalística 
 
- as condições do vestuário da vítima; 
- a arma do crime – se localizada 
- projéteis; 
- marcas de sangue, pegadas, objetos diversos, etc. 
 
Ao conjunto de todos estes vestígios se dará o nome de CORPO DE DELITO. 
Podemos conceituar Corpo de Delito como: 
- “O conjunto de elementos que constatam a existência do crime” - Pimenta Bueno. 
- “O conjunto de elementos sensíveis do fato criminoso” - João Mendes. 
- “O conjunto de vestígios materiais deixados pelo crime” - Farinácio. 
 
Enfim, se pode constatar que corpo de delito é qualquer ente material relacionado a 
um crime e no qual é possível efetuar um exame pericial. 
“É o delito em sua corporação física.” 
 
DOS VESTÍGIOS, EVIDÊNCIAS E INDÍCIOS 
Corpo de delito é o elemento principal de um local de crime, em torno do qual gravitam os 
vestígios e para o qual convergem as evidências. 
É o elemento desencadeador da perícia e o motivo e razão última de sua implementação. 
 
Vestígio é todo e qualquer elemento encontrado no local do crime, na vítima ou no suspeito, 
que possa colaborar para a elucidação dos fatos e determinar o autor da prática delitiva, a 
exemplo de uma pegada, uma marca de sangue, fios de cabelo, etc. 
Se constituem na realidade, em qualquer marca, objeto, ou sinal deixado no local do crime 
ou proximidades e que possa ter relação com o fato investigado. 
O vestígio pressupõe a existência de um agente provocador e de um local onde o mesmo se 
concretizou. 
O vestígio é o material bruto que o perito constata no local do crime ou faz parte do 
conjunto de um exame pericial qualquer. Porém, somente após examiná-lo adequadamente 
Criminalística 
 
é que se pode saber se aquele vestígio está ou não relacionado ao evento periciado. 
 
Os vestígios podem nos levar às chamadas evidências, que é aquilo que é evidente, que é 
incontestável, que todos veem ou podem ver e verificar. 
No âmbito da criminalística, constitui uma evidência o vestígio que, após analisado pelos 
peritos, se mostra diretamente relacionado com o delito investigado. 
As evidências são, portanto, os vestígios depurados pelos peritos. 
 
O que caracteriza a evidência é a sua vinculação com o crime em si, ou seja, o vestígio uma 
vez analisado e demonstrada a sua vinculação com o fato criminoso, se torna evidência. 
Cumpre observar que somente será considerado como sendo indício, o elemento que puder 
levar ao que chamamos de prova indiciária, ou seja, é um princípio de prova inequívoco. 
Quando falamos de indícios, temos a sua conceituação no artigo 239 do Código de Processo 
Penal, que estabelece que “considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, 
tendo relação com o fato autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou 
outras circunstâncias.” 
 
Na realidade o termo indício, tem conotação processual, enquanto que evidências e 
vestígios são expressões utilizadas na fase da perícia, ou seja, da investigação criminal. 
 
→ O VESTÍGIO ENCAMINHA; O INDÍCIO APONTA. – Prof. Gilberto Porto. 
 Já quando falamos em prova, estamos diante da situação que é inequívoca, ou seja, que está 
devidamente provada dentro do processo, ou seja, aquilo que era indício virou prova. O 
indício pode evoluir para a prova. 
Em relação aos vestígios materiais, que podem levar a existência de indícios materiais, estes 
podem ser classificados: 
1. Quanto à duração 
2. Quanto à natureza 
3. Quanto ao comportamento 
 
 
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Criminalística 
 
1. QUANTO À DURAÇÃO 
Apresenta os aspectos seguintes: 
1. TRANSITÓRIOS 
Desaparecem rapidamente após um lapso de tempo relativamente curto, como os vestígios 
de frenagem, lama, sangue, impressões papilares, etc.; 
Ou 
 
 
2. PERMANENTES 
Permanecem por tempo indeterminado, num espaço de tempo relativamente longo, como 
em relação aos sinais de arrombamento, vidros quebrados, amolgamentos em veículos, 
impressões digitais impressas, manchas de tinta, etc. 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
2. QUANTO À NATUREZA: 
Classificam-se em: 
a) manchas; 
b) impressões; 
c) armas; 
d) outros vestígios; 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
3. QUANTO AO COMPORTAMENTO 
 
PERCEPTÍVEIS 
São os vestígios determinados pelos sentidos do ser humano; 
 
