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GESTÃO HOSPITALAR GESTÃO DE FINANÇAS ETAPA 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br Curso ENADE Gestão Hospitalar Conteúdos Gerais Centro universitário Leonardo da Vinci Organização Sonia Adriana Weege Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Diagramação e Capa Letícia Vitorino Jorge Revisão Harry Wiese Andressa Ehlert 1 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. GESTÃO DAS FINANÇAS APRESENTAÇÃO Nas últimas décadas os desafios empresariais estão voltados para melhorar a satisfação dos clientes e na maximização da produção. A competitividade está relacionada com custo- qualidade-tempo através de uma visão generalizada que engloba desde os setores internos da empresa, fornecedores, canais de distribuição e clientes. Este é um dos temas que serão objeto de estudo desta etapa. Também traremos para você acadêmico (a) questões acerca da contabilidade. A contabilidade é umas das ciências mais antigas que se tem conhecimento. Esta ciência surgiu da necessidade de controle dos bens materiais, ou seja, do patrimônio. A importância deste ramo de conhecimento é indiscutível para o controle e progresso dos negócios, seja uma organização pública ou privada. Com ela pode-se saber quanto a entidade tem a pagar, a receber, bem como o valor de seu patrimônio, também, é possível acompanhar as variações ocorridas neste mesmo patrimônio num certo período. Vamos saber um pouco mais sobre estes assuntos, aos estudos! 2 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. GESTÃO DE CUSTOS 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas os desafios empresariais estão voltados para melhorar a satisfação dos clientes e na maximização da produção. A competitividade está relacionada com custo-qualidade-tempo através de uma visão generalizada que engloba desde os setores internos da empresa, fornecedores, canais de distribuição e clientes. Devido às mudanças do perfil empresarial não basta apenas conhecer a respeito de custos e sim angariar uma Administração Estratégica de Custos de acordo com o cenário global. O setor de custos vem tomando lugar de destaque dentro das organizações, e o profissional detentor destes conhecimentos participam cada vez mais das decisões estratégicas, além de conhecer a contabilidade de custos fiscais, ele necessita de uma visão ampla do mercado, tendo um feeling para tomada de decisões participando assim do planejamento organizacional. Portanto, o essencial para que a empresa consolide uma estrutura de custos eficaz é a conscientização de três grandes pilares: um sistema sólido de informações gerenciais da empresa; desenvolvimento de uma metodologia analítica onde a gestão de custos focaria a atividades voltadas ao cliente e em terceiro lugar: com base nos dados concatenados a análise e transformação de informações em processos de decisão. 2 CUSTOS Podemos conceituar custos como o gasto econômico que representa a prestação de um serviço ou a fabricação de um produto. É necessário realizar uma análise do custo de produção para dar-se início ao processo para descobrir o custo do produto. Ao calcular o custo do produto, devemos ter ciência do preço da matéria-prima empregada, o valor da mão de obra direta e indireta, e, outrossim os custos com depreciação de máquinas e edificações. Muitos empreendedores estabelecem o preço de venda de seus produtos através da concorrência, sem antes verificar se o preço praticado chega ao ponto de equilíbrio necessário para manter a saúde financeira da empresa. Logo, o custo corresponde ao valor financeiro para que a empresa consiga cumprir com suas obrigações financeiras (compra de matéria-prima, pagamentos de salários etc.). É comum durante o processo de classificação surgir a dúvida, “Mas isso é um custo ou uma despesa?” GESTÃO DAS FINANÇAS 3 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. De acordo com a NPC 2 do IBRACON, Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transfor- mados, utilizados na elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer outra forma. Logo, custo está relacionado diretamente com a atividade fim da empresa e se descartarmos tal atividade a empresa não tem como funcionar. Zanluca (2015 afirma que despesa é o “Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração”. IMP ORT ANT E! � Portando, custos seria aquilo que ao eliminarmos, a atividade fim da empresa não tem como se manter. Já, se eliminarmos os investimentos em publicidade, por exemplo, podemos ter uma diminuição do volume de vendas, porém a empresa continua em operação, para isso chamamos de despesa. Os custos e despesas podem ser classificados principalmente como: Custos fixos e variáveis Custos diretos e indiretos Os custos fixos são aqueles que independem do volume produzido pela empresa, se a empresa produz ou não, os custos fixos são os mesmos. Exemplo: aluguéis, salários. Já os custos variáveis são aqueles