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Resumo hematopoese

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Érica Natali de Queiroz 
 
ematopoes 
Definição 
 É o processo da formação das células do 
sangue. Essa formação ocorre no interior dos 
ossos, na medula, que é preenchido por tecido 
hematopoiético, que é criado e mantido pela 
célula tronco hematopoiética (CTH). 
 Para que uma célula seja caracterizada 
como CTH ela precisa obedecer alguns critérios, a 
principal característica é apresentar alta 
plasticidade celular (quando um único tipo celular 
pode dar origem a vários tipos de células), tem que 
renovar o pool de CTH, dar origem a células 
precursoras e diferenciar as células precursora em 
maduras e funcionais 
 
 
 
 
 
 
Locais da hematopoese 
O processo da hematopoese é 
hierarquizado e ele tem origem no saco vitelino, 
ou seja, na vida embrionária, e essa hematopoese 
é conhecida como primitiva, já que no início só 
temos a formação das hemácias, e as células que 
dão origem as hemácias se encontram no saco 
vitelino são as células totipotentes, que podem se 
comprometer com vários tipos celulares. 
No saco vitelino as células permanecem 
até a 4ª semana, na 5ª a 6ª semana elas migram 
para o fígado e baço e permanecem até 12ª 
semana, onde as células totipotentes migram 
gradativamente para a medula, lá essa células dão 
origem ao tecido hematopoiético, e no momento 
do nascimento todos os ossos estão preenchidos 
com esse tecido. Essa atividade metabólica está 
muito presente até o 3º ano de vida. 
A medida que o indivíduo envelhece, o 
tecido hematopoiético tende a se restringir, 
ocupando a extremidade de ossos longos e ossos 
chatos, como fêmur, tíbia, úmero, rádio, calota 
craniana, costelas crista ilíaca e esterno. O tecido 
hematopoiético vai sendo substituído 
gradativamente por tecido gorduroso, medula 
óssea amarela, e ele ocupa em média 30 a 40% do 
espaço intraósseo, e ele pode ser revertido em 
medula óssea vermelha. 
A partir dos 70 anos, o indivíduo começa a 
perder massa óssea naturalmente, e esse espaço 
passa a ser ocupado além da gordura, por tecido 
conjuntivo, também chamado de medula óssea 
cinzenta e passa a não ter mais atividade 
metabólica. 
Célula tronco hematopoiética CTH 
 A CTH dá origem a hematopoese e a 
mantém ao longo da vida. CTH é toda célula capaz 
de reconstituir a hematopoese de um animal 
previamente irradiado. A célula CD34+ é uma 
progenitora hematopoiética comum, a partir da 
descoberta dessa célula foi criado o modelo 
clássico da hierarquia da hematopoese, onde um 
único progenitor da origem a progenitores mais 
maduros, e esses progenitores mais 
comprometidos com as linhagens darão origem a 
progenitores de linhagem propriamente ditos. 
 As principais características que uma CTH 
deve ter são: 
Medula óssea é o tecido 
mais regenerativo de 
todos, com uma 
produção de 1 trilhão de 
células por dia. 
Érica Natali de Queiroz 
 
