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A N A I S IX S E M IN Á R IO D E IN IC IA Ç Ã O C IE N TÍFIC A R ealização IFN M G – C am p u s Teó filo O to n i – M aio 20 21 Seminário de iniciação Científica do IFNMG. (9. : 2021 : Teófilo S471a Otoni, MG). [Anais do] Seminário de iniciação Científica do IFNMG, IX. Teófilo Otoni: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, 2021. Disponível em: <https://ifnmg.edu.br/seminarios-sic>. ISSN: 2238-085X Evento virtual ocorrido em 10 a 14 de maio de 2021. 1. Pesquisa Científica. 2. Anais de eventos. I. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. II. Título. CDD: 001.42 Elaborada pela Bibliotecária Elciax Cristina de Sousa - CRB/6 2065 A P R E S E N T A Ç Ã O O Seminário de Iniciação Científica - SIC é um evento de produção científica do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais e é o maior evento de mostra científica do IFNMG, que reúne professores, alunos e pesquisadores de todos os campi do IFNMG e de outras instituições de Minas Gerais e de todo o Brasil. A primeira edição do SIC aconteceu em 2009, no campus Januária, intitulada “I Seminário de Inovação, Ciência e Tecnologia do IFNMG”, no qual os resultados de pesquisas obtidas por alunos pesquisadores bolsistas e voluntários foram apresentados. Desde então, o evento já foi sediado pelos campi Salinas, Arinos, Montes Claros, Almenara e Araçuaí e Pirapora. Em cada ano, o seminário é realizado em um campus diferente, mas em 2020 devido a pandemia causada pelo COVID-19 não houve a realização do evento. Em 2021, o evento foi realizado pela primeira vez de forma online, contando com o apoio da Plataforma CEVIBRA (UFVJM) para transmissão de todas as atividades do SIC. O evento foi realizado entre os dias 10 a 14 de maio de 2021 e contou com 111 atividades entre palestras, minicursos, mesas redondas e teve as realizações inéditas do FATOR S CHALLENGE, MESE, Oficina Protagonista do Futuro, além da II Semana Unificada de Enfermagem. Neste anais de trabalhos científicos teremos a publicação de 406 resumos expandidos aprovados, fruto do trabalho de estudantes de cursos técnico, graduação e pós-graduação e servidores do IFNMG e de diversas instituições de ensino e pesquisa de todo o Brasil. O Ideathon Fator S Challenge é um programa desenvolvido pelo SEBRAE Minas que trabalha, em curta duração, o lado empreendedor dos participantes, estimula a criação de ideias de negócios de base tecnológica, digitais e escaláveis e mobiliza pessoas a buscarem soluções criativas e inovadoras, e a encontrar caminhos para transformar o mercado com base em desafios propostos por uma grande empresa. É um programa para compartilhar ideias, formar equipes e lançar startups, de modo que seja uma estratégia de ativação e consiga despertar a comunidade acadêmica, inserida no Ecossistema Local de Inovação, para a importância do ambiente inovador por meio do incentivo à criação e desenvolvimento de ideias. O Hospital Santa Rosália, importante instituição de saúde presente em Teófilo Otoni que atende pessoas de toda a região, lançou desafios para que os times propusessem soluções. O Ideathon Fator S Challenge teve duração de 14 horas e foi realizado entre os dias 12 a 14 de maio de 2021. A P R E S E N T A Ç Ã O O MESE - Management and Economics Simulation Exercise - é um software desenvolvido pela Harvard Associates especialmente para a Júnior Achievement, que realizará a ação. Trata- se de um simulador que possibilita aos participantes operar suas próprias empresas em um ambiente que simula o mundo dos negócios. Estas empresas fabricam o mesmo produto e concorrem entre si. As equipes tomam decisões com base em aspectos macroeconômicos e analisando a concorrência, por meio de relatórios emitidos a cada rodada. Conteúdo: Preço e Mercado, Marketing e Indústria, Pesquisa e Desenvolvimento, Divulgação da classificação dos negócios gerados. A carga horária total desta ação foi de 06 horas divididas em 03 dias de ação de 11 a 13 de maio de 15h às 17h. A oficina Protagonista do Futuro apresentou aos alunos o impacto da Quarta Revolução Industrial e sua relação com as carreiras de alto crescimento e no futuro do trabalho, como áreas de STEM (Science, Tecnology, Enginnering and Mathematics). Por meio de uma metodologia abrangente, a ação também ajudou os participantes a refletirem sobre habilidades e preferências de carreira. A carga horária total da oficina foi de 04 horas divididas em 02 dias de 11 a 12 de maio de 10h às 12h. Junto ao SIC também aconteceu a II Semana Unificada de Enfermagem, sob a temática “Desafios da Enfermagem no enfrentamento da pandemia da Covid-19”. O evento reuniu alunos e servidores dos Cursos Técnicos em Enfermagem dos Campi Almenara, Araçuaí e Januária, além do público interno e externo convidado. Na ocasião, foram realizadas palestras, minicursos, mesa-redonda e sessão de homenagens aos profissionais. O IX SIC do IFNMG contou com o apoio do SEBRAE, CEVIBRA, CNPq, Prefeitura de Teófilo Otoni, Hospital Santa Rosália, MucuriValley, UniDOCTUM, Casa das Embalagens, FARMACONN, GEETA, Educacional Damásio, Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. E X P E D I E N T E REITORIA Reitora: Joaquina Aparecida Nobre da Silva Pró-Reitor de Administração: João Leandro Cassio de Oliveira Pró-Reitor de Ensino: Ricardo Magalhães Dias Cardozo Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação: Edinei Canuto Paiva Pró-Reitor de Extensão e Cultura: Rony Enderson de Oliveira Pró-Reitora de Gestão de Pessoas: Rosemary Barbosa da Silva Moura Diretora da Diretoria de Assuntos Estudantis e Comunitários: Maria Flávia Pereira Barbosa Diretora da Diretoria de Desenvolvimento Institucional: Andreia Pereira da Silva Diretor da Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação: Alisson Rodrigo Vieira DIRETORIA CAMPUS TEÓFILO OTONI Diretora Geral: Ana Cláudia de Sá Jardim Diretor de Ensino: Thiago Bicalho Ferreira Diretor de Planejamento e Administração: Pedro da Silva Simões Filho Coordenador de Pesquisa: Wagner Garcia Azis de Araujo Coordenador de Extensão: Gerfson Viana Santos Presidente da Comissão Organizadora: Wagner Garcia Azis de Araujo Presidente da Comissão Científica: Maíra Queiroz Rezende DIRETORES GERAIS CAMPI IFNMG Diretor Geral Campus Almenara: Joaquim Neto de Sousa Santos Diretor Geral Campus Araçuaí: Irã Pinheiro Neiva Diretor Geral Campus Arinos: Elias Rodrigues de Oliveira Filho Diretor Geral Campus Diamantina: Júnio Jáber Diretor Geral Campus Janaúba: Fernando Barreto Rodrigues Diretor Geral Campus Januária: Emanoelito Fernandes Vieira Junior Diretor Geral Campus Montes Claros: Renato Afonso Cota Silva Diretor Geral Campus Pirapora: Wallace Magalhães Trindade Diretor Geral Campus Porteirinha: Pedro Paulo Pereira Brito Diretor Geral Campus Salinas: Guilherme Mendes de Almeida Carvalho Diretora Geral Campus Teófilo Otoni: Ana Cláudia Gonçalves de Sá Jardim E X P E D I E N T E COMISSÃO CIENTÍFICA Cinelli Tardioli Mesquita Diogo de Moraes Cardoso Ednilton Moreira Gama Docente Eliane Macedo Sobrinho Santos Flávia Reis Ganem Gustavo Henrique Silva de Souza Ivan Carlos Carreiro Almeida José Antônio Duarte Santos Juliara Lopes da Fonseca Julio César Oliveira Dias Júlio Cézar Barbosa Rocha Luan Diego de Lima Pereira Luara Cristiane Dourado Neves Maíra Queiroz Rezende Maria Terezinha Pereira Pestana Marcos Aurélio Duarte Carvalho Mário de Souza Santana Nivaldo de Oliveira Boaventura Filho Paulo Vitor do Carmo Batista Rodolfo Condé Fernandes Tarrara Alves Horsth EDITORES Ivan Carlos Carreiro Almeida Paula Assis Martinez Rodolfo CondéFernandes E X P E D I E N T E Juliara Lopes da Fonseca Julio César Oliveira Dias Julio Cézar Barbosa Rocha Kirley Pereira Larisse Colen de Oliveira Leandro de Paula Liberato Leonardo Machado Palhares Leonardo Rodrigues da Costa Luan Diego de Lima Pereira Luara Cristiane Dourado Neves Luciano de Oliveira Fuscaldi Neves Maíra Queiroz Rezende Marcos Aurélio Duarte Carvalho Maria Cecília Terence Dias Maria Terezinha Pereira Pestana Mário de Souza Santana Nivaldo de Oliveira Boaventura Filho Paula Assis Martinez Paulo Vitor do Carmo Batista Pedro da Silva Simões Filho Pedro Henrique Prado da Silva Renildo Ismael Félix da Costa Rodolfo Condé Fernandes Rômulo Batista da Silva Rosilene dos Anjos Sant Ana Tales de Castro Caires Tarrara Alves Horsth Tatiane Rodrigues de Abreu Tatiane Teixeira dos Santos Thiago José Policarpo Firmo Santos Thiago Silva Miranda Wagner Azis Garcia de Araújo Alexandre Petusk Felipe Ana Cláudia Gonçalves de Sá Jardim Andrine Aparecida Rocha Pereira Bráulio Quirino Siffert Carla Pereira dos Santos de Jesus Carlos Alberto Lopes dos Santos de Oliveira Cinelli Tardioli Mesquita Darllem Lopes Ramalho Diogo de Moraes Cardoso Edimar da Rocha Pinto Edinei Canuto Paina Ednilton Moreira Gama Docente Eliane Macedo Sobrinho Santos Erika Cristiane da Silva Santos Ervânio Fernandes Matos Fabiana Coelho Viana Geraldo Hélio Chaves da Silva Geraldo Lopes Junior Gerfson Viana Santos Graciely Mara Vieira Gustavo Henrique Silva de Souza Henrique Faria de Oliveira Heverton Schimidt Souza Igor Oliveira Lara Isabel Aparecida Souza Miranda Iuri Cavalcante Medeiros Ivan Carlos Carreiro Almeida Jairo da Silva Santos Janainne Nunes Alves Jet Annie Rodrigues dos Anjos José Antônio Duarte Santos Joyce Meire da Silva França COMISSÃO ORGANIZADORA Resumos expandidos DESENVOLVIMENTO DE BOLO SABOR GRAVIOLA: AVALIAÇÃO SENSORIAL MESQUITA, A.G1.; CONCEIÇÃO, B.R.1; MIRANDA, C.C.O.1; GÓES, J.P1; MELO, K.A.1; MOTA, R.V.2 1Discentes do Curso Superior em Tecnologia de alimentos da UEPA – Campus XIX – Salvaterra; 2Docente da UEPA – Campus XIX – Salvaterra. Palavras chaves: Aceitação; Elaboração; Sabor Natural; Annona muricata L. Introdução A