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RESUMO - PRISÃO EM FLAGRANTE, RESTITUIÇÃO DA LIBERDADE E FIANÇA

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PRISÃO EM FLAGRANTE
Tem como principal característica a restrição da liberdade no momento que o crime está acontecendo.
NATUREZA JURÍDICA DA PRISÃO EM FLAGRANTE
A doutrina tradicional brasileira entende que a prisão em flagrante é uma medida pré-cautelar. 
Historicamente já foi vista como uma presunção da culpa = Um indício de que a pessoa cometeu tal crime. 
Funções da prisão em flagrante hoje no Brasil: 
1. Impedir que o crime produza todos os seus efeitos. / Impedir a consumação do crime. 
2. Produzir a prova imediatamente. 
Art. 302 do CPP mostrará as hipóteses da prisão em flagrante.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
Flagrantes Próprios: Execução da prisão em flagrante quando está acontecendo ou acabou de acontece.- lapso temporal pequeno.
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
Flagrante impróprio 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. – Flagrante Presumido. – Lapso temporal um pouco mais longo. 
FASES DA PRISÃO EM FLAGRANTE
1. Fase de Captura: Momento em que o executor da prisão em flagrante restringe a liberdade do agente do crime, seja esta qualquer pessoa do povo, seguindo o artigo. 301 do CPP: 
Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
2. Condução Coercitiva: Uma vez restringida a liberdade do executor do delito, ele é conduzido à delegacia. 
3. Lavratura do Auto de Prisão em Flagrante: É feito pelo delegado de polícia e, posteriormente, enviará os autos para o juízo no prazo de 24 horas. 
4. Audiência de Custódia: Artigo 310 do CPP. Nesta fase a prisão poderá ser relaxada, concede liberdade provisória ou, irá converter em preventiva. 
As garantias do preso devem ser respeitadas, entre as quais se destacam, de acordo com os incisos LXII e LXIII do Art. 5° da Constituição Federal, o direito ao silêncio, a um advogado e ao contato com a família, sob pena de relaxamento da prisão. 
A prisão deverá ser comunicada ao Ministério Público, sendo enviada cópia integral dos autos à Defensoria Pública. No caso de não cumprimento dos referidos prazos legalmente previstos, embora parte da doutrina sustente a necessidade de relaxamento da prisão, nossos tribunais superiores têm admitido sua dilação desde que haja justificativa válida. 
DECISÃO JUDICIAL PARA MANUTENÇÃO DA PRISÃO OU SOLTURA DO PRESO, PROFERIDA EM AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA.
Audiência de custódia é o momento em que o preso será levado ao Poder Judiciário para análise da legitimidade do ato prisional. 
Resolução n. 213 do Conselho Nacional de Justiça, que entrou em vigor em 2016, passou a exigir a apresentação do preso à autoridade judicial em até 24 horas da prisão, em consonância ao previsto no art. 7º, item 5, da Convenção Americana de Direitos Humanos, sendo certo que, em nosso Código de Processo Penal, tal determinação foi introduzida pela Lei nº 13.964/2019, ao alterar o caput do art. 310, CPP.
TIPOS DE FLAGRANTE
Flagrante provocado ou preparado: 
É uma forma de teatro, no qual é cometido um crime de ensaio ou um delito putativo. Um exemplo desta prática é quando um dono de uma padaria, acreditando que seu funcionário está o roubando, deixa propositalmente a caixa registradora aberta, sai do estabelecimento e aguarda o momento em que o funcionário subtrai o dinheiro para o dono executar sua prisão em flagrante. 
Hipótese em que um terceiro atua, de forma relevante, contribuindo para a prática do delito pelo agente. 
Nossa doutrina e jurisprudência não aceitam tal flagrante como válido, pois a atuação do terceiro vicia a vontade do agente do delito e seria uma hipótese de crime impossível, que nunca se consumaria. 
“não há crime, quando preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. – Súmula n° 145 do STF. 
FLAGRANTE ESPERADO: Ocorre quando seu executor toma ciência prévia da prática do delito pelo agente e aguarda o início de sua execução para realizar a prisão em flagrante. A diferença desta para o flagrante provocado é a ausência do terceiro provador – É aceito pelas jurisprudências do STJ/2019.