• Divisão celular assimétrica – a CTH dá 
origem a uma célula igual e um progenitor 
um pouco mais comprometido com a 
linhagem, mais sensível a fatores de 
crescimento, 
• Se apresentam numa frequência muito 
baixa na medula, representam cerca de 
0,1% das células CD34+ da medula óssea. 
• Tem alta plasticidade, ou seja, capacidade 
de diferenciarem todos os tipos celulares. 
As células progenitoras ao passarem por 
sucessivas divisões vão se tornar progenitores 
oligopotentes, ou seja, darão origem a célula que 
ela se comprometeu, e isso vai ocorrer dependo 
do estimulo dos fatores de crescimento que a 
célula teve. Os fatores de crescimento são: G-CSF, 
eritropoietina e trombopoetina, esses três 
principais fatores é que vão direcionar a CTH para 
o braço granulocítico, eritroide ou plaquetário. 
O que vai determinar para qual braço a CTH vai 
se comprometer é o acaso, vai ser o fator de 
crescimento que chegar primeiro e como as 
quantidades de receptores e ligantes são iguais, as 
chances são as mesmas para os três. 
A célula tronco vai dar origem a ela mesma e a 
um progenitor multipotente, e ele apresenta duas 
características: a primeira é que essa célula 
progenitora vai ser mais sensível a quem a 
estimulou, por que vai apresentar um maior 
número de receptores fazendo com que fique 
mais fácil do fator de crescimento se ligar a ela, 
mas isso não quer dizer que a célula não possa se 
ligar aos outros fatores, apenas que as chances 
dela se ligar com o fator que a estimulou é muito 
maior. A segunda característica é que ela é uma 
célula que tem naturalmente uma maior 
capacidade de proliferação, e isso é importante 
por exemplo, para conseguir produzir sangue no 
tempo hábil. 
A CTH em algum momento vai se 
comprometer e se diferenciar, e vai se separar em 
dois grandes braços, o mielóide e o linfoide. 
O braço mielóide vai dar origem a progenitores 
mais sensíveis a determinados fatores de 
crescimento, alguns são: IL-3, trombopoetina, 
eritropoietina e GM-CSF, enquanto que o braço 
linfoide dará origem a progenitores mais sensíveis 
a fatores de crescimento específicos, como: IL-7, 
IL-2 e IL-4. 
A CTH não está na medula óssea sozinha, ela 
coabita com células tronco mesequimais (CTM), as 
CTH darão origem as hemácias, leucócitos e 
plaquetas, enquanto as CTH darão origem as 
outras células que compõem o microambiente, os 
fibroblastos, osteoclastos, osteoblastos, 
adipócitos e células endoteliais. E esse 
microambiente é essencial para a CTH que fica em 
G0 no ciclo celular. 
A hematopoese também pode ser estimulada 
por órgãos não hematopoiéticos, como fígado, 
rins e a própria medula óssea, pela produção de 
fatores de crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Érica Natali de Queiroz 
 
ranulopoes 
Os leucócitos formam um grupo 
heterogêneo de células, são células responsáveis 
por formar o sistema imunológico e vão participar 
ativamente do mecanismo de defesa do 
organismo. Esses leucócitos podem ser 
subdivididos em duas partes, os leucócitos 
mononucleares e linfócitos polimorfonucleares, 
esse nome vem da característica que o núcleo 
dessa célula tem. 
O grupo de leucócitos mononucleares são 
formados por linfócitos e monócitos, enquanto o 
grupo de linfócitos polimorfonucleares é 
composto por neutrófilo, eosinófilo e basófilo. 
Todas essas células apresentam um precursor 
comum na medula óssea e respondem de forma 
especifica a diferentes fatores de crescimento. 
Os granulócitos participam da resposta 
imune inata ou na resposta imune humoral por 
meio da produção de anticorpos. Os monócitos 
compartilham características da resposta imune 
inata e adaptativa, são fagócitos por natureza, 
especializados, e trabalham principalmente como 
células apresentadoras de antígeno, dessa forma, 
além de fagocitar os elementos estranhos vai 
também apresentar os antígenos aos linfócitos e 
sensibilizá-los, os linfócitos já sensibilizados são 
capazes de produzir uma resposta imune 
adaptativa muito mais rápida e eficiente. 
granulócitos 
O tempo médio de diferenciação dessas 
células na medula óssea é de 7 – 14 dias, e esse 
tempo precisa ser obedecido para que se tenha no 
sangue periférico células maduras, normais e 
funcionalmente ativas. 
Os principais fatores de crescimento que 
estimulam os granulócitos a se diferenciarem são: 
G-CSF e GM-CSF, e são fatores de crescimento 
especificos para os progenitores oligopotentes da 
linhagem mielóide. As células proliferam se 
diferenciam e vão para a circulação, onde 
permanecem em média de 3-12 horas e migram 
para destino final que é o tecido. 
Essas células são observadas no 
microscópio após uma coloração a base de 
Romanowsky, que é a base de álcool (metanol), 
eosina e azul de metileno. 
 
