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03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 1/32 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva Fisiologia Humana 1. Introdução O Sistema endócrino, que está diretamente relacionado com os hormônios (mensageiros químicos), é responsável pelo controle de quase todas as funções corporais, desde o metabolismo, desenvolvimento, reprodução, crescimento e até mesmo o comportamento. Os hormônios são divididos em endócrinos (liberados no sangue por glândulas ou células especializadas e interagem com as células em outros tecidos ou outro local no corpo) e neuroendócrinos (são hormônios secretados por neurônios e liberados no sangue que também interagem com células em outros tecidos ou outro local no corpo), e podem interagir entre si, com o intuito de manter a homeostasia. Outra classificação dos hormônios está relacionada à estrutura química, no qual podem ser classificados em: a) Proteínas e polipeptídios: representam a maioria dos hormônios no corpo, são hidrossolúveis e produzidos no retículo endoplasmático (RE) das células endócrinas. Normalmente, são produzidos como proteínas sem atividade biológica, na forma de pré-pró- hormônios e, posteriormente, sofrem clivagem enzimática no RE, formando pró-hormônios. Estes são conduzidos para o complexo de Golgi e acondicionados em vesículas citoplasmáticas (responsáveis pela ativação dos pró-hormônios em hormônio pelas enzimas presentes na vesícula). Para a liberação dos hormônios vesiculares na corrente sanguínea, é preciso que ocorra a fusão da vesícula com a membrana celular. b) Esteroides: são hormônios lipossolúveis, derivados principalmente do colesterol. Devido à característica lipossolúvel, praticamente não ocorre armazenamento, pois atravessam facilmente a membrana celular, alcançando o sangue. No entanto, necessitam de proteínas transportados no sangue para a sua circulação. c) Derivados do aminoácido tirosina: estes hormônios são sintetizados no citoplasma por ação de enzimas presentes nas células glandulares da tireoide (hormônios da tireoide) ou da medula adrenal (epinefrina e norepinefrina). Tabela 1. Principais hormônios Glandulares Glândula Hormônio Funções Estrutura Hipotálamo Hormônio liberador de tireotropina (TRH); Estimula a secreção de hormônio tireoestimulante (TSH) e prolactina. Peptídeo 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 2/32 Glândula Hormônio Funções Estrutura Hormônio liberador de corticotropina (CRH); Causa liberação do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). Peptídeo Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH); Causa liberação do hormônio do crescimento (GH) Peptídeo Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH - somatostatina); Inibe a liberação do GH. Peptídeo Hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH); Causa liberação do LH e FSH. Peptídeo Dopamina ou fator inibidor da prolactina (PIF); Inibe liberação de prolactina. Amina Hipófise anterior Hormônio do crescimento Síntese proteica e crescimento celular. Peptídeo TSH Síntese e secreção de T3 e T4. Peptídeo ACTH Síntese e secreção adrenocortical. Peptídeo Prolactina Desenvolvimento das mamas e secreção de leite. Peptídeo 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 3/32 Glândula Hormônio Funções Estrutura FSH Crescimento de folículo ovariano e maturação de espermatozoide. Peptídeo LH Síntese de testosterona, estimula ovulação, formação do corpo lúteo e síntese de estrogênio e progesterona. Peptídeo Hipófise posterior Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) Reabsorção de água nos rins, vasoconstrição e aumento de pressão arterial. Peptídeo Ocitocina Deposição de cálcio nos ossos. Peptídeo Tireoide Tiroxina (T3) e Triiodotironina (T4) Aumenta reações químicas celulares e taxa metabólica corporal. Amina Calcitonina Deposição de cálcio nos ossos. Peptídeo Córtex adrenal Cortisol Interfere no metabolismo de macromoléculas (carboidratos, proteínas e lipídeos) e ação anti-inflamatória. Esteroide Aldosterona Reabsorção de sódio, secreção de potássio e íon hidrogênio pelos rins. Esteroide Medúla adrenal Norepinefrina e epinefrina Simpatomimético Amina Pâncreas Insulina Promove a entrada de glicose em algumas células. Peptídeo Glucagon Síntese e liberação de glicose do fígado. Peptídeo 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 4/32 Glândula Hormônio Funções Estrutura Paratireóide Paratormônio (PTH) Controla a concentração do íon cálcio sanguíneo, devido à absorção de cálcio no intestino e rins, além de liberar cálcio dos ossos. Peptídeo Testículo Testosterona Desenvolvimento do sistema reprodutor masculino. Esteroide Ovários Estrogênio Crescimento e desenvolvimento do sistema reprodutor. Esteroide Progesterona Desenvolvimento do aparelho secretor das mamas. Esteroide A liberação dos hormônios para o sangue é regulada por diversos fatores. No entanto, um mecanismo conhecido como feedback negativo, regula a liberação em função da quantidade do próprio hormônio liberado. De forma resumida, o excesso de um determinado hormônio ou a atividade exercida sobre um tecido inibe a sua própria hipersecreção ou a atividade no tecido-alvo. Além disso, a regulação, por feedback, pode envolver desde as etapas de transcrição gênica (produção do hormônio), processamento e liberação dos hormônios. Mecanismo de Feedback negativo e positivo. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img01-768x543.