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A COMUNICAÇÃO Ano Letivo: 2022/2023 Professor responsável: João Paulo Marques Docente: João Paulo Marques A comunicação interpessoal é um tema fundamental da Psicologia Social. Os processos de comunicação são a base de toda a relação. https://illuminate.nucleusfinancial.com/blog/role-money-coaching-financial-planning DEFINIR COMUNICAÇÃO communicare partilhar por em comum entrar em contacto com relacionar-se com Etimologia no latim O que é comunicar? Paul Gauguin óleo sobre tela de 1891 (Musée d'Orsay (Paris, France) DEFINIR COMUNICAÇÃO Para pensarmos um pouco: o que está envolvido no ato de comunicar? SITUAÇÃO: UM SUJEITO CRUZA-SE COM O SEU VIZINHO E DIZ-LHE QUE VAI ESTAR UM DIA DE CALOR. Jovem homem e a alcoviteira. Óleo s/ tela de Michael Sweerts, 1660 Musée Du Louvre (Paris, France) Exercício: TENTE DESCREVER TUDO O QUE ACONTECEU NESTA SITUAÇÃO • “Vou partilhar uma sensação física • Faço um trabalho intelectual: a minha memória procura e recupera a minha experiência de sinais precursores de outros dias quentes • O meu cérebro traduz aquelas impressões em palavras, transmite-as aos meus pulmões e cordas vocais para que a minha voz, a minha língua e os meus lábios se façam entender pelo meu ouvinte tendo em conta a sua posição e a distância a que se encontra • O meu ouvinte fará um caminho inverso. Esta mensagem que ele vai receber pelas suas orelhas deverá ser transmitida ao seu cérebro que a traduzirá e formulará, por seu lado, uma resposta. ISTO NO MELHOR DOS CASOS, MAS… • Pode acontecer que eu tenha uma voz muito baixa ou uma má pronúncia • Ou que o meu ouvinte esteja muito longe, ou seja um bocadinho “duro de ouvido”, ou “esteja na lua”, ou demasiado emocionado,… • Pode não ter recebido, ou ter percebido mal, por razões estritamente materiais ou físicas: por exemplo, um avião a jato passou no momento em que eu falava… • Ele pode reagir interiormente por associações de ideias afetivas ou intelectuais: “Baril, vou poder tomar banho!”, ou ainda “Vou ter de ir regar os meus feijões” ou “Este calor vai certamente fazer-me dor de cabeça.” • Ele vai responder-me de acordo com esta reação. • Pode estar de mau humor e limitar-se simplesmente a resmungar, aborrecido por este vizinho que o faz perder tempo ou, ao contrário, aproveita a ocasião para se envolver numa interminável conversa.” O QUE ACONTECE DEFINIR COMUNICAÇÃO Alguns tipos básicos de comunicação QUANTO AO SENTIDO No circuito UNILATERAL: • Há um participante emissor • Não sabemos se há um participante recetor • Não há feedback (informação de retorno) • Gera subjetividade e perda de informação No circuito BILATERAL: • Há dois participante ativos: o emissor e o recetor • Há reversibilidade e reciprocidade no processo de comunicação • Gera objetividade e menor perda de informação DEFINIR COMUNICAÇÃO Alguns tipos básicos de comunicação 1. Comunicação verbal a) Comunicação oral (rapidez na chegada da mensagem e na avaliação do feedback; interação) b) Comunicação escrita (clareza, rigor e maior qualidade; caráter permanente) 2. Simbólica Envolve os símbolos que usamos e os nossos comportamentos (como nos vestimos, que carro usamos,…) 3. Comunicação não-verbal Refere-se à utilização de meios como o corpo, o olhar, a expressão facial, o tom de voz, os gestos,… QUANTO AO MEIO DE CODIFICAÇÃO DEFINIR COMUNICAÇÃO Alguns tipos básicos de comunicação «Se a natureza nos deu dois olhos, dois ouvidos e uma só língua, é para ver e ouvir o dobro do que falamos» (Zenão de Eleia, filósofo grego, século V a.C.). QUANTO À FORMA DE TRANSMISSÃO Cara-a-cara Mediada DEFINIR COMUNICAÇÃO Para refletirmos um pouco PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO Os elementos básicos da comunicação emissor recetor mensagem código feedback Canal de comunicação mensagem código ruído contexto da comunicação Pragmática – conjunto de elementos, regras ou fórmulas que determinam um ato ou comportamento. PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO O feedback Informação de retorno Eficácia e melhoria da comunicação Tipos de feedback Verbal Não verbal • Repetição da mensagem por parte do recetor; • Interrogação final do recetor pelo emissor; • Interrogação do emissor pelo recetor. • Sinais mais ou menos convencionais; • Não acrescentam nada ao conteúdo da comunicação; • Mantêm a ligação e reforçam o sistema de comunicação; • Aumentam a confiança mútua emissor/recetor. COMUNICAÇÃO (+) EFICAZ " Só sei verdadeiramente o que disse, depois de ouvir a resposta ao que disse.“* PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO O feedback * Não me foi possível localizar o autor da frase “Comunicar é o meio pelo qual dois ou mais intervenientes produzem e interpretam significados e, de certa forma, constroem e põem em comum um entendimento recíproco.” (Ferreira , Neves, Abreu & Caetano, 1996, p. 173) DEFINIR COMUNICAÇÃO Definições possíveis • Processo interpessoal e relacional • Processo dinâmico e evolutivo “trata-se de um processo dinâmico, verbal e não verbal, permitindo que duas pessoas se tornem acessíveis uma à outra, que consigam pôr em comum sentimentos, opiniões, experiências e informações.” (Riopele, 1966 – cit. Por Berger & Mailloux, 1995) O processo de comunicação passa por seis fases (Wilson, 2001): 1. Conceção da ideia 2. Codificação 3. Escolha do canal 4. Descodificação 5. Interpretação da mensagem 6. Resposta (feedback) O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Fases do processo de comunicação Para haver comunicação não basta… • Escrever - não significa que ser-se lido • Falar - não significa ser-se escutado • Ser ouvido ou lido - não significa ser-se compreendido O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO O processo de comunicação é um todo Tu ra d in h as in h tt p s: // w w w .a p p vi ze r.c o m .b r/ re vi st a/ co m u n ic ac ao /c o m u n ic ac ao - in te rn a/ o -q u e- e- co m u n ic ac ao -i n te rn a Não deve ser confundido com INFORMAR Isso só é possível se, como dissemos, encararmos o processo como: • Sendo participado e relacional (ou interativo) • Garantirmos a eficácia da comunicação – através da informação de retorno ou feedback. OS CINCO AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO Watzlawick, Beavin & Jackson João Paulo Marques Professor Adjunto Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria Comunicação Processo fundamental nas abordagens sistémicas Privilegia a interação face-to-face Necessita de uma comunicação interpessoal de qualidade Anos 60 – Paul Watzlawick, Janet Beavin e Don Jackson ESTUDO DA COMUNICAÇÃO DE FORMA OBJETIVA E POSITIVISTA Procuravam invariantes no processo de comunicação DEFINIRAM CINCO AXIOMAS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO 1. A impossibilidade de não comunicar 2. Toda a comunicação implica dois tipos de elementos: o conteúdo e a relação 3. Pontuação da sequência de eventos 4. Comunicação digital e comunicação analógica 5. Interação simétrica e interação complementar “(…) algumas propriedades simples da comunicação que têm implicações interpessoais fundamentais.” In Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 44) 1 – A impossibilidade de não comunicar AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO “(…) por muito que o indivíduo se esforce, é-lhe impossível não comunicar. Atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui um valor de mensagem; influenciam outros e estes outros, por sua vez, não podem não responder a essas comunicações e, portanto, também estão comunicando.” In Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 45) 1 – A impossibilidade de não comunicar • Ninguém pode “não comunicar” • Todo o comportamento é comunicação e toda a comunicação é comportamento • Não existe“não comportamento” logo, não existe “não comunicação”. “O comportamento não tem oposto.”* AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO * Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 44) 1 – A impossibilidade de não comunicar AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO Formas de aceitar a comunicação com o outro: Verbais Não verbais Estabelecimento do diálogo Sinais corporais (acenar, olhar,…) Formas de não aceitar a comunicação com o outro: Rejeição – Não comunicar ou não falar (mutismo) Desinteresse – Responder evasivamente Desqualificação – Respostas evasivas absurdas 2 – Toda a comunicação implica dois tipos de elementos: o conteúdo e a relação • Comunicar é mais do que transmitir informação. É também estabelecer uma relação. • O conteúdo refere-se ao que queremos comunicar: transmite informação. • A relação refere-se à forma como o fazemos e tem poder para induzir comportamentos no outro indicando como o outro deve receber a informação. Funciona como uma meta-comunicação. AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO 2 – Toda a comunicação implica dois tipos de elementos: o conteúdo e a relação Exemplo* • “É importante para a sua saúde tomar a sua medicação tal como foi prescrita.” • “Se não tomar a sua medicação tal como foi prescrita arranja mais uma série de complicações para a sua saúde.” AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO * Adaptado de Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 48) O conteúdo da informação é fundamentalmente o mesmo. A forma como é transmitido define dois tipos de relação. Trata-se de meta-informação (informação sobre a informação). “(…) metacomunicar adequadamente é condição sine qua non da comunicação bem sucedida (…)” (op. cit. p. 49) informação informação meta-informação meta-informação 2 – Toda a comunicação implica dois tipos de elementos: o conteúdo e a relação AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO * Adaptado de Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 48) Frases que podem ter pelo menos dois sentidos, consoante a forma como são ditas: “Você acha que chegará?” “Se você pensa que os empregados deste restaurante são grosseiros, então devia falar com o gerente.” 3 – Pontuação e sequência dos factos • Refere-se à organização das informações na mensagem (a sequência em que são transmitidas). • Esta organização tem efeitos diferentes no processo de comunicação e pode provocar respostas diferentes. • A não concordância com a pontuação pode ser fonte de conflitos AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO 3 – Pontuação e sequência dos factos Exemplo: AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO O “marido que diz: a minha mulher implica comigo, por isso, afasto-me de casa e desato a beber, Enquanto a mulher relata: ele está sempre a beber, chega a casa embriagado e sujo e eu afasto-me e implico.” “Uma tarefa essencial do terapeuta será justamente facilitar uma mudança na pontuação.” In, Sampaio, D. e Gameiro, J. (2002). Terapia Familiar. 5.ª Ed. Porto: Afrontamento (p. 74) 4 – Há dois tipos de comunicação: digital e analógica • Refere-se aos níveis diferentes em que podemos utilizar a linguagem. • Comunicação digital diz respeito à utilização da palavra, oral ou escrita. É uma convenção que diz respeito a uma língua específica. • Comunicação analógica diz respeito a todo o processo de comunicação não verbal: fenómenos paralinguísticos (entoação, volume, ritmo,…), fenómenos cinésicos (gestos, expressão facial e corporal) fenómenos proxémicos (forma de ocupação do espaço e elementos contextuais) e o próprio contexto em que ocorre a comuicação. • Digital e analógico coexistem e são complementares. É importante haver coerência entre ambos. AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO 4 – Há dois tipos de comunicação: digital e analógica AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO “(…) se nos lembrarmos de eu toda a comunicação tem um conteúdo e uma relação, podemos esperar concluir que os dois modos de comunicação não só existem lado a lado mas complementam-se em todas as mensagens. Também poderemos esperar concluir que o aspecto de conteúdo tem toda a probabilidade de ser transmitido digitalmente , ao passo que o aspeto relacional será predominantemente analógico em sua natureza.” Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 59) 5 – Interação simétrica e interação complementar AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO Grosso modo, “são relações baseadas na igualdade ou na diferença.” Watzlawick, P., Beavin, J. H. e Jackson, D. (1993). A Pragmática da Comunicação Humana. Um estudo dos Padrões, Patologias e Paradoxos da Interação. (9.