graviola (Annona muricata L.) é uma fruta típica da industrialização, cujo despolpamento pode ser realizado manualmente ou por despolpadeira, porém, é precisamente na indústria que pode ser processada na forma de suco natural, concentrado e néctar. A polpa congelada se conserva bem em câmaras frias e pode, dessa forma, ser embalada e exportada. Sua produção é uma alternativa interessante para proporcionar aumento da renda familiar haja vista que seu processamento exige tecnologia simples e que o seu produto final é comercializado em temperatura ambiente evitando, assim, custos com a cadeia do frio (BARROS et al., 2008). O fruto apresenta baixa expressão comercial diante de outras frutas. No entanto, a transformação da fruta em polpa faz com que a graviola seja a quinta mais vendida na região Nordeste do Brasil, com total de 12%, ficando atrás apenas das polpas de acerola, goiaba, maracujá e caju (LEMOS, 2014). É uma planta de clima tropical, suas características alimentares, sabor e aroma são considerados agradáveis. A polpa da fruta é boa fonte de vitaminas do complexo B (TEIXEIRA; NEVES; PENA, 2006), sendo ela de textura macia e apresentando um sabor de doce a subácido. As frutas são um dos produtos mais consumidos em todo mundo devido sua alta produtividade e pela mudança de hábito dos consumidores, os quais cada vez mais buscam alimentos saudáveis e funcionais. A crescente exigência dos consumidores por alimentos mais saudáveis e com boas qualidades sensoriais, fez surgir novos produtos que atendam suas expectativas. Entre os produtos de panificação, o bolo vem adquirindo crescente importância no que se refere ao consumo e comercialização no Brasil. Os bolos são produtos de confeitaria bastante apreciados como sobremesa ou em lanches. Apresentam-se em diferentes formatos, sabores e textura, variando com a formulação ou com o método empregado na fabricação. Trata-se de produto adquirido pela mistura, homogeneização e cozimento conveniente de massa preparada com farinhas, fermentadas, ou não, e outras substâncias alimentícias (como, por exemplo, leite, ovos e gordura), podendo adicionar farinhas de frutas e outros componentes que diferenciarão o seu sabor e valor nutricional (ZAVAREZE; MORAES; SALLAS-MELLADO, 2010; GUTKOSKI et al., 2011). Assim o objetivo do presente estudo foi desenvolver um bolo com adição de suco de graviola concentrado em diferentes formulações e avaliá-lo sensorialmente. Material e métodos As graviolas in natura foram obtidas em feiras livres na cidade de Soure – Pará e levadas em seguida para o laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade do Estado do Pará, Campus XIX, na cidade de Salvaterra onde foram higienizadas para a retirada da polpa de maneira a ser processada para obtenção do suco concentrado. Os bolos foram elaborados no Laboratório de Tecnologia de Alimentos, no mesmo Campus. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 Foram desenvolvidas duas formulações de bolo, sendo um padrão (F1) e outra com a adição de suco concentrado de graviola (F2), conforme mostrado na Tabela 1. A elaboração das formulações de bolo iniciou-se com a adição da margarina e o açúcar em recipiente de aço inox, onde foi homogeneizada em batedeira por aproximadamente 3 minutos, em seguida foram adicionados os ovos e o sal, e batido novamente por 2 minutos. Em seguida foi adicionado o leite, para F1 e o leite com o suco concentrado de graviola para F2 e homogeneizado. As massas foram despejadas separadamente em formas retangulares de tamanho 40x30, previamente untadas com margarina e farinha de trigo e assadas em forno industrial durante 1:40 h para a amostra F1 e 1:50 h para a amostra F2, sendo resfriadas à temperatura ambiente após este período. Para a avaliação sensorial as amostras foram cortadas em fatias retangulares. A amostra F2 apresentou um maior tempo para assar, possivelmente devido à maior quantidade de água nele contido. A análise sensorial foi realizada com a comunidade acadêmica do Campus da UEPA - Salvaterra, com 50 provadores não treinados. Para tal utilizou-se uma escala hedônica estruturada de nove pontos, ancorada nos extremos “gostei muitíssimo” à “desgostei muitíssimo”. Também foi avaliada a intenção de compra entre os provadores. Analisou-se os atributos: impressão global, aroma, sabor, aparência e textura. Resultados e discussão Os resultados da avaliação sensorial estão tabelados na Tabela 2. A impressão global avaliada no presente estudo, obteve notas medias de 7,72 para a formulação F1 e 7,42 para a formulação F2. Azevedo et al. (2012), obtiveram os valores de impressão global de 7,13 a 7,46 na elaboração de bolos tipo inglês com adição de Galactomananas de caesalpinia pulcherrima como substituto de Gordura, valor este próximo ao da formulação F2 deste trabalho. Assim se pôde-se observar que as formulações apresentaram boa impressão global. As duas formulações F1 e F2 apresentaram notas médias de 7,70 e 7,62, respectivamente para o atributo aroma, valor este menor do que encontrado por Martin et al. (2012), que obtiveram nota de 7,9 na avaliação sensorial de bolo com resíduo de casca de abacaxi. As formulações obtiveram boas notas para o atributo sabor, sendo 7,74 e 7,76, respectivamente para as formulações F1 e F2. Andrade et al. (2015), obtiveram notas de 6,70 a 7,30 na avaliação sensorial de bolo com farinha de soja e mix de flocos de aveia, quinoa e amaranto. As notas para o atributo aparência variaram de 7,60 (F1) a 6,68 (F2). Bini et al. (2016), ao estudar a produção de bolo a partir da farinha obtida do subproduto do processamento do abacaxi apresentou notas médias variando de 6,32 a 8,12. Em relação ao atributo textura,apesar de apresentarem a maior diferença entre os atributos avaliados, seus índices de aceitação foram satisfatórios, sendo nota 8,00 para F1 e nota 7,00 para F2. De modo geral, as notas obtidas entre os atributos no presente estudo, mostraram que a formulação F1 apresentou as maiores notas, porém, isso não implica rejeição da amostra F2, pois ela apresentou um bom índice de aceitação. Com relação aos resultados da intenção de compra verificou-se que em média mais de 80% dos provadores compraria ou provavelmente comprariam a formulação F1. Entretanto, a formulação F2, obteve uma boa intenção de compra, uma vez que aproximadamente 78% dos julgadores comprariam ou provavelmente comprariam. As formulações do bolo padrão e de graviola apresentaram índice de aceitabilidade de 86% para a F1 e de 81% para F2, classificando os produtos com boa aceitação sensorial. Segundo Souza et al. (2007) um alimento com mais de 70% de aprovação indica boa aceitação e, assim sendo, o bolo com adição de suco de graviola apresentou boa aceitação. Pode-se dizer que ambas as amostras atingiram o índice permitido para ser aceito no mercado. CONCLUSÃO Assim a adição de suco de graviola na formulação de bolos pode se tornar uma opção viável em IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 substituição ao saborizante artificial, obtendo assim boa aceitação deste produto. Também é importante destacar que a elaboração de bolos utilizando o suco concentrado da graviola incentiva o aproveitamento integral fruto. Referências ANDRADE, T. A. et al. Processamento de bolo com farinha de soja e mix de flocos de aveia, quinoa e amaranto: estudo de aceitabilidade. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 17, n. 1, p. 25-31, 2015. AZEVEDO, A. R. et al. Elaboração de bolos tipo inglês com adição de galactomananas de caesalpinia pulcherrima como substituto de gordura - uma avaliação sensorial. In: CONGRESSO NORTE NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, 7., 2012, Palmas. Anais [...]. Palmas: Instituto Federal do Tocantins, 2012. p. 1-12. BARROS, J. C. et al. Obtenção e avaliação de licor de leite a partir de diferentes fontes alcoólicas. Global Science and Technology, Rio Verde, v. 1, n. 4, p. 27-33, dez./mar. 2008. BINI, L. F. et al. Produção e análise sensorial de bolo produzido a partir da farinha obtida do subproduto do abacaxi. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS, 25., 2016, Gramado. Anais [...]. Gramado: Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, 2016. GUTKOSKI, L. C. et al. Influência do tipo de farinha de trigo na elaboração de bolo tipo inglês. Brazilian Journal of Food Technology, Campinas, v. 14, n. 4, p. 275-282, out./dez. 2011. LEMOS, E. E. P. A produção de anonáceas no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 36, n. Especial, p. 77-85, jan. 2014. MARTIN, J. G. P. et al. Avaliação sensorial de bolo com resíduo de casca de abacaxi para suplementação do teor de fibras. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v. 14, n. 3, p. 281-287, 2012. SOUZA, P. D. J. et al. Análise sensorial e nutricional de torta salgada elaborada através do aproveitamento alternativo de talos e cascas de hortaliças. Alimentos e Nutrição, Araraquara, v. 18, n. 1, p. 55-60, jan./mar. 2007. TEIXEIRA, C. K. B.; NEVES, E. C. A.; PENA, R. S. Estudo da Pasteurização da Polpa de Graviola. Alimentos e Nutrição, Araraquara, v. 17, n. 3, p. 251-257, jul./set. 2006. ZAVAREZE, E. R.; MORAES, K. S.; SALAS-MELLADO, M. M. Qualidade tecnológica e sensorial de bolos elaborados com soro de leite. Food Science and Technology, Campinas, v. 30, n. 1, p. 100-105, jan./mar. 2010. ANEXO I Tabela 1. Ingredientes utilizados na formulação dos bolos F1 e F2. Ingredientes F1 (%) F2 (%) Farinha de trigo 28,24 24,75 Ovos 11,70 10,27 Leite 16,90 7,40 Margarina 14,12 12,36 Açúcar refinado 28,20 24,70 Fermento 0,70 0.60 Sal 0,14 0,12 Suco de graviola - 19,80 Tabela 2. Médias e desvio-padrão das notas dadas às formulações para os atributos sensoriais avaliados. Formulações Atributos Impressão Global Aroma Sabor Aparência Textura F1 7,72±0,99 7,70±1,15 7,74±1,12 7,60±1,12 8,00±0,95 F2 7,42±0,91 7,62±1,14 7,76±1,38 6,68±1,57 7,00±1,74 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA COMO ALIADA DO DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO NO CONTEXTO DA COVID-19 SILVA, SANDRA ALVES DA¹ 1Discente do curso Tecnólogo em Radiologia da faculdade Estácio de Sá. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Montes Claros Palavras chaves: exames de imagem, coronavírus, tc do tórax, diagnóstico por imagem Introdução A Covid-19 surgiu na cidade de Wuhan, na China, onde em dezembro de 2019, foram descritos alguns casos de infecção pulmonar por um novo coronavírus (SARS-CoV-2). A disseminação para outras cidades da China e países asiáticos e, posteriormente, por todos os continentes, levou a Organização Mundial da Saúde a decretá-la como pandemia em 11 de março de 2020. (MEIRELES, 2020). O Brasil passou dos 100 mil casos de covid-19 registrados em 24 horas. Com 100.158 novos diagnósticos confirmados, o total de pessoas atingidas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia alcançou 12.320.169. (AGENCIA BRASIL, 2020). O vírus tem como alvo principal, o sistema respiratório. Desta forma, imagens de tomografia computadorizada do tórax tem desempenhado um importante papel, principalmente: na detecção de pneumonia em pacientes considerados altamente suspeitos (mas ainda sem confirmação laboratorial); na avaliação da magnitude da pneumonia; para acompanhamento da evolução do quadro respiratório (pneumonia) em pacientes com confirmação laboratorial da doença. O objetivo desta revisão é abordar a importância da TC no contexto da Covid-19 e as diretrizes para solicitação de exames de imagem. Material e métodos A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica. Esse artigo baseia-se na revisão sistemática de artigos encontrados em base de dados pré-determinadas utilizando-se os descritores: Covid-19, coronavírus, exames de imagem e diagnóstico por imagem. Os critérios de inclusão foram: trabalhos publicados e disponíveis integralmente em bases de dados científicas ou em versões impressas; trabalhos recentes que já possuam aprovação pela comunidade científica, e os critérios de exclusão: trabalhos publicados como artigos curtos ou pôsteres, trabalhos que apresentam avaliações sem apresentar o método utilizado. Foram seguidos os seguintes passos na elaboração dessa revisão: descrição de cada estudo selecionado, resumos através de protocolos de revisão, comparação, avaliação e análise, organização do texto. Resultados e discussão Recentemente, estudos foram publicados mostrando a importância da TC no diagnóstico do COVID-19, principalmente em casos de testes moleculares falsos-negativos. O reconhecimento precoce da doença pode acelerar o tratamento e solicitar o isolamento do paciente. Isso permitirá implementação de vigilância em saúde pública, contenção e resposta a esta doença transmissível. (BERTOLAZZI; MELO 2020). IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 Uma vez que as alterações pulmonares características da doença podem ter início antes das manifestações clínicas, tem se postulado que os pacientes sejam, quando possível, examinados por tomografia computadorizada como método diagnóstico inicial, até que os resultados do teste diagnóstico molecular (RT-PCR) estejam disponíveis. (BRASIL, 2020). A radiografia de tórax é o exame mais simples, prático e barato de ser realizado em pacientes com suspeita de COVID-19. Apesar da sua disponibilidade e facilidade de execução, a radiografia de tórax apresenta baixa sensibilidade na avaliação de pacientes com suspeita clínica de Covid-19, variando de 30–69%, com muitos exames normais em formas leves da doença. Nos pacientes com suspeita de Covid-19para os quais uma avaliação por imagem se faz necessária, a TC de tórax é considerada o método de escolha. Apresenta sensibilidade de 94%, especificidade de 37%, valor preditivo positivo de 1,5–30,7% e valor preditivo negativo de 95,4–99,8%. (MEIRELES, 2020). Uma vez que haja uma indicação, o protocolo é uma TC de alta resolução (TCAR), preferencialmente com protocolo de baixa dose. O uso de meio de contraste endovenoso não está indicado, devendo ser reservado para situações específicas, após avaliação do médico radiologista. (CRB, 2020). De acordo com as orientações da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS, 2020) o uso de exames de imagens de tórax, associada à avaliação clinica e laboratorial, é indicado: para decidir entre a admissão hospitalar ou a alta para casa- pacientes com suspeita ou confirmação de COVID- 19, atualmente não hospitalizados e com sintomas leves-; entre a internação em enfermaria ou unidade de terapia intensiva (UTI)- para pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, atualmente não hospitalizados e com sintomas moderados a graves-; para orientar o manejo terapêutico- pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, atualmente hospitalizados e com sintomas moderados a graves-; para orientação sobre a alta- pacientes hospitalizados com COVID- 19 cujos sintomas foram resolvidos. Atualmente, entre os exames de imagem de pulmão ou tórax avaliados para utilização em diagnóstico de infecção por SARS-CoV-2, a tomografia computadorizada (TC) é o mais consolidado na prática clínica e o que está relacionado a evidências mais robustas. (BRASIL, 2020). Considerações finais O uso de métodos de imagem não é recomendado para rastreamento de pacientes com suspeita clínica de Covid-19. O diagnóstico deve ser definido com base nas informações clínico- epidemiológicas, juntamente com exames RT-PCR e/ou sorologia. O exame de TC pode ser utilizado para auxiliar nesta definição diagnóstica. Para tanto, necessita ser cuidadosamente correlacionado com os dados clínicos e laboratoriais. Sua utilidade se dá pela possibilidade de avaliar o comprometimento pulmonar causado pela doença. A tomografia computadorizada é um exame complementar útil no diagnóstico de COVID-19, que gera achados radiológicos consistentes em grande casuística de pacientes e tem alta sensibilidade para detecção da doença. Outro aspecto importante é a definição de padrões tomográficos que têm boa correlação com os estágios de severidade da doença, destacando-se aí papel em seu prognóstico. (BRASIL, 2020). Referências AGÊNCIA BRASIL. Covid-19: Brasil registra 100,1 mil casos e 2,7 mil mortes em 24 horas. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-03/covid-19-brasil-registra-1001-mil-casos-e-27-mil-mortes-em-24- horas.Acesso em março de 2021. BERTOLAZZI, P; MELO, HJF. A importância da Tomografia Computadorizada no diagnóstico da COVID-19. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo. 2020;65:e11. BRASIL. Ministério da Saúde.Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde.Tomografia computadorizada e ultrassonografia para o diagnóstico de infecção por SARS-COV-2. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/June/02/ULTRASSOM-VS-CT-Corah-rev-Cla- 14.05.2020%20(1).pdf. Acesso em março de 2021. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 CRB. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por imagem. Recomendações de uso de métodos de imagem para pacientes suspeitos de infecção pelo COVID-19. Versão 3 - 09/06/2020. Disponível em: https://cbr.org.br/wp- content/uploads/2020/06/Recomendacoes-de-uso-de-metodos-de-imagem-para-pacientes-suspeitos-de-infeccao-pelo- COVID19_v3.pdf. Acesso em março de 2021. MEIRELLES, GSP. COVID-19: uma breve atualização para radiologistas. Radiol Bras. 2020 Set/Out;53(5):320– 328. OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. Uso de exames de imagem de tórax na COVID-19. Guia de aconselhamento rápido. (11 de junho de 2020). Brasilia, D.F. 2020. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52980/OPASWBRAPHECOVID- 1920139_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em março de 2021. AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO DA ROTINA DE PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 NA CIDADE DE PIRAPORA-MG AMARIZ, D.S1.; CARNEIRO, E.M.A.2; MAIA, B.A.M. 2. 1Doscente do curso Bacharelado em Educação Física da FacFunam – campus Pirapora; 2Discente do curso Bacharelado em Educação Física da FacFunam – campus Pirapora. Palavras chaves: Diabetes Mellitus tipo 1. Insulina. Adaptação. Controle glicêmico. Questionário. Introdução A Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) “é uma doença autoimune caracterizada pela perda progressiva de células beta pancreáticas que irá culminar com a interrupção de produção de insulina e consequentemente causa um desequilíbrio metabólico grave” (Miculis, Mascarenhas, Boguszewski, & Campos, 2010, p. 276). O pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem esse hormônio. Nesse cenário, o corpo acaba atacando as células que produzem insulina por não reconhecê-las. Warzaket al. (1993). Pessoas diagnosticadas com Diabetes Mellitus do tipo 1 utilizam o hormônio insulina para controlar a glicemia. Esse controle é fundamental para a sobrevivência desses pacientes que, após o diagnóstico, passam a utilizá-la durante toda sua vida. Warzak et al. (1993). Segundo a American Diabetes Association – ADA (2012), a rotina diária do indivíduo com DM1 deve incluir, além da administração da insulina (a partir de três vezes ao dia), a aferição da glicemia capilar (a partir de quatro vezes ao dia), a reeducação alimentar e atividades físicas regulares, a fim de manter estáveis os níveis glicêmicos. Desse modo, o tratamento do DM1 inclui uma complexa rede de cuidados pelo resto da vida com vistas ao controle glicêmico. (Zimmerman & Walker, 2002). A prática de atividades físicas com a orientação de um