que sofrem alteração segundo o volume produzido ou vendido. Exemplos: matéria-prima; horas das máquinas em operação. Custos diretos podem ser classificados como aqueles que pertencem ao produto e é possível mensurar. Seja através do material direto onde algumas empresas utilizam os centros de custos, embalagens, matéria-prima. Nos custos diretos também incidem GESTÃO DAS FINANÇAS 4 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. a mão de obra direta, ou seja, o salário pago ao colaborador que trabalha diretamente na produção. Custos indiretos são aqueles que não podem ser identificados como um item específico de custo ou como um produto, ou seja, não conseguimos mensurar diretamente com o produto, como por exemplo, o salário dos gestores, a depreciação, da energia elétrica (quando não há medidores para as unidades produtivas e demais departamentos da empresa). AUT OAT IVID ADE � A empresa XVC têxtil responsável pela fabricação de artigos para o vestuário masculino e feminino deseja classificar os gastos a seguir em Custo e Despesa, e ainda em custos fixos, variáveis, direto e indireto: Gastos Classificação Matéria Prima Custo direto e variável Água utilizada na copa/cozinha Despesa Propaganda Despesa Salário dos vigilantes da fábrica Custo indireto e fixo Depreciação de móveis do setor de vendas Despesa Embalagens Custo direto e variável Mão-de-obra direta Custo direto e variável Comissão da equipe de vendas Despesa 3 CRITÉRIOS DE RATEIO O rateio é uma divisão proporcional através de informações conhecidas em cada uma das etapas que desejam calcular os custos. O rateio convencional é aquele que alocamos parcelas dos custos indiretos aos diversos produtos ou centro de custos. De acordo com Bruni e Famá, o fluxo do rateio de custos pode ser visualizado da seguinte maneira: GESTÃO DAS FINANÇAS 5 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FONTE: Bruni e Famá (2004, p. 34) GESTÃO DAS FINANÇAS FIGURA 10 – FLUXOGRAMA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS Podemos transcrever o fluxo acima para um exemplo práticoonde: FIGURA 11 – FLUXOGRAMA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS FONTE: O autor 4 MÉTODOS DE CUSTEIO É necessário compreender qual o significado de método de custeio, para Eller (2000, p. 79), “os métodos de custeio têm como função determinar o modo de como será atribuído custo aos produtos”, ou seja, o formato que a empresa utilizará para 6 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. IMP ORT ANT E! � No custeio por absorção os custos fixos são rateados entre os produtos, incluindo os custos variáveis referente a cada um. Vamos supor que a empresa XVC têxtil fabrica dois produtos A e B, sabendo que em determinado mês foram produzidas 100 peças do produto A e 200 peças do produto B. Os custos indiretos somam o montante de R$ 1.000,00 já os custos diretos referentes à matéria-prima são respectivamente R$ 5,00 e R$ 7,00 e que os custos diretos de mão de obra são R$ 3,00 e R$ 2,00. Tal empresa rateia os custos indiretos proporcionalmente ao custo direto. Se ela utilizar o custeio por absorção, qual será o custo unitário do produto A e do produto B? Resolução: O primeiro passo é descobrir o custo direto de cada produto: Produto A: R$ 5,00 + R$ 3,00 = R$ 8,00 Produto B: R$ 7,00 + R$ 2,00 = R$ 9,00 Em seguida multiplicamos o custo de cada produto pela quantidade produzida: Produto A: R$ 8,00 * 100 = R$ 800,00 GESTÃO DAS FINANÇAS encontrar os custos dos produtos que ela vem a fabricar, identificando onde os custos estão alocados com o objetivo de melhorar o processo e reduzir desperdícios. 4.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO O custeio por absorção é caracterizado por atribuir todos os custos do ciclo operacional interno aos produtos. Conforme Horngren, Foster e Datar (2000, p. 211), “é o método de custeio de estoque em que todos os custos, variáveis e fixos, são considerados custos inventariáveis. Isto é, o estoque “absorve” todos os custos de fabricação”. Para Lopes de Sá (1990, p. 109) o custeio por absorção é a “expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos que se baseia em dividir ou ratear todos os elementos do custo, de modo que, cada centro ou núcleo absorva ou receba aquilo que lhe cabe por cálculo ou atribuição”. Deste modo o custeio por absorção é aquele em que são atribuídos todos os custos de fabricação, sejam eles diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. 