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dissertacao_thiago_silva_2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 
CENTRO DE TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICABILIDADE DE NORMAS E PROGRAMAS 
OCUPACIONAIS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHADOR NA CONSTRUÇÃO CIVIL – 
ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA NA CIDADE DE 
FLORIANÓPOLIS, SC 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
Jordana Fumagali Corá 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS, Brasil 
2015 
APLICABILIDADE DE NORMAS E PROGRAMAS 
OCUPACIONAIS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHADOR NA CONSTRUÇÃO CIVIL – ESTUDO DE 
CASO EM UMA OBRA NA CIDADE DE FLORIANÓPOLIS, 
SC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jordana Fumagali Corá 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Engenharia Civil, 
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito 
parcial para obtenção do grau de Engenheira Civil. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Joaquim Cesar Pizzutti dos Santos 
 
 
 
 
 
 
Santa Maria, RS, Brasil 
2015 
Universidade Federal de Santa Maria 
Centro de Tecnologia 
Curso de Engenharia Civil 
 
 
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, 
aprova o Trabalho de Conclusão de Curso 
 
 
APLICABILIDADE DE NORMAS E PROGRAMAS OCUPACIONAIS 
DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL – ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA NA 
CIDADE DE FLORIANÓPOLIS, SC 
 
 
 
elaborado por 
Jordana Fumagali Corá 
 
 
 
como requisito parcial para obtenção do grau de 
Engenheira Civil 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA: 
 
 
 
___________________________________ 
Joaquim Cesar Pizzutti dos Santos, Dr. 
(Orientador) 
 
 
___________________________________ 
Carlos José Antonio Kummel Felix, Dr. 
 
 
 
___________________________________ 
Carlos José Marchesan Kummel Felix 
 
 
 
Santa Maria, 08 de Janeiro de 2015 
RESUMO 
 
APLICABILIDADE DE NORMAS E PROGRAMAS OCUPACIONAIS DE 
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
AUTORA: JORDANA FUMAGALI CORÁ 
ORIENTADOR: JOAQUIM CESAR PIZZUTTI DOS SANTOS 
Santa Maria, 08 de Janeiro de 2015 
 
A indústria da construção civil é um dos principais componentes da economia 
do país, porém é ainda considerada perigosa pois expõe os trabalhadores a variados 
riscos ocupacionais. Acidentes e doenças na construção civil representam uma perda 
significativa para o setor e para o trabalhador. Para a realização das melhorias nas 
condições do ambiente de trabalho e de uma adequada prática de segurança é 
fundamental o comprometimento de todos os envolvidos. A capacitação dos operários 
e as inspeções periódicas são importantes para a prevenção. É muito importante 
analisar riscos de acidentes, localizar situações que possam provocá-los e tomar as 
medidas necessárias antes que aconteçam. As normas regulamentadoras, com 
ênfase na NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção, auxiliam na elaboração de programas, estabelecem condições que os 
canteiros provisórios devem possuir, fazem recomendações e definem procedimentos 
para garantir a segurança. O trabalho é seguro se não houver acidentes, ou seja, se 
os fatores de risco forem minimizados ou excluídos, se as normas de proteção forem 
respeitadas, se for considerado a análise, planejamento e ação da prevenção e se o 
local tiver limpeza e organização. Com o objetivo de destacar a importância da 
segurança na construção civil e obter subsídios para tal, este estudo apresenta uma 
síntese genérica dos tipos, causas e consequências dos acidentes e doenças, e a 
prevenção, que vai desde a implantação de programas de Segurança e Saúde do 
Trabalho, até sua aplicação prática no canteiro de obras, seguindo as normas 
recomendadas. E por fim, um exemplo real da aplicação de todas as recomendações 
necessárias para a melhoria nas condições do ambiente de trabalho, comprovando 
que é possível e acessível todas as formas de prevenção. 
 
Palavras-chave: saúde e segurança do trabalho, construção civil, acidentes e 
doenças ocupacionais. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Localização dos Condomínios no Terreno .................................................65 
Figura 2: Treinamento Admissional dos Funcionários...............................................67 
Figura 3: Organização e Limpeza da Obra................................................................70 
Figura 4: Acesso às Instalações Sanitárias................................................................70 
Figura 5: Instalações Sanitárias.................................................................................71 
Figura 6: Chuveiros....................................................................................................71 
Figura 7: Vestiário......................................................................................................72 
Figura 8: Refeitório.....................................................................................................73 
Figura 9: Lavatórios e pias.........................................................................................74 
Figura 10: Armários no Refeitório...............................................................................75 
Figura 11: Bebedouros...............................................................................................75 
Figura 12: Sinalização para áreas de vivência...........................................................75 
Figura 13: Descarte de metais...................................................................................76 
Figura 14: Descarte de Recicláveis............................................................................76 
Figura 15: Almoxarifado.............................................................................................77 
Figura 16: Acesso portaria e vigilância.......................................................................77 
Figura 17: Sinalização de Segurança.........................................................................78 
Figura 18: Trabalho em altura....................................................................................79 
Figura 19: Proteção da corda de sustentação............................................................79 
Figura 20: Sistemas Guarda-Corpo e Rodapé...........................................................80 
Figura 21: Trabalho em altura (2) ..............................................................................80 
Figura 22: Plataformas de proteção (bandejas).........................................................80 
Figura 23: Ponto de Ancoragem.................................................................................81 
Figura 24: Andaimes Suspensos manuais ................................................................81 
Figura 25: Torre de elevador a cabo..........................................................................82 
Figura 26: Sistema de cancela do elevador cremalheira ..........................................82 
Figura 27: Operação com ferramentas elétricas........................................................83 
Figura 28: Área de Carpintaria...................................................................................83 
Figura 29: Bancada de operação da Serra Circular – Carpintaria.............................84 
Figura 30: Operação com ferramentas manuais........................................................84 
Figura 31: Área armação............................................................................................85 
Figura 32: Proteção nas pontas dos vergalhões........................................................85 
Figura 33: Concretagem.............................................................................................86 
Figura 34: Limpeza e organização das formas..........................................................86 
Figura 35: Operação de Betoneira.............................................................................87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ANEXOS 
 
