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GEO 9 - CAP 14 ÍNDIA POTÊNCIA EMERGENTE 17 09 22 ARARIBÁ MAIS (1)

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202 – 4o BIMESTRE
Área em construção localizada no centro 
de Dubai, Emirados Árabes (2014).
U N I DA D E V I I
Ásia: Índia e 
Oriente Médio
202
4o BIMESTRE – 203
BAIXA
A Índia é um país marcado por grandes contrastes. Por ser uma potência emergente, possui cen-
tros de produção de tecnologias avança-
das, universidades de alto nível e grande 
dinamismo industrial; ao mesmo tempo, 
grande parte de sua população vive em 
condições precárias.
Na região do Oriente Médio, locali-
zam-se países que são grandes produto-
res mundiais de petróleo e cidades com 
conjuntos modernos de edifícios, em rit-
mo ainda crescente de construção. Ob-
serve a imagem de abertura desta Uni-
dade. Tanto por causa do petróleo como 
por sua posição geográfica (que liga os 
continentes da Europa, Ásia e África), o 
Oriente Médio é marcado por conflitos e 
também é alvo de interesse das grandes 
potências mundiais.
O que você conhece sobre a Índia, 
sua história e economia? E sobre os paí-
ses da região do Oriente Médio? O que 
você sabe sobre as disputas territoriais 
nessa região? Além do petróleo, quais 
fatores podem explicar os conflitos no 
Oriente Médio?
Você verá 
nesta Unidade:
Índia: do imperialismo britânico 
a potência emergente
Economia, população e conflitos 
na Índia
O petróleo e a riqueza no 
Oriente Médio
Conflitos no Oriente Médio
FA
B
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A
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I/A
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EN
A
203
204 – 4o BIMESTRE
Localizada no sul do continente asiático e banhada pelo oceano Índico, a Índia 
possui a sétima maior extensão territorial do mundo e faz fronteira terrestre com seis 
países: Paquistão, China, Nepal, Butão, Bangladesh e Mianmar.
A Índia é uma república federativa constituída por 28 estados e sete uniões terri-
toriais. Cerca de um terço da população indiana, que é de 1,2 bilhão de habitantes, 
vive nas cidades. Há grandes aglomerações urbanas, como Mumbai (ex-Bombaim) e 
Calcutá, além da capital, Nova Délhi.
No século XVI, países europeus disputavam a região que hoje compreende a Índia, 
principalmente em razão das especiarias nela encontradas. Atualmente, a Índia é um 
país com crescente desenvolvimento econômico.
O parque industrial indiano é diversificado. Apesar disso, é a agricultura que ainda 
emprega a maior parte da população. Outro setor que vem crescendo globalmente é 
o de serviços, como as empresas de telemarketing e de alta tecnologia.
Apesar do desenvolvimento econômico e em tecnologia, a Índia ainda registra
baixos índices sociais, e grande parte da população vive na miséria, sem acesso a ser-
viços essenciais, como saneamento básico e saúde. O país também vivencia conflitos 
territoriais, como a questão da Caxemira com o Paquistão.
Empresa de 
telemarketing em 
Bangalore, Índia 
(2017).
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C A P Í T U L O
204
Índia: potência 
emergente14
https://www.youtube.com/watch?v=flFMsNnnpr4
https://www.youtube.com/watch?v=ETMi-BG9sxM
https://mega.nz/file/uIAiCRAY#PehtXfQm34L_fxDYOIgGudrldH9XNcu7DDWGCxUa3uY
https://mega.nz/file/yMBigBza#ye0QMFXZINGyw5IUOx8MFC-UU20TcaZMumFf53bE80o
https://mega.nz/file/GIwW2JCZ#RCcIJZF5Vc2RaGk3boDHORPCIxnOb5SGef-lHh75is8
https://mega.nz/file/bQ5DUI6I#wdYMK7tllh0yHgZysetwR-A5DmH3mr0HoyUr9y-Z9cY
https://drive.google.com/file/d/1ixOpAkYszYkAOLH8rtR8byRtS5dKy7zQ/view?usp=sharing
4o BIMESTRE – 205
IMPERIALISMO BRITÂNICO 
E INDEPENDÊNCIA
A Inglaterra consolidou seu domínio sobre a Índia no 
século XVII, após disputas com portugueses, franceses e 
holandeses. A colonização britânica direcionou a produção 
do país para atender ao mercado externo, colocando em 
segundo plano as necessidades do mercado interno.
Como em diversas outras colônias europeias, incluindo 
o Brasil, foram implantadas na Índia as plantations, grandes
propriedades monocultoras com produção destinada à
exportação. Além da fome causada pela falta de alimentos
no país, esse sistema provocou alterações no modelo social
e produtivo, inviabilizando a industrialização e a moderniza-
ção da sociedade indiana.
No início do século XX, o quadro de miséria impulsio-
nou um movimento nacionalista liderado por Mohandas 
Gandhi, também conhecido como Mahatma (Grande 
Alma). Gandhi defendia a desobediência civil não violenta 
— que incluía boicotes aos produ-
tos ingleses e recusa ao pagamento 
de impostos — como forma de pro-
testo e demonstração da insatisfação 
diante da ocupação estrangeira, da 
miséria social e da estagnação eco-
nômica do país.
As mobilizações desencadeadas 
por Gandhi, somadas aos efeitos da 
Segunda Guerra Mundial sobre os paí-
ses europeus, facilitaram a indepen-
dência da Índia em 1947. No processo 
de independência, a Inglaterra pro-
moveu a partilha do território (então 
denominado União Indiana) entre eli-
tes regionais, dando surgimento ao 
Paquistão, de maioria muçulmana. 
