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Apostila Formação NR-33 - Trabalhadores e Vigias

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Trabalho em Espaços Confinados – 16hs
Capacitação para Trabalhadores Autorizados e Vigias em Espaços Confinados
							
Nr-33
SENAI – PONTA GROSSA
Objetivo do curso
Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
Área de trabalho em que se encontram as seguintes características:
- Possui tamanho e a configuração em que é possível adentrar e executar um trabalho;
- Não foi construído para trabalho contínuo;
- Possui entrada e/ou saída limitados ou restritos;
- Provável existência de riscos à saúde, especialmente riscos atmosféricos.
NR 33.1.2 - O que é Espaço Confinado
Qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.	
Exemplos de Espaços Confinados
	
NR 33.2.1 - Responsabilidades do empregador
a - indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
Responsável Técnico dos E.C’s 
Profissional habilitado para identificar os EC existentes na Unidade e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate.
c - identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
 
																																																												
	
g – fornecer aos empregados e às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
NR 33.2.2 - Responsabilidades dos Trabalhadores
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; 
d) comunicar cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços confinados.
Gestão de Segurança e Saúde nos Trabalho em Espaço Confinados
A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados.
NR 33.3.2 Medidas Preventivas
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não autorizadas;
33.3.3 Medidas administrativas:
a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos;
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem;
 O QUE É BLOQUEIO DE EQUIPAMENTOS
É a instalação de dispositivos de segurança que evitem que trabalhadores
entrem em contato com algum tipo de energia que possa causar acidentes. 
ABRANGÊNCIA
Cumprimento obrigatório a todos os empregados e prestadores de serviços, quando da necessidade de intervenção em máquinas, equipamentos e instalações, nos casos de :
* Manutenção 
* “Set up”
* Ajustes Gerais 
* Novas Instalações
* Outras Situações
DISPOSITIVO DE BLOQUEIO: Qualquer dispositivo que previna fisicamente a transmissão ou liberação de energia, não se limitando a cortadores de circuitos elétricos, tendo ainda dispositivos para bloqueio de válvulas, registros, chaves, etc.
	
CARTÃO DE SINALIZAÇÃO: Documento individual, nominativo, que identifica a energia bloqueada e o responsável pelo bloqueio. 
 
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em espaços confinados;
Atmosfera
	
Atmosfera Segura
* Ausência de materiais reativos;
* Concentração de oxigênio entre 19,5 e 23,0%;
* Ausência de inflamáveis (zero% LIE);
* Ausência de materiais tóxicos (inferior a 50% do LT);
* Ausência de poeiras explosivas (limpo);
* Ausência de calor excessivo (IBUTG).
Atmosfera de Risco
* Presença de gases, vapores ou névoas inflamáveis em qualquer concentração;
* Presença de poeira potencialmente; explosiva (em suspensão), sob qualquer concentração;
* Cuja concentração de O2 encontra-se abaixo de 19,5%;
* Cuja concentração de O2 encontra-se acima de 23,0%;
* Atmosfera tóxica (qualquer contaminante cuja concentração exceda o Limite de Tolerância);
* Qualquer outra condição IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde). 
Gases e Vapores
Se dispersam e se misturam rapidamente em uma atmosfera...
Um mesmo gás/vapor pode ser:
· Inflamável...
· Tóxico...
· Asfixiante...
· Inflamável e Tóxico...
· Inflamável e Asfixiante...
· Tóxico e Asfixiante...
· Inflamável, Tóxico e Asfixiante...
Como avaliar a atmosfera?
Inflamável ou Explosiva
Metano, Butano, GLP, GN, Hidrogênio, Vapores de líquidos combustíveis, poeiras, etc. 
Tóxica
Cloro, Amônia, Monóxido de carbono, Gás sulfídrico, Enxofre, etc.
Asfixiante
Nitrogênio, Argônio, Dióxido de carbono, etc.
a) gás/vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu limite inferior de explosividade (LIE);
Considera o risco de formação de atmosfera explosiva pela presença de gás, vapor ou névoa de inflamáveis...
b) poeira combustível viável em uma concentração que se encontre ou exceda o limite inferior de explosividade (LIE);
Considera o risco de formação de atmosfera explosiva pela presença de poeiras...
c) concentração de Oxigênio atmosférico abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume;
Considera o risco de formação de atmosfera asfixiante...
d) concentração atmosférica de qualquer substância acima do limite de tolerância (NR-15 do MTE ou ACGIH, a que for mais restritiva);
Considera o risco de formação de atmosfera insalubre...
e) qualquer outra condição atmosférica Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde – IPVS;
Considera o risco de formação de atmosfera tóxica, deficiente em Oxigênio, etc...									
Atmosfera Perigosa, Inflamável / Explosiva
Gás, vapor e névoa
* Gás: substância que se encontra no estado gasoso a temperatura e pressão ambiente.
* Vapor: gerado a partir da evaporação de uma substância que se encontra no estado líquido ou sólido a temperatura e pressão ambiente.
*Névoa: originada pela ruptura mecânica de líquidos.
Processo de combustão
Ponto de Fulgor
* é a menor temperatura na qual um combustível libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor. 
* O ponto de fulgor não é suficiente para que a combustão seja mantida.
Atmosfera Segura;
Atmosfera de risco;
Pode ser classificada em:
 * É o ambiente nas proximidades ou no interior de um EC.
Chama piloto
Ponto de Combustão
É a temperatura do combustível, na qual ele desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, e em quantidade suficiente para manter a combustão.
O ponto de combustão está cerca de 3º a 4 ºC acima do ponto de fulgor.
Ponto de Ignição
É a temperatura necessária para inflamar os vapores que estejam se desprendendo do combustível.
Explosão
É a queima de gases (ou partículas sólidas), em altíssima velocidade, em locais confinados ou não, com grande liberação de energia e deslocamento de ar. 
Combustíveis líquidos, acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem explodir em ambiente fechado ou na presença de uma fonte de calor.
Atmosfera Explosiva: é a mistura com o ar, de substâncias inflamáveis na forma de gases, vapores, névoas, poeiras ou fibras na qual após a ignição, a combustão se propaga através da mistura remanescente.
Limite da Inflamabilidade
MISTURA POBRE. POUCO PRODUTO INFLAMÁVEL E MUITO OXIGÊNIO. LIMITE INFERIOR DE INFLAMABILIDADE (LII)
MISTURA RICA. MUITO PRODUTO INFLAMÁVEL E POUCO OXIGÊNIO. LIMITE SUPERIOR DE INFLAMABILIDADE (LSI)
MISTURA IDEAL. RELAÇÃOVOLUMÉTRICA OXIGÊNIO-PRODUTO INFLAMÁVEL DENTRO DA FAIXA DE INFLAMABILIDADE
Poeira
Produzidas geralmente pelo rompimento mecânico das partículas inorgânica ou orgânica, seja pelo simples manuseio de matérias ou em consequência do processo de moagem, trituração, peneiramento e outros. As poeiras são partículas com diâmetro entre 1 a100 mícron.
Explosão de Pó
Ocorre geralmente em instalações agrícolas ou industriais que processam:
Grãos de trigo, milho, soja, etc.
* Particulados em geral (açúcar, chá, cacau, couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio, ligas metálicas, etc.
Quando as concentrações de poeira são desconhecidas, recomenda-se avaliar estes locais periodicamente, com o uso de bomba de amostragem, que são equipamentos especialmente projetados para este fim. 
No caso de explosões com gases em locais  confinados, estas são mais propicias, quando a umidade dos grãos for superior a 20% ou seja, começam a entrar em decomposição, gerando, desta maneira, gases leves como metano e etano, que associados ao pó depositado, a uma fonte de ignição e aos fumigantes – que também contêm produtos inflamáveis – dão inicio à deflagração da explosão.
Cuidados para evitar a explosão de pó
Limpeza freqüente do local (estruturas, telhados, pisos, vigas, maquinarias e equipamentos)
Cuidado no manuseio com as fontes de ignição como faíscas elétricas, fósforos, soldas, lâminas standard, cigarros e outros. Evitar soldas, chamas.
Cuidados com ventiladores e peças girantes que possam provocar faísca.
Manutenção periódica programada dos equipamentos é de vital importância
Peças giratórias como roletes de transportadores por correias e mancais devem trabalhar livres, sem acúmulo de pó, pois provocam emperramento, produzindo calor pelo atrito, baixando a umidade do ar no local e gerando princípios de incêndio
Instalação de um bom sistema de aterramento de todos os equipamentos  envolvidos no processo
Utilização de aspirador de pó durante limpeza das áreas do armazém. Vassouras nunca deve ser usadas.
Elevadores, balanças e coletores devem ser equipados com alívios contra pressões (portas de explosão)
Dependendo da eficiência deste sistema, a explosão poderá se dar somente no equipamento em questão, não se espalhando para outras áreas.
Instalação em todos os equipamentos /sistema deve haver aterramento
A maior parte dos acidentes em explosões ocorre em locais onde a umidade é inferior a 50%. Ambiente muito seco, é potencialmente explosivo
Controle da concentração de poeira que se toma perigosa quando for superior a 20 gramas por metro cúbico
Atenção ao momento de partida dos equipamentos. São os mais críticos devido à grande possibilidade de ocorrer uma ignição, somados á nuvem dispersa pela movimentação das máquinas e a presença de um volume maior de oxigênio. 
Fumos
Partículas produzidas pela condensação de vapores após a volatilização de metais fundidos, como por exemplo, derretimento de ferro, chumbo e outros, em geral com diâmetro inferiores a 10 mícron.
Névoa
São aerossóis constituídos por gotículas geradas pela condensação de vapores, em operações de pulverização e nebulização, com dimensões entre 0,01 a 100 microns. São classificadas  como nevoas sprays de tinta pulverizada, névoas de ácidos, etc.
Fumaça
São aerossóis constituídos pela queima incompleta de materiais orgânicos. As partículas possuem diâmetros inferiores a 1 micron.
Organismos vivos
Bactérias, vírus e outros em suspensão no ar. Os mais comuns são: o pólen das flores (5 a 10 mícron), os esporos de fungos (1 a 10 mícron), as bactérias (0,2 a 20 mícrons) e os vírus (0,002 a 0,05mícron).	
Eletrecidade Estática
A eletricidade estática é a carga elétrica num corpo cujos átomos apresentam um desequilíbrio em sua neutralidade. O ramo da física que estuda os efeitos da eletricidade estática é a Eletrostática.
O fenômeno da eletricidade estática ocorre quando a quantidade de elétrons gera cargas positivas ou negativas em relação à carga elétrica dos núcleos dos átomos.
Quando existe um excesso de elétrons em relação aos prótons, diz-se que o corpo está carregado negativamente. Quando existem menos elétrons que prótons, o corpo está carregado positivamente. Se o número total de prótons e elétrons é equivalente, o corpo está num estado eletricamente neutro.
Existem muitas formas de “produzir” eletricidade estática, uma delas é friccionar certos corpos, por exemplo, o bastão de âmbar, para produzir o fenômeno da eletrização por fricção. 
A eletricidade estática é um fenômeno de acumulação de cargas elétricas em um material qualquer, condutor, semicondutor ou isolante.
Gases e Vapores
Definição de Metano
O metano (CH4) é um gás que não possui cor (incolor) nem cheiro (inodoro). Considerado um dos mais simples hidrocarbonetos, possui pouca solubilidade na água e, quando adicionado ao ar, torna-se altamente explosivo. 
O metano é produzido através dos seguintes processos naturais: 
- Decomposição de lixo orgânico; 
- Digestão de animais herbívoros;  
- Metabolismo de certos tipos de bactérias;
- Vulcões de lama; 
- Extração de combustíveis minerais (principalmente o petróleo);
- Aquecimento de biomassa anaeróbica. 
Encontramos na atmosfera o gás metano na proporção aproximada de 1,7 ppm (partículas por milhão). Como ele pode ser produzido através de matéria orgânica, pode ser chamado de biogás. Desta forma, é utilizado como fonte de energia.
Se inalado, o metano pode causar asfixia, parada cardíaca, inconsciência e até mesmo danos no sistema nervoso central.
Densidade dos gases
Comportamento dos gases no ambiente
Densidade relativa do ar = 1
Densidade real do ar = 1,2928 kg/m3 
	