• Álcool – serve para fixar as células na 
lâmina. 
• Eosina – é um corante de coloração laranja 
que apresenta características ácidas, ele 
tem afinidade por elementos básicos da 
célula. 
• Azul de metileno – apresenta 
características básicas,ele terá afinidade 
por elementos ácidos da célula (DNA e 
RNA). 
 
Maturação mielóide granulocítica 
A primeira célula dessa linhagem é o 
mieloblasto, e essa mesma sequência maturativa 
é aplicada para neutrófilo, eosinófilo e basófilo. A 
frequência dessas células na medula muda, é mais 
fácil encontrar um progenitor neutrofílico do que 
um basofílico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Érica Natali de Queiroz 
 
Mieloblasto – é o primeiro progenitor que pode 
ser reconhecido utilizando a microscopia ótica 
como sendo da linhagem granulocítica, suas 
características são: 
 
 
 
 
 
• É uma célula grande 
• Alta relação núcleo/citoplasma 
• Presença evidente de nucléolos 
• Cromatina reticular 
Promielócito – é a célula que se segue após o 
mieloblasto, suas características são: 
 
 
 
 
 
• É uma célula grande 
• Alta relação núcleo/citoplasma 
• Cromatina reticular 
• Apresenta grânulos primários 
Mielócito – é a célula que segue após o 
promielócito, suas características são: 
 
• Sem nucléolos evidentes 
• Poucos grânulos primários e muitos 
secundários 
Metamielócito – é a célula que se segue após o 
mielócito, suas características são: 
 
• Núcleo começa a ter uma invaginação 
• Poucos grânulos secundários e mais 
terciários 
Neutrófilo bastonete – é a célula que se segue 
após o metamielócito 
 
• Núcleo com maior invaginação 
• Poucos grânulos terciários 
Neutrófilo segmentado – é a célula que se segue 
após o neutrófilo bastonete 
 
 
 
 
 
• Sem grânulos evidentes 
• Núcleo segmentado 
Pode apresentar de 3 a 5 lobos por célula, no caso 
do neutrófilo 
 
 
 
Érica Natali de Queiroz 
 
 
 
 
 
 
Neutrófilo 
Essa célula tem uma meia vida de 6-10 
horas, isso significa que um hemograma pode 
mudar da noite para o dia, porque a dinâmica 
dessas células muda durante o dia, eles 
representam 50-70% dos leucócitos no sangue 
periférico. São células altamente especializadas na 
fagocitose e destruição de bactérias, os grânulos 
presentes no citoplasma ajudam a digerir o 
material que foi fagocitado e também apresenta 
uma ação microbicida, ou seja quando o neutrófilo 
estoura no tecido, os grânulos se espalham e 
formam uma barreira impedindo que as bactérias 
atravessem a barreira. 
Existe uma particularidade nos neutrófilos que 
toda a quantidade de neutrófilo que existe no 
sangue periférico, a medula óssea tem uma 
reserva de 10-15 veze esse valor. 
 
 
 
 
 
 
Os neutrófilos podem se apresentar de 
duas maneiras no sangue periférico: 
• Como neutrófilos marginais – aderidos ao 
endotélio 
• Como neutrófilos circulantes – circulando 
no sangue 
Diapedese – é a migração do neutrófilo do sangue 
para o tecido. O neutrófilo circulante se adere ao 
endotélio, e no processo de rolagem ela vai 
procurando um espaço entre as células endoteliais 
para que exerça a diapedese. A diapedese 
acontece por quimiotaxia, essa célula migra para o 
foco de infecção, fagocita agente causado da 
desordem e acaba morrendo no processo. 
Eosinófilo 
Os eosinófilos representam cerca de 3-5% 
dos leucócitos em circulação, também é um 
fagócito, e é atraído para tecidos onde há invasão 
de agentes patogênicos, mas os eosinófilos tem 
predileção por parasitas e sítios de reações 
alérgicas. 
 