Essa partilha provocou o desloca-
mento regional de grupos étnicos 
e religiosos, causando indefinições 
territoriais entre Paquistão e Índia, 
que até hoje disputam territórios da 
região da Caxemira.
uu GANDHI. Direção: Richard 
Attenborough. Reino 
Unido/Índia, 1982. 
Duração: 188 min.
O filme retrata a vida de 
Mohandas (Mahatma) 
Gandhi, desde sua juventude 
até se tornar um grande 
líder espiritual e importante 
figura na luta pela 
independência da Índia.
80° L
CHINA
AFEGANISTÃO
TADJIQUISTÃO
NEPAL
BUTÃO
BANGLADESH
MIANMAR
SRI 
LANKA
Aksai
Chin
Punjab
Haryana
Rajastão
Uttar
Pradesh
Sikkim
Arunachal
Pradesh
Assam Nagaland
Bihar
Meghalaya
Manipur
Tripura Mizoram
Bengala
OcidentalMadhya Pradesh
Nova Délhi
Gujarat
Maharashtra
Orissa
Goa
Andra
Pradesh
Karnataka
Tâmil
NaduKerala
Golfo 
de
BengalaOCEANO
ÍNDICO
C A X E M
I R
A
Linha de cessar-fogo
Índia/Paquistão
Território sob controle do 
Paquistão e reivindicado 
pela Índia
Território sob controle da 
Índia e reivindicado pelo 
Paquistão 
Território sob controle da 
China e reivindicado pela 
Índia
PAQUISTÃO
Himachal
Pradesh
TRÓPICO DE CÂNCER
ÍNDIA: POLÍTICO (2013)
Elaborado com base em dados obtidos em: FERREIRA, Graça 
M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: 
Moderna, 2013. p. 101; DUBY, Georges. Atlas historique mondial. 
Paris: Larousse, 2003. p. 209.
NE
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SE
S
N
NO
SO
375 km
SO
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IA
 V
A
Z
Capítulo 14 – Índia: potência emergente 205
 Sugestões para o estudante:
EBINE, Kazuki. Gandhi. Uma biografia em mangá. São Paulo: Case Editorial, 2014.
Em uma combinação de narrativa e ilustrações, a biografia conta a história do líder da 
independência indiana, Mahatma Gandhi.
MOTHER Índia. Direção: Mehboob Khan. Índia, 1957. Duração: 172 min. 
O filme retrata a Índia após a independência, mostrando a necessidade de continuar o 
processo de modernização e preservar costumes e tradições.
capri
Realce
capri
Realce
capri
Realce
https://www.youtube.com/watch?v=DHP9VlhiZOc
https://mega.nz/file/qNhznIaQ#r7lKFPR0UL-f7QTV3rqPBabYbs1hq672n-k_aJVNWg8
https://www.youtube.com/watch?v=s0qTPjUkR6I
https://mega.nz/file/TBgWCZrS#mTJdrcmuv3sIWEEaVAq4CMTnyZfgHkGQrT9HmvJ-znk
https://mega.nz/file/Wcww2ZbQ#LUmhxIhz58_D8XTgcAnXNLWF2NPbR6imBP8GXhDvR3I
206 – 4o BIMESTRE
POTÊNCIA EMERGENTE
Desde a década de 1990, a Índia apresenta taxas elevadas de crescimento eco-
nômico, resultado de investimentos e do estabelecimento de acordos bilaterais em 
escalas regional e global. O comércio regional é intenso, e os principais parceiros são 
a China, o Japão e a Coreia do Sul. Nos últimos anos, o país também tem intensificado 
as relações comerciais com a África e a América do Sul.
Caracterizada como potência emergente, a Índia forma, com Brasil, Rússia, China e 
África do Sul, o grupo conhecido como BRICS.
Outro fator que coloca a Índia em posição de destaque no cenário internacional é seu 
arsenal nuclear, desenvolvido no contexto das disputas territoriais com o Paquistão. Os 
dois países não são signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
Os BRICS
Em 2001, o economista inglês JimO’Neill, chefe 
de pesquisa em economia global de um dos maio-
res bancos de investimento do mundo – o Goldman 
Sachs –, observou que quatro países do globo, apesar 
de separados cultural e geograficamente, estavam des-
pontando devido a suas economias e, o mais importan-
te, tinham potencial para crescer. Foi assim que surgiu 
o termo BRIC, sigla criada com as iniciais destes quatro
países: Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, a África
do Sul (South Africa) foi admitida no grupo, que então
passou a ser denominado BRICS.
Embora o grupo ainda tenha caráter informal, 
seus membros têm buscado aproximação em assun-
tos de interesse comum, como segurança alimentar, 
agricultura e energia, além de promover eventos que 
reúnem acadêmicos, empresários e representantes de 
cooperativas de seus países.
BRICS: PERCENTUAL DE TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB
Elaborado com base em dados 
obtidos em: BANCO MUNDIAL. 
World Development Indicators. 
Disponível em: <http://databank.
worldbank.org/data/reports.
aspx?Code=NY.GDP.MKTP.
KD.ZG&id=1ff4a498&report_
name=Popular-Indicators&pop
ulartype=series&ispopular=y>. 
Acesso em: 21 nov. 2017.