	DENS. REL.
	COMPORTAMENTO
	Ar
	1,00
	xxx
	Acetileno
	0,90
	▲
	Álcool
	2,00 / 2,50
	▼
	Benzeno
	2,70
	▼
	Butano
	2,05
	▼
	Gasolina
	3,40
	▼
	Hidrogênio
	0,07
	▲
	Metano
	0,07
	▲
Atmosfera Asfixiante
CO - Sintomas da intoxicação: indisposição e cefaleia levando a um estado de letargia. A exposição pode causar lesões ao sistema nervoso e paralisação dos membros. A pressão arterial pode reduzir levando ao colapso.
Asfixiante químico absorvido pelo pulmão 100 vezes mais rápido que o Oxigênio
LII: 12%
LT (NR-15): 39 ppm
TLV (ACGIH): 25 x 0,88 = 22 ppm
IPVS (NIOSH): 1200 ppm
	CO (ppm)
	Carboxihemoglobina no sangue (%)
	Sintomas
	50
	7
	Cefaléia discreta
	100
	12
	Cefaléia moderada e tontura
	250
	25
	Cefaléia forte, tontura e confusão mental
	500
	45
	Náuseas, vômitos e choque
	1.000
IPVS = 1.200
	60
	Coma
	10.000
	95
	Morte
Medidas administrativas
Avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro.
As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado.
Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado;
Método de limpeza que torna a atmosfera interior do EC isenta de gases, vapores e outras impurezas indesejáveis através de ventilação, purga ou lavagem com água ou vapor.
Dicas
· Observe o lado correto para conexão dos dutos (exasutão x insuflação)
· Para insuflação posicione o equipamento de modo a captar ar fresco e limpo
· Mantenha o ventilador afastado de modo a evitar que o mesmo aspire o ar expelido do interior do E.C.
· Em atmosferas explosivas os dutos devem ser aterrados (eletricidade estática)
Proibir a ventilação com oxigênio puro;
O2
Inertização
Inertização com nitrogênio é a substituição de uma atmosfera indesejável num ambiente fechado por outra atmosfera inerte e geralmente executada para : permitir corte a quente, evitando reações indesejadas de substâncias. Tem o objetivo de expulsar o oxigênio e assim previnir explosão.
Monitoramento
Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras.
Entrada em espaços confinadosNBR 14787 - 3.14 Entrada = Ação pela qual as pessoas ingressam através de uma abertura para interior de um EC. Essa ação passa ser considerado como tendo ocorrido logo que alguma parte do corpo do trabalhador ultrapasse o plano de uma abertura do Espaço Confinado. 
A empresa deve adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores.
Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.
Proteção Respiratória
· Contaminantes desconhecidos
· Concentrações desconhecidas
· Atmosferas IPVS
· Filtros não oferecem proteção adequada
· Atmosfera pobre em oxigênio
NR 33.2.2 
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
Inspeção
· Inspecionar antes/após de cada utilização
· Manter em perfeitas condições de uso
· Equipamentos com grau de proteção devem ter sua integridade e característica construtivas preservadas
· Realizar calibração/teste de resposta nos monitores de gases antes de cada utilização
Ar respirável grau D
A qualidade do ar utilizado nas máscaras autônomas e nos respiradores de linha de ar comprimido deve ser respirável, ou seja, deve satisfazer, no mínimo, aos requisitos indicados na Norma Brasileira ABNT/NBR – 12543/1999.
Correspondente ao ar respirável grau D, da norma ANSI Z86.1-1989/ CGA G7.1
Ar respirável - ABNT/NBR – 12543/1999
· Oxigênio: 19,5 a 23,5 %
· Umidade: em geral 24,2 ppm
· Óleo (condensado): < 5 mg/m3
· Monóxido de Carbono: < 10 ppm
· Dióxido de Carbono: < 1.000 ppm
· Odor: não existe padrão
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO
- OBJETIVO APR
Alertar os trabalhadores em relação a Análise Preliminar de Risco, para as atividades que possuam o potencial de provocar acidentes.
É uma ferramenta cuja função é avaliar cada tarefa (etapa) de uma atividade, determinando os perigos existentes, os riscos associados e as medidas de controle para cada tarefa (etapa). 
Visa tornar segura a execução de uma atividade, possibilitando aos trabalhadores a identificados dos perigos, riscos e medidas de controle de cada tarefa que a compõe. 
Antes de iniciar as atividades, cada frente de trabalho deverá relacionar, por área, as atividades que considerar mais críticas para os aspectos de Segurança e Saúde Ocupacional, analisando o seu levantamento de perigos e riscos e levando em consideração as informações contidas no mesmo (atividades, perigos, riscos associados, medidas de controle,...).
Analise Preliminar de Risco-APR
· PERMISSÃO DE TRABALHO
É um documento que serve para permitir trabalhos com potencial de riscos de acidentes.
Trata-se de um “Chek-list” de itens que são relevantes para a segurança das pessoas envolvidas na execução do trabalho.
Assegurar que os trabalhos potencialmente perigosos sejam executados dentro de padrões aceitáveis de segurança.
Garantir a prévia coordenação / comunicação entre os empregados ou áreas solicitantes e executantes desses serviços rotineiro e não rotineiros, evitando que acidentes ocorram.
Trata-se da prévia análise dos riscos potenciais diagnosticados nos serviços "não rotineiros" a serem realizados. 
Seguida da adoção de medidas de segurança para o controle desses riscos e de posterior aprovação (liberação), feita pelo Solicitante e pelo Responsável pelos Executantes, através do preenchimento de formulário específico. 
ATIVIDADES ROTINEIRAS
- Com frequência 
- Que fazem parte do dia-a-dia das atividades operacionais e de manutenção,
- Sob as mesmas condições de risco, e 
- Que possuam procedimento operacional e APR - Análise Preliminar de Risco, aprovados pela respectiva área.
ATIVIDADE NÃO ROTINEIRA
* Entrada em espaços confinados
* Outros que tenham o potencial de gerar risco aos trabalhadores e ao patrimônio 
* Trabalhos em local elevado
* Trabalhos elétricos
* Trabalhos a quente
PESSOAS ENVOLVIDAS NA ATIVIDADE
Supervisor / Solicitante da PT
Responsável pelo Executante
Executante
Deve ser emitida em duas ou três vias, sendo que:
Uma delas deverá ficar com o executante;
Outra ao Responsável pelos Executantes;
Necessariamente uma ficará no bloco, junto com o Solicitante.
Uma via PT, deverá ficará no local de trabalho junto com os demais documentos durante a execução da atividade.
A empresa deve implementar procedimento para trabalho em espaço confinado e adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados. 
33.3.3 - f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados.
j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos;
Quem são as pessoas envolvidas neste procedimento
· Supervisor / Solicitante da PET
· Responsável pelo Executante
· Executante
· Vigia
· Responsável Técnico
n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;
Supervisor / Solicitante
É o empregado capacitado a liberar a permissão de entrada, com responsabilidade para preencher e assinar a PET para o desenvolvimento de entrada e trabalho seguro no interior de espaços confinados.
m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados;
Responsável pelos executante
É a pessoa devidamente treinada e certificada para, juntamente com o Supervisor / Solicitante, auxiliar na emissão da PET.
Obs.: Caso o serviço a ser realizado for feito somente por um trabalhador (independente de ser empregado ou prestador de serviço), o mesmo assume a figura do Responsável pelos Executantes.
Executante
Trabalhador capacitado para entrar em EC, ciente dos seus direitos e deveres, e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes para o EC que entrará.
Vigia
Empregado ou prestador de serviço, treinado, que tenha conhecimento do plano de emergência da Unidade, designado para permanecer fora do EC, durante todo o tempo em que estiver sendo feito o serviço e manter contato com os executantes no interior do EC.
NR 33.3.4.6 - O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.
O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados;
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário;
d) operar os movimentadores de pessoas; e
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia.
O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;
A empresa deve encerrar a PET quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos.
Quando uma PET deve ser encerrada / cancelada
· Uma condição não prevista e que ponha em risco o serviço, ocorrer dentro ou nas proximidades do espaço confinado; ou
· Houver a saída de toda a equipe do interior do espaço confinado; ou
· Houver pausa ou interrupção dos trabalhos (independente da duração).
Responsabilidades do Supervisor / Solicitante da PET
· Conhecer os riscos envolvidos com o EC;
· Convocar o Responsável pelos Executantes paraparticipar da liberação da PET; 
· Fornecer orientações para a entrada no EC, e providenciar a limpeza, o isolamento, a ventilação, o bloqueio e o uso seguro de energia elétrica;
· Especificar medidas preventivas e testes necessários;
· Executar o monitoramento do local;
· Medir ou monitorar o ambiente do espaço confinado ou, quando não puder fazê-los, designar que outra pessoa o faça, desde que capacitada para efetuar tais atividades, visando detectar eventual atmosfera inflamável / explosiva, asfixiante e/ou tóxica;
· Conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na PET;
· Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;
· Emitir e aprovar a PET, antes do início das atividades;
· Verificar, no local do serviço, se as condições previstas na PET estão / foram atendidas e documentadas;
· Cancelar a realização do serviço, quando necessário;
· Encerrar a PET, após o término dos serviços;
