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SISTEMA DE ENSINO
HISTÓRIA
Brasil Império
Livro Eletrônico
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Daniel Vasconcellos Araujo
Brasil Império
HISTÓRIA
Brasil Império .................................................................................................................3
1. Brasil Império..............................................................................................................4
1.1. A Crise do Antigo Sistema Colonial e o Processo de Emancipação Política do 
Brasil; o Reconhecimento Internacional ..........................................................................4
1.2. O Processo Político no Primeiro Reinado; as Rebeliões Provinciais; a Abdicação 
de D. Pedro I. ................................................................................................................24
1.3. O Centralismo Político e os Conflitos Sociais do Período Regencial; a Evolução 
Político-Administrativa do Segundo Reinado; a Política Externa e os Conflitos Latino-
americanos do século XIX ............................................................................................ 30
1.4. A Sociedade Brasileira da Fase Imperial, o Surto do Café, as Transformações 
Econômicas, a Imigração, a Abolição da Escravidão, as Questões Religiosa e Militar ....49
1.5. As Manifestações Culturais; as Ciências, as Artes e a Literatura no Período 
Imperial ....................................................................................................................... 66
Resumo ........................................................................................................................70
Mapas Mentais .............................................................................................................72
Questões Comentadas em Aula ....................................................................................75
Questões de Concursos ................................................................................................83
Gabarito ..................................................................................................................... 109
Gabarito Comentado .................................................................................................... 110
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Brasil Império
HISTÓRIA
BRASIL IMPÉRIO
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Seja muito bem-vindo(a)!
Dando sequência ao nosso curso, trataremos da História do Brasil Império. Veja os tópi-
cos do edital que serão analisados:
6. BRASIL IMPÉRIO
6.1. A crise do antigo sistema colonial e o processo de emancipação política do Brasil; o 
reconhecimento internacional.
6.2. O  processo político no Primeiro Reinado; as rebeliões provinciais; a abdicação de 
D. Pedro I.
6.3. O centralismo político e os conflitos sociais do Período Regencial; a evolução políti-
co-administrativa do Segundo Reinado; a política externa e os conflitos latino-americanos do 
século XIX.
6.4. A sociedade brasileira da fase imperial, o surto do café, as transformações econômi-
cas, a imigração, a abolição da escravidão, as questões religiosa e militar.
6.5. As manifestações culturais; as ciências, as artes e a literatura no período imperial.
Antes de seguirmos, peço novamente que avalie a aula anterior, caso ainda não o tenha 
feito. Vamos a aula!
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Brasil Império
HISTÓRIA
1. Brasil império
O Brasil Império se inicia com a Independência, em 7 de setembro de 1822, e se encerra 
com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. No entanto, e já discutimos 
isso, a FGV enxerga os eventos como um processo. Nesse sentido, elencou a crise do sistema 
colonial que se iniciou ainda no século XVIII. Portanto, estudaremos desde os movimentos 
emancipacionistas, passando pela chegada da família real ao país, para depois entrarmos 
nos eventos que constituem o Brasil Imperial, com o desenrolar do Primeiro Reinado, do Perí-
odo Regencial e do Segundo Reinado.
1.1. a Crise do antigo sistema Colonial e o proCesso de emanCipação 
polítiCa do Brasil; o reConheCimento internaCional
O sistema colonial português na América, a partir do final do século XVIII, vinha demons-
trando sinais de deficiência. Além da crise do açúcar, com queda de preços derivada da concor-
rência holandesa, a produção aurífera foi se esgotando. Junte-se a isso, as revoltas separatistas 
(Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e Insurreição Pernambucana de 1817), influenciadas 
pelo Iluminismo, buscavam romper com os laços coloniais que nos uniam aos lusitanos.
Mas nada contribuiu tanto para o nosso processo de emancipação quanto a chegada da 
corte portuguesa em 1808. Vejamos como se deu esse processo.
A crise do antigo sistema colonial e o processo de emancipação política do 
Brasil
Como disse, além da crise econômica gerada pela crise do açúcar e da mineração, os ecos 
da Revolução Francesa influenciaram os colonos. Duas revoltas separatistas ocorreram an-
tes da chegada da Corte Portuguesa: a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana.
Inconfidência Mineira – 1789
Como vimos, os movimentos separatistas ou emancipacionistas têm caráter diferencia-
do dos movimentos nativistas, na medida em que objetivaram a independência em relação à 
Coroa Portuguesa.
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Brasil Império
HISTÓRIA
A Inconfidência Mineira foi um movimento de caráter separatista que ocorreu na província 
de Minas Gerais em 1789. O movimento foi descoberto antes do dia marcado para a eclosão 
por conta de uma delação.
A queda da produção de ouro que passou a ocorrer a partir de 1760, se agravava a cada 
ano e acentuava a pobreza da população. Mesmo com a diminuição da extração do ouro, 
o sistema e o valor de cobrança dos quintos devidos à coroa, mantinha-se o mesmo. Quando 
o ouro entregue não perfazia 100 arrobas (cerca de 1500 kg) anuais, era decretada a derrama. 
Esta consistia em cobrar da população, pela força das armas, a quantidade que faltava.
Apesar de ter sido decretada somente uma vez, sempre pairava a ameaça que a derrama 
poderia se tornar realidade e isso assustava tanto os exploradores de ouro como a população.
O custo de vida em toda a região ficava cada vez mais alto, pois tudo era comprado a prazo 
e com ouro. Desta maneira, os funcionários que detinham o monopólio do metal começaram 
a se endividar, deixando de fazer pagamentos aos comerciantes, agricultores e traficantes de 
escravos que também foram arrastados para a crise.
Com a publicação do Alvará de 1785, a situação se agravou. Esta lei determinava o fecha-
mento de manufaturas locais, obrigando a população a consumir apenas produtos portugue-
ses de alto preço.
Também as ideias do Iluminismo que apregoavam temas de liberdade para os povos e 
questionar a ordem política vigente circulavam apesar da censura. Estas ideias foram trazi-
das por estudantes brasileirosque tinham realizado cursos superiores na Europa.
Não se pode esquecer, do conhecimento da Independência dos Estados Unidos, cujos co-
lonos, revoltados contra o sistema fiscal de sua metrópole, tinham se libertado da Inglaterra. 
Isto animou a elite mineradora a conspirar contra a metrópole.
Os inconfidentes eram, em sua maioria, grandes proprietários ou mineradores, padres e 
letrados, como Cláudio Manuel da Costa. Oriundo de família enriquecida na mineração, havia 
estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial. Por sua parte, Alvaren-
ga Peixoto era minerador e latifundiário.
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Brasil Império
HISTÓRIA
Principais inconfidentes:
Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-
-se ouvidor (juiz) em Vila Rica.
Francisco de Paula Freire, tenente coronel e comandante do Regimento dos Dragões, tro-
pa militar de Minas Gerais, estava hierarquicamente logo abaixo do governador.
Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro. 
Dotado de grandes habilidades, ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante. 
Foi o mais popular entre os conspiradores. Embora não tenha sido o idealizador do movimen-
to, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto ao povo.