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 5/32 1.1. Mecanismo de Ação dos hormônios Para exercer sua ação nas células-alvo os hormônios, inicialmente, precisam interagir com receptores específicos, que garantem a atividade apenas nos locais de interesse. Os receptores hormonais apresentam constituição proteica e são, em geral, muito específicos para apenas um hormônio. A localização dos receptores nas células pode várias em função da característica estrutural química dos hormônios, sendo as seguintes: A. Receptores de membrana celular (superfície): devido à característica hidrossolúvel de hormônios proteicos e das catecolaminas, não atravessam a membrana celular. Portanto, é necessário que os receptores para estes hormônios se encontrem na superfície das células. B. Receptores no citoplasma celular: devido à característica lipossolúvel de hormônios esteroides, seus receptores ficam no citoplasma. C. Receptores no núcleo da célula: hormônios tireoidianos se ligam aos receptores, no núcleo, para promover sua ação. Após a interação do hormônio com o receptor, é formado um complexo (hormônio-receptor), que ativa o receptor por mudança conformacional, iniciando os efeitos hormonais. Porém, de acordo com o tipo de receptor, pode haver variação no modo de interação, podendo ser: receptores ligados aos canais iônicos, receptores hormonais ligados à proteína G, receptores hormonais ligados às enzimas e receptores hormonais intracelulares. Você sabia? Uma única célula de um tecido pode conter de 2.000 a 100.000 receptores. Esta quantidade pode aumentar ou diminuir, em resposta à exposição ao hormônio específico, podendo reduzir a quantidade de receptores 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 6/32 Sinalização intracelular após a ativação do receptor hormonal: 1. Receptores ligados aos canais iônicos: estetipo de receptor, quando ativado, promove abertura (ou fechamento) de canais iônicos, proporcionando a passagem de íons como sódio, potássio, cálcio ou outros íons. Essa modificação do fluxo iônico promove subsequentemente os efeitos celulares mediados pelo hormônio ligante. 2. Receptores hormonais ligados à proteína G: existem mais de 1.000 receptores que, para exercerem suas ações, dependem de proteínas de membranas chamadas proteínas heterotrimétricas de ligação a GTP (proteínas G), que é formada por três subunidades alfa, ß e gama (formam um complexo). A ligação do hormônio a porção extracelular do receptor, promove uma mudança conformacional que ativa a proteína G e desencadeia sinais intracelulares, que podem ser abertura de canais iônicos ou alteração de atividade enzimática no citoplasma celular. A porção alfa da proteína G fica ligada ao difosfato de guanosina (GDP) em situação de inativação, ou seja, sem estímulo hormonal. Porém, quando o hormônio se liga no receptor, ocorre a ativação e a proteína G se dissocia do receptor e troca o GDP por trifosfato de guanosina (GTP). Com isso, a subunidade alfa se desliga das outras subunidades e ativa outras proteínas de sinalização intracelular. Estas proteínas podem atuar em enzima intracelulares (fosfolipase C ou adenilil ciclase) ou em canais iônico, alterando a função celular. 3. Receptores hormonais ligados às enzimas: alguns receptores apresentam atividade enzimática e outros associam-se a enzimas (ativando-as). O local de ligação do hormônio nestes receptores fica na parte extracelular e, após ativação, estes receptores atravessam (apenas uma vez) a membrana, para terem ação no interior das células. 4. Receptores hormonais intracelulares: Os hormônios lipossolúveis, por atravessarem a membrana celular, interagem com receptores no citoplasma ou núcleo e formam um complexo hormônio-receptor. Este complexo ativado se liga ao elemento de resposta hormonal (DNA regulador) ativando ou inibindo a transcrição de genes específicos, resultando na formação de proteínas controladoras da função celular, num período que pode levar de minutos até dias. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 7/32 Alguns hormônios, como já vimos anteriormente, se ligam aos receptores extracelulares e promovem suas ações no meio intracelular, por meio de segundo mensageiro. Existem pelo menos três moléculas que atuam como segundo mensageiro: (1) o monofosfato de adenosina cíclico (AMPc), (2) íon cálcio e calmodulina associada e (3) produtos da degradação de fosfolipídios de membrana. Receptor citoplasmático. Tipos de receptores de membrana. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img02-768x543.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img03-768x552.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 8/32 2. Eixo hipotálamo-hipófise O eixo hipotálamo-hipófise, como o próprio nome já diz, é um sistema de regulação hormonal, no qual, o hipotálamo exerce efeito regulador sobre a liberação de hormônios das duas regiões da hipófise (anterior e posterior), que resulta na regulação hormonal de diversos órgãos e glândulas. O hipotálamo recebe estímulos de diversas fontes do sistema nervoso (dor, pensamentos, estímulo olfatório, concentração de nutriente, etc.) e, assim, controla a secreção da hipófise posterior por sinais neurais, enquanto o controle exercido sobre a hipófise anterior depende de hormônios liberadores ou inibitórios hipotalâmicos, secretados pelo próprio hipotálamo. Estes hormônios são conduzidos do hipotálamo a hipófise anterior, pelo sistema vasos porta hipotalâmico-hipofisário, constituído por pequenos vasos sanguíneos. Sistema porta hipotalâmico-hipofisário. 2.1. Hipófise https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img04-768x788.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 9/32 A hipófise ou pituitária é uma glândula pequena (1 centímetro de diâmetro, pesando de 0,5 a 1 grama) dividida em duas porções: hipófise anterior (adeno-hipófise) e a hipófise posterior (neuro- hipófise). Possivelmente, a presença destes tecidos distintos, constituindo a hipófise, se deve ao fato de terem origem embriológica diferentes, sendo a bolsa de Rathke responsável pela formação da hipófise anterior (com característica epitelióide) e tecido neural do hipotálamo responsável pela formação da hipófise posterior. São oito os principais hormônios secretados pela hipófise, seis deles pela hipófise anterior (hormônio do crescimento, adrenocorticotropina ou corticotropina, hormônio estimulante da tireoide ou tireotropina, prolactina, hormônio folículo-estimulante e hormônio luteinizante) e dois deles pela hipófise posterior (hormônio antidiurético e ocitocina). 2.1.1 Tipos celulares da hipófise anterior A hipófise anterior dispõe de cinco tipos celulares diferentes, que produzem hormônios específicos. 2.1.2 Hipófise Posterior Tipos celulares da hipófise anterior e hormônios produzidos: 1. Somatotropos, produzem hormônio do crescimento humano (hGH); 2. Corticotropos, produzem hormônio adrenocorticotropina (ACTH); 3. Tireotropos, produzem hormônio estimulante da tireoide (TSH); 4. Gonadotropos, produzem hormônio gonadotrópicos, que correspondem ao hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH). 