 
 
 
 
 
 
Sua principal função é exercer atividade 
pro inflamatória e citotóxica, principalmente nos 
processos de reação alérgica, parasitaria e 
neoplásica (dependo do câncer que o indivíduo 
tenha, mas essa inibição não é tão eficiente). 
Outra função é também participar da remoção da 
rede de fibrina formada nos processos 
inflamatórios crônicos. 
Basófilo 
Os basófilos representam a minoria das 
células no sangue periférico, menos de 1%, 
podendo chegar a 1%, embora sejam as menos 
frequentes essas células são as principais fontes 
de histamina no sangue, além de serotonina, 
sulfato de condroitina e leucotrienos. 
 
 
A proliferação acontece 
até a fase de 
promielócito, a partir de 
mielócito só ocorre 
maturação 
Érica Natali de Queiroz 
 
 
 
 
 
 
 
Mas a principal fonte de histamina vem dos 
basófilos, essa histamina funciona como um 
potente agente quimiotático para os eosinófilos. 
 
onocitopoes 
 
Essas células se originam na medula óssea, 
a partir do progenitor oligopotente chamado 
monoblasto, quando amadurece da origem ao 
promonócito e depois de cerca de 3 dias dá origem 
ao monócito maduro, que permanece na 
circulação por cerca de 9-10 horas até migrar para 
o tecido. Suas características são: 
• Célula grande 
• Citoplasma azul acinzentado 
• Cromatina geralmente frouxa 
• Núcleo sem forma definida 
 
Quando migra para o tecido o monócito 
passa a se chamar macrófago, e num tecido sadio 
pode residir por meses ou ano. Dependendo da 
atividade dessa célula, ela pode se chamar 
macrófago (quando são células ativas) ou 
histiócito (quando não está exercendo nenhuma 
função). Outra particularidade é que dependendo 
do tecido que essas células residem, elas podem 
receber outros nomes, por exemplo: 
• Na epiderme – células de Langerhans 
• No fígado – células de Kuppfer 
• No osso – osteoclastos 
 
Suas principais funções são: 
• Remoção e processamentos células 
senescentes 
• Remoção de restos teciduais 
• Destroem células infectadas por parasitas 
intracelulares 
• Sintetizam e secretam alguns fatores de 
crescimento importante (GM-CSF) 
• Fagocitar e processar microrganismos e 
apresentar epítopos antigênicos na sua 
membrana, funcionando como célula 
apresentadora de antígenos 
 
 
 
 
 
 
 
infopoes 
Os linfócitos se dividem em B e T precisam 
se sensibilizar nos órgãos linfoides secundários, 
nenhuma outra célula do tecido hematopoiético 
precisa se sensibilizar para exercer sua função, 
exceto os linfócitos B e T. 
Os linfócitos B, T e NK são originados na 
medula óssea, o que vai diferir é o processo de 
amadurecimento, os linfócitos B e NK tem origem 
e amadurecem na medula óssea, mas como ainda 
não foram sensibilizados ainda essas células 
migram para os órgãos linfoides secundários, 
linfonodos e baço principalmente, para entrarem 
em contato com os agentes patogênicos, 
enquanto os linfócitos T tem origem na medula 
óssea, migram para o timo e expressam pela 
primeira vez receptores antigênicos que serão 
Érica Natali de Queiroz 
 
característica da sua maturidade fenotípica e 
funcional. 
Linhagem maturativa 
Linfoblasto – Tem as mesmas características do 
mieloblasto 
 
 
 
 
 
• Célula grande 
• Alta relação núcleo/citoplasma 
• Presença evidente de nucléolos 
• Cromatina reticular 
 
Prolinfócito – é a célula que se segue logo após o 
linfoblasto, suas principais características são: 
 
 
 
 
 
• A cromatina fica mais condensada 
• Nucléolo evidente 
• Citoplasma basófilo 
 
Linfócito - os linfócitos B, T e NK do ponto de vista 
morfológico são iguais, não dá para diferenciar. 
 