7 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. GESTÃO DAS FINANÇAS Produto B: R$ 9,00 * 200 = R$ 1.800,00 Somamos os custos diretos totais de produção: R$ 800,00 + R$ 1.800,00 = R$ 2.600,00 E dividimos então o valor encontrado por cada produto para descobrirmos o percentual proporcional: Produto A: R$ 800,00/R$ 2.600,00 = 0,31 * 100 = 31% Produto B: R$ 1.800,00/R$ 2.600,00 = 0,69 * 100 = 69% Encontramos então o percentual proporcional para calcularmos o rateio dos custos indiretos. Produto A: R$ 1000,00 * 31% = R$ 310,00 Produto B: R$ 1000,00 * 69% = R$ 690,00 Dividimos então o valor encontrado do custo indireto pelas unidades produzidas Produto A: R$ 310,00/100 = R$ 3,10 por unidade Produto B: R$ 690,00/200 = R$ 3,45 por unidade Em seguida para descobrir o custo total por unidade somamos o custo direto e o custo indireto por unidade, ou seja: Produto A: R$ 8,00 + R$ 3,10 = R$ 11,10 por unidade Produto B: R$ 9,00 + R$ 3,45 = R$ 12,45 por unidade 4.2 CUSTEIO VARIÁVEL Para Viceconti (2001) esse sistema também é chamado de custeio direto, onde os custos fixos são lançados como despesa e os custos variáveis são aplicados aos produtos, são aqueles que variam proporcionalmente conforme a produção. Tal método é indicado para elaboração de controles gerenciais. No método de custeio variável são excluídos os custos fixos. Segundo Megliorini (2001, p. 137) em relação aos custos fixos, “enquanto no custeio por absorção eles são rateados aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado igualmente às despesas”. EXEMPLO A XVC têxtil produziu 10.000 unidades de seu produto no mês passado. Sabe-se que não havia estoques iniciais de produtos acabados e nem de produtos em elaboração. 8 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. A indústria vendeu 7.000 produtos por 5,00 cada um. Outros dados observados foram: GESTÃO DAS FINANÇAS 4.3 CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL Para entendermos melhor a diferença vamos supor que a empresa XVC têxtil produziu 1000 unidades do produto A, tendo como valor de custos variáveis o valor de R$ 20.000,00, custos fixos no valor de R$ 12.000,00, despesas variáveis no valor de R$ 4.000,00 e as despesas fixas somando R$ 6.000,00, ela teve um volume de vendas de 800 unidades a um valor de R$ 60,00 por unidade. 9 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. GESTÃO DAS FINANÇAS 10 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Podemos verificar a seguir as diferenças entre os dois tipos de custeio: GESTÃO DAS FINANÇAS 11 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. No custeio por absorção, o custo de produção no período (CPP) é maior em R$ 12.000,00. Esse valor corresponde aos custos fixos, que no custeio variável não são considerados como custos, mas como despesas. AUT OAT IVID ADE � A empresa XVC têxtil produziu, no mesmo período, 200 unidades do produto A, 100 unidades do produto B e 50 unidades do produto C. Os custos indiretos totais foram de R$ 2.400,00. Os custos diretos unitários de matéria-prima representaram, respectivamente, R$ 3,00, R$ 2,00 e R$ 1,00, e os custos diretos unitários de mão de obra R$ 1,50, R$ 0,75 e R$ 0,70. O critério de rateio dos custos indiretos foi proporcional ao custo direto total de cada produto. Considerando-se essas informações, o custo unitário dos produtos A, B e C pelo custeio por absorção são, respectivamente: Resolução: 4.4 CUSTO PADRÃO Para Megliorini (2007) o custo padrão estabelece um padrão de comportamento dos custos, cria condições para controlar e avaliar o processo produtivo. Através dele é possível realizar a cobrança de responsabilidades dentro da organização. O custo padrão também pode ser visto como meta para os produtos da empresa, levando em consideração todas as características da cadeia de produção. Os principais objetivos do custo padrão é calcular um custo padrão para o produto, estabelecer o custo real, prever as possíveis variações analisando as possíveis causas e efeitos. Além das características acima mencionadas o custo padrão possui três tipos de classificação: Ideal: É determinado através de métodos científicos determinados pela engenharia de produção da empresa, estabelecido através de um mínimo de desperdício de matéria-prima, condições favoráveis de produção e eficiência da mão de obra. Estimado: É determinado pela estimativa para o futuro, através de uma média de custos em GESTÃO DAS FINANÇAS 12 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. seu histórico, não avaliando o desempenho na produção, seja pelo desperdício da matéria- prima, eficiência da mão de obra etc. Corrente: Situado entre o custo ideal e o estimado, estabelecendo metas para todos os setores da empresa levando em conta as deficiências conhecidas. É um valor difícil, mas não impossível de ser alcançado. 4.5 CUSTO REAL O custo real é aquele que efetivamente ocorre no processo produtivo, levando em conta o desempenho da mão de obra, desperdício e custos de matéria-prima e todas as características envolvidas no processo produtivo. 4.6 CUSTO PADRÃO X CUSTO REAL Para os gestores é importante realizar a comparação entre o custo padrão e o custo real, pois através destes dados podem controlar a eficiência dos elementos que compõem o processo de produção epoder corrigir os possíveis desvios identificados no processo. Caso durante a comparação o custo real for inferior ao custo padrão, podemos considerar que essa variação é favorável, porém se o custo real foi superior ao custo padrão a variação é desfavorável, sendo necessário identificar possíveis soluções para reverter tal quadro. 