Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
148 – 3o BIMESTRE Indianos se deslocam em um barco perto de casas parcialmente submersas devido às monções em Bengala Ocidental, Índia (2017). Nessa inundação, ocorrida em agosto, mais de 24 milhões de pessoas foram afetadas. U N I DA D E V O continente asiático 148 3o BIMESTRE – 149 Nesta Unidade, vamos estudar os aspectos gerais do conti-nente asiático. Além da enorme variedade de paisa- gens, a Ásia apresenta grande diversida- de social, cultural e econômica. A Ásia também é considerada o berço das religiões, e abriga o maior número de adeptos do mundo. Apesar da riqueza cultural proporcionada pela diversidade religiosa, há no continente asiático muitos conflitos relacionados à religião. Você sabe quais são as religiões pra- ticadas no continente asiático e suas principais características? Sabe algo so- bre algum conflito religioso, em qual país ocorre e quais são os grupos envolvidos? Que outros aspectos da diversidade cultural da Ásia você conhece? Você verá nesta Unidade: Aspectos físicos da Ásia Regionalização do continente Aspectos econômicos A população asiática Diversidade cultural e religiosa D IP TE N D U D U TT A /A FP /G ET TY IM A G ES 149 150 – 3o BIMESTRE PALESTINA 0º 90° L EQ UA DO R 80º N RÚSSIA (PARTE EUROPEIA) I. Socotra (IEM) TURQUIA (PARTE EUROPEIA) EGITO (PARTE AFRICANA) IRÃKUWAIT BAREIN CATAR ARÁBIA SAUDITA IÊMEN OMà EMIRADOS ÁRABES UNIDOS CHIPRE TURQUIA SÍRIA IRAQUE LÍBANO ISRAEL JORDÂNIAEGITO (PARTE ASIÁTICA) (PARTE ASIÁTICA) (PARTE ASIÁTICA) TURCOMENISTÃO UZBEQUISTÃO CAZAQUISTÃO QUIRGUISTÃO TADJIQUISTÃO R Ú S S I A PAQUISTÃO NEPAL BUTÃO BANGLADESH ÍNDIA MIANMAR C H I N A (REP. POPULAR) MONGÓLIA JAPÃOCOREIA DO NORTE IRIAN JAYA (INDONÉSIA) TAIWAN (REP. DA CHINA NAC.) BRUNEI M A L Á S I A CINGAPURA I N D O N É S I A LAOS VIETNà TAILÂNDIA CAMBOJA MALDIVAS SRI LANKA TIMOR LESTE AFEGANISTÃO ÁFRICA OCEANO ÍNDICO EUROPA PAPUA NOVA GUINÉ OCEANO OCEANO GLACIAL ÁRTICO PACÍFICO OCEANIA M A R M ED ITER R N EO Is.Terra do Norte Is. Nova Sibéria I. Wrangel MAR DE BERING Is . K u ri la s MAR DAS FILIPINAS MAR DE CÉLEBES MAR DE BANDA I. S. Lourenço (EUA) MAR NEGRO M A R C Á SP IO Golfo de Áden MAR DE JAVA I. Timor I. Mindanao I. Sumatra Golfo de Sião I. Borneo I. Bali MAR DE KARA Is. No va Z embla I. Sacalina MAR DA CHINA MAR DA CHINA MERIDIONAL ORIENTAL Mar de Aral Mar de Aral L. Baikal L. Balkash MAR ARÁBICO Golfo de Bengala Is. A le ut as ( EU A ) I s . R y u k yu COREIA DO SUL V ER M ELH O M A R Taipé Katmandu Thimphu Pequim (Beijing) Ulan Bator Tóquio Pyongyang Seul Teerã Al Kuwait Manama Doha Riad Bagdá Sana Abu Dabi Mascate Ancara Damasco Nicósia Beirute Jerusalém Amã Achkhabad Tachkent Bishkek Duchambe Cabul Islamabad Nova Délhi Dacca Manila Bandar Seri Begawan Jacarta Yangon Hanói Vientiane Bangcoc Phnom penh Kuala Lumpur Male Colombo Dili Astana FILIPINAS TR ÓP IC O DE C ÂN CE R CÍR CU LO P O LA R Á R TI C O ta s (E(( U A UU ) A A Ásia é um extenso continente localizado, em sua maior parte, no Hemisfério Norte, estendendo-se da latitude 80° N até a latitude 10° S no Hemisfério Sul. ÁSIA: DIVISÃO POLÍTICA (2013) Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 97. O continente pode ser dividido em seis regiões: Ásia Setentrional, Sudeste Asiá- tico, Ásia Central, Oriente Médio, Ásia Meridional e Extremo Oriente. Cada uma dessas regiões tem características físicas, econômicas e sociais próprias. No Extremo Oriente está localizado o Japão e a China, países que são grandes potências econô- micas mundiais. O Sudeste Asiático passou a crescer economicamente a partir da década de 1970, quando grandes empresas se instalaram na região. Neste Capítulo, apresentaremos um panorama do continente asiático, considerando, notadamente, seus aspectos físicos e as características principais de cada região. NE LO SE S N NO SO 950 km SO N IA V A Z C A P Í T U L O 150 Unidade V – O continente asiático Ásia: aspectos naturais e regionalização10 https://www.youtube.com/watch?v=pTAFGe1Qgo4 https://www.youtube.com/watch?v=nBA9FDC4zGY https://drive.google.com/file/d/1tJCRtqgFfgZ6h7GeRRCbrWL9ji9Ro0H_/view?usp=sharing Continentes e regiões do mundo 47 Ásia - Político Ár ea e m d is pu ta p el os g ov er no s da Ín di a e Ch in a G ol m ud H am i H ot an K ar am ay K as hi K or la Q ie m o Yu m en A kt yu bi ns k A ra ls k B al ka sh R ud ny y A lta y D al an dz ad ag ad H ov d B od aJ bo B ra ts k Ig ar ka K ha ba ro vs k M ag ad an M irn yy N iz hn ev ar to vs k N or ils k P et ro pa vl ov sk - K am ch at sk ij S an ga r U la n U de Ya ku ts k Yu zh no S ak ha lin sk K ha ta ng a U st - O le ne k Vo lo ch an ka D ud in ka B ao to u B en xi C he ng du Fu zh ou G ui ya ng H ar bi n H ua ng sh i Ji lin Ji xi K ai fe ng La nz ho u M ia ny an g N an ni ng N in gb o Q in gd ao Q iq ih ar S ha ng ai S ha nt ou Ta ia n U ru m qi W en zh ou X ia m en S ia n X in in g X uz ho u Yi nc hu an A gr a A hm ad ab ad A lla ha ba d Va ra ne si C al cu tá Ja ip ur C he nn ai (M ad ra s) N ag pu r P un e S ur at S en da i K ar ag an da C he ly ab in sk Irk ut sk K ra sn oy ar sk N ov os ib irs k O m sk Ye ka te rin gu rg M um ba i (B om ba im ) K oc hi (C oc hi n) Fu xi n H ef ei S ap po ro Ta iy ua n Yu ey an g Zi go ng A lm a A ta H on g K on g O sa ka K io to M ac au M ul ta n D ac ca N ov a D él hi U la n B at or R an go on K at m an du Pi on gi an g Se ul C ol om bo A sh kh ab ad Ta sh ke nt B ei jin g Tó qu io B is hk ek A st an a Ta ip é Th im ph u Is la m ab ad K ab ul D uc ha m be M al e F E D E R A Ç Ã O R U S S A ( R Ú S S IA ) QU IR GU IS Tà O TA DJ IQ UI ST ÃO ÍN D IA C H IN A C A S A Q U IS Tà O TU RC OM EN IS Tà O UZ BE QU IS Tà O M IA N M A R (B IR M  N IA ) NE PA L BU Tà O S R I L A N K A (C ei lã o)B AN GL AD ES H TA IW A N / FO R M O S A JA P à O M O N G Ó LI A C O R É IA D O S U L C O R É IA D O N O R TE PA QU IS Tà O AF EG AN IS Tà O O R I E N T E M É D I O S U D E S T E A S I Á T I C O R Ú S S I A (P ar te E ur op éi a) M A LD IV A S O C E A N O G L A C I A L Á R T I C O Is . T er ra d o N or te Is . d a N ov a S ib ér ia E U R O P A 15 º N 30 º N 45 º N 60 º N 75 º N 0º 0º 15 º O 90 º E 15 0º O 16 5º O 18 0º 15 º E 30 º E 45 º E 60 º E 75 º E 10 5º E 12 0º E 13 5º E 15 0º E 16 5º E 90 º E 18 0º 45 º E 60 º E 75 º E 10 5º E 12 0º E 13 5º E 15 0º E 16 5º E 15 º N 30 º N 45 º N 60 º N 0º 75 º N TR Ó P IC O D E C  N C E R TR Ó P IC O D E C  N C E R LI N H A D O E Q U A D O R LI N H A D O E Q U A D O R C ÍR C U LO P O LA R Á R TI C O C ÍR C U LO P O LA R Á R TI C O O C E A N O P A C Í F I C O O C E A N O Í N D I C O 0 58 6 km E S C A LA A P R O X . 1 :5 8 60 0 00 0 P R O JE Ç Ã O D E R O B IN S O N es ca la r ef er en ci ad a ao E qu ad or n o M er id ia no 0 º (G re en w ic h) 29 3 Ca pi tal d e pa ís Ci da de p ri nc ip al fr on te ira in te rn ac io na l fe rr ov ia ro do vi a rio Fonte: Map resources premier international collection. Lambertville: Map Resources, [2002]. 