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Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III Filtração Glomerular, Fluxo Sanguíneo Renal e seus Controles FILTRAÇÃO GLOMERULAR: A PRIMEIRA ETAPA DA FORMAÇÃO DA URINA A formação de urina começa por filtração de líquidos nos capilares glomerulares através da Cápsula de Bowman (aprox. 180 L por dia), a maior parte dele é reabsorvida e temos na excreção diária cerca de 1 L, dependendo da ingestão ➢ A TFG depende do fluxo sanguíneo renal e de propriedades especiais nas membranas do glomérulo Composição do Filtrado Glomerular Os capilares glomerulares são relativamente impermeáveis às proteínas, então o filtrado glomerular é livre de proteínas e não possui elementos celulares, como as hemácias ➢ As concentrações de elementos como os sais e moléculas orgânicas são similares às concentrações no Plasma (exceto substâncias como cálcio e ácidos graxos, que não são livremente filtradas por se ligarem parcialmente a proteínas plasmáticas) A Filtração glomerular é determinada por: 1) Balanço de forças hidrostáticas e coloidosmóticas que atuam na membrana capilar 2) Coeficiente de Filtração Capilar (Kf), o produto da permeabilidade e da área de superfície de filtração dos capilares No ser humano adulto médio a FG é de cerca 180 L/dia, a fração do fluxo plasmático renal filtrado é de cerca de 20% do plasma (fluido que passa pelos rins e são filtrados pelo glomérulo Membrana Capilar Glomerular O capilar possui 3 camadas: (1) Endotélio capilar; (2) m. basal e (3) células epiteliais (podócitos) sobre a superfície externa da m. basal formando barreira de filtração ➢ Normalmente não filtra proteínas plasmáticas ➢ O endotélio possui milhares de pequenos orifícios que chamamos de fenestrações: embora sejam relativamente grandes as proteínas das células endoteliais possuem cargas negativas que impedem a passagem das proteínas plasmáticas ➢ A m. basal é uma trama de colágeno e fibrilas proteoglicanas por onde água e pequenos solutos podem ser filtrados, ela evita de forma eficiente a filtração de proteínas plasmáticas pois os proteoglicanos possuem cargas elétricas negativas ➢ As células epiteliais na superfície externa do glomérulo não são contínuas, mas possuem podócitos que revestem a superfície externa dos capilares, entre os Podócitos se formam as Fendas de Filtração ➢ Em algumas doenças renais as cargas negativas da membrana se perdem (nefropatia com alteração mínima), acredita-se que isso ocorre por resposta imunológica com Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III secreção anômala de citocinas por linfócitos T, reduzindo ânions nas proteínas = proteínas são filtradas e aparecem na urina (Proteinúria ou Albuminúria) DETERMINANTES DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR (FG) É determinada pela (1) soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas pela membrana glomerular que fornecem a Pressão efetiva de filtração e pelo (2) Coeficiente Glomerular Kf. Pressão efetiva de filtração: soma das forças que favorecem ou se opõem à filtração pelos capilares glomerulares Força favorável à Filtração: P. hidrostática glomerular (60 mmHg) Forças que se opõem à Filtração: (1) P. Hidrostática na Cápsula de Bowman (18 mmHg) e (2) P. Coloidosmótica nos capilares glomerulares (32 mmHg) Aumento no Coeficiente de Filtração Glomerular eleva a FG A Kf é o produto da condutividade hidráulica e área de superfície dos capilares glomerulares, ela pode ser estimada pela divisão: FG/ Pressão efetiva de filtração ➢ Algumas doenças reduzem a Kf por (1) diminuir número de capilares glomerulares funcionantes (reduzindo área de superfície para filtração), (2) aumento da espessura da membrana capilar glomerular e (3) redução da sua condutividade hidráulica ➢ Kf diminuído: diminui a FG, não sendo uma regulação normal da FG no cotidiano Pressão Hidrostática