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As ordens mundiais

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As ordens mundiais e a globalização 
 
Socialismo 
Socialismo Utópico 
• Socialismo utópico foi uma corrente de pensamento 
estabelecida por Robert Owen, Saint-Simon e Charles 
Fourier. 
Por que socialismo utópico? 
 
 A fórmula para alcançar a igualdade na sociedade não era 
discutida. 
 Não levava em conta as raízes do capitalismo. 
 Baseavam na transformação súbita na consciência dos 
indivíduos das classes dominantes, acreditando que só assim 
se alcançaria o objetivo do socialismo. 
Socialismo Cientifico 
 ou 
Socialismo Marxista 
• Criado por Karl Marx e Friedrich Engels 
 Crítica ao Socialismo Utópico 
 Análise crítica e científica do capitalismo 
 Crítica a Mais-Valia 
 Revolução do Proletariado 
 Transição do Socialismo para o Comunismo (fim da figura do 
Estado) 
 "De cada um segundo as suas capacidades, a cada 
um segundo as suas necessidades“ 
Karl Marx 
Socialismo Real 
• Foi implantado na URSS (União das Repúblicas 
Socialistas Soviéticas). 
 
 
 
 
 
 
 Estatização: as terras e os meios de produção passam a pertencer 
ao poder central do país 
 Economia planificada: as atividades econômicas seguem um plano 
do Estado (poder central do país) 
 Relação social : o objetivo do socialismo era eliminar as diferenças 
sociais ; a relação social significa a igualdade entre todos os 
trabalhadores. Mas, os países socialistas davam enormes privilégios 
aos dirigentes do Estado . 
 Formação de uma burocracia estatal dirigente 
 
 
A eclosão da guerra entre os blocos era improvável, mas a paz era 
impossível, sintetizava o cientista político francês Raymond Aron. A 
paz era impossível porque não havia maneira de conciliar os 
interesses em disputa. Um sistema só poderia sobreviver à custa da 
destruição total do outro. E a guerra era improvável porque os dois 
blocos tinham acumulado tamanho poder de destruição que, se 
acontecesse um conflito generalizado, seria, com certeza, o último. 
[...] 
ARBEXJR, José. Guerra fria: o estado terrorista.2. ed. São Paulo: Moderna, 2005. p. 10. Coleção Polêmica. 
Guerra Midiática e Armamentista 
A Conferência de Yalta 
A Conferência de Yalta foi a reunião celebrada durante a Segunda Guerra Mundial (de 4 a 11 de fevereiro 
de 1945), a que assistiram Franklin Delano Roosevelt, Winston Churchill e Josef Stalin. Teve lugar nas 
proximidades de Yalta, na Criméia. Esses dirigentes fizeram acordo para “destruir o militarismo alemão e o 
nazismo” e dividir a Alemanha em zonas de ocupação que seriam administradas por uma comissão de 
controle central, com sede em Berlim. Decidiu-se convidar a França a assumir a administração de uma 
zona de ocupação e a participar da comissão de controle, e anunciou-se também a convocação de uma 
conferência para a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU). 
Tratado de Potsdam 
A Conferência de Potsdam foi um encontro realizado entre os dias 17 de julho a 2 de 
agosto de 1945 na Alemanha. O intuito central da Conferência de Potsdam era definir o 
valor que a Alemanha pagaria pelos atos realizados durante a Segunda Guerra Mundial 
(Nazismo) e estabelecer a divisão do país. 
Doutrina Truman 
Nos EUA, com o estabelecimento da Doutrina Truman, pela qual o país se 
comprometia a lutar contra o expansionismo soviético, em especial na Europa, havia 
uma sistemática preocupação de combater, também internamente, o "inimigo 
vermelho". 
COMECOM 
Conselho para Assistência Econômica Mútua 
Com isso, em 1949, em resposta ao Plano Marshall, foi constituído o Comecon – 
Conselho de Assistência Econômica Mútua – para integrar economicamente os 
países da Europa Oriental ligados à União Soviética. 
Pacto de Varsóvia 
Esse período é caracterizado pelo acirramento das disputas entre 
os países de economia de mercado capitaneados pelos EUA e os 
países de economia planificada sob a liderança soviética. 
A ordem mundial da Guerra Fria: a bipolaridade 1945 - 1989 
“CORTINA DE FERRO” 
 