Os Inconfidentes tinham uma série de propostas para a capitania de Minas Gerais, veja:
Romper com Portugal e adotar um regime republicano (a capital seria São João del Rei);
Criar indústrias;
Fundar uma universidade em Vila Rica;
Acabar com o monopólio comercial português;
Adotar o serviço militar obrigatório.
A bandeira do novo país seria um pavilhão que conteria a frase latina Libertas quae sera 
tamen (Liberdade ainda que tardia). Mais tarde, um desenho semelhante e o lema seriam a 
base para a criação da bandeira do Estado de Minas Gerais.
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HISTÓRIA
A revolta deveria ter início no dia do derrama, que o governo programara para 1788 e aca-
bou suspendendo quando soube da conjuração. Entretanto, os planos dos inconfidentes fo-
ram frustrados porque três participantes da conspiração procuraram o governador, Visconde 
de Barbacena, para delatar o movimento.
Foram eles: o coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente coronel Basílio de Brito Malhei-
ro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona.
Tiradentes, que viajava para o Rio de Janeiro com o objetivo de adquirir armas, foi preso 
naquela cidade, no dia 10 de maio de 1789.
Após três anos sendo processado, todos os participantes foram perdoados ou condena-
dos ao degredo. Somente Tiradentes foi condenado à morte e executado no dia 21 de abril 
de 1792, no campo de São Domingos, no Rio de Janeiro. Após o cumprimento da sentença, 
o corpo foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.
Conjuração Baiana – 1798
A Conjuração Baiana foi uma rebelião popular que ocorreu na Bahia, no dia 25 de agosto 
de 1798, que pretendia libertar o Brasil de Portugal e atender as reivindicações das camadas 
pobres da população. Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a agitação popular era 
composta, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços 
que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras.
Repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo bravo negro Toussaint Louverture, no 
Haiti, contra os colonizadores franceses – o primeiro grande levante de escravos bem su-
cedido na história. Aquelas mesmas ideias de república, liberdade e igualdade pregadas na 
Revolução Francesa e na Conjuração Mineira agitavam agora a Bahia.
A população da cidade de Salvador, antiga capital do Brasil, vivendo em situação de penú-
ria, depois que a capital do Brasil colônia foi transferida para o Rio de Janeiro (1763), pregava 
a necessidade de se fundar no Brasil uma “República Democrática” e uma sociedade onde 
não houvesse diferenças sociais, onde todos fossem iguais, e  onde houvesse “Liberdade, 
Igualdade e Fraternidade”.
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A Conjuração Baiana teve como principais líderes os alfaiates João de Deus e Faustino 
dos Santos Lira, os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, homens pobres, de 
cor e sem prestígio social, que estavam ligados aos movimentos da maçonaria.
As ideias políticas da “Revolução Francesa” continuavam a chegar ao Brasil, inclusive por 
intermédio da maçonaria. A primeira loja maçônica, Cavaleiros da Luz, criada na Bahia, con-
tava com a participação de intelectuais, como José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu, 
o cirurgião Cipriano Barata, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o padre Francisco 
Gomes, o “médico dos pobres” Cipriano Barata, o professor de latim Francisco Barreto e o 
tenente Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e organizar 
a conspiração.
No dia 12 de agosto de 1798, surgiram nos pontos de maior movimento de Salvador, vá-
rios papéis manuscritos, pregados nos muros, chamando a população à luta e proclamando 
ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e República, utilizando palavras como: “Animai-
-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que 
todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais”.
O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma 
denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Campo 
de Dique, no dia 25 de agosto. O clima de agitação se espalhava, a forca, um dos mais impor-
tantes símbolos do poder português, foi incendiada. Todos os padres que pregavam contra a 
revolução eram ameaçados de morte.
A ação do governo foi rápida, o coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreendê-
-los em flagrante. Com a aproximação das tropas do governo, muitas pessoas conseguiram 
fugir. Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram 
presos 49 pessoas, três eram mulheres, nove eram escravos, a grande maioria eram alfaiates, 
barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram levados a julgamento. Um ano e dois meses depois, eram 
condenados à morte por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens, 
Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira e intelectuais como Cipriano 
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Barata que foram absolvidos. Os corpos esquartejados foram expostos em diversos locais da 
cidade de Salvador.
Questão 1 (FGV-SP/VESTIBULAR/PRIMEIRA FASE/2001) Leia as afirmações sobre a Sedi-
ção Baiana de 1798 e assinale a alternativa correta.
I – Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798, foi um movi-
mento social de caráter republicano e abolicionista.
II – Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores 
mais explorados da sociedade colonial.
III – Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação 
Igreja-Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza.
IV – Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos 
Santos, de apenas 23 anos.
V – O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de 
Salvador.
a) apenas I, II e IV estão corretas;
b) apenas II, III e V estão corretas;
c) apenas III e V estão corretas;
d) apenas I, e IV estão corretas;
e) todas estão corretas.
Letra e.
A Conjuração Baiana foi um movimento emancipacionista influenciado pela Revolução Fran-
cesa na etapa radical da Convenção (1792-1794). Marcada pelo republicanismo de viés Ja-
cobinista, a sedição baiana guardou um forte conteúdo popular e reivindicou igualdade políti-
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co-formal entre os homens, além da supressão da mão de obra compulsória. Suas lideranças 
(Manuel Faustino, Luís Gonzaga das Virgens, João de Deus) foram condenados à morte.
O Período Joanino
O chamado Período Joanino ocorreu entre os anos de 1808, com a chegada da Família Real 
Portuguesa, e 1821. Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei europeu trans-
feriu seu reino para um país do continente americano. O edital elenca ainda mais o ano de 1822.
Meu(minha) caro(a), em 1808, a  Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte 
de aproximadamente 1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas, 
escoltada pela marinha britânica. Acontece que, na Europa, a França de Napoleão Bonaparte 
havia imposto um Bloqueio Continental à Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa 
Continental poderia comercializar com a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido 
exército francês. Como D. João, príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, 
Napoleão invadiu Lisboa. Isso teve impactos profundos na colônia.
Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o fim do 
Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal), o aumento de 
tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro.
Mesmo antes da vinda da corte portuguesa, já havia a pressão inglesa para o estabele-
cimento de novos acordos políticos e econômicos com o governo português. Os  ingleses, 
bastante prejudicados pelo Bloqueio Continental, tinham urgência na abertura de novos mer-
cados, sem o quê sua economia poderia sucumbir.
Os ingleses viam a América como uma espécie de compensação para as perdas euro-
peias e, assim, sentiam-se no direito de participar como “sócios preferenciais” dos negócios 
portugueses.
D. João era pressionado pela Inglaterra, por intermédio de Lord Strangford, ex-embaixador 
em Portugal e enviado ao Brasil para tratar da complementação dos negócios decididos ainda 
na Europa. As negociações foram demoradas e difíceis, pois D. João sabia que as pretensões 
inglesas iam prejudicar os interesses dos antigos colonizadores e dos comerciantes portu-
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gueses, e  tentou minimizá-las. Mas diante da inflexibilidade dos ingleses, aqueles grupos 
viram cair por terra seus antigos privilégios e monopólios.