ANEXO A – Certificado Treinamento AdmissionalSECONCI 
ANEXO B – Certificado de Treinamento Admissional WOA Empreend. Imob. 
ANEXO C – Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) 
ANEXO D – Ordem de Serviço 
ANEXO E – Relatório de Inspeção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
NR – Norma Regulamentadora 
PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional 
PIB – Produto Interno Bruto 
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
SESMT – Serviços Especializados em Engenharia e Medicina do Trabalho 
SST – Segurança e Saúde no Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................12 
1.1 Objetivos .............................................................................................................13 
1.2 Estrutura do Trabalho ........................................................................................14 
2. ACIDENTES E DOENÇAS DE TRABALHO ..........................................................15 
2.1 Conceitos e Definições ......................................................................................15 
2.2 Causas dos Acidentes .......................................................................................15 
2.2.1 Atos Inseguros ..................................................................................................16 
2.2.2 Condições Inseguras ........................................................................................16 
2.2.3 Atividades Insalubres ........................................................................................16 
2.3 Fatores Negativos dos Acidentes .....................................................................17 
2.3.1 Aspectos Humanos ...........................................................................................17 
2.3.2 Aspectos Sociais ...............................................................................................18 
2.3.3 Aspectos Econômicos .......................................................................................18 
3. NORMAS E PROGRAMAS OCUPACIONAIS .......................................................20 
3.1 Programas e Ações de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) ......................21 
3.1.1 Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da 
Construção – PCMAT ................................................................................................22 
3.1.2 Programa de Sensibilização e Treinamento ......................................................22 
3.1.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA ...................................23 
3.1.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO .....................23 
3.1.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA ......................................24 
4. RECOMENDAÇÕES NORMATIVAS ....................................................................26 
4.1 Condições Gerais dos Canteiros de Obra ........................................................26 
4.1.1 Organização dos Canteiros de Obras ................................................................26 
4.1.2 Planejamento do Canteiro de Obra ...................................................................27 
4.1.3 Vantagens do Planejamento do Canteiro ..........................................................28 
4.1.4 Áreas de Vivência ..............................................................................................29 
4.1.4.1 Instalações Sanitárias ....................................................................................30 
4.1.4.2 Vestiários .......................................................................................................30 
4.1.4.3 Cozinha e Refeitório .......................................................................................31 
4.1.4.4 Bebedouros ....................................................................................................31 
4.1.4.5 Ambulatório ....................................................................................................32 
4.1.5 Áreas de Apoio ..................................................................................................32 
4.1.5.1 Tapume ..........................................................................................................32 
4.1.5.2 Almoxarifado ..................................................................................................33 
4.1.5.3 Guarita de vigia e portaria ...............................................................................33 
4.1.6 Acessos ao Canteiro e Vias de Circulação Interna ............................................33 
4.1.7 Áreas para Armazenamento de Materiais .........................................................34 
4.2 Sinalização de Segurança .................................................................................34 
4.3 Equipamentos de Proteção Individual – EPIs ..................................................35 
4.4 Sistemas de Proteção Coletiva .........................................................................38 
4.4.1 Sistema Guarda-Corpo-Rodapé (GcR) .............................................................38 
4.4.2 Barreiras com redes ..........................................................................................39 
4.4.3 Vãos de acesso .................................................................................................40 
4.4.4 Aberturas em piso .............................................................................................40 
4.4.5 Plataformas de proteção: Bandejas ...................................................................41 
4.5 Andaimes e Plataformas de Trabalho ...............................................................42 
4.5.1 Andaimes Suspensos: Balancim .......................................................................42 
4.5.2 Andaime em Balanço ........................................................................................43 
4.5.3 Andaimes Apoiados ..........................................................................................43 
4.5.4 Cadeira suspensa (balancim individual) ............................................................44 
4.6 Escadas, Rampas e Passarelas ........................................................................45 
4.6.1 Escadas Portáteis .............................................................................................45 
4.6.2 Escadas Fixas ...................................................................................................47 
4.6.3 Superfícies de passagem – Rampas e Passarelas ............................................48 
4.7 Atividades ...........................................................................................................48 
4.7.1 Instalações Elétricas Provisórias .......................................................................49 
4.7.2 Trabalho em Altura ............................................................................................50 
4.7.3 Concretagem ....................................................................................................52 
4.7.3.1 Operação da Betoneira ..................................................................................53 
4.7.4 Confecção de Formas ......................................................................................53 
4.7.5 Escoramentos ...................................................................................................54 
4.7.6 Desforma ..........................................................................................................54 
4.7.7 Confecção de Armações de Aço .......................................................................55 
4.7.8 Alvenariade vedação ........................................................................................56 
4.7.9 Movimentação e transporte de materiais e pessoas – elevadores de obra ........57 
4.7.9.1 Requisitos Técnicos de Procedimentos ..........................................................57 
4.7.9.1.1 Montagem ...................................................................................................57 
4.7.9.1.2 Operação ....................................................................................................58 
4.7.9.1.3 Inspeção e Manutenção ..............................................................................59 
4.7.9.2 Elevador de pessoas e cargas: elevador cremalheira ....................................60 
4.7.9.3 Elevador de cargas: elevador a cabo ..............................................................60 
4.7.10 Operações de Ferramentas Elétricas ..............................................................60 
4.7.10.1 Policorte .......................................................................................................62 
4.7.10.2 Serra circular ................................................................................................62 
4.7.11 Operações de Ferramentas Manuais ..............................................................63 
4.8 Prevenção Contra Incêndios .............................................................................65 
5. APLICABILIDADE DAS NORMAS E PROGRAMAS DE SST ..............................66 
5.1 Programas Implantados ....................................................................................67 
5.1.1 Programa de Sensibilização e Treinamento dos Operários ...............................68 
5.2 Inspeção de Segurança .....................................................................................69 
5.3 Avaliação Geral do Canteiro de Obra: Organização e Espaço ........................70 
5.3.1 Organização e Limpeza .....................................................................................70 
5.3.2 Instalações Sanitárias .......................................................................................71 
5.3.3 Vestiário ............................................................................................................73 
5.3.4 Refeitório e Cozinha ..........................................................................................73 
5.3.5 Áreas de Apoio ..................................................................................................76 
5.3.5.1 Áreas de Descarte de Materiais ......................................................................76 
5.3.5.2 Almoxarifado ..................................................................................................77 
5.3.5.3 Portaria ..........................................................................................................78 
5.3.6 Sinalização de Segurança .................................................................................79 
5.4 Trabalhos em Altura ...........................................................................................79 
5.4.1 Sistemas de Proteção Coletiva ..........................................................................80 
5.4.2 Andaimes ..........................................................................................................82 
5.4.3 Elevadores de Obra ...........................................................................................83 
5.5 Operações com ferramentas elétricas e manuais ...........................................84 
5.6 Áreas de Armação de Aço .................................................................................84 
5.7 Concretagem ......................................................................................................85 
5.8 Operação de Betoneira ......................................................................................86 
5.9 Avaliação Geral da Empresa .............................................................................87 
6. CONDIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................88 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................91 
ANEXOS ....................................................................................................................93 
 
 
12 
 
1. INTRODUÇÃO 
A indústria da construção é um importante setor que movimenta a economia e 
multiplica empregos em todo país. De acordo com os dados da Câmara Brasileira da 
Indústria da Construção (CBIC), emprega em torno de 5,6 milhões de pessoas, 
representando 6,36% de mão de obra nacional. (SESI, 2008) 
O Brasil atualmente está entre as oito maiores economias do mundo, e a 
construção civil representa uma parcela muito expressiva do produto interno bruto 
(PIB), em torno de 5,4% do total no ano de 2013. 
Diante deste cenário, podemos enxergar uma série de desafios. A atividade da 
indústria da construção civil, em todo o mundo, devido às suas características, é 
considerada perigosa e expõe os trabalhadores a variados riscos ocupacionais, 
dependendo do tipo da construção, da etapa da obra e da forma de conduzir os 
programas de ações de segurança e saúde no trabalho. O trabalhador é exposto aos 
riscos do ambiente, das intempéries, de suas tarefas e das atividades de outros 
trabalhadores. 
O elevado índice de acidentes neste setor não é uma exclusividade 
do Brasil. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, dos 100 
milhões de trabalhadores empregados em todo o mundo nas atividades 
de construção civil, mais de 10 milhões sofrem acidentes anualmente. 
Ainda, segundo dados das OIT, enquanto o setor industrial apresenta 
uma média de 60 a 80 acidentes por mil trabalhadores, o setor da 
construção civil apresenta uma média de 160 a 250 acidentes por mil 
trabalhadores. (ARAUJO, 2000) 
 
De acordo com o Ministério Público da Saúde, em 2012, os acidentes resultaram 
em 2731 mortes e 14755 trabalhadores com incapacidade permanente para exercer 
atividades laborais no Brasil. Já no ano de 2013, 12,92% do total de 3,38 mil acidentes 
foram fatais. 
Segundo ARAUJO (2000), a grande incidência de acidentes na construção civil é 
razão da alta rotatividade da mão-de-obra e do seu baixo nível de especialização, 
além das constantes alterações do ambiente de trabalho que geram situações de 
riscos, como queda, exposição às intempéries, trabalhos que exigem grande esforço 
físico, e outros. 
Estas características criam a necessidade de adoção de medidas de prevenção 
que garantem a segurança e a melhoria do ambiente de trabalho; da conscientização 
13 
 
e treinamento do trabalhador; da implantação de programas de SST e da ideal 
organização e disposição do canteiro de obras, mantendo as condições de trabalho 
seguro. 
Nos últimos anos, a campanha de prevenção de acidentes na construção civil tem 
se intensificado, tanto por parte dos empregadores quanto pelos sindicatos. A criação 
de programas e comissões de Segurança e Saúde do Trabalho auxilia no 
gerenciamento das condições seguras do ambiente de trabalho e do processo 
produtivo, porém a eficiência destes programas em um canteiro de obra depende da 
participação e colaboração de todas as pessoas envolvidas, bem como da 
coordenação de todo os esforços para pôr em prática. 
Isso significa que tanto o empregador como o empregado devem cumprir as 
normas de saúde e segurança do trabalho, as quais orientam as medidas preventivas 
e os métodos corretos para a execução de qualquer operação, evitando assim os 
acidentes e as doenças ocupacionais. Não devemos esperar pelo acidente. É muito 
importante localizar situações que possam provoca-la e tomar as medidas 
necessárias antes que ele aconteça. 
O tema proposto neste trabalho, insere-se na área de Engenharia de Segurança, 
relacionada com a Construção Civil, nasáreas de Acidentes de Trabalho, 
Equipamentos de Segurança e Programas de Saúde e Segurança no Trabalho. Serão 
apresentados os acidentes e doenças ocupacionais, suas causas, e uma série de 
medidas necessárias à prevenção destes, baseados nas Normas Regulamentadoras 
NRs, com ênfase na NR 18: Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção, específica às obras de construção, demolição e reparos, criada pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego com a finalidade de promover condições de saúde 
e de segurança nos canteiros de obra. 
 
1.1 Objetivos 
 O objetivo geral deste trabalho visa destacar a importância da preocupação 
com a qualidade de vida dos trabalhadores da construção civil, principalmente no que 
tange a segurança destes nos seus ambientes de trabalho. 
 São objetivos específicos deste trabalho: 
a) Identificar os tipos e as principais causas de acidentes e apresentar as medidas 
preventivas necessárias. 
14 
 
b) Fornecer informações para as melhorias das condições de trabalho nos 
canteiros de obra, dando maior segurança e produtividade ao trabalhador da 
construção civil. 
c) Apresentar sugestões voltadas à redução dos fatores de riscos, medidas de 
prevenção, proteção e promoção da saúde dos trabalhadores, como ações e 
programas que tratam deste assunto, além do estudo de caso em uma obra 
referência neste assunto. 
 