5. Lactotropos, produzem prolactina (PRL). Você sabia? Aproximadamente 30 a 40% das células da hipófise são do tipo somatotrópicas responsável pela secreção de hormônio do crescimento. Além disso, são consideradas acidofílicas (se coram com corantes ácidos). É por isso que tumores hipofisários que secretam hormônio do crescimento são chamados de tumores acidofílicos. O segundo tipo de células mais prevalente na hipófise, que corresponde a 20%, é do tipo corticotrópicas, secretando ACTH e os outros tipos celulares correspondem, individualmente, por aproximadamente 5% do total. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 10/32 As células presentes na hipófise posterior são chamadas de pituícitos, semelhantes as células glias, e não secretam hormônios. A secreção dos hormônios da hipófise posterior também é controlada por sinais neurais oriundos do hipotálamo. No entanto, diferente da hipófise anterior que possui células específicas de produção hormonal, a hipófise posterior recebe os hormônios do hipotálamo, por meio do axoplasma de neurônios magnocelulares (localizados nos núcleos supraóticos e paraventriculares do hipotálamo). A liberação destes hormônios ocorre nas terminações nervosas, que são botões bulbosos, contendo vários grânulos secretores, que se encontram próximos aos capilares. Com isso, os dois principais hormônios secretados pela hipófise posterior, o hormônio antidiurético (ADH), também chamado de vasopressina e a ocitocina, alcançam a corrente sanguínea, podendo desempenhar suas ações nos tecidos-alvos. 1. ADH, tem efeito antidiurético, ou seja, promove a reabsorção de água nos túbulos e ductos coletores nos rins, tornando a urina mais concentrada. O mecanismo de ação do ADH sobre os ductos coletores é conhecido parcialmente. O ADH se liga a receptores presentes na membrana, ativando adenililciclase e forma AMPc. Posteriormente, ocorre a fosforilação das aquaporinas (vesículas permeáveis a água), que, por sua vez, se fundem à membrana celular, tornando a membrana dos túbulos e ductos coletores permeáveis a água. 2. Ocitocina, promove a ejeção do leite pelas glândulas mamárias, principalmente após sucção realizadapelo bebê. Na lactação, o estímulo da sucção exercida pelo bebê estimula nervos sensoriais que conduzem sinais para os neurônios ocitocinérgicos no hipotálamo (núcleos paraventriculares e supraópticos), o que estimula a liberação hipofisária de ocitocina, que, ao chegar nas mamas, promove a expulsão do leito dos alvéolos para os ductos da mama, além de promover contrações uterinas (principalmente no final da gestação) para a realização do parto, sendo um hormônio responsável pelo nascimento dos bebês. O ADH é formado nos núcleos supraópticos e a ocitocina nos núcleos paraventriculares, ambos hormônios são polipeptídeos contendo nove aminoácidos, praticamente idênticos, variando apenas em dois aminoácidos. Síntese, processamento e secreção dos hormônios antidiuréticos (ADH) e ocitocina. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img05.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 11/32 2.2. Hipotálamo O hipotálamo possui neurônios especiais que diferem da maioria dos neurônios do sistema nervoso central, pois, ao invés de apenas transmitirem sinais de um neurônio para o outro, eles também secretam hormônios liberadores ou inibidores hipotalâmicos, nos líquidos teciduais. Estes hormônios são captados pelo sistema porta hipotalâmico-hipofisário e conduzidos para a hipófise anterior para regular a liberação dos hormônios hipofisários. A regulação hipotalâmica sobre os hormônios hipofisários é mediada preferencialmente por hormônios liberadores, com exceção da prolactina, que o hipotálamo exerce papel preferencialmente inibitório. Vale ressaltar que existem outros hormônios hipotalâmicos que participam do processo de regulação hormonal. Os principais hormônios hipotalâmicos são: 1. Hormônio liberador de tireotropina (TRH; formado por 3 aminoácidos), estimula a liberação do hormônio estimulante da tireóide (TSH). 2. Hormônio liberador de corticotropina (CRH, formado por 41 aminoácidos), estimula a liberação do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). 3. Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH, formado por 44 aminoácidos), estimula a liberação do hormônio do crescimento (GH) e do hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH) ou somatostatina. 4. Hormônio liberador da gonadotropina (GnRH, formado por 10 aminoácidos), estimula a liberação do hormônio luteinizante (LH) e Folículo-estimulante (FSH). 5. Hormônio inibidor da prolactina (PIH, dopamina), inibe a secreção de prolactina. 3. Hormônio do crescimento (GH) 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 12/32 O hormônio do crescimento (somatotrófico ou somatotropina) é o único hormônio hipofisário que exerce sua ação diretamente sobre quase todos os tecidos, enquanto os outros hormônios agem por meio de glândula-alvo. Este hormônio tem característica proteica, contendo 191 aminoácidos em cadeia única, e provoca o crescimento de quase todos os tecidos (aumento do tamanho e quantidade de células) e diferenciação de células específicas, tais como células osteogênicas e células musculares iniciais. Nos ossos, o GH promove crescimento esquelético por diversos mecanismo, incluindo aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas, aumento da reprodução de células osteogênicas e condrocíticas, além de promover a conversão de condrócitos em células osteogênicas. Além disso, o GH desempenha outros efeitos metabólicos, como: 1. Aumento da síntese de proteínas e redução da degradação das proteínas; 2. Aumento da mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, transporte no sangue e consumo como fonte energética; 3. Redução da utilização de glicose pelo organismo, consequentemente aumento do consumo de gorduras. Aprendendo mais uma! Aparentemente, as ações do GH sobre o crescimento são dependentes de insulina, visto que alguns estudos verificaram que animais sem pâncreas (responsável pela produção de insulina) tratados com GH não sofreram indução do crescimento. Além disso, animais com baixa ingestão de glicose apresentava prejuízo no crescimento. Isso se deve ao fato de que a glicose aumenta a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas e sua redução, consequentemente, prejudica a liberação de insulina. 