Já no país, em 1808, uma das primeiras medidas tomadas por D. João foi a Abertura dos 
Portos às Nações Amigas. Acontece que a corte portuguesa veio para o Brasil e pretendia 
manter o mesmo estilo de vida que levava na Europa. Entretanto, lembre-se do Alvará de 
1785, uma das causas da Inconfidência Mineira, que proibia a existência de manufaturas na 
Colônia para obrigá-la a consumir os manufaturados portugueses. Entendeu a conexão? É 
dessa falta de manufaturas que vem a necessidade de importação de tudo o que era consu-
mido pela corte.
Mesmo abolindo o Alvará de 1885, levaria tempo para que manufaturas se estabeleces-
sem e a abertura dos portos tonou a concorrência injusta na medida em que os produtos 
ingleses, fabricados nas indústrias britânicas, tinham melhor qualidade e preço.
Como vimos, os principais beneficiados pela abertura dos portos foram os ingleses, vi-
sando também uma compensação pelo apoio aos portugueses na fuga de Lisboa.
A abertura dos portos (1808) representou o fim do pacto colonial, que obrigava a colônia a co-
mercializar apenas com Portugal. Ousamos dizer que representou o início do processo de inde-
pendência brasileiro, pois Portugal não teria mais o controle econômico da Colônia. Além disso, 
os comerciantes portugueses de Lisboa e do Rio de Janeiro protestaram contra a medida.
Questão 2 (FGV-SP/VESTIBULAR/1995) A abertura dos portos, em 1808, que favoreceu os 
proprietários rurais produtores de bens destinados à exportação,
a) revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia.
b) limitou o tráfico negreiro aos portos de Belém e São Luís, favorecendo a cultura do algodão.
c) produziu como efeito imediato uma aceleração do processo de industrialização, atendendo 
aos reclamos dos ingleses.
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d) ampliou o controle econômico metropolitano sobre a Colônia através da criação do “exclu-
sivo comercial”.
d) contrariou os interesses dos comerciantes portugueses e provocou grandes protestos no 
Rio de Janeiro e em Lisboa.
Letra e.
Ora, obviamente a Abertura dos Portos contrariava os interesses dos comerciantes portugue-
ses que monopolizavam a atividade.
Em 1810 foram assinados os Tratados de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação 
e um último que tratou da regulamentação das relações postais entre os dois reinos. Esses 
tratados quebraram o monopólio português em nome do liberalismo, e feriram em cheio os 
interesses lusos, além de humilhar a soberania portuguesa.
A Inglaterra impôs vantagens, entre elas:
• o direito da extraterritorialidade, que permitia aos súditos ingleses radicados em domí-
nios portugueses serem julgados aqui por juízes ingleses, segundo a lei inglesa;
• o direito de construir cemitérios e templos protestantes, desde que sem a aparência 
externa de templo;
• a garantia de que a Inquisição não seria instalada no Brasil, com o que a Igreja Católica 
perdeu parte de seu poder;
• a colocação dos produtos ingleses nos portos portugueses mediante uma taxa de 15%, 
ou seja,abaixo da taxação dos produtos portugueses, que pagavam 16%, e bem abaixo 
da dos demais países, que pagavam 24% em nossas alfândegas.
Todavia, D. João precisou também tomar ações para organizar a Colônia, desde a cobran-
ça de impostos até o desenvolvimento da educação e cultura. Veja as principais medidas 
tomadas por D. João:
• Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de 
tribunais e ministérios.
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HISTÓRIA
• Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
• Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas duas áreas, podemos destacar 
a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia 
Real de Belas Artes e da Imprensa Real.
• Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, po-
demos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo.
• Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido de Portugal e Algarves. Desta forma, o Bra-
sil deixou de ser (oficialmente) uma colônia. E, mais do que isso, se tornou sede do 
Império Português. Grosso modo, é como se Portugal deixasse de ser metrópole e se 
tornasse colônia do Brasil.
Meu(minha) querido(a), o período joanino também esteve marcado por intensos comba-
tes, que conferiram a essa época um tom bastante violento. Chegando em terras brasileiras, 
o governante máximo português organizou suas forças no desenvolvimento de conflitos ao 
sul e ao norte de nosso território. E quem era o inimigo de Portugal? A França de Napoleão 
Bonaparte.
Na política externa, o objetivo principal de D. João era tomar a colônia francesa na Améri-
ca, a Guiana Francesa. Além da Guiana, as forças brasileiras também se voltaram para colô-
nia de sacramento (atual Uruguai), que também estava sob domínio francês já que Napoleão 
invadiu a Espanha e passou a controlar todas as colônias espanholas.
Na região da Guiana Francesa, estabeleceu o envio de um destacamento vindo do Pará 
sob o comando do tenente-coronel Manuel Marques com o apoio de uma esquadra inglesa 
vinda pelo mar. O objetivo era invadir a região de colonização francesa como retaliação ao 
processo de invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Após sucessivos ataques, os por-
tugueses conquistaram a rendição do governo da Guiana em 12 de janeiro de 1809.
Tendo um possível ataque francês à região do Prata como pretexto, o governo de D. João 
VI também executou uma intervenção no território hoje equivalente ao Uruguai. Vale des-
tacar a importância estratégica da região, já que a bacia do rio Prata era importante para o 
transporte fluvial comercial e militar. As duas tentativas de domínio aconteceram em 1811 e 
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1816, promovendo uma série de conflitos violentos e dispendiosos. Não por acaso, o governo 
imperial resolveu elevar uma série de impostos com o objetivo de custear a empreitada. Em 
julho de 1821, o Brasil conseguiu a anexação desse território que ganhou o nome de Província 
da Cisplatina.
Do ponto de vista militar, essas ações pretendiam garantir que os exércitos franceses 
não dominassem regiões do continente americano que fortalecessem as tropas de Napoleão 
Bonaparte. Com isso, percebemos que o governo português tomou essas medidas como par-
te integrante de um projeto voltado contra a França Napoleônica. Contudo, o envolvimento 
nesses conflitos não teve adesão popular e chegou a causar a insatisfação dos colonos que 
bancavam os custos desses conflitos com os impostos.
Na Política Interna, D. João assistiu ao surgimento de partidos políticos. Vamos a eles:
• Partido Português: Composto por militares e comerciantes. Os  membros do Partido 
Português eram favoráveis à recolonização do Brasil, já que, no geral, beneficiavam-se 
com a condição de colônia do país. Apesar de ser chamado de “Partido” e estar incluso 
na categoria “Partidos políticos do Brasil”, o Partido Português não era efetivamente 
um partido político, e sim uma corrente de opinião.
• Partido Brasileiro: Defendiam a Monarquia e a manutenção das conquistas de 1809 e 
1815. O Partido Brasileiro foi formado por comerciantes e aristocracia rural do centro-
-sul e, apesar de não defender a separação de Portugal, este grupo defendia as con-
quistas econômicas e não acatava as ordens vindas das Cortes. Foi o Partido Brasileiro 
que conseguiu convencer o Príncipe regente a permanecer no Brasil quando as Cortes 
exigiram seu retorno a Portugal no episódio do Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822).
• Liberais Radicais: Republicanos formados pelas camadas urbanas, professores, clero 
e advogados, defendiam liberdade de comércio e a transação nas estruturas coloniais. 
Foi um grupo político formado durante o período de regência de D. Pedro I em com D. 