1.2 Estrutura do Trabalho 
Inicialmente será realizada uma pesquisa de caráter bibliográfico, onde serão 
abordados aspectos gerais da construção civil, focada na área de segurança e saúde 
do trabalhador no canteiro de obra, baseados nas normas referentes. Posteriormente 
será apresentada a obra analisada para a idealização e realização deste trabalho e a 
execução do assunto na prática, com fotos e anexos sobre o assunto. Trata-se de 
uma empresa de grande porte, onde a preocupação e o cumprimento de normas a 
favor da segurança de todos os trabalhadores é referência na cidade de Florianópolis, 
Santa Catarina. 
Ao término será comprovado que as normas regulamentadoras podem ser 
executadas se houver colaboração de todos os envolvidos. Ainda, será possível 
concluir os benefícios dos programas e investimentos nesse assunto, tanto para a 
melhor eficiência de trabalho, quanto para aspectos de qualidade de vida do 
trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2 ACIDENTES E DOENÇAS DE TRABALHO 
 
2.1 Conceitos e definições 
 
De acordo com BRUNETTO (2001), acidente é toda a ocorrência não desejada 
que modifica ou põe fim ao andamento normal de qualquer atividade, como lesão 
corporal ou perturbação funcional que causa morte, perda, ou redução, permanente 
ou temporária, da capacidade do trabalho. 
Acidente de trabalho é aquele que acontece durante o horário de expediente, 
quando se está a serviço da empresa, dentro ou fora do local de trabalho, mesmo 
quando se está em viagem a serviço. Também é acidente de trabalho aquele que 
ocorre no trajeto habitual, durante o deslocamento de casa para o local de serviço e 
vice-versa. 
A doença profissional ou do trabalho é aquela adquirida em determinados 
ramos de atividades, provocada pelo tipo de trabalho exercido e também pelas 
condições do ambiente de trabalho. 
 
2.2 Causas dos Acidentes 
 
Para evitar o acidente do trabalho, é de fundamental importância que sejam 
conhecidas suas causas. A análise das causas é o estudo do conhecimento de como 
e porque elas surgem. Isso facilita o estudo de medidas preventivas. 
Para os profissionais de segurança e saúde, ter um método de identificação e 
avaliação de riscos é o primeiro passo no trabalho de prevenção de acidentes, 
sobretudo quando se trata daqueles em que as probabilidades de ocorrência são 
altas, por dependerem, em grande parte, do ambiente. Para isso, é de extrema 
importância realizar o acompanhamento dos processos, analisar o potencial de 
ocorrência e a gravidade de cada risco, para que assim se possa trabalhar as 
questões de segurança. 
Os acidentes ocorridos em canteiros provisórios são geralmente derivados do 
não cumprimento das normas de segurança estabelecidas. As normas estabelecem 
quais as condições que o canteiro provisório deve possuir, fazem recomendações 
quanto aos procedimentos e o que deve ser observado para garantir a segurança dos 
16 
 
trabalhadores e das instalações. Elas devem ser seguidas à risca, principalmente em 
atividades insalubres e para proporcionar condições seguras. 
As principais causas dos acidentes na construção civil são atos e condições 
inseguras e a realização de atividades insalubres. 
 
2.2.1 Atos Inseguros 
 
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes do 
trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem 
da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança, como, por 
exemplo, subir em telhados sem cintos de segurança; mexer em eletricidade com as 
mãos molhadas; etc. 
 
2.2.2 Condições Inseguras 
 
Muitos trabalhos são realizados em ambiente que colocam em risco a 
integridade física e mental do trabalhador, devido a possibilidade do mesmo se 
acidentar, tais como a realização de trabalhos em áreas insuficientes, pisos fracos, 
máquinas em estado precário e sem manutenção, instalações elétricas impróprias, 
falta de proteção em partes móveis, proteção insuficientes, roupas e calçados 
impróprios, entre outros. 
O não fornecimento de equipamento de proteção individual e coletivo pelo 
empregador também configura condição insegura. 
 
2.2.3 Atividades Insalubres 
 
Atividades e operações insalubres são também causas comuns de acidentes 
ou doenças. O conceito legal de insalubridade é dado pelo artigo 189 da Constituição 
das Leis do Trabalho, nos seguintes termos: 
“Serão consideradas atividades insalubres aquelas que 
exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos 
limites de tolerância fixados em razão da natureza de exposição aos 
seus efeitos, podendo causar danos à saúde.” 
17 
 
Segundo a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, são consideradas 
atividades ou operações insalubres exposições acima ou abaixo dos limites de 
tolerância previstos na própria norma ou apenas a presença de agente nocivo, quando 
não há sequer a necessidade da sua quantificação (avaliação quantitativa). 
Os agentes agressivos possíveis a levar o empregado a adquirir doença 
profissional podem ser: 
-Agentes físicos: ruído, calor, frio, radiações, vibrações excessivas e umidade. 
-Agentes químicos: poeira, gases e vapores, névoas e fumos, cimento, 
solventes e resinas. 
-Agentes Biológicos: microrganismos, vírus, bactérias ou insetos. 
De acordo com os anexos 7, 8, 9, e 10, a NR 15 estabelece que a insalubridade 
é comprovada através de laudo de inspeção pelo perito-judicial, que analisa 
detalhadamente o posto de trabalho e a função do trabalhador, levando em conta o 
tempo de exposição, a forma de contato com o agente e o tipo de proteção usada. 
 
Devido às características do trabalho, a atuação preventiva requer foco na 
antecipação e reconhecimento dos riscos, a adoção e manutenção de regras, 
métodos e procedimentos voltados a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores, 
além de proteger pessoas e patrimônios nas proximidades do canteiro de obra. 
 
2.3 Fatores negativos dos acidentes 
 
Segundo a FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho, o acidente de trabalho apresenta, sob todos os 
ângulos em que possa ser analisado, fatores bastante negativos no que se refere aos 
aspectos humanos, sociais e econômicos. 
 
2.3.1 Aspectos Humanos 
 
Os acidentes que prejudicam a integridade física do trabalhador, tornam a 
pessoa incapacitada para o trabalho, requerendo cuidados especiais para a 
readaptação deste, ou, dependendo do tipo de lesão física, a sua reintegração na 
18 
 
própria sociedade; e em casos de mortes, pode ter como consequênciaa destruição 
do ambiente familiar por tempo indeterminado. 
 
2.3.2 Aspectos Sociais 
 
Acidentes de trabalho podem se constituir em causas ou agravantes de 
problemas sociais como falta de emprego e até marginalização. 
 
2.3.3 Aspectos Econômicos 
 
Trata-se do prejuízo econômico que atinge o governo e a sociedade - 
constituindo obstáculos no desenvolvimento da economia nacional e agravando 
problemas socioeconômicos; o trabalhador - que sente o problema econômico quando 
a indenização não lhe garante o mesmo padrão mantido anteriormente ou até uma 
invalidez; e principalmente, a empresa, a mais fortemente atingida pelas 
consequências antieconômicas dos acidentes. 
O custo de acidentes pode trazer inúmeros prejuízos para a empresa, como 
perda da produtividade e pagamento de indenização. Ou seja, além da preocupação 
com o bem estar do trabalhador, investir na prevenção de acidentes faz a empresa 
economizar. 
A empresa é a mais fortemente atingida pelas consequências anti-
econômicas dos acidentes do trabalho, apesar de nem sempre 
perceber. Podemos dizer que mesmo que as empresas desconheçam 
os prejuízos que têm com os acidentes, estes oneram o custo dos seus 
trabalhos ou produtos. (FUNDACENTRO) 
Os custos devido aos acidentes podem ser direto - ou custo segurado, que é 
de responsabilidade da empresa seguradora (INSS), oriunda da contribuição 
empresarial, pois as empresas são obrigadas a manter seus empregados segurados 
contra acidentes de trabalho; ou custo indireto, de responsabilidade exclusiva do 
empregador, ou seja, custo não segurado. 
 O custo direto ou segurado diz respeito a todas as despesas ligadas 
diretamente ao atendimento do acidentado, que são responsabilidades do INSS, como 
despesas médicas e hospitalares; indenizações; transportes. 
19 
 
 Já a parcela de custo indireto ou não segurado engloba todas as despesas 
geralmente não atribuíveis aos acidentes, como salários adicionais pagos a outros 
trabalhadores em horas extras, salário ao acidentado e despesas médicas não 
cobertos pelo INSS, custo do material danificado no acidente, etc. 
A empresa corre ainda o risco de sofrer a aplicação de multas pelos auditores 
fiscais do trabalho. Por isso é mais econômico investir em prevenção e regularização 
da segurança, evitando quaisquer complicações futuras. 
 