FLAGRANTE FORJADO: Quando há criação de provas inverídicas pelo executor da prisão, forjando um delito que não ocorreu. É um flagrante ilegal, o que exige o relaxamento imediato da prisão com a averiguação da responsabilidade criminal dos envolvidos no ato prisional. 
FLAGRANTE DIFERIDO OU RETARDADO: Trata-se de hipótese prevista nos arts. 8º da Lei nº 12.850/2013 e 53, inciso II da Lei nº 11.343, em que há uma complexa investigação policial em curso e a autoridade policial, embora obrigada pelo art. 301, CPP, deixa de executar a prisão em flagrante dos envolvidos imediatamente, para realizá-la somente no momento mais eficaz quanto à formação de provas. A doutrina e a legislação apontam a necessidade de controle de tal medida por parte da autoridade judiciária e do Ministério Público. 
Também é chamado de ação controlada. 
MEDIDAS CAUTELARES
Prisões Cautelares: Em razão do princípio da presunção da inocência que está previsto nos artigos 5°, LVII da CFBR/88 e 8°, item 2 da Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, não é autorizado o cumprimento de sanção penal antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
A única forma admitida de restrição de liberdade no curso do processo é aquela que apresenta natureza estritamente cautelar, que visa garantir a eficácia e a efetividade do processo penal.
Exemplo: Casos em que o suspeito planeja fugir do país para não responder pelos seus atos perante a justiça. 
REQUISITOS PARA DECRETAÇÃO DE PRISÃO CAUTELAR / PREVENTIVA
1. A Cautelaridade da medida
2. A extrema necessidade da prisão
3. A homogeneidade do ato prisional
Cautelaridade da medida: Finalidade se assegurar a efetividade do processo penal, exige a existência de concomitante de dois pressupostos: o fumus commissi delicti, que diz respeito à necessidade de prova de materialidade do crime e razoável indício de autoria e o periculum libertatis que se refere à constatação fática de perigo decorrente do estado de liberdade do imputado. 
Extrema Necessidade: 
Para a decretação das prisões processuais é necessário que nenhuma outra medida cautelar diversa da prisão seja suficiente para garantir a efetividade do processo, na forma do art. 282, § 6º, CPP. Em 2011, foi aprovada a Lei 12.403, que trouxe importantes mudanças no Código de Processo Penal sobre as medidas cautelares, introduzindo alternativas mais brandas que a prisão propriamente dita.
O art. 319, CPP passou a estabelecer, como medidas cautelares diversas da prisão que podem ser, inclusive, aplicadas cumulativamente:
Homogeneidade do ato prisional: É a proporcionalidade entre a medida cautelar restritiva de liberdade decretada e a possível punição que será imposta ao acusado, caso venha a ser condenado. Não se pode admitir que a consequência da cautelar seja mais gravosa do que o futuro provimento final do processo que ela mesma visa tutelar.
Não se pode admitir, por exemplo, a decretação de prisão processual em infrações penais de menor potencial ofensivo, nas quais, ainda que condenado, ao réu não será aplicada penas privativas de liberdade, mas sim penas alternativas restritivas de direito.
IMPORTANTE: Verificar artigos 312, 313, 314 e 315 do CPP, nesses artigos estarão os requisitos e pressupostos para a prisão preventiva.
 A prisão preventiva poderá ser decretada em qualquer fase da persecução penal, desde a fase investigatória até o julgamento do último recurso do acusado, sendo certo que nossa lei não estabelece prazo máximo para a sua manutenção, mas a razoabilidade deve reger a matéria, caso o trâmite processual se dilate no tempo em razão de atos atribuíveis ao próprio Estado, seja Ministério Público ou o próprio juiz.
não poderá ser decretada a prisão preventiva caso haja prova nos autos dapresença de alguma causa excludente da ilicitude, como ampla defesa.
É necessário demonstrar a existência de fatos novos ou temporâneos para a decretação da segregação cautelar.
MOTIVOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA:
1. Garantir a ordem pública.
2. Garantir a ordem econômica. (desvio de grande valor de dinheiro, gerar falência de banco... delitos econômicos)
3. Por conveniência da instrução criminal. (quando o acusado ameaça testemunhas, peritos ou quer destruir provas)
4. Para assegurar a correta aplicação da lei penal. 
Em respeito à regra da homogeneidade de toda e qualquer medida cautelar. Somente autoriza a prisão preventiva em hipóteses de crimes mais graves, nas quais, em hipótese condenatória, poderá ser aplicada a pena privativa de liberdade.
1. Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos.
2. Em crimes dolosos com qualquer pena, se o acusado tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvo o disposto no art. 64, I, do CP.
3. Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos, enfermos ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medias protetivas de urgência.
PRISÃO TEMPORÁRIA: Visa exclusivamente tutelar a investigação preliminar, é a única hipótese de prisão processual que não está expressamente prevista no CPP, mas sim em ato legislativo próprio. Tem como objetivo evitar que, em liberdade, o investigado possa dificultar a colheita de elementos de informação durante a investigação policial.
A prisão temporária somente poderá ser decretada na fase de investigação preliminar, por autoridade judiciária competente, em face de representação da autoridade policial ou de requerimento do MP.
Este procedimento está expressamente previsto no caput do art. 2º da Lei nº 7.960/89. Seu parágrafo 2º estabelece ainda que o despacho que decreta a prisão temporária deve ser fundamentado e prolatado dentro de um prazo de 24 horas após o recebimento do requerimento ou da representação, podendo o juiz, segundo o parágrafo 3º do referido dispositivo, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar quaisquer informações que julgar pertinente à autoridade policial e submeter o paciente a exame de corpo e delito.
É decretada por prazo certo, tendo como regra sua decretação por, no máximo, 5 dias, prorrogável por mais 5 dias em caso de comprovação de extrema necessidade da medida. Ou seja, o juiz não pode pedir a decretação da prisão preventiva por 10 dias direto, somente de 5, podendo prorrogar por mais 5. 
Passando este prazo, encerrado o período de prorrogação, o preso deve ser solto pela autoridade custodiante imediatamente, sem que seja necessária a expedição de alvará de soltura pelo juízo.
O juiz poderá conceder liberdade ao imputado antes de seu fim, caso julgue não mais necessário a manutenção da medida. 
Todos os requisitos para a decretação da prisão temporária estão previstos no art. 1° da Lei n° 7.960/89.
A extrema necessidade também é exigida nas prisões temporárias.
RESTITUIÇÃO DE LIBERDADE
Existem três formas de restituição da liberdade do acusado/investigado preso provisoriamente.
1. O relaxamento da prisão.
2. A revogação da prisão ou sua substituição por outra medida cautelar. 
3. A liberdade provisória. 
O relaxamento da prisão está previsto no art. 5, LXV, CF/88, é direito subjetivo do preso provisório, independente da espécie de prisão processual. Tem natureza jurídica de medida de urgência fundada no poder de polícia da autoridade judiciária e, portanto, pode ser concedida de ofício, com fulcro nos art. 659 c/c 648 do CPP.
Uma parte da doutrina entende que a Autoridade policial, ao entender pela ilegalidade da prisão, deve relaxa-lá. Este procedimento é chamado de Auto de Prisão em Flagrante Negativo.
A PRISÃO EM FLAGRANTE SERÁ RELAXADA, POR EXEMPLO, NOS CASOS DE FATO ATÍPICO; quando não existir situação de flagrância (art. 302, CPP); nos casos de flagrante forjado ou preparado; quando o auto de prisão em flagrante for lavrado em inobservância às formalidades legais e constitucionais (v.g. sem a elaboração de nota de culpa em até 24 horas; sem o laudo prévio de constatação de drogas em hipóteses de tráfico de entorpecentes; ausência de representação do ofendido em crimes de ação penal pública condicionada à representação); com a ausência de realização de audiência de custódia, entre outras.
Nos casos de prisão preventiva: O relaxamento da prisão é medida que se impõe nas hipóteses, por exemplo, em que o ato prisional tenha sido decretado por juiz incompetente, quando decretada sem qualquer tipo de fundamentação, havendo excesso de prazo e etc..
REVOGAÇÃO DA PRISÃO OU SUA SUBSTITUIÇÃO POR MEDIDAS CAUTELARES MENOS GRAVOSAS.
Esta medida é adequada quando não mais subsistem os motivos cautelares que justificaram o decreto prisional, ou nos casos em que tais motivos exigidos nunca tenham sequer existido.
