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APOSTILA-COMBATE-A-INCÊNDIO

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Ultraseg Treinamentos e Tecnologias em Segurança do Trabalho – NR 35 
 
 
www.ultraseg.com.br e-mail: contatoultraseg@gmail.com Fone: 16 3397.1130 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMBATE A INCÊNDIOS 
 
 
 
 
 
 
Conforme os requisitos legais da NR-23, NBRs 14276 e 14277 e Instrução Técnica – n°17/2019 do Corpo de 
Bombeiros do Estado de São Paulo, conforme o decreto estadual 63.911 de 10 de dezembro de 2018, que 
institui o Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ultraseg Treinamentos e Tecnologias em Segurança do Trabalho – NR 35 
 
www.ultraseg.com.br POR FAVOR NÃO RASURE 
 MATERIAL DE APOIO 1 
 
ÍNDICE 
 
A evolução do fogo 02 
Definição 02 
As grandes tragédias 03 
Teoria do fogo – Elementos do fogo 04 
Mecanismos de transmissão 05 
Métodos de extinção do fogo 05 
Pontos e temperaturas importantes do fogo 06 
Fumaça – Toxidade 06 
Comportamento humano no incêndio 06 
Classes de Incêndio 07 
Extintores de Incêndio 08 
Inspeção e manutenção de extintores 10 
Utilização de extintores 11 
Mangueiras de Incêndio 12 
Esguichos reguláveis 13 
Chaves de mangueiras 13 
Sistema de Hidrantes 13 
Registro de Recalque 13 
Saídas de emergência 13 
Escada de segurança 13 
Sistema de iluminação de emergência 14 
Sistemas de Alarme 14 
Sistema de chuveiros automáticos ("sprinklers") 15 
Sinalização de Emergência 15 
Técnica de Extinção de Incêndio 16 
Ventilação 16 
Emergências envolvendo GLP (Gases Liquefeitos de Petróleo) 17 
Riscos em Incêndios e EPIs 17 
Providências em Caso de Confinamento pelo Fogo 17 
Legislação CBPMESP – IT17/2018 – Brigada de Incêndio 18 
Fluxograma de procedimento de emergência 22 
 
Atendimento Pré-hospitalar – conceitos e legislações 23 
Biossegurança 23 
Diretrizes da American Heart Association 2015 para RCP e ACE 24 
Obstrução de vias aéreas em vítimas > 1 ano 26 
Obstrução de vias aéreas em vítimas < 1 ano 27 
Sistemas de Emergências Médicas – SAMU e Corpo de Bombeiros 27 
Hemorragias 27 
Lesões músculo esqueléticas - Fraturas 27 
Queimaduras 28 
Formas de Socorro 29 
Retificação das Vias Aéreas 29 
Posições de estabilização 29 
Avaliação Anexo C – IT 17/2018 CBPMESP 30 
 
Emergências Químicas 31 
Trabalho em Altura - Norma Regulamentadora N°35 35 
Trabalho em Espaço Confinado - Norma Regulamentadora N°33 37 
Referências 40 
 
 
 
 
 
Ultraseg Treinamentos e Tecnologias em Segurança do Trabalho – NR 35 
 
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 MATERIAL DE APOIO 2 
 
A EVOLUÇÃO DO USO DO FOGO 
 
 
O homem sempre quis dominar o fogo. Durante milhares de anos, ao bater uma pedra contra outra, gerava 
uma faísca que, junto a gravetos, iniciava uma fogueira. O domínio do fogo permitiu um grande avanço no 
conhecimento: cocção dos alimentos, fabricação de vasos e potes de cerâmica ou objetos de vidro, forja do aço, 
fogos de artifício, etc. 
Por outro lado, sempre houve perdas de vidas e de propriedades devido a incêndios. Após a Segunda 
Guerra Mundial o fogo começou a ser encarado como ciência; complexa, pois envolvia conhecimentos de física, 
química, comportamento humano, toxicologia, engenharia, etc. 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE FOGO 
Definições usadas nas normas de vários países: 
a) Brasil - NBR 13860: fogo é o processo de 
combustão caracterizado pela emissão de calor e luz. 
b) Estados Unidos da América - (NFPA): fogo é a 
oxidação rápida autossustentada acompanhada de 
evolução variada da intensidade de calor e de luz. 
c) Internacional - ISO 8421-1: fogo é o processo de 
combustão caracterizado pela emissão de calor 
acompanhado de fumaça, chama ou ambos. 
d) Inglaterra - BS 4422:Part 1: fogo é o processo de 
combustão caracterizado pela emissão de calor 
acompanhado por fumaça, chama ou ambos. 
 
 
DEFINIÇÃO DE INCÊNDIO 
 
As definições abaixo traduzem exatamente o 
que é o incêndio. 
 
• Brasil NBR 13860 
O incêndio é o fogo fora de controle. 
 
• “Internacional ISO 8421-1 
Incêndio é a combustão rápida disseminando-
se de forma descontrolada no tempo e no 
espaço”. 
 
Essas conceituações deixam claro que o 
incêndio não é medido pelo tamanho do fogo. 
No Brasil quando o estrago causado pelo fogo 
é pequeno, diz-se que houve um princípio de 
incêndio e não um incêndio. O incêndio coloca 
em risco o patrimônio e a vida das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fogo que encanta O Fogo e a Tecnologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ultraseg Treinamentos e Tecnologias em Segurança do Trabalho – NR 35 
 
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 MATERIAL DE APOIO 3 
 
O QUE APRENDEMOS COM AS 
GRANDES TRAGÉDIAS 
 
O Ministério do Trabalho editou a Norma 
Regulamentadora 23 (NR-23) - Proteção Contra 
Incêndios, em 1978, dispondo regras de proteção 
contra incêndio na relação empregador/empregado. 
 
LEGISLAÇÃO E NORMAS PERTINENTES 
 
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo 
 
Decreto Estadual 56.819 de 10 de março de 
2011, que institui o Regulamento de 
Segurança Contra Incêndio das Edificações 
e Áreas de Risco. 
 
 
 
Gran Circo Norte-Americano, Niterói, Rio de Janeiro 
O maior incêndio em perda de vidas, em nosso País, e de maior perda de 
vidas ocorridas em um circo até nossos dias, aconteceu em 17 de 
dezembro de 1961, em Niterói (RJ), no Gran Circo Norte-Americano, tendo 
como resultado 250 mortos e 400 feridos. Vinte minutos antes de terminar o 
espetáculo, um incêndio tomou conta da lona. Em três minutos, o toldo, 
em chamas, caiu sobre os dois mil e quinhentos espectadores. 
 
 
Incêndio na Indústria Volkswagen do Brasil 
O incêndio na Ala 13 da montadora de automóveis Volkswagen, em São 
Bernardo do Campo, ocorrido em 18 de dezembro de 1970, consumindo 
um dos prédios da produção (Ala 13), com uma vítima fatal e com perda 
total dessa edificação, além de ser um grande exemplo de um novo tipo 
de conflagração, o ocorrido em uma só edificação. 
 
 
 
 
Incêndio no Edifício Andraus 
O primeiro grande incêndio em prédios elevados ocorreu em 24 de 
fevereiro de 1972, no edifício Andraus, na cidade de São Paulo. 
Tratava-se de um edifício comercial e de serviços, com 31 andares, 
estrutura em concreto armado e acabamento em pele de vidro. 
Acredita-se que o fogo tenha começado nos cartazes de publicidade 
das Casas Pirani, colocados sobre a marquise do prédio. Do incêndio 
resultaram 352 vítimas, sendo 16 mortos e 336 feridos. 
 
 
 
 
Incêndio no Edifício Joelma 
Esse edifício, também construído em concreto armado, situa-se na Avenida Nove de 
Julho, 22 (Praça da Bandeira/SP), possuindo 23 andares de estacionamentos e 
escritórios. Ocorrido em 1º de fevereiro de 1974, gerou 179 mortos e 320 feridos. O 
edifício, assim como o Andraus, não possuía escada de segurança. Nesse incêndio, 
pessoas se projetaram pela fachada do prédio, gerando imagens fortes e de grande 
comoção. 
 
 
 
 
 
 
Incêndio na Boate Kiss 
Foi uma tragédia que matou 242 pessoas e feriu 680 
outras numa discoteca da cidade de Santa Maria, no 
estado do Rio Grande do Sul. O incêndio ocorreu na 
madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi causado por um 
sinalizador disparado no palco em direção ao teto por um 
integrante da banda que se apresentava no local. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discoteca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_(Rio_Grande_do_Sul)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul
https://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_janeiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/2013
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 MATERIAL DE APOIO 4 
 
TEORIA DO FOGO 
O estudo do fogo como ciência tem pouco mais de vinte 
anos, com a criação da IAFSS – International Association for 
Fire Safety Science, associação internacional que reuni 
cientistas dos maiores institutos e universidades do mundo e 
realiza seminários a cada dois anos em diferentes países. 
 
 
 
Inicialmente foi criada a teoria conhecida como 
Triângulo do Fogo que explicava os meios de extinção 
do fogo pela retirada do combustível, do comburente 
ou do calor. Assim, a interpretação desta figura 
geométrica plana é: 
 
Os três elementos que 
compõem cada lado do 
triângulo devem coexistir 
ligados para que o fogo se 
mantenha. 
 