 
20 
 
3 NORMAS E PROGRAMAS OCUPACIONAIS 
 
Toda e qualquer empresa tem a obrigação de garantir a segurança e a saúde 
no ambiente de trabalho, seguindo exigências das normas regulamentadoras, que 
estabelecem como e porque devem ser implementados os serviços em todas as 
áreas. 
As Normas Regulamentadoras que devem ser seguidas na construção civil, 
que estabelecem condições e fazem recomendações são: 
NR 1 – Disposições Gerais, expressa a observância obrigatória por todas as 
empresas no que for relativo à segurança e medicina do trabalho. A NR expressa 
ainda que o canteiro de obra é a área de trabalho, fixa ou temporária, onde há 
execução de construção, demolição ou reforma. Para todos os fins, portanto, o 
canteiro de obra ou a obra de engenharia será considerado um estabelecimento, por 
isso a obrigação do cumprimento das disposições requeridas. 
NR 4 – SESMT 
NR 5 – CIPA 
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual 
NR 7 – PCMSO 
NR 8 – Edificações: estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser 
observados nas edificações para garantir aos trabalhadores, a segurança e o conforto 
nas áreas edificadas. Remete-se sobre pisos, escadas e rampas dos locais de 
trabalho, equipamentos de proteção coletiva e todas as outras recomendações 
referentes à construção de edificações. 
NR 9 – PPRA 
NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade 
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
NR 12 – Máquinas e Equipamentos 
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres 
NR 18 – Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: 
específica às obras de construção, demolição e reparos, criada pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego com a finalidade de promover condições de saúde e de 
segurança nos canteiros de obra. 
NR 23 – Prevenção Contra Incêndios 
21 
 
NR 24 – Instalações Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
NR 26 – Sinalização de Segurança 
NR 35 – Trabalho em Altura 
Para cumprimento destas normas, faz-se necessário o trabalho, conjunto e 
comprometido, de todos os trabalhadores contratados, terceirizados, empresas 
parceiras e outros que, de forma direta ou indireta, participem do empreendimento 
desde o projeto até a entrega da obra. 
No intuito de aplicar as referidas Normas, são deveres do empregador: garantir 
a capacitação dos operários, implantar os programas de segurança e saúde na obra, 
fornecer e assegurar a utilização dos equipamentos de proteção. 
Os profissionais de segurança e saúde no trabalho são obrigatórios em 
qualquer local de trabalho ou empresa que ofereça riscos ao trabalhador. Os 
engenheiros, técnicos de segurança e médicos do trabalho são os profissionais 
habilitados para elaborar o plano de eliminação de riscos de acidentes e doenças 
ocupacionais de cada tipo de atividade na indústria da construção civil, seguindo a 
orientação da norma regulamentadora NR 4 – Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
O médico e o enfermeiro são responsáveis pela saúde ocupacional, prevenindo 
doenças, tratando ferimentos, aplicando vacinas e fazendo exames nos funcionários, 
que devem ocorrer tanto no momento de admissão quanto na dispensa e, também, 
periodicamente durante o período de vigência do contrato de trabalho. 
O empregador indica o responsável técnico (técnico de segurança) para 
representá-lo, conferir as condições de segurança, identificar trabalhos com riscos 
específicos e aplicar medidas de segurança e saúde. 
A implementação de medidas de segurança faz com que a empresa aumente 
a produtividade, a qualidade dos seus produtos e melhore as relações interpessoais. 
Além do mais, investir em segurança também aumenta o grau de conscientização dos 
funcionários sobre a importância da prevenção. 
 
3.1 Programas e Ações de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) 
As características inseguras da construção civil criam necessidades de 
programas de prevenção de acidentes, diferentes daqueles dirigidos aos processos 
industriais em geral. 
22 
 
Segundo o Ministro do Trabalho, Manoel Dias (2014), estão sendo criadas 
condições (estratégias e políticas públicas) para que a SST alavanque, em parceria 
com centrais sindicais, patronais e com a sociedade civil, afim de que se crie uma 
consciência de que é fundamental a prevenção de acidentes e doenças. Trata-se de 
inovações sobre soluções em Segurança e Saúde no Trabalho, com o objetivo de 
prover e manter condições seguras de trabalho e diminuir os perigos nas construções, 
demolições ou reformas. 
O gerenciamento dos programas e ações em SST implica em melhor 
aproveitamento dos meios e recursos necessários – que a empresa deve fornecer – 
para a manutenção de condições de segurança e de e de conforto no ambiente 
laboral, além de outros benefícios, como a motivação dos trabalhadores pela melhoria 
das condições gerais, redução de desperdício de materiais e de horas trabalhadas, 
aumento de produtividade e reforço da imagem institucional da empresa. 
 
3.1.1 Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da 
Construção – PCMAT 
 
O PCMAT tem por objetivo a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na Indústria da Construção Civil. Previsto no item 18.3 da NR 18, foi criado 
para garantir a segurança de quem trabalha nessa área. 
O programa é elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na 
área de segurança, junto com o engenheiro da obra, que tem as informações sobre a 
construçãoe os prazos. Sua elaboração e execução são obrigatórias nos 
estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais. 
É composto por uma série de documentos: memorial de inspeção, com as 
condições do ambiente de trabalho, a descrição dos possíveis riscos de acidentes 
doenças e as respectivas medidas de prevenção; o projeto de instalação das 
proteções coletiva em conformidade com as etapas e execução da obra; 
especificações técnicas das proteções individuais; a planta da obra com todos os 
detalhes do canteiro, como local das gruas e elevadores, áreas de armação, 
carpintaria, betoneira, almoxarifado e a área de convivência. No cronograma do 
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção, 
23 
 
devem ser determinadas as datas e as frequências das inspeções. Todo detalhe por 
menos acidentes e mais qualidade de vida foi pensado. 
A existência do programa, em conjunto com outros, citados a seguir, permite 
monitorar as não conformidade e fatores ambientais pré-existentes, desenvolver 
medidas de controle, reduzir perda de materiais, prevenir danos ambientais e, 
principalmente, iniciar atividades de forma organizada. 
 
3.1.2 Programa de Sensibilização e Treinamento 
Segundo item 18.28 - NR 18 - todos os empregados devem receber 
treinamentos admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades 
com segurança. 
O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de seis horas, 
ministrado no horário de trabalho, e deve conter informações sobre as Condições e 
Meio Ambiente de Trabalho; riscos inerentes a cada função; uso adequado dos 
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, entre outras coisas. 
Já o treinamento periódico deve ser fornecido no início de cada etapa da obra. 
O trabalhador deve ser treinado e orientado para bem desenvolver suas 
atividades de forma segura prevenindo acidentes. O treinamento deve ser realizado 
em linguagem acessível, enfatizando as atividades que serão desenvolvidas, os 
métodos que serão utilizados, os riscos a que os trabalhadores estarão expostos e o 
que será esperado deles. Visa-se, assim, criar condições para que possam colaborar 
com a qualidade do ambiente de trabalho, além de facilitar o desenvolvimento das 
atividades. 
 
3.1.3 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA 
 
O PPRA, descrito na NR 9, estabelece a avaliação dos riscos ambientais nos 
locais de trabalho e implantação de ações para a melhoria das situações encontradas. 
O PPRA subsidia o PCMAT e o PCMSO. 
Este programa tem como objetivos a antecipação, o reconhecimento, a 
avaliação e o controle dos agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, nos 
ambientes de trabalho que podem causar danos à saúde do trabalhador, 
considerando também a proteção do meio ambiente de trabalho e dos recursos 
naturais. É aplicado em todas as empresas com trabalhadores contratados, 
24 
 
independentemente do tipo de atividade, risco ou número de trabalhadores, sendo 
seu cumprimento de responsabilidade do empregador. 
 
3.1.4 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO 
O programa serve para preservar a saúde do trabalhador através da execução 
de acompanhamentos e exames médicos obrigatórios. 
Basicamente são o exame médico admissional, para antes que o trabalhador 
assuma a sua função; o periódico, durante a vigência do contrato; o de mudança de 
função, prevendo riscos diferentes dos anteriores; o de retorno ao trabalho, feito no 
primeiro dia após algum tipo de afastamento prolongado; e o demissional, no 
desligamento do funcionário por qualquer motivo. 
De acordo com a norma regulamentadora NR 7, o PCMSO deverá: 
Ser planejado e implantado com base nos riscos identificados nas avaliações, 
considerando as questões individuais e coletivas dos trabalhadores; ter caráter de 
prevenção, ou diagnóstico precoce dos agravos à saúde devidos ao trabalho. 
Os exames médicos permitem a elaboração de Atestado de Saúde 
Ocupacional – ASO. Trata-se de um documento de suma importância, emitido pelo 
médico de trabalho para definir se o funcionário está apto para as suas funções dentro 
da empresa. Deve conter a identificação completa do trabalhador, função exercida, os 
riscos das suas tarefas, procedimentos médicos que realizou e informações do médico 
encarregado. 
O ASO tem que ser emitido a cada exame realizado, seja admissional, 
periódico, de mudança de função, retorno ao trabalho ou demissional. 
Toda empresa deve ter esse documento, independentemente do número de 
empregados. O documento serve ainda como elemento para a concessão de 
aposentadorias especiais. 
 