3o BIMESTRE – 151 ÁSIA: FÍSICO (2013) ISMAIL SANAMI 90° L 0° MAR DA SIBÉRIA ORIENTAL Is. Nova Zembla MAR DE OKHOTSK L. Baikal I. Chipre MAR AMARELO I. S. Lourenço MAR DE BERING Is. Terra do Norte I. Wrangel 10 500 m MAR DE ARAL L. de Van L. Balkash I. Honshu 10 230 m I. Kiushu I. Okinawa I. Shikoku Is. da Nova Sibéria MAR DE KARA I. Sacalina I. Hokkaido MAR DO JAPÃO (MAR DO LESTE) I. Formosa MAR DAS FILIPINASGolfo de Tonkim I. Luzon Hainan I. Mindanao MAR DA CHINA MERIDIONAL MAR DE BANDA MAR DE ARAFURA MAR DE JAVA MAR DE TIMOR MAR DA CHINA ORIENTAL Golfo de Bengala I. Ceilão MAR DE CÉLEBES I. Nova Guiné I. Borneo I. Sumatra I. Bali MAR ARÁBICO 10 400 m Golfo de Sião Is. Maldivas Is. Lacadivas I. Socotra I. Celebes I. Java I. Timor PENÍNSULA DE TAIMIR PLANÍCIE DA SIBÉRIA PLANALTO DO IRà DESERTO DA ARÁBIA PENÍNSULA DA INDOCHINA PENÍNSULA MALAIA PLANALTO CENTRAL SIBERIANO PEN. DA ANATÓLIA PLANALTO DA ARÁBIA DESERTO DE TAKLA MAKAN DESERTO DO IRà PLANALTO DO DECà PAMIR ARARAT 5 165 m 7 495 m MINYA KONKA 7 590 m DEPRESSÃO DE TURFAN –154 EVEREST 8 848 m KANCHENJUNGA 8 579 m KERINCI 3 798 m MONTE FUJI 3 776 m DAMAVAND 5 605 m DHAULAGIRI 8 172 m K2 8 611 m KINABALU 4 102 m Á F R I C A O C E A N O Í N D I C O E U R O PA O C E A N O GLACIAL ÁRTICO P A C Í F I C O O C E A N I A M A R M ED ITERR N EO Es tr. d e Bering FO SS A D A S K U RI LA S Is . K u ri la s Is. R yu ky u Is . ta s Kolim a M O N TE S UR AI S MAR NEGRO TAURUS M A R CÁ SP IO DE PRE SSÃO CASPIA N A CÁ U C A S O M ESO PO T M IA Eu frates Tig re U ra l A m u D aria Syr D aria O b To bo l O b E L B U R Z TIAN SHA N MONTES ALTAI M O N TE S K O LI M A PEN. KAMTCHATKAM TS. VERKOIANSK Lena Le na M TS . S TA NO VO I M TS . I AB LO NO VI A m u r DESERTO DE GO BI MTS. SAIAN MTS. KHANGAI Es tr. d a C o ré ia M A R V E R M EL H O Golfo de Áden Golfode Omã G olfo Pérsico HIND U KUSH MONTES KUNLUN CARACORUM PLANALTO DO TIBETE Brama put ra H I M A L A I A Ganges PLANÍCIE INDO-GANGÉTICA In do D ES ER TO DE TH AR G A TE S OR IEN TA L G A TES O C ID EN TA L M TS. ZA G ROS S a lu en M ek o ng Huan g- ho (Ama re lo ) Yang-tse (A zu l) Si-King Estr. de Málaca Is. M ol uc a s Es tr. d e F or m o sa Bab el Mandeb SINAIC an al d e Su ez U ra l Irtych Angar a TR ÓP IC O DE C ÂN CE R CÍR CU LO P O LA R Á RT IC O EQ UA DO R 0 ° FO SSA D AS FILIPIN A S Ienissei OCEANO Profundidade máxima Pico Altitudes (metros) 4 000 1 500 500 200 0 200 2 000 4 000 Profundidades (metros) Depressão Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 96. RELEVO A Ásia é banhada ao norte pelo oceano Glacial Ártico, a leste, pelo Pacífico e, ao sul, pelo Índico. As fronteiras ocidentais são constituídas pelos montes Urais (que separam as porções europeia e asiática da Rússia), pela cadeia do Cáucaso e pelos mares Cás- pio, Negro e Mediterrâneo. No continente asiático, encontram-se os dois extremos de altitude da Terra: a depressão continental na região do mar Morto, que chega a –416 metros, e o monte Everest, localizado na Cordilheira do Himalaia, cujo pico está 8 848 metros acima do nível do mar. O tipo de relevo predominante no continente são os planaltos. Neles, estão os divisores das bacias hidrográficas da Ásia e as nascentes dos principais rios, como o Ganges, o Indo, o Huang-ho (Amarelo), o Yang-tse (Azul) e o Ob. No Japão, as formações montanhosas são recentes, principalmente o monte Fuji (com mais de três mil metros de altitude). O relevo montanhoso predomina também na península da Coreia e na China, que apresenta montanhas elevadas a oeste. No ter- ritório da Mongólia, encontram-se planaltos áridos de até dois mil metros de altitude. Há planícies nos extremos do continente e em áreas banhadas por grandes rios. Entre as principais estão as da Sibéria, em território russo; a dos rios Syr Daria e Amu Daria, a leste do mar Cáspio; a dos rios Indo e Ganges, ao sul do Himalaia; e a dos rios Amarelo e Azul, no extremo leste do território chinês. NE LO SE S N NO SO 875 km SO N IA V A Z Capítulo 10 – Ásia: aspectos naturais e regionalização 151 Continentes e regiões do mundo46 Ásia - Físico Fo ss as d as K ur ila s Fossa do Ja pão Fossa de Izu Fossas Marianas Is . M al di va s I. S hi ko ku I. S ac al in a I. H ok ka id o I. H on sh u I. K yu sh u I. Fo rm os a/ I. Ta iw an I. S ri La nk a Is . N ov a Ze m bl a Is . T er ra d o N or te Is . d a N ov a S ib ér ia C A S P IA N A D E P R E S S à O M O NT ES U RA IS S I B É R I A H I M A L A I A P E N . D E TA IM IR P E N . K A M C H AT K A KO LY M A M O N TE S AL TA I M TE S. GAT ES ORI ENT AIS GATES OCIDE NTAIS K U N LU N T IA N S H A N P A M IR K U S H H IN D O CA RA CO RU M MT ES . ST AN O VO I M TE S . P LA N A LT O D O T IB E T P LA N A LT O D A M O N G Ó LI A P LA N A LT O C E N TR A L S IB E R IA N O P LA N A LT O D O D E C A P LA N ÍC IE D A S IB É R IA PL AN ÍC IE D O G AN G ES DE SE RT O D E G O BI D E S E R TO D E TA K LA M A K A N DE SE RT O DE TH AR M O N TE F U JI 3 77 6 m 10 2 30 m 10 5 00 m M IN YA KO N KA 7 59 0 m EV ER ES T 8 84 8 m DH AU LA G IR I 8 17 2 m C O M U N IS M O 7 49 5 m MT ES . IA BL ON OV Y SA IA N VE RK HO IA N SK I MTES. O C E A N O P A C Í F I C O O C E A N O Í N D I C O O C E A N O G L A C I A L Á R T I C O G an ge sO b' Irt ys h In do Meko ng Ye ni ss eyYeniss ey Tu ng us ka A ng ar a Le na Ya ng tz e (A zu l) A ld an Le na Am ur H ua ng -H e (A m ar el o) Salween Am u D ari a Xu n Ji an g Hu an g- He (A m ar elo ) Kolym a N izn ja ja M ar A ra l L. B al ka sh L. B aj ka l Es tr. d e F orm osa Es tr. da C oré ia Gol fo d e Ton kim B aí a de B en ga la M ar d e C hu kc hi M ar d a A rá bi a M ar d a Ch in a M er id io na l M ar d o Ja pã o/ M ar d o Le st e Ma r da Ch ina Ori ent al M ar A m ar el o M ar d e O kh ot sk M ar d e B er in g M ar d e K ar a M ar d a S ib ér ia O rie nt al Mar Cáspio M ar d e La pt ev E U R O P A Á F R I C A 15 º N 30 º N 45 º N 60 º N 75 º N 0º 0º 15 º O 90 º E 15 0º O 16 5º O 18 0º 15 º E 30 º E 45 º E 60 º E 75 º E 10 5º E 12 0º E 13 5º E 15 0º E 16 5º E 90 º E 18 0º 45 º E 60 º E 75 º E 10 5º E 12 0º E 13 5º E 15 0º E 16 5º E 15 º N 30 º N 45 º N 60 º N 0º 75 º N TR Ó P IC O D E C  N C E R TR Ó P IC O D E C  N C E R LI N H A D O E Q U A D O R LI N H A D O E Q U A D O R C ÍR C U LO P O LA R Á R TI C O C ÍR C U LO P O LA R Á R TI C O m k685 0 000 006 85:1 . X O R P A AL A C S E N O S NI B O R E D O Ã Ç EJ O R P rodauq E oa adaicnerefer alacse )hciwneer G( º0 onaidire M on 392 Al ti tu de s Pr of un di da de s Fo ss as Pi co s 4 80 0 m 3 00 0 m 1 80 0 m 1 20 0 m 60 0 m 30 0 m 1 50 m 0 m - 1 00 0 m - 2 00 0 m - 3 00 0 m - 4 00 0 m - 5 00 0 m - 6 00 0 m - 7 00 0 m - 8 00 0 m Fonte: Map resources premier international collection. Lambertville: Map Resources, [2002]. 