 
Com a descoberta do agente extintor “halon”, 
foi necessário mudar a teoria, a qual atualmente é 
conhecida como Tetraedro do Fogo. A interpretação 
desta figura geométrica espacial é: 
 
 
Cada uma das quatro 
faces representa um 
elemento do fogo e devem 
coexistir ligados para que o 
fogo se mantenha. 
 
 
 
 
Nota: O halon (hidrocarboneto halogenado) é um agente 
extintor de compostos químicos formados por elementos 
halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Foi banido pelo 
Protocolo de Montreal por ser nocivo à camada de ozônio. 
 
COMBURENTE (Oxigênio): É o elemento ativador do fogo, que se 
combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida 
às chamas e possibilitando a expansão do fogo. Compõe o ar 
atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível 
para sustentar a combustão é de 16%. 
 
CALOR: É o elemento que dá início ao fogo, é ele 
que faz o fogo se propagar. Pode ser uma faísca, 
uma chama ou até um superaquecimento em 
máquinas e aparelhos energizados. 
 
REAÇÃO EM CADEIA 
Os combustíveis, após iniciarem a 
combustão, geram mais calor. Esse 
calor provocará o desprendimento de 
mais gases ou vapores combustíveis, 
desenvolvendo uma transformação 
em cadeia ou reação em cadeia. 
 
ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO 
Os elementos que compõem o fogo são: 
 
● Combustível 
● Comburente (oxigênio) 
● Calor 
● Reação em cadeia 
 
 
COMBUSTÍVEL 
É todo material que queima. São sólidos, líquidos e 
gasosos, sendo que os sólidos e os líquidos se 
transformam primeiramente em gás pelo calor e 
depois inflamam. 
Sólidos: Madeira, Papel, Tecido, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
Líquidos Voláteis – são os que 
desprendem gases inflamáveis à 
temperatura ambiente. Ex.: álcool, 
éter, benzina, etc. 
 
 
Líquidos Não Voláteis – são os 
que desprendem gases 
inflamáveis a temperaturas 
maiores do que a do ambiente. 
Ex.: óleo, graxa, etc. 
 
Gasosos - Butano, propano, etano, etc. 
 
 
 
 
 
A falta de oxigênio durante a combustão 
leva à chamada ‘combustão incompleta’ que 
produz monóxido de carbono (CO). Este gás é 
muito tóxico para o ser humano. Pequenas 
concentrações de monóxido de carbono já 
provocam tonturas e dores de cabeça. 
Outro produto indesejável da combustão 
incompleta é a fuligem. A porção mais fina da 
fuligem pode impregnar nos pulmões e causar 
problemas respiratórios. 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 5 
 
TEORIA DO FOGO 
Uma vez iniciado o fogo deve-se levar em conta o mecanismo de 
transmissão da energia, ou seja, condução do calor, convecção 
do calor e radiação de energia. Cada modo de transmissão da 
energia irá influenciar na manutenção e no crescimento do fogo. 
 
 
MECANISMO DE TRANSMISSÃO DA ENERGIA 
 
CONDUÇÃO: É a forma pela qual se transmite o calor 
através do próprio material, de molécula a molécula ou de corpo 
a corpo. 
 
 
CONVECÇÃO: É quando o calor se transmite através de 
uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, 
levando para outros locais, quantidade de calor suficiente para 
que os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de 
combustão, originando outro foco de fogo. 
 
 
RADIAÇÃO: É quando o calor se transmite por ondas 
caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio material. 
 
 
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO 
 
Partindo do princípio de que, para haver fogo, 
são necessários o combustível, comburente e o 
calor, formando o tetraedro do fogo, quando já 
se admite a ocorrência de uma reação em 
cadeia, para nós extinguirmos o fogo, basta 
retirar um desses elementos. 
Com a retirada de um dos elementos do fogo, 
temos os seguintes métodos de extinção: 
extinção por retirada do material, por 
abafamento, por resfriamento e extinção 
química. 
 
• Extinção por retirada do material (Isolamento) 
Esse método consiste em duas técnicas: 
- retirada do material que está queimando 
- retirada do material que está próximo ao fogo 
 
• Extinção por retirada do comburente (Abafamento) 
Este método consiste na diminuição ou 
impedimento do contato de oxigênio com o 
combustível. 
 
• Extinção por retirada do calor (Resfriamento) 
Este método consiste na diminuição da 
temperatura e eliminação do calor, até que o 
combustível não gere mais gases ou vapores e se 
apague. 
 
• Extinção Química 
Ocorre quando interrompemos a reação em 
cadeia. O combustível, sob ação do calor, gera 
gases ou vapores que, ao se combinarem com o 
comburente, formam uma mistura inflamável. 
Quando lançamos determinados agentes 
extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam 
pela ação do calor e se combinam com a mistura 
inflamável, formando outra mistura não 
inflamável. 
 
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 MATERIAL DE APOIO 6 
 
TEORIA DO FOGO 
 
Os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir desta 
transformação, é que combinam com o oxigênio, resultando a 
combustão. Essa transformação desenvolve-se em 
temperaturas diferentes, à medida que o material vai sendo 
aquecido. 
 
 
• PONTO DE FULGOR 
É a temperatura mínima necessária para que um 
combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis, os 
quais, combinados com o oxigênio do ar em contato com 
uma chama, começam a se queimar, mas a chama não se 
mantém porque os gases produzidos são ainda insuficientes. 
 
• PONTO DE COMBUSTÃO 
É a temperatura mínima necessária para que um 
combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis que, 
combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato 
com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a 
chama, o fogo não se apaga, pois essa temperatura faz 
gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para 
manter o fogo ou a transformação em cadeia. 
 
• TEMPERATURA DE IGNIÇÃO 
É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis 
entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio 
do ar, independentemente de qualquer fonte de calor. 
 
COR DA CHAMA 
. É um indicador da intensidade do fogo. 
 
COR DA CHAMA TEMPERATURA 
Vermelha, visível à luz do dia 500º C 
Vermelho-pálido 1.000 º C 
Vermelho-alaranjada 1.100 º C 
Amarelo-alaranjada 1.200 º C 
Amarelo-esbranquiçada 1.300 º C 
Branco-brilhante 1.500 º C 
 
 
A FUMAÇA 
A fumaça é a mistura de gases, vapores e 
partículas sólidas finamente divididas. Sua 
composição química é altamente 
complexa, assim como o mecanismo de 
formação. É o produto da combustão que 
mais afeta as pessoas por ocasião do 
abandono da edificação. Sua presença 
pode ser percebida visualmente ou pelo 
odor. 
 
EFEITOS NAS PESSOAS 
A fumaça do incêndio afeta a segurança das 
pessoas das seguintes maneiras: 
 
a) tira a visibilidade das rotas de fuga. 
b) lacrimejamento, tosses e sufocação. 
c) taquicardia devido o gás carbônico. 
d) provoca o pânico. 
e) debilita a movimentação das pessoas pelo 
efeitotóxico. 
 
TOXICIDADE DA FUMAÇA 
A composição química da fumaça é 
altamente complexa e variável. Chega 
a ter duas centenas de substâncias e a 
porcentagem dessas substâncias varia 
com o estágio do incêndio. 
 
COMPORTAMENTO HUMANO EM INCÊNDIOS 
 
As condições críticas durante um incêndio 
em uma edificação ocorrem quando a 
temperatura excede a 75ºC, e/ou o nível de 
oxigênio cai abaixo de 10%, e/ou as 
concentrações de monóxido de carbono 
ultrapassam 5.000ppm. 5. Tais situações 
adversas induzem a sentimentos de 
insegurança, que podem vir a gerar o pânico 
e descontrole e levar pessoas a saltar pelas 
janelas. 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 7 
 
CLASSES DE INCÊNDIOS 
 
Os incêndios são classificados de acordo com as características 
dos seus combustíveis. Somente com o conhecimento da 
natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir 
o melhor método para uma extinção rápida e segura. 
 
 
Caracteriza-se por queimar em superfície e profundidade. Após a 
queima deixam resíduos, brasas e cinzas. Esse tipo de incêndio é 
extinto principalmente pelo método de resfriamento, e as vezes por 
abafamento através de jato pulverizado. 
 
 
Caracteriza-se por queimar em superfície. Após a queima, não 
deixam resíduos. Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo 
método de abafamento. 
 
 
Caracteriza–se pela possibilidade de energia elétrica. A extinção só 
pode ser realizada com agente extintor não condutor de 
eletricidade, nunca com extintores de água ou espuma. O primeiro 
passo num incêndio de classe C é desligar o quadro de força, pois 
assim ele se tornará um incêndio de classe A ou B. 
 
 
Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, 
magnésio, etc.). São difíceis de serem apagados e esse tipo de 
incêndio é extinto pelo método de abafamento. Nunca utilizar 
extintores de água ou espuma para extinção do fogo. 
 
CLASSE “K” 
 
 
 
 
 
 
De acordo com a National Fire Protection 
Association (NFPA) – referência mundial em 
normas e regulamentos técnicos de 
segurança contra incêndio – desde julho de 
1998, as novas instalações de cozinhas, nos 
Estados Unidos, exigem este tipo de extintor. 
Os extintores de agente úmido Classe K, 
contém uma solução especial de Acetato de 
Potássio, diluída em água, que é 
descarregada com um jato tipo neblina 
(pulverização. O fogo é extinto por 
resfriamento e pelo efeito asfixiante da 
espuma (saponificação). É dotado de um 
aplicador, que permite ao operador estar a 
uma distância segura da superfície em 
chamas, e não espalha o óleo quente ou 
gordura. 
 