4. Tireoide A tireoide é umas das maiores glândulas endócrinas em um adulto (pesando aproximadamente 20 gramas). Ela é responsável pela produção e secreção de três principais hormônios, a tiroxina (T4), tri-iodotironina (T3) e calcitonina. A tireoide é constituída basicamente por folículos, revestidos por células epiteliais cuboides (secretoras de produtos para o interior do folículo). A tireoide secreta preferencialmente a tiroxina, que representa 93% da produção hormonal, enquanto a tri- iodotironina apenas 7%. Apesar de a tireoide produzir mais T4 que T3, nos tecidos, ocorre conversão quase que total do T4 em T3, mediada por enzimas desiodases. Além disso, o T3 é quatro vezes mais potente. A regulação da produção e secreção destes hormônios depende principalmente 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 13/32 do TSH (hormônio secretado pela hipófise anterior). Em situações de excesso de hormônios da tireoide, ocorre a retroalimentação negativa do Eixo hipotalâmico-hipofisário, ou seja, uma inibição da liberação dos hormônios TRH (hipotálamo) e TSH (hipófise), resultando na redução ou, até mesmo, parada da produção dos hormônios da tireoide. Regulação do eixo hipotalâmico-hipofisário sobre a produção dos hormônios da tireoide. 4.1. Síntese dos hormônios tireoidianos A síntese dos hormônios tireoidianos ocorre no interior do folículo, região chamada de coloide, constituído principalmente pela glicoproteína tireoglobulina. Esta proteína é responsável pela formação dos hormônios tireoidianos, com a adição de moléculas de iodeto. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img06-768x648.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 14/32 Você sabia? O iodo é necessário para a formação dos hormônios da tireoide. Aproximadamente, 50 miligramas de iodo (iodeto), por ano, são utilizadas, ou 1 mg/semana. Apenas 1/5 de todo o iodeto ingerido é absorvido pelo folículo tireoidiano, o restante é excretado pelos rins. Pensando nisso, foi adotada uma medida preventiva para evitar a deficiência de iodo e, consequentemente, dos hormônios T3 e T4, que foi a adição de iodeto de sódio no sal de cozinha, em uma proporção de 1/100.000 de cloreto de sódio. Etapas para formação dos hormônios da tireoide 1. Transporte de iodeto do sangue para o folículo tireoidiano (captação de iodeto): este transporte depende da ação da bomba de simporte de sódio-iodeto (NIS), que transporta uma molécula de iodeto e duas de sódio do sangue para o interior da célula (depende da ação da bomba de sódio-potássio-ATPase, para retirar o sódio no interior da célula). A NIS é sensível à ação do TSH, aumentando a captação de iodeto. 2. Formação de tireoglobulina: esta glicoproteína é formada pelo retículo endoplasmático e secretada pelo complexo de Golgi para os folículos, e contém diversas moléculas de tirosina (substrato para ligação do iodeto e formação dos hormônios T3 e T4). 3. Oxidação do iodeto: para o iodeto conseguir se ligar à tirosina, ele precisa ser oxidado pela enzima peroxidase (necessita de peróxido de hidrogênio e se localiza na membrana celular), se tornando iodo nascente. 4. Organificação da tireoglobulina: é o processo de ligação do iodo a tireoglobulina. Uma molécula de iodo se liga à tirosina, formando monoiodotirosina.Após a ligação do segundo iodo, se forma a di-iodotirosina. Quando uma monoiodotirosina se liga a uma di-iodotirosina, é formado o triiodotirosina (T3) e quando duas moléculas de di- iodotirosina se ligam, é formado a tiroxina (T4). O principal hormônio formado em quantidade é o T4. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 15/32 Após o processo de formação dos hormônios da tireoide, a tireoglobulina é capaz de comportar cerca de 30 moléculas de T4 e algumas moléculas de T3, ficando armazenada nos folículos. Com isso, a tireoide é capaz de suprir a demanda de hormônios tireoidianos, por aproximadamente 3 meses. É por isso que, em situações de disfunção da tireoide, quanto a síntese, os efeitos fisiológicos somente são observados após vários meses. A liberação dos hormônios T3 e T4 ocorre após a captação da tireoglobulina pelos pseudópodos do folículo, formando vesículas no interior folicular. Em seguida, proteases dos lisossomos clivam as moléculas de T4 e T3 da tireoglobulina, ficando livres para serem liberados no sangue. No sangue, esses hormônios se ligam com alta afinidade às proteínas transportadoras (produzidas no fígado), como: globulina ligadora de tiroxina, pré-albumina ligadora de tiroxina e albumina. Ao alcançar os tecidos, os hormônios penetram as células e a maior parte da tiroxina é convertida em tri-iodotironina pelas enzimas iodinases, que retiram iodo. Isso se deve pelo fato de T3 ter mais afinidade pelos receptores intracelulares que T4. Os efeitos fisiológicos dos hormônios tireoidianos são mediados por receptores nucleares ligados às fitas de DNA, que promovem posterior síntese proteica, aumentando a concentração de proteínas e enzimas. Mecanismos celulares da tireoide. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img07.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 16/32 Efeitos fisiológicos dos hormônios da tireoide 1. Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica celular: Promove aumento do número e da atividade das mitocôndrias, aumento da permeabilidade das membranas celulares aos íons sódio, aumenta a ativação da bomba de sódio e produção de calor. 2. Os hormônios tireoidianos estimulam o crescimento: promove crescimento precoce (crianças altas, porém adulto baixos, devido ao fechamento precoce das epífises), estimula desenvolvimento e crescimento do cérebro na vida fetal e pós-fetal (primeiros anos). 3. Os hormônios tireoidianos influenciam os mecanismos corporais específicos: estimulam o metabolismo de carboidratos (captação rápida de glicose, aumento da glicólise, aumento da gliconeogênese, aumento da absorção intestinal de glicose e secreção de insulina), estimula o metabolismo de lipídeos (reduz colesterol e triglicerídeos no plasma), aumenta o metabolismo basal, aumenta a atividade cardiovascular (aumento o fluxo sanguíneo e débito cardíaco, aumento da frequência cardíaca, aumento da força de contração e aumento da pressão arterial). Promove também aumento da atividade respiratória, motilidade gastrointestinal, função muscular e alteração da função sexual. 