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e-book-disciplina-11-sistemas-de-informacao-em-saude-2-1666957419 (2)

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Prévia do material em texto

1
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
EM SAÚDE, USO DE 
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO E 
FERRAMENTAS DE APOIO AO 
REGISTRO DAS AÇÕES DOS 
AGENTES DE SAÚDE
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 11
Brasília – DF 
2022  
2
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
EM SAÚDE, USO DE 
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO E 
FERRAMENTAS DE APOIO AO 
REGISTRO DAS AÇÕES DOS 
AGENTES DE SAÚDE
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
E-BOOK 11
Brasília – DF 
2022  
2022 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: 
bvsms.saude.gov.br
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na 
Saúde
Coordenação-Geral de Ações Educacionais
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D, 
Edifício PO 700, 4º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-3394 
E-mail: sgtes@saude.gov.br
 
Secretaria de Atenção Primária à Saúde:
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios Bloco G,
 7º andar 
CEP: 70058-90 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315-9044/9096 
E-mail: aps@saude.gov.br
 
Secretaria de Vigilância em Saúde:
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar 
CEP: 70719-040 – Brasília/DF 
Tel.: (61) 3315.3874 
E-mail: svs@saude.gov.br
 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS 
MUNICIPAIS DE SAÚDE – Conasems
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, Anexo B, 
Sala 144
Zona Cívico-Administrativo, Brasília/DF
CEP: 70058-900
Tel.:(61) 3022-8900
Núcleo Pedagógico do Conasems
Rua Professor Antônio Aleixo, 756 
CEP: 30180-150 Belo Horizonte/MG 
Tel: (31) 2534-2640
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - 
Porto Alegre - Rio Grande do Sul
CEP: 90040-060 
Tel: (51) 3308-6000
 
Coordenação-geral:
Cristiane Martins Pantaleão – Conasems
Hélio Angotti Neto – MS
Hishan Mohamad Hamida – Conasems
Leandro Raizer – UFRGS
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Marcelo A. C. Queiroga Lopes – MS
Musa Denaise de Sousa Morais – MS
Roberta Shirley A. de Oliveira – MS
Direção técnica:
Hélio Angotti Neto
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
 
Supervisão-geral:
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação técnica e pedagógica:
Cristina Crespo
Valdívia Marçal 
Elaboração de texto:
Edmar Rocha Almeida
 
Revisão técnica:
Andréa Fachel Leal– UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
Érika Rodrigues De Almeida – SAPS/MS
Fabiana Schneider Pires – UFRGS
José Braz Damas Padilha – SVS/MS
Kelly Santana – Conasems
Lanusa Gomes Ferreira – SGTES/MS
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patrícia Campos – Conasems
Rubensmidt Ramos Riani – SGTES/MS
Designer educacional:
Alexandra Gusmão – Conasems
Juliana Fortunato – Conasems
Pollyanna Lucarelli – Conasems
Priscila Rondas – Conasems
Colaboração:
Antonio Jorge de Souza Marques – 
Conasems
Josefa Maria de Jesus – SGTES/MS
Katia Wanessa Silva – SGTES/MS
Marcela Alvarenga de Moraes – Conasems
Marcia Cristina Marques Pinheiro – 
Conasems
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Roberta Shirley A. de Oliveira– SGTES/MS
Rosângela Treichel – Conasems
Suellen da Silva Ferreira– SGTES/MS
 
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – Conasems
 
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno – Conasems
Alexandre Itabayana – Conasems
Bárbara Napoleão – Conasems
Lucas Mendonça – Conasems
Igor Baeta Lourenço – Conasems
 
Fotografias e ilustrações: 
Biblioteca do Banco de Imagens do 
Conasems
 
Imagens: 
Freepik 
Revisão ortográfica:
Camila Miranda Evangelista 
Gehilde Reis Paula de Moura 
Keylla Manfili Fioravante
 