aumentada na Cápsula de Bowman diminui a FG A pressão hidrostática na Cápsula de Bowman é de cerca de 18 mmHg, se ela se eleva a FG diminui e vice-versa (não é meio primário de regulação da FG) ➢ Em condições patológicas de obstrução do trato urinário a pressão na cápsula de bowman pode aumentar reduzindo a FG de forma drástica (Exemplo: precipitação de cálcio ou ácido úrico formando cálculos que obstruem a eliminação da urina, ao diminuir a FG podemos ter Hidronerose, com distensão e dilatação da pelve renal e dos cálices, lesando ou até mesmo destruindo o Rim) Pressão Coloidosmótica Capilar aumentada reduz a FG À medida que o sangue passa de arteríola aferente => capilares glomerulares => arteríolas eferentes, a concentração de proteínas plasmáticas aumenta em cerca de 20% ➢ Pois aprox. 1/5 dos líquidos nos capilares passa por filtração em direção ao interior da cápsula de bowman e assim as proteínas plasmáticas passam a estar mais concentradas (diminuição da quantidade de solvente) ➢ O valor da pressão coloidosmótica costuma se elevar de 28 para cerca de 36 mmHg (sangue que chega as arteríolas eferentes) Fatores que influenciam a pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares: (1) pressão coloidosmótica no plasma arterial e a (2) fração de plasma filtrada pelos capilares glomerulares Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III ➢ Se aumentamos a fração de filtração as proteínas plasmáticas ficam ainda mais concentradas elevando a pressão coloidosmótica glomerular ➢ Exemplo: redução do fluxo plasmático no rim tenderia a aumentar a fração de filtração, elevando a pressão coloidosmótica no glomérulo, reduzindo a FG ➢ Exemplo: com aumento do fluxo sanguíneo renal, uma fração mais baixa de plasma é inicialmente filtrada para fora do glomérulo, tendo uma elevação mais lenta na pressão coloidosmótica, nos glomérulos e menor efeito inibidor da FG Pressão Hidrostática Capilar Glomerular aumentada eleva a FG A Pressão Hidrostática Capilar Glomerular foi estimada em 60 mmHg, suas variações são o modo primário de regulação fisiológica da FG, elas se relacionam de forma proporcional. Ela pode ser determinada por 3 variáveis: (1) pressão arterial, (2) resistência arteríolar aferente e (3) resistência arteriolar eferente ➢ Pressão Arterial: se ela aumenta temos elevação da pressão hidrostática e assim aumento da FG (efeito costuma ser atenuado por autorregulação mantendo a pressão glomerular constante) ➢ Resistência das arteríolas aferentes: quando ela aumenta, temos redução da pressão hidrostática glomerular e diminuição da FG, e como efeito oposto, em casos de dilatação das arteríolas aferentes temos aumento da pressão glomerular e da FG ➢ Resistência das arteríolas eferentes: quando elas sofrem constrição temos aumento da resistência ao fluxo de saída de fluidos dos capilares glomerulares, isso eleva a pressão hidrostática no glomérulo. Enquanto o aumento da resistência eferente não diminuir o fluxo sanguíneo renal a FG se eleva de forma discreta. Porém, como a constrição também reduz o fluxo sanguíneo renal a fração de filtração e a pressão coloidosmotica no glomérulo aumentam, junto disso a resistência arteriolar eferente se eleva Se a constrição é grave (3x maior que o normal): a elevação da pressão coloidosmotica excede o aumento na pressão hidrostática glomerular = a força efetiva de filtração na verdade diminui, reduzindo a FG (isso ocorre pois conforme o aumento da constrição a concentração de proteínas aumenta, elevando de forma rápida e não linear a pressa coloidosmótica causando o efeito donnan: quanto maior a concentração proteica mais rapidamente a pressão coloidosmotica se eleva) Portanto, em níveis moderados de constrição temos leve aumento da FG, e com uma constrição maior há queda da FG FLUXO SANGUÍNEO RENAL O fluxo sanguíneo super os rins com nutrientes e remove produtos