4.7 CUSTO DE CAPITAL Conforme Gitman (2010, p. 432), “o custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus investimentos para manter o valor da ação inalterado”, ou seja, o percentual que os investidores desejam obter sobre o capital investido na organização. O custo de capital é o rendimento esperado sobre os diversos tipos de financiamentos. A determinação desse custo leva em consideração o risco do investimento. São diversas formas que podem ser utilizadas para definir o custo de capital, que depende das variáveis utilizadas pelos analistas. GESTÃO DAS FINANÇAS 13 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. AUT OAT IVID ADE � 1 (ENADE 2012) Um microempresário está avaliando a captação de recursos com o objetivo de implementar um projeto de substituição de equipamentos de sua empresa. Do total dos recursos necessários, 40% serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de 10% a.a.; 10% dos recursos serão obtidos de uma linha de crédito do banco com o qual a empresa mantém relacionamento, ao custo de 18% a.a.; e o restante dos recursos necessários virão dos lucros retidos pela empresa. Com base nas especificações da captação de recursos acima descrita e desconsiderando o risco do projeto e os efeitos do imposto de renda, avalie as afirmações seguintes. I. O custo de capital de terceiros do projeto de substituição é de 5,80% a.a. II. Se a rentabilidade do projeto está estimada em 17% a.a., então o custo de capital próprio desse investimento deve ser inferior a 22,40% a.a., para que o empreendimento seja viável. III. A expansão do endividamento deve promover aumento no custo de capital próprio da empresa. É CORRETO o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. 2 (ENADE 2012) O Departamento de Orçamento da Indústria de Bebidas Figueira S.A., com base em seus custos reais do ano de 2010, estabeleceu padrões de custos de produção que formam os custos de seu único produto para o ano de 2011, conforme tabela a seguir. É CORRETO o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III. d) II e III. GESTÃO DAS FINANÇAS 14 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. e) I, II e III. 2 (ENADE 2012) O Departamento de Orçamento da Indústria de Bebidas Figueira S.A., com base em seus custos reais do ano de 2010, estabeleceu padrões de custos de produção que formam os custos de seu único produto para o ano de 2011, conforme tabela a seguir. Custo padrão Item Quantidade Preço unitário Matéria-prima 2 kg $ 3 Material secundário 1 litro $ 1 Mão de obra direta 2 horas $ 5 No final do ano de 2011 foram constatados os seguintes custos reais. Custo real Item Quantidade Preço unitário Matéria-prima 4 kg $ 2 Material secundário 1,5 litro $ 2 Mão de obra direta 1,5 hora $ 6 Diante das informações acerca do custo real, percebe-se que ocorreu grande variação nos custos. Nessa situação, as variações da matéria-prima em quantidade, em preço e em quantidade e preço (mista) foram, respectivamente, a) $ 6 desfavorável, $ 2 favorável e $ 2 favorável. b) $ 2 desfavorável, $ 2 desfavorável e $1 favorável. c) $ 4 desfavorável, $ 4 favorável e $ 2 desfavorável. d) $ 6 favorável, $ 8 desfavorável e $ 2 desfavorável. e) $ 3 favorável, $ 0,50 desfavorável e $ 4,50 desfavorável GESTÃO DAS FINANÇAS 15 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. REFERÊNCIAS BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. A gestão de custos e formação de preços. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. ELLER, R. Análise crítica do ABC sob a ótica de diferentes visões. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, p.79-86, nov./dez. 2000. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Person, 2010. IBRACON. NPC – Norma e Procedimento de Contabilidade. Disponível em: <http:// www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/lisPublicacoes.php?codCat=3&pagina=1>. Acesso em: 10 maio 2015. INEP. Provas e Gabarito. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/enade/ provas-e-gabaritos-2012>. Acesso em: 12 maio 2015. HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant. Contabilidade de custos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. LOPES DE SÁ, A. Dicionário de contabilidade. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1990. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. MEGLIORINI, E. Custos. 1 ed. São Paulo: Makron Books. 