152 – 3o BIMESTRE A formação do Himalaia Além de apresentar as maiores altitudes da Terra, o Himalaia é o conjunto de mon- tanhas mais jovem do planeta, formado nos últimos 50 milhões de anos como resul- tado da colisão entre a placa Indiana (que havia se desprendido do supercontinente Gondwana durante a deriva continental) e o sul do continente asiático. Em virtude dos choques entre as placas, a cordilheira eleva-se cerca de 5 cm por ano. Butão, China, Índia, Nepal e Paquistão são localizados, total ou parcialmente, no Himalaia. HIDROGRAFIA A oeste do continente asiático localizam-se os rios Tigre e Eufrates. Muitos povos, no decorrer de milhares de anos, fixaram-se em suas margens. Em virtude das varia- ções na declividade dos terrenos por onde fluem, esses rios ganharam diferentes usos, como navegação, irrigação e geração de energia por meio da construção de hidrelétricas. Nas áreas de planalto, os extensos rios Ob, Ienissei e Lena são bastante utilizados para a geração de energia elétrica, embora grande parte dos cursos de água perma- neça congelada durante o inverno. Área com águas do rio Ob, congeladas durante o período de inverno, em Novosibirsk, Rússia (2016). A leste do mar Cáspio, os principais rios são o Syr Daria e o Amu Daria, que desá- guam no Mar de Aral (mar interior). No entanto, devido ao clima seco dessa região, muitos rios possuem cursos de água temporários. Os rios Indo e Ganges são importantes para o abastecimento de áreas densamente povoadas do Paquistão e da Índia, respectivamente. Na China, os rios Azul e Amarelo cortam as planícies e, junto às suas desembocaduras, estão situadas as áreas com maior densidade demográfica do planeta. A LE XA N D R K R YA ZH EV /S PU TN IK /A FP Unidade V – O continente asiático152 Texto complementar Os rios Tigre e Eufrates O texto a seguir trata da di- minuição do volume dos rios Tigre e Eufrates: [...] Os leitos desses rios, cujas águas irrigam parte do Iraque, Irã, Turquia e Síria, perderam o equivalente a um mar Morto, determinou o estudo. [...] A Turquia é quem manda nas nascentes dos rios Tigre e Eufrates e possui um pro- jeto de infraestrutura e de reservatórios que controla quanta água é liberada para a Síria, Irã e Iraque. Como a bacia não é coordenada em conjunto por esses países, o controle turco e a distribuição para os outros países é moti- vo de rivalidade na região. ESTUDO releva diminuição da água nos rios Tigre e Eufrates. Veja. Disponível em: <https:// veja.abril.com.br/ciencia/ estudo-revela-diminuicao- da-agua-nos-rios-tigre-e- eufrates/>. Acesso em: 28 ago. 2018. https://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-revela-diminuicao-da-agua-nos-rios-tigre-e-eufrates/ https://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-revela-diminuicao-da-agua-nos-rios-tigre-e-eufrates/ https://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-revela-diminuicao-da-agua-nos-rios-tigre-e-eufrates/ https://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-revela-diminuicao-da-agua-nos-rios-tigre-e-eufrates/ https://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-revela-diminuicao-da-agua-nos-rios-tigre-e-eufrates/ https://veja.abril.com.br/ciencia/estudo-revela-diminuicao-da-agua-nos-rios-tigre-e-eufrates/ 3o BIMESTRE – 153 OCEANO ÍNDICO OCEANO PACÍFICO 90º L 0º ÁFRICA EUROPA C ÍR C U LO PO LAR ÁRTICO TRÓ PICO D E CÂNCER EQUADOR OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANIA CLIMA A ampla extensão latitudinal do continente asiático proporciona variados tipos de clima, que, combinados a outros elementos (relevo, vegetação, hidrografia), formam diversificados ambientes naturais. O norte do continente apresenta climas polar e frio, com invernos longos e rigoro- sos, cujas temperaturas podem atingir 50 °C negativos. As penínsulas da Indochina e Malaia e o arquipélago da Insulíndia apresentam climas equatorial e tropical, marcados pelas altas temperaturas e pelas chuvas abundantes. A Ásia Central, localizada a leste do mar Cáspio e ao norte da Cordilheira do Hima- laia, é caracterizada pela ocorrência de climas Desértico e Semiárido, influenciados pela continentalidade, já que estão distantes da atuação das massas de ar úmidas originadas nos oceanos. No Oriente Médio, que compreende países mais a oeste da Ásia, predominam os climas Desértico e Semiárido, motivo pelo qual os desertos dominam as paisagens. A região é marcada por elevada amplitude térmica, podendo registrar variações de até 50 °C do dia para a noite nas áreas mais secas. As áreas mais habitadas são aquelas em que há o afloramento de águas subterrâneas, como ocorre em Damasco (Síria) e em Riad (Arábia Saudita). A parte mais oriental da Ásia — onde se localizam China, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Taiwan e Mongólia — apresenta os climas Subtropical e Temperado. No oeste da China, predominam os climas Frio de Montanha e Desértico. O deserto de Gobi ocupa o sul do território da Mongólia e parte da China. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 22. ÁSIA: CLIMA (2013) Equatorial Tropical Subtropical Desértico Semiárido Mediterrâneo Temperado Frio Frio de Montanha Polar NE LO SE S N NO SO 1 130 km 153 https://exame.abril.com.br/ciencia/mudanca-climatica-tera-efeitos-devastadores-na-asia-diz-estudo https://exame.abril.com.br/ciencia/mudanca-climatica-tera-efeitos-devastadores-na-asia-diz-estudo https://exame.abril.com.br/ciencia/mudanca-climatica-tera-efeitos-devastadores-na-asia-diz-estudo https://www.youtube.com/watch?v=OFY4hBMEU6s 154 – 3o BIMESTRE OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO ÁFRICA OCEANIA EUROPA OCEANO GLACIAL ÁRTICO 90° L C ÍR C U LO PO LA R ÁRTICO TRÓ PICO DE C NCER Vegetação de altitude Áreas cultivadas Tundra Floresta Temperada e Subtropical Floresta de Coníferas (Taiga) Vegetação mediterrânea Pradaria Savana Deserto Estepe Floresta Tropical e Equatorial VEGETAÇÃO No extremo norte da Ásia, predomina a Tundra, tipo de vegetação resistente aos solos denominados permafrost; e mais ao sul, a Taiga (Floresta de Coníferas), intensamente explorada pela indústria de madeira e celulose. Nas regiões com ocorrência de climas Equatorial e Tro- pical, encontram-se florestas Tropicais e Equatoriais, com alta biodiversidade. No subcontinente indiano, também há ocorrência de Savanas em áreas semiúmidas. Na Ásia Central, a vegetação é constituída, principal- mente, de espécies típicas das Estepes e dos Desertos, devido aos climas mais secos. Já na parte oriental do conti- nente, existem florestas dos tipos Subtropical e Temperada. Desmatamento Cerca de 60% da Floresta Tropical da Ásia já foi devas- tada. As árvores nativas são derrubadas para dar lugar a campos destinados à agricultura ou à formação de pastos para a pecuária. A madeira é usada como fonte de energia ou como matéria-prima para as indústrias de móveis e de papel. Além de comprometer a biodiversidade, o desma- tamento deixa os solos descobertos e mais expostos à erosão. Fonte: FERREIRA, Graça M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 24. Ler o mapa 1. Que tipo de vegetação nativa predomina atual- mente na Zona Tropical? 