Normalização:
XXX – Editora MS/CGDI
Brasil. Ministério da Saúde. 
 Sistemas de informação em Saúde, uso de prontuário eletrônico e ferramentas de apoio ao registro das ações dos Agentes de Saúde 
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – 
Brasília : Ministério da Saúde, 2022.
64 p. : il. – (Programa Saúde com Agente; E-book 11)
Modo de acesso: World Wide Web: xxx
ISBN xxx-xx-xxx-xxxx-x 
1. Agentes Comunitários de Saúde. 2. Prontuário eletrônico e registro de informações. 3. Aplicativos e coleta de dados. I. Conselho Nacional 
de Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título. 
CDU 614
Ficha Catalográfica
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2022/0xxx
Título para indexação: 
Health Information Systems, Use of Electronic Records and and Healthcare Agents 's Supporting Tools to Record of Actions
Tiragem: 1ª edição – 2022 – versão eletrônica
http://www.saude.gov.br/bvs
BEM-VINDA (0)!
Este é o seu e-book da disciplina Sistemas de informação em Saúde, 
uso de prontuário eletrônico e ferramentas de apoio ao registro das 
ações dos Agentes de Saúde. 
Nessa disciplina, você verá que a área da saúde lida com muitos 
dados e informações em seu cotidiano. Assim, para apoiar os 
profissionais na organização dos processos de trabalho, a partir do 
uso qualificado das informações geradas, uma das estratégias 
utilizadas é a incorporação de tecnologias como os softwares e-SUS 
APS.
Consulte-o sempre que necessário! Lembre-se de acompanhar as 
informações apresentadas na aula interativa e de realizar as 
atividades propostas, para verificar quais das informações 
apresentadas foram assimiladas. 
Bons estudos!
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
ACE | Agente de Combate às Endemias
ACS | Agente Comunitário de Saúde
CNS | Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS)
CADSUS WEB | Cadastro Nacional de Usuários do Sistema Único de 
Saúde 
CDS | Coleta de Dados Simplificada 
CRIE | Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais 
CPF | Cadastro de Pessoas Físicas 
DNV | Declaração de Nascido Vivo 
DO | Declaração de Óbito 
EAP | Equipes de Atenção Primária 
e-SUS APS | e-SUS Atenção Primária à Saúde 
ESF | Estratégia de Saúde da Família 
PEC | Prontuário Eletrônico do Cidadão 
PNI | Programa Nacional de Imunização 
PNIIS | Política Nacional de Informação e Informática em Saúde 
SG | Síndrome Gripal
SIAB | Sistema de Informação da Atenção Básica 
SIM | Sistema de Informação sobre Mortalidade 
SINAN | Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação 
SINASC | Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 
SIS | Sistemas de Informação em Saúde 
SISAB | Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica 
SISVAN | Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional 
SI-PNI | Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização 
SisPNCD | Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue 
SUS | Sistema Único de Saúde
RNDS | Rede Nacional de Dados em Saúde 
RES | Registro Eletrônico em Saúde 
TIC | Tecnologias da Informação e Comunicação
UBS | Unidade Básica de Saúde 
VS | Vigilância em Saúde
LISTA DE FIGURAS
18 | Figura 01 - Integração de interfaces do e-SUS APS com 
outros SIS. 
57 | Figura 02 - Cadastro de Indivíduos, Famílias e 
Domicílios/Imóveis no e-SUS Território. 
SUMÁRIO
A POLÍTICA NACIONAL DE INFORMAÇÃO 
E INFORMÁTICA EM SAÚDE (PNIIS) E OS 
PRINCIPAIS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
EM SAÚDE (SIS)01
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO, 
FERRAMENTAS DE APOIO PARA O 
REGISTRO DE INFORMAÇÃO E 
QUALIDADE DOS DADOS EM SAÚDE
A ESTRATÉGIA E-SUS APS E SEUS 
SOFTWARES E APLICATIVOS PARA 
COLETA DE DADOS
RETROSPECTIVA
BIBLIOGRAFIA
7
24
39
59
61
A POLÍTICA NACIONAL DE 
INFORMAÇÃO E INFORMÁTICA 
EM SAÚDE (PNIIS) E OS 
PRINCIPAIS SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO EM SAÚDE (SIS)
8
O mundo está passando por um processode transformação digital, 
ou seja, as tecnologias estão, cada vez mais, presentes em nossas 
vidas, seja nos ambientes familiares ou de trabalho. Exemplos disso, 
são o uso de aplicativos como o Whatsapp® para troca instantânea 
de mensagens, que mudou a forma como nos comunicamos, e as 
redes sociais, como o Facebook® e o Instagram®, que transformaram 
as interações entre as pessoas, causando um importante impacto 
em setores como o comércio e a propaganda. 
O processo de transformação digital foi impulsionado pela pandemia, 
em 2020, já que empresas, escolas e comércio adaptaram seus 
processos de trabalho, com o uso da tecnologia, para manutenção 
de medidas de distanciamento social (COMITÊ GESTOR DA INTERNET 
NO BRASIL, 2021). 
O processo de 
Transformação Digital
Bem, na Saúde não é diferente, não é mesmo? 
A Gerusa, a colaboradora mais experiente da 
turma Saúde com Agente, já passou por 
diversas mudanças. 
9
Quando ela começou a atuar como Agente Comunitária de Saúde (ACS), 
há 20 anos, tudo era registrado no papel e sequer havia computadores 
nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ela lembra que as famílias eram 
cadastradas na ficha A, e as pessoas com Hipertensão, Diabetes, 
Tuberculose, Hanseníase, gestantes e crianças eram acompanhadas 
com o uso das fichas B (para cada uma das condições havia uma ficha 
específica). 
Ao final de cada mês, o enfermeiro da equipe consolidava a produção 
(chamado “fechamento do SIAB”), e enviava para a Secretaria de Saúde. 
Lá, na secretaria, havia um profissional que fazia a digitação, para, 
posteriormente, enviar os dados ao Ministério da Saúde. Os avisos e a 
busca ativa das pessoas sempre aconteciam de forma presencial, pois 
os telefones celulares não eram comuns, ainda, no Brasil. Como diz a 
Gerusa: “- Era uma trabalheira danada!” 
As coisas têm mudado na Saúde e de forma rápida, em especial, no uso 
de tecnologias e de Sistemas de Informação. Nessa disciplina, 
abordaremos sobre isso e trabalharemos o uso dos Sistemas de 
Informação em Saúde no registro e no planejamento das ações 
desenvolvidas no território. 
Apresentaremos conceitos fundamentais, para que você entenda o 
momento de transformação que vivemos e a importância da qualidade 
dos dados registrados. Porque sim, os dados que vocês, Agente de 
Combate às Endemias (ACE) e Agente Comunitário de Saúde (ACS), 
produzem durante o trabalho são muito importantes! Vamos demonstrar, 
com exemplos, que a maneira como registramos os dados em um 
Sistema de Informação em Saúde pode facilitar ou dificultar o nosso 
trabalho e o dos outros setores do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Venham com a gente! 
10
Esse cenário é empolgante, mas desafiador! Sabemos que a 
informatização traz benefícios e facilidades para os trabalhadores e 
as pessoas que usam os Serviços de Saúde. Entretanto, todo processo 
de mudança deve estar acompanhado de um movimento educativo 
dos trabalhadores envolvidos e dos cidadãos usuários, para 
alcançarmos sucesso na digitalização do trabalho (MARIN, 2010).
11
O mundo vem mudando em ritmo acelerado, não é mesmo? O uso 
de computadores, da internet e de aplicativos tem facilitado o acesso 
das pessoas aos bancos, ao comércio e a outros serviços essenciais. 
Na Saúde não é diferente e estamos vivenciando a transformação 
digital dos nossos processos de trabalho, ou seja, a forma de 
interação entre os trabalhadores da Saúde e a população está 
mudando. 
Com a advento da pandemia de COVID-19 ocorreu a aceleração da 
transformação digital em todo o mundo. O uso de tecnologias foi 
fundamental para a manutenção de várias atividades do setor 
econômico. Entre os vários exemplos, temos a disponibilidade de 
atendimentos públicos por meio eletrônico, a ampliação do uso da 
tecnologia para mediar atividades educativas e a possibilidade do 