3.1.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
Segurança e saúde no trabalho é dever de todos. A CIPA auxilia na prevenção de 
acidentes e doenças no trabalho, com a participação do trabalhador, mediante a 
identificação dos riscos, sugestões de medidas de controle e o acompanhamento das 
medidas adotadas, de modo a obter permanente integração entre trabalhador, 
25 
 
segurança e promoção da saúde. Além de cuidar da prevenção de acidentes, também 
zela pelas condições do ambiente de trabalho. 
A CIPA obedece as disposições contidas na NR 5 e sua constituição em um 
canteiro de obras deverá seguir as determinações contidas na NR – 18, item 18.33 e 
seus subitens. É composta por representantes do empregador e dos empregados. 
A comissão formada deve: 
1. Verificar periodicamente ambientes e condições de trabalho para identificar 
situações de riscos; 
2. Mapeamento dos riscos, com identificação destes nas atividades e a elaboração de 
um mapa. Os mapas têm que identificar situações e locais potencialmente perigosos 
e deve ficar disponível em local visível para alertar os trabalhadores sobre os perigos 
existentes em todas as áreas. 
3. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde; 
4. Participar da implementação e do controle de qualidade das medidas de prevenção, 
definindo a urgência de cada medida; 
5. Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como 
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho; 
6. Fazer uma avaliação dos problemas e das soluções: participar da análise das 
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução; 
7. Promover a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), com 
atividades culturais e esportivas, como peças de teatro e outras formas criativas de 
abordar a preocupação com a saúde e segurança do trabalhador; e outras campanhas 
de promoção da saúde e de prevenção de doenças, em conjunto com o SESMT, com 
a realização de cursos, palestras e treinamentos; 
Cabe aos trabalhadores cooperar com a gestão da CIPA, indicar situações de 
riscos e auxiliando a sugerir melhorias para as condições de trabalho. 
O ministério do trabalho, através da superintendência regional do trabalho, 
fiscaliza a organização das CIPAs, autuando e multando as empresas que não 
estejam cumprindo a lei. 
 
 
26 
 
4 RECOMENDAÇÕES NORMATIVAS 
 
4.1 Condições gerais dos Canteiros de Obra 
 
 Os riscos encontrados nos canteiros de obras que não recebem a devida 
atenção quanto às disposições e organização são numerosos e por isso se tornou um 
dos principais tópicos quando o assunto é segurança na construção civil. 
 
4.1.1 Organização dos canteiros de obras 
 
Uma das causas dos acidentes de trabalho na construção civil é a precária 
organização dos canteiros de obras. Conhecemos por organização, a reunião de 
atividades que tem por objetivo estabelecer e manter as condições ideais de trabalho. 
A organização e limpeza do canteiro é fundamental para facilitar o trabalho e 
diminuir os riscos de acidente, deixando-o conveniente para a execução da obra nas 
melhores condições possíveis. O canteiro organizado propicia otimização dos 
trabalhos, redução de distâncias, melhoria no fluxode pessoas e materiais, além de 
economia, qualidade e, principalmente, segurança. 
A maioria das obras não ganha a devida atenção para a organização 
satisfatória do canteiro por este ser provisório e as estruturas não permanecerem por 
muito tempo. Porém os canteiros não são temporários para o trabalhador que os 
utiliza, por isso, devemos dedicar a eles igual atenção que dedicamos às instalações 
definitivas. A proteção e as práticas de higiene devem fazer parte da rotina. (NR 18, 
item 18.29) 
Instalações provisórias de um canteiro de obras são o conjunto dos serviços 
temporários referentes as diversas atividades da futura edificação. Trata-se da 
construção de tapumes, depósitos de materiais, vias de acesso, equipamentos, 
instalações elétricas, etc. 
Antes da implantação do canteiro, porém, é necessário efetuar um 
planejamento que assegure o andamento normal dos trabalhos e a concretização das 
medidas preventivas na construção civil. A organização do canteiro deve ser feita 
antes do início da obra, integrando o planejamento e programação global da 
construção. Devem contemplar todas as etapas da obra, adotando e mantendo regras 
27 
 
para o trabalho seguro e medidas para assegurar o envolvimento e a cooperação dos 
trabalhadores, reduzindo gastos provenientes de retrabalho, perda de tempo e de 
materiais. O canteiro deverá ser preparado de acordo com a previsão de todas as 
necessidades, assim como a distribuição conveniente do espaço disponível. 
 
4.1.2 Planejamento do Canteiro de Obra 
 
O planejamento do canteiro tem sido um dos aspectos mais negligenciados na 
construção civil, e muitos engenheiros o fazem com o progresso da obra, resultando 
num deficiente arranjo físico do espaço. Existem diversos estudos que apontam a 
ausência ou insuficiência de planejamento como uma das principais causas da 
desordem da obra. 
O planejamento do canteiro é definido como o planejamento do layout e da 
logística das instalações provisórias, instalações de movimentação e armazenamento 
de materiais e instalações de segurança. 
Entende-se por layout, a disposição física de homens, materiais, equipamentos, 
áreas de trabalho e de estocagem e, de um modo geral, a disposição racional dos 
diversos serviços de uma empresa. 
O problema de layout do canteiro não pode ser separado da atividade de 
planejamento da produção, já que este define o ambiente no qual todos os trabalhos 
de construção são desempenhados, podendo facilitar ou dificultar a execução dos 
mesmos. 
Os itens básicos constituintes de um planejamento de canteiro são: 
a) definição dos elementos de proteção; 
b) definição das instalações provisórias; 
c) definição do sistema de transporte. 
Além disso, deve-se determinar as necessidades de estoque dos materiais 
mais volumosos (areia, cimento, tijolos, etc.) e a frequência de entrega; determinar o 
pico máximo de operários na obra e analisar a programação da obra. 
Deve-se procurar ao máximo reduzir e proteger os deslocamentos dos 
operários e clientes na obra, de forma a que não fiquem sujeitos às intempéries ou 
queda de materiais. O ideal seria não existir interferência entre os fluxos das pessoas 
28 
 
e equipamentos que circulam pelo canteiro. Cada um deveria possuir um percurso 
totalmente independente do outro, contribuindo, assim, para a diminuição dos 
acidentes e tempos improdutivos. 
Quanto às instalações, pode-se priorizar as instalações orientadas à mão-de-
obra (banheiros, vestiários e escritórios), seguidas por instalações orientadas aos 
materiais. É indispensável que o arranjo físico considere as necessidades de 
segurança, salubridade e higiene dos trabalhadores. 
Em um canteiro de obras, o gerenciamento visual dos processos, através da 
demarcação de áreas de estoque e vias de circulação, capacetes de cores diferentes 
para diferentes profissionais, sinalização identificadora de diversos setores do 
canteiro, é indispensável. 
Os princípios gerais a serem levados em consideração no projeto do layout do 
canteiro são: 
a) áreas para os equipamentos de transporte vertical de pessoas e cargas, 
como os elevadores ou guinchos; 
b) área do posto de produção da argamassa e concreto, o qual envolve a 
betoneira e os estoques de materiais relacionados; 
c) centrais de aço e fôrmas (bancadas, máquinas e estoques de madeira e 
aço); 
d) área de armazenamento de outros materiais; 
e) áreas de vivência (refeitório, vestiário, alojamento, banheiros, salas de 
aula); 
f) áreas de apoio (almoxarifado, escritório, guarita, portaria, plantão de 
vendas); 
g) área de depósito para entulho; 
h) acessos ao canteiro e vias de circulação interna, tanto para funcionários e 
visitantes quando para veículos. 
 
4.1.3 Vantagens do planejamento do canteiro 
 
Todas as obras, independentemente do tipo de terreno, devem possuir 
planejamento em seu canteiro. O correto posicionamento das instalações provisórias 
estão servem para: 
29 
 
a) obter a melhor utilização do espaço físico, possibilitando que homens e 
máquinas trabalhem com segurança e eficiência, facilitando o fluxo de materiais, 
equipamentos e mão-de-obra, através da minimização de movimentações destes; 
b) conceber um ambiente de trabalho seguro e adequado às atividades a serem 
desenvolvidas ao longo da construção. A produtividade da movimentação aumenta 
quando as condições de trabalho tornam-se mais seguras. 
c) reduzir custos e tempo de construção, minimizando distâncias de viagem e 
retrabalhos, aumentando o tempo produtivo; 
d) prover condições técnicas para se alcançar uma obra com qualidade; 
e) dar segurança a todos que circulam no canteiro, que se dá, principalmente, 
quando se proporciona uma melhor visualização das circulações internas e externas 
do canteiro. 
 