Momentos de tensão da Guerra Fria 
Guerra da Coreia - 1950-1953 
Entre as zonas de exploração imperialista perdidas pelo Japão, pós Segunda Guerra 
Mundial, a Coreia passou a ser controlada pelo poderio militar e econômico dos norte-
americanos e soviéticos. Na medida em que se desenvolvia a Guerra Fria, a presença 
destas duas nações em território coreano instalou a divisão política desse território. 
Crise dos mísseis em Cuba - 1962 
A Crise dos Mísseis aconteceu em outubro de 1962, quando o governo soviético 
instalou em Cuba mísseis que poderiam ser carregados com ogivas nucleares e 
facilmente atingir o território estadunidense. Foi uma retaliação da URSS aos mísseis 
instalados pelos EUA na Turquia 
Guerra do Vietnã - 1964-1975 
A Guerra do Vietnã, que aconteceu entre os anos de 1959 e 1975, é tida como o conflito 
armado mais violento que aconteceu na segunda metade do século XX, ocorrendo nos 
territórios do Vietnã do Norte, Vietnã do Sul, Camboja e Laos. Ele não foi apenas o mais 
violento, como também o mais longo a acontecer logo após a Segunda Guerra Mundial. 
 O mundo bipolar II – Guerra Fria 
 A crise do modelo soviético 
 
Principais Fatores 
 Ausência de concorrência, o que 
ocasionou baixa produtividade, 
reduzida qualidade dos produtos e o 
sucessivo aumento dos custos 
produtivos, gerando atraso 
tecnológico e dificultando a inserção 
da economia do país em nível 
mundial; 
 a excessiva centralização do 
Estado, os elevados índices de 
corrupção e os privilégios 
destinados à classe dirigente 
PERESTROICA E GLASNOST 
 Mikhail Gorbatchev 
 1985 
 PERESTROICA (REESTRUTURAÇÃO) 
 Diminuição da interferência do Estado na 
economia 
 Existência de pequenas empresas privadas 
 Tolerava a atuação das multinacionais 
 Estimulava a renovação tecnológica 
 Competitividade entre as empresas 
 GLASNOST (TRANSPARÊNCIA) 
 Democratização do país 
 Combate ao autoritarismo 
 Combate a corrupção e a ineficiência na 
administração pública. 
 
Tratado de Minsk – 1991 
Fim da URSS 
CEI (Comunidade dos Estados Independentes) 
Organização intergovernamental composta por 11 das 15 ex-repúblicas que 
formavam a União Soviética. Estes países possuem laços políticos, econômicos e 
militares. 
A Nova Desordem Mundial o Mundo 
Unimultipolar 
Multipolar 
Critérios Políticos/econômicos 
EUA – Alemanha – China/Japão 
Unipolar 
Critérios Bélico 
EUA 
A teoria "Choque de 
Civilizações" 
 Ocidente/Mundo Islâmico 
 
Conflito Norte X Sul 
 Queda das barreiras ideológicas 
 Grandes diferenças econômicas entre os países do Norte ricos e do sul pobre. 
 Formação de grandes acordos econômicos regionais 
 