2001. VICECONTI, Paulo Eduardo V. Contabilidade de custos. Editora Frase Ltda., 6. ed. São Paulo, 2001. ZANLUCA, Jonatan de Sousa. Custos ou despesas? Disponível em: <http://www. portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm>. Acesso em: 12 maio 2015. GESTÃO DAS FINANÇAS 16 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. CONTABILIDADE BÁSICA 1 INTRODUÇÃO A contabilidade é umas das ciências mais antigas que se tem conhecimento. Esta ciência surgiu da necessidade de controle dos bens materiais, ou seja, do patrimônio. A importância deste ramo de conhecimento é indiscutível para o controle e progresso dos negócios, seja uma organização pública ou privada. Com ela pode-se saber quanto a entidade tem a pagar, a receber, bem como o valor de seu patrimônio. Também, é possível acompanhar as variações ocorridas neste mesmo patrimônio num certo período. A contabilidade tem como usuários: sócios, administradores, fornecedores, clientes, empregados, bancos, investidores, entre outros. Estes podem ser classificados como usuários internos, que são as pessoas que trabalham na própria empresa, e externos, que são os que utilizam as informações para tomada de decisões, como liberação de crédito ou verificação da saúde financeira da empresa. Podemos citar como as principais funções da contabilidade, o planejamento, a organização, a direção e o controle. Na contabilidade, é necessário respeitar dois aspectos: qualitativo e quantitativo. Quanto ao primeiro, podemos dizer que é o nome que qualifica o patrimônio, por exemplo, caixa, bancos, veículos. Quanto ao aspecto quantitativo, é a quantidade em si, e o valor do bem, por exemplo: banco R$ 10.000,00, fornecedor R$ 5.000,00. 2 DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO 2.1 BENS Na contabilidade, patrimônio é o conjunto dos bens, dos direitos e das obrigações. Em relação aos bens, estes são avaliados monetariamente e podem ser destinados para uso, troca ou venda. Podemos classificar os bens conforme abaixo: 1. Bens Permanentes – são bens de vida longa e que são adquiridos para serem utilizados pela empresa. Ex.: máquinas e equipamentos. 2. Bens de Consumo – são os bens para utilização da empresa e de breve consumo. Ex.: material de expediente. 3. Bens Móveis – bens que podem ser removidos. Ex.: móveis, veículos. 4. Bens Imóveis – bens que não podem ser deslocados de seu lugar original. Ex.: terreno, casa. 5. Bens Corpóreos (tangíveis) – estes possuem matéria e podem ser trocados. Ex.: carros, GESTÃO DAS FINANÇAS 17 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. mercadorias. 6. Bens Incorpóreos (intangíveis) – são bens que não possuem matéria e não podem ser trocados.Ex.: marca, nome empresarial. 2.2 DIREITOS São classificados como direitos, os bens da empresa que estão momentaneamente em poder de terceiros. Como por exemplo: títulos a receber, impostos a recuperar. 2.3 OBRIGAÇÕES Obrigações são as responsabilidades de pagamento por bens adquiridos ou despesas realizadas. Ao contrário dos direitos, são os bens de terceiros que estão em poder da empresa. Na contabilidade recebem o nome técnico de exigível. Exemplo: salários a pagar, impostos a recolher, fornecedores. 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO O PL está representado no lado do passivo para equilibrar o balanço patrimonial. Ele está no lado do passivo pois é considerado uma dívida da empresa com os seus sócios ou acionistas. O total do ativo deverá ser sempre exatamente igual ao total do passivo. Patrimônio = Bens, Direitos e Obrigações Bens + Direitos – São os elementos positivos (+) Obrigações – São os elementos negativos (-) Patrimônio Líquido É a diferença entre os valores positivos e negativos: PL = Bens + Direitos - Obrigações FIGURA 12 – Representação do balanço patrimonial FONTE: Disponível em: <www.socontabilidade.com.br>. Acesso em: 11 jun. 2015. GESTÃO DAS FINANÇAS 18 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 3 A INFLUÊNCIA DO RESULTADO SOBRE O PATRIMÔNIO Durante o exercício fiscal (ano) o patrimônio sofre variações, pode aumentar ou diminuir, dependendo da movimentação dos elementos que compõe o patrimônio e das atividades realizadas que poderão produzir receitas e despesas que afetam o patrimônio de forma positiva ou negativa. O bom resultado é o objetivo final das organizações, ou seja, o Lucro. 3.1 ELEMENTOS DE RESULTADO São constituídos pelas receitas e despesas. Estes apontarão o resultado do exercício, podendo ser positivo (lucro) ou negativo (prejuízo). 3.1.1 Receitas São as entradas de recursos que provêm de vendas ou serviços. Espera-se que estas sempre sejam maiores que as despesas, para geração de lucros. Ex.: venda de produtos ou serviços, descontos obtidos, juros recebidos. É através das receitas que se obtém o lucro. 3.1.2 Despesas São os consumos de bens ou serviços, ou pela saída de recursos financeiros sem aumento do patrimônio ou aquisição de um bem. Ex.: luz, telefone, depreciações. 