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sucessão-resumo

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Sucessão x Direito de Sucessão
Sucessão é situação jurídica na qual os bens de alguém que faleceu (o chamado de cujus ou de cuius ou “autor da herança”) são transmitidos para outras pessoas, os chamados herdeiros ou legatários. Trata-se da sucessão ou transmissão causa mortis (por causa da morte).
Direito Sucessório é o conjunto de normas jurídicas que regem a sucessão, estabelecendo direitos e deveres para a transmissão e a divisão da herança. A herança é o objeto da sucessão. É o conjunto dos bens deixados pelo de cujus e ela compreende os ativos e os passivos do morto.
Herança> patrimônio deixado pelo de cujos para ser dividido entre seus herdeiros, a herança compreende aos ativos (direitos reais e créditos a receber) e passivos (dívidas) . Também constitui um condomínio, a partir do momento que deixa mais de um herdeiro, uma vez que todos são responsáveis pelo todo.
Obs: A herança, por vezes, é chamada de espólio, monte mor e acervo hereditário.
 São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Tipos: 
Herdeiros legítimos: ascendentes, descendentes, colaterais até 4 grau, cônjuge sobrevivente
Herdeiros testamentários: pessoas fora da linha sucessória legítima ou de dentro, incluído no testamento como herdeiro.
Com a morte do de cujos é aberta a sucessão por meio da abertura do inventário (momento que os bens do de cujos são levantados, pagas as dívidas e a partilha após a subtração das dívidas) e partilha (em cartório se não houver briga e judicial se houver herdeiro incapaz ou/e litigio).
Para os casos de um de cujus casado ou convivente (união estável), preliminarmente é necessário resolver a meação, a depender do regime de bens. Existe possível meação nos seguintes regimes de bens:
1. Comunhão universal;
2. Comunhão parcial;
3. Participação final nos aquestos;
4. Separação legal, conforme entendimento da Súmula nº 377 do STF, que o “transformou”, praticamente, em uma comunhão parcial.
HERANÇA JACENTE: um indivíduo deixa herança, porém, não tem herdeiros (legítimos ou testamentários). Essa herança é chamada de jacente.
HERANÇA VANCANTE: 
Quando alguém morre sem deixar testamento ou herdeiro legítimo (descendentes, ascendentes, irmãos, tios, sobrinhos, cônjuge, primos) conhecido, os bens da herança:
1. Serão arrecadados, ou seja, levantados, inventariados, identificados;
2. Colocados sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega a um possível herdeiro que surja e seja devidamente habilitado;
3. Não aparecendo um herdeiro, serão declarados herança vacante.
Jacente
É a herança que não tem herdeiros habilitados após a morte do de cujus para darem início ao inventário e à partilha.
Vacante
É a herança que está sem herdeiros, após serem realizadas as tentativas de identificação dos herdeiros. Também se fala em herança vacante quando todos os chamados a suceder (herdeiros) renunciarem à herança.
Efeitos da herança
Sucessão a título universal 
Neste caso, o(s) sucessor(es) – chamados de “autor(es) da herança – adquirem a propriedade sobre todo conjunto de bens (herança) deixado pelo de cujus. Todos os herdeiros se tornam proprietários de toda a herança, constituindo um condomínio (propriedade comum, donos do todo). A herança constitui, assim, uma universalidade: todos os herdeiros têm direito sobre a toda a herança. O beneficiário é o herdeiro, que tem direito a uma quota sobre toda a herança.
Sucessão a título singular
Alguém, identificado pelo falecido quando este estava em vida, adquire um bem individualizado e especificado pelo de cujus.
O beneficiário não tem direito a uma quota sobre toda a herança deixada. Um bem específico é retirado da universalidade para ser entregue ao beneficiário. O restante dos bens constituirá a universalidade da herança, para ser dividido entre os herdeiros universais. O beneficiário é o legatário, que tem direito a um bem especificado da herança.
Aceitação, renúncia e cessão
Existem três tipos de aceitação: 
Declaração expressa, feita por escrito, em que o herdeiro manifesta sua intenção de ser herdeiro.
Tácita: Decorre da prática de atos típicos de herdeiro, que demonstrem inequivocamente que o herdeiro deseja ser herdeiro e adquirir os bens, como participar do inventário e assumir administração de bens do espólio.
Presumida: Hipótese do art. 1.807, pela qual o interessado em que o herdeiro declare se aceita ou não a herança, poderá, em até 20 dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz que, em até 30 dias, o herdeiro se pronuncie, sob pena de se haver a herança por aceita, ou seja, o silêncio presume a aceitação.
