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- MÓDULO : Doenças do Trabalho - 
 
 
 
 
 
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A reprodução não autorizada destes materiais, no todo ou em parte, constitui violação do direitos autorais. 
(Lei nº 9.610). 
Gestão empresarial, previdência e perícia sob a ótica da enfermagem 
do trabalho 
Resumo 
Nessa perspectiva, o profissional enfermeiro atuante nas gestões de segurança e saúde 
empresariais, seja nas áreas internas, seja nas de assessorias e consultorias, compreende 
as articulações dessas áreas, das legislações vigentes e as vivências nesses meios 
favorecendo as organizações contratantes e as parcerias de trabalho. 
Assim, além do conhecimento holístico dessas questões, o enfermeiro do trabalho torna-
se inteirado do mercado trabalhista em constante mudança, habituando-se aos processos 
de gestão e à linguagem utilizada, contribuindo para uma equipe multiprofissional, 
juntamente com as áreas de administração e direito, para uma administração responsável, 
ética, técnica e segura. 
Introdução 
Em tempos de inúmeras inovações tecnológicas, métodos organizacionais diversos, 
logísticas e estoques revisados em periodicidade espantosa, gestões e certificações, o 
ambiente organizacional tende a ser, cada vez mais, um cenário de inserção 
multiprofissional e, principalmente, de efetiva atuação dos campos do enfermeiro do 
trabalho. 
Na prática cotidiana do enfermeiro do trabalho, além das atribuições já estudadas 
anteriormente, esse profissional pode atuar nas mais diversas áreas de apoio, gestão 
administrativa, programas e projetos de saúde e segurança do trabalho, sobretudo os 
voltados para a promoção e educação da saúde e, juntamente com profissionais de 
educação física e nutrição, na integração da equipe interdisciplinar da gestão de qualidade 
de vida. 
Ainda nesse sentido, vamos apontar caminhos para a atuação desse profissional da 
enfermagem na composição dos comitês de ergonomia, como assessor e consultor nas 
áreas de saúde, previdência e assessorias jurídicas (sendo assistente técnico-pericial) e 
nos treinamentos/capacitações da equipe multidisciplinar de saúde e segurança do 
trabalho. 
Explicaremos melhor a partir do esquema na página 4 deste slide, em que demonstramos 
a diversidade de vivências e possibilidades do enfermeiro do trabalho na gestão 
empresarial e previdenciária. 
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As vivências empresariais: gestão da medicina e segurança do trabalho 
Para facilitarmos nosso entendimento, explicaremos as gestões de medicina e de 
segurança como ainda não tínhamos feito, sob um foco mais completo e preocupado com 
a prática gerencial e previdenciária. 
No meio da nossa conversa, falaremos sobre a relação trabalho–doença, sob a perspectiva 
de aberturas ou emissões de comunicação de acidente do trabalho (CAT) e o que vem 
mudando com as novas aplicações da previdência, o Nexo Técnico Epidemiológico 
Previdenciário (NTEP), no caso da ocorrência de um adoecimento, afastamento ou 
acidente de trabalho. 
Depois, falaremos de como deve ser sua gestão preventiva e até dos critérios para se 
contratarem tais serviços caso a empresa apresente verbas destinadas para isso. 
Cumprida essa missão, encerramos esta etapa remontando nosso quebra-cabeça, isto é, 
voltamos a ele dando dicas de possibilidades para que você as experimente, aplique ou vá 
em busca da sua oportunidade de trabalho. 
Tais possibilidades são vivências já estudadas, aplicadas, revistas e aprimoradas por 
equipes das quais já tive a honra de participar e contar com brilhantes colegas enfermeiros 
do trabalho. 
Aqui, em ética e respeito aos programas, colegas e empresas são tratados dessa forma, 
chamadas de possibilidades. 
Repare no título deste capítulo e perceba que a palavra “vivência” equivale à experiência. 
Sim, foi ao mesmo tempo trabalhoso e bom vivenciar isso. Boa leitura. 
Gestão de segurança do trabalho 
A segurança no trabalho é interlocução de medidas técnicas, educacionais, médicas e 
psicológicas na prevenção de acidentes, incêndios e roubos. Dessas, talvez a medida mais 
conhecida seja a prevenção de acidentes, já que ela mesma envolve a empresa em 
inúmeras capacitações durante o ano fiscal e também porque o acidente ceifa a vida dos 
trabalhadores. (CHIAVENATO, 2002). 
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É importante a identificação e eliminação dos riscos do ambiente antes que qualquer fato 
indesejado ocorra. A função da gestão da segurança no trabalho é, por meio da instrução 
e esclarecimento das dúvidas dos colaboradores das empresas, estabelecer a aplicação das 
práticas de prevenção baseadas no cumprimento da legislação vigente, as Normas 
Regulamentadoras – as NRs. 
Aqui, vamos listando as NRs e sugerindo aos enfermeiros do trabalho quais suas ações 
para contribuir para essa gestão de segurança do trabalho mesmo não fazendo parte de 
suas atribuições profissionais diretas. 
A primeira delas é a NR 5, na qual se estabelece a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes, a CIPA. Sendo composta por representantes da empresa e dos empregados, 
eleitos pelo grupo correspondente, seu dimensionamento variará de acordo com a 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) da empresa. 
Na sequência, a Norma Regulamentadora 6 estabelece e regulariza o uso de 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI – e os Equipamentos de Proteção Coletiva – 
EPC. Existe uma infinidade de EPIs e EPCs, regulamentações do Ministério do Trabalho 
e Emprego para cadastro (ou negativa do mesmo), obrigações do responsável pelas áreas 
de segurança do trabalho, da empresa e do funcionário em relação à NR6. 
 