15
10
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–5
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China Brasil
Ta
xa
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cr
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 (e
m
 %
)
Ano
RússiaÍndia África do Sul
–3,8%
–2,8%
1,3%
6,9%
8%
Em 2010, a China se tornou a 
segunda maior economia do mundo, 
abaixo somente dos Estados Unidos.
Nota-se uma queda no 
crescimento dos PIBs devido à 
crise econômica mundial de 2008.
BRICS: PIB PER CAPITA (2015)
Elaborado com base em dados obtidos em: BANCO 
MUNDIAL. World Development Indicators. 
Disponível em: <http://databank.worldbank.
org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.
KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicato
rs&populartype=series&ispopular=y>. Acesso em: 
21 nov. 2017.
US$ 9.329
US$ 8.757
US$ 8.069
US$ 5.769
US$ 1.613
África do SulÍndia China Brasil Rússia
G
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 S
EC
C
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206
 Texto complementar
Índia: destaque na economia
O PIB brasileiro voltou a 
registrar queda [...], segun-
do mostram os dados di-
vulgados nesta quarta-feira 
(31) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística
(IBGE). Com o Brasil e a
Rússia em crise, a África do
Sul registrando atividade
econômica fraca e a desa-
celeração chinesa, a econo-
mia indiana é destaque de
expansão entre os BRICS
(grupo formado por esses
países). A economia da Índia
cresceu mais que a da China
em 2015 pela primeira vez
desde 1999, e a previsão do
Fundo Monetário Internacio-
nal é que essa seja uma ten-
dência pelos próximos anos.
No segundo trimestre de
2016, o PIB da Índia cresceu
7,1% contra o mesmo perío-
do de 2015. Na mesma base
de comparação, a economia
da China teve expansão de
7%, e a do Brasil, recuo de
3,8%. Em um ranking dos 34
países que representam 79%
do PIB Mundial e que publica-
ram seus resultados até o mo-
mento, a Índia lidera como o
maior crescimento do PIB no
segundo trimestre (repetindo
a posição do trimestre ante-
rior). A China ocupa a terceira
posição (atrás das Filipinas) e
o Brasil, a última.
ÍNDIA é destaque entre 
BRICS, com crise no Brasil 
e desaceleração da China. 
G1. Disponível em: <http://
g1.globo.com/economia/
noticia/2016/09/india-
e-destaque-entre-brics-
com-crise-no-brasil-e-
desaceleracao-da-china.html>. 
Acesso em: 30 ago. 2018.
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://databank.worldbank.org/data/reports.aspx?Code=NY.GDP.MKTP.KD.ZG&id=1ff4a498&report_name=Popular-Indicators&populartype=series&ispopular=y
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/india-e-destaque-entre-brics-com-crise-no-brasil-e-desaceleracao-da-china.html
https://mega.nz/file/TRoCHLrK#8yuFfAKtvOV132Mz6dRugtZvDECpPYZr7wpee6Vv7Ek
https://mega.nz/file/eAY2RDSD#N3HnG-v3mXVQXYVVzmakDJfyqo01BtTv_vMl07rnJVo
4o BIMESTRE – 207
Economia e presença estatal
Após a independência da Índia, em 1947, houve elevados investimentos do Estado 
em ramos industriais como o siderúrgico, o bélico, o automotivo e o de máquinas e 
equipamentos, visando substituir as importações e tornar o país mais autossuficiente.
Graças à oferta e à extração de recursos naturais (sobretudo combustíveis fósseis), 
intensificaram-se as obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, usinas para a 
produção de energia elétrica etc.
A fim de superar uma crise econômica, a partir de 1991, o governo indiano tomou 
uma série de medidas que redimensionaram a presença estatal e desencadearam o 
crescimento econômico. A Índia passou a receber grandes investimentos estrangeiros 
associados à indústria nacional, mantendo o Estado como acionista majoritário em 
empresas de áreas estratégicas, ligadas à indústria de base e à geração de energia.
Atualmente, a economia indiana é diversificada. Além de contar com um parque 
industrial espalhado pelos núcleos urbanos (Calcutá, Mumbai, Chennai e Nova Délhi), 
o país dispõe de reservas de petróleo, carvão e ferro — recursos fundamentais para
os setores siderúrgico e petroquímico. A agricultura, praticada em vastas áreas do
território, é o setor que mais emprega na Índia. O setor de serviços tem promovido a
integração indiana no mercado global por meio do desenvolvimento de empresas de
alta tecnologia e de telemarketing.
Fonte: FERREIRA, 
Graça M. L. Atlas 
geográfico: espaço 
mundial. 4. ed. São 
Paulo: Moderna, 
2013. p. 101.
Kanpur
Ahmadabad
Surat
Vadodara
Mumbai
(Bombaim) Hyderabad
Pune
Bangalore Chennai
(Madras)
Madurai
Vishakhapatnam
Délhi
Calcutá
 D
ES
ER
TO
 D
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HAR
 
Ganges
80° L
OCEANO
ÍNDICO
Golfo de Bengala
TRÓPICO
 DE CÂNC
ER
Jamshedpur
Cochin
Ind
o
 Brahmaputra
PAQUISTÃO
CHINA
MIANMAR
SRI LANKA
NEPAL
BUTÃO
Criação extensivade gado
Culturas variadas
Arroz
TrigoÁrea desértica
Chá
Algodão
Juta
Cana-de-açúcar
Centro industrial
importante
Alta tecnologiaPetróleo
Carvão
Ferro
BANGLADESH
ÍNDIA: ECONOMIA (2010)
NE
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SE
S
N
NO
SO
330 km
SO
N
IA
 V
A
Z
Capítulo 14 – Índia: potência emergente 207
Sugestão para o professor:
MEHTA, Suketu. Bombaim: cidade máxima. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
Neste livro, o autor analisa aspectos da cidade de Mumbai para retratar, de forma geral, as contradições da metrópole.