2. Cite tipos de vegetação encontrados no Brasil que apresentam carac- terísticas semelhantes. Permafrost Tipo de solo que fica congelado durante o ano inteiro. Muito comum na região ártica, é composto de terra, rochas e água em estado sólido (gelo). Nele se desenvolvem apenas espécies vegetais com raízes pouco profundas. NE LO SE S N NO SO 1 260 km SO N IA V A Z ÁSIA: VEGETAÇÃO(2013) Unidade V – O continente asiático154 capri Realce 3o BIMESTRE – 155 USO DOS SOLOS O solo é um recurso natural de grande importância, e sua manutenção é fundamen- tal para o êxito da atividade agrícola. Muitos dos problemas ambientais que ocorrem no continente asiático estão ligados ao uso intensivo do solo e aos impactos ambientais negativos gerados pelas ativida- des agropecuárias. Para combater a erosão e evitar o empobrecimento dos solos, é necessário adotar ações como manejo adequado, rotação de culturas, adubação voltada à manutenção dos níveis desejáveis de matéria orgânica, conservando ou melhorando a fertilidade do solo e suas características físicas, químicas e microbiológicas. Sem a utilização de técni- cas adequadas, o solo se esgota e a produtividade é afetada, diminuindo as colheitas e a possibilidade de reservar alimentos para os períodos sem plantio. Cultivo em terraços No sul da Ásia, nas regiões tropicais da Índia e do Sudeste Asiático, a exploração dos solos em áreas de altas taxas de precipitação e nas encostas de maior declividade provoca a perda de nutrientes, que são diluídos e transportados pela água das chuvas, empobrecendo os solos. Uma das soluções utilizadas pelas populações dessas áreas é o cultivo em curvas de nível, conhecido como terraceamento, que torna a erosão do solo menos intensa, retendo os nutrientes nas áreas de plantio. O uso de terraços para evitar a erosão e aumentar a área de plantio nas encostas de montanhas é uma técnica milenar empregada no Sudeste Asiático. Na fotografia, cultivo de arroz em Van Chan, Vietnã (2016). C LA U D IO S IE B ER /B A R C R O FT IM A G ES /G ET TY IM A G ES 155 Texto complementar Causas da degradação A Plataforma Intergover- namental nas Nações Uni- das sobre a Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas elaborou um relatório a respeito da degradação do solo, envolvendo mais de 40 países, e concluiu que: No Sudeste Asiático e na região do Congo, em África, continua a assistir-se à con- versão de florestas de turfa em plantações de óleo de palma. Segundo o relatório, os estilos de vida marcados por um elevado consumo na maioria dos países desen- volvidos, a par do aumento do consumo nas economias emergentes, são as principais causas associadas à degrada- ção dos solos. [...] Para regiões em desen- volvimento, como em certas partes da Ásia [...] o custo da inação face à degradação dos solos é, no mínimo, três vezes mais elevado do que o custo da ação. E os bene- fícios da recuperação dos solos são dez vezes mais ele- vados do que os custos, se- gundo o relatório. 75% DAS TERRAS do planeta apresentam degradação do solo. National Geographic. Disponível em: <https:// www.natgeo.pt/meio- ambiente/2018/04/75-das- terras-do-planeta-apresentam- degradacao-do-solo>. Acesso em: 21 ago. 2018. https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo https://www.natgeo.pt/meio-ambiente/2018/04/75-das-terras-do-planeta-apresentam-degradacao-do-solo 156 – 3o BIMESTRE BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE Um projeto que prevê a construção de edifícios e paisagens que utilizam tecnologias verdes e o uso de fontes renováveis de energia deve transformar Iskandar, na Malásia, na primeira “metrópole inteligente” da Ásia. A expectativa do governo malaio é de que, em 2025, aproximadamente três milhões de pessoas estejam vivendo na cidade. As preocupações do governo malaio em relação ao futuro urbano não se restringem à “metrópole inteligente” de Iskandar. Além dessa cidade, estão sendo planejadas “aldeias inteligentes”, “cidades florestas” e “ecocidades”, com casas a preços populares, escolas, hospitais e lazer, integrados pelo uso de alta tecnologia, e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado, proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores dos pequenos centros urbanos. Na China, também existem projetos de concepção de cidades mais verdes e susten- táveis, como a “cidade floresta” em Liuzhou, construída para abrigar 30 mil moradores, 40 mil árvores e cerca de um milhão de plantas de espécies variadas. Essa vegetação será distribuída pelas fachadas dos prédios, a fim de melhorar a qualidade do ar, dimi- nuir a temperatura da cidade e servir de barreira para ruídos. Maquete de parte de uma “cidade floresta” é apresentada em Johor Bahru, Malásia (2016). Poluição dos mares O litoral asiático é bastante poluído. Parte dessa poluição está associada à grande circulação de navios que servem o continente. Em áreas superpovoadas no leste e no sudeste da Ásia, assim como na Índia, no Paquistão e em Bangladesh, os dejetos das cidades são lançados nos oceanos sem tratamento e poluem a costa. Além disso, em 2011, um tsunami danificou a usina nuclear de Fukushima, no Japão, e gerou o vazamento de água com radioatividade no litoral, contaminando os mares da região. Unidade V – O continente asiático156 Sugestão para o estudante: NAÇÃO nuclear: a questão Fukushima. Direção: Atsushi Funahashi. Japão, 2012. Duração: 96 min. O documentário aborda a vida dos moradores de Futaba, realocados no subúrbio de Tóquio após o vazamen- to da Usina de Fukushima. capri Realce https://www.youtube.com/watch?v=-C6oxSvCaU0 https://www.youtube.com/watch?v=5mw1JJ0KdFc https://www.youtube.com/watch?v=q6o186M6nMg 3o BIMESTRE – 157 PAISAGENS E MODOS DE VIDA No imenso território asiático, a ampla diversidade dos ambientes naturais proporciona uma enorme plurali- dade de modos de vida, que distingue os diversos povos do continente. Nas regiões equatorial e tropical, por exemplo, onde se desenvolvem florestas densas e com alta biodiver- sidade, habitam povos tradicionais que sobrevivem da exploração dos recursos oferecidos pela natureza, por meio de atividades como caça, pesca e extrativismo vegetal. Algumas características do quadro natu- ral do Japão, tais como o território com- posto de muitas ilhas, o litoral bastante recortado e a dinâmica das correntes marí- timas, favoreceram o desenvolvimento das atividades pesqueiras e o elevado consumo de peixe no país. Na Ásia Central, região caracterizada pela baixa umidade e pela presença das estepes e da vegetação de deserto, há povos nômades que vivem do pastoreio de ovelhas, camelos, vacas e cavalos. Para se proteger das condições climáticas adver- sas, caracterizadas pela grande amplitude térmica diária, a população dessa