teleatendimento em Saúde (COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL, 
2021).
Você identifica 
isso em sua 
realidade?Como é esse 
processo para 
você?
Desde 2013, existe uma pesquisa nacional sobre o uso das 
Tecnologias de Informação e Comunicação nos Estabelecimentos 
de Saúde Brasileiros, também conhecida como TIC Saúde. Sua 
edição de 2021 trouxe resultados animadores, vejamos a seguir:
Em 2021, nas Unidades Básicas 
de Saúde (UBS) pesquisadas:
94% utilizavam 
computadores.
89% utilizavam Sistemas 
Eletrônicos de Saúde.
92% acessavam à Internet.
40% utilizavam 
notebook ou tablet.
12
94%
utilizavam 
computadores.
89%
utilizavam Sistemas 
Eletrônicos de Saúde.
92%
acessavam a Internet.
40%
utilizavam notebook ou 
tablet.
Em 2021, nos Estabelecimentos de 
Saúde pesquisados (incluindo 
públicos e privados):
24% ofereciam visualização 
on-line de resultados de exames.
22% ofereciam 
agendamento on-line de consultas.
21% ofereciam agendamento 
on-line de exames.
16% ofereciam interação 
on-line com a equipe médica.
9% ofereciam visualização 
on-line do prontuário do paciente.
13
Para saber mais informações sobre a pesquisa 
TIC Saúde - Resumo Executivo 2021 Edição 
COVID-19 – Metodologia adaptada, clique no 
link ou aponte a câmera do seu celular para o 
código QR, ao lado, e faça o download do 
material. 
Como podemos observar, a grande maioria das UBS utiliza 
computadores e acessam à internet - cenário bem diferente daquele 
relatado pela Gerusa, quando começou a atuar como ACS, 20 anos 
atrás. Porém, existem diferenças regionais, com melhores resultados, 
principalmente, nas regiões sul e sudeste, quando comparados à 
região nordeste do Brasil. 
A pesquisa demonstrou, também, que os Estabelecimentos Públicos 
de Saúde possuem menor acesso à infraestrutura de Tecnologias de 
Informação, quando comparados aos privados. (COMITÊ GESTOR DA 
INTERNET NO BRASIL, 2021). Assim, mesmo com os avanços 
importantes apresentados, é preciso melhorar, e vamos chegar lá!
14
https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20211124124231/resumo_executivo_tic_saude_2021.pdf
https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20211124124231/resumo_executivo_tic_saude_2021.pdf
https://cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20211124124231/resumo_executivo_tic_saude_2021.pdf
Em julho de 2021, foi publicada a Política Nacional de Informação e 
Informática em Saúde (PNIIS), com a finalidade de nortear os setores 
público e privado no processo de integração dos Sistemas de 
Informação em Saúde (SIS) e de transformação digital do trabalho. 
Assim, faz-se importante destacar alguns princípios fundamentais 
mencionados na PNIIS (BRASIL, 2021a):
● Fomentar a produção de 
dados e Informações em 
Saúde, para proporcionar a 
geração de conhecimento e 
subsidiar ações de Vigilância 
em Saúde, bem como a 
formulação de Políticas 
Públicas.
● Democratizar os dados e as 
Informações em Saúde e 
promover o acesso aberto 
como direito do cidadão.
● Preservar a autenticidade, a integralidade, a rastreabilidade e 
a qualidade das Informações em Saúde.
● Promover o direito dos cidadãos à confidencialidade, à 
privacidade, à segurança e à proteção de suas Informações 
de Saúde.
● Dar autonomia ao cidadão sobre o compartilhamento de 
seus dados de Saúde com os profissionais da área.
● Otimizar os processos de trabalho com a captura única de 
informações.
● Integrar nacionalmente os dados em Saúde e a 
interoperabilidade dos sistemas. 
15
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_infor_informatica_saude_2016.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_infor_informatica_saude_2016.pdf
A PNIIS, no geral, propõe um caminho para que tenhamos SIS 
melhores para todos: profissionais, administração pública e pessoas 
usuárias do SUS. Pensar na tecnologia e nos SIS como aliados para o 
nosso trabalho, e não como uma coisa do outro mundo, é essencial. 
Naturalmente, costumamos achar complicados alguns conceitos 
utilizados na área da Tecnologia da Informação, não é mesmo?
Dados, informação, interoperabilidade, Sistemas de Informação. 
Quantos conceitosdiferentes, não é verdade? Vamos esclarecer 
alguns deles, a seguir, e você vai perceber o quanto eles estão 
presentes no seu dia a dia.
Acesse o material complementar e 
veja o Quadro 01 - Síntese de 
Conceitos Importantes sobre 
Sistemas de Informação. 
Clique no link ou aponte a câmera do 
seu celular para o código QR, ao lado, 
e faça o download .
16
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/1-material-complementar-quadro-01-1665169594.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/1-material-complementar-quadro-01-1665169594.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/1-material-complementar-quadro-01-1665169594.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/1-material-complementar-quadro-01-1665169594.pdf
Um dos principais focos da PNIIS é obter a integração entre Sistemas. 
Isso é muito importante, pois como afirmam Coelho Neto e Chioro 
(2021), no Brasil, os gestores e profissionais de Saúde convivem com 
dezenas de Sistemas que, muitas vezes, captam o mesmo dado de 
maneira diferente, o que gera retrabalho e elevam os custos. Esses 
inúmeros SIS foram surgindo de acordo com a necessidade de 
setores específicos do Ministério da Saúde e das Secretarias de Estado 
de Saúde e não conversavam entre si, promovendo uma 
burocratização no trabalho das Equipes de Atenção Primária (EAP), da 
Estratégia de Saúde da Família (ESF) e da Vigilância em Saúde.
Felizmente, isso tem mudado! Um ótimo exemplo é a Estratégia e-SUS 
Atenção Primária (e-SUS APS), que já está completamente integrada 
a 12 outros SIS do Ministério da Saúde. Isso representa cerca de 1/3 dos 
SIS utilizados pelas equipes da EAP/ESF, o que indica que muito ainda 
deve ser feito, mas estamos no caminho (COELHO NETO; CHIORO, 
2021).
17
Percebeu que os conceitos, 
aparentemente complicados, na 
verdade, são meios de tornar o nosso 
trabalho mais fácil e produtivo? 
Observe a figura, abaixo, 
que representa isso 
graficamente:
Fonte: COELHO NETO; CHIORO, 2021.
Figura 01 - Integração de interfaces do e-SUS APS com outros SIS.
18
https://www.sbmt.org.br/portal/integracao-entre-os-sistemas-nacionais-de-informacao-em-saude/
Bem, após observar a figura 01, você, provavelmente, ficou feliz por 
saber que é possível trabalhar com SIS integrados, e assustado com a 
quantidade de Sistemas diferentes existentes na área da Saúde. 
Uma pesquisa identificou a existência de 54 SIS de base nacional, que 
estavam em operação no Brasil, entre 2010 e 2018. A quantidade de SIS 
é reflexo da estrutura burocrática e compartimentada do governo e, 
também, da complexidade que é o trabalho em Saúde. 
Com a evolução do SUS, cada setor interno do Ministério da Saúde 
necessitou promover a criação e o desenvolvimento de softwares, 
para atender a necessidades e a processos específicos. 
Assim, por exemplo, surgiu o Sistema de Informação da Atenção 
Básica (SIAB), para monitorar as atividades das equipes da ESF; o 
Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), para controlar a 
produção de procedimentos ambulatoriais; o Sistema de Informações 
de Monitoramento e Avaliação do Pré-Natal, Parto, Puerpério e Criança 
(SIS PRÉ-NATAL), para monitorar o cuidado de gestantes, crianças e 
puérperas e o SISVAN, para monitorar o estado nutricional e o 
consumo alimentar das pessoas acompanhadas pela ESF etc. 
(COELHO NETO; CHIORO, 2021). 
Ufa! Quanto Sistema, não é mesmo? E 
nem chegamos a citar todos! Isso é só 
um exemplo, para que você entenda 
que, com o passar do tempo, as 
Equipes de Saúde tiveram que lidar 
com vários Sistemas diferentes – o que 
tornou o trabalho burocratizado e 
complexo. 
 