 Dica: Contextualizando 
Para o enfermeiro, quando algum EPI e EPC falha por 
qualquer motivo e existe incidente ou acidente, é necessário 
que ele, além de prestar socorro necessário, comunique ao 
profissional de segurança. Isso é chamado gestão 
integrada, pois ao realizar a compra, verificar a validade e 
acondicionar adequadamente, todos os profissionais que 
lidam com saúde e segurança do trabalhador devem saber 
da qualidade dos materiais com os quais trabalham. Se 
necessário for, devem checar listagem e mudar de 
fornecedor, caso contrário, os casos podem aumentar e 
colocar uma gestão segura em risco por falhas de 
comunicação, humanas e de compras. 
 
 
Gestão de segurança do trabalho 
Outras duas Normas Regulamentadoras da Saúde e Segurança do Trabalho são as de 
número 9 e 24. 
A primeira, fala sobre os riscos ambientais, seu levantamento, a exposição e a gestão 
cuidadosa; e a segunda estabelece regras específicas sobre as condições sanitárias e de 
conforto nos locais de trabalho. 
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Evidentemente que os riscos e as condições sanitárias nos levariam a escrever um módulo 
à parte, dada a vastidão de assuntos relacionados aos agravos à saúde do trabalhador. 
 Dica: A história da legalização de medidas de 
prevenção de acidentes no Brasil é extensa. Diversas 
leis de prevencionismo foram elaboradas visando à 
melhoria das condições dos trabalhadores, mas a 
principal delas é a Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 
1978 que aprova as Normas Regulamentadoras – NR – 
do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do 
Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do 
Trabalho. 
Gestão da medicina do trabalho 
Neste item, pretendemos relatar sobre a gestão da medicina do trabalho, destacando 
algumas NRs relacionadas diretamente com as contribuições do enfermeiro do trabalho 
para um melhor entendimento das questões e alternativas ligadas ao gerenciamento da 
saúde dos trabalhadoresenvolvidos. 
Dessa forma, na medida em que desenvolvemos por este conteúdo vamos falando das 
necessidades da empresa frente às questões de gestão previdenciárias e como investir em 
novas estratégias a fim de se sobressair nas marés, horas revoltas do mundo 
contemporâneo. 
O mercado e as novas formas de fazer negócio, com a globalização e os adventos 
tecnológicos, tornam as organizações cada vez mais competitivas e os consumidores 
exigentes, tanto nos setores público quanto privado. Logo, as empresas passaram a ter que 
seguir diversos sistemas de gestão da qualidade para se manter no mercado 
contemporâneo, buscando se diferenciar das demais. 
Porém, essa mudança de competitividade e lucro não foi o bastante para se solidificar no 
mercado, a sociedade passou a exigir uma postura ética e responsável das empresas diante 
das condições de segurança e saúde no ambiente de trabalho. 
Assim, a necessidade de investir em melhores condições de trabalho se tornou algo 
determinante para o sucesso da empresa, sendo importante uma gestão eficaz para 
conseguir lidar com a saúde do trabalho. 
No que diz respeito à saúde no trabalho, existem normas que as regulamentam, com o 
intuito de auxiliar no controle da saúde ocupacional, citamos a NR de nº 17. 
Listaremos, a seguir, um quadro de sugestões que, a princípio, pode parecer redundante, 
mas em dadas situações como as implantações de programas de qualidade e certificação, 
auditorias, fiscalizações e periciais tem mais valor que os diamantes lapidados quando se 
trata de ergonomia. 
Sugestões 
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Não assine documentos que não sejam de sua atribuição e/ou assine sozinho. Equipe 
Multiprofissional e/ou Interdisciplinar de Saúde e Segurança do Trabalho se 
corresponsabiliza tecnicamente pela área, suas atividades e empresa. Em alguma situação 
de fiscalização uma assinatura técnica apenas pode também demonstrar fragilidade de 
dados, pense nisso e argumente com os gestores sobre os riscos. 
Em casos de ergonomia, como em tudo na vida, não basta ter estudado um pouco. Se 
você, enfermeiro do trabalho, ou alguém da equipe gestora, não se vê capacitado para 
uma Análise Técnica Ergonômica ou Laudo Ergonômico (em casos periciais) capaz de 
demonstrar, com ferramentas/instrumentos quantitativos e qualitativos adequados, as 
situações do posto de trabalho ou tarefa. Não se aventure! A empresa, a gestão ou a função 