região desenvolveu um tipo de moradia, denomi- nado yurt, cujas estruturas de bambu ou madeira são recobertas por grossas cama- das de feltro e lã, facilmente transportadas em carroças nos períodos de migração. Já nas elevadas altitudes da Cordilheira do Himalaia, é comum que homens e mulheres também utilizem vestimentas espessas, feitas com pele de animais, capazes de suportar o clima caracterizado pelas baixas temperaturas ao longo do ano. As particularidades das roupas variam de acordo com os grupos étnicos e religio- sos da região. Os yurts, moradias típicas dos povos nômades cazaques da Ásia Central, são adaptados ao clima frio da região. Fotografia de Altai, Mongólia (2015). Habitantes da região de Lhokha, no Tibete, no sudoeste da China, usando roupas adequadas ao clima da região (2017). uu BALI, obra-prima dos deuses. Direção: Miriam Birch. Estados Unidos, 1990. Duração: 52 min. Documentário sobre a ilha deBali, na Indonésia, onde a religião e a arte estão muito presentes no dia a dia de um povo que mantém suas tradições vivas. M A SS IM O R U M I/B A R C R O FT M ED IA /G ET TY IM A G ES W A N G H E/ G ET TY IM A G ES 157 capri Realce https://www.youtube.com/watch?v=F5PQerMzZgk 158 – 3o BIMESTRE 90º L 40 º N OCEANO PACÍFICO Golfo de Mar da China Meridional Mar da China Ocidental OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRT ICO M A R V ER M EL H O MAR NEGRO MAR CÁSPIO Bengala ÁFRICA OCEANIA R Ú S S I A RÚSSIA (PARTE EUROPEIA)TURQUIA (PARTE EUROPEIA) (PARTE ASIÁTICA) (PARTE ASIÁTICA) MONGÓLIA COREIA DO NORTE JAPÃO QUIRGUISTÃO TADJIQUISTÃO COREIA DO SUL IRà AFEGANISTÃO EMIRADOS ÁRABES UNIDOS PAQUISTÃO TAIWAN (REP. DA CHINA NAC.) IÊMEN OMà BANGLADESH Í N D I A MIANMAR VIETNà TAILÂNDIA CAMBOJA SRI LANKA BRUNEI IRIAN OCIDENTAL (INDONÉSIA) MALDIVAS I N D O N É S I A TIMOR LESTE TURQUIA CAZAQUISTÃO LÍBANO ISRAEL SÍRIA JORDÂNIA TURCOMENISTÃO UZBEQUISTÃO IRAQUE C H I N A (REP. POPULAR) KUWAIT BAREIN CATAR NEPAL BUTÃO LAOS F I L I P I N A S M A L Á S I A CINGAPURA ARÁBIA SAUDITA EGITO PALESTINA (PARTE ASIÁTICA) Ásia Setentrional Sudeste Asiático Ásia Central Oriente Médio Ásia Meridional Extremo Oriente REGIONALIZAÇÃO DA ÁSIA Como você sabe, existem formas diferentes de regionalizar os espaços, que variam conforme os critérios escolhidos. Nesta Unidade, apresentaremos o continente asiá- tico dividido em seis regiões: Ásia Setentrional, Sudeste Asiático, Ásia Central, Oriente Médio, Ásia Meridional e Extremo Oriente. Além disso, vamos conhecer um pouco sobre cada uma dessas porções da Ásia. Ásia Setentrional A Ásia Setentrional abrange a porção asiática da Rússia em toda a sua extensão leste-oeste. Apresenta climas dos tipos polar e frio, com invernos longos e rigorosos, cujas temperaturas podem atingir até 50 °C negativos. Suas formações vegetais estão adaptadas às rigorosas condições climáticas. Predo- minam a Taiga ou Floresta de Coníferas, que cobre grande parte da região e é inten- samente explorada para a obtenção de madeira e celulose, e a Tundra, ao norte, uma vegetação rasteira muito resistente às baixíssimas temperaturas. A hidrografia da Ásia Setentrional é formada por rios extensos, como o Ob, o Ienissei e o Lena, bastante aproveitados para a geração de energia elétrica em seus trechos de planalto, ao sul. Boa parte dos cursos de água permanece congelada durante o inverno. A região é ocupada por campos de exploração de petróleo e gás, além de gran- des plantações agrícolas que se beneficiam do solo denominado tchernozion, rico em nutrientes. ÁSIA: REGIONALIZAÇÃO (2016) Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 47. NE LO SE S N NO SO 1 005 km SO N IA V A Z Unidade V – O continente asiático158 3o BIMESTRE – 159 Sudeste Asiático A região do Sudeste Asiático é constituída: pela península da Indochina, localizada entre o golfo de Bengala e o Mar da China Meridional; pela península Malaia, entre o estreito de Málaca e o Mar da China; pelo arquipélago da Insulíndia (também conhecido como arquipélago Malaio), que se estende do oceano Índico ao oceano Pacífico. As formas de relevo predominantes são os baixos planaltos e as planícies. Cabe ressaltar a presença de formações montanhosas, sobretudo na Indonésia. Os climas equatorial e tropical predominam na região, favorecendo a ocorrência de formações florestais exuberantes. A Insulíndia abriga a Indonésia, região onde há grande incidência de vulcões e terremotos. Em 2004, um tsunami provocado por um abalo sísmico próximo ao litoral da Indonésia, no oceano Índico, atingiu paí- ses do Sudeste Asiático, da Ásia Meridional e da África. As ondas se propagaram a 800 quilômetros por hora. A catástrofe teve como consequência a morte de cerca de 230 mil pes- soas e deixou 125 mil feridos e 1,7 milhão de desabrigados. Estragos decorrentes do tsunami ocorrido no final de 2004, no Sudeste Asiático. Na fotografia, área atingida na cidade de Banda Aceh, Indonésia (2005). Crescimento econômico Alguns países do Sudeste Asiático, como Malásia, Cingapura, Tailândia e Indonésia, apresentaram grande crescimento econômico nas décadas de 1970 a 1990, impulsio- nado pela expansão das transnacionais japonesas e estadunidenses. As empresas instalaram-se na região pelo baixo custo da mão de obra e das matérias-primas. Com a modernização e o capital trazidos pelas transnacionais, os governos locais fizeram amplos investimentos em educação, o que contribuiu para acelerar o crescimento regional. O Vietnã, também situado no Sudeste Asiático, é formalmente uma república socia- lista. O país enfrenta a coexistência dos setores estatal e privado da economia e tenta atrair capitais estrangeiros que dinamizem seu desenvolvimento. PA TR IC K A VE N TU R IE R /G A M M A -R A PH O /G ET TY IM A G ES 159 Sugestão para o estudante: O IMPOSSÍVEL. Direção: Juan Anto- nio Bayona. Espanha, 2012. Dura- ção: 114 min. O filme retrata a história de uma fa- mília que sobreviveu ao tsunami na Indonésia em 2004. Material Digital Audiovisual • Áudio: Terremotos e tsunamis capri Realce https://youtu.be/s6WcwzwYnXs Continentes e regiões do mundo 51 Sudeste Asiático - Político Aparr i Parepare Watampone Libagon Butuan Cotabato Gorontalo Kudat Sandakan Palopo Baubau Kota Kinabalu Bintulu Sambas Kuching Sibu Pematangsiantar Padang Jambi Alor Selar George Town Ipoh Kelang Kota Baharu Nakhon Sawan Phitsanulok Luang Prabang Surat Thani Savannakhet Kampong Cham Battambang Nakhon Ratchasima Nha Trang Vinh Loi Gia Dinh Songkhla Can Tho Da Nang Vinh Hué Bacolod Baguio Cagayan De Oro Laoag Zamboanga Chiang Mai Chumphon Kupang Pont ianak Manado Samarinda I lo i lo Udon Thani Nam Dinh Banda Aceb Jayapura Binjai Bal ikpapan Banjarmasin Phan Thiet Surakarta Malang Telukbetung Serang Jogjacarta Bandung Palembang Semarang Ujung Pandang Davao Quezon City Medan Surabaia Haiphong Ho Chi Min (Saigon) Dili Manila Bangcoc Bandar Seri Begawan Hanói Kuala Lumpur