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ENG AVALIAÇÃO- JOÃO E JOANA

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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS- AESGA
FACULDADES INTEGRADAS DE GARANHUNS – FACIGA
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 
JOANA EMANUELLE GOMES TENÓRIO
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA- APS 
GARANHUNS-PE
2022.2
JOANA EMANUELLE GOMES TENÓRIO
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA- APS 
Atividade Prática Supervisionada entregue a Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns (AESGA), como pré-requisito para obtenção de nota da disciplina Engenharia e Segurança do Trabalho do curso de Bacharelado em Engenharia Civil, da Faculdades de Ciências Integradas de Garanhuns (FACIGA).
Solicitado por: Prof° Miguel Alves 
GARANHUNS-PE
2022.2
1. INTRODUÇÃO 
A NBR18 de portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, tem o objetivo de estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que visam à implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Está norma se aplica às atividades da indústria da construção constantes da seção “F” do Código Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e às atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral e de manutenção de obras de urbanização.
Essa norma regulamentadora estabelece condições específicas para a construção civil, evitando que regras de outras NR’s viessem a ser aplicadas em canteiro, que é uma indústria com particularidades (mas, ainda assim é necessário consultar as outras NR’s para assuntos como SESMT, por exemplo).
 Uma de suas principais aplicações está nos projetos para produção, como o layout de canteiro e sua evolução, que varia de acordo com a quantidade de trabalhadores durante as etapas da execução. Porém, o dimensionamento precisa atender tanto o pico de mão de obra, como as demais fases.
Além de instruir como devem ser alguns processos de trabalhos e padronizar a instalação de estruturas, a NR 18 também exige alguns planos de gestão da obras, traduzidos pelo PCMAT, o CIPA e o PGR.
O PCMAT é o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho que estabelece parâmetros mínimos para cada fase da obra e exige a documentação de todos os processos estabelecidos na construção, como inventário de riscos e planos de ação. 
O CIPA é a sigla de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que deve ser realizada quando a empresa detém um ou mais canteiros de obras com 70 ou mais empregados em cada um. 
A obrigatoriedade do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) foi uma exigência introduzida na última atualização da NR 18, em 2020. Através desse programa é possível estabelecer uma gestão com foco na prevenção de riscos e acidentes.
2. PONTOS MAIS RELEVANTES:
Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Os equipamentos de proteção individual são um direito e obrigação dos funcionários. Direito porque o empregador deve fornecer todos aqueles necessários para evitar acidentes e doenças advindas do ambiente de trabalho. E dever porque o funcionário não pode se recusar a usá-los para garantir a sua segurança e a de todos. Deve-se criar uma cultura dentro do canteiro pelo uso. Os funcionários devem ser treinados e possuir condições que evitem tragédias em situações como incêndios. Todo o canteiro deve ser sinalizado para demarcar possíveis perigos, rotas seguras de fuga e instalações em seu interior.
Demolição e escavação: Para a demolição, elementos como escadas devem ser mantidos até que se remova os detritos de um pavimento para outro. Esses detritos devem ser eliminados por calha ou dispositivo adequado, nunca por queda livre. O processo de demolição deve ser cuidadoso e planejado. A demolição deve seguir princípios estruturais, como demolir antes as paredes apenas se as estruturas forem de concreto armado ou metálicas. Deve-se desligar instalações elétricas e outras (para demolir) e cabos subterrâneos (para escavar). Outro procedimento introduzido na NR 18 é a vistoria nas vizinhanças, com laudo que prevê possíveis consequências e reparações. Esse procedimento é útil tanto na demolição como em atividades impactantes como escavações ou cravação de estacas.
Proteções contra queda de pessoas e partículas: Ao longo de todo o perímetro dos edifícios é preciso proteger os funcionários da queda por meio de guarda-corpo com tela. Só não irá haver esse dispositivo nos elevadores de transporte de carga, com devido isolamento e rampas nas adjacências. Para evitar a queda de partículas ou até de pessoas até o chão, devem ser construídas bandejas ou plataformas no entorno dos edifícios, a começar entre o primeiro e segundo pavimentos e depois a cada três lajes. Elas serão produzidas e afixadas assim que concretar as lajes correspondentes e só serão removidas quando a alvenaria de vedação estiver concluída até o nível da próxima bandeja.