19
Por esse motivo, um dos focos da PNIIS é a integração e 
interoperabilidade dos SIS. É uma forma de atender à demanda de 
setores específicos da Saúde, que necessitam monitorar dados e 
informações sobre algum problema ou condição, e as equipes que 
produzem o cuidado, para que não percam seu precioso tempo com 
retrabalho ou burocracias. 
Com a quantidade de SIS que temos na área da Saúde, é 
fundamental pensar na eficiência do nosso trabalho e, para tanto, a 
integração é fundamental, não é mesmo? O e-SUS APS é um 
importante exemplo desse processo de integração no âmbito da 
Saúde Pública. 
Nessa disciplina, vamos conhecer um pouco mais sobre esse Sistema, 
mas vale a pena a leitura da notícia intitulada: “Integração entre 
sistemas nacionais de informação em saúde”, publicada em 08 
de dezembro de 2021, no web site da Sociedade Brasileira de Medicina 
Tropical. Vamos ler mais sobre isso?
Para acessar o notícia “Integração 
entre sistemas nacionais de 
informação em saúde”, clique no 
link ou aponte a câmera do seu 
celular para o código QR, ao lado, e 
faça o download do material. 
20
https://www.sbmt.org.br/portal/integracao-entre-os-sistemas-nacionais-de-informacao-em-saude/
https://www.sbmt.org.br/portal/integracao-entre-os-sistemas-nacionais-de-informacao-em-saude/
https://www.sbmt.org.br/portal/integracao-entre-os-sistemas-nacionais-de-informacao-em-saude/
https://www.sbmt.org.br/portal/integracao-entre-os-sistemas-nacionais-de-informacao-em-saude/
Vimos que muitos são os SIS e aprender 
sobre eles nos ajuda a entregar melhores 
serviços à nossa população. O quadro 02 
é um resumo, com informações úteis, 
sobre os principais SIS, que são 
importantes para o trabalho do ACS e do 
ACE. Vamos analisá-lo? 
Para acessar o material 
complementar Quadro 02 - Síntese 
dos Principais Sistemas de 
Informação em Saúde de Importância 
para a Estratégia Saúde da Família e 
Vigilância em Saúde, clique no link 
ou aponte a câmera do seu celular 
para o código QR, ao lado, e faça o 
download. 
21
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/2-material-complementar-quadro-02-1665169610.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/2-material-complementar-quadro-02-1665169610.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/2-material-complementar-quadro-02-1665169610.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/2-material-complementar-quadro-02-1665169610.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/2-material-complementar-quadro-02-1665169610.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/2-material-complementar-quadro-02-1665169610.pdf
Não precisa ser um expert em Informática na Saúde, mas 
conhecendo um pouco, e com o suporte de sua equipe e de 
profissionais locais, você conseguirá desenvolver um importante 
trabalho. De todos os Sistemas vistos, destacamos o e-SUS APS 
como o mais relevante para suas ações no território.
Do mesmo modo que os SIS devem ser integrados para obtenção 
de melhores resultados, é preciso pensar que a atuação do ACS e 
do ACE também deve ser integrada. Um dos modos de fazer isso, é 
a adoção de um território único de atuação para ambas as 
categorias profissionais e a execução de ações integradas (BRASIL, 
2018). 
Você já pensou sobre o assunto? 
Vamos conhecer uma experiência exitosa de integração? 
Apesar de super importante, a integração no trabalho ainda é um 
desafio no Brasil, mas existem experiências inspiradoras. O 
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde 
(CONASEMS) desenvolve o projeto Webdoc Brasil, aqui tem SUS, 
que apresenta vídeos com experiências exitosas na organização 
da Saúde em território nacional. 
22
Você deve ter percebido que o trabalho do ACS 
e do ACE envolve, direta ou indiretamente, 
muitos SIS, e que entender um pouco mais 
sobre eles é fundamental, pois ambas as 
categorias trabalham com dados e 
informações da população que vive em um 
território. No momento em que você, em seu 
trabalho cotidiano, registra um dado, está 
contribuindo com a construção de um conjunto 
de informações fundamental para o trabalho de 
sua equipe e para o SUS. 
Vamos conhecer a 
experiência de 
integração entre ACS e 
ACE no município de 
Barra de Santana,Paraíba. 
Com reuniões conjuntas, melhoria da 
comunicação entre as categorias e 
Educação em Saúde na comunidade foi 
possível enfrentar um surto de 
Arboviroses no município. 
Assista ao vídeo, clicando no link: 
Webdoc Brasil, aqui tem SUS - Barra de 
Santana (PB), ou apontando a câmera 
do seu celular para o código QR, ao lado. 
Acesso em: 12 set. 2022.
REVISORA
O link não abre 
diretamente no 
vídeo, mas, sim, 
no Google 
apresentando em 
primeira busca o 
referido vídeo.
23
https://www.youtube.com/watch?v=uNxImP16smk
https://www.youtube.com/watch?v=uNxImP16smk
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO, 
FERRAMENTAS DE APOIO 
PARA O REGISTRO DE 
INFORMAÇÃO E QUALIDADE 
DOS DADOS EM SAÚDE
Na primeira parte dessa disciplina, a gente viu que, nos últimos anos, 
houve um importante avanço no uso de Tecnologias de Informação e 
Comunicação (TIC) na Saúde Brasileira. O uso de Sistemas de 
Registro Eletrônico em Saúde (RES) foi essencial para o 
monitoramento epidemiológico da pandemia de COVID-19. Em 2021, 
os RES estavam presentes em 88% dos Estabelecimentos de Saúde 
brasileiros, em 85% das Unidades Públicas e em 89% das UBS (COMITÊ 
GESTOR DA INTERNET NO BRASIL, 2021).
Os dados mostram, que o uso de RES é uma realidade na maioria dos 
Estabelecimentos de Saúde Pública no Brasil. No entanto, antes de 
prosseguirmos, é necessário esclarecer alguns conceitos. Afinal de 
contas, você já deve ter percebido que a informática na Saúde é rica 
em siglas, que, em um primeiro momento, parecem complexas, mas 
nos ajudam a entender esse universo tão interessante. Vamos 
analisar o quadro 03 e entender alguns deles?
Para acessar o material complementar: 
Quadro 03 - Síntese de Conceitos 
Importantes na Área da Informática na 
Saúde, clique no link ou aponte a 
câmera do seu celular para o código QR, 
ao lado, e faça o download. 
25
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/3-material-complementar-quadro-03-1665169614.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/3-material-complementar-quadro-03-1665169614.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/3-material-complementar-quadro-03-1665169614.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/3-material-complementar-quadro-03-1665169614.pdf
Na realidade das ESF, o processo de indução ao uso de RES 
aconteceu a partir da introdução do e-SUS APS. 
Como já vimos na história da Gerusa, até 2013 ainda vigorava o uso 
do SIAB. Esse sistema trabalhava com registro de informação 
consolidada, ou seja, apenas o quantitativo de atendimentos, de 
visitas domiciliares e de procedimentos eram registrados e 
informados pelo SIS. Porém, em 2011, com o início das discussões 
sobre o Projeto de Saúde Digital (e-Saúde), coordenado pelo 
Ministério da Saúde, percebeu-se que o SIAB não conseguiria 
responder às necessidades de interoperabilidade entre os Sistemas 
dos diversos serviços do SUS. 
Já se apresentava a necessidade de captar e compartilhar 
informações individualizadas sobre o cuidado, ou seja, implementar 
um Sistema de RES na Atenção Primária à Saúde (APS). Assim, a 
informatização dos processos de trabalho de Saúde, com o uso de 
RES e do PEC, passou a estar na agenda dos gestores municipais, 
estaduais e federais do SUS (SOUSA et al., 2019). 
26
Acredita-se que o acesso compartilhado de 
informações clínicas relevantes sobre os 
problemas e as condições de Saúde pode 
melhorar o cuidado que os profissionais 
desenvolvem com o cidadão usuário 
(MARIN, 2010). As principais vantagens do 
uso de prontuários e de Sistemas 
Eletrônicos de Registro de Informações em 
Saúde estão apresentadas no infográfico, a 
seguir: 
● Ao contrário da informação em 
papel, a eletrônica pode ser 
acessada por vários profissionais 
ao mesmo tempo e em locais 
diferentes.
● Facilita a legibilidade e a 
padronização da informação, 
além de exigir menos espaço 
para arquivamento.
● Permite realizar pesquisas mais 
rápidas, com uso de relatórios 
sobre a Situação de Saúde de 
uma população.
● Sistemas de alerta e apoio à 
decisão clínica podem evitar 
erros e trazer maior segurança 
aos pacientes.
● Alguns estudos apontam que 
existe uma redução de custos 
com uso do PEC.
● Apresenta maior segurança, pois 
somente os profissionais 
autorizados podem ter acesso 
aos dados sensíveis dos 
pacientes, diferentemente do 
prontuário em papel.
Fonte: CFM; SBIS, 2012; MARIN, 2010.
27
VANTAGENS DESAFIOS
● Requer adequada 
disponibilidade de 
equipamentos de 
informática, 
softwares, rede 
elétrica e 
conectividade.
● A qualidade das 
informações 
registradas depende 
dos usuários do 
Sistema, ou seja, dos 
profissionais. 
Ao analisar os dados 
apresentados, podemos 
constatar importantes 
vantagens com uso de RES e 
PEC nos serviços. Porém, o 
processo de informatização de 
Unidades sempre traz consigo 
alguns desafios. 
Um dos principais desafios envolve a infraestrutura tecnológica 
necessária, que requer investimentos. Alguns municípios brasileiros 
ainda não possuem uma rede estável de internet, em especial, a 
região norte ou comunidades rurais. 
Existem marcantes diferenças econômicas, de financiamento e 
territoriais no país, o que reflete na capacidade dos municípios 
acessarem infraestrutura e tecnologias. Nesse sentido, a 
informatização deve estar na agenda política dos gestores do SUS 
(SOUSA et al., 2019).
Você sabia que existe o Programa de Apoio à 
Informatização e Qualificação dos Dados da 
Atenção Primária à Saúde - Informatiza APS? 
Esse programa foi instituído pelo Ministério da 