Jacarta Phnom Penh Vientiane TAILÂNDIA CAMBOJA VIETNà LAOS BRUNEI FILIPINAS I N D O N É S I A O C E A N I A TIMOR LESTE M A L Á S I A CINGAPURA GUAM (EUA) Á S I A IRIAN OCIDENTAL (INDON) Is. Andaman (IND) Is. Aru I. Bali I . B o r n e o I. Sulawesi (Célebes) I . S u m a t r a I. Flores I. Halmahera I.Java I. Luzon I. Mindanao I . N o v a G u i n é Is. Nicobar (IND) I. Palawan I. Samar I. Seram I. Sumba I.Sumbawa Is.Tanimbar I. Timor I. Saipan Is. M entawai Is. Kai I. Mindoro I. Panay I. Negros I . Bangka I L H A S M O L U C A S G R A N D E S I L H A S S O N D A PEQUENAS ILHAS SONDA Mar de Andaman M a r d e A r a f u r a Baía de Bengala Golfo da Tailândia Mar de Célebes M a r d a C h i n a O r i e n t a l M a r d e J a v a M a r d a s F i l i p i n a s M a r d a C h i n a M e r i d i o n a l M a r d e B a n d a Go lfo de Ton kin Es tre ito de Fo rm os a Es tre ito d e M ak as sa r O C E A N O P A C Í F I C O O C E A N O Í N D I C O 10º N 20º N 10º S 0º 100º E 110º E 120º E 130º E 140º E 10º N 20º N 10º S 0ºLINHA DO EQUADORLINHA DO EQUADOR TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CÂNCER 100º E 110º E 120º E 130º E 140º E 0 486 km ESCALA APROX. 1:48 600 000 PROJEÇÃO DE MERCATOR 243 fronteira internacional ferrovia rodovia rio Capital de país Cidade principal Pematangsiantar Padang Kelang Johor Baharu Pakanbaru Buki t t inggi Seremban Málaca Kuala Lumpur Cingapura I N D O N É S I A MALÁSIA CINGAPURA I . S u m a t r a GRANDES ILHASSONDA E s t r e i t o d e M á l a c a OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO 100º E 0º EQUADOR 1 Cingapura 1 Fonte: Map resources premier international collection. Lambertville: Map Resources, [2002]. Continentes e regiões do mundo50 Sudeste Asiático - Físico 4 000 m 3 000 m 2 500 m 2 000 m 1 500 m 1 000 m 600 m 400 m 200 m 100 m 50 m 0 m - 1 000 m - 2 000 m - 3 000 m - 4 000 m - 5 000 m - 6 000 m - 7 000 m - 8 000 m Profundidades Altitudes Fossas Picos Á S I A O C E A N I A Pta. Escarpada C. San Augustin C. Ca-Mau ISTMO DE KRA CADEIA ANAM ÍTICA I N D O C H I N A D A P E N Í N S U L A P E N Í N S U L A M A L A I A PLANALTO DO LAOS C AD EIA D AW N A B ILA U K TA U N G C A D E IA P H E TC H A B U N C A D E IA PHNUM CADEIA CADEIA BARISAN HULU KAPUAS CADEIA SCHWANER CA DE IA M UL LE R C AD . IR AN C AD . V. DEMPO 3 159 m V. SEMERU 3 676 m PULOG 2 934 m RINJANI 3 726 m KERINCI 3 805 m KINABALU 4 094 m MURUD 2 988 m RAYA 2 278 m ABONGABONG 2 985 m APO 2 954 m RANTEKOMBOLA 3 455 m NGOC LINH 2 598 m FAN-SI-PAN 3 143 m PHOU BIA 2 820 m DOI INTHANON 2 595 m DANGREK Is.Andaman Is. Aru I. Bali I.Borneo I. Sulawesi (Célebes) I. Enggano I.Sumatra I. Flores I. Guam I. Halmahera I. Java I. Luzon I. Mindanao I. Kepulauan Natuna I . N o v a G u i n é I.Nias Is. Nicobar I. Palawan I. Samar I.Seram I. Siberut I.Simeulue I. Sumba I. Sumbawa Is. Tanimbar I. Timor Is. Kepulauan Anambas I. Morotai Is. Kai I L H A S M O L U C A S PEQUENAS ILHAS SONDA S O N D A G R A N D E S I L H A S I. Saipan (OCEANIA) Is. Marianas (OCEANIA) I. Buru Is. Sula I. Hainan I. Formosa/ I. Taiwan I. Negros I. Panay I. Mindoro Is. Batan Is. Babuyan Is. M entawai Fossa das Filipinas 10 400 m M a r i a n a s F o s s a d a s M ekong Mekong Gra nde Ca nal Baía Dingalan Golfo da Tailândia Baía de Bengala Golfo de Tonkin Golfo de Martaban M a r d a s F i l i p i n a s Mar de Arafura Mar de Célebes Mar de Halmahera Mar das Molucas Mar de Buru Mar de BandaMar de Java Mar de Sulu M a r d a C h i n a M e r i d i o n a l Mar de Andaman Mar de Savu Mar deTimor Mar de Seram L. Tonle Sap Es tre ito d e M ak as sa r Estreito de Málaca Estreito de Torres M entawai de Estreito So nd a Es tre ito d e Estr. de Karimata Estr. G elasa Berhala Estr. Balabac Estr. Dam pier Estr . Estre ito d e Lu zon O C E A N O P A C Í F I C O O C E A N O Í N D I C O 10º N 20º N 10º S 0º 100º E 110º E 120º E 130º E 140º E 10º N 20º N 10º S 0ºLINHA DO EQUADORLINHA DO EQUADOR TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CÂNCER 100º E 110º E 120º E 130º E 140º E 0 486 km ESCALA APROX. 1:48 600 000 PROJEÇÃO DE MERCATOR 243 Fonte: Map resources premier international collection. Lambertville: Map Resources, [2002]. 160 – 3o BIMESTRE Ásia Central A região da Ásia Central é composta de cinco países situa- dos a leste do mar Cáspio: Cazaquistão, Uzbequistão, Tur- comenistão, Tadjiquistão e Quirguistão. (Reveja o mapa da página 158.) Nesses países predominam populações eslavas e de origem turca, estas últimas majoritariamente muçulmanas. Aspectos físicos Com uma área de aproximadamente 4 milhões de km2, a Ásia Central apresenta planícies e altos planaltos no leste, além de montanhas na divisa com o Oriente Médio (onde estão localizados Irã e Afeganistão). A vegetação é constituída basicamente por estepes e espécies típicas de áreas desérticas. Esse tipo de paisagem natural decorre do predomínio dos climas semiárido e desértico na região. Dois grandes rios, o Syr Daria e o Amu Daria, localizam-se na rede hidrográfica da Ásia Central, que apresenta muitos cursos de água temporários devido aos baixos índices plu- viométricos. Dificuldades políticas e econômicas A Ásia Central é marcada por conflitos entre etnias, agravados no passado pela relação comercial desigual com a Rússia. Esses conflitos favoreceram o surgimento de economias e estruturas sociais precárias, marcadas pela instabilidade política e pela miséria da população. O clima da Ásia Central é desfavorável para a agricultura. Uma perspectiva de desenvolvimento da região está asso- ciada à exploração do petróleo na Bacia do mar Cáspio. Embora as reservas aparentemente não sejam tão abundantes quanto se imaginava, esse recurso vem impulsionando as economias do Cazaquistão e do Turcome- nistão, que dividem o controle da Bacia do Cáspio com a Rús- sia, o Irã e o Azerbaijão. Estepe Formação vegetal rasteira dominada por gramíneas em regiões marcadas por baixas precipitações. Plataforma de petróleo no mar Cáspio, na região de Astrakhan, Rússia (2017). M A XI M K O R O TC H EN K O /A LA M Y/ FO TO A R EN A 160 Texto complementar Mar Cáspio O texto a seguir trata da disputa pelo controle da região do mar Cáspio, con- sequência do interesse no petróleo. Diferentes atuações ex- ternas dos EUA podem ser observadas em torno dos interesses deste país para a obtenção de recursos natu- rais como o petróleo, já que o seu controle estratégico permite criar condições de dependência de outros paí- ses e ter maior inf luência local. Exemplo disso são as zonas do Cáucaso e da Ásia Central, onde existe um flu- xo importante de petróleo e gás para a Europa, que torna essas regiões altamente vul- neráveis, além da emergên- cia de países como a China, com grandes necessidades de energia, e a Rússia, com a ideia de um ressurgimento global. [...] Ao se analisar a partir da lógica realista, o petróleo é um recurso que reforça a pre- ponderância militar dos EUA, sendo