CORPO DE BOMBEIROS / SÃO PAULO 
INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 38/2018 
 
Segurança contra incêndio em cozinha 
profissional 
 
5.2.7 Recomenda-se a instalação de 01 
(um) extintor classe K nas cozinhas 
profissionais que utilizem óleo ou 
gordura. 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 8 
 
EXTINTORES DE INCÊNDIO 
 
Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios, não 
devendo ser considerados como substitutos aos sistemas de extinção mais 
complexos, mas sim como equipamentos adicionais. 
 
 
• Extintores Sobre Rodas (Carretas): As carretas 
são extintores de grande volume que, para 
facilitar seu manejo e deslocamento, são 
montados sobre rodas. 
 
 
 
 
• Pó Químico: É o agente extintor indicado 
para combater incêndios da classe B. Age 
por abafamento, podendo ser também 
utilizados nas classes A e C, podendo nesta 
última danificar o equipamento. 
 
 
 
 
• Água Pressurizada: É o agente extintor indicado para 
incêndios de classe A. Age por resfriamento e/ou 
abafamento. Pode ser aplicado na forma de jato 
compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros 
casos, a ação é por resfriamento. Na forma de neblina, 
sua ação é de resfriamento e abafamento. 
ATENÇÃO: 
 Nunca use água em fogo das classes C e D. 
 Nunca use jato direto na classe B. 
 
 
 
 
 
• Gás Carbônico (CO2): É o agente 
extintor indicado para incêndios da classe 
C, por não ser condutor de eletricidade. 
Age por abafamento, podendo ser 
também utilizado nas classes A, somente 
em seu início e na classe B em ambientes 
fechados. 
 
 
 
• Pó Químico Especial: É o agente extintor indicado para 
incêndios da classe D. Age por abafamento. 
 
 
 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 9 
 
 
 
 
 
• Espuma Mecânica: É um agente extintor 
indicado para incêndios das classes A e B. 
Age por abafamento e secundariamente por 
resfriamento. Por ter água na sua 
composição, não se pode utilizá-lo em 
incêndio de classe C, pois conduz corrente 
elétrica. 
 
 
 
 
• Pó A B C (Fosfato de Monoamônico): É o 
agente extintor indicado para incêndios 
das classes A,B e C. Age por abafamento 
 
 
 
Tabela de uso do agente extintores de incêndios conforme as classes de incêndios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização e Sinalização de Extintores 
Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma que sua parte superior não ultrapasse a 1,60 m de 
altura em ralação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de 0,20 m (podem ficar apoiados em suportes 
apropriados sobre o piso); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinalização de solo para 
hidrantes de extintores 
 
Símbolo quadrado: 1,00m x1,00m 
Fundo: vermelha 0,70m x 0,70m 
Borda: amarela 0,15m 
 
Extintores Sobre Rodas 
Tipo Carreta 
Extintores de Incêndio 
Imagem Fotoluminescente 
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 MATERIAL DE APOIO 10 
 
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE EXTINTORES 
 
A verificação mensal a ser feita pelo proprietário ou 
responsável do extintor de incêndio com a finalidade 
de constatar se este permanece em condições de 
operação no tocante aos seus aspectos externos e 
instalação adequada. 
 
 
INSPEÇÃO TÉCNICA 
O extintor de incêndio deve passar por exames 
periódicos, realizados por empresa registrada junto ao 
Inmetro. Esse procedimento não requer a desmontagem 
do extintor, podendo ser realizada no local. A finalidade é 
verificar se o mesmo permanece em condições de 
operação, no que diz respeito aos seus aspectos externos, 
servindo também para definir o nível de manutenção a ser 
executado, caso necessário. 
 
MANUTENÇÃO 
A manutenção é um serviço de caráter preventivo e 
ou corretivo, obrigatoriamente realizado por empresa 
registrada junto ao Inmetro. Essa manutenção é realizada 
em 3 níveis: 
 
Manutenção de 1º Nível - de caráter corretivo, 
geralmente efetuada na inspeção técnica e geralmente 
no local onde o extintor está instalado, não sendo 
necessária a sua remoção para a empresa registrada e 
que necessite apenas de limpeza, reaperto e ou 
substituição de componentes não submetidos à pressão, 
colocação do quadro de instruções, quando necessário, 
nos termos da legislação pertinente; 
 
Manutenção de 2º Nível - de caráter preventivo 
e corretivo, requer execução de serviços na empresa 
registrada. Requer a desmontagem completa do extintor, 
limpeza de todos os componentes, inspeção das roscas e 
partes internas, realização de ensaios nos componentes, 
execução de recarga e pressurização, colocação do anel, 
trava e lacre, fixação do Selo de Identificação da 
Conformidade, da etiqueta de garantia e do quadro de 
instruções; 
 
Manutenção de 3º Nível - processo em que se 
aplica a revisão total do extintor de incêndio, incluindo o 
ensaiohidrostático. A contar da data de fabricação ou da 
realização do último ensaio hidrostático, a cada 5 anos o 
extintor deverá passar pela manutenção de terceiro nível, 
ensaio hidrostático. Este intervalo de cinco anos deverá ser 
interrompido caso não seja possível identificar quando se 
deu o último ensaio hidrostático, ou quando o extintor for 
submetido a danos térmicos ou mecânicos, devendo 
passar imediatamente pelo ensaio hidrostático. 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DA 
CONFORMIDADE DO INMETRO 
 
Após o extintor de incêndio ser submetido 
à manutenção, o selo de conformidade é 
substituído por um selo de cor azul 
esverdeada, contendo as inscrições: 
 
• a identificação da empresa; 
• a logomarca do Inmetro; 
• o número de série do selo; 
• a data da manutenção. 
 
SELO DE CONFORMIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECARGA 
A recarga deve ser efetuada 
considerando-se as condições de 
preservação e manuseio do agente 
extintor recomendadas pelo fabricante. 
Não são permitidas a substituição do 
tipo de agente extintor ou do gás 
expelente nem a alteração das 
pressões ou quantidades indicadas pelo 
fabricante. O agente extintor utilizado 
na recarga deve ser certificado de 
acordo com as normas pertinentes. 
Somente para os extintores de incêndio 
com capacidade extintora declarada 
originalmente pelo fabricante, devem 
ser mantidos os graus e informados no 
quadro de instruções. 
 
ENSAIO HIDROSTÁTICO 
Processo de revisão total do extintor, 
com sujeição do recipiente/cilindro as 
pressões e tempos determinados nas 
normas técnicas respectivas. O extintor 
deve ser vistoriado no máximo a cada 
cinco anos ou quando apresentar 
avarias. 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 11 
 
PERIODICIDADE PARA INSPEÇÃO E 
MANUTENÇÃO DE EXTINTORES 
 
O extintor não deve apresentar sinais de ferrugem ou 
amassamento. É recomendada maior frequência de 
inspeção técnica nos extintores que estejam sujeitos a 
intempéries e ou condições adversas ou severas. 
 
Extintores Novos 
A primeira manutenção de 2º Nível, desde que o 
extintor não tenha sido utilizado e não esteja submetido a 
condições adversas ou severas, deverá ser executada após 
12 meses da data de sua fabricação, ou ao final da garantia 
dada pelo fabricante, o que for maior. 
 
Extintores Usados 
Deverá ocorrer a cada 12 meses, contados a partir da 
última manutenção. Este intervalo poderá ser reduzido se 
estiver submetido a condições severas ou adversas. 
 
Extintores de Dióxido de Carbono – CO2 
Para cilindros para o gás expelente – ampola, a 
inspeção técnica deverá ser realizada de 6 em 6 meses 
através de pesagem e se a perda da carga for superior a 
10% o extintor deverá ser recarregado. Ficando a critério e 
responsabilidade da empresa de manutenção a realização 
da recarga a cada 12 meses, respeitando o prazo máximo 
de 5 (cinco) anos. 
 
Para extintores ABC 
Durante o período de garantia, os aparelhos que 
necessitarem de manutenção de 2o nível (recarga), seja por 
uso em situações de emergência ou treinamento, terão a 
garantia de 5 anos mantida a partir de sua data de 
fabricação desde que realizados por um Serviço Autorizado. 
Se o extintor não for utilizado, a recarga só deverá ser feita 
ao final do prazo de garantia, ou seja, em 5 anos. É 
importante salientar que para manter-se a garantia de 
fábrica inalterada é obrigatório que os extintores sejam 
submetidos a inspeções anuais, preferencialmente por 
Serviço Autorizado. 
 
 
INDICADORES DE PRESSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEL DE IDENTIFICAÇÃO DE 
MANUTENÇÃO 
O extintor de incêndio que passou por 
manutenção apresenta um anel de plástico 
entre a válvula e o cilindro, com identificação 
da empresa que realizou a manutenção, e o 
ano em que o serviço foi realizado. A cor do 
anel de plástico é definida pela Portaria 
412/11 do Inmetro, assim definida para os 
períodos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verde 01/01/2013 a 30/12/2013 
Branco 01/01/2014 a 30/12/2014 
Azul 01/01/2015 a 30/12/2015 
Preto 01/01/2016 a 30/12/2016 
Alaranjada 01/01/2017 a 30/12/2017 
Púrpura 01/01/2018 a 30/12/2018 
 
 
COMO UTILIZAR O EXTINTOR DE INCÊNDIOS 
 
● Leve o aparelho extintor até as proximidades do incêndio 
 Puxe o pino de segurança, rompendo o lacre plástico ● 
 
 
● Aperte o gatilho, mantendo o extintor na vertical 
 
 
● Direcione o jato à base da chama e 
espalhe o agente extintor sobre toda a 
superfície do material que queima 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 12 
 
MANGUEIRAS DE INCÊNDIO 
 
A norma NBR 11861 da ABNT define mangueira de incêndio 
como: “Equipamento de combate a incêndio, constituído 
essencialmente por um duto flexível dotado de uniões”. 
 
