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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / DIREITO ADMINISTRATIVO CONTINUAÇÃO II – PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO E) EFICIÊNCIA - O princípio da eficiência surgiu no texto constitucional em razão da Emenda Constitucional 19/1998 (Art. 37). - Princípio que impõe à Administração Pública a melhor atuação possível diante dos recursos disponíveis. - Art. 2º, caput da Lei 9784/99: “Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.” Gn F) SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR - O bem comum é a finalidade única do Estado, sendo que em eventual conflito de interesses (coletivo e individual), o coletivo (interesse público) prevalecerá sobre o individual. - Exemplo: Desapropriação de imóvel contra a vontade do proprietário para construção de metrô. - Consta, da mesma forma, no art. 2º, caput, da Lei 9784/99. G) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO - Os bens e interesses públicos são indisponíveis, visto que pertencem à sociedade e não à Administração ou administradores. - Os bens e interesses públicos não podem ser objeto de disposição, devendo o Poder Público zelar pela proteção e promoção. - Exemplo: Necessidade de licitação para compras efetuadas pela Administração. H) CONTINUIDADE - Este princípio determina que a atividade administrativa deve ser contínua, ou seja, não poderá haver paralisação. - Exemplo: A necessidade de nomeação de substituto por ocasião de férias dos servidores; restrições de direito de greve dos agentes públicos. - Devido este princípio, todos que possuem contratos administrativos com a Administração devem continuar prestando o serviço público, mesmo que não recebam o pagamento devido (não aplicação do princípio contratual da “exceção do contrato não cumprido”), pelo prazo de 90 (noventa) dias, nos termos do art. 78, XV da Lei 8666/93: Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: (...) XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; I) AUTOTUTELA - A Administração Pública deve controlar seus próprios atos, apreciando-os quanto ao mérito (oportunidade e conveniência) e quanto à legalidade. - O controle dos atos pela própria administração é feito por duas formas: -> Revogação: extinção do ato administrativo legal (de acordo com a lei), em razão de inconveniência ou inoportunidade, feita APENAS pela Administração Pública. Efeitos da revogação – não retroage (conta-se da revogação para frente – ex nunc) -> Anulação: extinção do ato administrativo ilegal (contra a lei), PODENDO SER FEITA pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário. Efeitos da anulação – retroage (atinge os efeitos passados – ex tunc). - Súmulas do STF sobre AUTOTUTELA: -> Súmula 346/STF: “ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE DECLARAR A NULIDADE DOS SEUS PRÓPRIOS ATOS.” -> Súmula 473/STF: “A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.” - Art. 53 da Lei 9784/99: “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.” - O Poder Judiciário somente pode controlar atos administrativos quanto à legalidade dos mesmos, não podendo invadir o mérito administrativo, ou seja, não pode julgar se o ato é inconveniente ou inoportuno, sendo que este julgamento é privativo da Administração. Controle pela Administração Controle pelo Judiciário Anulação e Revogação Apenas anulação De ofício ou por provocação Somente por provocação Legalidade e Mérito Administrativo Somente Legalidade Decisão administrativa revisível Decisão judicial não revisível J) ESPECIALIDADE - Princípio relacionado com a descentralização administrativa. Determina que as pessoas jurídicas criadas pelo Estado devem agir de acordo com sua finalidade definida por lei. - Exemplo: Uma autarquia criada para fins de saúde, não pode atuar na área da educação.
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