pode acabar seriamente comprometida dependendo do teor do documento apresentado. 
Na dúvida e se dispuserem de recursos, contratem buscando referências dos bons 
serviços. Se ainda dispuserem de prazo, coloquem como prioridade tal contratação ou 
capacitação de profissional interno para realizar tais documentações a partir de um 
cronograma real. 
As vivências do trabalho: previdenciária e assistências técnicas 
Para iniciarmos uma discussão a respeito de procedimentos administrativos gerando por 
consequência ou não uma situação pericial, será necessário iniciar um debate acerca de 
um termo no qual está envolvida toda a base previdenciária “nexo causal”. 
De acordo com o Ministério da Previdência, nexo entre um determinado evento de 
saúde/dano ou doença, seja ele individual ou coletivo, potencial ou instalado, é a condição 
básica para a implementação das ações de saúde do trabalhador nos serviços de saúde. 
Vamos explicar melhor: nexo laboral significa ter ou não ter relação do 
adoecimento/agravamento da doença com a atividade de trabalho que aquele funcionário 
exerce na empresa. 
Entende-se também por nexo causal se a atividade de trabalho que aquele funcionário 
exerce na empresa se relaciona com a causa da doença. 
Esses são os termos agora empregados nas empresas, nas assistências técnicas, nas 
perícias e você, como enfermeiro do trabalho atualizado, deve saber. 
Mantenha-se informado não apenas no que tange às questões relacionadas aos 
adoecimentos físicos. As doenças psíquicas e emocionais também são fonte de 
prevalência de absenteísmo e, infelizmente, uma das causas está na abordagem da 
organização quando ela permite que um gestor cometa deliberadamente atos de assédio. 
Saiba mais por meio da leitura complementar do próximo slide: 
Assédio moral e sexual no trabalho 
Assédio é o termo utilizado para designar toda conduta que cause constrangimento 
psicológico ou físico à pessoa. Dentre suas espécies, verificamos existir pelo menos dois 
tipos de assédio que se distinguem pela natureza: o assédio sexual e o assédio moral. 
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O assédio sexual se caracteriza pela conduta de natureza sexual, a qual deve ser repetitiva, 
sempre repelida pela vítima e que tenha por fim constranger a pessoa em sua intimidade 
e privacidade. Já o assédio moral (mobbing, bullying, harcèlement moral ou, ainda, 
manipulação perversa, terrorismo psicológico) caracteriza-se por ser uma conduta 
abusiva, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica, de forma 
repetitiva e prolongada, e que expõe o trabalhador a situações humilhantes e 
constrangedoras, capazes de causar ofensa à personalidade, à dignidade ou à integridade 
psíquica, e que tenha por efeito excluir a posição do empregado no emprego ou deteriorar 
o ambiente de trabalho, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. 
Assim, duas ressalvas já devem ser feitas: o assédio moral possui natureza psicológica, 
enquanto o outro possui natureza sexual; o assédio será aqui estudado apenas no âmbito 
das relações de trabalho, restringindo-se seu espectro quanto ao local dos fatos (no 
ambiente laboral), seu momento (durante a jornada de trabalho) e sua subjetividade (no 
exercício de suas funções). A utilização do poder de chefia para fins de verdadeiro abuso 
de direito do poder diretivo e disciplinar, bem como para esquivar-se de consequências 
trabalhistas. Tal é o exemplo do empregador que, para não ter que arcar com as despesas 
de uma dispensa imotivada de um funcionário, tenta convencê-lo a demitir-se ou cria 
situações constrangedoras, como retirar sua autonomia no departamento, transferir todas 
suas atividades a outras pessoas, isolá-lo do ambiente, para que o empregado se sinta de 
algum modo culpado pela situação, pedindo sua demissão. 
Já o fenômeno percebido entre os próprios colegas de trabalho que, motivados pela inveja 
do trabalho muito apreciado do outro colega, o qual pode vir a receber uma promoção, ou 
ainda pela mera discriminação motivada por fatores raciais, políticos, religiosos etc., 
submetem o sujeito "incômodo" a situações de humilhação perante comentários 
ofensivos, boatos sobre sua vida pessoal, acusações que podem denegrir sua imagem 
perante a empresa, sabotando seus planos de trabalho. É o denominado assédio horizontal. 
Para saber mais: Nascimento, Sônia A.C. Mascaro. O assédio moral no ambiente do 
trabalho. 
 
