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Teoria do Direito Privado 1º Aula 01/08/2017 Disciplina introdutória do Direito Civil – conhecimento introdutório Divisão didática: Direito Privado e Direito Público Não existe mais uma separação tão nítida Em decorrência do momento de constitucionalização do ordenamento jurídico Semelhante ao sistema solar. Onde o sol é a constituição, e orbitam em torno dela os demais códigos. (Normas Infraconstitucionais) Por mais que exista uma diferença entre direito público e direito privado, não se faz mais possível termos hoje um direito inconstitucional, portanto longe do direito público. Em regra as disciplinas de direito privado tutelam direitos individuais Ao passo que disciplina de direito público versam sobre direitos coletivos O que permite uma diferenciação entre esses direitos é o direitos tutelado por esses ramos. Direito Público: Constituição Federal Direito Privado: Código Civil A lei permite uma demonstração clara dessa divisão, pois: a lei para direito privado tem o caráter de proibir, e para o direito público ela tem o caráter de autorizar. Direito público: lei proíbe e autoriza Direito privado: regra é liberdade. Lei proíbe Fontes do Direito Privado: LICC – LINDB LINDB – norma de sobre sobredireito – porque são normas que tratam das normas. Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Lei: Apenas quando a lei for omissa Analogia: Costume: não é apenas a sua repetição – mas, algo que encontra respaldo na sociedade. Princípios gerias do Direito: Princípio do NON LIQUET – Uma demanda apresentada ao juiz não pode ficar sem resposta. Possibilita soluções para o julgamento diante da imprevisão do caso diante da ausência da lei. LEI – FONTE FORMAL PRIMÁRIA DEMAIS – FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS Ambas fontes formais pois são apresentadas pela lei · Civil Law – LEI · Common Law – COSTUMES A lei é para nós o ponto de partida, não se pode valer do costume antes de se verificar o que diz a lei. LACUNAS DO DIREITO (ausência de lei) 4 - Normativa: ausência de lei sobre a questões que se aprecia - Ontológica: Até tem a lei, porém ela não tem uma eficácia social, não atinge os fins que se propõe, não resolve o problema instaurado - Axiológica – Tem-se a lei, ela tem aplicação, mas ela não alcança o todo a que se propõe, portanto tem uma aplicação insatisfatória. - Antinomia/Conflito: quando se tem duas ou mais regras vigentes e contraditória, ou seja, em conflito. Não se sabe qual lei seguir. CARACTERÍSTICAS DA LEI - Generalidade: Não é possível falar em lei individual, a lei é ERGA OMNES, ou seja, é igual para todos. - Imperatividade: O conteúdo que a lei traz, deve ser cumprido e pode ser exigido. O desconhecimento de uma lei não pode ser alegado para justificar o seu não cumprimento. - Permanência: Uma lei válida e vigente, ou seja que estar no ordenamento, até que exista outra lei que a retire, ela vai permanecer no nosso ordenamento. Em regra a lei é feita para durar. Exceção: medias provisórias- surgem com data para sair. Exemplo: medida provisória sobre mensalidades escolas particulares - Competência: Questões de organização da lei. Lei de competência Federal, Estadual, Municipal. - Autorizante: Prerrogativa que a lei tem, de poder autorizar uma determinada pratica, determinada conduta. CAMPOS DA LEI - Validade: Diz respeito a uma regularidade formal / obedece procedimento formal - Vigência: Exigibilidade do Texto - Eficácia: Produção de efeitos Vigência: duas perceptivas para analisar · Vigência da lei no tempo: permanência, até outra lei a retire. = Retirada pode ser: ¹ Tácita ou Expressa; ²Total (Ab-rogação) ou Parcial Vacatio Legis: período de adaptação da sociedade ao texto legal Quando a lei for omissão ao período: em regra é 45 dias. Existe possibilidade da lei determinar expressamente. Correção de Norma / Errata: depende da alteração que foi feita. Para iniciar ou não novo prazo contado. Correção de mera formalidade não conta. Alteração significativa iniciar um novo prazo de Vacatio Legis. Efeito Repristinatório: Retorno da lei revogada, em razão da revogação da norma revogadora. Exemplo: existe uma norma A vigente, ai surge uma norma B que revoga a norma A, depois surge uma nova norma C que revoga a norma B, se essa norma C que revoga a norma B, ela determinar o ressurgimento da norma A, temos o efeito represtinatório. Se não houver uma determinação a norma C é vigente e pode-se seguir para outras normas. Efeito repristinatório é permitido no Brasil: sim, não é automático. Em regra ele não é automático. Exceto: se o motivo da revogação da norma B for por vicio de inconstitucionalidade. Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Norma posterior revoga norma anterior, quando estiver expresso ou quando trata da mesma matéria que a lei anterior trata de forma diferente. Quando tratar a par da norma vigente- não revoga, complementa. · Vigência da lei no espaço: princípio da territorialidade moderada Os comandos legais serão exigíveis dentro do território nacional, e esse território compreende o território continental, uma faixa de 12 milhas do oceano, e mais os territórios independentes. Não é princípio absoluto, mas moderado, que permite a vigência de norma internacionais, e sentença estrangeira, desde que homologados pelo STJ. Princípio da bandeira:
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