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_Apostila_Modulo_1254_16 _DIACONIA

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2 
ÍNDICE 
1. AULA I 
1.1. Introdução 
1.2. Diaconia como teologia prática 
2. AULA II 
2.1. Ortodoxia e ortopraxia 
2.2. As definições etimológicas 
3. AULA III 
3.1. Diaconia no Antigo Testamento 
4. AULA IV 
4.1. Diaconia para além do ofício 
5. AULA V 
5.1. Diaconia como serviço espiritual 
5.2. A noção neotestamentária de espiritualidade 
6. AULA VI 
6.1. Base bíblica para a diaconia 
6.2. A diaconia de Jesus 
7. AULA VII 
7.1. A diaconia de Jesus: modelo de liderança baseada no servir 
7.2. A diaconia de Jesus como convocação para servir 
8. AULA VIII 
8.1. Duas metáforas 
8.2. Definindo a ética cristã 
8.3. Ética diaconal 
9. AULA IX 
9.1. Ética diaconal 
9.2. Atitudes em relação à Diaconia 
9.3. A diaconia feminina 
9.4. Jesus quebrou a tradição 
9.5. Uma combinação improvável de mulheres que serviam a Jesus 
10. AULA X 
10.1. A Igreja e a Diaconia 
10.2. O ministério do diácono 
10.3. Áreas de atuação do ministério diaconal 
 
 3 
AULA I 
Introdução 
Não servindo à vista, como para agradar aos 
homens, mas como servos de Cristo, fazendo de 
coração a vontade de Deus; Servindo de boa 
vontade como ao Senhor, e não como aos 
homens. Sabendo que cada um receberá do 
Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja 
livre. 
Efésios 6:6-8 
A Bíblia Sagrada é um manual prático de diaconia. Tudo que quisermos aprender a 
respeito de diaconia, tanto no contexto veterotestamentário quanto do 
neotestamentário, encontraremos descrito na Palavra de Deus. 
Ela é a base, nossa orientação em todos os sentidos. Conduziremo-nos nessa 
disciplina considerando todas as referências pertinentes a respeito de tudo que a 
Bíblia apresenta para essa disciplina. 
Em geral, quando se fala em diaconia no cristianismo pretende-se afirmar o ministério 
da Igreja relativo às necessidades humanas materiais e espirituais, de assistência ou 
de solidariedade. 
Diaconia trata-se de um aspecto muito amplo, não apenas cargos e funções. trata-se 
de prestação de serviço, e a igreja deve desempenhá-la não como uma função 
específica, mas como um ministério de prestação de serviço às pessoas. 
O estudo da diaconia desenvolve em nós o pensamento correto de que não 
trabalhamos na igreja para atender a um aspecto pessoal, mas um ministério 
específico da igreja para tratar das necessidades das pessoas 
A essência da diácono é o serviço: sem serviço a diaconia é impossível. Nosso 
exercício ministerial tem como objetivo final alcançar as pessoas. Neste sentido mais 
amplo, todos os trabalhos e ministérios da igreja apresentam natureza diaconal. 
A diaconia é de extrema relevância na vida da igreja. Ela caminha lado a lado como 
o ministério pastoral, dando o suporte necessário para o desenvolvimento da obra do 
Senhor. As ações pastorais transcendem o aspecto teórico, tendo que alcançar as 
pessoas pelo inteiro, tanto na razão quanto nas necessidades físicas. 
Diaconia como teologia prática 
A teologia Bíblica da Diaconia é um ramo da teologia prática. A Teologia Prática cuida 
da aplicação prática das verdade stratadas na teologia em geral, especialmente na 
sistemática, visando uma vida espiritual coerente com o ensino proposto. A teologia 
bíblica da diaconia trabalha a aplicação que fazemos em comunidade daquilo que se 
aprende por meio do estudo da Palavra. 
 