5. Paratireoides Em seres humanos, são normalmente encontradas quatros glândulas paratireoides, que parecem uma gordura marrom, localizadas na porção posterior dos polos da tireoide. As principais células da paratireoide são as células principais (responsáveis pela produção do paratormônio - PTH) e células oxifílicas (células principais modificadas não secretoras de PTH). 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 17/32 Você sabia? Durante procedimento de tireoidectomia total ou parcial, é possível e frequente ocorrer a retirada de glândulas paratireoides. No entanto, a retirada de até duas glândulas não afeta de forma considerável a função fisiológica exercida por essas glândulas, mas a retirada de três glândulas causa hipoparatireoidismo transitória. É transitório, pois esta glândula remanescente sofre hipertrofia, capaz de suprir a necessidade hormonal de todas as glândulas. Posição anatômica das glândulas paratireoides. 5.1. Paratormônio O paratormônio tem característica proteica, formado por 84 aminoácidos, todavia, inicialmente, é sintetizado pelos ribossomos das células principais na forma de pré-pró-hormônio (com 110 aminoácidos). Em seguida, sofre clivagem, formando o pró-hormônio (com 90 aminoácidos) e somente depois de uma nova clivagem (ocorre no retículo endoplasmático e complexo de Golgi) https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img08-768x631.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 18/32 formará o hormônio ativo. Este hormônio é armazenado em grânulos secretores no citoplasma e em situações de baixos níveis de cálcio, no sangue, eles são liberados na circulação sanguínea. O PTH desempenha papel de grande importância na regulação das concentrações de cálcio (aumentando) e fosfato (diminuindo) no sangue, por meio da atuação sobre tecidos como ossos, rins e intestino. Esta ação do paratormônio, quando em excesso, pode causar hipercalcemia (excesso de cálcio no sangue), assim como o inverso também pode ocorrer, hipofunção das glândulas causa hipocalcemia (pouco cálcio no sangue). A secreção do PTH é sensível à concentração de cálcio iônico no sangue. Reduções mínimas de cálcio já são suficientes para aumentar a secreção do PTH. Em situações em que o cálcio iônico plasmático se encontra elevado (excesso de cálcio ou vitamina D na dieta ou reabsorção óssea exagerada), ocorre diminuição da atividade e volume das glândulas paratireoides. Essas variações de cálcio no líquido extracelular são captadas por receptores sensíveis ao cálcio (CaSR), presentes nas membranas das células da paratireoide. Efeitos do Paratormônio sobre as concentrações de cálcio e fosfato Sobre os níveis de cálcio e fosfato, existem alguns mecanismos responsáveis pelo aumento de cálcio e redução de fosfato no sangue causado pelo PTH, (A) aumento da absorção de cálcio e fosfato a partir dos ossos (reabsorção óssea), (B) diminuição da excreção de cálcio e aumento de fosfato pelos rins e (C) aumento da absorção de cálcio e fosfato pelos intestinos. 1. O paratormônio, por meio do mecanismo de fase rápida, se liga aos receptores presentes nos osteócitos e osteoblastos (por meio do segundo mensageiro monofosfato cíclico de adenosina – AMPc) que ativa a bomba de cálcio e retira sais de fosfato de cálcio do liquido ósseo para o líquido extracelular. Outro mecanismo importante é conhecido como fase lenta (demora dias ou até semanas), onde o PTH retira fosfato de cálcio pela ação de osteoclastos (por meio do AMPc). Esta ativação ocorre de modo indireto, visto que osteoclastos não apresentam receptores para o PTH, possivelmente osteócitos e osteoblastos, após ativação pelo PTH, estimulam um sinal secundário chamado ligante de osteoprotegerina (transformam pré-osteoclastos em osteoclastos maduros). Além disso, ocorre a formação de novos osteoclastos. 2. O PTH reduz a absorção tubular proximal de íons fosfato ao mesmo tempo que aumenta a reabsorção de cálcio. 3. O aumento da absorção de cálcio e fosfato pelos intestinos se deve ao fato de o PTH aumentar a vitamina D (formação do 1,25-di-hidroxicolecalciferol nos rins) que, por sua vez, aumenta a formação da calbindina (proteína ligante de cálcio das células epiteliais intestinais) que transporta cálcio para o citoplasma celular. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=1019/32 5.2. Calcitonina Outro hormônio importante na regulação da concentração de cálcio no sangue é a calcitonina, mas este hormônio não é produzido pela paratireoide e sim pelas células parafoliculares (células C) da tireoide. A calcitonina também é um hormônio peptídico (composto por 32 aminoácidos) e seu efeito principal é a diminuição plasmática de cálcio, apresentando efeito oposto ao do PTH. Isso se deve, preferencialmente, pela diminuição da ação de osteoclastos (redução do efeito osteolítico) e formação de novos osteoclastos, contribuindo para uma maior deposição de cálcio nos ossos. Além disso, a calcitonina diminui a absorção de cálcio intestinal e renal. Semelhante ao PTH, a secreção de calcitonina também é sensível à concentração de cálcio iônico no sangue, todavia ocorre de modo inverso. Níveis elevados de cálcio plasmático estimulam a secreção de calcitonina, que promove a redução de cálcio. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img09-768x1145.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 20/32 Regulação hormonal do níveis de Cálcio. 6. Glândula adrenal As glândulas adrenais localizam-se sobre os rins, direto e esquerdo, e estruturalmente são constituídas por duas porções, sendo elas: a medula (região central, responsável pela produção de catecolaminas) e o córtex (região que envolve a medula, responsável pela produção de corticoesteroides). Tabela 2. Hormônios esteroides adrenais e suas atividades mineralocorticoides e glicocorticoides. Hormônio Quant. média secretada (mg/24/h) Atividade glicocorticoide Atividade Mineralocorticoide Cortisol 15 1,0 1,0 Glândula adrenal. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img10-768x823.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 21/32 Hormônio Quant. média secretada (mg/24/h) Atividade glicocorticoide Atividade Mineralocorticoide Corticosterona 3 0,3 15,0 Aldosterona 0,15 0,3 3.000 Desoxicorticosterona 0,2 0,2 100 6.1. Córtex adrenal O córtex secreta os hormônios corticoesteroides. Dentre os principais hormônios desta classe, destacam-se os mineralocorticoides (aldosterona) e glicocorticoides (cortisol e corticosterona), além de hormônios androgênicos. A região cortical das glândulas adrenais é composta por três camadas: zona glomerulosa, fasciculada e reticular. Os hormônios adrenocorticais são esteroides derivados do colesterol que, por sua vez, após ser conduzido pelo LDL para as glândulas adrenais, pode alcançar a mitocôndria das células presentes nas três zonas corticais e, dependendo das enzimas específicas presentes, formar os diferentes hormônios. 