que é graças aos pro- dutos derivados dessa maté- ria-prima que é possível man- ter todo o aparato bélico do país. A participação estaduni- dense em diferentes conflitos não se reduz à necessidade de recursos energéticos, senão que também a aspectos es- tratégicos e geopolíticos que o permitem ter presença em zonas importantes para outros países, como, por exemplo, a presença no mar Cáspio e em alguns países da antiga União Soviética. Nessa zona, as re- des de transporte em barcos, trens e dutos dos recursos energéticos são um elemento estratégico, visto que o con- trole das rotas permite ter certo poder que influencia as relações internacionais. A construção de novas ro- tas tem sido alvo de disputas entre diferentes atores, posto que os oleodutos passam a ser identificados como poten- ciais instrumentos de poder, em vez de serem simples fer- ramentas de desenvolvimen- to e integração regional. [...] Trata-se de um ponto-chave entender a importância da região do mar Cáspio para conhecer o papel que países como a Rússia desempenham. Mesmo que não seja um país importador de gás e petróleo como a China e Estados Unidos, os russos têm deixado claros os seus interesses de exercer o domínio do transporte de energia como uma estratégia para serem novamente reco- nhecidos como potência global ao controlar a distribuição desses recursos até a Europa. BORDA, C. A.; Rodríguez; SUÁREZ, N. I. Palomo. Diplomacia energética: o papel do petróleo na política externa dos Estados Unidos. Rev. Cient. Gen. José María Córdova, Bogotá, v. 14, n. 17, p. 249-262, jan.-jun. 2016. OC/J,/Cpa " %bè% \r I -/c -ç-/ / 6 ,/\ 1 =,/a /./ /,/ <,//& ,/s "/ ol/ i" 5* *s'E{ 1".* <z O Í o lç lõ 92 i: Èe a6- =Fo õ 6: oo>>-oo€9< ì OO o õ rE E-'é - ''g :.,oll.') g € aeêìôrooT ==EËELl_CO^-çiBF -a6GooÌìÉ::- ó'Eoob óFbF= l.ì TIO O o II J ct c 2 c 736 \: =+À ^Áo SE sti çìd .r \_ "f,_ t:,-Èr -t{ ltA ',,-":/+ vL - ú .v&^ ,trììh ' àut,y*.6; e .s E tP ŝq t..1: .ç \-É e =ó ôo J ,g \f, G e .!g o (t ê 'õ cd È 1Ê:' IotatolEE ,9 13< ìïlgË €i .C ã * * o EiO Ê @ N O ÊI E r Ê N Jì4lã!uffi it ) { 'Ë g==Fee-rFs; \- ffil-l-l-tw "# 137 $ l- +, o E oag g n u â lt t 3o BIMESTRE – 161 Oriente Médio A região asiática do Oriente Médio é habitada principalmente por árabes de maioria muçulmana. Compreende os seguintes países: Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Barein, Kuwait, Afeganistão, Israel, parte da Turquia, Irã e Líbano. Esse último apresenta o maior percentual de população cristã na região (cerca de 40%). As populações do Irã, do Afeganistão e da Turquia, embora de maioria islâmica, têm origem persa, pashtun e turca, respectivamente. Israel, com população majoritariamente judaica, é uma exceção. O Oriente Médio é marcado por grandes conflitos geopolíticos, sobretudo entre árabes e judeus. Aspectos físicos e econômicos O relevo do Oriente Médio é constituído em grande parte por planaltos circundados por montanhas. Em geral, as planícies estão situadas entre o litoral e os conjuntos montanhosos. No interior da região, entre os rios Tigre e Eufrates, localiza-se a planície da Mesopotâmia, de grande valor histórico-cultural. Os climas predominantes são o desértico e o semiárido, motivo pelo qual quase toda a região é constituída por desertos. As temperaturas variam de mais de 40 °C durante o dia a menos de 10 °C à noite. A alta amplitude térmica levou à concentração da população em cidades como Damasco, na Síria, e Riad, na Arábia Saudita, localiza- das em regiões em que as águas subterrâneas afloram à superfície, formando oásis. As formações vegetais predominantes são as estepes áridas e as plantas xerófilas (adaptadas a climas desérticos) e, nos locais de climas mais úmidos, a vegetação medi- terrânea. A região é conhecida por ser a grande produtora de petróleo do mundo. Ela abriga alguns dos maiores produtores mundiais, como Arábia Saudita, Irã e Iraque. Riad tem mais de 6 milhões de habitantes e é a cidade mais populosa da Arábia Saudita. Fotografia de 2016. FE D O R S EL IV A N O V/ SH U TT ER ST O C K 161 Sugestão para o professor: VALSA com Bashir. Direção: Ari Folman. Israel, 2008. Duração: 90 min. Esta animação conta a triste história da Guerra do Líbano de 1982, através do olhar de um veterano de guerra que por muito tempo tentou reprimir as memórias que tinha do conflito. capri Realce https://www.youtube.com/watch?v=3g2D6Dmc-no https://mega.nz/file/eNAVxIDL#HIqtwm6hSXe7aHCdp0XezummGHl_LND4stdbGTDa20c Continentes e regiões do mundo 49 Erzurum Diyarbakir Gaziantep Malatya Mersin Kirikkale Herat Maimanah Ardabi l Bam Bandar 'Abbas Kerman Zahedan Al Khaluf Salalah Medina Meca Antalya Zonguldak Saihut Al Mukal la Taizz Yar im Zabid Sur Adam Jedda Hai l Tabuk Badanah Ácaba Gaza Samarra Kirkuk Bir jand Sabzevar Gorgan Babol Qom Rasht Hamadan Urmia Yazd Adapazari Denizli Usak Samsun Trabzon Konya Isfahan Mashhad Shiraz Tabriz Basra Mosul Alepo Adana Bursa Istambul Izmir Hamah Homs Dayr az Zawr Al-Qamishli Karbala Najaf An-Nasir iyah Irbil Kandahar Abadan Kermanshah Hofuf Manama Teerã Bagdá Amã Cidade do Kuwait Mascate Doha Riad Ankara Abu Dhabi Sana Jerusalém Jerusalém Oriental Beirute Damasco ÁFRICA EUROPA I. Socotra L. Tuz L. Van Danúbio Eufrates Nilo Tigre L. de Aral Golfo de Áden Golfo de Omã M a r d a A r á b i a M A R N E G R O M a r C á s p i o Golfo Pérsico M a r M e d i t e r r â n e o M a r Ve r m e l h o T U R Q U I A JORDÂNIAISRAEL PALESTINA LÍBANO KUWAIT CATAR BAREIN I Ê M E N SÍRIA IRAQUE I R à O M à A R Á B I A S A U D I T A AFEGANISTÃO EMIRADOS ÁRABES UNIDOS TURQUIA (Parte Européia) 60° E 30° E 35° E 40° E 45° E 50° E 55° E 15° N 20° N 25° N 30° N 35° N 40° N TRÓPICO DE CÂNCER 60° E 30° E 35° E 40° E 45° E 50° E 55° E 15° N 20° N 25° N 30° N 35° N 40° N Oriente Médio - Político 0 210 km ESCALA APROX. 1:21 000 000 PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIDISTANTE MERIDIANA 105Capital de país Cidade principal fronteira internacional ferrovia rodovia rio 30º N 31º N 32º N 33º N 36º E35º E34º E 36º E35º E34º E 30º N 31º N 32º N 33º N Haifa Nazaré Gaza Belém Hebron Nabulus (cap. rec.) Jerusalém (cap. não rec.) Jerusalém Oriental Amã Tel-Aviv o ã dr o J M a r M e d i t e r r â n e o Golfo de Ácaba Mar Morto Mar da Galiléia Colinas de Golã (terr. ocupado por Israel) PALESTINA (Cisjordânia) PALESTINA (Faixa de Gaza) ARÁBIA SAUDITA J O R D  N I A S Í R I A LÍBANO I S R A E L Nota: Jerusalém foi declarada capital do Estado de Israel pela Lei Básica de 30/7/1980, o que não é reconhecido internacionalmente. O Brasil (e demais países) mantém sua Embaixada em Tel Aviv, em conformidade com a Resolução 478 (1980) do Conselho de Segurança das Nações Unidas. 