3.1.3 Resultado do Exercício É a diferença entre as receitas e as despesas. Sendo positivo (lucro/superávit) quando as receitas superam as despesas, ou negativo (prejuízo/déficit) quando as despesas forem maiores que as receitas. Resumindo: Ativo é composto por: Bens e Direitos > aplicação de recursos Passivo é composto por: Obrigações > capital de terceiros (exigível) e Patrimônio Líquido > capital investido pelos sócios (origem de recursos) GESTÃO DAS FINANÇAS 19 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Receitas Venda de produtos e serviços À vista > entrada de dinheiro no caixa A prazo > gera direitos a receber Despesas Gastos realizados sem aumento do ativo, consumo À vista: saída de dinheiro do caixa A prazo: aumento das dívidas da empresa RECEITAS E DESPESAS Receitas > Despesas = Lucro Receitas < Despesas = Prejuízo 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras, também denominadas demonstrações contábeis, são uma demonstração estruturada da posição patrimonial e financeira da empresa em um determinado período e de suas respectivas transações. Dentre as demonstrações financeiras podemos citar os seguintes componentes: 1. Balanço Patrimonial (BP): demonstra o patrimônio da instituição em uma determinada data; 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): mostra se no exercício (ano) a empresa obteve lucro ou prejuízo, bem como o detalhamento as receitas e despesas que compõe este resultado. 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): demonstra qual a destinação do lucro no período, ou o motivo do prejuízo. 4. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): mostra as movimentações ocorridas no caixa proveniente das atividades operacionais da empresa, de financiamento e de investimento. 4.1 BALANÇO PATRIMONIAL (BP) O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que tem, por finalidade, apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em geral, uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição ou situação do patrimônio em determinada data). O balanço patrimonial apresenta os ativos (bens e direitos), passivos (exigibilidades e obrigações) e o patrimônio líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e o total de passivos. FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial>. Acesso em: 11 jun. 2015. GESTÃO DAS FINANÇAS 20 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 4.2 GRUPO DE CONTAS Seguindo a lei 6.404/76 e suas alterações, as contas do Ativo (bens e direitos) seguirão a ordem decrescente de liquidez, ou seja, serão primeiramente registradas as contas que se transformam em dinheiro mais rapidamente, conforme podemos observar abaixo nos artigos desta lei: Art. 178 No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investi- mentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de com- pensar serão classificados separadamente. Ativo Art. 179 As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acio- nistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destina- dos à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007) Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Passivo Exigível Art. 180 As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se ti- verem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Patrimônio LíquidoArt. 182 A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei GESTÃO DAS FINANÇAS 21 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. nº 11.638, de 2007) d) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) (Revogado pela Lei nº 11.638, de 2007) § 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado. § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elemen- tos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. 4.3 CONCEITO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS 4.3.1 Origem de Recursos De onde provém o capital para investir na empresa. Pode ser capital próprio ou capital de terceiros. O capital próprio é o capital dos sócios e está representado no balanço patrimonial pelo patrimônio líquido. E o capital de terceiros (outros) é o capital que vem de fora, e estão representados no balanço patrimonial pelas obrigações de curto prazo (Passivo Circulante) e de longo prazo (Passivo Não Circulante). 4.3.2 Aplicação de Recursos É onde estão sendo investidos os recursos na empresa. Podem ser divididos em curto prazo (Ativo Circulante) e de longo prazo (Ativo Não Circulante). Assim temos a igualdade ATIVO = PASSIVO ou APLICAÇÃO = ORIGEM 5 CONTAS DO ATIVO (BENS E DIREITOS) 5.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO As contas do ativo são classificadas em dois grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. 