capri
Realce
https://www.youtube.com/watch?v=gLi1vREOgvs
https://mega.nz/file/vYgW0DwQ#7p0LULftBcWzByCIWCgod7C75MBB98J-9ZLBfodQnt8
https://mega.nz/file/2YpCWDjZ#acbCR5rGWJDlepUdeVW5zhOtBhEqjBsGSipmUpN8T50
208 – 4o BIMESTRE
As empresas de alta tecnologia
Nas últimas décadas, a Índia conquistou o mercado de 
atividades ligadas à Tecnologia da Informação (TI), desen-
volvidas em escritórios situados, em sua maioria, na cidade 
de Bangalore, no sul do país. Empresas indianas prestam 
serviços a grandes corporações transnacionais, criando 
aplicativos, programas e outros produtos.
Um dos fatores que contribuem para essa expansão é o 
forte movimento de retorno ao país de jovens indianos que 
se especializaram em áreas voltadas à informática e à enge-
nharia em grandes universidades dos Estados Unidos e do 
Reino Unido. Essa mão de obra altamente qualificada tem 
sido fundamental para o desenvolvimento da indústria ligada 
à informática e para a criação de escolas de engenharia de 
excelente nível na Índia.
Bollywood e a indústria 
do entretenimento
Criada no início do século XX, a maior indús-
tria de entretenimento do mundo, conhecida 
como Bollywood, localiza-se em Mumbai, na 
Índia. Seu nome deriva da mistura entre Bom-
baim e Hollywood, famoso complexo cinema-
tográfico dos Estados Unidos. Atualmente, 
Bollywood produz mais de mil filmes por ano.
Mão de obra e mercado interno
A Índia tem atraído para seu território empresas de vários 
países (principalmente dos Estados Unidos e do Japão), por 
diversos motivos:
mão de obra qualificada, composta de técnicos e enge-
nheiros formados em universidades e escolas técnicas 
do país e do exterior;
excedente de mão de obra com baixa qualificação, que 
ocupa os postos de trabalho que exigem pouca especia-
lização;
mercado consumidor com elevado potencial (com o 
aumento da renda per capita ocorrido nos últimos anos, 
houve ampliação da demanda por bens de consumo).
Tecnologia da 
Informação (TI)
Conjunto de atividades 
que utilizam a computação 
como meio para produção, 
transmissão, armazenamento e 
utilização de informações, por 
exemplo, a criação de softwares 
(programas de computador).
Embora os filmes de 
Bollywood se destinem 
predominantemente ao 
público indiano, é possível 
encontrar sua distribuição 
em vários países. 
Na fotografia, placas 
publicitárias de filmes 
indianos na entrada de 
um cinema em Port Louis, 
Ilhas Maurício (2017).
TH
E 
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PL
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ST
O
C
K
208
Sugestão para o 
estudante:
NOTA de mi l rúpias. Direção: 
Shrihari Sathe. Índia, 2014. Dura-
ção: 89 min.
Uma mulher pobre, que acaba de 
perder seu filho agricultor, ganha 
mil rúpias de um político em campa-
nha e se vê em uma difícil situação 
quando tenta usar o dinheiro. O fil-
me retrata a exploração a que a po-
pulação pobre indiana é submetida.
Observação
Os conteúdos das páginas 
206, 207 e 208 deste Capí-
tulo abordam importantes 
aspectos da economia da 
Índia e permitem o desen-
volvimento, mais uma vez, 
das habilidades EF09G09 e 
EF09GE11.
Material Digital 
Audiovisual
Áudio: A expansão das 
empresas de callcenter 
pela Índia
https://www.youtube.com/watch?v=Ypd2SM-86KA
https://www.youtube.com/watch?v=xy2qOtcr1q4
https://www.youtube.com/watch?v=oOdzUtXx154
 
 
 
4o BIMESTRE – 209
O SISTEMA DE CASTAS: UMA ORDEM HINDUÍSTA
Os princípios do hinduísmo favoreceram a formação, na Índia, do sistema de castas. 
Em uma sociedade com esse tipo de sistema, a posição do indivíduo é definida pelo 
nascimento, sem que haja espaço para qualquer tipo de mobilidade social ao longo 
da vida. O sistema de castas na Índia é dividido em quatro castas. Segundo o Rig Veda, 
escritura sagrada do hinduísmo, cada uma delas se originou de uma parte do corpo de 
Brahma, o deus supremo.
No topo da hierarquia estava a casta dos sacerdotes, denominados brâmanes. 
Em seguida, vinham: a dos xátrias, que eram os militares; a dos vaixias, composta de 
comerciantes, artesãos e camponeses; e a dos sudras, trabalhadores rudimentares que 
serviam às demais castas. Excluídos socialmente, estavam os intocáveis (dalits), grupo 
totalmente desprovido de direitos. Esses indivíduos eram considerados impuros por 
não terem origem no corpo de Brahma; formavam um grupo à parte, extremamente 
segregado e discriminado.
Existem, ainda, milhares de subcastas, o que torna esse sistema muito complexo.