 4 
A teologia prática nos apresenta a ideia de que o conhecimento teológico só terá 
proveito na vida do estudante se for apresentado de forma que destaque e exalte a 
prática das verdades reveladas. Enquanto a teologia sistemática nos apresenta o 
conhecimento da verdade, a diaconia revela-nos o aspecto prático de como vivê-lo 
diariamente. 
Toda igreja deve estar inserida em uma comunidade, e quando falamos de teologia 
prática, admitimos que o papel da teologia prática é dialogar com essas ações para 
que se supere a dicotomia entre o que a igreja é e o que representa na sociedade. 
Inserida em seu local específico, a Igreja será conhecida não somente por seu ensino, 
mas também por suas ações. 
A principal fonte teórica da teologia é a Escritura Sagrada que, como Palavra, conduz 
o homem à Ortopraxia (serviço ao próximo). Nossas ações diaconais no ministério 
devem sempre estar sendo medidas, pois temos tendência a acomodação e 
centralização do eu. Uma análise de nosso procedimento ministerial à luz do 
Evangelho permitirá que não machuquemos o ministério. 
Há três fatores essenciais que devem ser observados na avaliação da prática pela 
ótica do Evangelho: 
1. A consciência da vontade de Deus 
2. A comunicação relevante com o mundo 
3. Os valores transformadores do Reino 
A teologia prática é um estudo teórico da práxis da Igreja em, seu contexto imediato. 
É a Igreja como corpo de Cristo se movendo sobre o mundo discernindo a vontade 
de seu cabeça, Cristo, e executando-a com amor e fidelidade. É o corpo de Cristo 
estendendo seus braços para os perdidos, tocando com suas mãos para curar os 
feridos, falando suas palavras de amor e transformação, cumprindo assim seu 
propósito de sal da terra e luz do mundo. 
Sem o aspecto prático, não temos teologia mas sim uma filosofia cristã abstrata, vazia 
quanto à prática e que não é suficiente para atender às necessidades dos homens. 
Por isso a verdadeira teologia se apresenta como verdades que se desdobram em 
caminhos práticos a serem seguidos dentro da sociedade em que vivemos. A teologia 
bíblica da diaconia trabalha a aplicação que fazemos em comunidade daquilo que se 
aprende por meio do estudo da Palavra. 
 
 5 
AULA II 
Ortodoxia e ortopraxia 
● Ortodoxia: é a ideia da crença ou religião correta. Propõe esse raciocínio e nos 
dá o conhecimento disso; 
● Ortopraxia: a prática correta dessa crença. É a religião sendo levada a efeito; 
Enquanto a ortodoxia nos apresenta conceitos, ideias e valores da religião correta, a 
ortopraxia seria o desenvolvimento do conhecimento prático correto dessa crença. 
Etimologicamente, a ortopraxia originou-se a partir dos termos orthos - reto - e prax 
prática. 
É importante conhecer a religião correta, mas é preciso também conhecer como deve 
ser a prática correta dessa religião ou crença. Quando criamos esses dois 
pensamentos partindo do significado dessas duas expressões, queremos que se 
tenha cuidado para não inverter os valores. Deve-se deixar claro que o religioso 
correto não é como o fariseu. 
Quanto mais a Igreja produzir ações diaconais, mais volumosa, encorpada e 
caracterizada fica a sua teologia. A partir daí, a diaconia ganhará sua relevância e 
importância como reflexão crítica sobre aquilo que a igreja faz a serviço de Deus na 
realidade humana. 
Precisamos compreender que aquilo que a Igreja faz de serviço a Deus só é 
compreendido e concretizado na realidade humana. Nossos esforços no agradar a 
Deus deve obedecer um padrão horizontal, isto é, atingindo as pessoas em suas reais 
necessidades. 
Na diaconia, reflexão e ação se entrelaçam e se complementam, pois a fé leva à ação. 
A diaconia pode ser desenvolvida por qualquer membro, pois sua concepção correta 
estende-se para além do ministério do diácono. 
As definições etimológicas 
● Diakoneo - “Servir” (verbo). É cognato com Lat. “conari”, “dar-se trabalho”. 
(Servir à mesa, estar à serviço da mesa). O significado envolve sujeição 
pessoal que era considerada indigna e desonrosa para um homem livre. 
● Diakonia - (1* substantivo) expressa as ocupações subentendidas pelo verbo. 
Significa “serviço” ou “cargo”. O substantivo “serviço” (diakonia) refere-se a um 
serviço no qual as forças e os bens são investidos a favor dos outros, e desse 
modo, a diaconia se revela como o elemento fundamental para a manutenção 
da comunhão (koinonia). 
● Diakonos (2* substantivo) denota “a pessoa” que leva a efeito a tarefa. Não 
basta apenas ter um título. 
 