Saúde, em 2019, por meio da Portaria GM n° 
2.983 de 11/11/2019, e tem como objetivo 
principal promover a informatização de todas 
as Equipes da ESF do Brasil, além de qualificar 
os dados em Saúde no território nacional.
Outro desafio evidenciado, é a qualidade dos dados e das 
informações, pois nossos registros podem estar adequados ou 
inadequados, para representar a Situação de Saúde das pessoas. A 
qualidade dos dados está relacionada à exatidão com que uma 
informação é registrada, de maneira que ela seja capaz de 
representar a realidade. 
28
https://aps.saude.gov.br/ape/informatizaaps
https://aps.saude.gov.br/ape/informatizaaps
https://aps.saude.gov.br/ape/informatizaaps
Na área da Saúde a qualidade no registro de dados ganha maior 
importância, pois as informações provenientes serão utilizadas para 
apoiar decisões relacionadas ao cuidado de Saúde das pessoas. 
Assim, para um profissional de Saúde conduzir uma situação, de 
modo assertivo, ele necessita não somente do acesso aos dados, 
mas que eles sejam completos, confiáveis e, principalmente, que 
representem a real condição de Saúde das pessoas no âmbito 
individual e coletivo (UFMG; BRASIL, 2020). 
Vejamos uma situação problema, que reflete a importância da 
qualidade de dados em Saúde:
- Olá pessoal, boa tarde! 
Vamos iniciar nossa reunião 
e, antes de tudo, gostaria de 
agradecer a presença de 
todos e justificar a ausência 
da Bruna, que foi realizar um 
exame. Bem, nossa primeira 
pauta é sobre os indicadores 
do Programa Previne Brasil. 
29
30
Então, vamos precisar revisar a forma como 
estamos registrando as informações. 
- Deixe eu te perguntar, Claudinéia: 
- Quando o paciente é hipertenso, você tem 
registrado a pressão no campo 
estruturado específico?
- Não, eu sempre verifico a pressão dos 
pacientes, mas anoto junto com o 
restante da evolução, lá em 
Avaliação, na tela do SOAP. Anotar lá 
não conta, não?
Recentemente, estive em uma reunião na 
Secretaria de Saúde e os nossos indicadores 
relacionados ao atendimento do hipertenso e do 
diabético não estão bons. A coordenação de 
Atenção Primária do município me passou um 
relatório com o quantitativo de hipertensos e 
diabéticos por microárea, com metas calculadas, 
para nos ajudar a cumprir o indicador. 
- Eu não entendo esses indicadores, pois, 
nos últimos meses, atendi a muitos 
hipertensos e diabéticos e sempre faço 
a evoluçãodeles certinha no Prontuário 
Eletrônico, inclusive, com o uso do 
código de CID para cada caso. 
31
- Então, precisamos rever os nossos cadastros, 
pessoal! Pode, também, ser um erro do Sistema 
que está apresentando esses pacientes como 
diabéticos.
- Mas doutora, todos esses pacientes que você 
citou tomam Metformina! São todos 
diabéticos, não? 
- Infelizmente, não. Quando você lança o valor da 
pressão do paciente lá no campo específico, na 
finalização do atendimento é gerado, 
automaticamente, um código de aferição de 
pressão arterial que é contado para o indicador.
- Outra coisa, Bruno, aqui no relatório consta que 
temos 35 diabéticos no nosso território, mas estava 
fazendo as contas, aqui, de cabeça, e tem mais 
pessoas com Diabetes do que as que eu costumo 
atender. Por exemplo: o João Paulo, da rua Caetés; 
a Maria Joaquina, da rua Sacramento e a Larissa 
Rocha, da avenida Amazonas, não são diabéticos e 
estão, aqui, no relatório. 
- Hum! Vou ficar atento a isso, a 
partir de agora! 
32
- Eu, também, sempre faço assim!
- Acho que descobrimos uma das causas para o não 
cumprimento dos indicadores do Previne Brasil, que 
é a qualidade dos dados que estamos informando 
para o Sistema! Vamos colocar em nossas 
agendas outra reunião, para que possamos revisar 
alguns pontos do registro adequado de 
informações. Vou tentar agendar com a 
Coordenação de Atenção Primária um suporte 
sobre isso!
- Bia, nem sempre quem usa Metformina já está 
diabético. Esse medicamento pode ser 
indicado para pessoas com sobrepeso, como 
medida de prevenção da Diabetes e, também, 
para mulheres com Síndrome dos Ovários 
Policísticos, que é o caso da Larissa Rocha.
- Pois para mim, doutora, isso é novidade! Como 
muitas pessoas não sabem explicar se tem ou 
não diabetes, sempre que vou fazer visita e 
noto que o pessoal usa Metformina, já sinalizo, 
no cadastro, que ela é diabética. 
A situação apresentada é bem recorrente no trabalho das equipes de 
APS, e representativa do quanto é importante estarmos atentos ao 
registro das informações com qualidade. Podemos notar, que o 
desconhecimento do registro adequado, por parte da médica Flávia, 
e o equívoco na realização dos cadastros, pelas ACS Bia e Claudinéia, 
contribuíram para o não cumprimento dos indicadores do Previne 
Brasil sobre o atendimento a diabéticos e hipertensos. 
Você conhece o Programa Previne Brasil? 
Trata-se do novo modelo de financiamento da APS, ou seja, 
houve uma mudança na forma como o Ministério da Saúde 
repassa os recursos para os municípios manterem suas 
equipes. Resumidamente, o novo financiamento é baseado 
em um tripé: captação ponderada (cadastro da população); 
pagamento por desempenho (indicadores como, por 
exemplo, o de atendimento de diabéticos, já discutido) e 
incentivo para ações estratégicas (como o Informatiza APS, 
sobre a qual já comentamos). Conhecer o Programa Previne 
Brasil é o primeiro passo, para que a sua equipe obtenha um 
adequado desempenho.
33
https://aps.saude.gov.br/gestor/financiamento
Os principais problemas de 
qualidade dos dados registrados 
em Sistemas da Saúde são:
Ausência ou incompletude das informações: ocorre 
quando o dado requerido não é informado ou está incompleto. 
São os campos deixados em branco! Observamos isso no 
registro da médica Flávia, ao atender pacientes hipertensos.
Erros de digitação: muito comuns quando usamos formulários 
de papel e, posteriormente, digitamos nos Sistemas Eletrônicos. 
Esses erros são mais frequentes, quando o profissional que 
preenche o formulário de papel não é o mesmo que realiza a 
digitação no Sistema.
Arredondamentos ou simplificação de dados: estamos 
muito acostumados a arredondar dados no nosso cotidiano, mas 
um registro arredondado indevidamente pode mudar a conduta 
frente a uma situação clínica. A classificação nutricional de uma 
criança, por exemplo, pode ser alterada a partir de um 
arredondamento (pode passar de peso adequado para 
sobrepeso).
34
Representatividade dos dados: acontece quando eles não 
caracterizam a população adequadamente. Na equipe Azul 
observamos esse problema, pois o número de diabéticos 
cadastrados no Sistema era superior ao que realmente existia no 
território.
Não observar a identificação correta e inequívoca do 
cidadão: trata-se de um erro ocasionado por falta de atenção. 
Acontece, por exemplo, quando existem duas pessoas com o 
mesmo nome no território e o ACS atualiza o cadastro de um no 
lugar do outro. Isso pode ocasionar sérios problemas! Por esse 
motivo, é preciso atenção e cuidado. 
1
2
3
4
5
Fonte: (UFMG; BRASIL, 2020)
Quantas possibilidades de errar, não é mesmo? Como é isso na sua 
realidade? Os dados que vocês produzem no cotidiano de trabalho 
refletem, adequadamente, a realidade dos seus territórios? 
Se a resposta for não, é preciso refletir sobre a forma como estamos 
registrando nossos dados. É muito importante termos a consciência 
que nenhum Sistema cria dados do nada! Geralmente, os dados que 
constam nos relatórios de Saúde, por exemplo, provêm do banco de 
dados. E adivinha quem é que alimenta esse banco de dados? Sim, 
vocês! Se alimentarmos o Sistema com dados corretos e com a 
representatividade necessária, por consequência, teremos relatórios 
mais próximos da realidade de trabalho. Apesar dos problemas que 
podemos encontrar na qualidade dos dados em Saúde, é possível 
melhorar os nossos registros. Veja algumas dicas, disponibilizadas no 
quadro 04, clicando no link abaixo.
Para acessar o material 
complementar: Quadro 04 - Síntese 
das Estratégias para Melhorar a 
Qualidade dos Dados Coletados, 
clique no link ou aponte a câmera do 
seu celular para o código QR, ao lado, 
e faça o download .
35
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/4-material-complementar-quadro-04-1665169619.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/4-material-complementar-quadro-04-1665169619.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/4-material-complementar-quadro-04-1665169619.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/4-material-complementar-quadro-04-1665169619.pdf
A qualificação dos dados e o uso dos Sistemas Eletrônicos é um desafio 
para os Serviços de Saúde. As muitas tarefas a executar, por vezes, tiram o 
nosso foco dessa importante atividade e acabam reforçando nossa 
sobrecarga.
Quantas vezes foi necessário fazer um levantamento sobre o seu território, 
porque o relatório do Sistema de Informação não era representativo? 
Uma ação importante é a participação em capacitações, que discutam a 
qualificação dos dados e informações que produzimos nos territórios. No 
contexto da implantação do Sistema e-SUS APS, é fundamental que todos 
os profissionais sejam, permanentemente, capacitados para o registro 
qualificado no Sistema, para, assim, diminuir equívocos e promover o seu 
bom uso (UFMG; BRASIL, 2020). 
Falando em e-SUS APS e relatórios, saiba que vamos discutir um pouco 
mais sobre o assunto daqui em diante.
Geralmente, os SIS possuem relatórios que contribuem com a visualização 
dos dados registrados de modo sintético e sistematizado, o que permite o 
planejamento de ações e o monitoramento do processo de trabalho. Na 
equipe Azul, por exemplo, foi possível identificar um problema de 
representatividade dos dados com o uso de relatórios do e-SUS APS, um 