4.1.4 Áreas de vivência 
 
 De acordo com a NR 18, item 18.4, as áreas de vivência devem dispor de: 
instalações sanitárias, vestiários, alojamento, locais de refeição, cozinha (quando 
houver preparo de refeições), lavanderia, área de lazer e ambulatório. 
Obs: Alojamento, lavanderia e área de lazer são obrigatórios apenas onde houver 
trabalhadores alojados, por isso não será comentado. 
O canteiro é a segunda casa de muitos trabalhadores. Por isso, as áreas de 
vivência deverão ser mantidas em perfeito estado de conservação, estando sempre 
limpas, arejadas, iluminadas. Todas as áreas de vivência devem ter padrão de 
qualidade pelo conforto e proteção do trabalhador. 
 Seguem as recomendações da NR 24 – Instalações Sanitárias e de Conforto 
nos Locais de Trabalho, que expressa os requisitos mínimos de higiene e conforto nas 
instalações sanitárias, vestiários e refeitórios. 
Os vestiários, banheiros e refeitórios devem oferecer condições satisfatórias de 
isolamento térmico, ventilação e iluminação. Aspectos como a limpeza, sinalização, 
facilidade de acesso de circulação a todos os pontos do ambiente de trabalho 
contribuem para esses propósitos. 
30 
 
4.1.4.1 Instalações Sanitárias 
 
Instalações sanitárias constituem o local destinado ao asseio corporal e/ou 
atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. 
Deverão ser constituídas de paredes e pisos laváveis e resistentes. O piso 
ainda deve ser impermeável com antiderrapante para evitar escorregões. A limpeza 
desses locais deve ser feita regularmente. 
Os banheiros não podem ficar mais de 150 metros de distância das frentes de 
trabalho, instalados em local de fácil acesso. O pé direito deve ter, no mínimo, dois 
metros e meio de altura ou o que determinar o Código de Obras do Município. 
Mulheres precisam de banheiros exclusivos. 
Os vasos sanitários e os mictórios (um para cada 20 trabalhadores) devem ter 
caixa de descarga ou válvula automática, ser provido de assento e tampa, abastecido 
de papel higiênico e isolado por porta com trinco. Nos lavatórios, torneiras de metal 
ou plástico. Para a coleta de papéis, deve haver uma cesta com tampaao lado do 
lavatório e do vaso sanitário. 
Para o banho, deve ser dimensionado um chuveiro com área mínima de 0,80m² 
para cada grupo de 10 trabalhadores. Nessa área deve existir ainda suporte para 
sabonete e toalha. O chuveiro deve ser aterrado e o piso deve ter caimento para 
escoamento da água. 
Todo o sistema deve estar ligado ao esgoto ou fossa séptica. 
 
4.1.4.2 Vestiários 
 
Os vestiários deverão ter pisos e paredes resistentes e laváveis, de alvenaria 
ou madeira, cobertura e instalações elétricas corretamente dimensionadas e 
instaladas. 
Devem ficar perto do alojamento ou da entrada da obra, sem ligação direta com 
o refeitório e com, no mínimo, 2,50m de pé direito, ou a medida determinada no Código 
de Obras do Município. 
Deve-se disponibilizar armários individuas com cadeado ou fechadura para 
cada trabalhador, que permitam a separação dos pertences e bancos com largura 
mínima de 0,30m e espaço suficiente para todos. 
31 
 
Recomenda-se para os vestiários, uma área de 0,50m²/operário e que disponha 
de equipamentos de combate a incêndio. 
 
4.1.4.3 Cozinha e Refeitório 
 
A cozinha e o refeitório devem ser cobertos, com pé-direito mínimo de 2,80m 
ou o que determinar o Código de Obras do Município, com iluminação e ventilação 
adequadas, não podendo, portanto serem construídos em porões ou subsolos. 
A cozinha deve ficar adjacente ao local para refeições e com ligação para o 
mesmo através de aberturas por onde serão servidas as refeições, e não podem 
comunicar-se com outros locais de trabalho ou instalações sanitárias. 
O refeitório deve ter capacidade e assentos para atender todos os 
trabalhadores, mesmo que em horários alternados. Recomenda-se uma área de no 
mínimo 0,75m²/operário. 
Os tampões das mesas devem ser lisos ou forradas com material impermeável 
para facilitar a limpeza. O piso deve ser de concreto, cimento ou material fácil de lavar. 
Os alimentos devem ser conservados em geladeira e o aquecimento das 
refeições dos trabalhadores devem ter local exclusivo. 
Os botijões de gás, em uso, cheio ou vazios, devem ser instalados, 
obrigatoriamente fora da cozinha, na parte externa, em local ventilado e coberto, com 
cobertura de material resistente ao fogo. 
Restos de comida devem ser jogados em lixos com tampas e sinalização 
indicativa, por isso, o local para refeições deve ter latões de lixo em quantidade 
suficiente para recolhimento dos restos de comida e detritos. A coleta de restos de 
comida e limpeza das mesas deve ser feita no final da refeição. 
O refeitório deve dispor de lavatórios para não precisar ir até o sanitário lavar 
as mãos antes e depois das refeições. Deve também ser construído um tanque para 
lavagem de panelas e uma pia para pratos, copos e talheres com revestimento interno 
de azulejo ou cimentado liso. 
 
4.1.4.4 Bebedouros 
É primordial disponibilizar aos trabalhadores água potável fresca filtrada ou de 
garrafão. A distância entre o posto de trabalho e o bebedouro não pode ser superior 
32 
 
a 100m no plano horizontal e a 15m no plano vertical. O bebedouro deverá ser 
instalado na proporção de um para cada grupo de 25 trabalhadores. Não permitir o 
uso de copo coletivo nos postos de trabalho. 
 
4.1.4.5 Ambulatório 
 
Se houver mais de 50 operários nas frentes de trabalho, fundamental ter um 
ambulatório para casos de emergência. 
 
4.1.5 Áreas de Apoio 
 
 As áreas de apoio (almoxarifado, guarita ou portaria, escritório e plantão de 
vendas) compreendem aquelas instalações que desempenham funções de apoio à 
produção, abrigando funcionários durante a maior parte do tempo da jornada diária de 
trabalho, ao contrário do que ocorre nas áreas de vivência, as quais só são ocupadas 
em horários específicos. 
 
 4.1.5.1 Tapume 
 
É obrigatória a colocação de tapumes ou barreiras sempre que se executarem 
atividades da indústria da construção, tratando-se de um painel contínuo, feita no 
alinhamento da rua e ao redor de toda obra. Serve para fechamento do canteiro de 
obras, de modo a impedir ou dificultar a entrada de pessoas não autorizadas e também 
a saída indevida de materiais e equipamentos, e proteger o público contra possíveis 
efeitos prejudiciais que decorram da execução dos trabalhos. 
Podem ser usados diversos materiais para a construção do tapume, tais como 
madeira, compensado, concreto ou tela de alambrado. O importante é considerar o 
Código de Obras da cidade e os objetivos antes de escolher o material. A construção 
deve ser resistente e ter uma altura mínima de 2,20m em relação ao nível do terreno, 
segundo NR 18, item 18.30.2. 
 
4.1.5.2 Almoxarifado 
 
Deve ser instalado próximo a entrada, ou no centro do terreno, de modo que 
permita uma fácil distribuição dos materiais pelo canteiro de obra. 
33 
 
A finalidade do almoxarifado é manter materiais de pequeno porte e fácil 
extravio guardados. Deve ser mantido limpo, organizado e identificado, de modo a não 
prejudicar o trânsito de pessoas, a circulação de materiais e o acesso aos 
equipamentos de combate ao incêndio. 
O almoxarife deve ainda manter as ferramentas manuais e elétricas portáteis 
em boas condições de uso e somente fornecê-las sem nenhum defeito, e conferi-las 
ao recebê-las de volta, manter o estoque mínimo do material de segurança, alertando 
quando a necessidade de reposição e entregar equipamentos de segurança limpos, 
auxiliando o trabalhador com a orientação de uso. 
 
4.1.5.3 Portaria 
 
A função da portaria é de controlar a entrada e saída de pessoas e caminhões, 
portanto exige-se que esta instalação localize-se junto ao portão de entrada, 
localizada de modo que o vigia possa controlar os acessos da obra. 
O encarregado ou chefe da portaria não deve permitir a entrada de visitantes 
sem os equipamentos de segurança determinados pela Administração da Obra, por 
isso, é na portaria que devem ser guardados e distribuídos os capacetes para 
visitantes. 
 