Disponível em: 
http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexo_2353_assediomoral2.pdf 
 
Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) 
Agora que já falamos sobre a relação do trabalho e adoecimento, veremos como ele é 
emitido, registrado e notificado pelas empresas e órgãos fiscalizadores. 
Para tanto, colocaremos em debate as situações de emissão de comunicados de acidente 
de trabalho (CAT) e o Nexo Técnico Epidemiológico. 
Como se trata de uma obra para pesquisa, cabe-nos informar e elucidar essas situações 
sem emitir pareceres de nenhuma ordem ou tendência. 
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Ao contrário, tratar dessas informações com ética e transparência para que o enfermeiro 
do trabalho, conhecedor dessas situações e contextos diversos no âmbito organizacional 
possa, logo após, ser capaz de aplicar nossas sugestões e dicas aprimorando-as à sua 
realidade e à vivência da empresa na qual ele exerce suas atribuições. Dica: Uma discussão acerca da emissão da CAT é que, 
com inexistência de um sistema único que centralize as 
informações, ficam subnotificadas as ocorrências e em 
consequência disso, existe uma impossibilidade de 
traçar diagnóstico da realidade de acidentes de 
trabalho no Brasil (BRASIL, 2003; HENNINGTON et 
al., 2004; HENNINGTON, 2006). 
Ainda assim, independentemente de notificações, as empresas pagam um valor (alíquota 
adicional) por seus riscos ambientais. Para facilitar a compreensão, siga o esquema abaixo 
e veja como eram calculados os valores a serem pagos: 
 
A alíquota adicional a ser paga era calculada diante do risco ambiental que a empresa 
proporcionava aos seus trabalhadores. 
Isso se relaciona com o grau de risco da empresa e atividade. Por exemplo, uma 
mineradora tem uma alíquota maior que as outras e para tanto, paga aos funcionários 
adicionais de salários e ao governo mais impostos relacionados a esses riscos. 
Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP 
O NTEP é a relação estatístico-epidemiológica que se estabelece entre o Código de 
Doença (CID) e o Código Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Em termos de 
confiabilidade, a estatística apresenta 99% com base na série histórica dos benefícios 
concedidos pelo INSS, considerando como estimador de riscos Razão de Chances (RC) 
> 1. 
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O NTEP presume o benefício por incapacidade requerido, em que o atestado médico, 
apresentando um código de doença, que tenha a supracitada relação com o CNAE da 
empresa empregadora do trabalhador requerente, vide tabela do próximo slide. 
Atualmente, o INSS publicou o NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário), 
que altera a visão previdenciária a partir do FAP. 
Exemplos 
Abaixo temos um exemplo: NTEP → TUBERCULOSE → DOENÇAS INFECCIOSAS 
E PARASITÁRIAS RELACIONADAS COM O TRABALHO (Grupo I da CID-10) 
 
Abaixo temos um exemplo de aplicação do NTEP Fonte: Ministério da Previdência do 
trabalho. 
De acordo com o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), são definidos níveis de grau de 
risco (1%, 2% ou 3%), e esses, por sua vez, correspondem a alíquotas de contribuição 
diferenciadas, rígidas por segmento econômico de forma que todas as empresas de um 
mesmo segmento pagam sempre o mesmo valor de alíquota. 
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Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário 
Para melhor entendimento, siga o esquema abaixo e perceba que a empresa de grau de 
risco maior e que tem maior índice de CAT (ou seja, “gera mais afastamentos ou 
adoecimentos”) acaba por ter seu percentual de alíquota acrescida. Por exemplo, a 
alíquota adicional a ser paga é calculada de uma indústria de fábrica tampas plásticas, o 
CNAE, o grau de risco da empresa e atividade está sendo considerado, no entanto, se os 
trabalhadores ali se afastam por resfriado, por serem gestantes ou qualquer situação que 
não caracterize doença profissional/do trabalho ou acidente do trabalho, a empresa 
permanecerá recolhendo o que antes fazia. 
 
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Em suma, se o trabalhador adoecer menos, a empresa paga menos e vice-versa. 
O esquema de impacto social que a Previdência demonstra fica claro que o NTEP não 
tem caráter punitivo, apenas recolhe os danos à saúde do trabalhador. 
O NTEP trouxe algumas alterações para o cotidiano da empresa, de forma que ainda 
estamos nos adaptando a essa nova forma de conduzir as gestões. 
A partir dessas experiências temos aprendido mais e galgado novos espaços, novos rumos 
e um novo leque da área tem-se aberto. 
Antes das próximas recomendações, colocaremos na próxima página deste slide uma 
pequena lista de fatores característicos do NTEP. 
Qualquer hora você pode precisar estudar mais e é sempre bom saber por onde começar. 
 