ª Ed.). São Paulo: Cultrix (ed. Original de 1967). (p. 62 e ss) INTERAÇÕES SIMÉTRICAS – “parceiros tendem a refletir o comportamento um do outro.” INTERAÇÕES COMLEMENTARES – “o comportamento de um parceiro complementa o do outro.” As diferenças são minimizadas As diferenças são maximizadas 5 – Interação simétrica e interação complementar • Interações simétricas assentam numa “igualdade” entre interlocutores, com comportamentos recíprocos. ESCALADA SIMÉTRICA (competitividade) • Interações complementares assentam na diferença entre interlocutores: o procuram um ajustamento mútuo; o benefício comum em que cada um tende a beneficiar o outro e a relação que os une (Muitos métodos de negociação, mediação e resolução de conflitos, assentam no conceito de relacionamento complementar.) o Risco da complementaridade rígida • Há relações complementares fixadas pelo contexto social ou cultural (mãe/filho, médico/paciente, patrão/empregado, professor/aluno…) OU resultam de uma relação específica. AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO Para cada axioma podem identificar-se um conjunto de distorções de comunicação • “Esquizofrenês” – comunicação com múltiplos significados que podem ser incompatíveis. (“Filho, tens de ser mais independente!” • Comunicação ilógica –atribuição sistemática de erros na visão do emissor • Rejeição – quando um sujeit A deixa claro que não quer conversar com o sujeito B • Aceitação – O sujeito A não consegue impor a sua não comunicação – “odiar-se-á e odiará a outra pessoa pelo sua fraqueza” • Desqualificação – invalida todas as comunicações do outro • Sintoma como comunicação – fingir-se embriagado, sonolento… • Desacordo / Concordância • Profecia – preconceito Em síntese… • Axiomas devem ser analisados no contexto em que ocorre a comunicação • Têm acima de tudo uma relevância pragmática • A começar pelo primeiro axioma, a impossibilidade de não comunicar faz com que “as situações de duas-ou-mais-pessoas sejam interpessoais, comunicativas” (p. 65) AXIOMAS DA COMUNICAÇÃO AS LEIS DA COMUNICAÇÃO AS LEIS DA COMUNICAÇÃO LEI DO EMISSOR Relevância do Emissor > Relevância > Impacto h tt p s: // w w w .m ei o se p u b lic id ad e. p t/ 2 0 0 9 /0 8 /c ri st ia n o -r o n al d o -a ss o ci a- se -d es ta -v ez -a -l in ic / AS LEIS DA COMUNICAÇÃO LEI DA CONGRUÊNCIA Congruência entre: Emissor ↔ Mensagem AS LEIS DA COMUNICAÇÃO LEI DO RECETOR Relação entre: Número e heterogeneidade de recetores Facilidade de passar a Mensagem https://www.gratispng.com/png-9s9ww9/ https://br.freepik.com/vetores-premium/ilustracao-de-familia-moderna-grande- parentes-juntos-avos-mae-pai-irmaos_8958377.htm AS LEIS DA COMUNICAÇÃO LEI DA REPETIÇÃO Relação entre: Repetição da mensagem Memorização da Mensagem https://www.ombrelo.com.br/entretenimento/bom-senso-no-carnaval/ AS LEIS DA COMUNICAÇÃO LEI DA SIMPLIFICAÇÃO Relaçãoentre: Mensagem mais simples Mensagem mais fácil de: • Transmitir; • Compreender • Memorizar. http://rebrandinghivida.blogspot.com/2010/05/um-novo-slogan-para- o-hivida.html https://dietasaudavel.wordpress.com/alimento-do-mes/ AS LEIS DA COMUNICAÇÃO LEI DA DISTORÇÃO (só se aplica à comunicação verbal – oral) Refere-se à alteração do conteúdo da mensagem à medida em que esta é retransmitida de uma pessoa para outra. Não confundir com Lei da DESFIGURAÇÃO – usada em propaganda, em que se verifica uma alteração premeditada da realidade a transmitir (por ampliação, redução ou mesmo omissão de aspetos específicos da realidade/mensagem a transmitir). Leis de Alteração da Mensagem: • Lei do empobrecimento ou da redução • Lei da acentuação • Lei da assimilação http://t022dell2017.blogspot.com/2018/04/definiciones-claves-el-articulo-21-de.html AS LEIS DA COMUNICAÇÃO EFEITO BOOMERANG – não é uma lei da comunicação Fala-se em Efeito Boomerang quando uma mensagem produz o efeito contrário ao pretendido. https://www.australiantreasures.com/sv/boomerangs/1168-handcrafted-boomerang-size-118- lizardpainting-wood-outdoorsports-handpainted-boomerang-8718858713387.html AS FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO AS FUNÇÕES DA COMUNICAÇÃO 1. Informação 2. Persuasão/Motivação 3. Educação 4. Socialização 5. Distração 6. Regulação Para informar e estarmos informados Prazer Hetero e Auto regulação Aquisição da herança social e cultural. Aprendizagem da vida em sociedade Muito ligada à anterior. Aprendizagem da vivência em grupo (normas e regras sociais). Fundamental no processo de socialização. Formar e influenciar crenças e atitudes. Ligada ao controlo social. O U VI R O U V I R OUVIR O silêncio é uma das partes mais importantes da música; Ouvir é uma das partes mais importantes do processo de comunicação. https://kallefbarros.wordpress.com/2017/05/22/anamnese-a-arte-de-saber-ouvir/ 1. Ouvir cínico 2. Ouvir ofensivo 3. Ouvir cortês 4. Ouvir ativo / escuta ativa (Rego, 1999) MODOS DE OUVIR Aprendemos a escutar automaticamente. Não é necessário treinar. Saber escutar tem uma relação direta com a acuidade auditiva. Na generalidade, a maior parte de nós é capaz de escutar bem e de ler qualquer coisa ao mesmo tempo. O que escutamos é normalmente o que foi dito. Saber escutar é uma atitude passiva. O saber escutar processa-se apenas com os ouvidos. OUVIR POR OUVIR… E OUVIR PARA OUVIR Mitos associados ao ato de ouvir shmell_c4/Getty Images Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/inflamacoes-no-ouvido- podem-ter-contribuido-com-extincao-dos-neandertais/ “a escuta é a mais alta forma de altruísmo, em tudo quanto essa palavra signifique de amor e atenção ao próximo.” DO OUVIR À ESCUTA ATIVA (Penteado, 1991, cit. por Freire, 1999: 133) “O falar é de prata e o ouvir é de ouro” (provérbio árabe) – porque ao ouvir podemos aprender ou perceber algo novo, enquanto que o ato de falar limita-nos ao processamento de ideias já formadas.” (David Kolb) A ESCUTA ATIVA 1. Indiferença 2. Impaciência 3. Preconceito 4. Preocupação Fatores que impedem a escuta DIFICULTAR OU FACILITAR A ESCUTA As nossas opções (1) (Penteado, cit. Freire, 1999: 134) DIFICULTAR OU FACILITAR A ESCUTA As nossas opções (2) 1. Atenção ao outro 2. Abertura ao inesperado 3. Interesse verdadeiro 4. Observação das reações 5. Produção de feedback Fatores que promovem a escuta (Bizouard, 1997, cit. Freire, 1999: 135) h tt p :/ /i n lo ve an d w ar b yl i.b lo gs p o t. co m /2 0 1 2 /0 8 /a -l in gu a- p o rt u gu es a- te m -d es ta s- co is as .h tm l REGRAS PARA UMA ESCUTA ATIVA • Mostrar interesse • Colocar-se em empatia com o outro • Centrar-se no que é dito • Manter os canais de comunicação abertos • Eliminar qualquer juízo imediato • Não interromper o outro • Não deixar transparecer as emoções • Resistir ao efeito de halo/horn • Reformular (Dias, 1991) h tt p s: // w w w .p in te re st .p t/ p in /2 5 8 9 5 7 0 4 7 2 9 7 7 7 3 5 9 8 /? n ic _v 2 =1 a5 X U 5 6 Xd (Carl Rogers) TRÊS ATITUDES NA ESCUTA ATIVA Aceitação incondicional do outro Empatia Autenticidade h tt p s: // p l.p in te re st .c o m /p in /8 1 2 4 0 7 2 2 0 2 5 7 3 1 5 6 4 7 /? n ic _v 2 = 1 a5 X U 5 6 Xd https://conversamos.wordpress.com/2012/01/14/poesia-impressao-digital-antonio-gedeao/ https://www.pinterest.pt/pin/45599014965779544/?nic_v2=1a5XU56Xd Fonte: http://glimaronline.zip.net/charge/ http://glimaronline.zip.net/charge/ https://lisaivani.blogspot.com/2017/04/ambiguidade-ambiguidade-e-uma- multipla.html h tt p s: // es tr at eg ia e ex ce le n ci a. b lo gs .s ap o .p t/ fa z- fa lt a- u m a- b o a- co m u n ic ac ao -5 8 4 9 7 8 A ESCUTA ATIVA EM SAÚDE O doente sendo mais do que um organismo biológico é antes de tudo uma pessoa humana, que necessita de atenção, comunicação, de se sentir acompanhado, de ser tratado amavelmente, de ser escutado e compreendido, de se sentir útil, respeitado e protegido (Saraiva, 2003). “Listen to the patient, he is telling you the diagnosis.” (Osler, 1904) • Parte integrante da comunicação sendo provido de valor semântico • São bastante frequentes • Podem ser embaraçosos • Criam um vazio nas relações • Podem ser um momento de profunda troca de emoções e sentimentos • São fundamentais para escutar os outros O SILÊNCIO
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