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Princípios constitucionais “ Princípios são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de novas normas. São verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem pratica de caráter operacional ” (Miguel Reale) Principio do devido processo legal – Principio regente da atuação do Estado-juiz. Esse princípio tem como objetivo principal garantir condições mínimas para que ocorra o desenvolvimento do processo de forma legal. O legislador deve seguir todos os tramites do processo, as partes devem participar do processo., acompanhar as fases processuais e etc. Exceção: inaudita autera pars (sem ouvir a outra parte) Exemplo de tutela de urgência: - Ação de alimentos, no qual é necessário comprovar a urgência. Existem 2 requisitos – (Fumus bonis iuri)A fumaça do bom direito e o Perigo da demora (Periculum in mora) no qual não é possível esperar todo o processo, todos os recursos e etc. Principio do Juiz Natural – A constituição afasta a possibilidade de instituir-se um juizo ad hoc (indicação) ou para julgamento de determinado caso. Só quem pode sentenciar o processo é o juiz competente ou juiz substituto, é o juiz do fórum, o juiz da comarca especifica. Principio da imparcialidade A imparcialidade do juiz é pressuposto de validade do processo, devendo o juiz colocar-se entre as partes, sendo esta a primeira condição para que possa o magistrado exercer sua função jurisdicional. Teoria Constitucional Processo do Art. 5, LIV, da Constituição Federal. LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Art. 9 ° do CPC: “ Não se proferira decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida” Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: I - à tutela provisória de urgência; II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ; III - à decisão prevista no art. 701 . Art. 5°, LIII c/c XXXVII, da CF “Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.” Isso significa que em caso de parcialidade, o processo todo pode ser anulado. Em caso de suspeição ou impedimento do juiz, no qual o mesmo pode se declarar incompetente pra determinado caso, como também é possível entrar com o pedido de suspeição do juiz quando se observa que o mesmo tem interesses pessoais no processo. Principio do contraditório (cooperação) L Esse princípio tem como objetivo garantir a participação e colaboração dos indivíduos no processo, no qual o juiz tem que ter o seu livre convencimento motivado, no qual precisa ter todas as provas e circunstancias para tomar sua decisão seja em favor do réu ou do autor, as duas partes e terceiros (testemunhas), quando necessário, tem que ter a oportunidade de participação na construção e andamento do processo. Princípio da ampla defesa Esse princípio é assegurado pelo Art. 5°, LV como no principio da cooperação, a diferença entre esses dois princípios é que na cooperação estamos assegurando a participação não só do réu ou da parte acusadora, mas também a presença de terceiros, como testemunhas e etc. Já na ampla defesa é assegurada a participação do réu de responder as imputações que lhe é dirigido. Duplo grau de jurisdição Esse princípio tem como objetivo a interposição de recursos quando não se concorda com o resultado de processo em 1 instancia podendo ser ele julgado novamente por um outro juiz em uma outra instancia. Principio da Isonomia O principio da Isonomia ou da igualdade busca garantir a “paridade de armas” oferecendo iguais oportunidades aos litigantes ou criando essas condições para que de fato essa igualdade seja instituída, devemos lembrar do conceito de igualdade formal, no qual garante a igualdade perante a lei, e a igualdade material que possibilita tratamento de forma igual com pessoas iguais e tratamento desigual com pessoas desiguais (equidade). Art. 5°, LV , da Constituição Federal: LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos inerentes. Art. 7° do CPC: É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. Art. 10 do CPC: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito a respeito do qual não se tenha dado as partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de oficio. STF STJ TJ Juizes de direito TRF Juizes Federais TST TRT Juizes do Trabalho TSE TRE Juizes Eleitorais STM Juizes Militares OBS: em alguns casos juízes permitem a inversão do ônus da prova para garantir igualdade no processo, normalmente isso acontece em processos trabalhistas ou direito do consumidor no qual a parte acusadora é o elo mais fraco. Principio da publicidade Esse principio garante a transparência das decisões dos tribunais, pois da acesso ilimitado a julgados e andamentos de processo com exceção apenas aqueles que estão em segredo de justiça . Principio da ilicitude das provas Esse princípio visa proteger a intimidade da pessoa garantida pelo Art. 5° da Constituição Federal, devemos entender a diferença entre provas ilícitas e provas obtidas por meios ilícitos. Provas ilícitas são provas que por si só ferem o ordenamento jurídico, por exemplo, prova obtida através de tortura, chantagem, ameaça e etc. Provas adquiridas por meios ilícitos que dizer que a prova por si só é valida mas a forma de obtenção fere o ordenamento jurídico como a violação do sigilo de correspondência e ou oitiva de conversas telefônicas não autorizadas no qual fere o Art. 5° da CF. Principio da inafastabilidade da tutela jurisdicional Esse principio visa garantir ao individuo a possibilidade de acionar o Poder Judiciário quando sofrer qualquer ameaça a seus direitos e adquirir uma resposta para a resolução do conflito. ATENÇÃO: A arbitragem não conflita com o princípio da Inafastabilidade. Principio da razoável duração do processo Art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Art. 6º do Código de Processo Civil: (. . .) Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenham, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Embora tenhamos esse principio não podemos assegurar um tempo determinado para todos os casos, pois alguns podem ser mais complexos que outros e a estipulação de um prazo máximo para resolução pode acarretar na violação de outros princípios fundamentais como o do devido processo legal, do contraditório e etc. o objetivo desse principio é garantir metodologias eficientes, otimizadas para garantir um prazo mais céleres nos julgamentos. Devemos lembrar que Art. 5°, LX da Constituição Federal. LX – a lei só pode restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem: Art. 93°, IX da Constituição Federal IXtodos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentados todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 11 do Código de Processo Civil: Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentados todas as decisões, sob pena de nulidade – (Princípio da motivação das decisões judiciais. ) Art. 5, LVI da CF/88 “São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Art. 5º, XXXV, CF/88 A Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. celeridade não é sinônimo de justiça, logo não adianta ter um conflito “resolvido” rapidamente, porem, injusto. Principio do dispositivo/ação Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo, as exceções previstas em lei. A disposição do autor é fundamental, para que a ação se exerça. Desdobramentos: ➪Princípio da demanda ou iniciativa da parte; ➪Princípio da eventualidade; ➪Princípio da correlação entre a sentença e os fatos alegados e provados pelas partes; ➪Princípio da adstrição do juiz ao pedido da parte. Principio da oralidade Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência (. . .). ATENÇÃO: As colheitas das provas como depoimento das partes e oitiva de testemunhas devem ser feitas pelo juiz que preside a audiência de Instrução e julgamento. Principio da boa – fé Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Indicação de aulas no youtube : https://www.youtube.com/watch?v= MM0_gOlwTDE https://www.youtube.com/watch?v=MM0_gOlwTDE https://www.youtube.com/watch?v=MM0_gOlwTDE
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