Globalização 
 
Origem da globalização 
 
 Para muitos estudiosos, a globalização 
aprofunda-se a partir do século XV, no 
contexto da Expansão Marítimo-Comercial 
Europeia (Grandes Navegações). 
 Nos séculos XVIII e XIX, com o nascimento e o 
desenvolvimento da atividade industrial, a 
globalização entra em um novo ciclo, agora 
baseado na busca por matérias-primas e 
mercados consumidores, em especial na Ásia 
e na África. Em paralelo a esse processo, há 
notáveis avanços nos meios de transporte e 
de comunicações, ampliando o fluxo de 
pessoas e mercadorias e a abertura de novas 
rotas de comércio. 
Aldeia Global 
Sociedades completamente 
interconectada e tomada pelas mídias 
eletrônicas. Essas novas mídias ao 
aproximar as pessoas de toda parte 
permitiram a elas conhecer-se e 
comunicar-se, como em uma aldeia. 
Tecnologia das Comunicações 
Evolução dos Meios de Transporte 
Principais características da 
Globalização 
Revolução tecnológica nos sistemas de transporte 
e comunicação. 
Desenvolvimento de redes mundiais de 
informação, de finanças e de produção. 
Fragmentação da produção e do consumo pelos 
espaços da globalização (Transnacionais). 
Disseminação do neoliberalismo nas últimas 
décadas do século passado e no início desse 
século.O Outro Lado da Globalização 
Criticas a Globalização 
 Concentração de renda 
 Diminuição do salário devido a 
concorrência. 
 Desemprego devido o avanço da tecnologia. 
 Aumento da destruição do meio ambiente. 
 Miséria 
 Exploração e exclusão 
 
A “reinvenção” do capitalismo: a 
Revolução Técnico-Científica 
A consolidação entre a microeletrônica e as telecomunicações possibilitou a difusão da 
Revolução Técnico-Científica, incrementando o fluxo de mercadorias, capitais e 
informações entre os mercados. Tal processo, conectado com o estímulo ao comércio 
internacional, com base na redução de barreiras alfandegárias, espalhou as inovações da 
Revolução Técnico-Científica pelo planeta. 
O poder das Transnacionais e a Guerra Fiscal 
Criticas 
 Imposição de padrões de consumo. 
 Enfraquecimento dos Estados Nacionais. 
 Competição desigual com empresas menores. 
 
A inversão dos capitais produtivos em 
capitais especulativos 
Parcela significativa do capital produtivo que se destinava à expansão, melhoria ou instalação de novas 
unidades de produção passou a ser investida em atividades relacionadas à especulação financeira. Há, 
neste momento, grande expansão do capital especulativo (volátil ou de curto prazo), aplicado em nível 
global, principalmente, via bolsa de valores. Isso diminui a geração de lucros pela produção, que 
significa, por exemplo, a redução de empregos, já que, nessa forma de acumulação, o capital pode 
“reproduzir-se” por si mesmo. 
Milton Santos 
 
Globalização como Fábula 
Globalização como Perversidade( ou como 
ela realmente é) 
 Globalização, como ela pode ser 
O mundo que percebemos: a globalização como fábula 
Esse mundo globalizado, visto com fábula, exige um certo número de fantasias. A 
máquina ideológica faz crer que a difusão instantânea de notícias realmente 
informa as pessoas. Um mercado avassalador dito global é apresentado como 
capaz de homogeneizar o planeta através da disposição, cada vez maior, de 
mercadoria para o consumo quando, na verdade, as diferenças locais são 
aprofundadas. Podemos indagar se não estamos diante de uma ideologização 
maciça, segundo a qual a realização do mundo atual exige como condição essencial 
o exercício de fabulações. 
O mundo real: a globalização como perversidade 
Para a maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma 
fábrica de perversidades. O desemprego se torna crônico, a pobreza aumenta, 
novas enfermidades se instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de 
qualidade é cada vez mais inacessível e o consumo é cada vez mais representado 
como fonte de felicidade. A perversidade sistêmica está relacionada a adesão 
desenfreada aos comportamentos competitivos que atualmente caracterizam as 
ações hegemônicas. 
O mundo como possibilidade: uma outra globalização 
As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a 
convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas 
que o grande capital se apoia para construir a globalização perversa. No entanto, 
essas mesmas bases poderão servir a outros objetivos, se forem postas ao serviço 
de outros objetivos, se forem postas ao serviço de outros fundamentos sociais e 
políticos.

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