TIPOS DE MANGUEIRAS DE INCÊNDIO 
 
As mangueiras podem ter o comprimento padrão de 15 m a 30 
m. A escolha do tipo de mangueira é fundamental para um 
desempenho adequado e maior durabilidade do produto. 
 
Devem ser consideradas três características básicas: 
 
• Local de aplicação 
Tipo 1: Destina-se a edifícios de ocupação residencial; 
Tipo 2: Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo 
de Bombeiros; 
Tipo 3: Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de 
Bombeiros; 
Tipo 4: Destina-se à área industrial, maior resistência à abrasão; 
Tipo 5: Destina-se à área industrial, alta resistência à abrasão e 
superfícies quentes. 
 
• Pressão de trabalho 
Tipo 1: pressão de trabalho máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2); 
Tipo 2: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2); 
Tipo 3: pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2); 
Tipo 4: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2); 
Tipo 5: pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2). 
 
• Resistência à abrasão 
Toda mangueira sofre um desgaste quando arrastada. 
Mangueira tipo 1 é indicada para pisos lisos. 
Mangueira tipo 2 é indicada para pisos de áreas comerciais e 
industriais. 
Mangueiras tipos 3 e 4 são indicadas para pisos nos quais é 
desejável uma maior resistência à abrasão. 
A mangueira tipo 5 é indicada para pisos altamente abrasivos. 
Além dos itens acima, também deve ser observado se a 
mangueira terá contato com óleos ou produtos químicos. Nesse 
caso, deverá ser escolhido um modelo com revestimento 
externo resistente a esses produtos. 
 
• Diâmetro das mangueiras 
As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro, 
sendo normalmente utilizadas as de 38, 63, 75 e 100mm. 
 
• Cuidados em Mangueiras de Incêndio: 
Mangueira de incêndio deve ser utilizada por pessoal treinado; 
Não arrastar a mangueira sem pressão. 
Não armazenar sob a ação direta dos raios solares e/ou 
vapores de produtos químicos agressivos; 
Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim que não seja o 
combate a incêndio; 
Não utilize as mangueiras das caixas/abrigos em treinamentos 
de brigadas, evitando danos e desgastes; 
Evitar a queda das uniões; 
Nunca guardar a mangueira molhada após o uso. 
 
 
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO 
 
Toda mangueira, quando em uso (em 
prontidão para combate a incêndio), deve 
ser inspecionada a cada 3 (três) meses e 
ensaiada hidrostaticamente a cada 12 
(doze) meses, conforme a norma NBR 
12779. 
Estes serviços devem ser realizados por 
profissional ou empresa especializada. 
 
ACONDICIONAMENTO DE MANGUEIRAS 
De acordo com o tipo de utilização, as mangueiras 
podem ser acondicionadas conforme descrito a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forma aduchada: Consiste em enrolar a 
mangueira previamente dobrada contra ela 
mesma, formando uma espiral a partir da dobra 
em direção às extremidades.Recomenda-se esta 
forma de acondicionamento nas caixas de 
hidrantes. 
 
 
 
 
 
 
Forma ziguezague deitada: A mangueira deve 
ser apoiada por um de seus vincos sobre superfície 
não abrasiva. 
 
 
 
 
 
 
Forma ziguezague em pé: A mangueira deve ser 
posicionada na vertical sobre ela própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forma espiral: Consiste em enrolar a mangueira a 
partir de uma de suas extremidades, sobre ela 
mesma, formando uma espiral. Esta forma só deve 
ser utilizada para armazenamento em estoque; 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 13 
 
 
Esguichos reguláveis 
Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira, destinada a dar forma 
e controlar o jato d’água. Pode-se obter jato compacto, neblina com diversos ângulos até 
a formação da cortina de aproximadamente 120°. Possui a opção bocal fechado. 
 
 
 
 
 
Chaves de mangueiras 
Ferramentas destinadas a facilitar o acoplamento ou desacoplamento de juntas de 
união. Equipamento fundamental para o brigadista, evitando transtornos e demoras 
no acoplamento de juntas e de união e acessórios. 
 
 
 
 
 
Sistema de Hidrantes 
É um sistema de proteção ativa, destinado a conduzir e distribuir tomadas de água, 
com determinada pressão e vazão em uma edificação, assegurando seu 
funcionamento por determinado tempo. Sua finalidade é proporcionar aos 
ocupantes de uma edificação, um meio de combate para os princípios de incêndio 
no qual os extintores manuais se tornam insuficientes. 
 
 
Registro de Recalque 
Extensão da rede hidráulica, constituído de uma conexão (introdução) e registro 
de paragem em uma caixa de alvenaria fechada por tampa metálica, situando-
se abaixo do nível do solo (no passeio), junto à entrada principal da edificação. 
Dispositivo destinado a possibilitar o recalque da água nos sistemas de chuveiros 
por meio de fontes externas para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros. 
 
 
 
 
Saídas de Emergência 
Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário que as 
edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos 
ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre da ação do 
fogo, calor e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, 
independentemente do local de origem do incêndio. As portas incluídas nas 
rotas de fuga não podem ser trancadas, porém devem permanecer sempre 
fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento 
automático. Estas portas devem abrir no sentido do fluxo e a largura mínima 
do vão livre deve ser de 1.2m. 
 
 
 
 
Escada de Segurança 
Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas com paredes resistentes ao 
fogo e portas corta-fogo. Em determinadas situações estas escadas também devem ser 
dotadas de antecâmaras enclausuradas de maneira a dificultar o acesso de fumaça no 
interior da caixa de escada. A largura mínima das escadas de segurança varia conforme 
os códigos e Normas Técnicas, sendo normalmente 2,20 m para hospitais e entre 1,10 m a 
1,20 m para as demais ocupações, devendo possuir patamares retos nas mudanças de 
direção com largura mínima igual à largura da escada. 
 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 14 
 
 
Sistema de iluminação de emergência 
Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e equipamentos que, em funcionamento, propicia a 
iluminação suficiente e adequada para: 
• permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção de alimentação normal; 
• garantir também a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro. 
 
A iluminação de emergência pode ser de dois tipos: 
 
Balizamento: A iluminação de balizamento é aquela associada à sinalização de indicação de rotas de 
fuga, com a função de orientar a direção e o sentido que as pessoas devem seguir em caso de emergência. 
Aclaramento: A iluminação de aclaramento se destina a iluminar as rotas de fuga de tal forma que os 
ocupantes não tenham dificuldade de transitar por elas. 
 
 
 
Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais 
como corredores, acessos, passagens antecâmara 
e patamares de escadas. 
 
 
 
Sistemas de Alarme 
Consiste num dispositivo elétrico destinado a produzir sons de alerta aos ocupantes de uma edificação, por ocasião 
de uma emergência qualquer acionado manualmente pelos usuários. O sistema de detecção é um conjunto de 
dispositivos que, quando sensibilizados por fenômenos físicos e químicos, detectam princípios de incêndio. 
O Sistema é constituído por uma central que processa os sinais provenientes dos circuitos detecção automática ou 
acionadores manuais e converte-os em indicadores auditivos por intermédio de sirenes ou audiovisuais, por meio de 
sirenes e luzes piscantes tipo (“stroble”), além do que controla todos os demais componentes do sistema de combate 
a incêndio. 
 
Acionamento: 
 • Manual: quando acionado por meio de acionadores manuais (acionado pelo elemento humano); 
 • Automaticamente: quando acionado por dispositivo sensível a fenômenos físico-químicos (sistemas de 
detecção automática de incêndio – detectores de fumaça, temperatura ou de chama). 
Componentes de um Sistema de Alarme e detecção automática de incêndio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detector de Temperatura - dispositivo destinado a 
atuar quando a temperatura ambiente ou o gradiente 
da temperatura ultrapassa cerca de 60°C. Área de 
ação dos detectores de temperatura – 36,0 m² para 
uma altura máxima de 7,0 metros. 
 
 
Detector de fumaça - dispositivo destinado a atuar 
quando ocorre presença de partículas ou gases, 
visíveis ou não, e de produtos de combustão. Área de 
ação dos detectores de fumaça – 81,0 m² para uma 
altura máxima de 8,0 (oito) metros. 
 
 
Central – equipamento destinado a processar 
os sinais provenientes dos circuitos de 
detecção, a convertê-los em indicações 
adequadas e a comandar e controlar os 
demais componentes do sistema 
Acionador manual – dispositivo destinado 
a transmitir a informação de um princípio de 
incêndio, quando acionado por uma pessoa 
(chamado também de botoeira quebra-
vidro) 
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 MATERIAL DE APOIO 15 
 
 
Sistema de chuveiros automáticos ("sprinklers"). 
 O sistema de chuveiros automáticos é composto por um suprimento d’água em 
uma rede hidráulica sob pressão, onde são instalados em pontos estratégicos, dispositivos 
de aspersão d’água, que contém um elemento termo-sensível, que se rompe por ação 
do calor, permitindo a descarga d’água sobre os materiais em chamas. No Brasil, a 
maioria dos sprinklers disponíveis no mercado foram feitos para abrirem à temperatura 
de 68ºC, mas existem outras variações disponíveis. Nesse ponto, a água que é liberada 
pela tampa rompida, e cai de forma circular, chegando a cobrir uma área de 16 m² 
dependendo do modelo utilizado. 
 