6.1.1. Mineralocorticoides Camadas do córtex adrenal 1. Zona glomerulosa: é a camada mais externa da glândula adrenal (representa aproximadamente 15% do córtex) e é responsável pela produção de aldosterona. 2. Zona fasciculada: é a camada mais espessa e se encontra na porção medial do córtex (representa aproximadamente 75% do córtex) e é responsável pela secreção de cortisol e corticosterona (glicocorticoides), como também secreta androgênios e estrogênios em pequena quantidade. A regulação da secreção destes hormônios é realizada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário. 3. Zona reticular: é a camada mais interna do córtex e secreta androgênios adrenais (desidroepiandrosterona e androstenediona), estrogênios e glicocorticoides. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 22/32 Os hormônios com ação mineralocorticoide têm como principal efeito a influência sobre os minerais (sódio e potássio) presentes nos líquidos extracelulares. Isso ocorre pela ligação destes hormônios aos receptores mineralocorticoides, provocando o aumento da reabsorção de sódio e excreção de potássio pelas células principais dos túbulos renais. Com isso, ocorre o aumento de sódio no plasma (consequentemente estimula a ingestão hídrica, podendo elevar a pressão arterial) e redução de potássio no sangue (hipocalemia; pode causar fraqueza muscular), devido à maior eliminação na urina. O principal mineralocorticoide secretado pelas adrenais é a aldosterona que, embora seja um dos mais potentes hormônios retentores de sódio, quando em excesso, promove apenas retenção transitória. Isso se deve ao aumento da quantidade de sódio no plasma. Ocorre o aumento do volume de líquido e, consequente, a elevação da pressão arterial e, em resposta, outros mecanismos são ativados para regulação da pressão arterial. A aldosterona também promove reabsorção de sódio nas glândulas sudoríparas, salivares e nas células epiteliais do intestino, promovendo a conservação do sódio corporal. O mecanismo de ação da aldosterona ocorre após ligação aos receptores mineralocorticoides (MR), presentes no citoplasma, que formam o complexo hormônio receptor, capaz de se difundir para o núcleo, interagir com o DNA e produzir proteínas (adenosina trifosfatase sódio-potássio e proteínas dos canais epiteliais de sódio – EnaC), responsáveis pelo estimulo de reabsorção de sódio. Em situações em que a secreção de aldosterona é interrompida, ocorre o aumento da excreção de sódio na urina e a diminuição do líquido extracelular, resultando em choque circulatório, devido à desidratação extracelular grave e redução do volume sanguíneo, podendo levar à morte em poucos dias ou semanas, se não houver tratamento adequado. Em relação à regulação da secreção de aldosterona, existem pelo menos quatro fatores importantes, citados na tabela 3 em ordem de importância. Tabela 3. Fatores reguladores da secreção de aldosterona. Fatores Relação com a secreção de aldosterona Elevação da concentração de íons potássio no líquido extracelular Promove aumento acentuado da secreção de aldosterona. Elevação da concentração de angiotensina II no líquido extracelular Promove aumento acentuado da secreção de aldosterona. Elevação da concentração de íons sódio no líquido extracelular Reduz muito pouco a secreção de aldosterona.Importante para a secreção de aldosterona, papel permissivo de liberação. ACTH Importante para a secreção de aldosterona, papel permissivo de liberação. 6.1.2. Glicocorticoides 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 23/32 Dentre os glicocorticoides produzidos pelas glândulas adrenais, o hormônio que desempenha a maior atividade (95%) é o cortisol, também conhecido como hidrocortisona. Este glicocorticoide é de extrema importância para a manutenção da vida animal à longo prazo, pois interfere no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos, além de ser importante para a regulação de processos inflamatórios e estresse. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 24/32 Principais efeitos do cortisol 1. Reduz a utilização celular de glicose: cortisol prejudica a ação da insulina em promover a entrada de glicose nas células (principalmente músculos), aumentando a glicemia. 2. Estímulo a gliconeogênese: o cortisol estimula a conversão de proteínas em glicose pelo fígado, por aumentar as enzimas responsáveis por esta conversão e por mobilizar proteínas principalmente dos músculos para o fígado. 3. Reduz proteínas celulares: ocorre redução da formação de RNA e subsequente síntese de proteínas, principalmente nos músculos (causando fraqueza) e tecidos linfoides (prejudicando as funções imunológicas). 4. Mobiliza ácidos graxos: cortisol mobiliza ácidos graxos do tecido adiposo para ser utilizado como fonte de energia,muito em função do menor transporte de glicose para os adipócitos. Pode gerar obesidade devido à deposição excessiva de gordura, principalmente na região torácica e na cabeça. 5. Resistência ao estresse: em situações de estresse (por trauma, infecção, calor ou frio intenso, cirurgias, entre outros) ocorre rápida liberação de ACTH pela hipófise, que estimula a liberação de cortisol. Possivelmente, a secreção de cortisol em situações de estresse ocorre com o intuito de fornecer fontes energéticas e aminoácidos para sínteses de substancias intracelulares essenciais. 6. Efeito anti-inflamatório: a inflamação apesar de ser um processo fisiológico, em situações em que a inflamação dura muito tempo pode ser mais lesiva que o próprio trauma. O cortisol tem ação anti-inflamatória, principalmente por evitar a formação de prostaglandinas e leucotrienos, por bloquear a enzima fosfolipase A2, resultando nos seguintes efeitos: (a) estabiliza a membrana dos lisossomos, evitando a ruptura e liberação de enzimas proteolíticas que levariam a lesão celular; (b) reduz a permeabilidade dos capilares; (c) reduz a migração de leucócitos para a área inflamada e fagocitose das células lesadas; (d) suprime o sistema imune, reduzindo a reprodução de linfócitos; (e) reduz a febre por reduzir a liberação de interleucina-1 dos leucócitos. 