indesejáveis, porém o elevado fluxo em direção aos rins excede essa necessidade, esse fluxo adicional deseja suprir Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III plasma suficiente para termos altaintensidade da filtração glomerular e conseguirmos ter regulação precisa dos volumes de líquidos corporais e concentrações de solutos Fluxo Sanguíneo Renal e Consumo de Oxigênio O oxigênio fornecido aos rins excede suas necessidades metabólicas e a extração arteriovenosa de oxigênio é relativamente baixa. Grande parte do oxigênio consumido pelos rins é pela alta intensidade de reabsorção ativa de sódio pelos Túbulos Renais ➢ Se o fluxo sanguíneo nos rins e a FG diminuem e menos Sódio for filtrado = diminuição da reabsorção de sódio e no oxigênio consumido (consumo de oxigênio pelos rins e reabsorção de sódio são diretamente proporcionais) Determinantes do Fluxo Sanguíneo Renal A pressão na artéria renal costuma ser aprox. igual à pressão arterial sistêmica. A maior parte da resistência vascular renal fica em 3 segmentos principais: artérias interlobulares, arteríolas aferentes e arteríolas eferentes, a resistência dos vasos é controlada pelo S. N. Simpático (hormônios e mecanismos renais de controle local) ➢ Aumento de resistência em alguns desses segmentos: tende a reduzir o fluxo sanguíneo renal, a diminuição da resistência tende a aumentar o fluxo sanguíneo renal, se as pressões na artéria e veia renal ficam constantes ➢ Os rins possuem mecanismos efetivos para manter o fluxo sanguíneo renal e a FG constantes em uma faixa de PA entre 80 e 170 mmHg = autorregulação Fluxo Sanguíneo nos “Vasa Recta” da Medula Renal é muito baixo em comparação ao Fluxo no Córtex Renal O fluxo para a Medula Renal é cerca de 1 a 2% do total renal, ele é suprido por parte especializada do sistema capilar peritubular a “Vasa Recta”: os vasos entram na medula paralelamente ao tamo descendente das Alças de Henle, formam varias alças na medula e retornam também paralelo as Alças de Henle antes de escoarem para o sistema venoso CONTROLE FISIOLÓGICO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR E DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL Determinantes da FG mais sujeitas ao controle fisiológico: pressão hidrostática glomerular e a pressão coloidosmotica capilar glomerular = influenciadas pelo S. N. Simpático, hormônios, por Autacoides e outros controles de feedback intrínsecos do rim Intensa Ativação do S. N. Simpático diminui a FG Vasos do Rim são inervados por fibras simpáticas: quando são ativadas causam constrição das arteríolas renais, diminuindo fluxo renal sanguíneo e assim a FG. ➢ Estimulação simpática leve ou moderada influenciam pouco no fluxo e na FG ➢ Nervos simpáticos renais são mais importantes na redução da FG em distúrbios graves agudos como reações de defesa, isquemia cerebral, hemorragia grave Controle Hormonal e Autacoide da Circulação Renal Norepinefrina, Epinefrina e Endotelina causam Constrição dos Vasos Renais e Diminuem a FG ➢ Norepinefrina e epinefrina são liberadas pela medula adrenal: ao gerarem vasoconstrição diminuem fluxo sanguineo e a FG Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III ➢ Os niveis sanguineos desses hormonios acompanham atividade do S.N. Simpático: Norepinefrina e Epinefrina possuem pouca influencia na hemodinamica renal, exceto em condições extremas, como hemorragias graves ➢ Endotelina: vasoconstritor, peptideo que pode ser liberado por células endoteliais vasculares que sofrem lesoes nos rins, ela pode contribuir para minimizar perda sanguinea (hemostasia) quando vaso sanguineo se rompe = podem contribuir para vasoconstrição renal, diminuindo a FG Seus niveis tambem se elevam no sangue em doenças associadas à lesao vascular, como toxemia da gravidez, insufiencia renal agua e cronica Angiotensina II provoca Constrição das Arteríolas Eferentes na maioria