profissional faz grande diferença para vida do diabético, além das práticas, é necessário manter a alimentação saudável para obter bons valores glicêmicos no sangue, buscando a estabilização de uma forma saudável, não havendo prejuízos de outros órgãos essenciais para o bom funcionamento do organismo. (DUNCAN & PRASSE, 1982). Essa pesquisa tem como objetivo caracterizar pacientes com DM1 em diferentes faixas etárias, compreendendo crianças e adultos, quanto à adesão e ao apoio familiar com o tratamento a partir do relato destes pacientes, no que tange a aceitação e rotina de cada portador. Material e métodos /Metodologia Tratou-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, com realização de levantamentos de dados estatísticos. A coleta dos dados foi realizada através de um questionário utilizando a plataforma Google Forms, devido à pandemia do COVID-19, contendo questões abertas e de múltipla escolha IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2021 relacionadas à Diabetes Mellitus Tipo 1. Sendo assim, não ouve contato direto com os entrevistados, visando o uso da internet como importante auxílio para a obtenção dos dados. Não houve a identificação nas respostas dos participantes entrevistados, garantindo a preservação da imagem e possibilitando um conforto maior aos que não queriam expor suas vivências e resultados obtidos com o tratamento da doença. A amostra é de caráter intencional, já que houve uma intenção na escolha, visando que os portadores de DM1 residentes na cidade de Pirapora-MG, indivíduos de ambos os sexos, adultos e crianças, contribuíram para o presente estudo, já que os mesmos possuem vivência e experiência com a doença. Resultados e discussão É possível detectar na figura 1 que os portadores de DM1 que participaram da pesquisa não se alimentam sempre de maneira correta, ou seja, abrem exceções quanto à introduçãode comidas que não fazem parte do programa saudável, o que pode ocasionar algum risco à saúde caso a glicemia no sangue não seja corrigida de maneira correta, sendo assim, ocasionando riscos piores aos que se alimentam de uma forma indesejável para melhoria do quadro da doença, 9,1% indicou um parâmetro muito ruim, não obtendo nenhum tipo de controle quanto à adesão de alimentos saudáveis dentro de sua rotina. Na figura 2, 45,5% relataram que ocorreram casos de cetoacidose diabética no início da doença, ou seja, em seu diagnóstico, obtendo um agravamento em seu estado clínico, decorrente ao mau funcionamento do organismo em realizar as funções necessárias para boa manutenção do corpo em geral. Já 54,5% manifestaram que não entraram nesse estado durante o início da doença, o que facilita o manuseio da mesma e o equilíbrio do estado durante seu descobrimento, mas ainda assim, obtiveram dificuldades e agravamentos em sua saúde, estando propícios aos riscos que a doença pode ocasionar. Na figura 3, foi abordado sobre a limitação da prática regular das atividades ou exercícios na vida dos diabéticos, sendo assim, 72,7% dos participantes responderam que não possuem limitações e são aptos à realizarem qualquer prática esportiva, dentro de seus limites. Já 27,3% dos entrevistados responderam que possuem limitações para esse quesito de atividade ou exercício físico, por questões particulares dentro da doença ou não. Conclusão(ões)/Considerações finais De acordo com especialistas, o estresse, associado a outros fatores de risco, pode ser muito danoso, principalmente durante a pandemia, que vem aumentando a pressão psicológica e ansiedade e o estresse, que provoca excesso de atividade do sistema nervoso e pode elevar a pressão arterial e o nível de colesterol. Obter a prática de atividades físicas e alimentação adequada são os principais fatores de estabilização positiva da DM1, sendo assim, absorver um maior controle e eficácia quanto ao tratamento, juntamente com as doses necessárias de insulina ao longo dos dias. Mal silencioso, o diabetes atinge entre 12 e 14 milhões de brasileiros. O diagnóstico, no entanto, não é mais uma sentença de falta de qualidade de vida. Trata-se de uma doença crônica, progressiva, sem cura, mas possível de ser controlada para que a pessoa tenha uma vida saudável e absolutamente normal. Referências CAZARINI RP, ZANETTI ML, RIBEIRO KP, Pace AE, Foss MC. Adesão a um grupo educativo de pessoas portadoras de diabetes mellitus: porcentagem e causas. Medicina (Ribeirão Preto).2002; 35: 142-50. MOREIRA PL, DUPAS G. Vivendo com o diabetes: a experiência contada pela criança, Nov. 2016. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2021 SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. TRATAMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE COM DIABETES MELLITUS TIPO1. In: Gomes MB, (Org.). Diretrizes da sociedade Brasileira de Diabetes. Tratamento e acompanhamento Diabetes Mellitus.Sociedade Brasileira de Diabetes, São Paulo: 2006; 60-5. DRAUZIO VARELLA. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/diabetes-tipo-1-artigo/. Acesso em: 24/08/2020 SOCIEDADES BRASILEIRA DIABETES. MANUAL OFICIAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS regional / Sociedade Brasileira de Diabetes, Departamento de Nutrição. Rio de Janeiro: Dois C: Sociedade Brasileira de Diabetes, 2009. MANUAL DE CONTAGEM DE CARBOIDRATOS PARA PESSOAS COM DIABETES. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/images/manual-de-contagem-de-carboidrato2016.pdf. Acesso em: 22/08/2020 https://www.diabetes.org.br/publico/viva-saudavel-com-diabetes. Acesso em: 21/10/2020 ANEXO I Figura 1. Controle de alimentação. Fonte: Arquivo Pessoal (2021). Figura 2. Casos de cetoacidose diabética no início da doença. Fonte: Arquivo Pessoal (2021). Figura 3. Limitações para a prática de esportes. Fonte: Arquivo Pessoal (2021). REVESTIMENTO COMESTÍVEL A BASE DE GELATINA E ÓLEO ESSENCIAL DE ORÉGANO (Origanum vulgare) NA CONSERVAÇÃO DA CARNE BOVINA REFRIGERADA. OLIVEIRA, K. G1.; SOUZA, J.N2.; AMARAL, I. C3. 1Discente. Engenharia de Alimentos. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas; 2Discente. Medicina Veterinária. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas; 3Docente. Engenharia de Alimentos. Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas. Palavras chaves: Segurança; Qualidade; Vida útil; Perecibilidade. Introdução O ritmo acelerado e as mudanças ocorridas no perfil do mercado e do consumidor gera a necessidade de prolongar a vida útil da carne fresca e, com este aumento, o intervalo de tempo se torna maior entre a produção e a distribuição dos produtos, reduzindo perdas econômicas (CARDOSO, 2011). A carne é um excelente meio de cultura para os microrganismos, por isso é considerada um produto perecível que merece maior atenção durante toda a cadeia produtiva e de distribuição. O patógeno de origem alimentar frequentemente presente na carne é a Salmonella, assim como a Escherichia coli e Sthaphylococcus aureus. Esses microrganismos geram uma série de surtos e óbitos, causados por doenças de origem alimentar, além de impactos econômicos (REIS et al., 2020). No entanto, existem meios contra a ação destes microrganismos, como por exemplo, o uso de óleos essenciais (CUTRIM, 2017). O óleo essencial extraído das folhas do orégano (Origanum vulgare) apresenta poder antimicrobiano por alterar muitos processos no metabolismo microbiológico, pois tem como alvo compostos como timol, carvacol e eugenol, acarretando danos na parede celular do microrganismo (BOTRE et al., 2010). O outro meio contra ação microbiana é a utilização de revestimentos comestíveis, pois age como barreira evitando/reduzindo a deterioração dos alimentos, além de ser considerado agente veicular para a incorporação do óleo essencial (BRAZEIRO, 2018). Portanto, o objetivo da pesquisa foi avaliar as propriedades antimicrobianas do óleo essencial do orégano (Origanum vulgare), incorporado ao revestimento comestível à base de gelatina, a fim de melhorar a qualidade e aumentar o período de vida útil da carne. Material e métodos /Metodologia O estudo foi realizado no município de Salinas – Minas Gerais, sendo as análises realizadas no Laboratório de Microbiologia do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Salinas. A extração do óleo essencial do orégano foi realizada conforme a metodologia da hidrodestilação, utilizando o aparelho de Clevenger. Para isso, folhas desidratadas de orégano foram imersas em água destilada no balão de fundo redondo e boca esmerilada, submetidas à manta de aquecimento até ebulição da mistura por cerca de uma hora e trinta minutos para obtenção do óleo essencial. O óleo obtido foi acondicionado em recipientes isolados de luz e oxigênio e, armazenado sob temperatura de refrigeração (7 ± 1 °C) até sua incorporação na formulação dos filmes comestíveis a base de gelatina. Na elaboração do revestimento comestível, utilizou-se gelatina em pó incolor na concentração de 3%, conforme metodologia descrita por Gonçalves et al. (2019) e, em seguida, adicionou o óleo essencial de orégano, de acordo com os tratamentos descritos na Tabela 1. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2021 Para o corte cárneo optou-se pelo contra filé, obtido em açougue na cidade de Salinas, Minas Gerais. Após a pré-limpeza na carne, para remoção da gordura superficial e do tecido conectivo, foram obtidos bifes de aproximadamente 20 milímetros de espessura por meio de corte no sentido transversal ao músculo. Os bifes foram imersos nas soluções filmogênicas por 3 segundos e, no caso dos bifes destinados ao controle, em água destilada. Em seguida, foram pendurados por ganchos e colocados sob temperatura de refrigeração por 30 minutos, até a secagem do revestimento. Sendo, posteriormente, acondicionados em bandejas de poliestireno e embaladospor filme PVC. Ambos foram armazenados sob temperatura de refrigeração pelo período de 0, 3 e 6 dias. As amostras foram submetidas às seguintes análises microbiológicas: determinação de coliformes termotolerantes; contagem de Staphylococcus aureus e análise de Salmonella. A metodologia utilizada para a realização das análises foi baseada na Instrução Normativa n°62, de 26 de agosto de 2003 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (BRASIL, 2003). Resultados e discussão O Gráfico 1 mostra a eficiência do revestimento enriquecido com óleo essencial de orégano com concentração 2,2% frente à bactéria Staphylococcus aureus, no qual apresenta uma inibição constante por 6 dias com a carne sob refrigeração, enquanto a de concentração menor e outras amostras sem presença do óleo, apresentaram crescimento em todos os tempos. Na Tabela 2 está expresso a eficiência do óleo essencial com concentração de 2,2% frente à Escherichia coli e Salmonella sp., no qual os constituintes do óleo essencial de orégano foram reagindo e mantendo a inocuidade da amostra. Segundo Pozzo (2011), a atividade antibacteriana do óleo essencial de orégano frente às espécies Staphylococcus aureus., Escherichia coli. e Salmonella sp., tem sido comprovada ao relatar que a ação antimicrobiana do óleo essencial de orégano está relacionada ao carvacol e timol presente em sua composição química, tendo assim um efeito crucial na atividade biológica em filmes comestíveis. De acordo com Araújo (2015), os princípios ativos presente no óleo provocam distorção na estrutura física da célula, causando expansão e desestabilidade na membrana celular, modificando a sua permeabilidade, desnaturando as enzimas essenciais presentes. O óleo essencial de orégano apresentou eficiência na inibição do crescimento dos microrganismos Staphylococcus aureus., Escherichia coli. e Salmonella sp em 6 horas de contato com o alimento demonstrando assim a atividade microbiana efetiva (BARBOSA, 2010). Conclusão(ões)/Considerações finais O revestimento enriquecido com óleo essencial de orégano aumenta sua eficiência conforme o aumento da concentração, apresentando atividade antimicrobiana, frente aos microrganismos testados. Além disso, por ser um produto natural não deixa resíduos prejudiciais ao alimento. Referências ARAÚJO, L. S. Composição química e susceptibilidade do óleo essencial de óregano (origanum vulgare l., família lamiaceae) frente à cepas de escherichia coli, staphylococcus aureus e salmonella choleraesuis. B.Ceppa, Curitiba, v. 33, n. 1, p. 73-78, jun. 2015. BARBOSA, L. N. Propriedade antimicrobiana de óleos essenciais de plantas condimentares com potencial de uso como conservante em carne e hambúrguer bovino e testes de aceitação. 2010. 121p. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Botucatu, 2010. BOTRE, D. A. et al. Avaliação de filme incorporado com oleo essencial de oregano para conservação de pizza pronta. Revista Ceres, Viçosa, v. 57, n. 3, p. 283-291, 2010. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa nº 62, de 26 de agosto de 2003. Métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2021 BRAZEIRO, F. S. G. et al. Atividade antimicrobiana de filmes a base de gelatina e quitosana contra Staphylococcus aureus. In: SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, 10., 2018, Santana do Livramento, RS. Anais... Santana do Livramento, RS: Universidade Federal do Pampa, 2018. CARDOSO, G. P. Revestimentos comestíveis a base de gelatina, glicerina, quitosana e óleos essenciais para conservação da carne bovina refrigerada. 2011. 221 p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2011. CUTRIM, E. S. M. Avaliação da atividade antimicrobiana e antioxidante dos óleos essenciais de Zingiber officinale Roscoe (gengibre) e Rosmarinus officinalis L. (alecrim) frente às bacterias patogênicas. 2017. 69 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Química Industrial) - Universidade Federal do Maranhão, São Luis, 2017. GONÇALVES, A. A. V.; OLIVEIRA, F. L.; AMARAL, I. C.; BRITO, I. C. P.; SANTOS, J. B. Avaliação de revestimento comestível a base de gelatina e óleo essencial de coentro na conservação da carne bovina refrigerada. In: Seminário de Iniciação Científica do IFNMG, 8., 2019, Pirapora, MG. Anais... Pirapora, MG: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, 2019. POZZO, M. D.; VIÉGAS, J.; SANTURIO, D. F. Atividade antimicrobiana de óleos essenciais de condimentos frente a Staphylococcus spp isolados de mastite caprina. Ciência Rural, Santa Maria, v. 41, n. 4, p. 667-672, mar. 2011. REIS, J. B.; FIGUEIREDO, L. A.; CASTORANI, G. M.; VEIGA, S. M. O. M. Avaliação da atividade antimicrobiana dos óleos essenciais contra patógenos alimentares. Brazilian Journal Of Health Review, v. 3, n. 1, p. 342-363, 2020. Gráfico 1. Esboço da eficiência do revestimento enriquecido com óleo essencial de orégano com concentração 2,2% frente à bactéria Staphylococcus aureus, nos tempos 0, 3 e 6. Tabela 1. Descrição das concentrações dos tratamentos realizados. Tratamentos Gelatina Óleo essencial Controle (C) Ausente Ausente T1 3% Ausente T2 3% 1,8% T3 3% 2,2% Tabela 2. Resultados das analises microbiológicas de Escherichia coli e Salmonella para determinar a eficiência do óleo essencial de oregano. Escherichia coli/Salmonella Controle Tempo 0 Tempo 3 Tempo 6 repetição 1 N/N P/P P/P repetição 2 N/P N/P P/P Revestimento Tempo 0 Tempo 3 Tempo 6 repetição 1 N/N P/N P/P repetição 2 N/P N/P P/P Revestimento + 1,8% de óleo essencial Tempo 0 Tempo 3 Tempo 6 repetição 1 N/N N/N P/P repetição 2 N/N N/N P/P Revestimento + 2,2% de óleo essencial Tempo 0 Tempo 3 Tempo 6 repetição 1 N/N N/N N/N repetição 2 N/N N/N N/N (N) - Negativo; (P) - Positivo. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE Dipteryx alata VOGEL REIS, N. A.1; RODRIGUES, C. G.2; BEZERRA NETO, F. V. 2; SANTOS, P. F 3.; OLIVEIRA, B. G.4; CAMPOS, R. C. G.1 1Discente do curso Bacharelado em Agronomia do IFNMG – campus Arinos; 2Docente do IFNMG – campus Arinos; 3 Técnica de laboratório IFNMG; 4Engenheiro Agrônomo. Palavras chaves: Baru; Biocontrole; Folha; Polpa Introdução Dipteryx alata Vogel pertence a família Fabaceae (Leguminosae), subfamília Faboideae, e é popularmente conhecida como Baru. É uma árvore típica do Cerrado, nativa, mas não endêmica do Brasil, onde ocorre no norte, nordeste e sudeste, além de países vizinhos como Paraguai, Peru e Bolívia (SANO et al., 2016). Na medicina popular, tradicionalmente se utiliza a entrecasca, folha e a semente do Baru como tônico e em tratamentos de gripe, tosse, artrose, gastrite e anemia (FERRÃO et al., 2014). As propriedades medicinais das plantas estão associadas ao papel ecológico desempenhado pelos metabólitos secundários na interação da planta com o ambiente, como proteção contra o ataque de herbívoros, microrganismos, ação alelopática, além de agir como atrativos para animais polinizadores (TAIZ & ZEIGER, 2013). Os compostos com propriedades antimicrobianas, produzidos pelos vegetais, apresentam grande potencial de atuarem no biocontrole de doenças e pragas das culturas agrícolas, pois reduzem os efeitos negativos do uso indiscriminado de defensivos agrícolas, e aumentam a produção de alimentos com maior qualidade, possibilitando assim, o desenvolvimento de uma agricultura sustentável (BETTIOL, 1991). A bactéria Ralstonia solanacearum é causadora da murcha bacteriana em tomateiros. Poucas outras doenças vegetais são comparáveis em termos de diversidade de hospedeiros, ampla distribuição geográfica e importância econômica (HAYWARD; HARTMAN, 1994). Diante disso, este trabalhoobjetivou analisar a atividade antibacteriana do extrato etanólico das folhas e polpa do Baru frente à bactéria Ralstonia solanacearum. Material e métodos /Metodologia As folhas e os frutos do Baru foram coletados aleatoriamente de 10 indivíduos, durante os meses de agosto e setembro de 2018, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Arinos, localizado na região noroeste do estado de Minas Gerais. A polpa (mesocarpo e endocarpo) do fruto do Baru foi retirada com auxílio de faca. As folhas coletadas e a polpa do fruto foram submetidas à secagem em estufa à temperatura de 40ºC (±0,5), por 3 dias. E posteriormente foram triturados separadamente. Os extratos foram preparados a partir da pesagem de 100 g do pó dos materiais botânicos (folha e polpa do fruto). A extração ocorreu por maceração em 500 mL de solução etanólica 95% durante 7 dias. Após este período os concentrados de folha e polpa foram filtrados com bomba a vácuo com pistão a óleo modelo SL – 60. Os filtrados foram concentrados em estufa por 7 dias a 50ºC (BESSA et al., 2013). Com auxílio de uma espátula, raspou-se o concentrado obtido da polpa e folha, armazenou-se cada extrato, em geladeira, até o momento da utilização. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 As Cepas foram repicadas em ágar Müller-Hinton, e incubadas por 24 horas, em incubadora LT320 TFP-1, no escuro, a 28ºC. A partir de culturas recentes, foram preparadas suspensões bacterianas em solução salina NaCl 0,98% com turvação equivalente a Escala de McFarland 0,5 (1x108 células/mL). Os testes de atividade antibacteriana foram realizados em triplicata. As suspensões bacterianas foram semeadas com auxílio de swab estéril em placas de Petri contendo 70 mL de ágar Müller- Hinton. Os concentrados das polpas e folhas foram dissolvidos em Dimetilsulfóxido (DMSO), de modo que se obteve as concentrações de 500 mg/mL, 400 mg/mL, 300 mg/mL, 200 mg/mL e 100 mg/mL. Foi utilizando o método de disco difusão, em que 10 µL de cada concentração do extrato, dissolvido em DMSO, foram adicionados a discos de papel estéreis. Foram utilizados 10 µL de DMSO como controle negativo. Como controle positivo, foram utilizados 10 µL de amoxicilina 20 µg/µL. As placas foram incubadas em estufa, por 24 h, a 28 ºC. Após a incubação, mediu-se com auxílio de paquímetro eletrônico digital 799 Starrett®, em milímetros, os diâmetros dos halos de inibição formados ao redor dos orifícios (VALGAS et al., 2007). Os dados foram analisados no sistema estatístico SISVAR ® , e as médias foram comparadas com teste de Tukey a 5% de probabilidade (FERREIRA, 2000). Resultados e discussão O extrato etanólico das folhas de Baru não apresentou significativos halos de inibição do crescimento da bactéria Ralstonia solanacearum (tabela 1), nas concentrações analisadas. Já o extrato etanólico da polpa de baru apresentou inibição na concentração de 500 mg/mL (tabela 2). Sunder et al. (2011) avaliou o efeito de extratos de folhas e frutos de Morinda citrifolia sobre R. solanacearum e observaram que os extratos apresentaram maior potencial de inibição de crescimento do que a maioria dos antibióticos de amplo espectro, utilizados para comparação. Já Sanchez (2014), não obteve halos de inibição, ao testar o efeito do extrato hidroalcoólico da polpa de Baru sobre as bactérias patogênicas Proteus sp., Escherechia coli, Enterobacter sp. e Staphylococcus sp. De acordo com Sanchez (2014), para que um extrato apresente uma determinada atividade biológica, não basta apenas a presença do metabólito secundário biologicamente ativo, é também necessária quantidade suficiente para que essa atividade seja manifestada numa baixa concentração, evitando problemas de toxicidade em doses mais elevadas. Conclusão(ões)/Considerações finais O extrato da folha do Baru não foi efetivo na inibição do crescimento in vitro de Ralstonia solanacearum. Quanto ao extrato da polpa, houve inibição do crescimento, mas foi necessária uma alta concentração (500 mg/mL) para formação de halo de inibição satisfatório. Recomenda-se estudos posteriores de investigação do efeito inibitório do crescimento do extrato do Baru em outras bactérias, tanto fitopatogênicas, quando patogênicas. Agradecimentos Ao Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Arinos, pela disponibilização de recursos (cartão BB pesquisa) para a execução do projeto, e concessão de bolsas de pesquisa. E a Universidade Federal de Lavras pela doação das cepas da bactéria Ralstonia solanacearum. Referências BESSA, N. G. F.; BORGES, J. C. M.; BESERRA, F. P.; CARVALHO, R. H. A.; PEREIRA, M. A. B.; FAGUNDES, R.; CAMPOS, S. L.; RIBEIRO, L. U.; QUIRINO, M. S.; CHAGAS JUNIOR, A. F.; ALVES, A. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 Prospecção fitoquímica preliminar de plantas nativas do cerrado de uso popular medicinal pela comunidade rural do assentamento vale verde – Tocantins. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.15, n.4, supl.I, p.692-707, 2013. BETTIOL, W. Controle biológico de doenças de plantas. Jaguariúna: EMBRAPA-CNPDA, 1991. FERRÃO, B. H.; OLIVEIRA, H. B.; MOLINARI, R. F.; TEIXEIRA, M. B.; FONTES, G. G.; AMARO, M. O. F.; ROSA, M. B.; CARVALHO, C. A. Importância do conhecimento tradicional no uso de plantas medicinais em Buritis, MG, Brasil. Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial, 2014. FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do Sisvar para Windows versão 4.0. In: 45 a Reunião Anual da Região Brasileira da Sociedade internacional de Biometria. UFSCar, São Carlos, SP, p.255-258, Jul. 2000. HAYWARD, A. C.; HARTMAN, G. L. (1994). Bacterial wilt: the disease and its causative agent, Pseudomonas solanacearum. In Bacterial wilt: the disease and its causative agent, Pseudomonas solanacearum CAB International, Wallingford. Disponível em: <https://experts.illinois.edu/en/publications/bacterial-wilt-the-disease- and-its-causative-agent-pseudomonas-so-2>. Acesso em: 16 Set. 2019. SANCHEZ, R. M. Estudo fitoquímico e Propriedades Biológicas da Dipteryx alata Vogel (baru). 2014. 96f. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Materiais) - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, 2014. SANO, S. M.; BRITO, M. A.; RIBEIRO, J. F. Dipteryx alata: Baru. In: VIEIRA, R. F.; CAMILLO, J.; CORADIN, L. Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, (Série Biodiversidade; 44). p. 203-215, 2016. SUNDER, J.; JEYAKUMAR, S.; KUNDU, A. SRIVASTAVA, A. K. Effect of Morinda citrifolia extracts on in- vitro growth of Ralstonia solanacearum. Archives of Applied Science Research, v.3, p.394- 402, 2011. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. VALGAS, C.; SOUZA, S.M.; SMÂNIA, E.F.A.; SMÂNIA JR A. Screening methods to determine antibacterial activity of natural products. Brazilian Journal of Microbiology. v. 38, p. 369-380, 2007. ANEXO I Tabela 1. Resultado teste antibacteriano com o Extrato da Folha do Baru Tratamentos Tamanho do halo (mm) Controle (+) 36,10 A Extrato Folha Baru (300 mg/mL) 9,91 B Extrato Folha Baru (100 mg/mL) 9,53 B Extrato Folha Baru (200 mg/mL) 9,46 B Extrato Folha Baru (500 mg/mL) 9,33 B Extrato Folha Baru (400mg/mL) 9,20 B Controle (-) 0,00 C CV% 10,53 *Letras minúsculas iguais indicam equivalência estatística pelo Teste de Tukey ao 5% de probabilidade. CV= Coeficiente de variação Tabela 2. Resultado teste antibacteriano com o Extrato da Polpa do Baru Tratamentos Tamanho do halo (mm) Controle (+) 18,03 A Extrato Polpa Baru (500 mg/mL) 13,65 B Extrato Polpa Baru (400 mg/mL) 9,85 C Extrato Polpa Baru (200 mg/mL) 9,40 C Extrato Polpa Baru (300 mg/mL) 9,28 C Extrato Polpa Baru (100mg/mL) 9,10 C Controle (-) 0,00 D CV%5,13 *Letras minúsculas iguais indicam equivalência estatística pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV= Coeficiente de variação HELMINTOZOONOSES E PROTOZOONOSES EM CÃES ERRANTES EM SALINAS, MINAS GERAIS GOMES NETO, G.R.1.; DAMASCENA, E.C.G.2; PEREIRA, I.A. 2; SANTANA, B.T.S.3; SANTANA, B.C.S.4; VIEIRA, V.P.C.5 1Discente do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) – Campus Salinas; 2Docente dos cursos de Medicina Veterinária, Licenciatura em Ciências Biológicas e Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (PPGVET) do IFNMG – Campus Salinas. Palavras chaves: Necropsia parasitológica; Saúde pública; Larva migrans cutânea; Infecção Introdução Os cães apresentam um importante papel entre os humanos, sendo muitas vezes até considerados como membros da família. Por conta disso, surgem as preocupações dos médicos veterinários em proporcionar uma melhor qualidade de vida para os animais, e também porque algumas doenças são consideradas de caráter zoonótico (SILVA et al., 2014). Do ponto de vista epidemiológico, os cães errantes desempenham um papel importante na contaminação do meio ambiente, incluindo solo e água, uma vez que eles circulam em áreas públicas sem tratamento, podendo eliminar ovos e larvas de hemintos, bem como cistos e oocistos de protozoários através das fezes, o que favorece a propagação desses parasitos, que podem apresentar resistência no ambiente (QUADROS et al., 2013). Assim, uma das formas deste contágio pode ocorrer pelo contato direto e indireto com as fezes dos animais. Apesar dos animais doentes eliminarem um maior número de agentes zoonóticos no ambiente, estes também podem estar presentes em amostras fecais de indivíduos aparentemente saudáveis (AHMED et al., 2019). Considerando a possibilidade de contato entre animais errantes e seres humanos, bem como a relevância da contaminação ambiental por formas infectantes de enteroparasitos ocasionada pelas fezes destes cães, objetivou-se através da realização deste trabalho estimar o percentual de infecção e a diversidade de helmintos e protozoários com potencial zoonótico em cães errantes no município de Salinas, Minas Gerais. Metodologia Foram realizadas análises parasitológicas “ante mortem” e “post mortem” de cães errantes apreendidos pelo Setor de Zoonoses da Vigilância em Saúde do município de Salinas, Minas Gerais, seguindo a casuística do período de julho a novembro de 2020. Para a análise “ante mortem”, as amostras fecais foram coletadas dos animais apreendidos que foram mantidos em baias coletivas do Canil Municipal de Salinas. Foram coletadas as amostras de fezes que apresentavam aspecto úmido e brilhante, expelidas espontaneamente pelos animais, sendo armazenadas e encaminhadas para o Laboratório de Parasitologia Veterinária (LPV) do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, Campus Salinas, onde foram realizadas as técnicas parasitológicas. Para a identificação de cistos e oocistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos nas amostras fecais dos cães, empregou-se duas técnicas, uma de sedimentação e outra de flutuação, ambas espontâneas, descritas por Rezende (2015), sendo elas: técnica de Hoffman, Pons e Janer e Willis. A análise parasitológica "post mortem" foi realizada em animais que testaram reagentes para IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 leishmaniose no teste imunocromatográfico rápido (triagem) e na técnica confirmatória de ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), que foram eutanasiados pelo médico veterinário responsável pelo Setor de Zoonoses do município. Imediatamente após a eutanásia, os animais foram levados ao Laboratório de Anatomia Veterinária do Hospital Veterinário do IFNMG - Salinas para a realização da necropsia parasitológica. Cada animal foi posto em decúbito dorsal e procedeu-se a incisão das cavidades torácica e abdominal para coleta e inspeção dos órgãos. As amostras de coração e rins foram coletadas e analisadas com o auxílio de uma tesoura de ponta romba. Para a pesquisa de helmintos gastrointestinais, as regiões do trato gastrointestinal (TGI) foram separadas com auxílio de um barbante, em esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso, evitando