Os andaimes podem ser fachadeiros ou localizados. Em ambos os casos é necessário piso estável e guarda-corpo de proteção, também. Quando móveis (balancins), não podem ser suspensos por cordas produzidas em materiais naturais ou fibras artificais. Devem, portanto, ter sustentação em cabos de aço. A fibra sintética (com anexo próprio na NR para suas especificações) só pode ser usada em cadeira (balancim individual).
Banheiros: O ambiente precisa ser mantido com as melhores condições de higiene possíveis, sendo construído com materiais laváveis e piso antiderrapante. O interior precisa ser protegido por uma parede antidevassamento para evitar que alguém no exterior consiga ver quem está dentro e o que está fazendo no banheiro. As portas de acesso não podem ter contato direto com o refeitório, devendo haver banheiros separados para homens e mulheres. O banheiro deve ser posicionado em local em que o trajeto de qualquer ambiente da obra não exceda 150 m.
Sinalização de Segurança: O canteiro de obras deve conter sinalizações com objetivos de identificar os locais de apoio que compõem o canteiro; indicar saídas com setas de sinalização; manter a comunicação através de avisos; advertir contra o perigo existente, quanto ao risco de quedas, alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste; identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra;
Refeitório: O refeitório deve permitir a todos os funcionários (ao mesmo tempo) fazer as refeições. Ele precisa ter: mesa com tampo lavável, lixeira, lavatório próprio (em seu interior ou nas proximidades) e bebedouro. Caso houver alojamento, pode integrar a área de lazer.
Cozinha: Em função dos custos e exigências para manter uma cozinha, muitos empreendimentos de construção civil não a possuem. Mas, para grandes obras, como o canteiro de pontes em concreto armado, é inevitável a presença da cozinha.
Suas exigências seguem as das outras estruturas quanto à vedação, asseio e ventilação/iluminação. Além disso, surge a necessidade de: Banheiro exclusivo aos funcionários da cozinha; Não ligar esse banheiro à caixa de gordura (é um erro grosseiro de projeto, mas a NR 18 gosta de reforçar); Dispor de pia, geladeira e lixeira; Estar ao lado do refeitório; Colocar botijões de gás fora da cozinha, com ventilação permanente e cobertura; Funcionários da cozinha possuírem aventais e gorros.
3. O papel do Engenheiro como Gestor
A função do gestor é saber administrar os conflitos, escutar, se colocar no lugar do outro, respeitar as individualidades, aceitando os pontos de vistas diferentes, zelar e auxiliar o colaborador na busca por crescimento, não perdendo de vista as metas. Cabe ao gestor de obras fazer a análise dos projetos para compreender a edificação, além de conferir medidas, tanto do projeto quanto do terreno. É ele quem supervisiona a empreiteira, no caso de uma construção terceirizada, ou a equipe, quando for contratação direta, a marcação da obra e acompanha a construção. Além das habilidades técnicas, o gestor de obras também deve possuir algumas habilidades comportamentais. Como, por exemplo,possuir boa comunicação, ser organizado, ter espírito de liderança, possuir habilidades gerenciais e ter capacidade de planejamento. Além disso sabemos também que cabe ao gestor garantir a segurança e saúde do trabalhador, fornecendo assim ao trabalhador qualidade e materiais para isso.
Conhecer os colaboradores, suas necessidades, características, seus problemas, é o primeiro passo para que a empresa possa fazer qualquer mudança. Inúmeras construtoras pouco se preocupam com o gerenciamento de pessoas, para a maioria delas, esta gestão se caracteriza apenas pela seleção e contratação de funcionários, e se esquecem de ferramentas fundamentais, como: treinamento e desenvolvimento dos colaboradores.
Como futuros gestores devemos ter em mente a obrigação de treinar e equipar devidamente os colaboradores, dar todas as condições e meio para seguir as normas de segurança e fiscalizar para garantir que as normas estão sendo seguidas. 
Anexos da APS

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