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eucemia mielóide agudas A LMA é um grupo heterogêneo de doenças clonais que afetam progenitores hematopoéticos. Toda leucemia mielóide ou linfoide, aguda ou crônica, tem como origem um defeito genético. Incapaz de se diferenciar e responder a estímulos de proliferação e morte celular. Se acumulam na medula óssea, sangue periférico e outros tecidos. São doenças genéticas de caráter esporádico Acomete principalmente adultos (90%), e crianças (<15%) Na medula óssea sadia pode ser encontrado até 5% de blastos, no sangue periférico não pode ter blastos. Blastos são: Células imaturas, com nucléolos evidentes, cromatina reticular e alta relação núcleo/citoplasma, o nucléolo pode ser ou não evidente. As leucemias apresentam alterações estruturais, contudo 45-55% não apresentam alterações estruturais, elas são LMA cariótipo normal, então tem que pesquisar mutações pontuais e alteração de expressão gênica ou outros. Aspectos clínicos estão correlacionado com infiltração da medula óssea Falência da hematopoese- Anemia, plaquetopenia, leucocitose (mas pode ser encontrado leucopenia ou normais) Sintomas constitucionais- Perda de peso, febre, sangramento, infecções, dores ósseas e articulares TP, TTPa, TT, PDF e dímeros D estão alargados, fibrinogênio baixo Ác. Úrico e LDH aumentado. Leucostase Má perfusão sanguínea por causa do excesso de leucócitos na circulação Para diagnosticar a leucemia aguda é necessário ≥20% de blastos. Além de um hiato leucêmico entre blastos e neutrófilos. Análise da medula óssea, por punção de medula ou biópsia. Só se diferencia blastos mieloides e linfoides com testes. Alguns deles são: morfologia, citoquímica e imunofenotipagem Como por exemplo o bastonete de Auer, que é uma fusão de lisossomos, e é patognomônico de LMA. Quando se tem muitos bastonetes dentro da célula, ela recebe o nome Célula de Faggot. Técnicas citoquímicas • Mieloperoxidase: enzima encontrada em grânulos azurófilos de células granulocíticas e monocíticas. • Sudan Black B: cora fosfolipídios de monócitos e granulócitos. • Esterase: enzima presente em monócitos. • Ácido periódico de Schiff: presente em precursores eritróides malignos. É preciso apenas 2% de células com MPO ou esterase positiva para caracterizá-la como leucêmica. Classificação das LMAs LMA M0 É o tipo mais imaturo Blastos pequenos, cromatina frouxa, nucléolo evidente, sem grânulos e sem bastonete de Auer. Prognóstico desfavorável MPO negativa HLA-DR positivo Diagnostico diferencial com LLA e LMA M7 LMA M1 Células grandes, citoplasma com poucos grânulos azurófilos, núcleo com cromatina frouxa, e nucléolo evidente, pode apresentar bastonetes de Auer. Contagem de blastos > 90% MPO positiva HLA-DR positivo LMA M2 Contagem de blastos de 20 a 90% Pode ter células um pouco mais maduras, 10% de diferenciação chegando até neutrófilos. Células monocíticas devem ser < 20% MPO positiva HLA-DR positivo Defeito genético- t(8;21) (q22;q22) LMA M3 defeito genético aconteceu no blasto enquanto estava na fase de promielócito, por isso tem a presença de vários bastonetes de Auer, também chamada de leucemia promielocítica aguda. Núcleo excêntrico e citoplasma com muita granulação. Tem manifestações hemorragicas MPO fortemente positiva LMA M3v é uma variante hipogranular PML-RARA presente HLA-DR negativo t(15;17) (q22;q21) LMA M4 Alteração nos compartimentos mieloides e monocíticos, por isso vai ser positivo para MPO e esterase Apresenta maior risco de infiltração inv(16) (p13q22) LMA M4 o subtipo variante eosinofílico tem prognóstico favorável. HLA-DR positivo LMA M5 É exclusivamente de caráter monocítico Risco de infiltração M5a: mais de 80% de monoblastos M5b: mais de 20% de células com maturação MPO negativa, esterase positiva. HLA-DR positivo LMA M6 Defeito no blasto que dá origem ao proeritroblasto. Para ser uma leucemia aguda tem que ter 20% de blastos, e deste 20% metade tem que ser de origem eritroide. Difícil diagnóstico Diagnóstico diferencial com síndrome mielo displásica. Células eritroblásticas: glicoforina A positiva HLA-DR positivo LMA M7 Tambem chamada de leucemia megacariocítica, porque o defeito ocorre no blasto que daria origem ao megacariócito. Diagnostico diferencial: LMA- M0, LLA L1 e L2, o diagnostico será feito por imunofenotipagem. Prognostico desfavorável MPO negativa Presença de “blebs” HLA-DR negativo CD41/61 positivo Citometria de fluxo Biologia molecular A metodologia de análise morfométrica de células suspensas em meio líquido, através das propriedades de dispersão de raio laser incidente sobre uma célula hidrodinamicamente focalizada. Ela mede as propriedades de dispersão de luz pela célula e a emissão de luz de anticorpos monoclonais. Mostrando tamanho e complexidade. Gráfico dot plot Duplo positivo Duplo negativo É usado o tubo com EDTA (a heparina inibe a atividade de algumas enzimas), é feita no termociclador e são usados alguns reagentes específicos (Primers e dNTP). As estapas são: pré-denaturação, denaturação, anelamento, extensão e extensão final Presença de anormalidades genéticas: T(15;17) ou PML-RARA T(8;21) ou RUNX1 Inv(16)/t(16;16) ou CBFB-MYH11 Confirma o diagnóstico de LMA , mesmo se a infiltração de blastos na MO for menor que 20% A M3 tem sensibilidade a ação da ATRA t(8;21), t(15;17), inv(16) são consideradas com prognóstico Quando tem o cariótipo normal, tem que pesquisar mutações adicionais em genes específicos. GENES MUTADOS NPM1 – codifica a nucleofosmina, que controla a biogênese ribossomal, controla a duplicação do centrossomo e modula os supressores tumorais P53 e P19. Considerado de bom prognóstico. cEBPa – regula a diferenciação e proliferação celular, considerado de bom prognóstico. Flt3 – é um receptor de tirosina quinase, está expresso em progenitores hematopoéticos, associada a proliferação celular, dependendo seu receptor, a mutação no ITD está associada a um mau prognóstico
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