das condições fisiológicas ➢ Receptores de Angiotensina II estão em quase todos os vasos renais: porém, vasos pré- glomerulares, prinpalmente as arteríolas aferentes, parecem estar relativamente protegidos da constrição causada pela Angiotensina II na maioria das condições fisiológicas ligadas à ativação do Sistema Renina-Angiotensina (como dieta pobre em sódio duradoura ou perfusao renal reduzida por estenose da artéria renal) Proteção pela liberação de vasodilatadores como Oxido Nítrico (NO) e Prostaglandinas: neutralizam efeito constritor da angiotensina II ➢ Arteriolas eferentes são muito sensiveis à Angiotensina II: sendo assim, elevação dos níveis de Angiotensina II elevam pressao hidrostática glomerular, enquanto reduzem o fluxo sanguineo renal Formação aumentada de angiotensina II ocorre no geral em casos de diminuição da pressao arterial ou depleção volumétrica que tende a diminuir a FG O nivel elevado de Angiotensina II, ao gerar vasoconstrição das eferentes, ajuda prevenindo as diminuições da pressao hidrostatica glomerular e da FG, ao mesmo tempo, porém, a redução do fluxo renal pela constrição contribui para o fluxo reduzido nos capilares peritubulares = aumenta reabsorçao de sódio e água Niveis elevados de Angiotensina II: ➢ Ajudam a preservar FG e a excreção normal de produtos indesejaveis ao metabolismo ➢ Eleva a reabsorção tubular de sódio e água: ajuda a restaurar o volume e a PA Óxido Nítrico diminui a Resistência Vascular Renal e Aumenta a FG Autacoide e diminui a resistência vascular renal, ele é liberado pelo endotélio vascular de todos os capilares do corpo: seu nivel basal de produção é importante para manutenção de vasodilatação dos rins, permitindo que os rins excretem quantidades normais de sódio e água ➢ Fármacos que inibe, síntese de normal de Óxido Nítrico: aumentam a resistência vascular renal e diminuem a FG, reduzindo também excreção urinária de sódio, o que pode aumentar a pressão sanguínea Prostaglandinas e Bradicininas reduzem a Resistência Vascular Renal e tendem a aumentar a FG Prostaglandinas e Bradicininas causam vasodilatação e aumentam o fluxo sanguíneo renal e da FG: eles não aparentam ter importância significativa na regulação do fluxo sanguíneo renal Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III ou da FG, e em condições normais podem amenizar os efeitos vasoconstritores renais dos nervos simpáticos ou da Angiotensina II (especialmente sobre as arteríolas aferentes) ➢ Em condições de stress, como depleção volumétrica ou após cirurgias, admnistração de anti-inflamatórios não esteroides, que inibem síntese de prostaglandinas, pode causar reduções significativas na FG AUTORREGULAÇÃO DA FG E FLUXO SANGUÍNEO RENAL Mecanismos intrinsecos do rim normalmente mantêm o fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constantes, mesmo com alterações acentuadas de PA: mecanismos funcionam independente das influencias sistêmicas = autorregulação. Importância da Autorregulação da FG na prevenção de alterações extremas da Excreção Renal Normalmente a FG é de cerca de 180 L/dia e a reabsorção tubular é de cerca de 178.5 L/dia, deixando 1,5 L/dia de líquido a ser excretado pela urina, variações de pressão arterial costumam exercer muito menos efeito sobre volume de urina do que o imaginado pois: 1) Autorregulação renal evita grandes alterações da FG 2) Existem mecanismo adaptativos adicionais nos túbulos renais que os permitem aumentar a intensidade da reabsorção, quando FG se eleva = balanço glomerulotubular Mesmo com os mecanismos especiais de controle variações da PA ainda possuem efeitos significativos na excreção renal de água e sódio (diurese pressórica ou natriurese pressórica): crucial para a regulação do volume dos líquidos corporais e da PA Feedback Tubuloglomerular e Autorregulação da FG Rins possuem mecanismo de feedback que relaciona as mudanças