Em 1947, o sistema de castas foi extinto oficialmente. Porém, ele está arraigado na 
sociedade indiana, e os grupos excluídos continuam sendo vítimas do preconceito. Como 
forma de se libertar dessa realidade, muitos se converteram ao islamismo e ao budismo.
Duas mulheres de diferentes castas na Índia. 1837. Litogravura. Biblioteca Britânica, 
Londres.
1 Como é composto o sistema de castas na Índia? 
2 Por que os intocáveis (dalits) sofrem discriminação por parte da sociedade indiana?
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Capítulo 14 – Índia: potência emergente 209
https://mega.nz/file/nMZ0ST4a#9s5lv6FTTKr4xZdN3RThr9JQkr_hkE5_jIIzH-9j6t4
https://mega.nz/file/TMZSXRYR#CgsFSKMPt7HtTT3YHk0u30g4Vg6_2gYdb4I0RweHgM4
https://www.youtube.com/watch?v=ulDJ-h9Uk8U
https://www.youtube.com/watch?v=dDQvfwWo8zM
https://www.youtube.com/watch?v=7k9GJcMPhOU&t=505s
210 – 4o BIMESTRE
POPULAÇÃO
Com 1,2 bilhão de habitantes, a Índia tem a segunda 
maior população do mundo, sendo 55,2% rural. Embora o 
crescimento demográfico esteja em declínio nos últimos 
anos, a ONU prevê que, em 2030, a população desse país 
será a maior do planeta, com 1,5 bilhão de pessoas. Mais da 
metade da população indiana se concentra no vale do rio 
Ganges, onde estão situadas algumas das maiores cidades 
do país, como Calcutá, Patna e Nova Délhi.
Há uma grande diversidade 
cultural no país, pois existe 
uma multiplicidade de religiões 
praticadas (hinduísmo, isla-
mismo, cristianismo, sikhismo, 
entre outras) e de línguas fala-
das (hindi, bengali, inglês etc.).
Um grande número de 
indianos vive em situação de 
pobreza e miséria, com preca-
riedade de saneamento básico, 
eletricidade, transporte e habi-
tação. No que diz respeito à 
saúde e à educação, os servi-
ços de qualidade são escassos.
CONFLITOS ÉTNICOS E SEPARATISTAS
Alguns conflitos étnicos e separatistas ameaçam a uni-
dade territorial da Índia. Entre eles, estão a disputa com o 
Paquistão pela Caxemira, território localizado ao norte do 
país; os confrontos entre hinduístas e sikhs, grupo étnico- 
-religioso do estado do Punjab (situado a noroeste do ter-
ritório indiano) que reivindica sua independência política; e
a luta entre indianos e chineses pelas regiões de Aksai Chin
(dominada pela China e reclamada pela Índia) e de Aruna-
chal Pradesh (dominada pelos indianos e reivindicada pelos
chineses).
Com relação à disputa pelo território da Caxemira, desde 
sua independência, a Índia travou três guerras com o 
Paquistão: em 1947, em 1965 e em 1999. Houve ainda uma 
guerra travada em 1971, quando a Índia apoiou a indepen-
dência de Bangladesh.
Parte significativa da 
população indiana 
peregrina até o rio Ganges, 
considerado por muitos 
como local sagrado, para 
a realização de rituais 
religiosos. Varanasi, 
Índia (2017).
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Sugestões comple-
mentares referentes 
ao Capítulo
NAIPAUL, V. S. Índia: um milhão de 
motins agora. São Paulo: Compa-
nhia das Letras, 1997. 
VISENTINI, Paulo G. Fagundes. O 
dragão chinês e o elefanteindiano. 
Porto Alegre: Leitura XXI, 2011.
https://www.youtube.com/watch?v=X25E7fAjzkg
https://www.youtube.com/watch?v=JkcBhoCwqQ0
https://mega.nz/file/bFYEgLSS#RzrDnia4CedKMQmvv6iY3TSPBLqcrVBKZv87TlCYAjk
https://mega.nz/file/7EJ2BTLC#7Ze5MLB18HeEqpRerbiv2OxvkjqTNNi9uQxHI8dsvNQ
capri
Linha
capri
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https://mega.nz/file/Dc5Tza4L#LQLOkHujLjvXD5Q-ecUPFgYPbR1ZcpANVlnoEszCykE
https://mega.nz/file/3ERUzRLQ#eNBq6tYgNCtDBm_mWSXUIJlBLdJKwzvr7v9R1V5Ytk4
104
• Sobre o rio Ganges, co-
mente com os alunos que 
este rio sofre há muitas 
décadas com a poluição, 
pelo despejo de esgoto 
sem tratamento, resíduos 
industriais e da agricul-
tura. A poluição vem in-
toxicando a população 
que consome a água e 
causando doenças como 
cólera, febre tifoide e di-
senteria. Suas águas são 
utilizadas na irrigação, 
para cozinhar alimentos, 
beber, lavar roupa e hi-
giene pessoal. Este é um 
momento em que é possí-
vel trabalhar com o tema
contemporâneo Saúde.
• Proponha aos alunos 
que façam uma pesquisa 
para complementar infor-
mações sobre o Ganges, 
como sua importância 
cultural e os problemas 
resultantes da sua po-
luição. Feita a pesquisa, 
proponha um debate para 
que os alunos divulguem 
e analisem as informa-
ções obtidas.