 6 
● No grego, “Serviço” é representado por quatro palavras, as quais são: 
● Douleia (Doulos) - Significaservo, escravo, esm direito algum (Rm 8:15-21/ Gl 
4:24; 5:1 e Hb 2:15). A idéia de escravo aqui tratada salienta o cumprimento 
da vontade do seu Senhor. 
● Diakonia - Ministração ou serviço espiritual que aparece 33 vezes no novo 
testamento. Apresenta-nos a ideia de um auxiliar (Jo 2:5-9), capacitando-o a 
conhecer onde algo deve ser feito e colocar-se à disposição para o serviço 
cristão. 
● Latreia - Serviço reverente ou religioso, aparece 5 vezes no Novo Testamento 
referindo-se a qualquer espécie de ação oferecida em ambiente religioso. 
● Leitourgia - Serviço público, o mesmo que um serviço de culto ou Iliturgia (1Co 
14:26), sendo usado por 6 vezes no Novo Testamento. 
● O termo Bíblico “serviço” é a tradução do vocábulo grego (diakonia), que 
origina-se da raiz etimológica (diakonéo) ou (servir). 
● As expressões diakoneo (verbo), diakonia (substantivo) e diakonos (adjetivo) 
são empregadas no mundo bíblico sempre em um contexto geral de serviço. 
● No sentido teológico verificado, na maioria das vezes em que os termos 
ocorrem na Bíblia, como “serviço” da parte de Deus, de Jesus, dos anjos e dos 
discípulos de jesus, “oferecem uma referência prática” para o cumprimento da 
missão pode parte da igreja cristã contemporânea 
● No sentido neotestamentário, diakoneo difere do termo douleo, que indica o 
servir-escravo submisso, e que não oferece outra escolha, diakonei se refere 
à opção voluntária pelo servir em prol da outra pessoa 
● Esse serviço visa o bem estar do próximo numa perspectiva integral do corpo, 
alma, emoções, mente e espírito… Portanto, a diaconia desde suas origens 
está ligada ao cuidado de pessoas em necessidade em perspectiva integral. 
● Diakoneio - “Servir” (verbo), Lat. “conari”, “dar-se trabalho”. (Servir à mesa, 
estar à serviço da mesa). Envolve sujeição pessoal que era considerada 
indigna e desonrosa para um homem livre. 
 
 
 7 
AULA III 
Diaconia no Antigo Testamento 
No Antigo Testamento não aparece a palavra diakonia, por ser uma palavra de origem 
grega. Encontra-se-á, entretanto, termos associados. Partindo do conceito de que 
diaconia é servir ao próximo, movido pelo amor de Deus, e que isso envolve também 
cuidado, envolvimento e comprometimento é possível perceber o conceito de diaconia 
presente em textos do Antigo Testamento. 
● De certa forma, todos os profetas foram servos do Senhor, pois estavam à 
serviço de Deus para o próximo, ou seja, estavam realizando diaconia; 
● Os levitas também eram servos: não só no templo de Deus, mas também das 
pessoas porque cuidavam da casa e ensinavam as pessoas; 
● O “Serviço” era compreendido como um ato de adoração oferecido em formas 
de sacrifícios e rituais; 
● Desde os tempos mais remotos, o “serviço” era exercido como forma de buscar 
a Deus Gn 4:1-7 (qual serviço é mais digno?). Através da prática do serviço o 
homem considerava-se mais puro e digno de alcançar o Senhor; 
● Podemos tomar como base o sacrifício oferecido por Abel que foi considerado 
um serviço mais digno que Caim, levando-nos a compreender que nosso 
serviço não é medido apenas pela quantidade de esforço, mas pela qualidade 
e integridade de coração; 
● O termo “diakonos” e seus derivados no Antigo Testamento é limitado ao 
sentido profano e secular do termo, referindo-se a serviços como de copeiro, 
de mordomo, servo da corte, no sentido doulos (Ester 1:10); 
● Quando, porém, o serviço é oferecido a Deus, não é escravidão, mas uma 
experiência jubilosa e libertadora (Ex 3:12); 
● O uso mais significativo do termo “Servo” se vê num título messiânico, a mais 
proeminente designação técnica e pessoal para indicar o ensino do Antigo 
Testamento sobre o messias; 
● As principais passagens que falam a respeito encontram-se nos últimos 27 
capítulos de Isaías. Cabe aqui destacar as seguintes referências: Isaías 52:13 
e Isaías 53:12; 
● A diaconia, isto é, o serviço de Deus ao próximo, tem como objetivo ser a 
presença de Deus concreta entre as pessoas. Diaconia é um sinal de Deus 
conosco, o Emanuel (Is 7:14). o qual se dá através da ação. 
 
 8 
● Diaconia sempre estará ligada a ação. É impossível deus estar presente e não 
haver ação de Deus para o benefício dos santos; 
 