na concentração de Cloreto e Sódia na Mácula densa, com controle da resistência arteriolar renal e a autorregulaçõ da FG: permite que haja fornecimente constante de cloreto de sódio ao túbulos distal, ajudando a prevenir flutuações espúrias da excreção renal ➢ Autoregula o fluxo sanguineo renal em paralelo a FG Porém, como o mecanismo é direcionado de forma específicaao fornecimento de cloreto de sódio ao túbulo distal temos momentos em que a FG é autorregulada a mudanças expensas de fluxo sanguíneo renal. O mecanismo pode realmente induzir alterações na FG em resposta a alterações primária na reabsorção de cloreto de sódio nos túbulos renais. Mecanismo de feedback tubuloglomerular possui 2 componentes que agem em conjunto para controlar a FG: (1) mecanismo de feedback arteriolar aferente e (2) mecanismo de feedback arteriolar eferente. Complexo Justaglomerular: células da mácula densa na parte inicial do túbulo distal e de células justaglomerulares nas paredes das arteríolas aferentes e eferentes (células da mácula densa possuem organelas secretoras direcionadas para as arteríolas) Diminuição da [NaCl] na Mácula Densa causa Dilatação das Arteríolas aferentes e Aumento da Liberação de Renina Isadora Ribeiro Renó-T61-Fisiologia III Células da Mácula densa detectam alterações do volume que chega ao túbulo distal ➢ FG diminuída torna o fluxo na Alça de Henle mais lento: causa reabsorção aumentada da % de íons sódio e cloreto, reduzindo a [NaCl] nas células da mácula densa ➢ Diminuição da [NaCl] na mácula densa desencadeia sinal que possui 2 efeitos: 1) Reduz a resistência ao fluxo sanguíneo nas arteríolas aferentes: eleva a pressão hidrostática glomerular e ajuda a retornar ao normal a FG 2) Aumenta a liberação de Renina (pelas células justaglomerulares das arteríolas aferentes e eferentes): renina liberada funciona como enzima que aumenta a formação de Angiotensina I, que é convertida em Angiotensina II, que contrai as arteríolas eferentes elevando a pressão hidrostática glomerular e ajuda a retornar a FG ao normal Autorregulação Miogênica do Fluxo Sanguíneo Renal e FG A capacidade dos vasos em resistirem ao estiramento, no aumento da PA é o Mecanismo Miogênico, que contribui para manutenção do fluxo sanguíneo renal e da FG ➢ Estiramento da parede vascular permite movimento aumentando de íons cálcio do extracelular em direção às células: causa contração, que evita a distensão excessiva do vaso e, pela elevação da resistência vascular, ajuda a prevenir o aumento excessivo do fluxo sanguíneo renal e da FG quando a PA se eleva ➢ Esse mecanismo pode ser importante na proteção do rim à lesão induzida por hipertensão, em resposta ao aumento súbito da PA a resposta constritora miogênica, nas arteríolas aferentes, ocorre em segundos e atenua a transmissão da PA aumentada em direção aos capilares glomerulares OBS: OUTROS FATORES QUE AUMENTAM O FLUXO SANGUÍNEO RENAL E A FG SÃO A ALTA INGESTÃO PROTEICA E A GLICOSE SANGUÍNEA AUMENTADA Refeição rica em proteínas aumenta a liberação de aminoácidos, que são reabsorvidos nos túbulos renais proximais, como aminoácidos são reabsorvidos junto de íons sódio: temos estímulo para a reabsorção de sódio nos túbulos = diminui aporte de sódio para a mácula densa, o que causa diminuição na resistência das arteríolas aferentes, e assim temos elevação do fluxo sanguíneo renal e de FG Glicose também é reabsorvida junto do sódio, e assim excesso de sódio é reabsorvido o que acarreta diminuição de [NaCl] na mácula densa, ativando feedback: causa dilatação de arteríolas aferentes e subsequente aumento do fluxo sanguíneo e da FG Sequencia oposta de eventos ocorre quando reabsorção tubular proximal está reduzida e a capacidade de reabsorção de NaCl é reduzida, assim muito NaCl chega ao túbulo distal causando depleção excessiva de volume
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