· Garantir a permanência de uma via da PET com o vigia junto ao local de entrada, durante todo o tempo de duração do serviço;
· Providenciar a substituição do Vigia quando necessário.
· Participar, em conjunto da liberação da PET;
· Garantir, junto ao local onde o serviço será realizado, que as condições exigidas na PET sejam entendidas e cumpridas. 
· Devendo realizar um diálogo, antes da entrada no espaço confinado, juntamente com os Executantes e Vigias, no local do serviço, de tal forma que as pessoas envolvidas estejam conscientes dos riscos e das precauções necessárias contidas na PET;
· Garantir que a PET seja cancelada ou encerrada, caso surja condição que coloque em risco a segurança dos executantes / trabalhadores e a continuidade da operação;
Executantes
· Caso não seja possível cumprir integralmente com o mesmo, o trabalhador é obrigado a recusar-se de fazê-lo, sob pena de sofrer as sanções / penalidades administrativas por descumprimento dos procedimentos internos. 
· Informar, ao Solicitante, qualquer alteração nas condições iniciais do trabalho previstas na PET;
· Usar corretamente os meios e os equipamentos (como por exemplo: instrumentos para testes, equipamentos de ventilação, equipamentos de comunicação, EPI, iluminação adequada com dispositivo elétrico / eletrônico de Diferencial Residual, ferramentas pneumáticas, cordas de resgate, tripé, cabo, trava-quedas, cabo guia, etc.) especificados na PET.
A NR 33 dispõe que a Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada.
Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho.
Capacitação
É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador.
Todos os trabalhadores autorizados e Vigias e supervisores, devem receber capacitação periodicamente, a cada doze meses.
Proibição
É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da PET.
NOÇÕES DE RESGATE E SALVAMENTO
Os cabos de fibra sintética utilizados para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo-guia para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo paraquedista, deverá ser dotado de alerta visual amarelo.
Estes cabos deverão contar com rótulo contendo as seguintes informações:
• Material constituinte: poliamida, diâmetro de 12mm;
• Comprimento em metros;
• Aviso: 
"CUIDADO: CABO PARA USO ESPECÍFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE SEGURANÇA PARA FIXAÇÃO DE TRAVA-QUEDAS".
No Brasil, as cordas de segurança mais comercializadas são as trançadas de poliamida, conhecidas como “padrão bombeiro”.
A construção dessas cordas obedece às exigências da Norma Regulamentadora (NR) 18 do Ministério do Trabalho - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, “Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética”.
Consistem de uma alma (parte interna) produzida com fios torcidos e três camadas de capas trançadas sobre essa alma.
A norma exige que a capa intermediária seja trançada com fios amarelos de polipropileno ou poliamida, de forma que funcionem como alerta visual.
A alma deve ter uma resistência mínima à ruptura de 15 kN (1.500 kg), e o conjunto alma e capas uma resistência mínima de 20 kN (2.000 kg).
As melhores cordas, com padrões internacionais, possuem uma outra estrutura de construção, conhecida como Kernmantle , que se constitui basicamente de alma e capa. 
A alma é composta de centenas de fios de poliamida e protegidos por uma capa de poliéster. Para se ter uma idéia da diferença entre a tecnologia imposta pela norma brasileira e a tecnologia Kernmantle, uma corda de padrão nacional de 12 mm oferece uma resistência à ruptura de no máximo 2.500 kg. O mesmo diâmetro de corda com o padrão Kernmantle, oferece uma resistência de 4.000 kg. Isso se dá, provavelmente, pela qualidade da trama, proporção de alma e capa, e porque a corda padrão NR 18 utiliza menos fios na fabricação, o que justifica também serem muito mais baratas. 
A norma brasileira, provavelmente procurando proteger o trabalhador do uso de uma corda perigosamente desgastada, criou a exigência do alerta visual, que é na verdade, uma “armadilha” em potencial. O desgaste das fibras externas é um dos fatores que deterioram a resistência de uma corda, mas não é o único e nem é o dos piores, pois é um problema fácil de ser identificado. 
Os mais perigosos são os invisíveis, provocados, por exemplo, pela contaminação química, pelo raio ultravioleta (ação do sol) e por danos internos, que não podem ser percebidos visualmente. Portanto, se um empregador ou um trabalhador quiser adotar como critério apenas o alerta visual para determinar a vida útil de uma corda, poderá estar se expondo ao perigo.
- Cuidados com a corda
A vida útil das cordas depende de: tempo de uso, da manutenção, frequência do uso, equipamentos utilizados, intensidade da carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios solares (ultravioleta), clima etc.
Nó enfraquece a corda no local da curvatura com perda de resistência de até 60%. Esforço contínuo, causa danos menores do que um esforço de impacto.
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada. 
Inspeção externa e interna: verificar a capa, diâmetro constante, sem cortes nem fios partidos, sem desgastes por abrasão e sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura. A corda não deve apresentar caroço, inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna) e folga entre capa e alma.
Poliamida envelhece em contato com o ar, mesmo sem ser usada;
Passos:
1) Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos cortantes e piso das obras. Jamais pisá-la com sapatos sujos. Partículas de areia, terra e pó penetram nas fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso;
2) Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor, sol, produtos químicos, abrasivos ou cortantes;
3) Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30º e escova com cerdas macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
- Nós e Amarrações
AZELHA SIMPLES
Pode ser usado em ancoragem principal, mas não deve ser utilizado em ancoragem reserva. Diminui a resistência da corda em 50% em caso de impacto – R0: 50%, além de ser difícil desfazer, quando submetido à tensão. Deve ser usado como nó amortecedor entre a ancoragem principal e a reserva.
NÓ “8”
Mais tradicional, é usado tanto em espeleologia quanto em alpinismo e resgate. Pode ser utilizado em qualquer ancoragem, ou para prender coisas na corda com segurança. Pode ser desfeito bem mais fácil que o azelha simples. Seu R0: 60%. Também poderá ser feito da forma induzida e deverá ser arrematado
AZELHA DUPLA “ COELHO”
Mais tradicional, é usado tanto em espeleologia quanto em alpinismo e resgate. Pode ser utilizado em qualquer ancoragem, ou para prender coisas na corda com segurança. Pode ser desfeitobem mais fácil que o azelha simples. Seu R0: 50%. Também poderá ser feito da forma induzida e deverá ser arrematado
FIEL
Ótimo para ser usado na ancoragem principal. Esse nó “abraça” cada vez mais forte o local onde foi feito. Com tensões elevadas (acima de 400 Kg), faz com que a corda deslize sobre ele, não a rompendo (com exceção de quando feito ao redor de locais de grande diâmetro ou rugosos).
PRUSSIK / MACHARD
É um nó empregado para fixar cordas auxiliares a uma outra de maior diâmetro, para dar tensão a outros cabos, para segurança e para ascensão em um cabo vertical com o uso de estribos. Possui a peculiaridade de prender e segurar quando for exercida tração sobre ele. Uma vez feito o nó e estando seguro, faz-se correr no sentido que se deseja e para mantê-lo firme no lugar, basta larga-lo, tracionando-o com firmeza ou deixando que o próprio peso do corpo exerça a tensão.
DIREITO
É o nó usado para emendar cordas com o mesmo diâmetro. Neste nó, quando usadas cordas com diâmetros diferentes, ele se desfaz. O nó direito é composto de duas meias - voltas passadas uma pela outra, a segunda sendo feita no sentido inverso ao do primeiro. Os dois chicotes voltam ao lugar paralelamente ao vivo de suas cordas, fazendo o nó parecer perfeitamente simétrico. É preciso apertar este nó para alcançar o resultado adequado. 
OVERHAND
Nó Overhand, nó de arremate ou também conhecido como nó de segurança. Reforça a segurança ao nó principal de ancoragem, pois às pontas da corda que ficam soltas depois são arrematadas/presas com este nó, não permitindo que o nó principal se afrouxe.
LAIS DE GUIA
Para ancoragens onde será utilizado tensionamento somente em um dos lado da corda. É um nó rápido de ser feito. Ideal para alguns tipos de resgate. Porém, este nó o cabo deve ser tensionado somente uma vez. Se tiver alternância na tensão do cabo ele se desfaz.
- ANCORAGEM
Quer dizer amarrar-se ou se prender a um ponto fixo resistente, pedra, árvore, etc..., e que possa oferecer segurança suficiente para a atividade que irá desempenhar.
Sempre para uma atividade de acesso por cordas ou cabo de aço, a ancoragem é extremamente importante, para a segurança dos envolvidos em tal atividade. 
Os pontos de ancoragem mais comuns usado em alpinismo são grampos, pinos ou chapeletas que são presos na rocha, feitos e colocados na de forma a aguentar pesos de até 25 KN (Vinte e Cinco Quilo Newtons). Na indústria deve ser dada especial atenção a esta atividade, pois a cada trabalho devem ser dimensionados novos pontos de ancoragem.
Cada quilo Newton equivale a mais ou menos 100 quilos. Normalmente na ancoragem costuma-se usar dois pinos (grampos) simultaneamente , equalizados por uma fita.