 
Para melhor explicar a “listinha-esquema”, temos: 
A abordagem coletiva tratada no NTEP ocorre no sentido da Promoção da Saúde e 
Prevenção ocorrer para todos os trabalhadores. Isto é, caso haja aumento de 
agravo/acidente em determinada função ou área de empresa as medidas a serem tomadas 
não caberão apenas àqueles trabalhadores que deram entrada e sim, a todos que pertencem 
à mesma função/atividade laboral daquela empresa; 
O nexo presumido já relaciona o CID com o CNAE. Antes, existiam investigação e 
comprovação, no NTEP se presume pela atividade econômica, cabendo à empresa o 
último item (a inversão do ônus da prova); 
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Não declaratório. Não é necessário que haja notificação como no caso do CAT. O NTEP 
se utiliza do CID como fonte de informação primária, ou seja, busca nele os dados 
necessários para o nexo causal; 
Por fim, a inversão do ônus da prova diz-se que cabe à empresa provar que o adoecimento 
ou agravo não ocorreu dentro de suas responsabilidades/culpabilidades. Para tanto, 
reúnem-se dados, documentos da área de Segurança e Saúde Ocupacionais a fim de 
comprovar a “quebra” do nexo ou ainda, noutra possibilidade, mesmo com o nexo causal 
irrefutável, dar a conhecer programas e medidas tomadas para conter tais situações em 
sua gestão. 
E agora, enfermeiro do Trabalho? O que fazer? 
Bem, como dizia antes, temos aprendido trabalhando arduamente e nos esforçando para 
fazer de nossas empresas assessoradas um exemplo para o NTEP. 
As mudanças previdenciárias são processuais, como tudo na vida, então continuemos a 
caminhada. Entretanto, se você pretende realizar, com os seus colegas de segurança e 
saúde do trabalhador, uma boa gestão, guarde essas orientações: 
• Tenha sempre à mão o PCMSO dos últimos cinco anos; 
• Sempre que realizar consultorias/assessorias na área de Saúde do Trabalhador 
peça uma via impressa, assinada em pelo menos duas folhas com a 
Responsabilidade Técnica dos profissionais e vistadas em todas as páginas; 
• Do que se tratar da área de saúde do trabalhador, prepare relatórios frequentes de 
reuniões e auditorias internas, capacitações, formações e programas preventivos. 
Isso demonstra que a empresa reconhece a necessidade dessas gestões (nos itens 
que se seguem falaremos sobre isso); 
• Somadas a essas orientações, seus colegas da área de segurança também trarão as 
documentações necessárias previstas nas NRs. Juntos, tais aportes de dados e 
informações formam um relatório que o Ministério da Previdência/ INSS tem 
pedido para o NTEP; 
• Outra consideração importante a fazer se trata das documentações de reabilitação 
(relatórios cinesiológicos), de reintegração ou de retorno à atividade laboral. Estes 
devem ser realizados por profissionais da área de reabilitação que tenham 
formação e capacitação em saúde do trabalhador, reconhecendo a importância 
desse relatório para a empresa e sua profissão. 
Saúde e qualidade de vida 
A saúde e qualidade de vida, de tão importante nos campos do trabalho e da empresa, 
transformaram-se de um projeto a uma gestão, isto é, as implantações atuais se preocupam 
com programas diversificados, com variações e redução de evasão para que o trabalhador 
se veja inserido e convidado a fazer parte das atividades. A partir dessas situações 
propostas, os programas permitem mudanças dos hábitos de vida e, consequentemente, a 
promoção da saúde e prevenção de doenças. 
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Sem dúvida, os programas de saúde de qualidade de vida, que são elaborados e executados 
por gestões responsáveis, podem ser, além de uma fonte de relatos de sucesso na saúde 
do trabalhador das empresas, uma possibilidade de comprovação em situações de passivo. 
Nessa última condição, diz-se que se trata pelo motivo de a empresa e gestão não negarem 
as condições ou atividades necessárias às execuções laborais e mesmo diante disso, 
promoverem situaçõesque impeçam os agravos da saúde, orientando seus funcionários 
quanto aos cuidados para com seu estado físico e mental. 
As empresas e equipes que implantam esses programas entram num ciclo virtuoso, no 
qual os resultados devem ser registrados de forma que elaborem mais e melhores 
ferramentas de sua continuidade e variabilidade. 
É importante entender que, ao se tratar de riscos ambientais, temos um círculo vicioso no 
qual o trabalhador sai da condição de saúde, passa pela exposição ao risco, pela doença e 
pela possibilidade de tratamento, podendo ou não voltar ao seu estado de saúde. 
Saúde e qualidade de vida 
Nessas atividades preventivas dos programas, podem ser utilizadas várias práticas 
terapêuticas associadas a outras situações, como orientações e capacitações que 
detalharemos adiante. Dentre esses exemplos metodológicos, podemos citar a ginástica 
laboral, a massoterapia nas modalidades individual, de quick massage (massagem rápida 
da cadeira/empresarial), grupos de alongamento e outros. 
Estudos científicos (ou cases, chamados de estudos empresariais) já demonstraram bons 
resultados. Segundo Magalhães, Silva e Santos (2009), um estudo comparativo de 
empresas mineiras registrou dados interessantes na gestão 2008/2009. Por meio de 
associação de projetos ergonômicos, gerenciamento ambulatorial, coordenação de 
programas de ginástica laboral e orientação postural e programa de agente multiplicador 
na área de saúde ocupacional elas reduziram 62% do número de casos osteomusculares, 
55% menos atestados dessas queixas e 72 % de melhora no contingente de colaboradores 
hipertensos, promovendo, portanto, a saúde do trabalhador e da organização. 
Esses e inúmeros outros casos de programas de saúde e qualidade de vida estão por toda 
parte do país. Para que o de sua empresa tenha sucesso administrativo e gere saúde, bem 
como a adesão dos funcionários, considere as orientações do próximo slide. 
 Dica: Os conceitos da ergonomia são uma das principais 
formas de se evitar muitas doenças que acometem os 
trabalhadores, ela proporciona meios para se evitar 
situações desgastantes, tanto física, como psicológica. 
Seus estudos visam adaptar o ambiente de trabalho ao 
trabalhador, e demonstrar a melhor posição para cada 
situação, proporcionando-lhe um maior conforto e 
segurança em seu trabalho. 
 