 
 9 
AULA IV 
A diaconia para além do ofício 
Diakonos vem de uma palavra composta grega que significa “fazer a poeira subir”. A 
imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas 
obrigações que seus pés levantam poeira quando passam, fazendo-a rodopiar. 
Havia tanto para os diáconos fazerem que eles não podiam parar ou demorar-se. 
“Eles ocupavam-se de seus ministérios com tal diligência que levantavam a poeira”. 
A diaconia, portanto, pode ser definida como serviço da igreja em serviço das 
pessoas, lembrando que o ministério diaconal é mais função e atividade que ofício. 
A diaconia não deve ser praticada por alguém entendendo que é uma tarefa 
específica que lhe foi dada por Cristo, mas sim porque a diaconia faz parte da vida 
cristã e da igreja como corpo de Cristo. 
O grande desafio para a diaconia atualmente é ser uma diaconia que transforma, pois 
não o sendo nossas ações são estéreis e não produzem efeito. A diaconia é uma 
assistência que leva a pessoa a sair do estado de necessidade para o que atende a 
necessidades. 
Se a diaconia é serviço realizado e motivado pelo amor de Deus em favor das pessoas 
em seu contexto, como podemos transformar a sociedade em que vivemos? 
Estendendo a mão e ajudando o outro a levantar. Portanto, a diaconia tem um sentido 
mais amplo do que o servir à mesa, e descreve o relacionamento das pessoas entre 
si, e além disso o relacionamento de Jesus para com as pessoas. 
Jesus como grande diácono que foi conseguiu cumprir sua missão: ao mesmo tempo 
que perdoava pecados, restabelecendo relacionamentos com Deus, também curava 
e restabelecia relacionamentos entre pessoas que se sentiam excluídas e outras que 
estavam marginalizadas pela sociedade. 
 
 10 
AULA V 
Diaconia como serviço espiritual 
Diaconia como serviço espiritual é uma prática da espiritualidade gerada no homem 
a partir da graça de Deus. Tudo o que fazemos não produz espiritualidade, mas é a 
espiritualidade que produz nossas ações de diaconia. 
No Antigo Testamento, o serviço era considerado como uma prática de busca por 
espiritualidade. A diaconia em sua essência, entretanto, é resultado do quanto somos 
espirituais. No Novo Testamento, entretanto, a ideia de serviço é uma forma de 
manifestação de nossa espiritualidade. 
Teologicamente, sob a perspectiva cristã, entende-se espiritualidade como o 
relacionamento do crente com Deus e sua vida no Espírito como integrante da Igreja 
mística. A espiritualidade cristã engloba o desejo de permitir que o compromisso 
cristão molde todas as dimensões da vida. 
Espiritualidade não é um conceito estático ou acadêmico, mas um relacionamento 
vivo e crescente entre nós e Deus. A medida em que crescemos no conhecimento de 
Deus, tornamo-nos mais espirituais. 
Então conheçamos, e prossigamos em conhecer 
ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e 
ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia 
que rega a terra. 
Oséias 6:3 
A noção neotestamentária de espiritualidade 
A noção neotestamentária de espiritualidade aparece, em primeiro plano, através da 
pessoa de Cristo. O Novo Testamento apresenta personagens fantásticos de 
espiritualidade, a exemplo de Paulo, porém nenhuma referência de espiritualidade 
equipara-se à pessoa de Jesus Cristo. 
A visão de espiritualidade a ser compreendida a partir da perspectiva do Reino de 
Deus, o qual tem sua grande revelação no amor. A diaconia de Jesus vai na 
contramão do mundo da época, pois baseia-se no amor. A espiritualidade do reino de 
Deus promovido por Jesus semelhantemente se dá no amor. 
Quando falamos de diaconia, devemos nos lembrar de que é um serviço espiritual. O 
ministério diaconal foi visto de formatão séria que os diáconos eleitos deveriam 
demonstrar qualificações para esse ofício. Essas qualificações apontam para um 
testemunho cristão genuíno e para uma espiritualidade verdadeira e profunda. 
 
 11 
AULA VI 
Base bíblica para a diaconia 
A Bíblia é nosso maior manual de diaconia, e sua fonte primeira de conhecimento. No 
período veterotestamentário, o serviço espiritual era compreendido como um ato de 
adoração, sendo oferecido em formas de sacrifícios e rituais (Gn 4:1-7). 
No Novo Testamento, a palavra diácono aparece cerca de trinta vezes. Às vezes 
realça o significado de servo; Outras, o de ministro; Finalmente, sublima a função que 
passou que passou a existir a existir na igreja primitiva a partir de Atos 6. 
Em seu dicionário do Novo Testamento Grego, W. C. Taylor oferece-nos a seguinte 
definição de diácono: 
● Garçom, Servo, Administrador e Ministro 
Na grécia clássica, o diácono era encarregado de levar as iguarias à mesa e manter 
sempre satisfeitos os convivas. Na Septuaginta, os servos eram chamados diáconos, 
porém não desfrutavam da dignidade de que usufruiam seus homônimos do Novo 
Testamento. Não eram incubidos de exercer a tarefa básica destes: socorrer os 
pobres e necessitados. Dessa forma, não passavam de meros serviçais. 
Outros verbos que trazem a ideia de servir: 
● Therapeua. Servir com voluntariedade, cuidado e preocupação; 
● Latreua. Servir por meio do cumprimento de deveres religiosos e culturais, 
passando a seguir a designar a atitude interior do homem religioso; 
● Leitourgeo. Originalmente significando o servir voluntário, o servir oficial e 
público do povo, passando a significar o ministério cultual do sacerdote; 
● Hypereteo. O servir como ajudante; 
A diaconia de Jesus 
● Ele valorizava as pessoas e respeitava seus anseios: “que queres que te faça?” 
Dizendo: Que queres que te faça? E ele disse: 
Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê; a tua 
fé te salvou. 
Lucas 18:41,42 
● Respeitava a individualidade sem expor ao ridículo o assistido 
E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e 
rogaram-lhe que o tocasse. E, tomando o cego 
pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, 
cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, 
perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando 
ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo 
 