Orientações gerais
A sociedade indiana e a 
importância do rio Ganges
Geografia 
em foco
A sociedade indiana apresenta, ainda hoje, embora de forma não oficial, uma 
divisão baseada em castas. Essa divisão é rigidamente hierarquizada, tendo como 
critérios fundamentais a hereditariedade, a religião, a profissão e a etnia. Por ser 
hereditária, essa forma de divisão social impossibilitava que o indivíduo passasse 
de uma casta inferior para uma superior. 
O sistema de castas foi oficialmente abolido na Índia com a Constituição de 1950. 
A partir dessa data, a discriminação com base na hierarquia entre as castas se tornou 
uma prática criminosa. No entanto, por fazer parte de uma tradição milenar, que per-
meia o pensamento religioso e social hindu, a discriminação e mesmo a violência 
contra membros de castas consideradas inferiores ainda persistem. Hoje, o Estado 
indiano vem empreendendo ações assertivas com vistas a inserir os dalits na socie-
dade e romper o preconceito. Desse modo, por meio de cotas, estão sendo garantidas 
aos dalits vagas em universidades, cargos públicos e também políticos.
O Hinduísmo e o Rio Ganges 
O Hinduísmo é a religião predominante na Índia. No sistema social e religioso 
hindu, o Rio Ganges possui grande importância. Os antigos hindus, do mesmo mo-
do que a maioria dos indianos atuais, consideravam o rio sagrado, pois, segundo a 
tradição, ele teria sido criado por Shiva, deus muito cultuado em toda a Índia. Des-
se modo, o rio seria um meio de ligação entre o humano e o divino. As águas do 
Ganges teriam a capacidade de purificar os indivíduos que nele se banhassem.
104
Indianos realizam ritual de 
purificação no Rio Ganges na 
cidade de Haridwar, Índia, 2017.
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Veja a seguir a ordem hierárquica das principais castas 
indianas. 1
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4
Casta dos sábios, professores e sacerdotes, que deveriam 
orientar espiritualmente e aconselhar os governantes, além 
de realizar os rituais religiosos.
1 Brâmanes
Casta dos guerreiros, encarregados de garantir 
a ordem política e a proteção social. 
2 Xátrias
Casta de comerciantes e agricultores 
proprietários de terras, encarregados da 
economia da sociedade.
3 Vaixás
Trabalhadores manuais que deveriam servir 
às outras três castas.
4 Sudras
Também conhecidos como“párias”ou 
“intocáveis”, que não fazem parte de nenhuma 
das castas. Para os membros das demais 
castas, o simples contato com um dalit seria 
considerado ruim por causa de sua “impureza”.
5 Dalits
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• Comente com os alunos 
a exclusão que assola o
povo dalit na Índia. Faça 
uma comparação com a 
exclusão da população ne-
gra brasileira, o apartheid 
sul-africano e a segrega-
ção estadunidense. Expli-
que que a Índia foi pioneira 
no sistema de cotas.
• Comente com os alu-
nos também sobre a im-
portância das religiões na 
diversificação cultural da 
população. Essa é uma 
ocasião para salientar
o respeito às culturas e 
trabalhar com o tema 
contemporâneo Diversi-
dade cultural e também 
pode-se trabalhar com 
Educação em direitos 
humanos. Para isso, in-
centive o respeito e a 
valorização da cultura in-
diana e da religião hindu. 
Explique que cada cultura 
tem suas particularida-
des e a divisão da socie-
dade em castas faz parte 
de uma tradição milenar, 
a qual devemos respeitar, 
sem necessariamente 
concordar com ela. Esta é 
uma forma de abordar a 
competência específica 
de Ciências Humanas 4 
da BNCC.
• Caso considere perti-
nente, sugira aos alunos 
a realização de uma pes-
quisa sobre as diversas 
castas indianas, com o 
objetivo de os alunos 
aprofundarem seus co-
nhecimentos sobre o
papel de cada casta na
sociedade e como vivem, 
ao desempenhar este pa-
pel. Após a pesquisa rea-
lizada, os alunos poderão 
apresentá-la e discutir
as diferentes realidades 
desses grupos.
Orientações gerais
A sociedade indiana e a 
importância do rio Ganges
Geografia 
em foco
A sociedade indiana apresenta, ainda hoje, embora de forma não oficial, uma 
divisão baseada em castas. Essa divisão é rigidamente hierarquizada, tendo como 
critérios fundamentais a hereditariedade, a religião, a profissão e a etnia. Por ser 
hereditária, essa forma de divisão social impossibilitava que o indivíduo passasse 
de uma casta inferior para uma superior. 
O sistema de castas foi oficialmente abolido na Índia com a Constituição de 1950. 
A partir dessa data, a discriminação com base na hierarquia entre as castas se tornou 
uma prática criminosa. No entanto, por fazer parte de uma tradição milenar, que per-
meia o pensamento religioso e social hindu, a discriminação e mesmo a violência 
contra membros de castas consideradas inferiores ainda persistem. Hoje, o Estado 
indiano vem empreendendo ações assertivas com vistas a inserir os dalits na socie-
dade e romper o preconceito. Desse modo, por meio de cotas, estão sendo garantidas 
aos dalits vagas em universidades, cargos públicos e também políticos.
O Hinduísmo e o Rio Ganges 
O Hinduísmo é a religião predominante na Índia. No sistema social e religioso 
hindu, o Rio Ganges possui grande importância. Os antigos hindus, do mesmo mo-
do que a maioria dos indianos atuais, consideravam o rio sagrado, pois, segundo a
tradição, ele teria sido criado por Shiva, deus muito cultuado em toda a Índia. Des-
se modo, o rio seria um meio de ligação entre o humano e o divino. As águas do 
Ganges teriam a capacidade de purificar os indivíduos que nele se banhassem.