 
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Saúde e qualidade de vida 
• Conversando informalmente com gestores, elabore um projeto e um cronograma 
antes de implantá-lo. Com esse início em mãos conclame seus colegas de equipe 
interdisciplinar e “troque ideias”; 
• Conheça a realidade da empresa pela óptica da saúde e da segurança do trabalho. 
Caminhe pela organização, sinta suas necessidades, converse (sem promessas 
e/ou indagações demasiadas!) com os funcionários. Normalmente, “sentir” a 
empresa faz diferença no processo de implantação e, sobretudo, na gestão e 
manutenção do Programa. 
Além disso, os programas de promoção de saúde e qualidade de vida podem ser 
implantados e gerenciados em qualquer espaço. Normalmente, pensamos no contexto 
da empresa por conta da enfermagem do trabalho tradicional. 
No entanto, existem programas e espaços interdisciplinares que também empregam 
e/ou inserem esse profissional de enfermagem para essas modalidades de trabalho 
fora do contexto da empresa, sem deixar de ser atribuição profissional e enfermeiro 
do trabalho. 
Saiba mais por meio da leitura complementar a seguir. Trata-se de um resumo 
publicado no Congresso de Medicina Comunitária realizado em Brasília-DF, no ano 
de 2011. 
Vivências de interdisciplinaridade para saúde escolar 
A sociedade atual indica necessidade de programas e parceria para atenção de saúde de 
crianças e adolescentes quanto ao desenvolvimento da sexualidade, tornando necessárias 
reflexões das ciências médicas para esses grupos a fim de direcionar metodologias e 
gestões. Este trabalho pretende relatar a experiência de programa para saúde universal e 
focalizada, discutindo o tema “sexualidade da criança e adolescente”. Tal abordagem foi 
vivenciada por meio do Projeto “Vida Mais Viva”, que ao longo de sua execução de 
atendimentos detectou a relevância do tema nos espaços escolares que o abrigava. 
Após mapeamento da região metropolitana de Campinas (SP) e delimitação de áreas de 
maior necessidade, a equipe interdisciplinar composta de médico, enfermeiro, 
fisioterapeuta, psicólogo, assistente social e agentes de saúde executaram, 
voluntariamente, as ações efetivas do Projeto “Vida Mais Viva” em parceria com o 
“Amigos da Escola”. Nesse programa, no período de agosto a dezembro de 2010, 
instituições escolares das cidades mapeadas do interior da região de Campinas (SP) 
funcionaram também como unidades de atendimento quinzenal em: controle de pressão 
arterial e glicemia, oficinas de trabalhos manuais, orientações posturais em grupos de 
relaxamento e massoterapia. 
Além dessas atribuições, esses profissionais ministraram oficinas, tendo como alvo 
docentes e alunos, trabalhando a temática de prevenção à gestação adolescente, doenças 
sexualmente transmissíveis e sexualidade. Após contato com professores e estudantes, foi 
realizada uma pesquisa qualitativa por meio de um questionário semiestruturado capaz de 
avaliar a gestão do projeto. Como resultado da aplicabilidade no Programa “Vida Mais 
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Viva” os dados relatam 50 oficinas educativas, 540 atendimentos de massoterapia, 1.700 
controles de hipertensão e glicemia voltados para a comunidade local. 
Sob a perspectiva da Educação para Saúde, as informações coletadas do questionário 
destacam que 40% dos docentes não se sentem preparados para abordar a temática de 
sexualidade em suas atividades, sugerindo que estas fossem trabalhadas de forma 
transversal. Evidenciou-se, portanto, que os Programas de Saúde para a Comunidade 
existem não só como ferramentas de atendimento à saúde coletiva, mas também como 
forma de criar espaços capazes de promover discussão, construção e desconstrução de 
conceitos sobre sexualidade da criança e adolescente, em metodologias diversas e em 
todos os âmbitos. 
Para ler outros trabalhos publicados sobre Programas de Saúde do Trabalhador: Revista 
Científica JOPEF – Promoção de Saúde e Qualidade de Vida: www.revistajopef.com.br/ 
Comunicação e educação em saúde do trabalho 
A comunicação e as relações interpessoais na empresa são de suma importância por 
aproximarem departamentos, possibilitar resolução de conflitos e permitir que o trabalho 
em equipe seja desempenhado com produtividade, sucesso e efetividade. 
Da mesma forma a comunicação pode ser utilizada para a educação em saúde do 
trabalhador de maneira que informe, crie hábitos saudáveis e registre ações da gestão. 
Para tanto, podem ser utilizadas várias metodologias e recursos de comunicação como 
boletins e jornais, folders, cartazes, camisetas e banners. Esses métodos podem ser usados 
nas áreas de maior circulação dos funcionários como refeitório (unidades de alimentação), 
ambulatório/consultório médico, portaria, recepções, gerências e prédio administrativo. 
Para que a comunicação tenha fluidez e tranquilidade, atingindo seu objetivo de adesão e 
promoção de saúde, é sempre importante que os profissionais responsáveis por gestão 
sejam informados das ações antes que elas aconteçam. Dessa forma, a cadeia hierárquica 
e o organograma empresarial são respeitados, bem como se ganha respeitabilidade de 
reforço nas ações dos programas de saúde do trabalhador, evitando boicotes e o famoso 
“rádiopeão” que pode ser prejudicial ao serviço e produtividade. 
Ainda nisso, retratamos a solução bastante viável dos últimos tempos: a formação dos 
multiplicadores em saúde. Essa maneira de reproduzir informações dá resultados 
positivos caso esse multiplicador seja, alémde escolhido pelo líder, respeitado entre os 
companheiros de função/atividade laboral já que o mesmo será referência para algumas 
ações em saúde. 
 