 12 
como árvores que andam. Depois disto, tornou a 
pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para 
cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos 
claramente. E mandou-o para sua casa, dizendo: 
Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na 
aldeia. 
Marcos 8:22-26 
● Ele se compadecia e acolhia a pessoa por inteiro 
E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, 
ensinando nas sinagogas deles, e pregando o 
evangelho do reino, e curando todas as 
enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo 
as multidões, teve grande compaixão delas, 
porque andavam cansadas e desgarradas, como 
ovelhas que não têm pastor. 
Mateus 9:35,36 
● Lutava de forma veemente para não criar vínculos de dependência 
Jesus respondeu-lhes e disse: Na verdade, na 
verdade vos digo que me buscais, não pelos 
sinais que vistes, mas porque comestes do pão e 
vos saciastes. 
João 6:26 
Desde então muitos dos seus discípulos tornaram 
para trás, e já não andavam com ele. 
João 6:66 
● Discordava dos valores e da cultura da época, acolhendo samaritanos, 
mulheres, crianças, publicanos, pecadores, etc... 
 
 13 
AULA VII 
A diaconia de Jesus: modelo de liderança baseada no servir 
E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, 
será servo de todos. Porque o Filho do homem 
também não veio para ser servido, mas para 
servir e dar a sua vida em resgate de muitos. 
Marcos 10:44,45 
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento apresentam a diaconia sempre mostrando 
as ações de Deus para com o gênero humano, mas também mostrando - 
especialmente no livro de Isaías - que o modelo supremo acontece em Jesus: 
● Em primeiro lugar, Isaías apresentou Jesus como servo de Iahweh e dos 
homens - Isaías 52:13 & 53:12: 
Eis que o meu servo procederá com prudência; 
será exaltado, e elevado, e mui sublime. 
Isaías 52:13 
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os 
poderosos repartirá ele o despojo; porquanto 
derramou a sua alma na morte, e foi contado com 
os transgressores; mas ele levou sobre si o 
pecado de muitos, e intercedeu pelos 
transgressores. 
Isaías 53:12 
● Quando Jesus se apresenta em Lucas 22:27, não o faz como Rei com suas 
carruagens poderosas, mas como servo. Jesus se constitui como modelo 
máximo de diaconia porque toda sua vida é voltada para a assistência e o 
atendimento, isto é, o serviço. 
Porque o Filho do homem também não veio para 
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em 
resgate de muitos. 
Marcos 10:45 
● A palavra e ação de Jesus eram acompanhados de ação, de forma que a 
diaconia de Jesus não era um discurso pura e simplesmente. Não era uma 
teoria ou uma disciplina da escola dos apóstolos: Aquilo que Cristo falava, 
traduzia em ação. 
● O cerne do serviço é a entrega da vida. O morrer que para as demais pessoas 
acontece como algo passivo, em Jesus torna-se ação e serviço. 
● A palavra e a ação de Jesus constituem uma unidade. Sua palavra preechida 
de conteúdo a partir da verdade, e enquanto verdade ela é vida, também serve 
e ajuda. Lucas apresenta a diaconia da palavra em Atos 6:4: 
Mas nós perseveraremos na oração e no 
ministério da palavra. 
 
 14 
Atos 6:4 
● Pelo exemplo de Cristo, o Líder deve apresentar-se como diácono. Todos os 
ministérios da igreja configuram-se pelo caráter diaconal. 
A diaconia de Jesus como convocação para servir 
As referências vistas no modelo de Jesus para a diaconia não são apenas uma coisa 
para ficar na parede como um objeto de decoração. Na verdade, o que Jesus pregava 
e fazia constituía-se numa convocação. 
Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas 
vestes, e se assentou outra vez à mesa, disse-
lhes: Entendeis o que vos tenho feito? Vós me 
chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque 
eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei 
os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos 
outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, 
como eu vos fiz, façais vós também. 
João 13:12-15 
Quando Jesus pega a toalha e a bacia para lavar os pés dos seus discípulos (Jo 13:1-
17), seu ato de assumir um papel de servo demonstra mais que humildade: essa 
atitude de Jesus estende-se para além, agregando ensinamentos importantes acerca 
da diaconia e evidenciando a segurança psicológica essencial de um líder. 
O estilo de vida e lições de Jesus estabelecem o estilo de um novo tipo de líder - o 
líder servo (Mateus 20:26-28). Esta nova modalidade apresentada por Jesus tem 
características interessantes: 
1. O líder servo se curva para ajudar o outro 
2. O líder servo considera os outros melhores que ele mesmo - Fp 2:3,4 
3. O líder servo sacrifica sua vida pelos outros - Jo 10:11 
4. O líder servo busca servir ao invés de ser servido - Lc 22:27 
 