dos SIS central no trabalho dos ACS e ACE. Vamos detalhar um pouco 
mais alguns relatórios disponíveis no Sistema, que vão contribuir com o 
acompanhamento das ações de Saúde, e permitir que você enxergue seu 
território e veja os resultados do seu esforço em registrar as ações 
desenvolvidas no seu cotidiano de trabalho. Os relatórios disponíveis 
estão classificados em gerenciais, consolidados, operacionais e de 
produção e suas características estão apresentadas no Quadro 05 
(BRASIL, 2021b). 
36
Para acessar o Quadro 05 - Síntese dos 
Principais Relatórios Disponíveis no 
e-SUSAPS, clique no link ou aponte a 
câmera do seu celular para o código 
QR, ao lado, e faça o download.
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/5-material-complementar-quadro-05-1665169629.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/5-material-complementar-quadro-05-1665169629.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/5-material-complementar-quadro-05-1665169629.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/5-material-complementar-quadro-05-1665169629.pdf
Você deve ter notado que o e-SUS APS traz muitos relatórios 
com dados úteis para o seu trabalho, não é verdade? Além 
dos relatórios que foram apresentados, destacamos a 
existência de outros como: Operacional – Crianças 
menores de 5 anos; Operacional – Gestante/Puérpera e 
Operacional – Risco cardiovascular. Eles reúnem 
informações proveitosas sobre cada grupo e podem 
contribuir, muito, para organização do cuidado nas Equipes 
da ESF (BRASIL, 2021b).
O uso dos relatórios do e-SUS APS pode facilitar a nossa vida, não 
é mesmo? O Sistema é complexo e abrangente e, por esse 
motivo, recomendamos consultar o Manual do PEC/CDS, sempre 
que julgar necessário. Ele traz informações detalhadas sobre a 
emissão de relatórios e, também, o correto preenchimento das 
fichas - assunto que vamos estudar na próxima unidade. 
Conhecer o manual é essencial para usar o Sistema em todo o 
seu potencial. Não precisa decorar tudo que tem nele, mas 
tenha-o sempre em mãos para esclarecer alguma dúvida. 
Certamente, ele vai te ajudar bastante!
Título: Manual PEC/CDS
Link: https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/. 
Acesso em: 12 set. 2022.
37
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/
QR code e assista nossa teleaula! Ou 
clique na imagem acima para ser 
redirecionada (o).
Como vimos, usar os relatórios do e-SUS APS, ou de outros Sistemas, 
pode favorecer o nosso trabalho. Um problema que os relatórios 
podem apresentar é a inconsistência dos dados e das informações, 
ou seja, eles estarem incoerentes, ilógicos e não representarem a 
realidade do território. Isso pode acontecer por algum erro técnico 
(no software), ou devido à ocorrência de problemas de qualidade no 
registro de dados - situação que já estudamos, aqui. 
Nossa experiência demonstra que a maioria das inconsistências 
presentes nos relatórios está relacionada ao registro da informação. 
Por isso, é muito importante implementar, em nosso cotidiano de 
trabalho, as estratégias apresentadas no Quadro 04. Afinal de contas, 
para obtermos relatórios com informações reais e úteis, é necessário 
que o registro nas fichas e nos formulários seja qualificado. Falando 
em qualificação do uso das fichas do e-SUS APS, saiba que esse será 
o nosso próximo assunto! 
38
A ESTRATÉGIA E-SUS APS E 
SEUS SOFTWARES E 
APLICATIVOS PARA COLETA 
DE DADOS
Nós já vimos que a Saúde está caminhando para a digitalização dos 
seus processos de trabalho. Também, aprendemos um pouco sobre as 
vantagens do uso do RES e PEC, além de discutirmos sobre a 
qualificação do registro de dados. Afinal de contas, registros qualificados 
geram dados e informações úteis para melhor cuidar das pessoas! 
Agora, vamos ver um pouco mais sobre a estratégia e-SUS APS, seus 
formulários e suas funcionalidades, que fazem parte do cotidiano de 
trabalho dos ACS e ACE. Antes de começar, vamos ver como foi a 
implantação do e-SUS APS no contexto de trabalho da Gerusa, da turma 
do Saúde com Agente.
40
Olá, pessoal! Sou ACS, com mais de 20 anos de 
experiência, já passei por muita coisa, e vou 
compartilhar com vocês como ocorreu a mudança 
do antigo SIAB para o e-SUS APS, em minha unidade. 
Antes, trabalhávamos apenas com papel, fazendo 
anotações nas chamadas fichas B do SIAB, e, 
mensalmente, o nosso enfermeiro fazia a reunião de 
“fechamento do SIAB”. Em 2014, iniciamos a mudança 
para o e-SUS APS e, no começo, foi um Deus, nos 
acuda! 
Primeiro, porque todas as fichas mudaram, passando 
a cobrar da gente mais dados do que aqueles com 
que estávamos acostumados a trabalhar. Segundo, 
porque precisaríamos cadastrar todas as famílias e 
as pessoas no novo Sistema. 
- Jesus, quando lembro me dá até arrepios!
Terceiro, por conta da nossa dificuldade com o uso 
de computadores.
41
No nosso caso, desde o começo, a Secretaria Municipal de Saúde 
comprou computadores, para que nós mesmos pudéssemos digitar 
os cadastros e as visitas no Sistema. 
- Pois bem, eu não tinha muito contato com a informática, sabe, 
nem sabia para onde ia isso! 
Precisei fazer um curso de informática básica, para me habituar 
com o uso do computador, que, inclusive, era um só para sete ACS 
utilizarem. Na época, a gente tinha muita dúvida e não houve um 
treinamento específico do governo. Nosso coordenador ia 
estudando os manuais do e-SUS APS e ia repassando pra gente.
Com o passar do tempo, a gente foi se acostumando com o uso dos 
computadores e do Sistema. O e-SUS APS foi melhorando e alguns 
erros que aconteciam foram sendo corrigidos. Hoje, a Secretaria 
Municipal de Saúde comprou tablets para todos os ACS e ACE. 
- Uma maravilha! 
A gente faz a visita e já registra, ali mesmo, sem precisar ficar 
levando aquela papelada para, depois, digitar no Sistema. Percebi, 
também, que o Sistema é mais completo do que o SIAB, pois a gente 
tem a informação de cada pessoa, o que ajuda muito no trabalho. 
- Fiquei feliz, pois estou informatizada! 
Antes, ao ver um computador, saía correndo! Hoje, adoro as 
tecnologias e tenho até Instagram,® que acabo usando como meio 
de divulgação das ações aqui da UBS. 
- O Whatsapp,® então, nem se fala! Me ajuda demais no dia a dia. 
Costumo brincar que, agora, sou uma ACS conectada!
● Registrar as informações de modo individualizado e, 
para tanto, é utilizado o número do CPF ou CNS (sendo 
preferencialmente a utilização do CPF), o que permite 
acompanhar os atendimentos e os procedimentos 
realizados ao longo do tempo, facilitando a 
longitudinalidade do cuidado.
● Integrar as informações pela Rede Nacional de Dados 
em Saúde (RNDS), que nada mais é que um repositório 
de dados sobre a Saúde da população brasileira. 
● Reduzir a necessidade de registrar a mesma informação 
em SIS diferentes, o que reduz o chamado retrabalho. 
● Informatizar as UBS com soluções tecnológicas 
adequadas aos processos de trabalho das equipes nos 
territórios de atuação. 
● Padronizar terminologias e métodos de registro clínico e, 
assim, qualificar os dados em Saúde. 
● Facilitar a gestão do cuidado com ferramentas 
tecnológicas, como o uso de relatórios sobre a Situação 
de Saúde dos cidadãos atendidos. 
A história da Gerusa deixa evidente o quanto foi difícil a transição 
do SIAB para o e-SUS APS, para todos os atores envolvidos. 
Apesar disso, temos que reconhecer os ganhos significativos que 
tivemos, em termos de qualidade e abrangência das 
informações. A estratégia e-SUS APS visa informatizar e qualificar 
o SUS e torná-lo eletrônico (e-saúde), para melhor gerir as 
informações, apoiar os Serviços de Saúde, além de qualificar o 
cuidado das pessoas. Vamos conhecer alguns pontos 
fundamentais da estratégia e-SUS APS (BRASIL, 2021b):
42
Longitudinalidade do cuidado! 
Provavelmente, você estudou esse conceito na disciplina 
Políticas de Saúde, Política Nacional de Atenção Básica, 
Política Nacional de Vigilância em Saúde no Brasil, não é 
mesmo? Caso ainda tenha dúvidas sobre o assunto, é 
fundamental saná-las, pois compreender esses conceitos 
é essencial para entender como o SUS está organizado. 
A médica de Família e Comunidade Luisa Portugal possui 
um canal no Youtube,® com vários vídeos legais sobre o 
assunto. Aqui, vamos sugerir um deles para esclarecer esse 
conceito de forma lúdica. Confere lá!
43
Título: Longitudinalidade 
(Atributos essenciais da Atenção 
Primária à Saúde)
Clique aqui para acessar o link: 
https://www.youtube.com/watch
?v=GcDZuSBV2FE. Acesso em: 12 
set. 2022.https://www.youtube.com/watch?v=GcDZuSBV2FE
https://www.youtube.com/watch?v=GcDZuSBV2FE
É importante entendermos que a estratégia e-SUS APS engloba dois 
grandes Sistemas, um para armazenamento (Sistema de 
Informação), e outro para a coleta de dados (Sistema de software) 
(BRASIL, 2021b, 2022b; SOUSA et al., 2019):
É o SIS que armazena, processa e dissemina as informações 
relacionadas à APS. Funciona como uma espécie de arquivo 
digital, para onde vão todos os dados produzidos pelas equipes 
em seus territórios. Os dados contidos nele são utilizados para 
calcular os indicadores do Previne Brasil, e verificar o 
cadastramento das pessoas, por exemplo. Trata-se de um SIS 
projetado para gerar informações sobre o trabalho das equipes e 
fomentar a avaliação da atuação delas.
44
O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB)
• Os Sistemas de softwares do e-SUS APS coletam os dados que são 
enviados ao SISAB e respeita as suas diretrizes, mas, para além disso, 
possuem funcionalidades específicas para conduzir os processos de 
trabalho das equipes. Isto é, no cotidiano de trabalho as equipes 
utilizam os softwares para produzir e registrar o cuidado. Nesse 
contexto, existem dois softwares e dois aplicativos.
45
Sistema de Coleta de Dados Simplificado (CDS):
