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Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola ENG 320 – Poluição Ambiental Potencial Hidrogeniônico e Condutividade Elétrica no Solo Nome: Daniel Althoff Engenharia Agrícola e Ambiental Universidade Federal de Viçosa Matrícula: 64882 Viçosa-MG 2011 Introdução: Potencial Hidrogeniônico (pH) O pH influência direta e indiretamente a capacidade da planta absorver nutrientes do solo. Em situações extremas o solo poderá ir de 3 a 9,5. Valores inferiores a 5 e superiores a 8,5 representam condições severas de sobrevivência para as plantas. O pH mede a acides e a alcalinidade medindo a concentração de íons de Hidrogênio (H+) e de íons Hidróxidos (OH-). A escala de pH vai de 0 a 14, ou seja de extremamente ácido (0) passa por neutro (7) até extremamente alcalino (14). Quando o valor de pH é inferior a 5 o Alumínio e o Manganês tornam-se tóxicos, e quando o pH é superior a 7,5 o Manganês, o Ferro, o Zinco e o Cobre tornam-se insolúveis ou não disponíveis, ocasionando déficit em micronutrientes. É de suma importância a análise do solo para saber como fazer a calagem adequada para ele apresentar boa qualidade (Global Relva). Condutividade elétrica (CE) O conhecimento da CE do solo é importante para que se possa avaliar a disponibilidade de nutrientes e íons tóxicos, além de quantificar o potencial osmótico da água no solo. No aproveitamento agrícola da água residuária da lavagem e descascamento dos frutos do cafeeiro (ARC), sabidamente muito rica em potássio e outros íons, existem riscos de salinização do solo e uma das formas de se avaliar as suas condições é fazer-se o monitoramento da condutividade elétrica nesse meio. A quantificação da condutividade elétrica do extrato de saturação (CEes) tem sido a técnica mais usada e referenciada na literatura para caracterizar as condições de salinidade do solo sendo esta a forma em que se expressa a tolerância de diferentes culturas ao efeito da salinidade (Trabalho de Estimativa da CEes). 1. Objetivo: Quantificar o pH e a CE do solo de duas rampas de escoamento superficial, sendo que a primeira tem aplicações constantes de esgoto e a segunda a dois anos não se aplica, e solo de uma área de mata nativa. 2. Materiais e Metodologia: 2.1. Material - Aparelho medidor de pH (potenciômetro ou peagâmetro) com eletrodo combinado; - Condutivímetro; - Amostra de solo (Terra Fina Seca ao Ar – TFSA); - Béquers de 100 ml; - Solução padrão para condutivímetro 1412 µS/cm; - Soluções padrão com pH 4,0 e 7,0; - Solução CaCl2 0,01mol/L; - Cachimbo de 10cm³; - Água destilada; 2.2. Metodologia Determinação do pH e CE em água: - Colocamos cada uma das amostras proporção de 1:2,5 (solo:água) em béqueres de 100 mL, ou seja 10 cm³ de TFSA e adicionamos 25 mL de água destilada; - Misturamos com auxílio de bastão de vidro; - Deixamos em repouso por cerca de 2 horas; - Ligamos o aparelho medidor de pH e condutivímetro com antecedência, ajustamos com as soluções padrão seguindo as instruções do aparelho; - Agitamos a amostra novamente e mergulhamos o eletrodo do peagâmetro na suspensão homogeneizada para realizar a leitura; -Em seguida usamos o condutivímetro para fazer a leitura do CE das nos mesmos béqueres; Determinação do pH em CaCl2: - Colocamos 10 cm³ de TFSA da amostra de cada solo em um béquer de 100 mL e adicionamos 25 mL de solução de CaCl2 0,01 mol/L; - Misturamos com auxílio de bastão de vidro; - Deixamos em repouso por tempo não inferior a 1 hora e nem superior a 3 horas; - seguimos o mesmo procedimento da medição de pH em água; 3. Discussão e Resultados: Os resultados obtidos encontram-se na Tabela 1. Tabela 1: Amostras Condutividade elétrica (dS cm-1) pH CaCl2 pH água Rampa de escoamento superficial com aplicação de esgoto doméstico 309,9 5,38 6,12 Rampa de escoamento superficial sem aplicação de esgoto doméstico 371,2 5,55 5,83 Mata nativa 146,9 4,44 6,03 Pode se observar uma predominância de CE alta nas rampas, devido ao escoamento de esgoto doméstico, originando maior salinidade no solo que persiste ao longo do tempo, o solo onde não recebia esgoto a aproximadamente 2 anos teve o CE até mais elevado do que o que recebe constantemente. Como o esgoto doméstico também tem um pH mais elevado em relação ao solos brasileiros, é possível ver a sua influência nos solos da rampa, que conseqüentemente tem pH mais elevado do que o solo de mata nativa. 4. Conclusão: O solo da superfície de uma rampa com aplicação de esgoto apresentou pH em água de 6,12, em CaCl2 5,38, e o CE 309,9 dS cm-1. O solo de superfície de uma rampa onde não há aplicação de esgoto apresentou pH em água 5,83, em CaCl2 5,55 e o CE 371,2 dS cm-1. A mata nativa apresentou pH em água de 6,03, em CaCl2 4,44, e o CE 146,9 dS cm-1. 5. Referência bibliográfica: ESTIMATIVA DA CEes A PARTIR DA CE1:2,5 EM SOLO FERTIRRIGADO COM ÁGUA RESIDUÁRIA DA LAVAGEM E DESCASCAMENTO DE FRUTOS DO CAFEEIRO. Visitado em 26/10/2011: http://www.ufv.br/poscolheita/Artigos/Meio%20Ambiente/EstimCEes-CE1.pdf Global Relva. pH do Solo. Visitado em 26/10/2011: http://globalrelva.org/index.php?option=com_content&view=article&id=283:soil-ph&catid=78:cultural-practices&Itemid=88
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