 
 15 
AULA VIII 
Duas metáforas 
Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, 
como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto 
no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas 
suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, 
tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a 
enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
João 13:1-5 
● A toalha em lugar da túnica; 
● A toalha e a túnica representam as escolhas com que nos deparamos 
diariamente durante a caminhada do viver cristão; 
● Tanto a toalha quanto a túnica estão presentes na Bíblia, porém apenas uma 
delas mostra-se apropriadaaos verdadeiros seguidores de Cristo; 
● Nos tempos bíblicos, era uma honra especial ser presenteado com uma túnica: 
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa 
a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel 
na mão, e alparcas nos pés; 
Lucas 15:22 
● Quando alguém assumia determinada função, recebia uma túnica apropriada 
a sua posição; 
● Os discípulos continuavam atrás da túnica (mesmo depois de três anos, 
queriam promoções); 
Então se aproximou dele a mãe dos filhos de 
Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e 
fazendo-lhe um pedido. E ele diz-lhe: Que 
queres? Ela respondeu: Dize que estes meus 
dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à 
tua esquerda, no teu reino. 
Mateus 20:20,21 
● Ela solicitou as duas posições mais poderosas do reino: uma à direita e outra 
à esquerda de Jesus; 
● Jesus, entretanto, faz uma severa repreensão: 
Então Jesus, chamando-os para junto de si, 
disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos 
gentios são estes dominados, e que os grandes 
exercem autoridade sobre eles. Não será assim 
entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós 
fazer-se grande seja vosso serviçal; 
Mateus 20:25,26 
 
 16 
● Cristo, por meio da prática contínua de serviço ao próximo, definiu o que 
significa ser grande. 
Definindo a ética cristã 
A origem latina do termo mos ou moris, que significa moral, vontade e costume, uso 
e regra, sugere que a ética é a ciência da moral ou do comportamento humano. Numa 
definição geral, a ética cristã é o conjunto de valores morais, total e unicamente 
baseados nas Escrituras Sagradas, pelo qual o indivíduo deve regular sua conduta 
neste mundo: 
1. Diante de Deus 
2. Quanto ao próximo 
3. Em relação a nós mesmos 
● A ética cristã descreve como os indivíduos agem (descritiva); 
● A ética cristã preceitua como os indivíduos devem agir (normativa); 
● A ética cristã não relativiza a verdade, mas aceita-a como um princípio 
universal (absoluta); 
● A ética cristã esclarece sobre direitos e deveres, disciplina o comportamento 
junto à família, à igreja e à sociedade. 
Ética diaconal 
Em seu aspecto ético, portanto, a diaconia é definida como “ação social a partir de 
uma motivação cristã”. Tratar sobre as motivações cristãs significa sondar a 
intencionalidade que deu origem a determinada ação. 
O termo Motivação é oriundo do latim motus (movido) e motio (movimento). Para a 
psicologia e filosofia, motivação são aquelas coisas que incentivam uma pessoa a 
realizar determinadas ações e persistir nelas até alcançar seus objetivos. O conceito 
também se encontra associado à vontade e ao interesse. Objetivamente, a motivação 
é a vontade para fazer um esforço para alcançar determinadas metas 
Existem diversos motivos que impulsionam a motivação: 
● Racionais: que agem segundo a razão; 
● Emocionais: sentimentos que alteram o comportamento natural do ser, onde a 
emoção se coloca acima da razão; 
● Espirituais: propensão humana a buscar significado para a vida por meio de 
conceitos que transcendem o tangível; 
A desmotivação: 
 
 17 
Na prática, o serviço sendo levado a efeito não admite desmotivação, pois essa 
desacelera e paralisa nossos esforços, fazendo-nos retroceder. O que é 
desmotivação? É um sentimento de desesperança ou angústia perante os obstáculos 
que se traduz na perda de entusiasmo, disposição e energia. 
A desmotivação caracteriza-se pela presença de pensamentos pessimistas e pela 
sensação de desânimo que surgem da generalização de experiências negativas 
vivenciadas. Semelhantemente, pode-se caracterizar a desmotivação pela 
autopercepção de incapacidade para alcançar os objetivos desejados. Quando se 
converte numa tendência recorrente e constante, a desmotivação pode inclusive 
afetar o estado de saúde. 
O cristão deve ser motivado, e as pessoas deve ser transformadas pela alegria e 
entusiasmo de fazer as coisas por Deus. 
 