É um Sistema de transição para as equipes, que não estão plenamente 
informatizadas. Trabalha com a lógica de registro do cuidado em 
fichas de papel para posterior digitação. Também pode ser utilizado 
por equipes plenamente informatizadas, mas que, por algum motivo, 
houve uma interrupção temporária do Sistema. Possui 13 fichas (caso 
queira conhecê-las, basta clicar sobre o nome de cada uma delas, 
que será possível acessá-las):
Ficha de 
vacinação 
COVID-19. 
Acesso em: 12 
set. 2022.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_vacinacao_COVID-19.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_vacinacao_COVID-19.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_vacinacao_COVID-19.pdf
46
Ficha de Visita 
Domiciliar e Territorial 
- última atualização: 
versão 4.1. Acesso 
em: 12 set. 2022. 
Ficha de Vacinação - 
última atualização: 
versão 3.2. Acesso 
em: 12 set. 2022. 
Ficha de 
Procedimentos - 
última atualização: 
versão 3.2. Acesso 
em: 12 set. 2022. 
Ficha de Marcadores 
de Consumo 
Alimentar - última 
atualização: versão 
3.2. Acesso em: 12 set. 
2022. 
Ficha 
Complementar - 
última 
atualização: 
versão 3.2. Acesso 
em: 12 set. 2022. 
Ficha de Cadastro 
Individual - última 
atualização: versão 
3.2. Acesso em: 12 set. 
2022. 
Ficha de Cadastro 
Domiciliar e Territorial 
- última atualização: 
versão 3.2. Acesso 
em: 12 set. 2022. 
Ficha de Avaliação 
de Elegibilidade e 
Admissão - última 
atualização: versão 
3.2. Acesso em: 12 set. 
2022. 
Ficha de Atividade 
Coletiva - última 
atualização: versão 
3.2. Acesso em: 12 
set. 2022. 
Ficha de Atendimento 
Odontológico 
Individual - última 
atualização: versão 
4.3. Acesso em: 12 set. 
2022. 
Ficha de 
Atendimento 
Individual - última 
atualização: 
versão 3.2. Acesso 
em: 12 set. 2022. 
Ficha de Atendimento 
Domiciliar - última 
atualização: versão 
3.2. 
Acesso em: 12 set. 
2022. 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_v_domiciliar_terr_v4_1.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_v_domiciliar_terr_v4_1.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_v_domiciliar_terr_v4_1.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_v_domiciliar_terr_v4_1.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_vacinacao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_vacinacao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_vacinacao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_procedimentos_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_procedimentos_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_procedimentos_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_procedimentos_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_marcadores_alimentar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_marcadores_alimentar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_marcadores_alimentar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_marcadores_alimentar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_marcadores_alimentar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_complementar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_complementar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_complementar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_complementar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_complementar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_domiciliar_territorial_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_domiciliar_territorial_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_domiciliar_territorial_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_domiciliar_territorial_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_avaliacao_elegibilidade_admissao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_avaliacao_elegibilidade_admissao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_avaliacao_elegibilidade_admissao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_avaliacao_elegibilidade_admissao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_avaliacao_elegibilidade_admissao_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_individual_odontologico_v4_3.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_individual_odontologico_v4_3.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_individual_odontologico_v4_3.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_individual_odontologico_v4_3.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_individual_odontologico_v4_3.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_domiciliar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_domiciliar_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_domiciliar_v3_2.pdfhttp://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_atendimento_domiciliar_v3_2.pdf
47
Aplicativo e-SUS Território (e-SUS Território) e e-SUS Atividade Coletiva (e-SUS AC):
É o Sistema que opera em equipes com plena 
informatização. Nesse caso, o atendimento das pessoas 
usuárias já acontece com o profissional de Saúde, 
realizando o registro do cuidado simultâneo no Sistema. 
Ocorre quando a funcionalidade PEC está efetivamente 
implantada e traz consigo várias vantagens, que foram 
discutidas na temática anterior. 
Sistema com Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC):
Destinado para o uso em dispositivos móveis (tablets e 
smartphones), de modo off-line, para facilitar a coleta de 
dados no território, fora do ambiente da UBS.
A partir de agora, vamos detalhar um pouco sobre a 
operacionalização do registro de dados pelo ACS e ACE, 
com o uso dos softwares e aplicativos do e-SUS APS. 
É importante destacar, que cabe à Gestão Municipal da 
Saúde definir o melhor fluxo de alimentação do Sistema, 
pois é necessário considerar a logística, os recursos 
humanos e tecnológicos disponíveis na realidade 
municipal. Nesse sentido, a estratégia e-SUS APS é versátil, 
considerando que é possível utilizar o Sistema em variadas 
realidades, desde o contexto em que a UBS não possui 
computadores e acesso à internet estável, até unidades 
com computadores suficientes e internet estável 
(BRASIL, 2021b, 2022b). 
48
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Uma dúvida frequente, quando se trata de uso de Sistemas de 
Informação na Saúde, diz respeito à responsabilidade por digitar 
dados no Sistema. Para esclarecer esse ponto, em 2015, o antigo 
Departamento de Atenção Básica (hoje, Secretaria Nacional de 
Atenção Primária à Saúde), publicou uma nota técnica sobre o 
assunto. Nela, fica clara a recomendação do Ministério da Saúde de 
que a digitação da produção seja feita pelo mesmo profissional 
responsável pelo atendimento, pois esse registro faz parte do 
cuidado (discutimos sobre isso na temática anterior, lembra-se?). 
Para saber mais, acesse a nota técnica na íntegra: 
Título: Nota Técnica do Departamento de Atenção 
Básica/Secretaria de Atenção à Saúde/ Ministério da Saúde.
Link: 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/NT_ACS.pdf. 
Acesso em: 13 set. 2022.
https://mais.conasems.app/ava/cursos/24_saude-com-agente-acs/348_sistemas-de-informacao-em-saude-uso-de-pronturario-eletronico-e-ferramentas-de-apoio-ao-registro-de-acoes-dos-agentes-de-saude#teleaula
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/NT_ACS.pdf
https://mais.conasems.app/ava/cursos/24_saude-com-agente-acs/348_sistemas-de-informacao-em-saude-uso-de-pronturario-eletronico-e-ferramentas-de-apoio-ao-registro-de-acoes-dos-agentes-de-saude#teleaula
Na disciplina de Geoprocessamento em Saúde, Cadastramento e 
Territorialização vimos a importância de conhecermos o nosso 
território de atuação. Esse conhecimento nos permite planejar ações e 
nos anteciparmos aos problemas, além de desenvolver atividades 
intersetoriais para enfrentar os contextos adversos identificados. A 
estratégia usada para alcançar isso é a territorialização e a adscrição 
territorial. Assim, podemos dizer que o território definido é a base de 
atuação dos ACS e ACE, e conhecer os condicionantes e determinantes 
de Saúde desse território é tarefa obrigatória. Para tanto, é necessário 
realizar um adequado cadastramento, com o mapeamento de 
características econômicas, sociais e de Saúde da população que vive 
no território. No e-SUS APS esse cadastro está organizado em duas 
dimensões: cadastro individual e cadastro domiciliar e territorial 
(BRASIL, 2021b; BRASIL, 2017).
Percebemos a importância em conhecer o território 
de atuação do ACS e do ACE e, também, que as ações 
desses profissionais devem estar integradas. 
A definição de territórios de atuação diferentes para 
ACE e ACS é um fator que contribui ou dificulta a ação 
integrada? Já pensou sobre isso? 
Reflita e discuta com o seu preceptor. 
49
50
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A dimensão do cadastro individual corresponde ao preenchimento 
da Ficha de Cadastro Individual, que reúne informações divididas 
nos seguintes blocos:
● informações de cabeçalho;
● identificação do usuário/cidadão; 
● informações sociodemográficas; 
● questionário autorreferido de Situações/Condições de Saúde; 
● cidadão em situação de rua; 
● termo de recusa do cadastro individual da atenção básica. 
(BRASIL, 2021b)
Apesar de parecer banal, o preenchimento dos cabeçalhos de todas 
as fichas do e-SUS APS é de extrema importância! É preciso estar 
muito atento a todos os campos: 
CNS do profissional: é a identificação do profissional, por meio do 
número do CNS;
CBO: é o Código Brasileiro de Ocupações e define a categoria 
profissional;
CNES: é o código que identifica a qual Unidade de Saúde o 
profissional pertence;
INE: é o código da equipe a qual o profissional pertence;
Data: é a data em que a ficha foi preenchida.
 