- FITAS DE ANCORAGEM
A colocação da fita também tem importância fundamental, em virtude de distribuir as forças igualmente em dois ou mais pontos de ancoragem, oferecendo assim maior segurança em caso de um possível rompimento de um dos pontos de ancoragem. 
As primeiras eram de nylon, hoje usa-se materiais mais nobres como o kevlar e spectra, que são muito fortes, levíssimas e muito resistentes a cortes e à abrasão. São unidas em forma de anel, de grande resistência, podendo ser costuradas (não as costure você mesmo, elas já vem costuradas de fábrica), ou unidas por um nó específico, denominado "nó de fita". São cortadas em diferentes tamanhos, de acordo com sua finalidade. 
- FREIO OITO
É o mais antigo e conhecido mecanismo de frenagem. Sua função, como a de qualquer modo de frenagem, é diminuir o esforço que se faz ao descer pela corda. Isso é feito devido ao atrito que a corda faz com as paredes do oito. O oito é muito versátil, de uso simples e bastante durável só deve ter cuidados com o material, não o deixe bater ou cair, mas tem como desvantagem de torcer mais a corda do que outros mecanismos por isso vêm sendo progressivamente abandonado.
No oito, a corda passa pela argola maior do aparelho, servindo o orifício menor para prendê-lo ao mosquetão de trava. É cômodo e à prova de erro, mas tem a desvantagem de além de distorcer muito a corda, para se tirar ou instalar a corda ao aparelho, você terá que tirá-lo do mosquetão por um breve momento, e poderá deixá-lo cair e perde-lo. E no caso de estar utilizando uma corda de Back up com sistema de trava quedas poderá dificultar o manuseio da mesma. 
- DESCENSOR
O Dressler/Stop é utilizado no lugar do oito, tem como função diminuir os danos na corda e é utilizado normalmente para descidas mais rápidas devido ao seu desenho, que não torce nem esquenta a corda, consiste de duas barras entre as quais são colocadas em série, duas roldanas de metal, fixadas de modo a não girar. 
A corda, instalada em S, desliza de uma roldana à outra, mas não é preciso desconectar o aparelho da cadeirinha, pois uma das barras se abre para colocar a corda. 
Considerado um dos aparelhos mais seguros para o Rappel, isto se considera pelo fato de que quando retira-se a mão da alavanca do aparelho, ele se auto trava automaticamente, ficando a pessoa com as duas mãos livres para trabalhar inclusive em um resgate, que o tempo e a liberdade de movimentos são fundamentais.
Para maior segurança, se quiser travá-lo no meio da descida, primeiro solte a alavanca, depois faça a blocagem conforme a figura ao lado.
- MOSQUETÃO
Mosquetão em duralumínio com trava automática. Também encontrado com trava em rosca.
- CAPACETE
O capacete é indicado para o trabalho em altura, bem com outras situações em solo. Ideal para situações onde possa vir a ocorrer impactos ou projeções de materiais e trabalho em altura por não ter abas o que facilita a visualização para cima, podendo também ser utilizado para escalada em rocha e alpinismo.
Capacete de segurança, tipo III classe A, possui casco injetado com nervura central em peça única injetada em polipropileno. Tem jugular de três pontos, em fita de poliéster, de fácil regulagem que impede o capacete de se deslocar ou sair da cabeça em caso de queda. Possui suspensão composta por duas fitas de poliéster e regulagem feita por ajuste simples de velcro e tira absorvedora de suor confeccionada em neoprene. Possui adaptadores para fixação de lanterna de cabeça. Possibilita a adaptação de protetores faciais e auditivos.
- ASCENSOR
Bloqueante de mão, para ascensão em corda fixa ou tração de cordas. Seu punho de desenho ergonômico é emborrachado para maior conforto, comodidade e eficiência no momento de tração.
- POLIAS SIMPLES E DUPLA
SIMPLES: Polia composta por duas placas oscilantes de 2,5mm de espessura em aço inox 304, roldana em alumínio com rolamentos auto lubrificantes, ponto de conexão principal com 19mm de diâmetro, possui carga de ruptura de 30kN.
 Aplicação: Utilizada em sistemas de multiplicação de forças para içar carga, seu formato auxilia no trabalho com sistemas que utilizem cordelete com nó bloqueante, pode ser utilizada com cordas de até Ø13mm.
DUPLA: Polia dupla com placas oscilantes em aço inox de 2mm de espessura, roldanas em alumínio, sua carga de ruptura é de 76kN e trabalha com cordas de até Ø13mm.
 Aplicação: Utilizada para minimizar o atrito entre cordas. É aplicada em sistemas de redução de forças para içar carga.
- PLACA DE ANCORAGEM
Placa multiplicadora de ancoragem com 5 ou 7 furos, confeccionada em aço inox 304, com resistência a ruptura no valor de 36kN.
 Aplicação: Fornece múltiplos pontos de fixação distribuindo as forças do sistema de ancoragem em macas, tripés e pontos de trabalho.
- EQUIPAMENTOS DE RESGATE
IMOBILIZADOR DE COLUNA
Confeccionado em cordura e fitas polipropileno com placas rígidas na parte inferior. Possui três tiras de fixação: região torácica, cabeça e pelve.
Aplicação: Indicado para imobilização da coluna cervical para remoção da vítima em resgate. Deve ser utilizado com o colar cervical. 
MACA ENVELOPE
Confeccionado em polietileno de alta densidade e sistema duplo de fixação da vítima, através de fitas internas para o tórax e nos pés, seis alças para transporte quando em uso, a 	proteção é reforçada comum 	envelope que garante total 	integridade à vítima. Peso recom.: entre 50 a 120 Kg. Tamanho recom.: entre 1,40 a 2,10m.
Desenvolvida para locomoção de vítimas em locais de difícil acesso como em bocas de visita em ambientes confinados, por sua flexibilidade permite versatilidade na movimentação nos sentidos vertical e horizontal.
MACA MAMUTE
Maca composta de estrutura 	tubular 	 de aço SAE 1010, soldadas 	por 	 	 processo MAG e pintura eletrostática 	 	 epóxi na cor vermelha, base com perfis 	estruturais com as mesmas características. O 	fundo da maca é composto por uma lâmina de polipropileno com 2mm de espessura. A maca é desenvolvida para suportar carga de no máximo 200kg. Dimensões 1,97X0,52X0,15m.
TRABALHO VERTICAL – TECNICA RAPEL 
Os pés devem ficar afastados, na largura dos ombros, os joelhos, relaxados e levemente fletidos. Apoie a planta dos pés na parede e mantenha o corpo ligeiramente inclinado para trás, de modo que o seu tronco e o rosto fiquem afastados da corda. Procure deixar as pernas sempre em uma posição perpendicular a parede.
Evite ficar em pé (verticalmente) pois você poderá escorregar e chocar-se contra a parede.
A mão direita é que controla a velocidade. Ela deve estar posicionada logo abaixo da cintura e próxima das costas. Para frear, feche o punho direito e puxe a corda para baixo. Para continuar a descida, abra a mão e libere a corda aos poucos. A mão esquerda fica relaxada e próxima ao peito: não tente frear com ela.
Caminhe até o fim da estrutura mantenha os pés na parede e libere a corda até ficar quase de cabeça para baixo. Continue soltando a corda até perder o contato dos pés com a parede. Você voltará à posição "sentado", sem risco de bater a cabeça na estrutura.
Mantenha o corpo afastado da corda. Se começar a girar em torno do seu próprio eixo, trave a corda e espere voltar à posição normal: de frente para a parede. Desça normalmente. 
RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS
A parte mais enervante do rapel, é iniciá-lo. Para obter uma posição estável é necessário plantar-se com as pernas perpendiculares à inclinação da parede: Numa parede em pé a posição mais estável é quase deitada. Por isso, precisamente no topo, o indivíduo tem que se forçar a inclinar-se para traz, preso à corda fixada na sua frente. Em locais em que esta manobra possa parecer absurda ou perigosamente instável, pode-se tentar descer alguns palmos pelo menos, antes de se jogar para traz e começar a deslizar. Se for uma plataforma, sentar-se a beira da plataforma, lentamente começar a deslizar e simultaneamente girar para dentro, encarando a parede. Um rapel não deve nunca começar com um salto selvagem no espaço: este tipo de acrobacia, não só lança um impacto sobre a ancoragem, mas também coloca o indivíduo numa posição perigosamente instável. Uma vez colocado, o indivíduo deve caminhar de costas, suavemente, parede abaixo, sua velocidade de descida mais ou menos a de um passo rápido, sem pular ou jogar impactos súbitos ao ponto de ancoragem. Rapeis de filme, aqueles saltos longos, com freadas súbitas – podem triplicar a carga numa ancoragem, e causar o seu colapso total. Fazendo o rapel, você deve procurar conservar-se numa trajetória próxima da vertical da corda. A não observância deste cuidado simples, pode levar a gravidade a encarregar-se de trazê-lo de volta para a trajetória correta – com um pêndulo brusco – o que por sua vez pode fazer o iniciante soltar as mãos da corda (um erro GRAVE ) ou, perder o controle da descida. São as duas mãos em conjunto que mantém o controle do rapel: a mão virada para cima apenas serve de guia – deslizando ao longo da corda, ela mantém o equilíbrio do corpo e ajusta sua posição em relação a parede. Já a mão afastada para baixo (ou um pouco para o lado) tem o controle sobre a velocidade da descida. A mão pode também travar ou soltar a corda e assim controlar de outra forma a velocidade com que deslize. Evite no entanto que a corda comece a escapar muito rápido pela mão , causando queimaduras. E JAMAIS DEIXE O ESCAPAR DA MÃO correndo o risco de despencar por ela – uma situação difícil de controlar depois.