5.1.1 Ativo Circulante São classificadas neste grupo as contas que deverão circular até o próximo exercício social. Ou seja, tem giro rápido e deverá ser transformada em dinheiro até o final do exercício subsequente. GESTÃO DAS FINANÇAS 22 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Dentre as principais contas do Ativo Circulante temos: 1. Disponibilidades: neste subgrupo são classificadas as contas que possuem uma rápida liquidez, ou seja, as disponibilidades imediatas ou quase imediatas, que é o dinheiro que a empresa tem em caixa ou em bancos. Exemplo: Caixa, Bancos Conta Movimento. (RIBEIRO, 2004). Recebimento no ano Recebimento no próximo ano Recebimento após o próximo ano Circulante – Curto Prazo Não Circulante – Longo Prazo Podemos chamar de Capital de Giro as contas que compõem o Ativo Circulante 5.1.2 Ativo Não Circulante Neste grupo são classificadas as contas que terão circulação (giro) até o final do próximo exercício. Ou seja, tem rotação mais lenta e recebimento no próximo exercício. As principais contas do Ativo Não Circulante são: 1. Ativo Realizável a Longo Prazo: as contas que compõe o realizável a longo prazo são praticamente as mesmas que as do ativo circulante, porém com realização superior a um ano. Exemplo: Duplicatas a receber, Cliente, Estoques. (MATARAZZO, 1993). 2. Investimentos: Não são destinados à manutenção da atividade operacional da empresa; são ativos que a empresa não tem intenção de se desfazer deles. É chamada por alguns profissionais de imobilização financeira. A lei das Sociedades Anônimas (S.A.) estabelece que devam ser classificadas em investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza que não se destinem à manutenção da atividade da empresa, e não se classifiquem no Ativo Circulante ou realizável a longo prazo. (MATARAZZO, 1993). 2. Contas a Receber ou a Recuperar: são os valores que a empresa tem a receber pelas vendas a prazo. Este é um dos ativos mais importantes da empresa. 3. Estoques: o estoque será de acordo com o ramo de atividade da empresa, ou seja, uma indústria terá estoques de matéria-prima, produtos em fabricação e produto acabado, entre outros. Já uma empresa comercial terá um estoque de mercadorias. 4. Despesas do Exercício Seguinte: são despesas que ocorrerão somente no próximo exercício. Ex.: seguros, juros a vencer. GESTÃO DAS FINANÇAS 23 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Art. 243 O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício. § 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência sig- nificativa. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. § 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários. § 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) § 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá- -la. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009). 3. Imobilizado: são bens e direitos que são utilizados na atividade operacional da empresa. São tangíveis, como terrenos, máquinas, entre outros. 4. Intangível: São bens que não possuem forma física, como por exemplo marcas e patentes, direitos autorais, entre outros. IMP ORT ANT E! � É muito comum as empresas investirem em outras empresas, que podem ser chamadas de empresas: coligadas, controladas e relevância do investimento. 6 CONTAS DO PASSIVO (OBRIGAÇÕES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO) 6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO As contas do passivo são classificadas como: Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. 6.1.1 Passivo Circulante Neste grupo são classificadas as obrigações que devem ser pagas até o final do próximo exercício. Geralmente possuem a expressão a pagar ou a recolher. Este grupo influencia muito o fluxo de caixa da empresa, por isso a grande importância de se analisar as demonstrações contábeis. Ex.: fornecedores, salários a pagar, impostos a recolher, entre outras. GESTÃO DAS FINANÇAS 24 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 6.1.2 Passivo Não Circulante Também são contas de obrigação, porém exigíveis a longo prazo. Ex.: financiamentos, empréstimos, entre outras. 6.1.3 Patrimônio Líquido É o grupo de contas que embora não seja considerado exigível, está vinculada ao Passivo por se tratar de uma dívida da empresa para com os seus sócios. E também para estabelecero equilíbrio dos recursos entre o Ativo (aplicação) e o Passivo (origem). O Patrimônio Líquido compreende: Capital Social, Reservas de Capital, Reserva de Lucros, Ajustes de avaliação Patrimonial, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 7 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) É a DRE que mostra sinteticamente a situação financeira da empresa. Como ela se comportou no último exercício. É muito importante para a tomada de decisões e para verificar se a empresa atingiu seu principal objetivo: o lucro. Veja abaixo um modelo de DRE: TABELA 1 – MODELO DE DRE FONTE: Disponível em: <www.contaazul.com>. Acesso em: 11 jun. 2015. GESTÃO DAS FINANÇAS 25 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 8 PLANO DE CONTAS O plano de contas é um conjunto de contas, que deve seguir as diretrizes legais. Ele identifica todas as contas que poderão ser utilizadas pela empresa. Veja a seguir um modelo de plano de contas: FIGURA 13 – MODELO DE PLANO DE CONTAS FONTE: Disponível em: <www.wisys.com.br>. Acesso em: 11 maio 2015. 9 REGRAS PARA O DÉBITO E CRÉDITO Os termos débito e crédito são utilizados para demonstrar a entrada ou a saída dos recursos nas contas da empresa. O débito se refere à aplicação do valor, o destino ou onde o dinheiro foi investido. Enquanto o crédito corresponde à origem do valor, de onde vieram os recursos para a empresa. 