João VI de voltou a Portugal. Acontece que a Corte em Portugal pedia a recolonização 
do Brasil para evitar intervenção dos ingleses na economia e finalizar com a autonomia 
administrativa adquirida pelo Brasil. Os liberais radicais eram formados por jornalistas, 
médicos, advogados, pequenos comerciantes, padres, população urbana e aristocratas 
nordestinos não beneficiados pela política joanina. Este grupo desejava a independên-
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cia, reformas sociais e a estruturação de uma república, resultado de uma aliança entre 
as elites periféricas, alijadas do poder central, com setores médios da sociedade. Defen-
diam um projeto liberal avançado incluindo a descentralização política expressa no fe-
deralismo e, na sua versão mais radical, era favorável a república e ao fim da escravidão.
D. João VI teve que enfrentar uma rebelião separatista: a Insurreição Pernambucana 
de 1817.
Insurreição Pernambucana de 1817
Querido(a), a  Insurreição Pernambucana ou Revolução Pernambucana, também conhe-
cida como Revolução dos Padres, foi um movimento separatista (emancipacionista) e abo-
licionista que eclodiu em 6 de março de 1817 na Capitania de Pernambuco. Foi a única das 
Rebeliões Separatistas (Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana) que superou a fase da 
conspiração e tomou o poder de político. Você há de se recordar que estudamos outra Insur-
reição Pernambucana, a de 1645 a 1654, que expulsou os holandeses.
Variados são os motivos que levaram a eclosão do movimento. Vamos listá-los:
• Altos Gastos da Corte no RJ: membros da corte eram sustentados pela Coroa, tanto 
para moradia quanto alimentação e vestuário. Muitos nobres tinham cargos no gover-
no apenas para receber salário. O governador de Pernambuco tinha que enviar vultuo-
sas somas de dinheiro para o Rio de Janeiro chegando a atrasar salários de soldados 
e outros funcionários;
• Rivalidade entre Brasileiros e Portugueses: A invasão francesa a Lisboa deixou Portu-gal numa situação econômica desastrosa. Muitos portugueses vieram de Portugal e 
ocuparam os principais cargos da administração pública, aumentando o sentimento 
antilusitano dos brasileiros;
• Influência da Independência dos EUA (1776): A independência norte-americana, com 
seu modelo republicano, inspirou a população da colônia portuguesa a também tentar 
sua autonomia acabando com o sistema monárquico;
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• Influência da Revolução Francesa (1789): Os ideais da Revolução Francesa (Liberdade, 
Igualdade e Fraternidade) combatiam o absolutismo monárquico e os privilégios da 
nobreza. Foram ideias que reverberaram por todo mundo, influenciando, por exemplo, 
na Inconfidência Mineira (1789) e na Conjuração Baiana (1798);
•	 Independência Colônias Espanholas: Enquanto as colônias espanholas conseguiam 
sua independência em relação à metrópole (Espanha) e instituíam o regime republica-
no presidencialista, o Brasil seguia como colônia de Portugal como única monarquia 
da américa latina;
•	 Maçonaria: Sociedades secretas em que os associados praticavam a filantrópica e dis-
cutiam questões relevantes aos destinos de Pernambuco. Foram influenciadas pelo 
Iluminismo (Movimento filosófico surgido na França no século XVIII. Vários intelectuais, 
em suas obras, discutiam conceitos como racionalismo, liberalismo, democracia…). Em 
Pernambuco as principais foram o Areópago de Itambé, a Patriotismo, a Restauração, 
a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente. Seus membros eram intelectu-
ais militares e religiosos que conspiraram para o início da Insurreição;
•	 Grande seca de 1816: aumentou ainda mais a miséria na região com grandes perdas 
agrícolas e pecuárias.
A revolta começou quando um soldado matou um português durante as festas comemo-
rativas da expulsão dos holandeses. O movimento foi liderado por Domingos José Martins, 
com o apoio dos religiosos Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Vigário Te-
nório, Frei Caneca e mais Antônio Carlos de Andrada e Silva (irmão de José Bonifácio), José 
de Barros Lima, Domingos Teotônio Jorge Martins Pessoa, Manuel Correa de Araújo, Cruz 
Cabugá, José Luiz de Mendonça e Gervásio Pires, entre outros. Muitos plantadores de cana e 
algodão, que circundavam o morro do Catucá, também participaram do movimento, lhe atri-
buindo também um caráter popular.
Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Mi-
randa, ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o go-
vernador. Em 6 de março de 1817, militares liderados por José Barros de Lima (apelidado de 
“Leão Coroado”), tomaram Recife e libertaram os presos políticos.
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Com Recife dominada, os  insurgentes criaram um governo provisório, republicano, que 
abaixou impostos, aumentou o salário dos militares, aboliu impostos e decretou a liberdade 
de imprensa. Estabeleceram a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 
Buscaram apoio de províncias, mas, sem apoio popular, não obtiveram respaldo.
D. João, receoso de que a revolta se propagasse, promoveu uma forte represália: Enviou 
tropas que cercaram o Recife em embates violentos que duraram 75 dias. Os principais líderes 
foram presos ou condenados à morte. O Padre João Ribeiro suicidou-se. O Vigário Tenório foi 
enforcado, decepado, teve as suas mãos cortadas e o corpo arrastado pelas ruas do Recife.
A repressão de D. João continuou. A Capitania de Pernambuco foi dividida com a criação 
da Comarca de Alagoas. Isso também representou uma recompensa aos proprietários rurais 
da região que se mantiveram fiéis à Coroa.
Ainda que os revoltosos tenham conseguido se manter no poder por menos de três me-
ses, seu legado é importantíssimo: as ideias liberais e a violência da repressão de D. João 
despertaram a revolta dos brasileiros que, cada vez mais, desejavam a independência da co-
lônia em relação a Portugal.
O processo de emancipação política
Querido(a), vamos recordar uma pequena parte de aulas anteriores. Isso é importante 
para que perceba a influência de eventos internacionais no processo de Independência do 
país. No ano de 1815, com o fim do Império Napoleônico e a prisão de Napoleão na ilha de 
Santa Helena, os países do continente europeu inimigos de Napoleão reuniram-se no Con-
gresso de Viena para que fosse discutido o processo de reconstrução das bases do Antigo 
Regime, abaladas pela Revolução Francesa. Foi nesse contexto que D. João optou pela per-
manência em solo brasileiro, mas elevou o Brasil ao status de Reino Unido, junto a Portugal 
e Algarves. O Rio de Janeiro passou a ser então capital desse Reino Unido. Dessa maneira, 
o Brasil deixava oficialmente de ser colônia.
Além disso, a  Insurreição Pernambucana de 1817 foi um marco importante por ser um 
movimento separatista que aconteceu já com a corte portuguesa no Brasil.
Solucionada a Revolução Pernambucana, D. João VI se vu pressionado a voltar a Portugal 
graças à Revolução Liberal do Porto, um movimento militar iniciado em agosto de 1820 na 
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cidade do Porto, no norte de Portugal, que se espalhou rapidamente para outras regiões do 
país até chegar à capital, Lisboa. Nesse caminho, conquistou o apoio da burguesia, do clero, 
da nobreza e do Exército, os mais importantes estratos sociais portugueses. Embora tenha 
se passado na Europa, a Revolução de 1820 está intimamente ligada aos rumos da história 
brasileira no século XIX.