 18 
AULA IX 
Ética diaconal 
A ética diaconal envolve captar a essência do agir, isto é, os fundamentos morais que 
lhe dão causa. Quando falamos da ética, falamos também da motivação: a 
intencionalidade que está por detrás de nossa ação. A ética diaconal permite-nos 
enxergar para além da ação. 
Não podemos praticar diaconia se motivações diferentes estiverem competindo no 
coração. Algumas motivações incorretas são as seguintes: 
● Amor à atenção e ao louvor: chamar atenção demonstra muito mais vaidade e 
egocentrismo que o anseio altruísta da diaconia; 
● Amor ao dinheiro: a prática da diaconia tira de nós a possibilidade do amor ao 
dinheiro, pois a diaconia impõe renúncia própria e investimento de nossos bens 
para o auxílio do próximo, como no exemplo da parábola do Bom Samaritano; 
● Amor à autoridade: a diaconia tem papel servil; 
Todas as formas de servir deve contar com uma elemento: amor. 
Atitudes em relação à Diaconia 
Não fazer proselitismo com a diaconia, ou estendê-la apenas aos irmãos. A diaconia 
é uma forma de assistência, transformadora e integradora, devemos retirar a ideia de 
exclusivismo de atendimento. Proselitismo e comportamento de exclusão não fazem 
parte da mentalidade diaconal. 
Alcançar o ser humano de forma integral (Jo 10:10), eliminando preocupação 
somente com a alma. Observar os homens apenas como alma exclui as necessidades 
do corpo, apresentando uma VISÃO ESCAPISTA. Todos esses fatores são 
resultantes da implementação do amor. 
A diaconia feminina 
● Desde o começo, o gênero feminino foi convocado para o trabalho. A Bíblia 
relata a história de diversas mulheres proeminentes no Velho Testamento, 
como Débora, a profetiza que aconselhava e julgava o povo. 
● Deus cria Eva para ser auxiliadora e companheira, recebendo da parte de Deus 
missão diaconal para com seu marido. Em Êxodo 1, há a menção de Sifrá e 
Puá, duas parteiras servas de Deus que, pelas suas atitudes, promoveram a 
preservação da vida de Moisés e, consequentemente, a libertação do povo de 
seu povo do Egito. Há também a presença de Miriã, bem como diversas outras. 
● No Novo Testamento, Jesus dá o devido valor ao gênero feminino e ao trabalho 
que pode empregar para o Reino. O Novo Testamento trata as mulheres como 
 
 19 
participantes plenas na igreja desde o início de sua existência, de forma que 
observamos mulheres em cada etapa de sua expansão [At 1:14, 2:16,17, 5:14, 
8:12, 16:13-15, 17:4,12,34, 18:2, Rm 16:1, Fp 4:3, At 9:36,46, 21:8,9, 12:12]. 
Mais tarde a diaconia feminina diminuiu consideravelmente. 
● Os evangelhos também falam do servir das mulheres [Mc 15:45 Mt 27:55 Lc 
8:3 Jo 12:2]. 
● A ocorrência mais antiga do título diáconos (servo) diz respeito a uma mulher 
(Mc 1:29-31 a sogra de Pedro, e Rm 16:1-2, Febe). 
● Mc 1:31 - A sogra de Pedro não está fazendo demonstração de sua cura e 
gratidão através de sua arte culinária, porém torna-se servidora de Jesus. 
Jesus quebrou a tradição 
● A tradição dizia que era humilhante para um grupo de homens serem servidos 
por uma mulher em vez de por um escravo; 
● Josefo expressou a concepção oriental geral de que a mulher “em todos os 
sentidos tem menos valor” que o homem: 
○ A oração diária era só para os homens 
○ O estudo da Torá era só para os homens 
○ “Discípulo” aplicava-se só a homens 
● Jesus aboliu a estrutura de opressão e incluiu mulheres em seu ministério, 
dando-lhes a posição de “discípulas”. Aparentemente, não havia nenhuma 
tensão entre os discípulos e as mulheres: 
○ Os discípulos foram chamados à posição de apóstolos 
○ As mulheres (muitas) eram aquelas que os sustentavam com seus 
próprios recursos - Lc 8:3b 
Uma combinação improvável de mulheres que serviam a Jesus 
E aconteceu, depois disto, que andava de cidade 
em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e 
anunciando o evangelho do reino de Deus; e os 
doze iam com ele, E algumas mulheres que 
haviam sido curadas de espíritos malignos e de 
enfermidades: Maria, chamada Madalena, da 
qual saíram sete demônios;E Joana, mulher de 
Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas 
outras que o serviam com seus bens. 
Lucas 8:1-3 
● Maria Madalena - a perturbada. Seu passado, sua reputação, estado social e 
passado espiritual eram boas razões para ser rejeitada; 
 
 20 
● Joana, Mulher de Cuza - a temível. Família conhecida por sua crueldade, 
imoralidade e traição da nação judaica; 
● Suzana (lírio) - a comum. o significado de seu nome é tudo que sabemos dela. 
Uma pessoa comum, sem importância. 
 