9.1 RAZONETE Os razonetes têm formato de “T” e são utilizados para a explicação dos lançamentos contábeis. Do lado esquerdo são os lançamentos a débito, e no lado direito, a crédito. GESTÃO DAS FINANÇAS 26 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Veja a seguir o modelo: Nome da Conta Débito (D) Crédito (D) Note: Conta do Ativo Débito (D) Crédito (D) Aumenta Diminui Conta do Passivo Débito (D) Crédito (D) Diminui Aumenta 10 REGISTO CONTÁBIL São elementos do registro contábil: 1. a data da ocorrência; 2. a conta debitada; 3. a conta creditada; 4. o histórico da ocorrência; 5. o valor da ocorrência. 10.1 LANÇAMENTO CONTÁBIL São os registros de fatos administrativos e provocam alteração no patrimônio ou no resultado do exercício. 10.1.1 Lançamento pelo Método de Partida simples É um registro simples, para registrar por exemplo a entrada ou a saída no livro caixa. Exemplo: D – Estoque – R$ 5.000,00 C – Caixa – R$ 5.000,00 GESTÃO DAS FINANÇAS 27 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 10.1.2 Lançamento pelo Método de Partidas Dobradas É o método utilizado para a elaboração das demonstrações contábeis. Têm causa e efeito, ou seja, origem e aplicação. Exemplo: C – Máquinas e Equipamentos – R$ 15.000,00 D – Caixa – R$ 5.000,00 D – Fornecedores – R$ 10.000,00 10.1.3 Escrituração Escrituração nada mais é do que o registro das operações. Podemos destacar como os principais livros: diário, razão. 10.1.3.1 Livro Diário É obrigatório para as empresas. Os registros devem ser feitos em ordem cronológica de data e sequencial, de todas as operações da empresa. Exemplo: QUADRO 10 – EXEMPLO DE LIVRO DIÁRIO FONTE: Disponível em: <www.portaldecontabilidade.com.br>. Acesso em: 11 jun. 2015. 10.1.3.2 Livro Razão Este é um livro auxiliar, obrigatório para a legislação comercial. Nele os registros obedecem a ordem das contas, e aparecem os saldos. Exemplo: GESTÃO DAS FINANÇAS 28 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FONTE: Disponível em: <www.portaldecontabilidade.com.br>. Acesso em: 11 jun. 2015. QUADRO 11 – EXEMPLO DE LIVRO RAZÃO 11 ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS 11.1 ATOS ADMINISTRATIVOS Atos administrativos são acontecimentos que ocorrem na empresa, mas que não alteram de imediato o seu patrimônio. São exemplos: nomeação da diretoria, entre outros. 11.2 FATOS ADMINISTRATIVOS São acontecimentos dos quais decorrem mutações no patrimônio da entidade. São também conhecidos como Fatos Contábeis. Exemplos: compra de mercadorias, pagamento de fornecedores etc. Os fatos contábeis são classificados como: permutativos, modificativos ou mistos. 11.2.1 Fatos administrativos permutativos São as trocas de valores entre os elementos do ativo ou passivo, sem alterar o patrimônio líquido. Exemplo: houve pagamento a fornecedor, onde apenas alterou-se o valor de uma conta para outra, permanecendo o resultado do patrimônio líquido. 11.2.2 Fatos administrativos modificativos Estes provocam modificações no Patrimônio Líquido. Geralmente vem do lucro ou prejuízo. Na maioria das vezes envolvem contas patrimoniais e de resultado. Exemplo: o resultado do exercício foi negativo, ou seja, a empresa teve um prejuízo, onde alterou-se o patrimônio da empresa. GESTÃO DAS FINANÇAS 29 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. REFERÊNCIAS ÁVILA, Carlos Alberto de. Gestão contábil para contadores e não contadores. Curitiba: Ibpex, 2006. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade. Brasília: CFC, 2003. FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços: de acordo com a nova Lei das S.A., Lei n° 6.404, de 15-12-1976. 15. ed. São Paulo: Atlas, 1992. FIPECAFI. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável também às demais sociedades. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993. PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediária. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. PEREZ JR, José Hernandez; BEGALLI, Glaucos Antonio. Elaboração das demonstrações contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. REIS, Arnaldo Carlos de Rezende. Análise de balanços. São Paulo: Saraiva, 1993. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 1997. RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. SÁ, Antonio Lopes de. História geral e das doutrinas da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1997. SÁ, Antonio Lopes de. Luca Pacioli – Um mestre do renascimento. 2. ed., Brasília: Fundação Brasileira de Contabilidade, 2004. Disponível em: <www.fbc.org.br/pdf/ lucapacioli.pdf>. Acesso em: 21 ago. 2010. GESTÃO DAS FINANÇAS 30 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Centro Universitário Leonardo da Vinci Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000 - lndaial-SC Home-page: www.uniasselvi.com.br