Para que as fichas cheguem ao SISAB corretamente, é necessário 
que o profissional, que realizou a produção, esteja corretamente 
inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde 
(CNES) https://cnes.datasus.gov.br (Acesso em: 13 set. 2022). 
As Secretarias Municipais de Saúde possuem profissionais 
responsáveis por esse cadastro. É muito importante verificar isso, 
antes de qualquer tipo de registro no Sistema. 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_individual_v3_2.pdf
https://cnes.datasus.gov.br/
51
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A seguir, vamos destacar alguns pontos importantes de cada bloco que, 
na nossa experiência, representam as principais inconsistências no 
registro de informações. O objetivo, aqui, não é esgotar essa discussão, 
mas focar em pontos essenciais. 
No cotidiano de trabalho, é muito importante consultar o Manual do 
PEC/CDS sempre que houver dúvida em relação ao preenchimento de 
algum campo. 
Para acessar o Quadro 06 – 
Destaques para o Preenchimento da 
Ficha de Cadastro Individual, clique 
no link ou aponte a câmera do seu 
celular para o código QR, ao lado, e 
faça o download do material. 
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/6-material-complementar-quadro-06-1665169633.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/6-material-complementar-quadro-06-1665169633.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/6-material-complementar-quadro-06-1665169633.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/6-material-complementar-quadro-06-1665169633.pdf
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/
52
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Como podemos observar, a Ficha de Cadastro Individual é completa e 
investiga situações e condições importantes para a organização do 
cuidado no território. Por esse motivo, é muito relevante o seu 
preenchimento completo, mesmo que a maioria dos campos não seja 
obrigatória. Lembram-se quando discutimos sobre as consequências da 
incompletude, ou ausência de informações, na temática anterior? É, aqui, 
que devemos estar atentos e não permitir que isso aconteça!
Agora que conhecemos os aspectos principais do cadastro individual, é 
importante entender a outra dimensão do cadastramento no território, a 
Ficha de Cadastro Domiciliar e Territorial.
A Ficha de Cadastro Domiciliar e Territorial é a segunda etapa do 
processo de cadastramento da população do território. Nela é possível 
registrar os aspectos sociossanitários dos domicílios, inclusive, de 
pessoas em situaçãode rua. Assim, como anteriormente apresentado, 
vamos discutir os pontos de destaque sobre essa etapa cadastral, no 
quadro 07, a seguir.
Para acessar o Quadro 07 – 
Destaques para o Preenchimento da 
Ficha de Cadastro Domiciliar e 
Territorial, clique no link ou aponte a 
câmera do seu celular para o código 
QR, ao lado, e faça o download do 
material. 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_cadastro_individual_v3_2.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_v_domiciliar_terr_v4_1.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/7-material-complementar-quadro-07-1665169637.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/7-material-complementar-quadro-07-1665169637.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/7-material-complementar-quadro-07-1665169637.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/7-material-complementar-quadro-07-1665169637.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/7-material-complementar-quadro-07-1665169637.pdf
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clique na imagem acima para ser 
redirecionada (o).
Como já foi mencionado, o cadastramento da população compõe o 
novo financiamento da APS com o Programa Previne Brasil. Os 
cadastros realizados pelas equipes da ESF, no e-SUS APS, são 
enviados ao SISAB, que processa as fichas e valida os registros. 
Assim, os dados validados são utilizados para calcular os valores da 
captação ponderada e dos indicadores de desempenho (BRASIL, 
2022b). 
Você observou que o e-SUS APS permite uma 
visão completa do contexto familiar das 
pessoas do território e, quando bem utilizado, 
reúne dados e informações valiosos para 
organização do cuidado em Saúde?
53
Interessante, não é mesmo?
Lembre-se que vocês, ACS /ACE, 
são agentes fundamentais para o 
cadastro das pessoas no território 
e, também, para a atualização dos 
cadastros! 
54
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Para além do cadastramento de pessoas e domicílios, o e-SUS APS 
possibilita o registro das visitas domiciliares operacionalizadas pelos ACE e 
ACS. Para tanto, o conceito de visita domiciliar foi redefinido e passou a ser 
uma atividade exclusiva desses profissionais (BRASIL, 2021b). 
O instrumento de registro é a Ficha de Visita Domiciliar e Territorial, que traz 
uma visão ampliada do processo de trabalho dos ACS e dos ACE, 
detalhando e qualificando o registro. No quadro 08, apresentaremos 
alguns pontos fundamentais. 
Para acessar o Quadro 08 – 
Destaques para o Preenchimento da 
Ficha de Visita Domiciliar e Territorial, 
clique no link ou aponte a câmera do 
seu celular para o código QR, ao lado, 
e faça o download do material.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_v_domiciliar_terr_v4_1.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/8-material-complementar-quadro-08-1665169642.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/8-material-complementar-quadro-08-1665169642.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/8-material-complementar-quadro-08-1665169642.pdf
https://conasems-ava-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com/ava/aulas/8-material-complementar-quadro-08-1665169642.pdf
É preciso destacar uma situação, que é fonte de dúvida para muitos 
profissionais. Quando o e-SUS APS foi implementado, houve uma 
mudança na contabilização das visitas realizadas pelos ACS. 
Anteriormente, o SIAB trabalhava com a lógica de registro consolidado e 
eram contadas as “famílias visitadas” e aquelas acompanhadas pelo 
ACS. Como já estudamos, o e-SUS APS está fundamentado na lógica de 
individualização do registro, assim, no Sistema, devem ser registrados os 
“indivíduos visitados”. 
De modo indireto, é possível calcular quantas famílias foram visitadas, a 
partir dos vínculos familiares registrados nos cadastros individuais e 
domiciliares. Existem exceções quando as opções visita periódica e 
cadastramento/atualização são utilizadas, conforme orientação do 
quadro 07. Quando o ACS visita um cidadão, que tenha como condição 
alguma doença crônica ou ciclo de vida (de acompanhamento regular 
da ESF), o registro deve ser feito de forma individualizada, utilizando o 
CNS/CPF desse indivíduo (BRASIL, 2021b).
55
O Sistema e-SUS APS possui fichas projetadas para uso e 
qualificação do registro da informação dos ACS e dos ACE. 
Entretanto, observamos que não são em todas as 
realidades que o Sistema é utilizado pelas duas categorias. 
O uso pelos ACS é universal, seja pelos softwares do e-SUS 
APS ou por outros Sistemas que transmitem dados para o 
SISAB. Porém, essa não é a realidade do processo de 
trabalho dos ACE em todo o Brasil. Trabalhar com o mesmo 
Sistema de Informação pode estreitar os laços de trabalho 
entre ACS e ACE. Você já pensou sobre isso? 
Discuta o assunto com o seu preceptor! 
Como já foi dito, a estratégia e-SUS APS também possui aplicativos 
móveis integrados ao Sistema com PEC, para utilização dos 
profissionais. O primeiro aplicativo desenvolvido priorizou o processo de 
trabalho dos ACS e ACE, denominado e-SUS Território, e é sobre ele que 
vamos discutir, agora. O e-SUS Território pode ser utilizado em tablets ou 
smartphones e considera aspectos de segurança, usabilidade e 
conforto (BRASIL, 2021b). 
56
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Uma das vantagens do uso do aplicativo é o fluxo facilitado de trabalho 
dos profissionais, como demonstrado na figura 02. 
Figura 02 – Cadastro de Indivíduos, Famílias e 
Domicílios/Imóveis no e-SUS Território.
Fonte: BRASIL, 2021b.
Observação: figuras originais disponíveis em: 
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/docs/territorio/territo
rio_01/. Acesso em: 12 set. 2022.
57
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/docs/territorio/territorio_01/
https://cgiap-saps.github.io/Manual-eSUS-APS/docs/territorio/territorio_01/
CURSO TÉCNICO ACE E ACS
Como podemos notar, com o uso do e-SUS Território, ocorre uma 
importante simplificação do processo de cadastramento e 
atualização cadastral e de registro das visitas. As vantagens do uso 
do aplicativo estão relacionadas à eliminação do uso de fichas de 
papel e ao registro paralelo da ação de cadastramento ou visita, o 
que pode contribuir com a redução de erros de digitação, com o 
tempo de compartilhamento dos dados e com a otimização da 
atuação profissional. 
O primeiro passo para a utilização do aplicativo é a sincronização 
com a instalação do e-SUS APS, para que a base cadastral, 
previamente processada pelo Sistema, seja sincronizada com o 
equipamento e possibilite o seu uso no território em modo off-line. 
Para sincronizar, é necessário o endereço do servidor, o login e a 
senha de acesso à instalação do e-SUS APS. As regras de registro de 
cadastros domiciliares, individuais e de visitas domiciliares são 
similares àquelas já discutidas, aqui (BRASIL, 2021b).
58
RETROSPECTIVA
Chegamos ao final desse conteúdo! Com o estudo dessa disciplina 
entendemos o processo de Informatização da Saúde e as Políticas 
Nacionais relacionadas ao tema, como a PNIIS e o programa 
Informatiza APS.
 
Refletimos sobre a importância da qualificação dos registros em 
Saúde e discutimos estratégias que podem ser utilizadas no cotidiano 
de trabalho para abordar o tema. 
Realizamos, também, uma breve revisão sobre a estratégia e-SUS APS 
e, por fim, aprimoramos os conhecimentos sobre os principais 
instrumentos de registro utilizados pelo ACS e ACE.
 
Você percebeu que os dados, produzidos no seu trabalho, são 
fundamentais para a organização do SUS? 
Saiba que, ao utilizar estratégias de qualificação de dados, como as 
que estudamos, o maior beneficiado será você, que obterá relatórios 
confiáveis para organizar o seu trabalho. 
Lembre-se de que esses dados, quando registrados de forma correta e 
oportuna,podem ser utilizados na visualização de seu território, de sua 
produção e para o planejamento das Ações em Saúde. Além disso, é 
preciso pensar na atualização desses dados, pois o território é 
dinâmico e os Sistemas devem ser alimentados e atualizados 
permanentemente.
O nosso desafio é obter dados de qualidade, registrados em todos os 
SIS, que possam ser utilizados pelos ACS e ACE e, você, é fundamental 
para isso!  
60
BIBLIOGRAFIA
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