A renúncia deve ser feita por escrito e não pode ser por documento particular. Assim, deverá ser feita por: 
Escritura pública
Onde esta é confeccionada em um cartório de notas.
Termo judicial no processo de inventário
O herdeiro declara, em juízo, que não deseja a herança.
A renúncia pode ser dividida em dois tipos:
Abdicativa
O herdeiro renuncia à sua quota na herança, que retorna à universalidade para ser distribuída entre os outros herdeiros.
Translativa
Quando o renunciante renuncia à sua quota na herança em favor de alguém (por exemplo: outro herdeiro); porém, essa hipótese não é bem uma renúncia, mas uma cessão, mas é chamada de renúncia porque a cessão ocorre no documento de renúncia.
A cessão da herança é a transmissão ou alienação, gratuita ou onerosa, do quinhão que o herdeiro faz a outrem. O herdeiro aliena para outra pessoa a parte que lhe cabe na herança. Esse outrem pode ser outro herdeiro ou terceiro (pessoa estranha à herança).
O herdeiro cede sua quota, ou seja, seu quinhão, e não bens específicos. Consequentemente, o cessionário (adquirente) ocupa a posição do cedente.
Em se tratando de cessão onerosa, o herdeiro, antes de oferecer a terceiros, deve oferecer seu quinhão aos demais herdeiros, pois a herança se trata de um condomínio indivisível. Trata-se do direito de preferência.
A cessão é do direito de herança, mas não da posição de herdeiro; assim, o adquirente não se torna herdeiro.
Abertura da sucessão
A saisine é a abertura da sucessão imediatamente após a morte do de cujus. Todos os herdeiros se tornam proprietários da herança, conforme art. 1.784: “Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”.
Modos de suceder: direito próprio, representação e transmissão
Sucessão por direito próprio
Ocorre quando o titular de um quinhão de uma herança é herdeiro do autor da herança (de cujus). Quem herda por direito próprio está em iguais condições em relação aos demais herdeiros, tendo quota semelhante aos demais. Isso significa que a herança é dividida em partes iguais entre todos os herdeiros por direito próprio.]
OBS: TENDO CONJUGE VIVO ISSO PODE MUDAR OU HERDEIRO FALECIDO TAMBÉM.
Sucessão por direito de representação
É uma substituição que ocorre quando a lei chama certos parentes de um herdeiro pré-falecido (pré-morto) a suceder em todos os seus direitos sobre a herança de outra pessoa, ou seja, um neto que tem direito a herança do avó falecido pois as mãe (filha do falecido) também morreu. Os representantes dividirão entre si a quota da herança que corresponde ao pré-morto; não será dividida a herança em partes igual entre herdeiros e herdeiros por representação.
O direito de representação somente existe na linha reta descendente (filho, neto, bisneto). Na linha colateral (irmão, sobrinho, tio, primo), somente há direito de representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, ou seja, sobrinhos. Porém, essa representação tem lugar somente se o autor da herança deixar irmãos como herdeiros.
Sucessão por direito de transmissão
Ocorre quando o herdeiro falece antes de manifestar se aceita ou não a herança de quem é herdeiro. Não é representação; é transmissão da quota que um herdeiro tem sobre a herança de alguém para seus herdeiros, por motivo de morte posterior à abertura da sucessão do autor da herança. Então os herdeiros desse pode renunciar ou aceitar a herança. 
Excluídos da sucessão: indignidade e deserdação
Indignidade: 
Hipóteses:I - houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente 
II - houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro 
III - por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade
1. A exclusão de herdeiro ou legatário nessas hipóteses é designada de exclusão por indignidade; logo, as hipóteses do art. 1.814 são casos de indignidade para a herança.
2. A indignidade deve ser reconhecida e declarada por sentença. Somente após o reconhecimento judicial da ocorrência de uma das hipóteses de indignidade é que o herdeiro ou legatário indigno serão excluídos da sucessão.
3. O interessado tem o prazo de quatro anos, contado da abertura da sucessão, para pleitear a declaração de indignidade de um herdeiro ou um legatário.
4. A decretação de indignidade e exclusão independe de condenação no juízo criminal. Por isso, se ocorrer, por exemplo, prescrição na esfera criminal, nada impede a decretação de indignidade.
5. Os direitos do herdeiro excluídos pode passar aos herdeiros desse. 
6. serão válidos: As alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé; Os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão.
