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Créditos Tributários controle de diferenças temporárias - Apostila

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CONTABILIDADE 
TRIBUTÁRIA 
Ramon Alberto Cunha de Faria
Créditos tributários: controle 
das diferenças temporárias
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as diferenças temporárias tributáveis e diferenças tem-
porárias dedutíveis.
 � Compreender os Ativos e Passivos fiscais.
 � Entender as formas de controle e lançamentos das diferenças 
temporárias.
Introdução
Neste texto, você vai estudar o controle das diferenças temporárias 
do crédito tributário. Vai analisar os conceitos de diferimento de im-
postos e quando ocorre a provisão dos impostos sobre um resultado 
tributário. Também vai compreender o que são diferenças temporá-
rias tributáveis e dedutíveis, bem como sua contabilização, e analisar 
os métodos para se apurar o imposto de renda e a contribuição social 
diferidos em relação às diferenças temporárias. 
Conceito de diferimento para fins de 
compreensão das diferenças temporárias
O conceito de diferimento para fins fiscais objetiva reconhecer receitas e des-
pesas em períodos futuros e diferentes do apurado pela contabilidade, pois 
esta última obedece ao princípio da competência para reconhecer e mensura-
-las contabilmente. 
Para fins fiscais, pode-se ter uma base fiscal de seu ativo ou passivo maior 
ou menor do que o registrado pela contabilidade, fazendo esta postergação 
em reconhecer as receitas e as despesas ser classificada fiscalmente como 
“diferenças temporárias tributáveis” e “diferenças temporárias dedutíveis” do 
imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido.
Os valores das diferenças entre a base fiscal de um ativo ou passivo e os 
valores registrados pela contabilidade são denominados diferenças tempo-
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rárias. O objetivo de você analisar o conceito de diferimento é necessário 
para chegar ao tema proposto “diferenças temporárias”. Para que você en-
tenda a aplicação dos mecanismos das diferenças temporárias tributáveis 
e dedutíveis é necessário compreender antes algumas definições contábeis 
e fiscais.
Resultado contábil ou lucro líquido antes do imposto de 
renda
É o lucro líquido ou prejuízo contábil de determinado período, antes dos 
ajustes com adições e exclusões de despesas e receitas do imposto de renda e 
da contribuição social.
Resultado tributável
É o valor que servirá de base de cálculo para o imposto de renda e a con-
tribuição social. É o lucro real ou prejuízo fiscal de um período sobre qual 
incidiram a alíquota do imposto de renda e da contribuição social, observado 
as regras estabelecidas pela legislação tributária. 
Imposto de renda e contribuição social a pagar 
ou recuperar
É o valor devido de imposto de renda ou contribuição social a pagar ou a recu-
perar em relação ao resultado tributável de determinado período. 
Ativos e passivos fiscais
Os ativos e passivos fiscais são os valores de impostos a recuperar ou a 
pagar, sendo suas provisões futuras apresentadas separadamente das apu-
rações correntes.
Os ativos e passivos fiscais devem ser reconhecidos no balanço patrimo-
nial e ser apresentados separadamente de outros ativos e passivos. Os ativos e 
passivos fiscais diferidos (futuros), também, devem ser demonstrados separa-
damente das ativos e passivos correntes (presentes). 
127Créditos tributários: controle das diferenças temporárias
Contabilidade_Tributaria_U4_C15.indd 127 20/09/2016 17:20:15
Ativo fiscal diferido
O ativo fiscal diferido são os valores de imposto de renda e contribuição so-
cial a recuperar em períodos posteriores ou futuros. 
Ativo fiscal diferido – prejuízo fiscal
Prejuízos fiscais são valores decorrentes do resultado negativo da base de 
cálculo do lucro real para fins de tributação do imposto de renda e da contri-
buição social.
A legislação tributária vigente estabelece que a empresa que obtiver preju-
ízos fiscais, poderá compensa-los com os lucros apurados futuramente pelas 
pessoas jurídicas optantes pelo regime tributário do lucro real. 
Na legislação vigente existem um limite para a compensação em cada pe-
ríodo, sendo este percentual de 30%, mais conhecido na área tributária como 
“trava dos 30”, por limitar a utilização dos prejuízos fiscais a 30% do lucro tribu-
tável em cada período de apuração do imposto de renda e da contribuição social. 
O prejuízo fiscal é classificado como um ativo fiscal diferido, e o seu reco-
nhecimento para fins de compensação com lucros futuros deve ser realizado 
quando realmente for reconhecido o lucro futuro, por meio de uma análise 
minuciosa na expectativa de rentabilidade do negócio. 
Deverá reconhecer o ativo fiscal diferido em relação aos prejuízos fiscais 
sempre que for possível evidenciar um lucro futuro tributável e suficiente para 
compensar com os prejuízos fiscais. 
A responsabilidade por essa avaliação de continuidade operacional cabe à ad-
ministração da empresa e requer uma análise de demonstrações das evidências 
de que a probabilidade de se obter lucro exista. Deve-se demonstrar, de maneira 
clara, que a empresa não está em descontinuidade, ou seja, que esses prejuízos 
fiscais não são decorrentes de uma liquidação ou encerramento da empresa. 
Se a administração da empresa não conseguir evidenciar de maneira clara 
que há a probabilidade de um lucro futuro, não deverá reconhecer e contabi-
lizar os prejuízos ficais. O ativo fiscal diferido não poderá ser reconhecido.