 
 
Sinalização de Emergência 
A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos 
existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e 
facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de 
incêndio. 
A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, que devem ser alocados convenientemente no 
interior da edificação e áreas de risco. Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Risco de Choque Elétrico Saída de Emergência Escada de EmergênciaComando Manual Extintor de Incêndio Abrigo de Mangueira e Hidrante Hidrante de Incêndio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sinalização de saída sobre porta corta-fogo, sinalização 
 complementar de saídas e obstáculos 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 16 
 
TÉCNICA DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO 
 
Técnica de extinção de incêndio é a utilização correta dos meios 
disponíveis para extinguir incêndios com maior segurança e com 
um mínimo de DANOS durante o combate. 
 
A capacitação para uma extinção eficiente só é alcançada 
quando há empenho e dedicação nos treinamentos. A 
familiaridade com o equipamento de combate a incêndios 
é obtida através de instrução constante. 
 
Ataque Direto 
O mais eficiente uso de água em incêndio em queima livre 
é o ataque direto. O brigadista deve utilizar jato contínuo ou 
chuveiro (30°C ou menos), sempre concentrando o ataque 
para a base do fogo, até extingui-lo. Não jogar mais água 
que o necessário para a extinção. O brigadista pode usar 
jatos intermitentes e curtos até a extinção. Se o jato for 
aplicado por muito tempo, além do necessário, o vapor 
começará a se condensar, causando a precipitação de 
fumaça ao piso e, por sua vagarosa movimentação, haverá 
perda da visibilidade, ou seja, os gases aquecidos que 
deveriam ficar ao nível do teto tomarão o lugar do ar fresco 
que deveria ficar ao nível do chão e vice-versa. 
 
Ventilação 
Ventilação aplicada no combate a incêndios é a remoção 
e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores quentes 
de um local confinado, proporcionando a troca dos 
produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a 
ação dos brigadistas no ambiente sinistrado. 
 
TIPOS DE VENTILAÇÃO: 
 
Ventilação natural 
É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o 
ambiente, sendo também empregado o princípio da 
convecção com o objetivo de ventilar. Como exemplo, 
citam-se a abertura de portas, janelas, paredes, bem como 
a abertura de clarabóias e telhados. Na ventilação natural, 
apenas se retiram as obstruções que não permitem o fluxo 
normal dos produtos da combustão. 
 
Ventilação Forçada 
É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes 
em que não é possível estabelecer o fluxo natural de ar. 
Neste caso, força-se a renovação do ar através da 
utilização de equipamentos e outros métodos. As vantagens 
obtidas, são: visualização do foco, retirada do calor e 
retirada dos produtos tóxicos da combustão. 
 
 
 
A água é o agente extintor que proporciona 
a melhor absorção de calor, sendo que o 
efeito extintor pode ser aumentado ou 
diminuído, conforme o estado em que é 
dirigida sobre o fogo. 
 
O JATO COMPACTO é um jato forte de água, 
produzido à alta pressão por meio de um 
esguicho com orifício (requinte) de descarga 
circular. Extingue o incêndio por resfriamento 
e o seu sucesso na extinção depende, 
essencialmente, de se conseguir a 
vaporização da água na imediata 
proximidade do objeto incendiado. 
 
A água em jato sob a forma de vapor é 
aquela fragmentada em pequeníssimas 
partículas, de diâmetro quase que 
microscópico, chamada também de 
“NEBLINA”. A água na forma de neblina 
apresenta o máximo de superfície em 
relação ao conteúdo líquido que a compõe. 
Disso resulta a máxima capacidade prática 
para absorção do calor. A quase totalidade 
de água assim empregada no combate a 
incêndios é transformada em vapor, que 
continua agindo por abafamento, quando 
aumentando dessa forma o poder extintor da 
água, sobretudo quando em locais 
confinados. A água aplicada na forma de 
neblina possibilita o máximo de utilização da 
capacidade de absorver o calor (cerca de 
90% da água se transforma em vapor). 
 
No sistema de hidrantes e de mangotinhos, o 
emprego do jato em forma de neblina é 
eficiente tanto na extinção de incêndio 
confinado com na extinção de incêndio 
aberto e em líquidos inflamáveis. 
 
LÍQUIDO GERADOR DE ESPUMA 
O liquido gerador de espuma, também 
conhecido como LGE, é um tipo de 
detergente sintético concentrado que, ao 
misturar com água, seja ela pura, salobra ou 
água do mar, forma uma espuma que é 
capaz de extinguir o foco do incêndio em 
hidrocarbonetos e solventes polares. 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 17 
 
GÁS LIQUEFEITOS DE PETRÓLEO 
 
O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é um combustível incolor 
e inodoro e, para que possamos identificá-lo quando 
ocorrem vazamentos, é adicionado um produto químico 
que tem odor penetrante e característico - mecaptana, 
etilmer-captan. 
 
 
EMERGÊNCIAS ENVOLVENDO GLP 
 
O GLP é muito volátil e se inflama com facilidade. É mais 
pesado que o ar se deposita em lugares baixos, e em local 
de difícil ventilação misturando-se com o ar ambiente, 
formando uma mistura explosiva ou inflamável, 
dependendo da proporção. A válvula de segurança se 
romperá próximo de 70°C. O maior número de ocorrências 
de vazamentos se dá nos botijões de 13 kg, na válvula de 
vedação, junto à mangueira. 
 
Providências em um vazamento sem fogo: 
• Desligar a chave geral da residência, desde que não 
esteja no ambiente gasado; 
• Não permanecer em local confinado pelo gás; 
• Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193; 
• Fechar a válvula do botijão e ventilar o máximo possível a 
área; 
• Levar o botijão de gás para um lugar ventilado; 
• Durante a noite, ao constatarmos vazamento de gás, não 
devemos acender a luz. 
 
Providência em um vazamento com fogo: 
• Não extinguir de imediato as chamas; 
• Apagar as chamas de outros objetos, se houver, deixando 
que o fogo continue no botijão, em segurança; 
• Em último caso, procurar extinguir a chama do botijão pelo 
método de abafamento, com um pano bem úmido. 
• Para chegar perto do botijão, deve-se procurar ir o mais 
agachado possível para não correr o risco de se queimar, 
e levar o botijão para um local bem ventilado. 
 
 
CORPO DE BOMBEIROS / SÃO PAULO 
INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 17/2018 
 
Devem ser disponibilizados a cada membro 
da brigada, conforme sua função prevista no 
plano de emergência da edificação, os 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
para proteção do corpo todo, de forma a 
protegê-los dos riscos específicos da 
edificação. 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RISCOS EM INCÊNDIOS 
 
• quedas ou escorregões; 
• desabamento de estruturas; 
• intoxicação por gases tóxicos; 
• cortes e queimaduras; 
• choque elétrico; 
• torções em pés ou joelhos; 
• contaminação por químicos; 
• ser atingido por objetos que caem. 
 
 
EM CASO DE CONFINAMENTO PELO FOGO: 
• Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça; 
• Mantenha-se agachado, próximo ao chão o calor é menor e ainda existe oxigênio; 
• No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapatos, encharque uma 
cortina e enrole-se nela, molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao nariz e atravesse o mais rápido que 
puder. 
• Ande, não corra; 
• Não suba, procure sempre descer pelas escadas; 
• Não respire pela boca, somente pelo nariz; 
• Não corra nem salte, evitando quedas; 
• Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Se suas roupas se incendiarem, 
jogue-se no chão e role lentamente. Elas se apagarão por abafamento. 
 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 18 
 
 
 
BRIGADA DE INCÊNDIO 
INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 17/2018 - Corpo de Bombeiros do Estado de SãoPaulo 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO 
A quantidade de brigadistas por turno é determinada, levando em conta a população fixa por turno, o grau de 
risco e os grupos/divisões de ocupação da edificação ou área de risco. Quando em uma edificação e/ou área de 
risco houver ocupação mista, o número de brigadistas deve ser calculado para cada tipo de divisão de ocupação, 
independente do isolamento de risco ou compartimentação. Deve-se compor a brigada com a participação de 
pessoas distribuídas por toda a edificação ou área de risco, visando manter brigadistas posicionados 
estrategicamente para agir de forma rápida e eficaz diante de uma emergência. 
 
Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista 
Os candidatos a brigadista devem atender preferencialmente aos seguintes critérios básicos: 
● Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho; 
● Experiência anterior como brigadista; 
● Possuir boa condição física e boa saúde; 
● Possuir bom conhecimento das instalações, devendo ser escolhidos preferencialmente os funcionários da área 
de utilidades, elétrica, hidráulica e manutenção geral; 
● Ser maior de 18 anos; 
● Ser alfabetizado. 
 