Contudo, os herdeiros têm direito de exigir perdas e danos do indigno, caso cause prejuízo com as alienações e os atos de administração.
7. De acordo com o art. 1.818, o herdeiro ou legatário que praticou os atos que ensejam a exclusão da herança, poderá ser admitido a suceder, se o autor da herança (de cujus) manifeste expressamente sua vontade que seja reabilitado. É como se fosse um “perdão pela indignidade”. A manifestação de vontade pode ser feita em um testamento ou em outro documento autêntico, como uma escritura pública.
8. Não existe reabilitação tácita; sempre deverá ser expressa.
Deserdação
A deserdação é feita exclusivamente em testamento e por fatos justificados ocorridos durante a vida do autor da herança.
Mas a deserdação não é ato de mera liberalidade do testador, ou seja, deve constar no testamento expressamente a declaração da causa. Logo, depende de justificativa e só ocorre em casos específicos
O direito de provar a causa da deserdação se extingue no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento. Hipóteses de deserdação> Vice e versa: 
Somente pode ser deserdado um herdeiro necessário. Quanto aos outros herdeiros, tem-se:
· Herdeiro testamentário, nomeado herdeiro antes do ato que enseja deserdação: Basta o testador revogar o testamento.
· Legatário nomeado em testamento ou legado: Basta revogar a disposição ou revogar o testamento ou legado.
· Herdeiro não necessário (irmão, sobrinho, tio, primo): Basta confeccionar um testamento ou legado destinando os bens da herança a outras pessoas.
A causa da deserdação deve ser comprovada judicialmente pelos herdeiros interessados. Depende, portanto, de confirmação judicial para que a exclusão se efetive.
SUCESSÃO LEGÍTIMA
Ordem legal de pessoas que são chamadas a se tornarem proprietário dos bens deixados pelo de cujos, seguem uma ordem de preferencia sobre quem irá suceder: (também serve para os herdeiros legítimos) 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge, a depender do regime de bens adotado II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge 
III - ao cônjuge sobrevivente 
IV - aos colaterais: até quarto grau
Toda sucessão possui duas partes: a herança legítima e a herança disponível. Vejamos a definição de cada uma delas:
Herança legítima
Os primeiros 50% do patrimônio devem ser reservados pela pessoa para serem destinados aos seus herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge ou companheiro). Essa é a chamada herança legítima e a parte reservada obrigatoriamente é chamada de legítima.
Herança testamentária
Os outros 50% podem ser dispostos livremente, ou seja, destinados para qualquer outra pessoa (inclusive um herdeiro necessário). Nesse caso, o autor da herança deve celebrar um testamento, destinando uma quota da herança para quem deseja beneficiar. O beneficiado será o herdeiro testamentário.
Se, porém, o autor da herança deseja destinar um ou mais bens específicos para um beneficiário, poderá fazê-lo por meio de um legado ou testamento. Mas, nesse caso, o beneficiário não será um herdeiro, mas um legatário. Portanto, não há que se falar em herança aqui.
A sucessão legítima tem lugar em duas hipóteses:
1. Quando o autor da herança não deixa testamento ou legado.
2. Quando o autor da herança deixa testamento ou legado de até 50% da parte disponível da herança, cabendo à herança legítima a parte não disposta em testamento.
Herança legitima ocorre por meio de lei.
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
Testamento é um negócio jurídico unilateral, realizado em vida por uma pessoa que deseja dispor bens ou outros efeitos pessoais. Efeitos produzidos com a morte. 
Herdeiros testamentários podem ser legítimos ou não. Havendo herdeiros necessários, 50% da herança deve ser deixado pra essa classe de herdeiros, assim o herdeiro só pode dispor dos outros 50%.
Testador deve ser absolutamente capaz, mediante presença de 3 testemunhas
Pode ser feito em cartório ou instrumento privado na presença de 3 testemuhas em ambos os casos
Caracteristicas: 
O testamento se funda na vontade do testador de deixar para uma pessoa uma quota da sua herança, para depois da sua morte; se um testamento for celebrado mediante erro, dolo ou coação, será nulo.
Exclusividade
O testamento é ato personalíssimo, ou seja, somente pode ser celebrado pelo autor da herança, o futuro de cujus.
Unilateralidade
Para sua celebração, basta que o autor da herança manifeste sua vontade, independentemente da vontade do herdeiro testamentário; somente após a morte do testador é que o herdeiro testamentário aceitará ou não a herança, mas para ser celebrado e existir, a vontade do herdeiro não importa, somente a do autor da herança.