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Indianos realizam ritual de 
purificação no Rio Ganges na 
cidade de Haridwar, Índia, 2017.
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Veja a seguir a ordem hierárquica das principais castas 
indianas. 1
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Casta dos sábios, professores e sacerdotes, que deveriam 
orientar espiritualmente e aconselhar os governantes, além 
de realizar os rituais religiosos.
1 Brâmanes
Casta dos guerreiros, encarregados de garantir 
a ordem política e a proteção social. 
2 Xátrias
Casta de comerciantes e agricultores 
proprietários de terras, encarregados da 
economia da sociedade.
3 Vaixás
Trabalhadores manuais que deveriam servir 
às outras três castas.
4 Sudras
Também conhecidos como “párias” ou 
“intocáveis”, que não fazem parte de nenhuma 
das castas. Para os membros das demais 
castas, o simples contato com um dalit seria 
considerado ruim por causa de sua “impureza”.
5 Dalits
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11/24/18 9:38 AM
P L A N I S F É R I O
final, muito final de noite, já 
quase a dobrar a data. O avião 
aterra na escuridão, o bruaá 
está lá em baixo, lá longe, para 
lá das luzes. É Bombaim, o so-
nho de uma vida, que nos es-
pera. Temos dormida marcada junto ao Por-
tal da Índia, na marginal que nos há de aco-
lher daqui a umas boas dezenas de minutos. 
Muitas mesmo. Por alguma razão obtusa, o ta-
xista que escolhemos conduz-nos pelo caminho 
menos óbvio. E o choque é total. Do aeroporto 
à entrada na gigantesca urbe, é urbe na mesma, 
mas de bairros de lata engatados uns nos ou-
tros, de casas periclitantemente construídas 
andar acima de andar, um mundo retorcido de 
vida adormecida, com muitos dos moradores 
a descansar ali mesmo, na margem da estrada, 
entre a lata das casas e a dos calhambeques que 
passam, escassos já, o dia termina cedo nestas 
latitudes, quando não continua eternamente 
na lufa-lufa da sobrevivência. 
São quilómetros sem-fim de uma visão que 
dói, milhares de pessoas adormecidas na hu-
midade opressora, milhares de telhados de 
ferrugem a tombar sobre paredes de chapas, 
É
É um país onde os milhões são unidades pequenas, onde 
o espaço é tão escasso que não há o do próximo, há apenas
espaço que tem de servir para todos. E, num país assim,
onde a água é ouro e as oportunidades falham, um vírus
tem tudo para vingar.
P O R IVETE CARNEIRO
PORQUE NÃO NOS ESPANTAM 
AS NOTÍCIAS DA ÍNDIA
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J U L H O 2 0 2 1 V O L T A A O M U N D O . P T
Í N D I A
Bombaim
tinham-nos avisado. Ou se ama ou se odeia. 
Ainda não consigo dizer. Porque estou sem 
voz, enfiada no apertado táxi entre os meus 
companheiros de viagem e as nossas mochi-
las, garganta travada no espanto, ninguém 
fala, não se ouve, sequer, respiração. 
Seria apenas o primeiro embate. Na alvora-
da, a cidade abriu-se ao Sol, paredes de tijolo 
de lembrança britânica, ornamentos vitoria-
nos um pouco por todo o lado, passeio largos 
e... pessoas. Aos milhares, debaixo de outras 
favelas, essas que são improvisadas nas bei-
ras das ruas da cidade das oportunidades, de-
baixo de telas e tendas, entre panelas e fo-
gueiras e cueiros e crianças nuas e sorrisos 
mágicos. Hoje consigo falar. E sorrio com es-
sas mulheres simples, esses homens magros 
que fugiram do campo para a selva urbana, 
porque, na verdade, perceberia ao longo das 
próximas cinco semanas de Índia, o campo e 
a cidade são irmanados na falta de espaço. 
E eis-nos chegados ao tema: falta de espa-
ço. Falta de tudo. É impossível percorrer um 
quilómetro de país sem ver gente. A pé, de 
bicicleta, a puxar carroças, com animais, 
com crianças, com saris de cores mil, com 
sorrisos, quase sempre. E depois há aquela 
segunda Índia, que são os caminhos de fer-
ro, onde tudo se reproduz elevado ao máxi-
mo expoente, onde o Mundo se empurra e 
toca, sem noção do espaço do próximo por-
que quando não há espaço é mesmo assim 
que se sobrevive, enfiado na multidão, a ten-
tar respirar. E os caminhos de ferro são um 
pouco como o sistema linfático de um país 
E DEPOIS HÁ AQUELA 
SEGUNDA ÍNDIA, 
QUE SÃO OS CAMINHOS 
DE FERRO, ONDE TUDO 
SE REPRODUZ ELEVADO 
AO MÁXIMO EXPOENTE , 
ONDE O MUNDO SE 
EMPURRA E TOCA, SEM 
NOÇÃO DO ESPAÇO DO 
PRÓXIMO PORQUE QUANDO 
NÃO HÁ ESPAÇO É MESMO 
ASSIM QUE SE SOBREVIVE , 
ENFIADO NA MULTIDÃO, 
A TENTAR RESPIRAR
escasso para tanta alma. Conhecendo a Ín-
dia – voltaria outras vezes, porque percebi 
cedo que, passado o choque, tudo aquilo en-
canta, até nos cheiros que se poderiam julgar 
difíceis mas que são, sobretudo, de especia-
rias e incensos, como se a Natureza tivesse 
inventado as especiarias para os países sem 
espaço –, não foram de todo estranhas as no-
tícias do descontrolo da pandemia de covid-
-19. Porque se é difícil controlar um vírus res-
piratório na Europa das distâncias sociais e
dos espaços sem fim, imagine-se na Índia so-
brepovoada. Só foi bizarra a demora para se
chegar ao drama de um bicho desenfreado a 
dizimar um povo e a criar descendência mu-
tada. À falta de espaço junta-se a pobreza,
junta-se o emprego miserável, junta-se um
sistema de castas que atira meio mundo para 
o desprezo, junta-se a água contaminada ou 
a falta dela, lavar mãos transforma-se, por-
ventura, no tratamento mais difícil de obter, 
junta-se o desemprego que atira quem pro-
curou a cidade para a rua, forçando milhões
de regressos para um campo quem não tem
nada para oferecer a um doente. 