7. Cortisol aumenta a reabsorção óssea, diminui a absorção intestinal de cálcio e aumenta a excreção renal de cálcio: promove apoptose de osteoblastos e osteócitos, além de ativar osteoclastos, resultando na retirada de cálcio dos ossos. Além disso, com a diminuição da absorção intestinal e aumento da excreção renal, ocorre hipocalcemia, podendo causar osteoporose a longo prazo. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 25/32 7. Aparelho reprodutor Os aparelhos reprodutores, tanto masculino quanto feminino, são responsáveis pela produção de diversos hormônios importantes para o desenvolvimento, maturação sexual e desenvolvimento das características sexuais. 7.1. Sistema reprodutor masculino No sistema reprodutor masculino, os testículos secretam hormônios esteroides denominados androgênios, que recebem este nome por apresentarem efeitos masculinizantes. Dentre os principais androgênios, destacam-se a testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona. O principal hormônio esteroide e com maior produção pelos testículos é a testosterona, este hormônio é produzido pelas células intersticiais de Leydig, a partir do colesterol ou da acetilcoenzima A. Por ser um esteroide e apresentar característica lipossolúvel, para ser transportado no sangue precisa se ligar a albumina (ligação fraca) ou a globulina ligada ao hormônio sexual (ligação forte). A testosterona, apesar de ser o principal hormônio produzido pelos testículos, sofre conversão nos tecidos (em especial na próstata) em um hormônio mais ativo que é a di-hidrotestosterona, pela ação da enzima 5-alfa-redutase. Nas células de Sertoli (dos testículos) e no fígado a testosterona sofre conversão em estradiol, pela ação da enzima aromatase. Ainda não se sabe ao certo a função desempenhada pelo estradiol no homem, mas, possivelmente, está relacionada com a espermatogênese (síntese de espermatozoide). 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 26/32 Principais efeitos da testosterona 1. Desenvolvimento fetal: a testosterona é importante para o desenvolvimento das características do corpo masculino (formação do pênis e saco escrotal) e na vida embrionária sua produção ocorre na sétima semana. No cromossomo masculino ,existem um gene chamado de região determinante do sexo no Y (SRY), responsável por produzir o fator de determinação testicular (proteína SRY), que inicia a cascata que estimula a diferenciação da crista genital em células secretoras de testosterona para formar os testículos. 2. Descida dos testículos: durante o período gestacional (últimos 2 meses), a testosterona também é importante para promover a descida dos testículos para o saco escrotal. 3. Desenvolvimento das características sexuais adultas: promove crescimento do pênis e testículo, induz crescimento dos pelos corporais (púbis, abdômen, face, etc.), reduz crescimento de cabelo, na parte superior da cabeça, promove hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe (voz grave característica do sexo masculino), desenvolvimento muscular causado pelo aumento da formação proteica na região muscular (função anabólica), aumenta a matriz óssea e retenção de cálcio. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 27/32 7.1.1. Mecanismo de ação da testosterona A testosterona e di-hidrotestosterona, por serem lipossolúveis, atravessam a membrana celular e se ligam aos receptores citoplasmáticos, formando um complexo (hormônio-receptor), que se dirige para o núcleo e induz a transcrição do DNA em RNA e posterior síntese proteica. Estas proteínas Anatomia do sistema reprodutor masculino e o efeito da testosterona no corpo. Aprendendo mais uma! As células de Leydig são importantes na secreção de testosterona em diversas fases da vida do homem, principalmente após o nascimento (primeiros meses de vida) e após a puberdade. Na fase fetal, a produção testicular de testosterona é induzida pela gonadotropina coriônica, oriunda da placenta. Já na fase adulta, a produção de testosterona pelos testículos é influenciada pelos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior. Nesses períodos, a produção de testosterona é bem elevada, porém, na infância (até 10 a 13 anos) as células de Leydig praticamente desaparecem, quase não secretando testosterona. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img11-768x813.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 28/32 formadas são responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas. Outro mecanismo de ação possível destes hormônios ocorre após ligação a receptores de membrana, sendo uma ação rápida, por não precisar da produção de proteínas para sua ação final. Este mecanismo é conhecido como ação não genômica dos esteroides, porém, mais estudos são necessários para compreender os efeitos mediados por esta via de ação. 7.2. Sistema reprodutor Feminino No sistema reprodutor feminino, os ovários são responsáveis pela produção e secreção de estrogênios e progestinas, cujos principais representantes destas classes são estradiol e progesterona, respectivamente. Estes hormônios apresentam um padrão de secreção variado durante o ciclo sexual mensal (dura, em média, 28 dias). Os hormônios gonadotrópicos hipofisários (LH e FSH) fazem com que alguns folículos comecem a crescer nos ovários (aproximadamente dez folículos). Contudo, apenas um desses folículos amadurece e ovula na metade do ciclo. Após a ovulação, as células foliculares amadurecem, formando o corpo lúteo, que produz de forma acentuada estrogênio e progesterona. Por serem esteroides e apresentarem característica lipossolúvel, assim como a testosterona, para serem transportados no sangue, também precisam se ligar à albumina ou às globulinas, de ligação específica de estrogênio e progesterona. Além disso, esses hormônios sofrem degradação metabólica no fígado, originando metabólitos inativos, o estrogênio se transforma em estriol e a progesterona em pregnanediol. Sistema reprodutor feminino – Ovário. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img12-768x354.