Em 1820, Portugal se encontrava numa situação de crise econômica, política e social. Em 
primeiro lugar porque, desde 1808, a Família Real não estava mais na metrópole, e, sim, no 
Brasil, para onde tinha fugido das tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte.
A abertura dos portos brasileiros, por exemplo, pôs fim ao monopólio comercial português 
sobre o Brasil, que havia perdurado durante praticamente três séculos. Essa medida afetou 
a economia lusitana e, em especial, a burguesia comercial do país, favorável ao restabeleci-
mento da ordem anterior.
A nobreza, por sua vez, havia perdido uma série de privilégios que possuía até então como 
integrante da Corte portuguesa que, agora, não mais em Lisboa, mas sim, no Rio de Janeiro. 
Quanto ao Exército, desde a transferência da Família Real para o Brasil, ficou sob o comando 
do marechal inglês Beresford, a quem dom João VI confiou o governo português durante sua 
ausência. Enfim, o cenário em Portugal naquele momento parecia contrastar com a suposta 
prosperidade e importância do Brasil. Não é difícil, portanto, entender por que cada um desses 
setores acabou apoiando o movimento de 1820.
Naquele mesmo ano, outras regiões da Europa (como Espanha, Grécia e a cidade de Ná-
poles) passarampor revoluções liberais. Sob influência desses movimentos, as Cortes por-
tuguesas também procuraram formar um governo liberal no país, subordinando a Coroa ao 
Legislativo (isso é, criando uma monarquia constitucional), garantindo direitos aos cidadãos 
portugueses e enfrentando a crise em que o país se encontrava.
Para atender ao último objetivo, as Cortes defendiam a volta imediata do rei para Portugal 
e o restabelecimento do monopólio comercial sobre o Brasil. Havia, portanto, uma visível con-
tradição no movimento de 1820: se ele era liberal para os portugueses, em relação ao Brasil, 
a revolução buscava nada mais do que retomada do colonialismo. Atender às propostas libe-
rais, portanto, significaria o retorno do Brasil à condição de colônia.
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Enquanto elaboravam a nova Constituição do país, as  Cortes portuguesas adotaram a 
Carta Magna espanhola, de inspiração liberal. Ao mesmo tempo, no Brasil, chegavam as pri-
meiras notícias da Revolução do Porto. E, com elas, as divisões em torno do movimento ini-
ciado em Portugal.
Essas primeiras notícias da Revolução do Porto chegaram ao Brasil somente dois meses 
após o início do movimento. Logo a sociedade brasileira (incluindo os portugueses que vi-
viam na colônia) se dividiu, fosse em razão das ambiguidades da própria Revolução do Porto 
ou mesmo dos seus interesses específicos. Em linhas gerais, sob o ponto de vista ideológico, 
havia os que se prendiam ao caráter liberal e os que ressaltavam seu aspecto colonialista. 
Os primeiros acreditavam que a revolução acabaria com o absolutismo, garantiria ao Brasil a 
condição de Reino Unido e eliminaria os privilégios remanescentes. Os outros enxergavam no 
movimento a chance de restabelecer o monopólio comercial e os privilégios de que desfruta-
vam da condição do Brasil enquanto colônia.
Sob o ponto de vista dos interesses específicos de cada estrato social ou região, o Brasil 
também se dividiu. Nas províncias do Centro-Sul, predominou a posição contrária às reivindi-
cações das Cortes portuguesas, como o retorno da Família Real à Europa. Muitos setores te-
miam perder os privilégios e o poder conquistados desde que dom João VI chegara ao Brasil, 
quando a colônia fora elevada à condição de Reino Unido.
No Norte e Nordeste, contudo, a posição foi outra. Amplos setores tinham sido prejudi-
cados pela autonomia dada ao Brasil desde 1808. Ao mesmo tempo, a preponderância do 
Rio de Janeiro – sede da Corte – sobre essas regiões sempre foi um fator latente de conflito. 
Também por isso, ali ocorreram as principais manifestações em favor da Revolução do Porto.
Embora o movimento de 1820 ameaçasse limitar seus poderes, Dom João VI assumiu 
uma postura conciliatória em relação às Cortes portuguesas. Contudo, a radicalização políti-
ca no Brasil o forçaria a jurar fidelidade à nova Constituição portuguesa – que sequer existia, 
mas à qual deveria se submeter. No dia 26 de abril de 1821, a Família Real retornou a Lisboa, 
com exceção de Dom Pedro, que assumiu a função de regente. Terminava assim o chamado 
Período Joanino.
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Quando D. João retornou à Portugal, pressionado pela Revolução Liberal do Porto, deixou D. 
Pedro, que tinha apenas 23 anos, como regente do Brasil. Várias medidas das cortes de Lisboa 
buscam diminuir o poder do Príncipe-Regente e, desse modo, pôr fim à autonomia do Brasil.
Mas os portugueses não se deram por satisfeitos e exigiram o retorno de D. Pedro a Por-
tugal para “terminar seus estudos”. Na verdade, ainda acreditavam que poderiam recolonizar 
o Brasil. Entretanto, em 9 de janeiro de 1822, um documento reuniu mais de 8.000 assinatu-
ras pedindo que D. Pedro não voltasse a Portugal. Esse episódio ficou conhecido como Dia 
do Fico. Importante destacar que esse documento foi redigido por Cipriano Barata, um dos 
envolvidos na Insurreição Pernambucana de 1817. Além disso, a aristocracia rural de passou 
a apoiar a desobediência de D. Pedro para com Portugal.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu:
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo 
que fico”.
Em algumas províncias brasileiras, os  partidários dos portugueses não prestigiavam o 
governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou 
obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocu-
pavam o Campo de Santana.
Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses 
demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até 
então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. A princesa Dona Leopoldina seria 
a regente durante a ausência do marido.
No mês de maio de 1822, o governo brasileiro estabeleceu que qualquer determinação 
vinda de Portugal só poderia ser acatada após a aprovação de D. Pedro.
Na Bahia, desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero, 
as Cortes tomaram medidas radicais:
• declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil;
• o governo do príncipe foi declarado ilegal;
• o príncipe deveria regressar imediatamente a Portugal.
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Diante da atitude da metrópole, o rompimento tornou-se inevitável. No dia 7 de setembro 
de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando rece-
beu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, 
sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a 
Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os 
brasileiros.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do 
Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.
Questão 3 (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou 
uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de imple-
mentar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na América. Das alternativas 
abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.
a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao
Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando 
início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do impé-
rio passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de1817, quedefendia o separatismo com o governo 
republicano e a manutenção da escravidão.
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Letra d.
A abertura dos portos brasileiros não foi acompanhada pelo oferecimento de isenção impos-
tos a Inglaterra. Na verdade, os ingleses foram beneficiados com o pagamento de uma taxa 
preferencial, menor em relação à de outros países que poderiam comercializar com o Brasil, 
a partir dos Tratados Comerciais de 1810.
O reconhecimento internacional
No plano internacional, para que o Brasil tivesse condições de estabelecer um Estado au-
tônomo e soberano, era indispensável que outras importantes nações reconhecessem a sua 
independência. Já em 1824, buscando cumprir sua política de aproximação com as outras 
nações americanas, os Estados Unidos foram a primeira nação a reconhecer o a independên-
cia do Brasil.