IMPERCEPTÍVEIS 
São aqueles que devem ser revelados, pois, se encontram em estado latente.A revelação 
pode ser praticada por meios químicos, mecânicos, biológicos, físicos, etc.; 
 
Podem ainda ser classificados em relação ao fato delituoso: 
a) Verdadeiros: quando estão diretamente relacionados ao evento; 
b) Forjados: quando são produzidos com a finalidade de iludir a investigação; 
c) Ilusórios: quando não tem nenhuma relação com o crime, podendo ser anteriores, ou 
posteriores ao próprio delito e que são produzidos sem a intenção, a exemplo de marcas de 
calçado existentes no local do crime e que foram deixados pelos próprios policiais. 
 
DO EXAME DE CORPO DE DELITO 
 
Observe-se, portanto que o exame de corpo de delito pode ser: 
Criminalística 
 
• Direto: quando recai diretamente sobre objeto de avaliação criminalístico, a exemplo do 
corpo de uma vítima de homicídio; 
 
• Indireto: quando tendo desaparecidos os vestígios, o exame de corpo de delito for feito 
com base em prova testemunhal, nos termos do artigo 167 do CPP. 
 
Observe-se, portanto, que o Corpo de Delito é composto por vestígios, indícios e evidências, 
sendo que para que tenhamos o Exame de Corpo de Delito indireto, temos que ter dois 
requisitos para sua admissibilidade, sendo eles: 
• Terem desaparecidos os vestígios; 
• Existir pelo menos uma testemunha direta do crime. 
 
Há um entendimento de que a reprodução simulada dos fatos, a chamada reconstituição do 
crime, seria uma forma de exame de corpo de delito indireto, na qual o perito oficial emite 
um juízo de valor sobre a versão apresentada do crime. 
É importante salientar que é fundamental que haja a participação da defesa em referida 
reconstituição, permitindo-se que, em fase policial, o suspeito se faça acompanhar de 
advogado. 
Quando falamos de reconstituição do crime, estamos na realidade fazendo uma encenação 
do delito, com atores representando os fatos anteriormente ocorridos, tudo com a finalidade 
de assegurar a obtenção da versão mais próxima dos fatos. 
Referida reconstituição será feita mediante o registro fotográfico ou, de preferência, 
mediante filmagem da mesma para que posteriormente possa ser analisada pelas partes no 
processo e, assim, buscar a melhor adequação dentre das verdades apresentadas pela 
acusação e pela defesa e, inclusive, sobre a verdade de autor e vítima do fato. 
 
O objetivo da fase de coleta de vestígios é encontrar, reunir e preservar todas as evidências 
físicas úteis para reconstituir o crime e identificar o criminoso, fazendo com que ele seja 
trazido ao tribunal. As provas podem ser de toda ordem. Alguns vestígios típicos que o perito 
pode encontrar no local do crime incluem: 
 vestígios (resíduo de arma de fogo, resíduo de tinta, vidro quebrado, produtos químicos 
desconhecidos, drogas); 
 impressões digitais, pegadas e marcas de ferramentas; 
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 fluidos corporais (sangue, esperma, saliva, vômito); 
 cabelo e pelos; 
 armas ou evidências de seu uso (facas, revólveres, furos de bala, cartuchos); 
 documentos examinados (diários, bilhetes de suicídio, agendas telefônicas; também inclui 
documentos eletrônicos tais como secretárias eletrônicas e identificadores de chamadas). 
 
LEVANTAMENTO TÉCNICO-PERICIAL 
 
Ou estudo do local do crime. 
 
CPP art. 169, tem por finalidade documentar as condições em que se encontrava o 
local quando do comparecimento da polícia. 
 
Se a vítima se encontra com vida a primeira providência é socorrê-la. 
 
DOS LOCAIS DE CRIME E DO EXAME DE CORPO DE DELITO 
 
Temos que observar que diversos serão os locais de crime, dependendo da prática delitiva 
realizada, o que implicará em providências distintas a serem adotadas, sendo que nesse 
sentido podemos citar a título de exemplificação: 
 
a) Locais de Crime Contra a Vida: nos quais o isolamento da cena do crime é fundamental 
que sejam realizados: 
- Exame preliminar da cena do crime; 
- Anotações gerais da cena do crime: 
- Croqui da cena do crime: 
- Fotografias da cena do crime: 
- Fotografias do cadáver; 
- Processamento do Local, com coleta, identificação e preservação de evidências; 
- Exame do cadáver no local e no IML 
- Exame das vestes do cadáver, etc... 
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Criminalística 
 
Dependendo das circunstâncias outras providências podem ser necessárias, como nas mortes 
por asfixia, afogamento, calor, envenenamento, etc. 
 
