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Trabalho de Hist. Afro-brasileira e Indigena - STEPHANY SOARES

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FACULDADE BEZERRA DE ARAÚJO
Disciplina: História Afro-brasileira e Indígena
Coordenador: Viviany Gandra
Professora: Roziclea Estevão do Nascimento
Atividade: Trabalho Nota = 
Aluno (a): Stephany Soares Ramalho 
Matrícula: 88672
O trabalho é individual. As respostas não poderão ter plágio. Lembre-se que plágio é crime. Portanto, as questões deverão ser feitas com as próprias palavras do aluno. Deverá retratar o seu entendimento. As questões que forem detectados plágio serão ZERADAS. As respostas iguais, entre alunos, todas serão zeradas.
 Com base nos textos das Unidades I e II, responda as questões abaixo: (Valor: 1,5 cada questão)
1 Como você compreendeu a discussão abordada no texto Colonialismo na África: a escravidão e tráfico de escravos?
O progresso da escravidão na África mudava, de acordo com a região, a cultura e o povo dominante. 
De acordo com o texto, nota-se que antes da chegada dos portugueses, havia duas escravidões, a doméstica e a islâmica. Esta primeira, que é a forma mais comum de escravidão que existia na África, era praticada em pequena escala e antes da expansão islâmica. O sistema social e econômico dos africanos era em torno de relações de fraternidade em famílias ampliadas, de espaços que eram habitados por distintos povos e do proveito de um povo por outro, onde a personalidade de alguém se estabelecia pela conexão de parentesco por um grupo, matriarcalmente ou patriarcalmente na linhagem familiar, por este motivo também pode ser chamada de escravidão de linhagem ou linhageira. 
Entre as diversas formas de escravidão, a mais comum era sendo prisioneiro de guerra. Mas também havia o cativeiro no qual era destinado a quem fosse considerado culpado de assassinato, roubo, feitiçaria e as vezes adultério. E ainda havia outras maneiras de se tornar escravo como a penhora, o rapto individual, a troca e a compra. Havia além disso, a escravidão usada como forma de sobrevivência dos povos, já que quando tinha fome e seca, um indivíduo poderia ser vendido ou trocado, porém era uma desonra, e só era usado como instrumento crítico. 
Eram poucos por unidade familiar, e havia preferência por mulheres e crianças, utilizadas como concubinas, afim de expandir o número de escravos, e a garantia deles certificava autoridade e domínio para os seus “sujeitos”, já que correspondia a autossustentação da linhagem e o uso desses escravos podia variar de acordo com o proveito político destes senhores.
Apesar de ter sido um modo mais ameno, á sinais de sofrimento da escravidão, o que não se deve deixar se enganar, com ideias, ou palavras usadas de suavização, que reduza a carga negativa deste dono sobre o escravo, que inviabilize o fato de um sofrimento.
Já a escravidão islâmica, que se deu a acontecer com a expansão dos mesmos, que ocuparam Egito e o norte da África, era um abundante comércio de escravos que passaram a ser vendidos por toda a África, no mundo árabe e, a partir dos séculos XV e XVI, na América. Aquilo que era em pequena proporção, tornou-se um negócio realizado em grande escala.
Existia assim, para os muçulmanos a guerra santa onde utilizava-se da lei divina, afim de extensão de território, onde a conversão de fiéis entrava neste contexto. Os povos considerados infiéis, os não convertidos, podiam ser escravizados.
As comitivas realizadas pelos berberes, que foram um dos povos africanos primórdios a se doutrinar ao islamismo, percorriam o deserto do Saara. 
A partir disto, o islamismo foi ganhando espaço na região sudanesa e na região do Sahel. Este povo do continente africano, utilizavam de camelos para cruzarem o deserto, e as rotas que foram percorridas, onde cerca de 300 mil escravos foram transportados, essa rota ligava a região do Magreb e o Egito às margens dos rios Senegal e Níger. 
Da região do Sahel, onde era transportado principalmente escravos, eram enviados para trabalhar nas salinas do Saara, nas sociedades islâmicas do norte da África e nos países europeus. Entre os anos de 650 e 1800, cerca de 7 milhões de pessoas vítimas do tráfico transaariano, sendo 20 por cento delas mortas no deserto.
A conversão ao islamismo na África, não ocorreu de forma consistente, alguns mantiveram suas crenças, outros se converteram por mero escapatório do cativeiro. 
Com base em que para eles o estado normal do homem é estar livre, foram criadas então escolas jurídicas muçulmanas voltadas a doutrinas e leis, sobre a escravidão, no qual uma pessoa não podia ser escravizada por crime, dívida ou penúria. Para eles, o escravo, era quem descendia ou era reduzido em guerra santa, ou ainda quem era trazido de domínio de infiéis.
Contudo havia os fiéis e os infiéis, onde os que não se converterá no primeiro chamado, seria salvo por meio da escravidão. A guerra santa auxiliaria para a tal purificação, onde o infiel era eliminado, ou “arrancado” pela escravidão. A liberdade do escravizado não dependia somente da conversão, havia razões comerciais e menos altruístas envolvidas, pois o escravizado não tinha em muitas das vezes, tempo para “aprender” as leis islâmicas, e os mesmos eram indispensáveis na efetividade do comércio dos muçulmanos.
