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Hiperprolactinemia Conceito: Aumento da secreção de prolactina • Obs: A elevação da prolactina pode ter causas fisiológicas como gestação, amamentação, estresse ou exercício intenso Fisiologia • Preparação das mamas para a lactação • Aumento do apetite, em virtude do melhor aporte calórico na gravidez • Inibição da fertilidade • Isoformas: monomérica (ativa), Big PRL e Big Big PRL Conduta • Afastar causas fisiológicas (em mulheres) • Afastar causas farmacológicas ü Psicotrópicos ü Anti-hipertensivos ü Antagonistas H2 ü Estrógenos em altas doses ü Opiáceos ü Cocaína • Investigar causas patológicas ü Adenoma hipofisário ü Lesões que comprometam diretamente a haste hipofisária ü Hipotireoidismo primário ü Síndrome de ovários policísticos ü Cirrose hepática ü Causas neurogênicas ü Insuficiência renal crônica Prolactinomas • 40 a 60% dos tumores hipofisários secretores • PRL isolada ou tumor misto • Classificada em micro (< 1 cm) e macroadenoma (> 1 cm) Quadro clínico – mulher • Galactorréia (80%) • Irregularidade menstrual • Oligo ou amenorreia • Infertilidade • Perda da libido Quadro clínico – homem • Galactorréia (30%) • Impotência • Infertilidade • Perda de libido Quadro clínico – relativo a efeitos de massa • Hemianopsia bilateral • Invasão do seio cavernoso • Comprometimento de III, IV e VI pares cranianos • Hipopituitarismo • Hidrocefalia • Epilepsia Diagnóstico laboratorial • Distinguir pseudoprolactinoma (grandes tumores com PRL < 150 ng/ml) • Macroprolactinemia assintomática • Dosagem de prolactina sérica monomérica: < 100 ng/ml (micro) ou > 200 ng/ml (macro) • Avaliação de função hipofisária (tumores mistos) ! Armadilhas ! • Afastar macroprolactinemia (discrepância entre o nível de prolactina e ausência de sintomas): não necessita de RNM ou tratamento, com baixa atividade biológica in vivo; composição complexo PRL monomérica + IgG específica big big PRL • Efeito “gancho”: discrepância entre o tamanho do tumor e o nível de prolactina, e ocorre ao se utilizar métodos que empregam duplo anticorpo em hiperprolactinemia muito acentuada. Deve ser solicitado, portanto, diluição do soro de 1:100 ou lavagem após incubação com primeiro anticorpo; exclusão de pacientes com macroadenoma e PRL < 200 ng/ml Conduta clínica • Anamnese – sinais e sintomas compatíveis com hiperprolactinemia, início e histórico de doenças concomitantes • Medicações em uso • Exame físico – galactorreia, campos visuais ou lesões de parede torácica • Exames: ß HCG, ureia, creatinina, função hepática, T4 livre e TSH Em casos oligossintomáticos à pesquisar macroprolactinemia Em suspeita de pseudoprolactinoma à solicitar outras trofinas hipofisárias Diagnóstico por imagem • Campimetria • Rx crânio com spot selas • Ressonância magnética • TC à invasão extra-selar Diagnóstico diferencial • Gravidez (PRL elevada em até 10x) • Hipotireoidismo primário (TSH elevado) • Ingestão de drogas • Compressão ou lesão da haste hipofisária Tratamento – agonistas dopaminérgicos • Tratamento por 2 a 5 anos • Bromoergocriptina (maiores efeitos adversos como náusea, tontura, hipotensão postural, obstrução nasal e fadiga) • Cabergolina • Tratamento cirúrgico é raro, com as seguintes indicações: ü Intolerância ou resistência aos medicamentos ü Apoplexia hipofisária com manifestações neurológicas (caráter ais emergencial) ü Fístula liquórica após redução tumoral para tratamento clínico ü Crescimento tumoral em vigência de tratamento clínico • Cirurgia transesfenoidal: microadenomas (cura de 80%, recidiva 15%) macroadenoma (cura a longo prazo de 26% e recidiva em mais de 19%) • Radioneurocirurgia – preserva a função hipofisária, mas raramente é aplicada no prolactinoma • Radioterapia – sem resposta a tratamento clínico e cirúrgico ü Efeitos adversos: hipopituitarismo, lesões de vias ópticas, radionecrose de lobo temporal e aumento do risco de neoplasias extra-hipofisárias
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