Perinecroscopia 
 É o exame do local em que ocorreu a morte (ou que presumivelmente tenha sido a sede) 
de um indivíduo, cuja causa interessa à Justiça conhecer. 
 A perinecroscopia compreende o exame do local (criminalística) e o exame do cadáver 
ou esqueleto no local. 
 
 
 
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Criminalística 
 
 
 
As alterações em locais abertos podem ser provocadas pela temperatura, pelas chuvas, por 
agentes putrefativos, por animais ou pelo homem. 
Em locais fechados o homem é quem mais pode produzir alterações (remoção, adulteração, 
etc.). 
Normas gerais para a preservação: isolar o local, as pessoas no local ficam sob vigilância, o 
policial não deve tocar os vestígios e nem acrescentar novos. 
 
 
 
Atualmente, com os testes de DNA (genética forense), todo e qualquer material orgânico 
encontrado no local do crime pode fornecer elementos para a identificação dos envolvidos 
no delito (direta ou indiretamente), motivo pelo qual, tanto os policiais como os peritos que 
adentrarem no local devem usar luvas de procedimento. 
 
 
Criminalística 
 
 
 
Deve-se coletar tudo que possa contribuir para o esclarecimento do fato: armas, projéteis, 
cápsulas, panos, manchas (em seus suportes, se possível), substâncias, papéis etc. 
 
TUDO DEVE SER INDIVIDUALIZADO, MARCADO, ACONDICIONADO E LACRADO. 
 
 
 
Os materiais orgânicos devem, preferencialmente, ser acondicionados em recipientes de 
vidro esterilizado, lacrados e rubricados, pois a experiência ensina que os recipientes de 
material plástico permitem o desenvolvimento rápido de mofo em seu interior. 
Dificuldades para o levantamento no local: falta de isolamento adequado durante a noite e 
sem iluminação suficiente, condições do tempo (chuvas). 
 
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Criminalística 
 
Estudo do Local 
Pesquisar e observar são qualidades inatas aprimoradas pelo estudo e pelo exercício. 
Deve-se observar, pesquisar e interpretar para formular uma hipótese que absorva e explique 
os indícios encontrados. 
 
 
 
Registro do Local 
CPP art. 170 – ilustrar com fotografias, croqui, desenhos ou esquemas. 
 
Além de descobrir, observar e interpretar, é necessário também registrar os indícios. 
 
Observar lesões em Crimes contra a vida 
 
 
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Criminalística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
Observar o local em Crimes contra a vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
Observar sinais tanatológicos 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
Observações em locais de enforcamentos 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
 
CONDUTA NA PERINECROSCOPIA 
1 – Exame do Corpo no Local 
Verificar a realidade da morte – observação dos fenômenos cadavéricos. 
Verificar o aspeto geral – vestes manchas, orifícios, estado de conservação. 
 
Antes de chegarmos à vítima: 
 Portas abertas ou fechadas: de que lado estava a fechadura; 
 Janelas abertas, fechadas ou trancadas; 
 Se abrimos janelas; 
 Luzes ligadas, desligadas, quais ? 
 Cheiros – cigarros, pólvora, fumo, gás, perfume; 
Criminalística 
 
Ao chegarmos à vítima: 
 
 Localização e posição da vítima; 
 Ter atenção à presença de fluídos, evitando pisar os nos mesmos; 
 Verificar as lesões externas e como foram produzidas 
 Verificar qualquer outra particularidade que possa estar relacionada com o fato. 
 
 
 
 
 
 
 
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Criminalística 
 
 
 
2 – Verificar e Anotar as Relaçõesdo Corpo com o Meio 
 Onde se encontra o corpo, em que posição, decúbito, situações inusitadas (sentado, 
dependurado, dentro de armários etc.). 
 Observar se o indivíduo se locomoveu antes de morrer, se mudaram a posição do cadáver 
(manchas de hipóstases, sinais de arrastamento, manchas de sangue). 
 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
3 – Estimativa da Hora da Morte 
Manchas de hipóstases, rigidez cadavérica, fauna cadavérica, outros fenômenos. 
 