A técnica de rapel é muito enganadora: parece fácil, mais já levou muitos participantes a situações problemáticas. A maioria dos muitos acidentes que ocorre com rapel pode ser atribuída a descuido, ou puro erro de cálculo. 
1) Use fitas novas para ancoragem. 
2) Use duas ancoragens, ou até mais se for preciso. 
3) Teste solidamente as ancoragens, antes de iniciar o rapel. 
4) Se estiver usando uma mochila pesada, desça numa posição mais vertical do que normalmente, para evitar virar de cabeça para baixo. Esta é uma possibilidade muito real quando ultrapassando o queixo de um negativo. Em último caso, enrole a corda à perna, e jogue fora a mochila se estiver perdendo o seu controle. 
5) Prenda todas as pontas de roupa, cabelo ,ou equipamento, para evitar que se embaracem no seu aparelho. 
6) Como qualquer outro lance de escalada, dê segurança a qualquer um que o peça obrigatoriamente a todos os principiantes. 
7) Verifique e reverifique todas as partes do seu sistema de rapel, antes de começar a descer. 
8) Desça suavemente – sem pulos ou paradas bruscas. 
9) Se apesar das precauções alguma coisa se embarace ou trave no seu aparelho, fique calmo e solte-a com cuidado. Tenha sempre uma laçada de prusik pronta. Pode ser necessário apelar para um estribo passado a um prusik colocado na corda acima do seu aparelho, para evitar a tensão (na corda), e remover o problema. 
10) Antes de descer o último homem, teste para certificar-se de que a corda pode ser retirada. 
11) Ao pé do rapel, mova-se para o lado, colocando-se fora da área de impacto de quaisquer coisas que possam estar sendo atiradas para baixo, pelo seguinte a descer. 
1. PRI MEIROS SOCORROS
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais e podem orientar o diagnóstico inicial e o acompanhamento da evolução do quadro clínico da vítima. São eles:
●	Pulso;
●	Respiração;
●	Pressão arterial;
●	Temperatura.
Na obtenção dos sinais vitais devemos considerar as seguintes condições:
●	Condições ambientais, tais como temperatura e umidade no local, que podem causar variações nos valores;
●	Condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e alimentação, que também podem causar variações nos valores;
●	Condições do equipamento, que devem ser apropriados e calibrados regularmente. 
Pulso
Pulso é a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial cada vez que o ventrículo esquerdo se contrai. Em locais onde as artérias de grosso calibre se encontram próximas à superfície cutânea, pode ser sentido à palpação. Cada onda de pulso sentida é um reflexo do débito cardíaco, pois a frequência de pulso equivale à frequência cardíaca. Débito cardíaco é o volume de sangue bombeado por cada um dos lados do coração em um minuto.
A determinação do pulso é parte integrante de uma avaliação cardiovascular. Além da frequência cardíaca (número de batimentos cardíacos por minuto), os pulsos também devem ser avaliados em relação ao ritmo (regularidade dos intervalos - regular ou irregular) e ao volume (intensidade com que o sangue bate nas paredes arteriais - forte e cheio ou fraco e fino). O pulso fraco e fino, também chamado filiforme, geralmente está associado à diminuição do volume sangüíneo (hipovolemia).Sob circunstâncias normais, existe um relacionamento compensatório entre a frequência cardíaca e o volume sistólico. Esta compensação é vista claramente no choque hipovolêmico, no qual um volume sistólico diminuído é equilibrado por uma frequência cardíaca aumentada e o débito cardíaco tende a permanecer constante.
Podem ser considerados normais os seguintes índices de frequência cardíaca:
●	Adultos – 60 a 100 bpm;
●	Crianças – 80 a 120 bpm;
●	Bebês – 100 a 160 bpm.
Respiração
Respiração é o processo através do qual ocorre troca gasosa entre a atmosfera e as células do organismo. É composta pela ventilação e pela hematose. Naventilação ocorre a entrada de ar rico em oxigênio para os pulmões (inspiração) e a eliminação de ar rico em dióxido de carbono para o meio ambiente (expiração). A hematose consiste na liberação de dióxido de carbono e captação de oxigênio feita pelas hemácias durante a perfusão pulmonar. Perfusão pulmonar é a passagem do sangue pelos capilares pulmonares, que por sua vez estão em íntimo contato com os alvéolos pulmonares.
A frequência respiratória pode variar com a idade:
●	Adultos – 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto (mrpm);
●	Crianças – 20 a 30 mrpm;
●	Bebês – 30 a 60 mrpm.
Outros fatores podem alterar a respiração como exercícios físicos, hábito de fumar, uso de medicamentos e fatores emocionais. 
Pressão Arterial
A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular, do volume sangüíneo e da resistência oferecida pelas paredes das artérias.
O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo chamada pressão diastólica ou mínima.
Valores médios de pressão arterial considerado ideal de acordo com a idade:
●	04 anos – 85/60 mmHg;
●	06 anos – 95/62 mmHg;
●	10 anos – 100/65 mmHg;
●	12 anos – 108/67 mmHg;
●	16 anos – 118/75 mmHg;
●	Adultos – 120/80 mmHg;
●	Idosos – 140 a 160/90 a 100 mmHg.
Temperatura
Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo.
A temperatura do corpo é registrada em graus célsius (centígrados). O termômetro clínico de vidro, mais usado, tem duas partes: o bulbo e o pedúnculo. O bulbo contém mercúrio; um metal liquido, o qual se expande sob a ação do calor e sobre pelo interior do pedúnculo, indicando a temperatura em graus e décimos de graus.
Divisão do Corpo Humano
O corpo humano divide-se em cabeça, tronco e membros.
1. Cabeça
A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Uma linha imaginária passando pelo topo das orelhas e dos olhos é o limite aproximada entre estas duas regiões. O crânio contém o encéfalo no seu interior, na chamada cavidade craniana. As lesões crânio-encefálicas são as causas mais frequentes de óbito nas vitimas de trauma. A face é a sede dos órgãos dos sentidos da visão, audição, olfato e paladar. Abriga as aberturas externas do aparelho respiratório e digestivo. As lesões da face podem ameaçar a vida devido ao sangramento e obstrução das vias aéreas. 
2. Tronco
O tronco é dividido em pescoço, tórax, abdome e pelve. 
 2.1. Pescoço
Contém varias estruturas importantes. É suportado pela coluna cervical que abriga no seu interior a porção cervical da medula espinhal. As porções superiores do trato respiratório e digestivo passam pelo pescoço em direção ao tórax e abdome. Contém também vasos sanguíneos calibrosos responsáveis pela irrigação da cabeça. As lesões do pescoço de maior gravidade são as fraturas da coluna cervical com ou sem lesão medular, as lesões do trato respiratório e as lesões de grandes vasos com hemorragia severa.
 2.2 Tórax
Contém no seu interior, na chamada cavidade torácica, a parte inferior do trato respiratório (vias aéreas inferiores), os pulmões, o esôfago, o coração e os grandes vasos sanguíneos que chegam ou saem do coração. É sustentado por uma estrutura óssea da qual fazem parte a coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as clavículas e a escápula. As lesões do tórax são a segunda causa mais frequente de morte nas vítimas de trauma.
2.3. Abdome
 Está separado internamente do tórax pelo músculo diafragma e contém basicamente órgãos do aparelho digestivo e urinário, portanto da digestão e excreção. Possui, no seu interior, grandes vasos que irrigam as vísceras abdominais e os membros inferiores. 
E sustentado pela coluna vertebral posteriormente e por uma resistente camada músculo aponeurótica anterior e lateral. As lesões do abdome podem levar à graves hemorragias devido a lesões de grandes vasos ou de vísceras bastante vascularizadas como o fígado, baço e rins e a infecções pelo vazamento do conteúdo contaminado das vísceras ocas para o interior cavidade abdominal.
2.4. Pelve
Liga o abdome aos membros inferiores e contém, na chamada cavidade pélvica, a porção distal do tubo digestivo e do aparelho urinário e o aparelho reprodutor masculino e feminino. As fraturas da pelve óssea são frequentes e muitas vezes graves devido à intensa hemorragia interna ou externa resultante.
 3. Membros
O corpo humano possui um par de membros superiores e um de membros inferiores. As lesões de membros estão entre as mais frequentes e possui risco de vida se envolver vasos sanguíneos calibrosos.
DESMAIO
São a perda da consciência ou sentidos devido a falta de pressão sanguínea e oxigenação do cérebro. Podem ser causados por emoções fortes, fraqueza, fome, ferimentos graves, nervosismo, pancadas, medo, etc. 
Se perceber que a pessoa irá desmaiar, baixe sua cabeça ou tente sentá-la para frente, com a cabeça entre as pernas, em um plano abaixo dos joelhos, fazendo-o respirar profundamente.
Após o desmaio como proceder: 
Deitar a vítima de costas com a cabeça baixa;
Afrouxe suas roupas;
Verificar os sinais vitais;
Tente manter contato com a vítima;
Providenciar socorro.
AFOGAMENTO
Uma técnica de emergência para desobstrução das vias aéreas superiores evitar o sufocamento/asfixia. 
Heimlich: 
Essa manobra foi descrita pela primeira vez pelo médico americano Henry Heimlich em 1974 e induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traquéia da vítima.