Contextualizando 
Geralmente essas situações podem gerar expectativas sobre aumentos salariais, 
bonificações, dentre outras questões. 
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Antes dessas implantações, converse abertamente com o gestor de Recursos Humanos e 
marque uma reunião entre os multiplicadores, salientando as ações e deixando claras as 
atribuições do Programa e seus direitos e deveres diante dessa responsabilidade. 
Comunicação e educação em saúde do trabalho 
Como publicou Silva (2008), na Revista Médica de Minas Gerais: vivências de educação 
e práticas preventivas como ferramentas de promoção da saúde do trabalhador, nesses 
estudos relatou-se que ginástica laboral, orientação postural e protocolo de procedimentos 
(POPs) foram implantados a fim de instruir, conscientizar e educar sobre cuidados com a 
saúde e segurança ocupacional. 
Os resultados obtidos dessa experiência empresarial foram uma redução de 30% dos casos 
de queixas osteomusculares e 25% do número de atestados dessas queixas, 
principalmente por cervicalgia e lombalgia. Os POPs são, em muitas empresas, 
procedimentos de segurança, mas que aqui nesses relatos foram utilizados como meios 
de comunicação para multiplicação dos saberes em saúde do trabalhador. 
Esse é apenas um dentre tantos exemplos nos quais as orientações, métodos de 
comunicação e formação de multiplicadores e práticas preventivas, se bem gerenciadas, 
proporcionam hábitos saudáveis para o trabalhador com impacto positivo para o processo 
produtivo da empresa. 
As possibilidades de vivências do enfermeiro do trabalho na gestão 
empresarial e previdenciária. 
As possibilidades e atribuições do enfermeiro do trabalho no âmbito ambulatorial da 
empresa já foram relatadas anteriormente. 
Aqui, trataremos das demais vivências que, individualmente e em equipe, podem ser 
exercidas no ambiente organizacional. São elas: 
Participações em gestões e comitês, programas de promoção e educação da saúde, 
assessoria e consultoria em saúde, previdência e assistência técnica pericial, facilitação e 
treinamento nas áreas de segurança e afins. 
Participações em comitês e gestões (ergonomia e recursos humanos) 
O enfermeiro do trabalho tem participação ativa em gestões e comitês. Nessas reuniões e 
grupos, o profissional leva sua visão da saúde do trabalhador e auxilia a compor o cenário 
holístico e integral a fim de elaborar programas de ações efetivas e cronogramas mais 
condizentes com a realizada da empresa. 
Os dados e informações compilados em relatórios ambulatoriais, o conhecimento e bom 
relacionamento que esse profissional de enfermagem estabelece com os funcionários 
pode facilitar as implantações e comunicações. 
 