 
 
 
 
• Núcleo central 
• Cromatina densa 
• Nucléolos ausentes 
• Mononuclear 
Os linfócitos T representam a grande 
maioria dos linfócitos circulantes, tem a sua 
origem na medula óssea, mas amadurece no timo, 
se classificam do ponto de vista funcional em 
linfócitos T CD8 ou citotóxico ou T CD4 auxiliares, 
respondem aos fatores de crescimento IL-2, IL3 e 
interferon gama e participam da resposta imune 
adaptativa. 
Os linfócitos B são representados por 5-
15% dos linfócitos circulantes no sangue 
periférico, tem origem e maturação na medula 
óssea, são sensibilizados nos órgãos linfoides 
secundários, respondem aos fatores de 
crescimento IL-6 e IL7, sua principal função é a 
resposta adaptativa mediada pela produção de 
anticorpos. 
Os linfócitos passam a expressas as 
seguintes proteínas de membrana 
Linfócito T – CD3 
Linfócito B – CD19 
 
rombocitopoes 
É a formação das plaquetas, e essas células são 
consideradasfragmentos de células originadas a 
partir do megacariócito, que é uma célula 
poliploide, que apresenta vários núcleos dentro 
dela, é a maior célula do tecido hematopoiético, e 
nunca é observada no sangue periférico. 
Representa cerca de 0,1% das células nucleadas e 
respondem principalmente ao fator de 
crescimento trombopoetina. 
 O precursor dessa célula é o 
megacarioblasto, ele se divide e vai dar origem ao 
promegacariócito, quando essa célula amadurece 
vai dar origem ao megacariócito, por meio da 
Érica Natali de Queiroz 
 
fragmentação do citoplasma dessa célula, que vai 
se tornado gradativamente granuloso, esses 
fragmentos vão se soltando da célula mãe e 
migram para a circulação, esses fragmentos são as 
chamadas plaquetas. 
 O megacarioblasto se divide por meio da 
divisão celular: replicação endomitótica 
sincrônica, onde o núcleo se divide, mas o 
citoplasma não. Cada megacariócito pode dar 
origem a 5mil plaquetas, respondem 
principalmente a trombopoetina. A função das 
plaquetas é participar ativamente do processo de 
coagulação do sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ritropoes 
É o processo de formação das hemácias. O 
principal hormônio que estimula os progenitores 
hematopoiéticos a se comprometerem com a 
linhagem eritroide é a eritropoetina, 90% da 
eritropoetina é produzida no tecido renal e quem 
coordena essa produção é atenção de oxigênio no 
sangue arterial. São produzidas cerca de 200 
milhões de hemácias por dia, e acontece 
exclusivamente na medula óssea, porém existe 
casos patológicos que se pode enxergar uma 
eritropoese fora da medula, são eles: 
• Anemias hemolíticas – se tem uma perda 
aguda de hemácias, consequentemente 
pode se ter a transformação da medula 
óssea amarela em ativa, por causa de um 
aumento significativo de eritropoetina no 
sangue. 
• Doenças mieloproliferativas – dependendo 
da doença, pode se ter uma aplasia de 
medula, por consequência não se tem 
tecido hematopoiético e outros órgão 
(fígado e baço) passam a produzir sangue 
 
Maturação eritróide 
Os progenitores eritróides apresentam, 
além do receptor da eritropoetina, dois outros 
receptores importantes para o funcionamento 
dessas células, a glicoforina A que vai está 
presente na membrana dessas células, e o CD71 
ou receptor de transferrina, que é importante na 
capitação do ferro extra celular para o interior da 
célula para compor a molécula de hemoglobina. 
Pro-eritroblasto – é a primeira célula do 
tecido hematopoiético que pode ser reconhecida 
como do tecido eritroide, a partir desse ponto ela 
apresenta características constantes, permitindo 
sua classificação como pro-eritroblasto. 
Esses precursores apresentam duas 
características em especial: apresentam uma alta 
capacidade proliferativa, podendo dar origem de 8 
a 32 hemácias, além disso eles são 
metabolicamente criados para terem uma intensa 
síntese proteica. 
 