Diferenças temporárias
As diferenças temporárias estão disciplinadas pelo pronunciamento do 
IBRACON NPC nº 25 e nas suas instruções e conceitos na Deliberação CVM 
nº 273/1998. 
Contabilidade tributária128
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As diferenças temporárias são os valores que impactam ou impactarão 
à apuração do imposto de renda e da contribuição social decorrentes das di-
ferenças temporárias do valor da base fiscal de um ativo ou passivo, com os 
valores de registros pela contabilidade demonstrados no balanço patrimonial.
Os valores como o imposto de renda e a contribuição social a pagar re-
ferente ao período corrente devem ser contabilizados como obrigação, à me-
dida que forem sendo provisionados, e se no final do exercício (ajuste final) o 
valor do imposto já pago for maior que o montante realmente devido, os tri-
butos poderão ser recuperados e reconhecido como um direito em seu ativo. 
Isso ocorrerá, desde que tenham saldo a compensar com tributos da mesma 
autoridade fiscal, ou seja, no caso dos tributos com imposto de renda e con-
tribuição social que são federais, somente poderão ser compensados com tri-
butos federais.
A base fiscal é um conceito para distinguir os valores dos ativos e passivos 
para fins tributários.
A diferença da base fiscal de um ativo ou um passivo, em relação ao valor 
registrado pela contabilidade, pode ser tributável ou dedutível da base de cál-
culo para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social.
Se forem diferenças temporárias tributáveis, resultarão em valores a serem 
acrescidos da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social em 
períodos futuros, ou seja, quando um ativo for recuperado ou um passivo for 
liquidado.
Se forem diferenças tributárias dedutíveis, resultarão em valores a serem 
deduzidos da base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social em 
períodos futuros, ou seja, quando um ativo for recuperado ou um passivo for 
liquidado.
Diferenças temporárias tributáveis
As diferenças tributáveis surgem quando se incluem receitas ou despesas no 
resultado contábil de um determinado período e no resultado tributável com 
outro período. Assim, ocorre uma diferença entre a base fiscal de um ativo 
ou um passivo com os valores registrados pela contabilidade e demonstrados 
no balanço.
São situações em que ocorrem as diferenças temporárias tributáveis:
 � Receita contabilizada, porém, ainda não recebida em decorrência de
contratos em longo prazo de uma construçãopor empreitada, forne-
129Créditos tributários: controle das diferenças temporárias
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cimentos de produtos ou serviços, desde que celebrados por uma enti-
dade governamental.
 � Quando a depreciação considerada para fins tributários for diferente
daquela registrada pela contabilidade.
 � Ganhos de capital em decorrência de venda de bens do ativo imobili-
zado que, na contabilidade, esteja registrado por um valor em detri-
mento do princípio da competência e, para fins tributários, o reconhe-
cimento da receita se dê de maneira diferente, por força de lei tributária. 
Desde que o recebimento do rendimento se dê em longo prazo.
 � Na reavaliação de ativos na qual é permitido, em certas ocasiões, a
contabilidade reconhecer seu resultado, portanto não afeta o resul-
tado tributável. Contudo, a base fiscal diverge da contábil e esta não 
é ajustada. Essa diferença constitui uma diferença temporária que, no 
momento da realização do ativo, será tributada, portanto, a diferença 
desse valor deverá ser integralmente provisionada, no momento em que 
ocorrer a contabilização da reavaliação. 
Diferenças temporárias dedutíveis
As diferenças dedutíveis surgem quando se excluem receitas ou despesas no re-
sultado contábil de um determinado período e no resultado tributável com outro 
período. Assim, ocorre uma diferença entre a base fiscal de um ativo ou passivo 
com os valores registrados pela contabilidade e demonstrados no balanço.
São situações em que ocorrem as diferenças temporárias dedutíveis:
 � Ocorrência de provisão para gastos com a manutenção e reparo de
equipamentos, podendo ser deduzida da base de cálculo do imposto de
renda e da contribuição social no momento de sua realização.
 � Ocorrência de provisão para contingência, ou seja, de riscos fiscais.
 � Ocorrência de provisão para perdas permanentes classificadas como
investimentos.
 � Receitas que serão tributadas em um determinado período, portanto,
serão contabilizadas apenas em períodos futuros, em razão do prin-
cipal contábil da competência.
 � Amortização do ágio que é contabilizada pelo princípio da compe-
tência, porém somente poderá ser deduzido seu valor da base de cál-
culo do imposto de renda e da contribuição social no momento da sua 
realização de fato, etc.
Contabilidade tributária130
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131Créditos tributários: controle das diferenças temporárias
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BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Aprova o pronunciamento do IBRACON sobre 
a Contabilização do Imposto de Renda e da Contribuição Social. Deliberação CVM nº 
273, de 20/08/1989.
KPMG. Tributos sobre o lucro: alguns aspectos críticos. [2012]. Disponível em: <https://
www.kpmg.com/BR/PT/Estudos_Analises/artigosepublicacoes/Documents/Audito-
ria/Contabilidade-em-destaque-4.pdf>. Acesso em: 13 set. 2016.
LARENZ, K. Metodologia da ciência do direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 
1997.
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. Contabilidade avançada. São Paulo: Atlas, 2001.
PORTAL DE CONTABILIDADE. IBRACON NPC nº 25 - contabilização do imposto de renda e 
da contribuição social. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibra-
con/npc25.htm>. Acesso em: 13 set. 2016.
PORTAL DE CONTABILIDADE. NBC T 19.2: tributos sobre o lucro. Disponível em: <http://
www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/t192.htm>. Acesso em: 13 set. 2016.

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