Organização da brigada 
A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente, como segue: 
● brigadistas: membros da brigada que executam as atribuições de utilidades, elétrica, hidráulica e 
manutenção; 
● líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de um determinado conjunto 
de setores ou pavimento ou compartimento. É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo seletivo; 
● chefe da edificação ou do turno: brigadista responsável pela coordenação e execução das ações de 
emergência de uma determinada edificação da planta. É escolhido dentre os brigadistas aprovados no 
processo seletivo; 
● coordenador geral: brigadista responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de 
todas as edificações que compõem uma planta, independentemente do número de turnos. É escolhido dentre 
os brigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo, devendo ser uma pessoa com capacidade 
de liderança, com respaldo da direção da empresa ou que faça parte dela. Na ausência do coordenador 
geral, deve estar previsto no plano de emergência da edificação um substituto treinado e capacitado, sem 
que ocorra o acúmulo de funções. 
 
Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas por edificação: 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 19 
 
ATRIBUIÇÕES DA BRIGADA DE INCÊNDIO 
Ações de prevenção: 
● análise dos riscos existentes durante as reuniões da brigada de incêndio; 
● notificação ao setor competente da empresa ou da edificação das eventuais irregularidades encontradas no 
tocante a prevenção e proteção contra incêndios; 
● orientação à população fixa e flutuante; 
● participação nos exercícios simulados; 
● conhecer o plano de emergência da edificação. 
 
Ações de emergência: 
● identificação da situação; 
● alarme/abandono de área; 
● acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa; 
● corte de energia; 
● primeiros socorros; 
● combate ao princípio de incêndio; 
● recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros. 
 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA 
 
Alerta - Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, através dos meios de 
comunicação disponíveis, os ocupantes e os brigadistas. 
 
Análise da situação - Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o final do sinistro. 
Havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os procedimentos necessários 
que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de brigadistas e com os recursos 
disponíveis no local. 
 
Primeiros socorros - Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais 
com Suporte Básico da Vida (SBV) e Reanimação Cardiopulmonar (RCP) até que se obtenha o socorro especializado. 
 
Corte de energia - Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos da área ou geral. 
 
Abandono de área - Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação 
preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distância mínima de 100 m do local do sinistro, 
permanecendo até a definição final. 
 
Confinamento do sinistro - Evitar a propagação do sinistro e suas consequências. 
 
Isolamento da área - Isolar fisicamente a área sinistrada de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar 
que pessoas não autorizadas adentrem ao local. 
 
Extinção - Eliminar o sinistro restabelecendo a normalidade. 
 
Investigação 
Levantar as possíveis causas do sinistro e suas consequências e emitir relatório para discussão nas reuniões 
extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência. Com a chegada 
do Corpo de Bombeiros a brigada deve ficar à sua disposição. 
 
CONTROLE DO PROGRAMA DE BRIGADA DE INCÊNDIO 
 
Reuniões ordinárias 
Devem ser realizadas reuniões mensais com os líderes da brigada, onde são discutidos os seguintes assuntos: 
a. funções de cada membro da brigada dentro do plano; 
b. condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio; 
c. apresentação de problemas relacionados à prevenção de incêndios encontrados nas inspeções para que 
sejam feitas propostas corretivas; 
d. atualização das técnicas e táticas de combate a incêndio; 
e. alterações ou mudanças do efetivo da brigada; 
 f. outros assuntos de interesse. 
 
Reuniões extraordinárias 
Após a ocorrência de um sinistro, ou quando identificada uma situação de risco iminente, fazer uma reunião 
extraordinária para discussão e providências a serem tomadas. As decisões tomadas deverão ser enviadas às áreas 
competentes para as providências pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 20 
 
 
Exercícios simulados 
Deve ser realizado, no mínimo a cada 12 meses, um exercício simulado no estabelecimento ou local de trabalho 
com participação de toda a população. Imediatamente após o simulado deve ser realizada uma reunião 
extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas. Deve ser elaborada ata na qual conste: 
a. horário do evento; 
b. tempo gasto no abandono; 
c. tempo gasto no retorno; 
d. tempo gasto no atendimento de primeiros socorros; 
e. atuação da brigada; 
 f. comportamento da população; 
g. ajuda externa, quando possível (Ex: PAM - Plano de Auxílio Mútuo, RINEM, Corpo de Bombeiros, etc.); 
h. falhas de equipamentos; 
 i. falhas operacionais; 
 j. demais problemas levantados na reunião. 
 
Caso haja na edificação mais de um bloco, setor ou parte, que obedeça aos critérios de compartimentação 
de áreas ou isolamento de risco, os simulados podem ser realizados em separado, conforme Plano de Emergência. 
 
PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES 
 
Identificação da brigada 
Devem ser distribuídos em locais visíveis e de grande circulação quadros de aviso ou similar, sinalizando a 
existência da brigada de incêndio e indicando seus integrantes com suas respectivas localizações. 
O brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível uma identificação que o reconheçam como membro 
da brigada. 
No caso de uma situação real ou simulado de emergência, o brigadista deve usar braçadeira, colete ou 
capacete para facilitar sua identificação e auxiliar na sua atuação. É vedado ao brigadista ou bombeiro civil o uso 
de uniformes ou distintivos iguais ou semelhantes aos utilizados pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado 
de São Paulo, conforme o art. 46 do Decreto-Lei n° 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das ContravençõesPenais) e 
legislação infraconstitucional pertinente. 
 
Comunicação interna e externa 
Nas edificações em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido um 
sistema prévio de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações durante a ocorrência de uma 
situação real ou simulado de emergência; 
Essa comunicação pode ser feita por meio de telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas de alarme, 
rádios, alto falantes, sistemas de som interno etc.; 
Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxílio Mútuo), o 
telefonista ou operador de rádio será o responsável. Para tanto, faz-se necessário que essa pessoa seja devidamente 
treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono. 
 
Ordem de abandono 
O responsável máximo da brigada de incêndio (coordenador geral, chefe da brigada ou líder, conforme o 
caso) determina o início do abandono, devendo priorizar os locais sinistrados, os pavimentos superiores a esses, os 
setores próximos e os locais de maior risco. 
 
Ponto de encontro 
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para distribuição das tarefas. 
 
Grupo de apoio 
O grupo de apoio é formado com a participação da Segurança Patrimonial, de eletricistas, encanadores, 
telefonistas e técnicos especializados na natureza da ocupação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 21 
 
Fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 22 
 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
 
 Considera-se como atendimento em nível pré-
hospitalar na área de urgência-emergência aquele 
atendimento que procura chegar à vítima nos primeiros 
minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde que possa 
levar à deficiência física ou mesmo à morte, sendo 
necessário, portanto, prestar-lhe atendimento adequado e 
transporte a um hospital de complexidade de atendimento 
compatível e hierarquizado. Sua finalidade visa diminuir a 
mortalidade e a morbidade - estado de doença e o 
tempo de permanência no hospital. 
NÍVEIS DE CUIDADOS 
 
O A.P.H. está fundamentado basicamente em dois níveis: 
 
Suporte Básico de Vida 
Atividade estritamente conservadora, com manobras 
básicas de manutenção dos sinais vitais. Visa a oxigenação de 
emergência e consiste nas seguintes etapas: 
 - Controle da via aérea; 
 - Manutenção da ventilação, ou seja, ventilação artificial 
de emergência e oxigenação dos pulmões; 
 - Manutenção da circulação, que compreende no 
reconhecimento da ausência de pulso e estabelecimento da 
circulação artificial por compressões (massagens) cardíacas, 
controle de hemorragias e posicionamento para estabilização e 
prevenção do estado de choque. 
 
Suporte Avançado de Vida 
Nesta atividade as manobras visam restaurar a circulação 
espontânea e a estabilizar o sistema cardio-respiratório por meio do 
transporte de oxigênio arterial. 
Neste nível teremos: 
- Drogas e fluidos, via infusões venosas; Eletrocardiocospia 
(cardiografia); 
- Tratamento da fibrilação, geralmente através do choque 
elétrico. 
 
A ABORDAGEM INICIAL 
 O objetivo da abordagem inicial é garantir a segurança 
da equipe, da vítima e de terceiros no local do atendimento, 
examinar rapidamente a cena a fim de colher informações 
sugestivas acerca do mecanismo de lesão e identificar e tratar 
situações que ameaçam a vida de imediato. Desta forma, deve-se 
estabelecer uma ordem para essa abordagem. 
 
ESTADO DE CHOQUE 
É a acentuada depressão das funções do organismo e a 
interrupção do abastecimento de sangue ao cérebro, ou seja, a 
falência do sistema hemodinâmico. Ocasionada geralmente em 
casos de lesões graves, hemorragias, idade avançada, fraturas, 
esmagamentos, choque elétrico, fortes emoções, etc. 
 
Sintomas de estado de choque: 
• Fraqueza; 
• Náusea com possível vômito; 
• Sede; 
• Vertigem; 
• Palidez; 
• Sudorese; 
• Pele fria e úmida; 
• Pulso rápido e fraco. 
 
 
BIOSSEGURANÇA 
Conjunto de medidas tomadas para evitar a 
contaminação e transmissão de infecção. 
Recomendações: 
•Usar luvas de procedimentos; 
•Óculos de proteção; 
•Evitar contato direto com fluídos 
corpóreos e secreções (sangue, urina, fezes, 
vômitos, esperma, secreções vaginais e 
salivas). 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OMISSÃO DE SOCORRO 
 
Artigo 135 – CP - “Deixar de prestar 
assistência, quando possível fazê-lo sem risco 
pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, 
ao desamparo ou em grave e iminente 
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro 
da autoridade pública”. 
Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, 
ou multa. 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 23 
 
 
DIRETRIZES RCP E ACE 
(AMERICAN HEART ASSOCIATION) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer 
Ressucitação cardiopulmonar - RCP somente com as mãos, com ou 
sem orientação de um atendente, para adultos vítimas de PCR. 
Todos os socorristas leigos devem, no mínimo, aplicar compressões 
torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo 
treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as 
ventilações devem ser aplicadas na proporção de 30 compressões 
para cada 2 ventilações. O socorrista deve continuar a RCP até a 
chegada e a preparação de um DEA para uso, ou até que os 
profissionais do SME assumam o cuidado da vítima ou que a vítima 
comece a se mover. 
 
Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas 
apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100 a 
120/min. Em PCR de adultos presenciada, quando há um DEA 
disponível imediatamente, deve-se usar o desfibrilador o mais 
rapidamente possível. 
 
Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar 
compressões torácicas até uma profundidade de, pelo menos, 2 
polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na 
profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4 
polegadas (6 cm)). Os socorristas devem evitar apoiar-se sobre o 
tórax entre as compressões, para permitir o retorno total da parede 
do tórax em adultos com PCR. 
Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não 
houver um DEA prontamente disponível, deve-se iniciar a RCP 
enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a 
desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver pronto 
para uso. Os socorristas devem tentar minimizar a frequência e a 
duração das interrupções das compressões, para maximizar o 
número de compressões aplicadas por minuto. 
 
 
Todos os socorristas leigos devem, 
no mínimo, aplicar compressões 
torácicas em vítimas de PCR. 
 
 
As compressões e as ventilações devem ser 
aplicadas na proporção de 30 compressões 
para cada 2 ventilações. 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÍTIMA < 01 ANO 
2 SOCORRISTAS 
 
VÍTIMA < 01 ANO 
1 SOCORRISTA 
 
VÍTIMA > 1ANO 
1 SOCORRISTA 
 
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 MATERIAL DE APOIO 25 
 
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA 
VÍTIMA > 1ANO 
 
 
A Obstrução das vias aéreas superiores 
pode ser de duas formas: 
 
 
LÍNGUA - Quando a vítima cai desacordada, existe um 
relaxamentototal da musculatura, a base da língua retrocede 
e bloqueia a passagem de ar. Jamais podemos colocar os 
dedos dentro da boca de uma pessoa consciente, pois isto 
poderá provocar reflexo de vômito e agravar o quadro da 
vítima. 
 
CORPOS ESTRANHOS - Objetos tais como um pedaço de carne 
durante a alimentação, um chiclete para uma criança, 
podem eventualmente obstruir as vias aéreas. Quando 
notamos que a obstrução foi total, e que a pessoa não respira, 
devemos de imediato aplicar as técnicas de desobstrução de 
vias aéreas, observando se a vítima encontra-se consciente ou 
inconsciente. 
 
VÍTIMA > 1ANO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO PARCIAL 
1. Pergunte: "Você pode falar?"; 
2. Se não puder não interfira! Enquanto a pessoa está tossindo ou 
ainda emite qualquer tipo de som, não devemos interferir, pois é 
um processo normal de defesa do organismo. Peça a ela que 
continue tossindo; 
3. Caso o corpo estranho não seja eliminado: 
 - Facilite a ventilação; 
 - Transporte-a para o hospital numa posição confortável; 
 - Mantenha-a sob observação constante. 
 
VÍTIMA > 1ANO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL 
1. Pergunte: "Você pode falar?"; 
2. Se não consegue emitir nenhum som, posicione-se atrás da vítima 
e envolva-a com seus braços; 
3. Cerre o punho de uma das mãos e o coloque no centro do 
abdome logo acima do umbigo (tome cuidado para não 
colocar a mão sobre o processo xifóide); 
4. Espalme a outra mão e coloque-a sobre a mão fechada sobre o 
abdome; 
 
5. Efetue compressões abdominais (Manobra de Heimlich), até a 
desobstrução das vias aéreas ou até a vítima se tornar 
inconsciente. Realize um movimento forte para dentro e para 
cima. Efetue compressões no esterno se for gestante (de último 
trimestre) ou obeso (não no abdome); 
 
 
 
MANOBRA DE HEIMLICH 
A Manobra de Heimlich é o melhor método pré-
hospitalar de desobstrução das vias aéreas 
superiores por corpo estranho. Essa manobra foi 
descrita pela primeira vez pelo médico 
estadunidense Henry Heimlich em 1974 e induz uma 
tosse artificial, que deve expelir o objeto da 
traqueia da vítima. Resumidamente, uma pessoa 
fazendo a manobra usa as mãos para fazer 
pressão sobre o final do músculo diafragma. Isso 
comprimirá os pulmões e fará pressão sobre 
qualquer objeto estranho deixe a traqueia. 
 
VÍTIMA > 1ANO INCONSCIENTE 
COM OBSTRUÇÃO TOTAL 
 
1. Posicione a vítima deitada de costas em uma 
superfície rígida; 
 
2. Libere suas vias aéreas e se possível retire 
corpos estranhos da cavidade oral; 
 
3. Verifique se respira. Se não respira, posicione-
se de joelhos à altura do tórax, coloque a base 
de uma das mãos espalmada sobre o osso 
esterno e realize a pressão 
perpendicularmente, efetuando compressões 
com o objetivo de remover o corpo estranho 
(5 ciclos de 30 compressões e 2 insuflações); 
 
4. Se necessário inicie a Ressuscitação 
cardiopulmonar – RCP e chame socorro 
especializado ou transporte-a para um 
hospital mantendo-a aquecida e repita a 
sequência durante o transporte até desobstruir 
ou chegar ao hospital; 
 
5. Se for vítima com trauma associado mantenha 
a imobilização da coluna cervical, mantendo-
a em posição neutra durante as tentativas de 
desobstrução das vias aéreas; 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 26 
 
 OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA 
 
 VÍTIMA < 01ANO 
 
 
VÍTIMA < 01 ANO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO PARCIAL 
1. Neste caso o bebê poderá apresentar choro, tosse, movimentos 
ou respiração e se isso for visível, não interfira, pois é um processo 
normal de defesa do organismo; 
2. Caso o corpo estranho não seja eliminado: 
 - Facilite a ventilação; 
 - Peça apoio especializado ou transporte-a para o hospital numa 
posição confortável; 
 - Mantenha-a sob observação constante. 
 
VÍTIMA < 01 ANO CONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL 
 
1. Posicione o bebê de bruços em 
seu antebraço apoiado em sua 
coxa com a cabeça em nível 
inferior ao tórax, segurando 
firmemente a cabeça da criança 
pela mandíbula com sua mão; 
 
2. Efetue 05 pancadas de expulsão, 
com a palma de sua mão, entre as 
escápulas (frequência de 1 tapa 
por segundo). Tome o cuidado de 
não atingir a cabeça do bebê, pois 
pode provocar trauma; 
 
 
3. Coloque o antebraço livre sobre 
as costas da criança e virá-la de 
barriga para cima; 
 
4. Mantenha a cabeça em nível 
inferior ao tórax; 
 
5. Efetue 05 compressões esternais; 
 
6. Realize esta sequência até o corpo estranho ser expulso ou o bebê 
se tornar inconsciente. 
 
VÍTIMA < 01 ANO INCONSCIENTE COM OBSTRUÇÃO TOTAL 
 
1. Peça apoio especializado (193 Bombeiros ou 192 SAMU); 
2. Inicie a Ressuscitação cardiopulmonar – RCP imediatamente e 
começando pelas compressões torácicas (sem a necessidade 
de checar pulso) e após 30 compressões, verifique se o corpo 
estranho foi expulso (não introduza o dedo na boca do bebê); 
3. Faça duas ventilações e continue com os ciclos até o corpo 
estranho ser expelido. 
 
VÍTIMA < 01 ANO OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR LÍQUIDOS 
 
A Manobra de Heimlich é contraindicada em bebês. Nos casos de 
obstrução das vias por líquidos, não se deve aplicar as manobras 
de tapas nas costas, sendo indicado apenas a lateralização da 
vítima. 
 
CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE 
 SÃO PAULO – RESGATE 
Fone: 193 
Tem o objetivo de oferecer o Atendimento Pré-
hospitalar através de viaturas equipadas com 
materiais necessários ao Suporte Básico de 
Vida(SBV), com equipamentos de salvamento 
(terrestre, aquático e em alturas) para o 
atendimento de vítimas de acidentes ou vítimas de 
emergências médicas em local de difícil acesso. 
O atendimento é voltado a situações de acidentes 
de trânsito, atropelamentos, ferimentos por arma 
de fogo ou arma branca, queimaduras, 
soterramentos, acidentes de trabalho, ou ainda 
problemas clínicos com risco iminente de vida. 
 
 
 
 
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE 
URGÊNCIA – SAMU 
Fone: 192 
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência tem 
como objetivo chegar precocemente a vítimas em 
situação de urgência ou emergência, que possam 
levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte. 
Trata-se de um serviço pré-hospitalar, que visa 
conectar as vítimas aos recursos que elas 
necessitam e com a maior brevidade possível. 
 
 
 
 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 27 
 
HEMORRAGIAS 
 
São rupturas em vasos sanguíneos com extravasamento de 
sangue para fora do seu leito habitual. Que compreende 
as veias, artérias e vasos capilares. 
 
TIPOS DE HEMORRAGIAS 
As hemorragias podem ser internas ou externas. 
 