assim a migração dos helmintos durante a manipulação. Cada região do TGI foi aberta com o auxílio de uma tesoura ponta romba e o conteúdo coletado foi acondicionado em frasco apropriado contendo A.F.A. (álcool-formol-acético) para fixação durante 24 horas, sendo depois armazenados em álcool 70º GL, para conservação. Para a realização do diagnóstico, os nematódeos foram clarificados por lactofenol e montados temporariamente entre lâmina e lamínula, sendo identificados em microscópio óptico, de acordo com a descrição morfológica de Vicente et al., (1997). Já os cestódeos foram corados com carmim clorídrico a 2%, desidratados em concentrações crescentes de álcool, clarificados em eugenol, e montados entre lâmina e lamínula com bálsamo de Canadá, sendo identificados em microscópio óptico. Características morfológicas específicas foram usadas para identificação dos espécimes, de acordo com a descrição de Rodrigues (1963). Após a realização do diagnóstico, os parasitos encontrados passaram a compor a coleção parasitológica do LPV do IFNMG - Salinas, para atender às aulas práticas da disciplina de Parasitologia dos cursos de Medicina Veterinária e Licenciatura em Ciências Biológicas da instituição. Resultados e discussão Foram utilizados oito cães (Canis lupus familiaris) sem raça definida. O número reduzido de cães utilizados no presente estudo se deve as ações de prevenção ao coronavírus (Covid-19) realizadas em 2020, onde, durante o período do estudo, o Setor de Zoonoses reduziu a apreensão de animais e suspendeu alguns serviços, acarretando em diminuição dos procedimentos de eutanásisas. Dentre os achados das análises “ante mortem” através do método de Willis, uma das amostras estava postiva para oocisto de protozoário coccídeo (Fig. 1A). As coccidioses são comuns em pequenos animais, porém em caninos o diagnóstico e a importância dessas parasitoses são pouco conhecidos, bem como a prevalência nas populações. Existem diversos gêneros que afetam os cães e Isospora spp. é o coccídeo com potencial zoonótico mais frequentemente relatado (FOREYT, 2005). E duas amostras foram positivas para ovos de Ancylostoma spp. (Fig. 1B). Este helminto também é potencialmente zoonótico, podendo penetrar na pele humana (causando a larva migrans cutânea), conhecida popularmente como bicho geográfico. Ocasionalmente, as larvas de A. caninum podem migrar para o intestino humano, causando enterite eosinofílica. As larvas de A. caninum também já foram implicadas como causa de neurorretinite subaguda difusa unilateral (CDC, 2017). Na análise “post mortem”, através da necropsia parasitológica, encontraram-se os seguintes helmintos com potencial zoonótico: Dipylidium caninum, no intestino delgado de cinco amostras (Fig. 1C). Este helminto é apontado como o cestóide mais comum do cão e do gato. De distribuição mundial, possui potencial zoonótico, podendo afetar humanos, em particular, crianças (ALHO et al., 2015). Larvas filarióides de Strongyloides stercoralis foram encontradas no intestino delgado de duas amostras (Fig. 1D). A infecção de cães por S. stercoralis é menos comum do que outros helmintos. Este parasito é agente etiológico da estrongiloidíase humana, ocorre quando larvas infectantes penetram na pele e migram até o trato gastrointestinal; estas podem causar várias formas de doença no homem, tais como, dermatite pruriginosa (larva migrans), inflamação da mucosa do trato intestinal causando diarreias e, ocasionalmente, pode ocorrer forma pulmonar e disseminada (GARRARD et IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 al., 2016). Conclusão O presente estudo confirmaa presença de helmintos e protozoários com potencial zoonótico em cães errantes em Salinas, Minas Gerais. Referências AHMED, W.; O'DEA, C.; MASTERS, N.; KUBALLA, A.; MARINONI, O.; KATOULI, M. Marker genes of fecal indicator bacteria and potential pathogens in animal feces in subtropical catchments. Science of The Total Environment, v. 656, p. 1427-1435, 2019. ALHO, A.M., CRUZ, R., GOMES, L., CARVALHO, L.M. “Dipylidium caninum, da ingestão da pulga ao controle do cestóide mais comum do cão e do gato”. Clínica Animal, 2015. CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Hookworm. 2017. Diponível em: https://www.cdc.gov/parasites/hookworm/. Global Health, Division of Parasitic Diseases. Acesso em: 31 mar 2021. FOREYT, B. Parasitologia veterinária: manual de referência. 5ª ed. São Paulo: Roca, 2005, 240 p. GARRARD, T. A.; ROSS, K. E.; TAYLOR, M. J. Biocontrol for environmental control of the human parasite, Strongyloides stercoralis: A necessary next step. Biological Control, v. 100, p. 25-28, 2016. QUADROS, R. M.; WEISS, P. H. E.; EZEQUIEL, G. W.; TAMANHO, R. B.; LEPO, G.; SILVA, M. R.; SILVA JUNIOR, C. R. J.; ARAUJO, F. A P.; MILETTI, L. C. Prevalence of Giardia duodenalis among dogs seized by the Center for Control of Zoonoses (CCZ) of the city of Lages, Santa Catarina, Brazil. Health, v. 05, n. 01, p. 119-124, 2013. REZENDE, H. H. A. Prevalência de parasitos intestinais em gatos errantes em Goiânia – Goiás: Ênfase no diagnóstico de Toxoplasma gondii e avaliação da acurácia de técnicas parasitológicas. 2015. 85 f. (Curso de Pós- Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública). UFG, Goiânia, 2015. RODRIGUES, H. O. Contribuição ao estudo do gênero Platynosomum Loos, 1907 (Trematoda, Dicrocoeliidae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.61, n.3, p.507-515, 1963. SILVA, A.M.B., BOUTH, R.C., COSTA, K.S., CARVALHO, D.C., HIRAI, K.E., PRADO, R.R., ARAÚJO, S.G., PEREIRA, A.C.L.; RIBEIRO, K.T.S. Ocorrência de enteroparasitoses em comunidades ribeirinhas. Rev Pan-Amaz Saude, v. 5, p. 45-51, 2014. VICENTE, J.J.; RODRIGUES, H.O.; GOMES, D.C.; PINTO, R.M. Nematóides do Brasil. Parte V: Nematóides de mamíferos. Revista Brasileira de Zoologia, v. 14, n.1, p. 1-452, 1997. ANEXO I Figura 1. Protozoários e helmintos identificados nos exames “ante mortem” e “post mortem”. Fig. 1A. Oocisto de protozoário coccídeo. (Obj 40X). Fig. 1B. Ovos de Ancylostoma spp. (Obj 40X). Fig. 1C. Dipylidium caninum (adulto – Intestino Delgado). Fig. 1D. Larva filarioide de Strongyloides stercoralis (seta indicando a presença de esôfago longo e fino) (Obj 40X). Fonte: Arquivo Pessoal (2020). EFEITO DAS HORAS DE ARMAZENAMENTO SOBRE A VIABILIDADE ESPERMÁTICA EM DOSES INSEMINANTES DE MACHOS REPRODUTORES SUÍNOS LIMA, M.D.1; SANTOS, L.F.X.2; SOUZA, J.P.P.3; LOPES, I.M.G.4; ANDRADE, T.S.5; SOUZA, K.A.R.6 1Discente do curso em Zootecnia da UFMG – ICA, campus Montes Claros; 2 Discente do curso em Zootecnia da UFMG – ICA, campus Montes Claros; 3Mestrando pela UFMG – ICA, campus Montes Claros; 4Doutorando pela UFMG; 5Doutorando pela UFC; 6Doutoranda pela UFRGS. Palavras chaves: Suinocultura; Reprodução animal; Conservação; Motilidade Introdução A tecnificação aliada a pesquisas contínuas vêm contribuindo para o progresso no setor suinícola no Brasil e no mundo. Paralelamente a isso, há um grande interesse por parte de pesquisadores em elucidar a relação entre o tempo de estocagem e a vitalidade espermática, visto que ambos fatores estão diretamente relacionados com à integridade do ejaculado suíno, definindo consequentemente a qualidade do mesmo (PEREIRA, et al., 2019). Entretanto, sabe-se que além dos fatores supracitados, à integridade do ejaculado também pode ser afetada pelo diluente a ser utilizado no preparo das doses bem como pelo tempo de armazenamento das mesmas. Deste modo, torna-se interessante a utilização de diluentes capazes de preservar a viabilidade do sêmen por maior período de tempo após a diluição, além de optar por períodos de armazenamento que não comprometa a sobrevivência dos espermatozoides, visto que após certos períodos de estocagem, há um aumento nas chances de diminuição da sobrevivência espermática além de interferir na capacidade fecundante do sêmen (MENEZES, 2018). Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito dos diferentes períodos de estocagem sobre a viabilidade espermática do sêmen suíno diluído. Material e métodos A presente pesquisa foi realizada em granja comercial de suínos no estado do Ceará, no município de Maranguape, Brasil. Para a condução do estudo, foram utilizados quatro machos reprodutores suínos de uma mesma linhagem genética (Traxx), onde esses passavam pela coleta de sêmen no período matutino, sempre antecedida pela limpeza do prepúcio. As coletas de sêmen eram realizadas por meio da técnica de mão enluvada (GUIMARÃES, et al., 2018), com auxílio de um copo coletor e manequim. Em seguida, o sêmen era encaminhado ao laboratório de reprodução, onde ocorriam às análises de parâmetros espermáticas como, volume, cor, consistência, vigor, ph, turbilhonamento, aglutinação, motilidade e concentração espermática. Após as análises, o sêmen era diluído com diluente comercial Beltsvile Thawing Solution (BTS), considerando a dose inseminante de 3 milhões de espermatozoides. Após a diluição, parâmetros como motilidade, vigor e aglutinação, eram avaliados em intervalos de 12 horas (0 até totalizar 84 horas). O sêmen foi armazenado em tubos de polipropileno tipo Falcon e mantidos em temperaturas de 16°C a 18°C. Para análise dos dados obtidos, foi usado o delineamento experimental em blocos casualizados com quatro repetições, sendo cada uma representada por um macho respectivamente. Os dados referentes à motilidade espermática nos diferentes tempos de refrigeração foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste t-student a 5% de probabilidade. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 Resultados e discussão No presente estudo, foi observada uma variação significativa na motilidade espermática ao longo do tempo de estocagem, seguida de uma redução significativa após a diluição e consequentemente uma oscilação entre 53,44% e 31,25% ao longo das 72 horas de conservação (Tabela 1). Conforme o esperado, após o período de 84 horas de conservação, houve uma queda ainda mais expressiva da motilidade (P<0,05). Resultados similares foram encontrados por Toniolli, et al., (2018), ao avaliaram a melhor relação entre o período de incubação e temperatura do sêmen suíno. Em outro estudo, Martins, et al., (2020), visando avaliar alternativas que promovessem o aumento da vitalidade dos espermatozoides, observaram que à adição de antioxidantes na diluição do sêmen suíno por diferentes horas de armazenamento (0, 12, 48, 72 horas), promove melhor preservação na motilidade do sêmen por um período de 24 horas. Entretanto, uma redução na sua motilidade é esperada ao longo do período de conservação, como observado nos resultados do presente estudo. Alternativas visando à conservação na integridade do sêmen durante o período de armazenamento também foram estudadas alguns autores (MARTINS, et al., 2020; NUNES, et al., 2019; DIAS, et al., 2019). Em pesquisa, Nunes, et al., (2019), testaram a utilização do extrato de Aloe Vera na criopreservação do sêmen suíno, entretanto, os resultados obtidos informaram que a utilização do extrato não exerceu efeito conservador sobre o sêmen. Em outra pesquisa, Dias, et al., (2019), avaliaram o uso de diluentes alternativos conciliados à dosagens crescentes de ácido fítico na conservação do sêmen suíno, e puderam observar que, a adição do ácido fítico no diluente BTS, promoveu efeitos benéficos na integridade do sêmen, justificando que há efeito antioxidante do ácido fítico, deste modo inibindo a ocorrência de radicais livres, que por sua vez possuem capacidade de danificar as células espermáticas.No presente estudo quando analisados a motilidade e o tempo de estocagem, para todas as repetições os resultados foram inversamente proporcionais, neste caso a motilidade sofreu uma queda de acordo com o aumento do tempo de estocagem. O valor do coeficiente de correlação foi menor que 0,5, e o valor de F calculado e o valor de (P>0,001), indicam que a variação na motilidade espermática em relação ao tempo de estocagem foi independente. Conclusões Concluiu-se que a motilidade espermática apresenta um decréscimo ao passo em que ocorre aumento nas horas de conservação do sêmen, o que por sua vez impacta negativamente no potencial fecundante das doses e consequentemente nos índices reprodutivos e produtivos do setor suinícola. Portanto, há a necessidade contínua de pesquisas visando alternativas para a conservação do sêmen suíno após a diluição em relação ao tempo de estocagem. Referências DIAS, A. V. et al. Uso de diluentes alternativos e do ácido fítico adicionado ao sêmen suíno conservado. Ciência Animal, v.29, n.3, p.22-37, 2019. GUIMARÃES, D. B. et al. Qualidade espermática durante a curva de resfriamento do sêmen suíno diluído em água de coco em pó visando sua criopreservação. Ciência Animal Brasileira, Goiânia, v.19, 1-16, e-38250, 2018. MARTINS, V. E. D. et al. Antioxidant effect on viability of boar semen cooled to 15°C. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.72, n.1, p.145-152, 2020. MENEZES, T. A. Avaliação da temperatura de armazenamento e uso de antimicrobianos na qualidade de doses seminais de suínos. Dissertação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária, Programa de pós-graduação em Ciências Veterinárias, 2018. NUNES, T. G. P. et al. Uso do extrato de Aloe Vera na criopreservação do sêmen suíno. Ciência Animal, v.29, n.2, p.22-35, 2019. IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 PEREIRA, B. A. et al. Adição de ácido clorogênico e cafeína durante o processamento do sêmen suíno resfriado. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, vol. 71, n.2, pp.489-499, 2019. TONIOLLI, R. et al. Longevidade do espermatozoide suíno, incubado em diferentes tempos e temperaturas de equilíbrio. Ciência Animal, 28 (1), pp. 30-46, 2018. Tabela 1. Resultados das análises de motilidade espermática no sêmen dos respectivos machos. Motilidade Espermática Média (%) TEMPO ANIMAL 1 ANIMAL 2 ANIMAL 3 ANIMAL 4 MÉDIA T1 82,5% 50,00% 58,75% 70,00% 65,31%a T2 64% 46,25% 53,75% 50,00% 53,44%b T3 51% 37,50% 51,25% 50,00% 47,50%bc T4 49% 43,75% 40,00% 47,50% 45,00%bc T5 39% 42,50% 36,25% 51,25% 42,19%cd T6 34% 31,25% 31,25% 42,50% 34,69%de T7 31% 30,00% 31,25% 32,50% 31,25%ef T8 30% 25,00% 25,00% 27,50% 26,88%f MÉDIA 47,5%a 38,28%d 40,94%c 46,41%b CV:13,7% SABERES SOBRE OS POVOS ORIGINÁRIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA E MUCURI : RELATOS DE EXPERIÊNCIAS NO IFNMG/ARAÇUAÍ BORGES, N.N.1.; PEREIRA, I.S.2; PINEDA, C.C.A. 3; ANTUNES,G.L.4; MELO, L.G.5 1Discente do curso de Bacharelado em TADS - IFNMG/Araçuaí 2Discente do curso superior em Engenharia Agrícola e Ambiental do IFNMG/Araçuaí; 3Discente do curso integrado em Agrimensura do IFNMG/Araçuaí; 4Discente do curso integrado em Meio Ambiente do IFNMG/Araçuaí; 5Docente do IFNMG/Araçuaí Palavras chaves: Estudos indígenas; Memória; Cultura; Resistência. Introdução Neste trabalho investiga-se discursos de discentes participantes do projeto de pesquisa e extensão Povos Indígenas do Vale do Jequitinhonha e Mucuri desenvolvido no IFNMG/Campus Araçuaí. Para isso, apresenta-se relatos de experiências em que é possível identificar, por meio de práticas de letramento, mecanismos enunciativos que demonstram a promoção de saberes sobre o histórico de colonização, povoamento e resistência dos Povos Indígenas do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. No decorrer do projeto supracitado foram realizados diversos estudos bibliográficos e rodas de conversas, além de catalogação de documentos sobre os povos originários. O projeto foi motivado a partir de um estudo de reconhecimento, da necessidade de promoção de práticas de letramento (leituras, resumos, interações virtuais) sobre os povos indígenas na região do Vale. O processo de colonização dessa região foi repleto de conflitos que extinguiram em massa populações indígenas, região marcada por cenários de inúmeros massacres de territórios e disseminação de ódio do branco europeu perante as populações indígenas que já habitavam as terras/matas desde o princípio. Nesse período, diversos povos foram dizimados e exterminados, matando indígenas, silenciando seus costumes e culturas. Ademais, os indígenas eram manipulados, subordinados, massacrados, perseguidos e expostos a várias situações constrangedoras de forma cruel pelos colonizadores. Para Soares (1992, p. 3) “até os dias atuais os povos indígenas ainda passam por exílios, epidemias, torturas, discriminação e militarização dos seus territórios”. Desse modo, motivados por esse contexto e pela importância da promoção de conhecimentos e ações que visem respeitar e assegurar o direito dos povos originários, considera-se que práticas de letramento que estimulem discussões sobre saberes - que tenham como foco os Povos Originários , são de suma relevância para a promoção e divulgação da pesquisa científica. Material e métodos /Metodologia Nesta pesquisa desenvolveu-se um estudo descritivo e qualitativo, inicialmente, houve uma pesquisa bibliográfica sobre a história e processo de colonização no Vale do Jequitinhonha e Mucuri, para isso utilizou-se os estudos de Soares (1992), Moreno (2001), Morel (2018) e Matos (2002), inter-relacionando aos estudos sobre o Letramento como prática social previstos por Kleiman e Assis (2016) . Em seguida, realizaram-se cinco encontros síncronos, com a presença de pesquisadores indigenistas e povos indígenas que compartilharam suas memórias, relatos incríveis e comoventes sobre sua história de luta, resistência e cultura. Por fim, foi aplicado um questionário - com questões discursivas - para sete discentes que participaram assiduamente do projeto (dois são indígenas), tendo como objetivo a reflexão a respeito dos conhecimentos obtidos no decorrer dos IX SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFNMG – TEÓFILO OTONI-MG – 2020 estudos realizados. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, identificados como E.1….E.7. Discussão dos resultados No decorrer dos estudos realizados no projeto foram promovidos diversos momentos de discussões, as práticas de letramento pautaram-se em pesquisas virtuais, estudos de artigos científicos e livros, produção de fichamentos, roteiro de discussão e rodas de conversas. Um discente participante relatou que foi possível (1) Pude conhecer mais sobre livros da história dos indígenas [...] e ter a oportunidade de ter indígenas da Aldeia Cinta Vermelha que dão a visão e experiência deles sobre esses assuntos e contando como é fazer parte desse povo que faz parte da história do Brasil (E.1). Dentre as diversas contribuições das discussões promovidas, cabe ressaltar a ruptura com a história contada durante anos pelo “olhar” do homem colonizador. No exemplo (1), a estudante destaca esse conhecimento compartilhado, principalmente, com indígenas, dando voz a história desse povo que durante anos foi silenciado na história brasileira. A E.2 destacou que foi possível conhecer “diversas pessoas interessantes, quebrei pensamentos sobre a cultura indígena que eram conhecimentos do senso comum”. Nesse trecho, E.2 enfatiza a desconstrução de estereótipos sociais existentes no Brasil e a importância dessas rodas de conversa sobre os povos originários. Em seguida, a estudante E3 destaca que: (2) Desde o início até hoje eu percebo a diferença no meu modo de pensar e como diz Gera, estou no processo de descolonização da minha mente. Aprender sobre nossos povos originários sem ser pela visão do colonizador, foi uma
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