Apesar da importância de tal manifestação, o Brasil teria que fazer com que Portugal, na 
condição de antiga metrópole, reconhecesse o surgimento da nova nação. Nesse instante, 
a  Inglaterra apareceu como intermediadora diplomática que viabilizou a assinatura de um 
acordo. No dia 29 de agosto de 1825, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o re-
conhecimento lusitano.
Tratado de Paz e Aliança: o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois mi-
lhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além dis-
so, dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de imperador do Brasil. Essa 
última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em reu-
nificar os dois países em uma só coroa. O Brasil não tinha condições de pagar a pesada 
indenização estabelecida pelo tratado de 1825. Nesse momento, os ingleses emprestaram 
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os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou 
a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente 
aos mesmos credores.
Questão 4 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR – BA – PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Leia o 
texto a seguir.
“Fixando-se os olhos no Brasil, contudo, percebe-se que a corrosão do Antigo Regime não o 
destruiu completamente, marcando-se também por continuidades. Se o absolutismo, a so-
ciedade estamental, o fanatismo religioso, o poderio desmesurado dos clérigos e da Igreja, 
o monopólio comercial e a sujeição de Lisboa tornaram-se página virada, o mesmo não se 
deu com a escravidão, os valores aristocráticos e, em certa medida, o ‘capitalismo comercial’, 
que tinha no tráfico negreiro uma de suas fontes. O mesmo se pode dizer a respeito da depen-
dência econômica, ainda que esta não se desse mais nos quadros do antigo sistema colonial, 
mas, sim, sob a égide de uma potência capitalista, que desenvolvia uma política imperialista: 
a Inglaterra.” VILLALTA, Luiz Carlos. O Brasil e a crise do Antigo Regime português. Rio de Ja-
neiro: Editora FGV, 2016, p. 236-237.
Considerando o processo de emancipação política do Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) Realizou-se de modo pacífico e sem contestações violentas, com acentuado protagonismo 
popular.
b) Manteve ileso o sistema político do período colonial, baseado no favorecimento e no per-
sonalismo.
c) Silenciou proposições dissidentes em favor da permanência da monarquia e da escravidão.
d) Assegurou uma política de inclusão social para os mestiços que, a partir de 1824, passa-
ram a exercer cidadania política.
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e) Aprofundou as relações de dependência com a antiga metrópole até, pelo menos, a maio-
ridade de d. Pedro II.
Letra c.
A dificuldade desta questão é em função de ser de uma prova para professor de História. 
Contudo, é possível resolvê-la com a interpretação do texto e análise do contexto. Como vi-
mos, durante o processo de emancipação política e formação do Império, ocorreram revoltas 
contrárias à monarquia e ao centralismo político dado pela Constituição de 1824, em especial 
contra o chamado Poder Moderador. Exemplo disto foi a Confederação do Equador, abafada 
pelas forças de D. Pedro.
1.2. o proCesso polítiCo no primeiro reinado; as reBeliões provinCiais; 
a aBdiCação de d. pedro i.
O processo político no Primeiro Reinado
Querido(a), o Primeiro Reinado se insere no contexto do Império e se inicia com a procla-
mação da Independência, em 7 de setembro de 1822, e se encerra com a abdicação de Dom 
Pedro, em 7 de abril de 1831. Veja a divisão didática do Brasil Império:
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Quando D. João VI voltou a Portugal, limpou todas as riquezas dos cofres do Banco do 
Brasil (criado em 1808) deixando o país sem reservas para manutenção de toda a estrutura 
do governo.
De imediato, o Imperador teve que enfrentar vários levantes militares em algumas provín-
cias que se mantinham fiéis a Portugal. Para tanto, chegou a contratar mercenários ingleses 
que asseguraram o controle dos conflitos internos.
D. Pedro precisou elaborar uma constituição para o país e, para isso, convocou uma as-
sembleia constituinte. Entretanto, diante da limitação de seu poder pela constituição escri-
ta pela assembleia, D. Pedro dissolve a assembleia constituinte e outorga a nossa primeira 
Constituição em 1824.
Sua característica mais marcante é a existência da Divisão dos Três Poderes (Executivo, 
Legislativo, Judiciário) de Montesquieu submetidos ao Poder Moderador que era exercido 
pelo Imperador. Em outras palavras, D. Pedro criou uma fachada constitucionalista para que 
exercesse o poder absolutista. Sempre que houvesse divergência entre os três poderes, o Po-
der Moderador do Imperador era evocado, realizando sempre o desejo de D. Pedro.
Essa traição aos princípios constitucionalistas levou à eclosão de uma revolta contra o 
governo: a Confederação do Equador.
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Outras características da constituição de 1824:
• Monarquia hereditária.
• Quatro poderes: Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário e o Poder Mo-derador.
• O Poder Moderador, exercido pelo imperador, lhe dava o direito de intervir nos demais 
poderes, dissolver a assembleia legislativa, nomear senadores, sancionava e vetava 
leis, nomeava ministros e magistrados, e os depunha.
• Poder Executivo: exercido pelo Imperador que, por sua vez, nomeava os presidentes de 
províncias.
• Poder Legislativo: era composta pela Câmera dos Deputados e pelo Senado. Os depu-
tados eram eleitos por voto censitário e os senadores eram nomeados pelo Imperador.
• Poder Judiciário: os juízes eram nomeados pelo Imperador. O cargo era vitalício e só 
podiam ser suspensos por sentença ou pelo próprio Imperador.
• Direito ao voto: para homens livres, maiores de 25 anos, e renda anual de mais de 100 
mil réis era permitido votar nas eleições primárias onde eram escolhidos aqueles que 
votariam nos deputados e senadores.
• Por sua parte, para ser candidato nas eleições primárias, a renda subia a 200 mil reis 
e excluía os libertos. Por fim, os candidatos a deputados e senadores deviam ter uma 
renda superior a 400 mil réis, serem brasileiros e católicos.
• Estabeleceu o catolicismo como religião oficial do Brasil. No entanto, a Igreja ficou su-
bordinada ao Estado através do Padroado.
• Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador.
• A capital do Brasil independente era o Rio de Janeiro que não estava submetida à Pro-
víncia do Rio de Janeiro. Esta tinha sua capital na cidade de Niterói.
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Questão 5 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-
RIA/2016) As opções a seguir apresentam aspectos sociopolíticos estabelecidos pela Cons-
tituição de 1824, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Estabelecimento de um governo monárquico, hereditário e constitucional.
b) Fixação de duração temporária para os cargos da Câmara dos Deputados e vitalícia para 
os do Senado.
c) Manutenção do catolicismo romano como religião oficial, com liberdade de culto particular 
para outras religiões.
d) Criação de uma nobreza incapaz de legar seus títulos, concedidos pelo imperador.
e) Determinação de voto direto e censitário para a Câmara dos Deputados e indireto para o 
Senado.
Letra e.
Cuidado com os detalhes: os senadores eram indicados pelo Imperador e não eleitos de 
forma indireta.