4.1.6 Acessos ao Canteiro e Vias de Circulação 
 
É fundamental que a localização do(s) portão(ões) de acesso sejam bem 
estudada. 
Quando se define o local do portão de entrada de pessoas deve-se verificar a 
necessidade de construir um acesso coberto desde este portão até a área edificada, 
afim de garantir a segurança de operários, clientes, e visitantes ao entrarem e saírem 
do canteiro. Quando, no percurso entre a portaria e a edificação, houver risco de 
queda de materiais, recomenda-se a sua cobertura com madeira ou tela, ficando este 
acesso como circulação obrigatória. As vias de circulação, no interior do canteiro, 
devem ter largura mínima de 1,00 m (um metro) e serem mantidas permanentemente 
desobstruídas. 
34 
 
Para o bom aproveitamento da área dos canteiros e prevenção de riscos aos 
trabalhadores é importante que passagens e corredores fiquem sempre limpos, sem 
pedras, entulhos ou equipamentos soltos nos postos de trabalho, mantendo as vias 
de circulação, passagens e escadarias desobstruídas. 
 
4.1.7 Áreas para Armazenamento de Materiais 
 
 Deve-se tentar, na medida do possível, armazenar todos os materiais no 
subsolo, liberando o pavimento térreo para a locação exclusiva das instalações 
provisórias, favorecendo desta forma, a manutenção da limpeza nesta região do 
canteiro. Também justificando a opção pelos subsolos, têm-se o fato que esta é uma 
área protegida das intempéries e quase que totalmente desobstruída, facilitando o 
estoque e circulação de materiais e trabalhadores. 
 Para facilitar o trabalho, a obra pode ficar abastecida de lixeiras 
adequadas e caçambas metálicas por todo canteiro. 
A faxina é necessária frequentemente, principalmente para evitar poeira 
excessiva. 
 
4.2 Sinalização de Segurança 
 
O trabalho de melhorias da segurança depende da dedicação intensiva de 
todos os envolvidos na organização, incluindo o apoio dos participantes, trabalho de 
motivação e conscientização das pessoas. Para os operários,a parte de comunicação 
visual alertando sobre as possibilidades de acidente no trabalho é fundamental. 
A sinalização em obras baseia-se na NR 26 – Sinalização de Segurança. 
Consistem em placas, luzes, alarmes e sirenes que podem salvar vidas: ela não 
elimina riscos, porém identifica o perigo antes dele aparecer. Mas para funcionar, os 
operários devem ficar atentos. As obras mudam o tempo todo, e as ameaças também. 
O importante é manter a comunicação com os operários e alertar quanto aos ricos. 
Todos os locais do canteiro precisam de sinalização de indicações de saída, de 
locais de usos comum, e, principalmente de atenção. Nas vias públicas, os pedestres 
e motoristas também precisam de aviso. Os operários devem vestir coletes ou tiras 
refletivas na região do tórax. 
35 
 
Grua, guincho, betoneira, elevadores só podem ser operados por quem tem 
qualificação. No local onde essas máquinas estiverem é fundamental colocar placa 
com nome completo e foto do operador. As advertências são ainda indispensáveis 
para substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis ou radioativas. 
As cores estimulam a percepção, mas devem ser usadas de forma racional , a 
fim de evitar distração, confusão ou cansaço na visão. O vermelho identifica os 
equipamentos de proteção e combate a incêndio, como alarmes, extintores e saídas 
de emergência. A cor laranja indica perigo e á aplicada nas partes móveis das 
máquinas, nos equipamentos e nas faces internas das caixas de dispositivos elétricos. 
O verde significa segurança e localiza áreas de vivencia. O azul indica ações 
obrigatórias, como o uso dos equipamentos de segurança. 
Para não confundir o trabalhador, placas estragadas ou com cores desbotadas 
devem ser substituídas e a sinalização que já não serve mais, retirada. 
 
4.3 Equipamentos de Proteção Individual – EPIs 
 
Segundo o conceito da Norma Regulamentadora NR 06 – Equipamentos de 
proteção Individual, são todos os dispositivos ou produtos, acessórios ou vestimentas 
de uso individual, utilizados pelo trabalhador, destinado a proteger os possíveis riscos 
que ameaçam sua segurança e saúde. 
Sempre que as medidas de ordem geral não oferecem completa proteção 
contra os riscos de acidentes ou doenças do trabalho; enquanto as medidas de 
proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e para atender as situações de 
emergência, os EPIs devem ser utilizados, de acordo com a Norma regente. 
Atualmente, a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual é obrigatória e de 
extrema importância à saúde e segurança do trabalhador. 
As empresas são obrigadas a fornecer os equipamentos, o que é estabelecido 
pela NR 06, publicada em 1978 e atualizada pela última vez em 2010, fundamentada 
pelo Artigo 166 da CLT: “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao risco e em perfeito 
estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas e ordem geral não 
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos 
empregados.” 
36 
 
A empresa é responsável por adquirir o tipo de EPI adequado à atividade do 
empregado; fornecer ao empregado somente o EPI aprovado; treinar e instruir o 
trabalhador sobre seu uso adequado e torná-lo obrigatório; higienizar e fazer a 
manutenção do material e substitui-lo quando danificado ou extraviado. O 
fornecimento dos EPIs deve ser sempre registrado, seja em livros, fichas ou 
computador. 
Porém, além da obrigatoriedade, as empresas têm se tornado cada vez mais 
conscientes da importância de investir em EPIs e da própria responsabilidade na 
prevenção dos acidentes de trabalho. O uso de EPIs pelos operários da construção 
civil reduz o custo total de mão-de-obra em função da eliminação do valor pago ao 
total do adicional de insalubridade. 
A empresa, porém, não é a única encarregada de zelar pela segurança. Isso 
também é responsabilidade dos operários. Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a 
usá-lo apenas para a finalidade destinada; responsabilizar-se por sua guarda e 
conservação e comunicar ao empregador de qualquer dano. 
Os aparelhos devem estar de acordo com as normas técnicas respectivas da 
NR 06 e com o risco da atividade. As orientações são dadas pelo Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e pela 
Comissão de Prevenção de Acidentes (CIPA). 
Existem instrumentos adequados para cada etapa de serviço. Os EPIs devem 
ser escolhidos de acordo com os riscos pré-identificados, ou seja, a escolha deve se 
basear no estudo e avaliação de riscos existentes no local de trabalho, compreendido 
no item 18.23 na NR 18. 
Protetores faciais e óculos de segurança são destinados à proteção dos olhos 
e da face contra lesões ocasionados por partículas, respingos, poeiras, vapores de 
produtos químicos e radiações luminosas; máscaras especiais são indicadas para 
soldadores nos trabalhos de soldagem e corte; capuz e capacetes para proteção 
contra choques, queimaduras, impactos e agentes térmicos. 
Além destes, para membros superiores são indicadas luvas em trabalhos que 
houver perigo de lesão provocada por materiais ou objetos cortantes ou perfurantes, 
como pregos ou cacos de vidros; produtos químicos corrosivos ou tóxicos; materiais 
ou objetos aquecidos; choques elétricos; entre outros. 
 Já para a proteção dos membros inferiores, o trabalhador deve executar seus 
serviços com calçados fechados, resistentes contra cortes, impactos ou choques, e 
37 
 
impermeáveis, sendo proibido o uso de sandálias ou chinelos. As calças evitam 
machucados e impedem o contato com o cimento. Os macacões, aventais e as roupas 
de corpo inteiro evitam riscos químicos, mecânicos, radioativos e térmicos. 
Os equipamentos de proteção contra choques, em trabalhos com eletricidade, 
exigidos na NR 18, item 18.21 são: botinas de couro com solado isolante, óculos de 
segurança, capacete, luvas isolantes e de cobertura, e vestimenta adequada à 
atividade elétrica, como roupas compridas e secas. Não se deve trabalhar com a roupa 
ou o corpo molhado. Nunca se deve usar adornos pessoais no trabalho com 
eletricidade como relógio, anéis, pulseiras, etc., eles podem gerar acidente pela 
condução elétrica. 
Quem trabalha em locais em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido 
na NR 15, ou seja, 85 dB para oito horas de exposição, não pode ficar sem protetores 
auditivos. Os respiradores servem para quem fica exposto a vapores, poeira, névoa 
e gases. 
Para proteção contra quedas com diferença de nível com mais de dois metros 
(atividades executadas em andaimes, na beirada de prédios, subidas em telhados), a 
NR 18, item 18.13, determina as normas para a utilização de EPIs para trabalho em 
altura, que garante a retenção segura em caso de queda, na qual a força de impacto 
não provoque lesões corporais. Um sistema contra queda de altura é composto por: 
a) Cinto de segurança do tipo paraquedista e cinturão abdominal, destinados a 
reter o trabalhador em caso de quedas, compostos por fitas, fivelas de ajuste e engate, 
argolas e mosquetões; 
b) elo entre o cinturão e um ponto de ancoragem: trava-quedas ou talabarte de 
segurança, confeccionados em corda sintética, cabo de aço, fita sintética ou corrente, 
que garantem um suporte para o posicionamento ou restringem a movimentação, 
evitando assim que algum indivíduo alcance zonas onde exista o perigo de queda e 
altura; 
c) Ponto de ancoragem: funciona como um ponto seguro para conectar linha 
de vida, talabarte, trava-queda ou qualquer outro sistema se resgate e acesso, como 
componentes estruturais - vigas ou pilares, não podendo ser em paredes de alvenaria. 
Devem apresentar boas condições de solda, sem corrosão ou desgaste nas 
conexões. 
38 
 