Ao ter a prisão revogada, o indivíduo tem sua plena liberdade restabelecida, uma vez que não há instrumentalidade hipotética para imposição de nenhuma cautelar. Entretanto, ainda havendo razões cautelares, mas a prisão se mostra desnecessária, deverá ser esta substituída por outra medida cautelar diversa da prisão prevista no art. 319 do CPP, como o comparecimento periódico em juízo, por exemplo.
NATUREZA JURÍDICA: É uma medida de emergência fundada no poder de polícia da autoridade judiciária.
Segundo posicionamento jurisprudencial, caso o julgador que originariamente decretou a prisão não a revogue de ofício, deverá a defesa do acusado, antes de impugnar o referido ato prisional nos tribunais superiores, provocar o magistrado de primeira instância acerca da ausência da cautelaridade, sob pena de eventual supressão de instância.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA LIBERDADE PROVISÓRIA:
O juiz deverá analisar, na primeira etapa da audiência de custódia, se cabe liberdade provisória sem fiança (Art. 310, §1 do CPP) Quando houver prova mínima de excludente de ilicitude, o juiz deverá considerar liberdade provisória sem fiança e estabelecer como única obrigação a assinatura do termo de compromisso dos atos processuais. – DESDE QUE A INFRAÇÃO PENAL IMPUTADA NÃO TENHA COMINADA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE MÁXIMA SUPERIOR A QUATRO ANOS!
Liberdade provisória sem fiança por motivo de pobreza: Quando o agente preso não possui condições de arcar com o pagamento de fiança, o juiz, na forma do art. 350 do CPP, deve conceder liberdade provisória sem fiança para o agente. 
Assinar o termo de comparecimento à todos os atos do processo, Caso saia da comarca por mais de 8 dias, deve informar o juízo. Caso altere sua residência, deve informar ao juízo. 
Liberdade provisória com fiança: É a regra! Quando não houve razões que justifique a prisão preventiva. Art. 323 e 324, estabelece as que não cabe. 
Crimes inafiançáveis: Não cabe fiança. Crimes mais graves na forma do art. 323. 
Note que embora não caiba liberdade provisória com fiança em tais hipóteses, o Supremo Tribunal Federal tem proibido a vedação total de concessão de liberdade provisória, razão pela qual, para tais crimes, caso não esteja comprovada a necessidade da prisão preventiva, deverá ser concedida liberdade provisória sem fiança cumulada com medidas cautelares diversas da prisão do art. 319, CPP.
ARBITRAMENTO, QUEBRAMENTO E PERDA DA FIANÇA: atualmente, entende-se que a fiança é uma garantia real de cumprimento de obrigações processuais por parte do acusado.
‘’A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.’’ – Art. 330 do CPP. 
Caso seja escolhido o depósito em dinheiro, a quantia deverá ser recolhida à Caixa Econômica Federal ou ao Banco do Brasil, em nome de quem disponibilizou a quantia ao juízo.
O valor da fiança é fixado pela autoridade que a conceder, devendo considerar “a natureza da infração, as condições pessoais defortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo, até final julgamento”, conforme redação do art. 326, c/c art. 325, ambos do Código de Processo Penal. No entanto, é permitido que a legislação especial estabeleça outros métodos de quantificar o valor da fiança para determinar espécies de delitos, a exemplo do art. 79 do Código de Defesa do Consumidor.
Além de, precipuamente, ser uma garantia real de cumprimento de obrigações pessoais do réu, visa-se com a fiança também garantir o pagamento das custas, ou de eventual indenização, prestação pecuniária ou multa, que serão deduzidas de tal valor no caso de condenação do acusado.
Entretanto, como previsto no art. 337, CPP, caso a fiança seja declarada sem efeito ou transite em julgado sentença que absolve ou declara extinta a ação penal, o investigado é restituído, sem desconto, do valor pago a título de fiança.
A fiança será julgada quebrada, como dispõe o art. 341 do CPP, quando o acusado deixar de comparecer a ato processual ao qual foi intimado; praticar atos de obstrução à Justiça; recusar injustificadamente o cumprimento de ordem judicial; praticar nova infração dolosa ou descumprir obrigações dos arts. 327 e 328 ou qualquer outra medida cautelar do art. 319, CPP, imposta junto à fiança.

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