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=1029/32 7.2.1 Funções e características dos hormônios sexuais femininos Basicamente, o estradiol promove a proliferação e o crescimento de células responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais femininas. Já a progesterona prepara o útero para a gravidez e as mamas para lactação. Ciclo menstrual e níveis hormonais. Ciclo menstrual, fase lútea e folicular. https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img13-768x473.jpg https://cead.uvv.br/conteudo/wp-content/uploads/2019/09/aula_fishum_top10_img14-768x408.jpg 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 30/32 Principais efeitos do estradiol 1. Desenvolvimento do útero e órgãos sexuais femininos: os ovários e as tubas uterinas e a vagina aumentam de tamanho por influência do estradiol. Histologicamente, ocorre alteração do epitélio vaginal, para aumentar a resistência a infecções e traumas mecânicos, que muda de cuboide para estratificado. A genitália externa também sofre modificações consideráveis, como aumento da deposição de gordura na púbis e grandes lábios, além de ocorrer aumento dos pequenos lábios. As mamas são influenciadas pelo estrogênio, sofrendo desenvolvimento dos estromas, dos ductos e deposição de gordura. 2. Efeito sobre o sistema esquelético: estradiol estimula o crescimento ósseo, por estimular o fator inibitório de osteoclastogênese, que inibe a ação dos osteoclastos. Após a menopausa, a produção de estrogênio cai bruscamente, parando o efeito inibitório dos osteoclastos, podendo causa osteoporose se não tratado. 3. Efeito sobre o metabolismo de proteínas e gorduras: causa aumento de proteínas corporais, que contribui para o crescimento dos órgãos sexuais. Aumenta o metabolismo de gorduras, causando deposição corporal e em locais característicos da aparência feminina, como mama, glúteo e coxas. Principais efeitos da progesterona: 1. Alterações secretórias no útero e tubas uterinas: o principal efeito da progesterona é estimular a secreção de substâncias no útero (preparar o útero para implantação do ovulo fertilizado) e nas tubas uterinas (revestimento mucoso). 2. Desenvolvimento das mamas: a progesterona é responsável pelo desenvolvimento e crescimento dos alvéolos e lóbulos mamários, tornando-os aptos para a secreção de leite. Você saberia dizer o que estimula a puberdade e por que, normalmente, se inicia após os 11 anos? A puberdade é o período em que ocorre desenvolvimento das características sexuais. Em relação ao sexo feminino, é o início dos ciclos sexuais mensais estimulado pela liberação hipofisário de LH e FSH, que estimulam a secreção de estradiol e progesterona pelos ovários. Na infância, os hormônios gonadotrópicos hipofisários permanecem inativos, retornando normalmente entre os 9 e 12 anos, e isso aumenta em 20 vezes a produção de estradiol e progesterona. Vale lembrar que o primeiro ciclo menstrual se chama menarca. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 31/32 7.3. Regulação da secreção hormonal pelo eixo hipotalâmico-hipofisário A secreção dos hormônios sexuais, tanto do sexo masculino quanto feminino, é regulada por hormônios do eixo hipotalâmico-hipofisário, iniciando pela secreção hipotalâmica do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH, secreção pulsátil). O GnRH estimula a secreção de dois hormônios glicoproteicos hipofisários (adenohipófise), o FSH e o LH, no entanto, a secreção do LH é mais sensível ao GnRH, tendo uma liberação rápida, enquanto o FSH tem uma liberação mais lenta. O LH no homem é responsável por estimular as células de Leydig, nos testículos a produzir testosterona. No sexo feminino, altera as células da granulosa e tecais internas, transformando células luteínicas, promovendo o crescimento folicular, a secreção de progesterona e a ovulação. No sexo masculino, o FSH estimula o crescimento das células Sertoli dos túbulos seminíferos e também a secreção de substâncias responsáveis pela espermatogênese. No sexo feminino, o FSH estimula também o crescimento de novos folículos, secreção de estrogênio e crescimento e desenvolvimento dos ovários. Como dito anteriormente, o excesso dos hormônios gonadotrópicos promove a inibição do eixo hipotalâmico-hipofisário (feedback negativo), resultando na redução da liberação do GnRH e, posteriormente, dos próprios hormônios nas gônadas. Outro mecanismo responsável pela interrupção na produção dos hormônios produzidos pelas gônadas envolve um hormônio produzido no corpo lúteo ou células de Sertoli, chamado inibina. Este hormônio inibe a secreção de FSH e LH pela hipófise anterior. 8. Conclusão Neste tópico, observamos o mecanismo geral de ação dos hormônios e a importância dos hormônios, em relação ao funcionamento de diversos órgãos do corpo humano, mediado pela interação hormônio-receptor, que promove alterações celulares importantes. Foi possível compreender as estruturas responsáveis pelas secreções e a constituição de cada secreção hormonal, com destaque para o eixo hipotalâmico-hipofisário, tireoide, paratireoide, adrenal. 03/01/2022 13:03 Fisiologia Endócrina e Reprodutiva https://cead.uvv.br/saladeaula/conteudo.php?aula=fisiologia-endocrina-e-reprodutiva&dcp=fisiologia-humana&topico=10 32/32 Vimos, também, o processo de síntese dos hormônios relacionados ao aparelho reprodutor e a interferência destes hormônios no desenvolvimento e diferenciação das características sexuais masculinas e femininas. O conhecimento adquirido neste tópico irá permitir que você possa explorar, de forma mais embasada, tecnicamente falando, esses elementos relacionados às secreções hormonais, ao processo de interação hormônio-receptor, aos mecanismos de ação dos hormônios e aos efeitos fisiológicos; entender e procurar mais informações referentes ao tema, o que será de grande utilidade para o exercício profissional, visto que cumprem papel de grande importância para o bom funcionamento de todos os seres vivos. 9. Referências AIRES, M.M. Fisiologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999. COSTANZO, L.S. Fisiologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. HALL, J. E; GUYTON, A. C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. YouTube. (2017, Junho, 17). Elsevier. Ciclo menstrual – Homem virtual – Guyton & Hall. 2min53. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bkdtz-Ps4hg>. YouTube. (2015, maio, 11). Tireoidesbem. Entendendo o hipotireoidismo e hipertireoidismo. 3min22. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=X1TaLPuKZdw>.
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