Várias funções eram atribuídas aos escravos como mulheres e crianças eram destinados ao emprego doméstico, ou ainda como os meninos que poderiam ser transformados em eunucos, entre outras funções atribuídas. Com a chegada dos muçulmanos, otimizou-se o comércio de escravos na África, onde a presença de ocupação no Egito e do norte da África, houve a multiplicação de escravos pretos, e em pouco tempo, os muçulmanos e os seus seguidores ordenaram e devolveram o comércio a distância de negros, tomando uma dimensão extrema. Não só da África vinha os escravos, mas era principalmente de lá, tanto que no século IX, em Bagdá, existiam cerca de 45 mil escravos negros, o que explica a presença de negros na população árabe.
Com a tomada de Ceuta em 1415, conquista comercial no norte do continente fez com que houvesse uma sequência de viagens atrás do ouro africano, e das especiarias asiáticas. E nessas viagens marítimas, os portugueses, se depararam com o “poder” do comércio de escravo africano que não era o objetivo dos mesmos até então e assim deu entrada em um duradouro e lucrativo negócio, que era o tráfico de escravos. 
Apesar de não ter sido o objetivo principal, passaram a desfrutar deste comércio. 
Por volta do século XIV, comunidades que viviam na África centro-ocidental foram unificadas, formando o reino do Congo, nesse reino, o poder era exercido pelo manicongo. A escravidão praticada no reino era do tipo doméstica.
Com a chegada do navegador português Diogo Cão, onde levou como refém 4 congueses e deixou seus mensageiros portugueses. Os quatro africanos chegaram falando português e vestido como europeus, e os portugueses aprenderam a questão administrativa do Reino do Congo. Viram que os dois reinos poderiam atribuir um ao outro, o manicongo enviou um de seus súditos, para Portugal, onde pediu-se que fosse enviado padres para a conversão do cristianismo, que foi concedido pelo rei português. Assim o manicongo se converteu ao cristianismo, e houve mudanças no contexto político, onde tomava-se como referência o reino português. Na capital São Salvador havia uma linhagem de reis católicos, mas nem todos se converteram, como um dos filhos do manicongo, que assim perdeu seu cargo dando lugar ao outro irmão Afonso I, onde a venda de escravos tornou-se monopólio real.
Afonso I, aos poucos foi enfraquecendo, com atividades ilegais sobre os escravos, onde só era permitido escravizar prisioneiros de guerra e endividados. Além de brigas por reinos, entre outros. 
Em comparação os portugueses intensificaram o tráfico de escravos com povos vizinhos, sem contar com Afonso I, afim de encontrar minas de prata na região. 
No início do século XVII, a relação entre os europeus e os congueses diminuiu. Apesar da religião oficial ter sido mantido o catolicismo, após a morte do rei Antônio I numa batalha com os portugueses, abriu caminho para a desagregação do reino do Congo.Portugal e da Espanha tiveram êxito nos percursos oceânicos e no proveito das terras coloniais, no qual o papa põe o encargo sobre os mesmos pela ampliação do catolicismo nos novos territórios. 
A igreja católica utilizava de premissas teológicas afim de legitimar a escravidão. Então os europeus passaram a vincular os negros a Caim,que era um indivíduo bíblico na qual assassinou um irmão e por este motivo foi amaldiçoado por Deus. 
Concluindo assim que os negros foram classificados como raça maldita de Caim, sendo a cor da pele preta um indício mandado por Deus.
Essa conversão dos africanos ao catolicismo teve uma atribuição significativa no processo de expansão portuguesa na África. O catolicismo na África se fez presente por meio de dioceses. 
Os atos de D. Afonso foram fundamentais para a consolidação do cristianismo no Congo, que para os portugueses, assegurou o comércio de escravos a autoridade dos reis congos, que controlavam, além do comércio, o cristianismo. 
2 Quais são os fatores importantes abordados no texto?
· A escravidão doméstica era acometida entre os africanos, como sobrevivência entre eles, por exemplo a mão de obra, ou seja, aprisionavam para utilizar da força de trabalho em pequena escala, que era a agricultura familiar. Ou ainda usado como forma de punição, que era o cativeiro, ou também como forma de pagamento de dívidas.
· A presença muçulmana transformou a escravidão doméstica em escravidão de larga escala, onde a guerra santa, ou seja, lei divina era utilizada como alicerce para a aquisição de escravos, na qual os infiéis foram utilizados neste contexto. Os infiéis só seriam salvos por meio da escravidão, mas não dependia da conversão somente, pois os mesmos não tinham tempo o suficiente para aprender as leis islâmicas, e ainda essa escravidão tinha relações de interesses efetivos no comércio do mercado islâmico. 
· A aliança entre congueses e portugueses deu continuidade a escravidão doméstica. Mas os portugueses queriam mais, e fizeram alianças com povos vizinhos, ampliando o tráfico de escravos, afim de encontrar minas de prata na região. 
· A conversão dos escravos contribuiu para a expansão portuguesa na África, onde o reino do Congo teve fundamental papel nessa consolidação do cristianismo. 
· A conversão dos Congos, foi dada a alguns pela fé, e a outros por convivência de poderes.
· A igreja católica empregou uma forma de legitimizar a escravidão,que foi utilizada pelos europeus.

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