A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos. É comum em crianças e adultos. Provocada por uma súbita queda de oxigenação, pode levar à morte em poucos minutos, se não solucionada rapidamente. Balas, doces, bombons e alimentos diversos podem ser responsáveis por este evento.  Ao ser deglutido de forma inadequada, o alimento pode bloquear as vias respiratórias e a passagem de ar para os pulmões, ao impactar na garganta. Alguns sinais são característicos: ela tenta falar e a voz não sai. Começa a ficar agitada e confusa, levando as mãos para a garganta, a pele pode mudar de cor, passando a ficar azulada o que indica baixa oxigenação do sangue. 
Inicie abraçando a pessoa pela cintura firmando os punhos entre as costelas e o abdome. Puxe a pessoa para cima e em sua direção, rápida e vigorosamente. Fazendo a manobra usa as mãos para fazer pressão sobre final do diafragma. Isso comprimirá os pulmões e fará pressão negativa sobre qualquer objeto estranho nas vias aéreas.
PARADA RESPIRATÓRIA
É a ausência dos movimentos respiratórios e do fluxo de ar nos pulmões, seja pelo colapso dos pulmões, paralisia do diafragma ou outras causas. Geralmente coincide, é precedida ou leva a Parada Cardíaca (por hipoxemia)
Sintomas: 
Inconsciência, lábios, língua e unhas azuladas (cianose); ausência de movimentos do peito (movimentos respiratórios) 
Reversibilidade: 
05 mtos = Neurológico normal
10 mtos = Déficit neurológico
15 mtos = Estado vegetativo
20 mtos = Morte encefálica
Processo mecânico empregado para restabelecer a respiração.
BOCA A BOCA BOCA NARIZ
BOCA MÁSCARA ARTIFICIAL 
COM AMBÚ
Respiração boca boca: Deve ser feita fechando o nariz da vítima com os dedos e fazer a insuflação nos pulmões com ar.
Após cada insuflação deve-se afastar a boca da boca da vítima para que a mesma solte o excesso de ar passivamente.
Respiração boca nariz: Deve ser feita fechando a boca e nariz da vítima com a sua boca e fazer a insuflação dos pulmões com ar.
Após cada insuflação deve-se afastar a boca do nariz da vítima para que a mesma solte o excesso de ar passivamente.REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
São manobras terapêuticas que objetivam manter a circulação e respiração artificial e restaurá-las ao normal o mais breve possível, minimizando a lesão cerebral. 
O local indicado para realização da compressão torácica é aproximadamente 2 dedos acima do apêndice xifóide. As mãos devem estar entrelaçadas uma sobre a outra no centro do peito da vítima, de forma aplicar força regularmente. 
Manter relação 30 compressões/2 ventilações, quer para adultos e crianças + de 10 anos; ADULTO- relação 30:2 é empregada para 1 ou 2 socorristas. 
HEMORRAGIA
É o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos através da ruptura nas paredes.
Tipos de Hemorragias
* Hemorragia Interna:
Sangramento que extravasa para o interior do próprio corpo.
* Hemorragia Externa: 
Sangramento que extravasa para o meio ambiente.
Sangue:
* Composto por plasma (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas)
Correspondente a 7% do peso corporal 
Sangramentos
* Arterial:
Vermelho claro – em jato – rápido – difícil controle.
* Venoso:
Vermelho intenso – contínuo – grave se as veias forem de grosso calibre.
* Capilar:
Flui de diminutos vasos da ferida – fácil controle.
Controle de hemorragia externa
* Método de pressão direta
* Elevação da área traumatizada
*Pressão digital sobre o ponto de pulso
CHOQUE
É uma situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter a distribuição de sangue oxigenado para os sistemas. 
Tipos de Choque
* Choque Hipovolêmico
* Choque Cardiogênico
* Choque Neurogênico
* Choque Psicogênico
* Choque Anafilático
* Choque Séptico
FRATURAS
É a ruptura total ou parcial da estrutura óssea. Quando um osso não suportar a pressão exercida sobre ele, ocorrerá uma ruptura ou fratura óssea. 
Classificação de Fraturas
Classificação quanto ao tipo de fraturas
ENTORSES
Lesões por movimento anormal podendo lesar músculos, ligamentos ou vasos. 
Ocorrem:
Dor;
Inchaço:
Impotência funcional.
Tratamento:
Compressas de gelo (24 horas iniciais);
Imobilização;
Analgésico.
LUXAÇÃO
Lesões com deslocamento de ossos.
Ocorrem:
Dor intensa;
Inchaço;
Incapacidade funcional
Tratamento:
Gelo em 24 h iniciais;
Imobilização;
Analgésico.
Nunca =>
- Aplicar calor de imediato!!!
- Massagear a região acometida!!!
- Forçar movimentação!!!
- Tentar recolocar ossos no lugar!!!
QUEIMADURAS
Conceito: Lesão provocada aos tecidos pôr substância corrosiva, calor, eletricidade, frio intenso ou radiações.
Classificação:
Primeiro grau: Lesão de camada superficial da derme.
Vermelhidão;
Ardor;
Dor local
Segundo grau: Lesão de camadas mais profundas da derme.
Vermelhidão;
Formação de bolhas
Dor e ardência locais variáveis.
Terceiro grau: lesão da pele e tecidos mais profundos (músculos, vasos e nervos)
Ferida de cor branca, rósea ou preta;
Necrose;
Indolor ou dói pouco
CHOQUE ELÉTRICO
Não tocar a vítima até que esteja separada da corrente;
Arraste a vítima imediatamente da seguinte maneira:
· Desligue o interruptor ou chave;
· Remover o fio ou condutor com material seco: 
 Utilizando cabo de vassoura, pau, material isolante, etc.
· Puxar vítima sem tocar a pele;
· Evitar o choque;
· Imobilizar fraturas se houver;
· Realizar o RCP.
Tratamento queimaduras
Use água fria. Coloque a área queimada sob água corrente fria por 10-15 minutos, se você ainda pode sentir a sensação de queimação. 
Adicionar uma compressa fria. Se a água fria não é uma opção, use uma compressa fria ou gelo envolto em uma toalha e colocado sobre sua queimadura. Nunca aplique gelo ou compressa seu diretamente à queimadura, pois isso irá prejudicar a pele. 
Tratar uma queimadura química. Se a sua queimadura foi causada por produtos químicos, limpar a área de quaisquer irritantes restantes. Remover joias que possam bloquear a área como um resultado do inchaço.
Não aplique gelo. A mudança de temperatura entre o burn e o gelo é muito significativa, e que o gelo vai acabar causando mais danos a sua pele queimada. Aplicam-se apenas água fria ou gelo embrulhe em uma toalha antes de colocá-lo sobre sua queimadura. 
ABORDAGEM PRIMÁRIA
Procure ficar calmo, principalmente se você for o líder da equipe de emergência;
· Segurança no local;
· * Mecanismo de injuria;
· * Solicite ajuda;
· * Acalme a vítima;
· * Realizar Abordagem Primaria:
· A – Controle Cervical e vias aéreas permeáveis;
· B – Respiração;
· C – Circulação e controle de hemorragias;
· D – Estado Neurológico;
· E – Exposição da vitima;
Examinar as pupilas dos olhos da vítima
Tamanho, simetria e reação à luz
Isocóricas - tamanhos semelhantes;
Anisocóricas - tamanhos desiguais;
Midríase - pupilas fixas e dilatadas;
Miose - pupila contraídas.
Abordagem Primaria - RCP Socorrista Leigo
O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração“, não se faz mais na sequencia da abordagem primária para socorrista leigo.
Houve uma alteração na sequência recomendada para o socorrista que atua sozinho para que ele inicie as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). O socorrista atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão.
· A frequência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/minuto).
· A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 1½ a 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm).
Se tiver um DEA disponível na área, usá-lo o mais rápido possível para impulsionar o coração da vítima
Certifique-se de que não há poças de água parada ou nas imediações.
Ligue o DEA, ele deve ter comandos de voz que lhe diz o que fazer.
Expor totalmente o tórax da vítima, remova todos os itens de metal, verifique se há piercings, ou evidência de que a vítima tem um marca-passo ou desfibrilador cardioversor implantável (deve ser indicado por uma pulseira médica)
Verifique se o peito absolutamente seco. Se a pessoa possuir pelos no peito, você pode precisar fazer a barba dele. 
Prenda as almofadas com eletrodos no peito da vítim . Siga as instruções na DEA para a colocação. Mova os blocos pelo menos 1 polegada (2,5 cm) de distância de qualquer piercings de metal ou dispositivos implantados.
Certifique-se de que ninguém está tocando a pessoa.
Pressione analisar no DEA. Se o choque for necessário, a máquina irá notificá-lo. Se for necessário o choque certifique-se que ninguém está tocando nele ou nela.
Retire as almofadas de eletrodos e retomar a RCP por mais 5 ciclos antes de usar o DEA novamente.
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado. A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios próprios, nos casos onde não é possível contar com equipes especializadas em resgate.
Uma pessoa - De Apoio
· Passe o seu braço em torno da cintura da vítima e o braço da vítima ao redor de seu pescoço. 
Uma pessoa - Nas costas
· Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu pescoço, incline-a para frente e levante-a. 
Uma pessoa - Cadeirinha
· Faça a cadeirinha conforme abaixo. Passe os braços da vítima ao redor do seu pescoço e levante a vítima. 
Duas pessoas - Segurando pelas extremidades
· Uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra, segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente. 
Três pessoas
· Uma segura a cabeça e costas, a outra, a cintura e a parte superior das coxas. A terceira segura a parte inferior das coxas e pernas. Os movimentos das três pessoas devem ser simultâneos, para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e pernas. 
Quatro pessoas
· Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.ANEXO
NR-33 SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS
 