*Talabarte com comprimento acima de 0,9 m precisa obrigatoriamente ter um 
absorvedor de energia (amortecedor). O talabarte e o sistema de amortecedordevem 
ficar a cima da linha da cintura, ajustados de forma a impedir queda ou colisão. 
*Trava-quedas é usado caso seja necessária a movimentação horizontal ou vertical. 
Os equipamentos devem ser testados e aprovados. A garantia de segurança é 
um certificado de aprovação, mais conhecido como CA, emitido pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego, com validade de cinco anos, juntamente com o selo do 
INMETRO. Todos os EPIs deverão apresentar, em caracteres indeléveis e bem 
visíveis, em português, o nome do fabricante, o lote e o número do CA - informações 
que devem resistir aos efeitos do tempo. 
Para fornecer uma proteção eficaz contra os riscos, o EPI deve se manter útil, 
durável e resistente, frente às inúmeras ações e influências, de forma que sua função 
de proteção seja garantida durante toda sua vida útil. Dentre as ações que garante a 
segurança dos EPIs são: armazenamento em local seco e arejado; limpeza e 
manutenção adequadas; proteção a contato com produtos químicos; inspeção 
periódica com análise de possíveis desgastes devido à natureza do trabalho. 
Vale lembrar ainda que o simples fornecimento do equipamento de proteção 
individual não exime o empregador da responsabilidade de adotar as medidas que 
conduzam à diminuição ou eliminação dos agentes nocivos, como frio e calor 
excessivo, ruídos, etc; além também, do sistema de proteção coletiva. 
 
4.4 Sistemas de Proteção Coletiva 
 
 De acordo com a NR 18, item 18.13: É obrigatória a instalação de proteção 
coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais. 
 
4.4.1 Sistema Guarda-Corpo-Rodapé (GcR) 
 
Esse sistema, de instalação obrigatória, destina-se a promover a proteção 
contra riscos de queda de pessoas, materiais e ferramentas, a partir da primeira laje. 
 Assim como todo sistema de proteção coletiva, deve ter projeto de execução 
de acordo com as etapas da obra, especificações técnicas e cronograma de instalação 
das medidas preventivas. Todos esses documentos fazem parte do PCMAT. 
39 
 
O GcR deve ser construído com materiais rígidos e resistentes, 
convenientemente fixados e instalados nos pontos de plataformas, áreas de trabalho 
e de circulação onde haja risco de queda. Em caso de madeira, deve bem escolhida, 
sem aparas, nós, rachaduras ou falhas. 
Todo GcR tem regras detalhadas, estabelecidas pela NR18, a serem 
obedecidas. Como elementos construtivos, o GcR tem: 
- travessão superior, formado parapeito, serve como anteparo rígido de proteção. 
Deve ser instalado a 1,20m ou até a altura suficiente para a segurança. Deve ter 
resistência mínima a esforços concentrados de 150kgf por metro linear, no meio da 
estrutura. 
- travessão intermediário fica entre o rodapé e o travessão superior, a 0,70m de altura. 
-rodapé: elemento apoiado sobre o piso de trabalho que objetiva impedir a queda de 
objetos. Formado por peça plana e resistente com altura mínima de 0,20m de mesmas 
características e resistências dos travessões. 
-o montante compõe-se de elemento vertical que serve para fixar o GcR à superfície 
de trabalho ou de circulação, além de prender os travessões e o rodapé. As distâncias 
entre eles devem ser de, no máximo, 1,50m. 
Para impedir a queda de materiais, uma tela deve ser fixada para fechar o 
espaço entre os travessões e o rodapé. 
 
4.4.2 Barreiras com redes 
 
Em trabalhos em altura, as redes possuem papel primordial para anular os 
riscos de queda de materiais. A principal diferença entre o sistema de barreira com 
rede e o de guarda-corpo e rodapé está nas barras horizontais. 
Para as barreiras com rede, as extremidades precisam ser fixadas na estrutura 
definitiva da construção, sendo o vão entre o elemento superior e inferior fechado 
unicamente por uma rede com malha de abertura de intervalo entre 20mm e 40mm. 
A barra de cima, feita de aço ou tubo metálico, funciona como parapeito e fica 
a 1,20m do piso. Se a barra de baixo também for feita de um desses dois materiais, 
deve ficar rente ao piso. A fixação deve ser colocada a cada 0,50m, servindo também 
de estrutura para a tela, que cobre todo espaço entre as barras de cima e as de baixo. 
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A armação precisa ser contínua, uniforme e feita na vertical. Em qualquer ponto do 
sistema (elementos superior e inferior, tela ou rede de fixação) deve haver uma 
resistência mínima a esforços horizontais de 150 kgf. 
 
4.4.3 Vãos de acesso 
 
 Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento vertical 
provisório, com material resistente, como um sistema de GcR ou de painel inteiriço de 
no mínimo 1,20m de altura, fixado à estrutura da edificação até a colocação definitiva 
das portas. Obrigatória em todos os níveis das edificações. 
 A proteção tem que ser sólida, fixada em peça metálica ou de madeira. Não 
pode apresentar frestas ou falhas, para impedir a queda de qualquer material. 
 
4.4.4 Aberturas em piso 
 
Todas as aberturas no piso ou na laje da construção exigem medidas de 
segurança. Quando as aberturas no piso são utilizadas para o transporte de materiais 
e equipamentos, devem também sem protegidas. O ponto de entrada ou saída de 
material deve ser protegida por cercados ou barreiras do tipo cancela ou similar. 
Se o vão aberto não está sendo usado para transportes de materiais e 
equipamentos, deve ser dotada de proteção sólida, na forma de fechamento provisório 
fixo (guara-corpo ou assoalho provisório) sem frestas ou falhas. Vários tipos de 
guarda-corpo podem ser utilizados: de madeira, de estrutura metálica ou mistos. 
Em todo o perímetro e nas proximidades de vãos e/ou aberturas das superfícies 
de trabalho da edificação devem ser previstos e instalados elementos de fixação ou 
apoio para cabo-guia/cinto de segurança, a serem utilizados em atividades junto ou 
nessas áreas expostas de trabalho, possibilitando aos trabalhadores, dessa forma, o 
alcance seguro de todos os pontos da superfície de trabalho. 
 
4.4.5 Plataformas de proteção: Bandejas 
 
O trabalho em altura requer o uso cuidadoso de plataformas de proteção. 
Sempre que a obra atingir mais de quatro pavimentos, é obrigatório instalar a 
plataforma principal e as secundárias em todo perímetro da construção. Elas impedem 
41 
 
que os trabalhadores sejam feridos se qualquer ferramenta ou material cair, 
garantindo a qualidade e a segurança do trabalho. 
Estas plataformas devem ser rígidas e dimensionadas de modo a resistir aos 
possíveis impactos a qual estarão sujeiras, conforme a NR 18. 
A plataforma principal de proteção deve ser instalada na altura da primeira laje, 
em balanço ou apoiada, e a cada três lajes deve haver uma plataforma secundária. 
Recomenda-se que na própria laje concretada sejam previstos e instalados meios de 
fixação ou apoio para as vigas, perfis metálicos ou equivalentes (ganchos, forquilhas, 
etc). A fixação da plataforma na laje concretada deve ser planejada com antecedência. 
A plataforma principal deve ter projeção horizontal mínima de 2,50m e um 
complemento de 0,80m, com inclinação de 45 graus a partir da extremidade. Já a 
plataforma secundária deve ter no mínimo, 1,40m de projeção horizontal e 
complemento igual ao da plataforma horizontal. 
Nas construções em que os pavimentos mais altos forem recuados, a 
plataforma principal deve ser instalada na primeira laje recuada e as secundárias a 
partir da quarta laje. Se a construção tiver pavimentos no subsolo, as plataformas 
terciárias entram a cada duas lajes, a partir da plataforma principal até o subsolo. 
Essas plataformas devem ter, no mínimo 2,20m de projeção horizontal da face externa 
da construção e o complemento de 0,80m de extensão com inclinação de 45 graus, a 
partir de sua extremidade. 
Todo o perímetro da construção deve ser fechado com tela, bem fixa nas 
extremidades dos complementos das plataformas. 
O estrado das plataformas deverá ser contínuo, sem nenhuma imperfeição ou 
vãos. Os recortes para as

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