 
 
4 – Colheita de Material 
 Para posterior exame no laboratório – recolher o que estiver à disposição. 
 Verificar a existência de material sob as unhas da vítima. 
 Verificar a presença de sustâncias ou excreções nas vias aéreas superiores 
 
 
 
 
Criminalística 
 
 
 
 
 
Atenção especial às mãos da vítima, em certas situações: 
São as extremidades mais expostas; 
 Podem conter sangue, pele ou cabelos do autor; 
 Pólvora nas mãos; 
 Sinais de luta; 
 Não limpar as mãos – proteger as mãos com um envelope, se houver transporte e para 
o IML 
 Suspeita de envenenamento / overdose tentar recolher substância suspeita e colocar 
num envelope de papel; 
 Laço do enforcamento; 
 Preservar as mãos da vítima; 
 Livores – causa da morte, mudança de posição do cadáver; 
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Criminalística 
 
 
 
Se há a presença de sangue analisar se está presente em grandes quantidades, se a direção 
do fluxo segue as leis da gravidade; em caso negativo, o corpo pode ter sido movido; 
Se não há sangue na área em volta do corpo, isto condiz com a causa preliminar da morte? 
Em caso negativo, o corpo pode ter sido movido; 
Se, além do sangue, há outros fluidos corporais presentes; 
Se há presença de insetos sobre o corpo; em caso positivo, o perito poderá chamar um 
entomologista forense a fim de descobrir há quanto tempo a pessoa morreu (ou mesmo 
coletar esses insetos ou casulos). 
Após movimentar o corpo, ele realiza o mesmo exame no outro lado da vítima. 
Enquanto está investigando a cena, o perito procura por detalhes como: 
• se as portas e janelas estão travadas ou não; abertas ou fechadas; se há sinais de 
entrada forçada, tais como marcas de ferramentas ou travas quebradas; 
• se a casa está arrumada; em caso negativo, tem-se a impressão de ter havido se há 
alguma coisa que parece estar fora do lugar: um copo com marcas de batom no 
apartamento de um homem ou o assento do vaso sanitário está levantado no 
apartamento de uma mulher; se há um sofá bloqueando uma porta; 
• se há lixo nas latas de lixo; se há alguma coisa anormal no meio do lixo; alguém 
poderia estar procurando alguma coisa no lixo da vítima e revirado o lixo; 
• se os relógios existentes mostram a hora certa; 
• se as toalhas do banheiro estão molhadas; se estão faltando; se há sinais de que 
alguma limpeza foi feita; 
• se o crime foi cometido com arma de fogo, quantos tiros foram disparados? 
Criminalística 
 
O perito irá tentar encontrar a arma, as munições e projéteis, as cápsulas e os furos 
provocados pelos projéteis; 
• se o crime foi uma facada, há alguma faca faltando na cozinha da vítima? Em caso 
positivo, o crime pode não ter sido premeditado; 
uma luta ou a vítima era desorganizada; 
• se há correspondência em algum lugar e se foi aberta; 
• se a cozinha está arrumada; se há alimentos parcialmente consumidos; se a mesa 
está posta; em caso positivo, para quantas pessoas; 
• se há sinais de que houve uma festa (ou presença de pessoas), tais como garrafas ou 
copos vazios ou cinzeiros cheios; 
• se os cinzeiros estão cheios, que marcas de cigarros estão presentes e se há marcas 
de batom ou de dentes nas pontas de cigarros; 
se há marcas de pneu na entrada ou na área em volta do prédio; 
• se há respingos de sangue no chão, nas paredes ou no teto. 
 
A coleta de evidências físicas é um processo minucioso. 
 
Cada vez que um perito recolhe um item, ele deve imediatamente preservá-lo, etiquetá-lo e 
registrá-lo na cena do crime. 
Diferentes tipos de provas podem ser coletadas tanto no local como no laboratório, 
dependendo das condições e recursos. 
As cenas do crime são tridimensionais. 
Os peritos devem se lembrar de olhar para cima. 
Os vestígios podem incluir resíduo de pólvora, resíduo de tinta, produtos químicos, vidro e 
drogas ilícitas. 
Para coletar a evidência de marcas, o perito pode usar pinças, recipientes plásticos com 
tampa, dispositivos diversos. 
 Ele também terá um kit para análises, além de sempre levar consigo luvas de látex, botinas, 
máscara facial e jaleco descartáveis e um saco para lixo, entre outros. 
 
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Realce
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	PARA QUEM TEM PRESSA – PC GO
	Observar o local em Crimes contra a vida
	Observar sinais tanatológicos
	Observações em locais de enforcamentos
	CONDUTA NA PERINECROSCOPIA

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