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[resumo][anotação][medvet] SEMIOLOGIA OFTÁLMICA DE PEQUENOS ANIMAIS

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Clínica médica de Pequenos Animais 
Semiologia Oftálmica 
 
Hierarquia do exame oftálmico 
1. Conforto ao paciente 
2. Preservação da função 
3. Preservação da estética 
 
APR: atrofia progressiva da retina. Muito comum em 
Schnauzer 
 
Urgência oftálmica: Costuma aparecer quadros 
agudos. O animal chega cego, com dor ou com muita 
secreção no olho. Dependendo da situação, a gente 
pergunta as perguntas FAST. 
 
• Quanto tempo faz que ele tá assim? 
• Como ele evoluiu? Como foi que ele chegou a 
esse ponto? 
• Uni ou bilateral? 
• Teve algum tratamento anterior? 
 
Sinais clínicos mais observados pelo tutor 
• Fotofobia 
• Secreção 
• Prurido 
• Blefaroespasmo (tá ligado a dor) 
• Mudança de comportamento 
 
Obs.: o TLS (teste lacrimal de Schirmer) é 
extremamente utilizado 
 
Identificação do paciente 
• Idade 
• Sexo 
• Pelagem 
• Espécie e raça 
Pug: ceratite crônica pigmentar 
Poodle e schnauzer: catarata e APR 
Cocker: CCS, atrofia de retina e catarata, ectrópio 
Sharpei: entrópio 
Gatos: sequestro corneano, c. herpética (herpesvírus, 
rinotraqueíte) 
Lhasa e shih-tzu: cílio ectópico, protrusão de glândula, 
conjuntivite alérgica 
 
 
 
 
 
Exame clínico a distância 
• Temperamento 
• Atitude da cabeça 
• Deambulação 
 
Teste de labirinto pra observar a orientação dele no 
ambiente claro e escuro. Porque ele pode ter cegueira 
só diurna ou noturna. 
 
➢ Cegueira diurna: hemelaropia. Morte dos 
cones da retina. 
➢ Cegueira noturna: Nictalopia. Morte dos 
bastonetes. 
 
Exemplo: na APR começa a ter cegueira noturna, 
depois que fica diurna. 
 
Catarata 
Fisiologicamente a pupila, de dia, contrai (miose). Na 
catarata, ele não enxerga direito porque o núcleo do 
cristalino tá tão denso que nem permite a passagem da 
luminosidade. O estímulo fotoluminoso não chega na 
retina. De noite, como a pupila tá em midríase, ele 
enxerga um pouco melhor já que a dilatação facilita a 
passagem da luz. 
 
Com o passar do tempo, essa retina fica em desuso. 
Atrofia. Por isso tem que fazer o exame de 
eletrorretinografia para ver a função da retina. 
 
Se tá atrofiada, não faz sentido fazer cirurgia. Porque ia 
ser só estético, não ia dar conforto (inclusive a 
recuperação é desconfortável) 
 
Mas pode acontecer de causar uma luxação de 
cristalino, que é onde estão os ligamentos. Isso pode 
levar ao entupimento do ângulo iridocorneal, 
causando descolamento de retina e gerando glaucoma, 
uveíte secundária, etc. 
 
Anamnese 
Como já dito: queixa principal, se é uni ou bilateral, 
tempo e forma de evolução, terapia prévia e atual 
(sulfa, enrofloxacina), se tem hemelaropia e/ou 
nictalopia, se o ambiente mudou, secreção, fotofobia, 
olho vermelho, prurido, blefarospasmo... 
• Tem manifestações clínicas sistêmicas? 
• Doenças concomitantes? 
• Exames anteriores 
• Alterações de equilíbrio, deambulação e 
estado mental 
• Antecedentes mórbidos (oculares e 
sistêmicos) 
• Antecedentes familiares/doenças hereditárias 
• Informações sobre polidipsia e poliúria 
 
Porque, no caso, pode ser alguma outra doença de 
cunho metabólico/renal/neurológico que tenha 
repercussão oftálmica. Importante investigar isso. 
 
• Ingestão de carne crua, porque pode ser 
toxoplasmose 
• Ingestão de água 
• Evacuação e micção 
• Imunização e vermifugação 
• Ectoparasitos/preventivos 
• Antecedentes de doenças infecciosas 
• Contactantes (ver se tem doenças ou causas de 
óbito) 
 
Equipamentos e material para uma consulta oftálmica 
 
Kit básico de diagnóstico 
• Fita de teste lacrimal de schimer 
• 2 fitas corantes. Um laranja e um verde 
• Fluoresceína em colírio 
• Mydriacyl – tropicamida 1%. É midriático, para 
causar a midríase 
• Anestalcon – cloridrato de proximetacaína 
5mg/mL. Colírio anestésico 
 
Outros 
• Utrassom, muito bom pra avaliar e fechar 
alguns diagnóstico quando o animal não 
consegue nem abrir o olho. 
• Luz/lâmpada de fenda/biomicroscópio pra 
avaliar o ângulo iridocorneal 
• Lupa para avaliar o fundo de olho 
• Oftalmoscópio 
 
Para avaliar gato: dar um comprimido de gabapentina 
100mg uma hora antes da consulta para que ele 
chegue mais tranquilo. 
 
Exame Oftálmico 
• Comparar os dois olhos – simetria e 
posicionamento 
• Avaliar de fora pra dentro: pálpebra, nariz até 
o fundo do olho: 
Anexos oculares 
Conjuntiva/esclera 
Córnea 
Segmento anterior 
Segmento posterior 
 
Teste Lacrimal de Schirmer 
 
O filme lacrimal tem 3 fases: 
a) Fase lipídica 
b) Fase aquosa 
c) Fase mucosa 
 
Nesse teste, é medida a fase aquosa. 
 
Técnica: 
inserção da tira no fórnice conjuntival ventrolateral. 
Dobra a tirinha e encaixa nesse local. Pela capilaridade, 
o resultado é obtido. 
Unidade: milímetros por minuto (mm/min) 
 
Valores normais: 
cão 15-25mm/min 
Gato 7-10 mm/min 
 
Se tiver demais: pode ser ceratoconjuntivite seca 
Se tiver de menos: pode ser corpo estranho, pode ser 
obstrução do ducto lacrimal (aí lacrimeja mais pra 
compensar), etc. 
 
Avaliação indireta da visão 
• Reflexo palpebral 
• Reflexo pupilar à luz direta e consensual (II e III 
par) 
• Resposta ao movimento 
• Resposta à ameaça 
• Teste do labirinto (claro e escuro) 
• Resposta ao ofuscamento 
 
O reflexo palpebral deve ser realizado antes da 
sedação, anestesia tópica e bloqueios regionais. Tem 
que tocar no canto temporal e nasal do olho, ou seja, 
medial ou lateral. Quando encosta, a gente espera que 
ele pisque. Quem leva o estímulo é o nervo trigêmeo e 
quem responde em forma de piscada é o facial. 
 
Quando incide luz, essa luz chega na retina via nervo 
ótico e a resposta é a contração da pupila através das 
vias aferentes (resposta do oculomotor). 
 
Avaliar também o reflexo direto/consensual (lembre-
se da parte do quiasma ótico, etc em neuro) 
Obs: não avalia a capacidade visual

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