 
 
 
Érica Natali de Queiroz 
 
 
• Tem presença de nucléolos 
• Alta relação núcleo/citoplasma 
• Cromatina reticular 
• Alta síntese proteica 
 
Eritroblasto basófilo – o pico de produção 
de mRNA acontece nessa fase, o citoplasma fica 
muito azul, corado com azul de metileno que é 
básico tornando o citoplasma basofílico, por isso a 
cor azul, o núcleo diminui um pouco de tamanho e 
não tem o nucléolo evidente. 
 
 
 
 
 
• Citoplasma basofílico 
• Cromatina reticular 
• Não tem nucléolo 
 
Eritroblasto policromático – O mRNA que 
dava a basofilia característica do eritroblasto 
basófilo, passa a ser traduzido em proteína, o 
núcleo tende a se fechar um pouco mais e o 
citoplasma vai passando gradativamente de 
basofílico para acidofílico mudando sua coloração. 
 
 
 
 
 
• Cromatina condensada 
• Menor razão núcleo/citoplasma 
• Perde um pouco da basofilia 
 
 
Eritroblasto ortocromático – praticamente 
todo mRNA foi traduzido em proteína, e o núcleo 
fica completamente picnótico e condensado e não 
vai ter mais função, nessa fase vai ocorrer a 
cariorrexis que é a expulsão do núcleo. 
 
 
 
 
 
• Núcleo picnótico 
• Cromatina muito condensada 
 
Hemácia policromática – Apresenta uma 
coloração diferente de uma hemácia madura, 
porque no processo de expulsão do núcleo acaba 
ficando restos para trás e esses restos tem 
características ácidas que vão se corar pelo azul de 
metileno, dando essa coloração azulada a célula, 
além disso a parte final do mRNA ainda vai ser 
traduzido em proteína, ou seja a síntese de 
hemoglobina ainda acontece, por isso a hemácia 
policromática vai apresentar uma coloração 
azulada, após 2 a 3 dias em circulação essa 
hemácia finaliza o processo de transcrição e 
assume sua forma final. 
 
 
 
 
 
A hemácia policromática recebe esse nome 
quando é corada com corantes derivados de 
Romanowsky, que é constituída por álcool, eosina 
e azul de metileno. Se for usado uma coloração 
supravital a hemácia policromática passa a ser 
chamada de reticulócito. 
Érica Natali de Queiroz 
 
 
Reticulócito - é importante na hematologia 
porque pode dar uma ideia de como a medula 
óssea está trabalhando, por exemplo, se um 
indivíduo tem um aumento de reticulócitos em 
resposta a uma hemólise intravascular 
disseminada, quer dizer que a medula óssea está 
ativa funcionando bem, mas se mesmo com uma 
hemólise não houver aumento de reticulócitos 
quer dizer que a medula não foi ativada de forma 
apropriada. 
 
 
 
 
 
 
O pro-eritroblasto, eritroblasto basófilo e 
eritroblasto policromático constituem o 
compartimento de reprodução da linhagem 
eritróide, a partir da fase de eritroblasto 
ortocromático a célula só vai amadurecer. Só 
encontramos essas três primeiras células na 
medula óssea, não encontramos essas células no 
sangue periférico 
O tempo para produção de uma hemácia 
madura é de 7 a 10 dias, e vive de 90 a 120 dias, 
porque tudo que ela precisa para manutenção da 
sua vida é produzido enquanto ela tem núcleo, 
depois disso ela sobrevive com o que tem, por isso 
ela tem esse tempo de visa médio. 
Com o tempo as hemácias vão perdendo 
sua flexibilidade e os macrófagos reconhecem 
essas hemácias, e o sistema reticulo endotelial 
começa a remover essas hemácias de circulação e 
essa hemácia é destruída em parte orgânica que 
são as proteínas que serão desmembradas em 
aminoácidos e eles vão para a circulação e servirão 
para produção de novas proteínas e parte 
inorgânica onde o ferro vai ser desmembrado da 
hemoglobina, vai se ligar a transferrina voltando 
para a medula óssea e se ligará novamente a um 
pro-eritroblasto, o que não é usado é convertido 
em bilirrubina indireta e vai ser excretado na urina 
e nas fezes. Esse é o ciclo da hemácia!

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