Publicação D.O.U. 
Portaria MTE n.º 202, 22 de dezembro de 2006 27/12/06 
Alterações/Atualizações 
Portaria MTE n.º 1.409, 29 de agosto de 2012 31/08/12 
 
33.1 Objetivo e Definição 
 33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
 33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 
 33.2 Das Responsabilidades 
 33.2.1 Cabe ao Empregador: 
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma; 
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento; 
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado; 
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho; 
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergência e salvamento em espaços confinados; 
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II desta NR; 
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores; 
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em conformidade com esta NR; 
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e 
 j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados. 
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores: 
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; 
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; 
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e 
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos espaços confinados. 
33.3 Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 
33.3.1 A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados. 
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção: 
a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas não autorizadas;
b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados; 
c) proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos; 
d) prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; 
e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféricos em espaços confinados; 
f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; 
g) manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço confinado; 
h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; 
i) proibir a ventilação com oxigênio puro; 
j) testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; e 
k) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofreqüência. 
 
33.3.2.1 Os equipamentos fixos e portáteis, inclusive os de comunicação e de movimentação vertical e horizontal, devem ser adequados aos riscos dos espaços confinados; 
33.3.2.2 Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade - INMETRO. 
 33.3.2.3 As avaliações atmosféricas iniciais devem ser realizadas fora do espaço confinado. 
 33.3.2.4 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, faíscas ou calor. 
 33.3.2.5 Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de inundação, soterramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, escorregamentos, impactos, esmagamentos, amputações e outros que possam afetar a segurança e saúde dos trabalhadores. 
33.3.3 Medidas administrativas: 
a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados, e respectivos riscos; 
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado; 
c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o Anexo I da presente norma; 
d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado; 
e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR, às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados; 
f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de trabalhadores em espaços confinados; 
g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho; 
h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e Trabalho; 
i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos; 
j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos; 
k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho; 
l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida; 
m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços confinados; 
n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada; o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes no local de trabalho; e 
p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido. 
33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada. 
33.3.3.2 Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, de forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado; e 
NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores. 
33.3.3.3 O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle.33.3.3.4 Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA. 
33.3.3.5 Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo: 
a) entrada não autorizada num espaço confinado; 
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho; 
 c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada; 
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado; 
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e 
f) identificação de condição de trabalho mais segura. 
33.3.4 Medidas Pessoais 
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO. 
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto no item 33.3.5. 
 