Interna: Aquela que se produz na intimidade dos tecidos, 
ou no interior de uma cavidade natural, como o tórax e o 
abdômen. São difíceis de serem reconhecidas, devido o sangue 
não fluir para fora. 
 
Externa: Aquela que o sangue extravasa, flui para o 
exterior e apresenta diagnóstico fácil. Quanto ao tipo de sangue 
que expelem, as hemorragias podem ser: Arterial, Venosa e Capilar. 
 
Sinais e sintomas de hemorragia interna: 
• Fraqueza; 
• Náusea com possível vômito; 
• Sede; 
• Vertigem; 
• Palidez; 
• Sudorese; 
• Pele fria e úmida; 
• Pulso rápido e fraco. 
Obs: Esses sinais e sintomas também se apresentam nos 
casos de hemorragias externas 
 
TRATAMENTO 
 Expor o ferimento para se conhecer a gravidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRATURAS 
É a ruptura de um osso, devido a violência ou 
flexão anormal. 
 
As fraturas podem ser: 
Simples ou fechada – Quando o osso 
quebrado não perfura a pele. 
Exposta ou aberta – Quando o osso 
quebrado perfura a pele. 
 
Como reconhecer uma fratura: 
•Dor local; 
• Deformação; 
• Crepitação óssea; 
• Mobilidade anormal. 
 
LESÃO MUSCULO-ESQUELÉTICA 
TRATAMENTO DE FRATURA 
Não devemos deslocar ou arrastar a vítima, 
antes de fazermos a imobilização do 
membro fraturado, a menos que a mesma se 
encontre em eminente perigo. 
 
1. Cheque pulso radial do lado afetado; 
2. Cheque sensibilidade; 
3. Use bandagem triangular para fraturas 
na clavícula, escápula e cabeça do úmero; 
4. Nas luxações e fraturas do joelho e 
tornozelo imobilize na posição em que se 
encontra, com talas rígidas ou flexíveis; 
5. Após a imobilização continue 
checando sensibilidade, pulso radial e 
perfusão capilar; se tornarem ausentes, 
transporte urgente para hospital. 
 
 
 
Com uma compressa de gaze 
fazer pressão firme e direta no 
ferimento até parar o 
sangramento. 
Fixar a compressa com uma 
atadura de crepe. 
Se a hemorragia for em um 
membro e não houver 
fraturas, faça a “Elevação do 
membro” 
Caso a hemorragia continue 
faça a pressão direta sobre 
uma artéria proximal à 
hemorragia. 
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 MATERIAL DE APOIO 28 
 
QUEIMADURAS 
 
São lesões produzidas nos tecidos pela 
ação de energia térmica. 
 
TIPOS DE QUEIMADURAS 
As queimaduras podem ser: 
Químicas: Ocasionadas por certas substâncias que tem 
ação cáustica ou corrosiva. 
Elétricas: Ocasionadas por contato da corrente elétrica 
com o corpo humano. 
Térmicas: Ocasionadas pelo contato direto da pele com a 
chama, raios solares, vapores ou líquidos quentes ou sólidos 
superaquecidos. 
Biológicas: Produzidas por determinados seres vivos ou 
vegetais, através da resina. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE QUEIMADURAS 
 
As queimaduras se classificam em 03 três graus: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 1º grau – A pele se apresenta com vermelhão difuso e 
ocorre dor ardor; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 2º grau – A lesão é mais profunda podendo atingir todas 
as camadas da pele, se caracteriza pelo aparecimento de bolhas 
(flictenas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 3º grau – Ocorre a morte dos tecidos (necrose) afeta 
além da camada adiposa, músculo e ossos, como ela atinge os 
nervos a ferida torna-se indolor, não ocorre a recuperação, a 
menos que seja feito um enxerto nas áreas afetadas. 
 
 
 
A gravidade de uma 
queimadura, está diretamente 
relacionada com a extensão e 
com a profundidade da lesão. 
 
TIPOS DE TRABALHOS EM ALTURA 
 
TRATAMENTO DE QUEIMADURAS TÉRMICAS 
1. Se a vítima está com fogo nas vestes 
envolva um cobertor em seu corpo a partir 
do pescoço em direção aos pés ou em 
última opção role-a no chão; 
2. Retire as partes de sua roupa que não 
estejam grudadas na área queimada; 
3. Envolva as regiões queimadas com 
plástico esterilizado; 
4. Retire pulseiras, relógios e anéis 
imediatamente; 
* Nas pequenas queimaduras de 1º grau em 
membros, mergulhe a área afetada em 
água fria por alguns minutos até passar a dor. 
Não perfure bolhas em queimaduras de 2º 
grau. Não passe pomadas, mercúrio ou 
quaisquer outros produtos em queimaduras 
de 2º e 3º graus; 
5. Mantenha liberadas as vias aéreas e 
certifique-se de que a vítima respira bem, 
principalmente em queimaduras na face; 
6. Trate imediatamente o estado de choque 
7. Transporte urgente para o hospital 
especializado. 
 
 
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 MATERIAL DE APOIO 29 
 
FORMAS DE SOCORRO 
 
Essa sessão mostra os dois eventos emergenciais (Trauma e 
Emergências Clínicas) e as formas corretas para o socorro. 
 
VÍTIMA DE TRAUMA 
Para uma movimentação eficiente e segura devemos dispor 
de técnicas especiais que permitam essa ação com o mínimo de 
prejuízo possível para o estado atual do paciente. Antes de 
movimentar uma vítima devemos considerar uma análise 
preliminar, na qual deverá ser avaliado as vantagens e 
desvantagens de cada técnica em relação as suas lesões ou 
queixas. A remoção de um paciente, somente deverá ser iniciada 
quando esse estiver preparado para o transporte e para tanto, o 
profissional deverá cumprir alguns procedimentos preliminares. 
O paciente, se possível, deve: 
- ser estabilizado; 
- ser imobilizado com colar cervical; 
- ser imobilizado os movimentos laterais de sua cabeça; 
- ter seus membros imobilizados; 
- ser fixado à prancha de imobilizações com três cintos; 
- ser fixado à maca de rodas e essa presa por trava metálica 
à ambulância. 
 Basicamente, grande parte desses procedimentos serão 
efetuados em pacientes portadores ou com suspeita de traumas, o 
que garante maior segurança, previne outras lesões e possibilita 
manobras emergenciais durante o transporte. 
 
Colar Cervical 
 A coluna cervical é uma estrutura que deve receber total 
atenção durante o atendimento ao acidentado. Qualquer que 
seja o trauma sofrido pelo acidentado, este pode implicar em 
lesões nesta região da coluna vertebral. A estabilização desta 
estrutura compreende em imobilizar o pescoço do acidentado 
impedindo qualquer movimentação. 
O colar cervical é um 
equipamento que proporciona 
esta estabilização para a coluna 
cervical e é indispensável para as 
vítimas com suspeitas ou 
evidências de traumas. Deve ser 
utilizado de forma correta e mesmo 
que o estado do acidentado não 
seja grave, pois além de imobilizar 
o pescoço do acidentado, coloca 
sua cabeça numa posição 
favorável para uma melhor 
respiração. 
 
Prancha Longa para Imobilizações 
Um paciente com suspeita ou evidências de trauma deverá 
ser imobilizado em prancha específica para tal procedimento. A 
prancha longa para imobilizações é um equipamento 
indispensável para a atividade de remoções, pois possibilita a 
imobilização do corpo todo no sentido longitudinal. 
 
 
LESÃO DE COLUNA CERVICAL 
 
Atente para o cuidado com a manipulação 
inadequada do pescoço de uma vítima de 
trauma, pois a hiperextensão, hiperflexão ou giro 
da cabeça da vítima, pode causar paralisia 
permanente ou até mesmo a morte. Sobretudo, 
isto não deve interferir na desobstrução das vias 
aéreas, pois, a incapacidade de respirar também 
resultaria em morte. 
 
RETIFICAÇÃO DAS VIAS AÉREAS EM 
VÍTIMAS DE TRAUMA 
 
Primeiramente alinhe a cabeça da vítima 
procedendo a “Manobra de Anteriorização da 
Mandíbula”, a qual também pode ser chamada 
de “Jaw Thrust” ou “Tríplice Manobra”. 
Esta manobra aplica-
se a todas as vítimas, 
principalmente em 
vítimas de trauma, 
pois proporciona ao 
mesmo tempo 
liberação das vias 
aéreas, alinhamento 
da coluna cervical e 
imobilização. 
 
POSICIONAMENTOS DE ESTABILIZAÇÃO 
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 
 
 
 
 
 
 
Vítima Inconsciente - Decúbito Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
Vítima Consciente - Sentado Semi-inclinado 
 
PACIENTE INCONSCIENTE 
Consideramos que uma pessoa está 
inconsciente quando ela não reage a 
estímulos sonoros e/ou toque. 
 
 
 
Ultraseg Treinamentos e Tecnologias em Segurança do Trabalho – NR 35 
 
www.ultraseg.com.br POR FAVOR NÃO RASURE 
 MATERIAL DE APOIO 30 
 
ANEXO C – IT17/2018 
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE BRIGADISTA 
 
O presente questionário pode ser aplicado, durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio 
que constam no atestado fornecido. As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio 
existentes na edificação. 
 
 
 
 
1 – Onde se localizam as escadas de segurança existentes na edificação? 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
2 – As portas corta-fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas? 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
3 – Onde se localiza a central de alarme? 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência? 
( ) CERTO

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