Gratuidade
Ao elaborar um testamento, o autor da herança não pode exigir nada do herdeiro para seu benefício; pode impor encargos ao herdeiro perante terceiros, mas em benefício do próprio testador, não.
Solenidade
O testamento deve ser feito por escrito, por escritura pública ou particular, contando com a leitura em voz alta perante testemunhas.
Revogabilidade
A qualquer momento, o testador poderá revogar o testamento e retirar sua eficácia, independentemente de autorização daquele que seria beneficiado.
Mas um testamento não serve, apenas, para dispor de patrimônio. Ele pode ter cláusulas de caráter não patrimonial, por exemplo, o reconhecimento de filhos.
É possível, ainda, dispor de bens por ato de última vontade chamado codicilo. Toda pessoa capaz de celebrar um testamento poderá fazer um codicilo.
Codicilo é o ato feito em instrumento particular datado e assinado, no qual a pessoa faz disposições especiais sobre:
1. Seu enterro;
2. Esmolas de pouca monta a serem entregues a:
· certas e determinadas pessoas; ou
· indeterminadamente aos pobres de certo lugar; e
3. Presentear pessoas com móveis, roupas ou joias de pouco valor e de seu uso pessoal.
Se estiver fechado o codicilo, falecido o autor da herança, o codicilo será apresentado ao juiz, que o abrirá e o fará registrar, ordenando que seja cumprido.
 A incapacidade do testador posterior à celebração do testamento não invalida o testamento. O testamento feito por um incapaz não será validado se o testador recuperar sua capacidade após ter feito o testamento inválido.
Existem vários tipos de testamento, os quais podem ser divididos em dois grupos:
Testamentos ordinários
· Público
· Cerrado
· Particular
Testamentos especiais
· Marítimo
· Aeronáutico
· Militar
Aquele que é celebrado perante oficial do registro civil, em cartório. É redigido e assinado pelo oficial, que lhe confere fé pública. Esse testamento é lacrado e somente poderáser aberto no inventário.
O procedimento de confecção é o seguinte:
· Presença de pelo menos duas testemunhas, que não podem ser pessoas beneficiadas no testamento ou outras pessoas que tenham interesse na herança, como os herdeiros legítimos;
· O testador ditará as disposições para o oficial do registro;
· O oficial do registro reduz a termo o que foi manifestado pelo testador;
· O oficial lê em voz alta o texto do testamento, perante as testemunhas;
· Assinatura do documento pelo testador, pelas testemunhas e pelo oficial.
Excepcionalmente, dependendo do estado de saúde do testador, o testamento poderá ser redigido em outros locais que não a sede do cartório, por exemplo, no hospital, na casa do testador.
Cerrado
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É aquele redigido pelo próprio testador ou por alguém a seu pedido. Esse testamento é secreto e ficará lacrado até o início do inventário. O documento pode ser escrito de próprio punho ou digitado.
Posteriormente, esse testamento é lavrado em cartório para que o oficial lavre seu termo de aprovação perante duas testemunhas. O objetivo desse ato é dar autenticidade e fé pública ao documento redigido pelo testador.
Particular, privado ou hológrafo
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Aquele redigido de próprio punho ou digitado pelo testador. O documento não pode conter rasuras e espaços em branco.
Esse testamento deve ser lido perante três testemunhas e será assinado pelo testador e pelas testemunhas. Ele será validado no inventário, com a presença das testemunhas.
Será nula a disposição testamentária que:
1. Instituir um herdeiro ou um legatário exigindo que este favorecido, também por meio de um testamento, nomeie o testador ou um terceiro como seu herdeiro (ou seja, exigir herança testamentária recíproca);
2. Instituir como herdeiro uma pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar;
3. Favorecer pessoa incerta, dando poderes a terceiro para determinar a identidade do herdeiro testamentário (afinal, o testamento é ato personalíssimo);
4. Deixar a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado, ou seja, a determinação de valores cabe ao próprio testador;
5. Favoreça as seguintes pessoas que não podem ser nomeadas herdeiras nem legatárias:
· aquele que, a pedido do testador, escreveu o testamento, mesmo que tal subscritor seja seu cônjuge ou companheiro, seus ascendentes ou seus irmãos;
· as testemunhas do testamento;
· o concubino (“amante”) do testador casado, salvo se o testador estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos e não tiver sido o culpado de tal separação;
· o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer o testamento;
· aqueles que não estão legitimados a suceder.

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