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco. 
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada. 
33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções: 
a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades; 
b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho; 
c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes; 
d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e 
e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. 
33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. 
33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções: 
a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade; 
b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados; 
c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário; 
d) operar os movimentadores de pessoas; e 
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. 
33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados; 
33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e Trabalho. 
33.3.4.10 Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - Atmosfera IPVS –, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape. 
33.3.5 – Capacitação para trabalhos em espaços confinados 
33.3.5.1 É vedada a designação para trabalhos em espaços confinados sem a prévia capacitação do trabalhador. 
 
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações: 
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; 
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento; e 
c) quando houver uma razão para acreditar que existam desvios na utilização ou nos procedimentos de entrada nos espaços confinados ou que os conhecimentos não sejam adequados. 
33.3.5.3 Todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada devem receber capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de 8 horas. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.409, de 29 de agosto de 2012). 
33.3.5.4 A capacitação inicial dos trabalhadores autorizados e Vigias deve ter carga horária mínima de dezesseis horas, ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático de: (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.409, de 29 de agosto de 2012). 
 a) definições; 
b) reconhecimento, avaliação e controle de riscos; 
c) funcionamento de equipamentos utilizados; 
d) procedimentos e utilização da Permissão de Entrada e Trabalho; e 
e) noções de resgate e primeiros socorros. 
33.3.5.5 A capacitação dos Supervisores de Entrada deve ser realizada dentro do horário de trabalho, com conteúdo programático estabelecido no subitem 33.3.5.4, acrescido de: 
a) identificação dos espaços confinados; 
b) critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos; 
c) conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados; 
d) legislação de segurança e saúde no trabalho; 
e) programa de proteção respiratória; 
f) área classificada; e 
g) operações de salvamento. 
33.3.5.6 Todos os Supervisores de Entrada devem receber capacitação específica, com carga horária mínima de quarenta horas para a capacitação inicial. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.409, de 29 de agosto de 2012). 
33.3.5.7 Os instrutores designados pelo responsável técnico, devem possuir comprovada proficiência no assunto. 
33.3.5.8 Ao término do treinamento deve-se emitir um certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço confinado, data e local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do responsável técnico. 
 
33.3.5.8.1 Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa. 
33.4 Emergência e Salvamento 
33.4.1 O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo: 
a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos; 
b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência; 
c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas; 
d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e 
e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços confinados. 
33.4.2 O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. 
33.4.3 A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco. 
33.5 Disposições Gerais 
33.5.1 O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros. 
33.5.2 São solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta NR os contratantes e contratados. 
33.5.3 É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho.

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