As rebeliões provinciais
Confederação do Equador (1824)
A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário que pretendia a indepen-
dência de alguns estados numa confederação. Ocorreu em 1824 e teve essência emancipa-
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cionista e republicana. Teve início em Pernambuco, mas, rapidamente, se espalhou por outras 
províncias da região nordeste (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte)
Em Pernambuco, epicentro da revolução, ouve participação das elites regionais, intelectu-
ais e das camadas populares. Essa, talvez, sua característica mais marcante.
Querido(a), resumi o máximo possível as causas que levaram a eclosão do movimento:
• Situação socioeconômica do Nordeste: Em virtude da crise da economia açucareira e 
dos aumentos de impostos;
• Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo após 
a independência;
• Insatisfação de Pernambuco com o governo: D. Pedro havia centralizado o poder po-
lítico com o Poder Moderador instituído na Constituição de 1824. O Autoritarismo de 
D. Pedro chegou ao extremo: A elite de Pernambuco havia escolhido Manuel Carvalho 
Pais de Andrade como governador para a província. Porém, em julho de 1824, D. Pedro 
indicou Francisco Paes Barreto como governador de sua confiança para a província. 
Esta divergência política deu início ao conflito.
Em Pernambuco vinha crescendo a influência do pensamento liberal. Essas ideias impor-
tadas da Revolução Francesa e do Iluminismo encontravam simpatizantes que divulgavam 
e fomentavam o debate em jornais da região. O jornal “Sentinela da Liberdade na Guarita de 
Pernambuco” de Cipriano Barata (baiano, jornalista e defensor das classes baixas, teve parti-
cipação na Conjuração Baiana e na Insurreição Pernambucana) e a publicação “Tífis Pernam-
buco” de Frei Caneca (Discípulo de Cipriano).
Diante da posição de D. Pedro de indicar um governador para a província de Pernambuco, 
passando por cima da escolha dos Pernambucanos, Manuel de Carvalho Pais de Andrade, 
presidente da província, proclama a Confederação do Equador, unindo Pernambuco, Ceará, 
Paraíba e Rio Grande do Norte. Adotaram a Constituição colombiana de imediato até que pu-
dessem elaborar uma.
Podemos listar como objetivos da Confederação do Equador:
• Diminuir a influência do governo nos assuntos políticos regionais;
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• Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova Cons-
tituição de cunho liberal;
• Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo imperial;
• Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;
O imperador decidiu organizar logo a repressão. Como não existia um exército organi-
zado, contratou o mercenário Lord Cochrane, que comandou as forças navais, e o brigadeiro 
Francisco de Limas e Silva, que liderava as forças terrestres.
Em agosto de 1824 as forças do governo derrotam os revoltosos em Recife e Olinda. Nos 
meses seguintes tomam também o Ceará.
Os revoltosos foram presos, condenados à morte ou conseguiram fugir. Frei Caneca foi 
condenado à forca, mas acabou sendo fuzilado diante da recusa do carrasco em executar 
a pena.
Apesar da derrota, D. Pedro acabou com sua imagem desgastada. Ora, usou de recursos 
de tributos de brasileiros para massacrar brasileiros. O descontentamento com o imperador 
foi crescente. A oposição encontrava no jornal Aurora Fluminense, de Evaristo Veiga, terreno 
para divulgação de críticas ao governo, além de propagar ideias liberais.
Guerras Cisplatinas
Já lhe disse que a região da bacia do Rio Prata, na fronteira entre Brasil e Argentina, era de 
grande importância estratégica no uso do transporte fluvial para o comércio.
• I – Guerra Cisplatina: Como vimos, em 1816 D. João mandou tropas invadirem Mon-
tevidéu e anexarem a região com o nome de Província Cisplatina. Na dúvida, revisite a 
aula anterior.
• II – Guerra Cisplatina: Entre 1825-1828 Brasil e Argentina disputaram o controle da re-
gião. A população local não aceitava ser controlada por um país com língua e culturas 
diferentes das deles. O Brasil foi derrotado e a região se tornou independente, batizada 
pelo nome de Uruguai.
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A abdicação de D. Pedro I.
Os altos gastos com a Confederação do Equador e a Guerra Cisplatina criaram uma crise 
econômica cuja solução proposta pelo governo foi o aumento de impostos. Isso gerou grande 
descontentamento da população.
O imperador ainda passaria por uma acusação de assassinato antes de abdicar do trono. 
No dia 21 de novembro de 1830, Libero Badaró, um jornalista de oposição, foi traiçoeiramente 
executado. O episódio da Noite das Garrafadas (13 de março de 1831) em que brasileiros e 
portugueses se confrontaram, revelou toda a insatisfação da população, levando D. Pedro a 
abdicar do trono em favor de seu filho D. Pedro II. Como este tinha apenas cinco anos de ida-
de, institui-se no Brasil um Governo Regencial até que atingisse sua maioridade.
1.3. o Centralismo polítiCo e os Conflitos soCiais do período 
regenCial; a evolução polítiCo-administrativa do segundo reinado; a 
polítiCa externa e os Conflitos latino-ameriCanos do séCulo xix
O centralismo político e os conflitos sociais do Período Regencial
O Período Regencial (1831-1840) foi marcado por grande instabilidade política, com gran-
des manifestações contra a centralização política do Rio de Janeiro.
A pacificação do país só veio com o Golpe da Maioridade. Ocorrido em 1840, foi uma de-
cisão outorgada pelo parlamento brasileiro em que o príncipe herdeiro, aos 15 anos de idade, 
se tornaria Imperador do Brasil. A decisão contrariava a constituição de 1824 e antecipou a 
coroação em 3 anos.
Durante esse período o Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas. 
A crise política ocorreu devido a disputa pelo controle do governo entre os seguintes grupos 
políticos:
• Restauradores: defendiam a volta de D. Pedro I ao poder; caramurus
• Moderados: defendiam o voto só para os ricos e continuação da Monarquia; chimangos
• Exaltados: pretendiam realizar reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e 
voto para todas as pessoas. farroupilhas ou jurujubas
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Antes de seguirmos, listo as regências que governaram o país no período:
• Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês 
de Caravelas.
• Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho, 
João Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
• Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.
• Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
• Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
Durante a Regência Trina Permanente, foi instituído o Ato Adicional. Suas principais caracte-
rísticas foram a instituição da Regência Una e a maior autonomia das províncias, alterando 
a Constituição de 1824. O Ato Adicional de 1834 foi uma medida legislativa tomada durante 
a Regência Trina Permanente, contemplando os interesses dos grupos liberais, aumentando 
a autonomia das províncias. O Ato Adicional foi uma tentativa de conter os conflitos entre 
liberais e conservadores nas disputas pelo poder político central. Entretanto, em 1840, sob 
o domínio do regente conservador Araújo Lima, foi instituída a Lei de Interpretação do Ato 
Adicional. Segundo seus ditames, essa lei revogou o direito legislativo das províncias e esta-
beleceu que a Polícia Judiciária fosse controlada pelo Poder Executivo Central.
Outras medidas foram tomadas durante o Período Regencial. Destaque para o Código de 
Processo Criminal promulgado pela lei de 29 de novembro de 1832, que tratou da organização 
judiciária e da parte processual complementar ao Código Criminal de 1830, alterando inteira-
mente as formas do procedimento penal então vigentes, herdadas da codificação portuguesa. 