Perguntar-se-á: mas então por que razão 
visitar a Índia? Porque tudo isto é ensinamen-
to e porque conhecer o Mundo é conhecer 
quem vive nele e como vive nele. E porque a 
Índia é um sorriso maravilhoso de simplici-
dade, daqueles que, não tendo nada para ofe-
recer, entregam apenas a afabilidade e a sim-
patia. E isso existe na Índia como em poucos 
destinos. No nosso caso, ama-se. Com todas 
as letras e sem espaços. Z
Nova Deli
V O L T A A O M U N D O . P T J U L H O 2 0 2 1
https://youtu.be/bjBhQKSEEUA
https://youtu.be/3Bpj3Zqo5wo
4o BIMESTRE – 211
1 A respeito do processo de independência da 
colônia britânica denominada União India-
na, responda:
a) Quem foi o líder da independência e quais
aspectos marcaram as mobilizações desen-
cadeadas por ele?
b) A independência da União Indiana resultou
na formação de quais países?
c) Qual território é disputado por esses países?
2 Em grupo, pesquisem informações em jor-
nais, revistas e na internet sobre as tensões 
entre Índia e China. Anotem os principais da-
dos e, em data previamente agendada pelo 
professor, apresentem a pesquisa aos de-
mais grupos. Compartilhem informações com 
os colegas e, se necessário, complementem a 
pesquisa. Ao final, elaborem uma tabela men-
cionando os conflitos e as respectivas datas de 
início e término (se houver).
3 Leia o texto a seguir e responda às questões:
De acordo com as projeções da PwC, as eco-
nomias emergentes de hoje serão maioria na 
lista de maiores do mundo em 2050. Com exce-
ção dos Estados Unidos, países desenvolvidos, 
como Japão e Alemanha, terão recuado nos 
rankings globais até 2050, sendo substituídos 
por Índia, Indonésia, Brasil, México e Rússia.
atividades
ÍNDIA: PIRÂMIDE ETÁRIA (2016)
Elaborado com base em dados 
obtidos em: CIA. The World 
Factbook. Disponível em: <https://
www.cia.gov/library/publications/
the-world-factbook/geos/in.html>. 
Acesso em: 21 nov. 2017.
5 Quais conclusões sobre 
a dinâmica populacio-
nal da Índia podem ser 
tiradas da pirâmide de-
mográfica ao lado?
Veja a lista das dez maiores economias em 
2050, de acordo com a PwC:
1. China – US$ 58,499 trilhões
2. Índia – US$ 44,128 trilhões
3. Estados Unidos – US$ 34,102 trilhões
4. Indonésia – US$ 10,502 trilhões
5. Brasil – US$ 7,540 trilhões
6. Rússia – US$ 7,131 trilhões
7. México – US$ 6,863 trilhões
8. Japão – US$ 6,779 trilhões
9. Alemanha – US$ 6,138 trilhões
 10. Reino Unido – US$ 5,369 trilhões
FRABASILE, Daniela. O poder dos Brics: conheça 
os países que formam o grupo. Época, 4 set. 2017. 
Disponível em: <http://epocanegocios.globo.
com/Mundo/noticia/2017/09/o-poder-dos-brics-
conheca-os-paises-que-formam-o-grupo.html>. 
Acesso em: 4 dez. 2017.
a) Qual a participação dos países do BRICS na 
lista das dez maiores economias em 2050? 
b) O que representam os BRICS na nova ordem
política e econômica mundial?
c) Por que a Índia está inserida no grupo dos
BRICS?
4 Quais são as principais atividades econômi-
cas da Índia?
Homens Mulheres
65 6552 5239 39
População (em milhões)
Faixa etária
26 2613 130 0
100 ou mais
95-99
90-94
85-89
80-84
75-79
70-74
65-69
60-64
55-59
50-54
45-49
40-44
35-39
30-34
25-29
20-24
15-19
10-14
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Capítulo 14 – Índia: potência emergente 211
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/in.html
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/in.html
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/in.html
http://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2017/09/o-poder-dos-brics-conheca-os-paises-que-formam-o-grupo.html
http://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2017/09/o-poder-dos-brics-conheca-os-paises-que-formam-o-grupo.html
http://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2017/09/o-poder-dos-brics-conheca-os-paises-que-formam-o-grupo.html
http://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2017/09/o-poder-dos-brics-conheca-os-paises-que-formam-o-grupo.html

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