 21 
AULA X 
A Igreja e a Diaconia 
O crescimento da Igreja tem de estar vinculado ao serviço ou amor ao próximo. Sem 
esta característica, a igreja perde a autenticidade e credibilidade. Nossa missão é 
alcançar o necessitado integralmente. 
O aspecto interno da igreja tem de gerar atitudes práticas para com o próximo. “A 
misericórdia não é, jamais, um mero sentimento, mas manifesta-se sempre na ação”. 
A Igreja primitiva vivia a dimensão diaconal em todos os aspectos, de forma que tudo 
que se realizava na igreja tinha esse propósito servil. Em Atos 5, percebe-se essa 
atitude no atendimento e no repartir do pão. 
O verbo diakoneîn, isto é, servir, presente em Atos 6:2 procede da raiz grega 
diakonéo, a qual pode ser traduzida como “sirvo”, “ministro”, “cuido” ou “atendo”. 
Deve ser ressaltado que em Atos 6 os novos sete líderes não recebem o título de 
“Diáconos”, apesar da expressão diakoneîn trapézals, significando “servir as mesas”, 
estar transcrita no versículo 2. O texto de Atos 6:1-7 indica que esses sete discípulos 
se tornaram uma liderança auxiliadora junto aos apóstolos. A ideia não é o título, mas 
o tipo de serviço. 
Desses sete diáconos, dois se destacaram e não ficaram apenas restritos ao 
atendimento local, mas ampliaram o seu ministério tanto na oração como na 
divulgação e ensino do evangelho. Estevão, que teve uma das maiores pregações de 
Atos, desenvolveu seu ministério saindo da acomodação e expandindo, e morreu 
como diácono, orando e pedindo a Deus a inimputabilidade daquele pecado. E Filipe, 
que desenvolveu também a diaconia da palavra. Há pouco descrito sobre ele, mas 
seu valor está na diaconia da palavra. 
Nada foi escrito a respeito dos demais diáconos que se empenharam no atendimento 
das necessidades da igreja local e na pacificação dos ânimos entre judeus de fala 
grega e de fala hebraica. A partir disso, compreendemos que os demais 
permaneceram no serviço local. 
Devemos notar que a diaconia não pode ser considerada como mera filantropia, nem 
deve ser reduzida a projetos e metodologias altamente ativistas. Antes, a diaconia é 
vista em associação com o ensino da palavra de Deus. 
A função e o propósito dos ministérios será sempre a glória de Deus e à edificação 
da igreja. 
O ministério do diácono 
 
 22 
Necessidades geram ministérios: Do pentecostes à instituição do diaconato, a igreja 
primitiva cresceu de maneira vertiginosa. De forma que, em Atos 6, o número de 
discípulos já havia superado a capacidade estrutural da igreja. 
As crises são inerentes e esperadas no processo de crescimento e amadurecimento. 
As crises podem ser um bem ou um mal na igreja, dependendo da maneira como são 
administradas. Diante da preocupação dos apóstolos em dar prioridade à pregação 
da palavra, foram instituídos os diáconos para “servir às mesas”. Isto é, para suprir as 
necessidade no âmbito material e social na igreja. 
Áreas de atuação do ministério diaconal 
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens 
de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de 
sabedoria, aos quais constituamos sobre este 
importante negócio. 
Atos 6:3 
● Relacionamentos na igreja - um de seus papéis primordiais é conter a 
murmuração; 
● Atendimento das necessidades dos líderes; 
● Atendimento das necessidades dos liderados. Obs. “Seriam servos a serviço 
dos demais servos”; 
● Ser diácono não implica privilégios ou exclusividade, mas em primeiro lugar 
disponibilidade para servir. Ninguém deve se considerar melhor que outro por 
estar investindo na função diaconal. Quem busca status não será bom servo. 
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a 
obra do ministério, para edificação do corpo de 
Cristo; 
Efésios 4:12 
● A diaconia outra coisa não é senão um serviço incondicional e amoroso a 
DEUS e à sua igreja. O diácono que não vive para servir a igreja de DEUS não 
serve para viver como ministro de Cristo. 
● A essência do diaconato é o serviço. Sem serviço a diaconia é impossível. 
Nesse sentido, quão excelso e perfeito o diácono foi o Senhor JESUS!

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