Na prática, dava poder aos latifundiários para eleger os membros do judiciário para defender 
seus interesses.
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Conflitos Sociais
Amigo(a), entenda que os movimentos sociais que ocorreram no Período Regencial, tive-
ram entre uma de suas causas, o vazio de poder, essa falta da autoridade de um monarca. 
Isso fez com que as elites regionais, em várias regiões do país, se sentissem à vontade para 
tentar mudar a ordem institucional nas suas áreas de influência.
Além disso, variadas circunstâncias, relacionadas à economia local ou à miséria da po-
pulação, fizeram com que houvesse uma mobilização no sentido de contestar a centralização 
político-administrativa das regências, extremamente autoritárias.
Como tenho ciência das preferências da banca, elenco algumas revoltas mais cobradas 
com um resumo suficiente para que gabarite as questões.
Cabanagem (1835 – 1840) – Pará
No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses, fran-
ceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de 
tabaco, borracha, cacau e arroz.
A maioria da população era formada por indígenas, escravizados e dependentes. Com 
uma tropa com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém, 
estendendo-se até o interior. Os revoltosos declararam a Independência do Pará, mas não 
apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os ataques concentravam-se aos es-
trangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embo-
ra não tenham abolido a escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes. 
A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas.
Sabinada (1837 – 1838) – Bahia
O nome atribuído à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino Bar-
roso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na 
Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e co-
merciantes de Salvador, que já apresentavam ideias federalistas e republicanas.
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O movimento separou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros 
– nascidos em África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta 
tivesse sucesso e a tomado do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tives-
sem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a 
cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes.
Balaiada (1838 – 1840) – Maranhão
A Balaiada foi uma revolta ocorrida no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre as 
elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e cria-
dores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos 
Ferreira, um vendedor de balaios. É de seu ofício que vem o nomede revolta maranhense.
Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha vio-
lentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, apareceu à frente de três mil escravos 
fugidos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a Constituição 
e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram 
derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842 
enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização dos negros rebeldes.
A revolta se encerrou com um saldo de cerca de 30.000 mortos.
Revolta do Malês (1835) – Bahia
A Revolta do Malês foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que vi-
viam na Bahia. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a or-
ganização entre os sujeitos escravizados no período. Com a maioria da população de origem 
africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos circulavam pela 
cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de 
sociabilidade e solidariedade, que facilitavam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos 
mais alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma Bahia 
Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Mesmo 
intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada.
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Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835 – 1845)
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos foi a mais longa e duradoura das revol-
tas do período regencial, deflagrada por conta de aumentos de impostos sobre a produção 
de charque (carne bovina cortada em mantas, salgada e seca ao sol). Enquanto as outras 
revoltas do período eram compostas pelas classes menos favorecidas, a Farroupilha foi uma 
revolta da elite estancieira do sul do país.
Em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-Grandense, tendo como líder 
Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi 
proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regen-
cial e só foi finalizada no segundo reinado.
Foi a única revolta regencial que se encerrou com um acordo, o Tratado de Poncho Verde, 
negociado com Duque de Caxias, com os revoltosos podendo, inclusive, entrar para o exército 
brasileiro.
A Guarda Nacional foi uma força militar organizada no Brasil em agosto de 1831, durante o 
período regencial, e desmobilizada em setembro de 1922. Sua criação se deu por meio da lei 
de 18 de agosto de 1831 que “cria as Guardas Nacionais e extingue os corpos de milícias, 
guardas municipais e ordenanças”. Diz a referida lei, em seu art. 1º, que “As Guardas Nacio-
nais são criadas para defender a Constituição, a liberdade, Independência, e Integridade do 
Império; para manter a obediência e a tranquilidade pública; e auxiliar o Exército de Linha 
na defesa das fronteiras e costas”, tendo como fundamento o artigo 145 da Constituição de 
1824: “Todos os Brasileiros são obrigados a pegar em armas, para sustentar a Independência, 
e integridade do Império, e defendê-lo dos seus inimigos externos, ou internos”. Em setembro 
de 1850, por meio da Lei n. 602, a Guarda Nacional foi reorganizada e manteve suas compe-
tências subordinadas ao Ministro da Justiça e aos presidentes de província. Em 1873, ocorreu 
nova reforma que diminuiu a importância da instituição em relação ao Exército Brasileiro. 
Com o advento da República, a Guarda Nacional foi transferida em 1892 para o Ministério da 
Justiça e Negócios Interiores. Em 1918, passou a Guarda Nacional a ser subordinada ao Exér-
cito Brasileiro, sendo incorporada como exército de 2ª linha, acabando diluída.
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Para ilustrar o quanto o período regencial foi cheio de instabilidades políticas, listei as 
principais revoltas. No entanto, tenha em mente que as revoltas que lhe expliquei acima são 
as que deve se preocupar.
• Revolta do Lavradio, em Minas Gerais 1836.
• Balaiada, no Maranhão, 1838–1841.
• Cabanada, em Pernambuco, 1832-1835.
• Cabanagem, no Pará, 1835-1840.
• Carneiradas, em Pernambuco, 1834-1835.
• Federação do Guanais, na Bahia, 1832-1833.
• Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835–1845.
• Insurreição do Crato, no Ceará, 1832.
• Mata-Maroto, na Bahia
• Motins em Pernambuco, de 1831 a 1834.
• Abrilada, de 1832.
• Setembrada, de 1831.
• Novembrada, de 1831.
• Revolta do Ano da Fumaça, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Carrancas, em Minas Gerais, 1833
• Revolta de Manuel Congo, no Rio de Janeiro
• Revolta dos Malês, na Bahia
• Rusgas, no Mato Grosso, 1834.
• Sabinada, na Bahia, 1837 – 1838.
• Setembrada, no Maranhão, em 1831.
Note que não foram poucas as revoltas no período. O país foi sacudido pela insatisfação 
da população ante aos constantes aumentos de impostos e ao autoritarismo dos governos 
regenciais, que indicavam governadores totalmente desvinculados das realidades regionais.
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Questão 6 (FGV/SME-SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/HISTÓ-
RIA/2016) Relacione as reformas político-institucionais do período regencial com suas res-
pectivas funções.
1. Guarda Nacional
2. Código do Processo Criminal
3. Ato Adicional
4. Lei Interpretativa do Ato Adicional
(  )	� Instrumento usado para frear a autonomia das províncias, de acordo com os ideais con-
servadores.
(  )	� Instrumento forjado para ampliar o poder legislativo local, por meio da criação das As-
sembleias Provinciais.
(  )	� Instrumento estabelecido para manter a ordem interna, com potencial uso coercitivo 
para repressão das revoltas.
(  )	� Instrumento utilizado para fortalecer os proprietários rurais provinciais, que elegiam a 
autoridade judiciária do município.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 2 – 4.
b) 1 – 4 – 2 – 3.
c) 4 – 3 – 1 – 2.
d) 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 3 – 2 – 1.
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Letra c.
A Guarda Nacional era uma instituição de uso coercitivo da força para a manutenção da or-
dem. O Código de Processo Criminal dava poderes aos latifundiários, na medida em que po-
deriam eleger os representantes do judiciário para defesa de seus interesses. O Ato Adicional 
de 1834 dava maior

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