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Programas de promoção e educação da saúde 
Além das características citadas no item anterior, o enfermeiro do trabalho pode participar 
dos programas de saúde e educação da saúde propondo temáticas consultadas e 
necessárias a partir das informações coletadas no ambulatório. 
Com base nisso, os demais profissionais da empresa e/ou os externos contratados para a 
implantação do Programa de Qualidade de Vida (por exemplo) podem (e devem!) se 
calçar na experiência e visão que o enfermeiro do trabalho tem do contexto integral da 
empresa e das condições de saúde do trabalhador que ali exerce suas funções. 
Ainda nisso, o bom relacionamento que esse profissional de enfermagem estabelece com 
os funcionários mais uma vez pode destacar temática e necessidades psicossociais na 
ausência de um profissional de Assistência Social. Nessa perspectiva, tais condições 
podem ser repassadas aos Recursos Humanos para que a gestão seja integrada e faça 
diferença no acolhimento do trabalhador. 
Facilitação e treinamento nas áreas de saúde, segurança e afins. 
O enfermeiro do trabalho tem muito a contribuir nas áreas de formação profissional por 
meio de capacitação e aprimoramento no contexto empresarial. A exemplo dessas 
experiências, há as palestras de saúde, bem como as situações de treinamento de resgate, 
formação básica de primeiros socorros para cipeiros ou brigadistas. 
Além da empresa na qual você é profissional contratado, pode-se pensar nessas 
possibilidades de facilitação, treinamento como consultor e/ou prestador de serviços. 
Contextualizando 
• O Enfermeiro, a empresa e o trabalho devem aceitar qualquer gênero na função, 
discriminando – tal fato pode gerar problemas, além de agravos à saúde, dada a 
fisiologia do trabalho, de assédio moral e discriminação. A empresa/organização 
fica fragilizada e perde credibilidade de mercado; 
• Pesquisas relacionadas ao gênero (sexo) devem ter objetivo específico, ou seja, 
devem nortear programas de saúde e educação para a saúde. Por exemplo, sabendo 
da literatura e da prática que a prevalência de tendinite é maior em mulheres, é 
necessário que elas sejam acolhidas em programas específicos; 
• No entanto, os itens anteriores devem ser gerenciados com parcimônia, 
considerando que as relações de gênero e trabalho devem considerar sujeitos e 
identidades. Não causando conflitos e sim resolvendo situações adversas à saúde 
do Trabalhador. 
Últimas pesquisas 
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10º Congresso de Stress da ISMA-BR, 12º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no 
Trabalho, 2º Encontro Nacional de Qualidade de Vida na Segurança Pública e 2º Encontro 
Nacional de Qualidade de Vida no Serviço Público. 
Tal evento científico ocorre anualmente e discute o stress nos diversos campos do saber. 
Nos anais do ano de 2010, publicamos um resumo interessante que relaciona saúde, sexo 
(gênero) e trabalho com a sintomatologia dolorosa. 
No próximo slide, citamos fragmento do trabalho de Rodrigues, Silva e Magalhães (2010) 
e deixamos dicas investigativas para os profissionais de Enfermagem do Trabalho. 
Saúde, sexo e trabalho: a prevalência à sintomatologia dolorosa nas 
mulheres trabalhadoras da região metropolitana de campinas/sp. 
Leitura complementar 
As doenças ocupacionais representam importante causa de incapacidade para o trabalho 
e, principalmente, se relacionado ao sexo, na classe trabalhadora feminina. Nesse 
contexto, este trabalho tem por objeto de estudo a prevalência de sintomatologias 
dolorosas nas mulheres visando analisar a incidência nas áreas de atividade econômica 
de tecelagem no ano de 2009, quando foi realizado um estudo transversal em profissionais 
do setor têxtil. A amostra foi constituída de 150 funcionários que trabalhavam na área de 
tecelagem (subdivisão Poliéster) em dois municípios da região metropolitana de 
Campinas – SP, Brasil, tratando os dados por meio de análise bidirecional e multivariada. 
Nessa perspectiva, após análise, observaram-se 55 casos de queixas osteomusculares, 
tendo como maior incidência de tendinites de flexor/extensor do punho, lombalgia e 
cervicobraquialgia no sexo feminino, com tempo de ocupação maior de seis meses na 
mesma atividade, associado em 20% com outros problemas de saúde e postura de trabalho 
predominantemente em pé, com maior prevalência na área de fiação e escolha dos fios 
(40%). 
Assim, tais resultados demonstram uma alta prevalência de queixas osteomusculares entre 
os trabalhadores estudados, sobretudo, as mulheres. 
Dessa maneira, nas empresas e setores contemplados nesta pesquisa, são necessárias mais 
investigações para que programas preventivos e demais ações efetivas de equipe 
multiprofissional sejam implantadas como forma de atribuir promoção de saúde e 
qualidade de vida a essas trabalhadoras. 
Considerações finais 
Tratamos, portanto, de vivências empresariais da gestãoaté os programas preventivos e 
a comunicação como forma de instrumentos da promoção de saúde na organização. Dessa 
forma, acreditamos que, além da visão global de implantações e gestões na área de 
segurança e saúde do trabalhador, o profissional da Enfermagem do Trabalho pode e deve 
se reconhecer em novas identidades a fim de que, exercendo eticamente suas atribuições, 
possa buscar campos de atuação para si, promovendo boas gestões empresariais e saúde 
aos trabalhadores. 
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Assim, fica para cada profissional o desafio de estudar e aprofundar em temáticas como 
as mudanças previdenciárias ou as consultorias sustentando seus conhecimentos nas bases 
teóricas e, sobretudo, na experiência prática, astúcia, ética e flexibilidade que a área da 
saúde do trabalhador exige de sua equipe interdisciplinar.

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