1 1 Região da Palestina Fonte: Map resources premier international collection. Lambertville: Map Resources, [2002]. Nota: Jerusalém foi declarada capital do Estado de Israel pela Lei Básica de 30.07.1980, porém esta não é reconhecida internacionalmente. O Brasil e demais países mantêm suas embaixadas em Tel Aviv em conformidade com a Resolução n. 478, 20.08.1980, do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Continentes e regiões do mundo48 Oriente Médio - Físico PEN. DO SINAI PLANÍCIE DA M ESOPOTÂM IA P L A N A L T O H A D R A M A U T P L A N A L T O D A A R Á B I A PLANALTO DA ARMÊNIA PLANALTO DO IRà D E S E R T O D A A R Á B I A DESERTO DA SÍRIA D E S E R T O D E K AV I R GRANDE NEFUD DESERTO Á F R I C A EUROPA NABI SHUAYB 3 760 m SINAI 2 637 m ARARAT 5 166m DEMAVEND 5 670m DINAR 4 276 m HAZAR 4 375 m KUH-E-KALA 4 144 m A L H I J A Z A S I R MONTES. AKHDAR SU RUA T C. Al Hadd C. Madraka C. Fartak DESERTO DO IRà Elburz DESERTO DE LUT M O N T E S Z A G R O S K O P E T D A G M T E S . PÔNTICOS HIN DO KU SH P E N Í N S U L A A R Á B I C A DESER TO R UB ’AL KH ÄL I I. Socotra (IEM) I. Barein Is. Farasan C anal de S uez Es tr. d e Bó sf or o Es tr. de O rm uz Estr. Bab el Mandeb L. Tuz L. Van L. Aral Helm and Eufrates Tigre K ersan Aras Jordão Mar Morto M a r d a A r á b i a M a r N e g r o M a r C á s p i o M a r M e d i t e r r â n e o M a r V e r m e l h o O C E A N O Í N D I C O Golfo de Suez Golfo de Áden Golfo de Omã Golfo Pérsico G. de Antalya Golfo de Masira G ol fo d e Ác ab a 60° E30° E 35° E 40° E 45° E 50° E 55° E 15° N 20° N 25° N 30° N 35° N 40° N TRÓPICO DE CÂNCER 60° E30° E 35° E 40° E 45° E 50° E 55° E 15° N 20° N 25° N 30° N 35° N 40° N P E N Í N S U L A D A A N A T Ó L I A 4 000 m 3 000 m 2 500 m 2 000 m 1 500 m 1 000 m 600 m 400 m 200 m 100 m 50 m 0 m - 1 000 m - 2 000 m - 3 000 m - 4 000 m - 5 000 m - 6 000 m - 7 000 m - 8 000 m Altitudes Profundidades Picos 0 210 km ESCALA APROX. 1:21 000 000 PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIDISTANTE MERIDIANA 105 Fonte: Map resources premier international collection. Lambertville: Map Resources, [2002]. ,ì €8,Ê:-Ë olõ Gç-E:-co--.1iõ 5 : : Ê Q o E.4 cã €'ç:E=sFË èS õ,R:JIeõfr.o.op È E = E E = :E E à à 5 ^Ê 3888eË*.-ÈË=4 A - a -: €õ É É LE OFotroooìã rll= E.-l I oz á-Eu)E(): o{\ U 134 o EJ o 0- o a o I E d Õ .cd o Ë Õ FI_=--Ri o o oc oo L o ô o o oso 'o m C)! o o È o Po lrJ .-F=='- --*r -t =*- *-l- __l o 4- \$() o () oP+ è .a ! 0 .-,) ,t 1, ì ò I ci 8 -a J\ -(/ ''j.;í v rÊM ,4t rnfí ', /- rL:< êp )ts1 // ; ) ôÌ OI --------ì,!! oõerqtr $ L +J o E o a .g 5 a UJ ol F E 't.:jÈ\-,:t>' ,/-- ',:;:,'/,e1.,4 ^ O di ooÕoÕOOÕÕÕÃ.-!ooooo==91 @<óNr6NO_r- Èo o 135 162 – 3o BIMESTRE Ásia Meridional A Ásia Meridional, ou subcontinente indiano,caracteriza-se por abrigar povos india- nos e indochineses. Os países que a compõem são: Índia, Sri Lanka, Paquistão, Nepal, Butão e Bangladesh. (Reveja o mapa da página 158.) Aspectos físicos A região apresenta três grandes unidades de relevo: a Cordilheira do Himalaia, o Planalto do Decã e a planície Indo-Gangética. A Cordilheira do Himalaia é uma cadeia de altas montanhas, situada na fronteira da China com a Índia, localizada no Nepal e no Butão. Registra mais de 2 000 quilômetros de extensão e picos muito elevados, incluindo o Everest. O planalto do Decã, na porção centro-sul da Ásia Meridional, é constituído por rochas muito antigas e des- gastadas por proces- sos erosivos. A planície Indo-Gangética, situada entre a Cordilheira do Himalaia e o Planalto do Decã, é formada pela ação das águas das chuvas e dos rios Indo e Ganges. O clima predominante é o tropical, sujeito ao regime das monções, cuja principal característica é a sucessão de um inverno relativamente seco (novembro a fevereiro), uma estação quente e sem precipitações (março e abril) e um verão muito chuvoso (junho a setembro). O período seco corresponde às monções de inverno; os quatro meses de chuva correspondem às monções de verão. Desigualdades socioeconômicas Considerando os aspectos econômicos, a Índia é o país mais importante da Ásia Meridional. A população indiana ultrapassa 1,2 bilhão de habitantes e possui uma renda per capita de 6.700 dólares. Entretanto, os índices de pobreza da Índia demons- tram grandes desigualdades sociais. O número de analfabetos com 15 anos ou mais chega a 29% da população; 60% não têm acesso a saneamento básico; 35,7% das crianças com menos de cinco anos estão abaixo do peso ideal. C R YS TA L IM A G E/ A LA M Y/ FO TO A R EN A Vista do monte Everest, localizado na Cordilheira do Himalaia, Nepal (2016). Unidade V – O continente asiático162 Texto complementar Viver no Butão O trecho a seguir apresenta algumas medidas tomadas pelo Butão, que instituiu a “felicidade interna bruta (FIB)” como ideal norteador das políticas públicas. [...] a exportação de ma- deira poderia encher os co- fres públicos, mas, à luz da FIB, ficou estipulado que 60% do ter ritório perma- neça coberto por f lorestas originais. De onde tirar di- nheiro, então? De uma carta na manga, ou melhor, do Hi- malaia. “O Butão é favoreci- do por rios que nascem nas montanhas. A geração de energia hidrelétrica se tor- nou um poderoso engenho de crescimento econômico, e sem desalojar pessoas nem danificar o ambiente” [...]. Ambiente que faz do Butão um dos países mais bonitos do mundo. Com rios de água cristalina, f lorestas colori- das e fauna com direito a tigres, elefantes, rinoceron- tes e pandas, o país é cha- mado de “último éden” [...]. Com tantas credenciais, o país poderia virar um dos maiores polos turísticos do mundo. Mas não. O turismo é limitado para não preju- dicar a cultura nem o meio ambiente. [...] Em 2005, fo- ram 13 mil [turistas]. Para comparar : Por to Seguro, na Bahia, recebeu cerca de 1 milhão. [...] A “Shangri-lá da vida real” também não é tão flo- rida quanto parece. [...] Os trabalhadores, por exemplo, não podem formar sindica- tos. O governo argumenta que, como há pouca indus- trialização no país, não há “necessidade” de uniões tra- balhistas. [...] para seguir a diretriz da “preservação da cultura”, a população é obri- gada a usar as roupas tradi- cionais da maioria budista. [...] A preocupação em ter uma sociedade homogênea deu margem a um caso de violação dos direitos huma- nos denunciado pela Anistia Internacional. Em 1985, além de exigir que os nepaleses adotassem o modo de vida budista, o governo criou uma lei de cidadania estipulando que, entre os que não fossem filhos de butaneses, só seria cidadão quem provasse ter vivido no Butão antes de 1958. Pediam documentos de uma época em que o país tinha quase 100% da população analfabeta. Isso tornou imigrantes ilegais milhares de pessoas nascidas no Butão quase 30 anos antes de inventarem a lei. [...] Até hoje, 90% dos emigrantes vivem no Nepal, em campos de refugiados da ONU. SUPERINTERESSANTE. Sorria, você está no Butão. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ cultura/sorria-voce-esta-no-butao/>. Acesso em: 21 ago. 2018. https://super.abril.com.br/cultura/sorria-voce-esta-no-butao/ https://super.abril.com.br/cultura/sorria-voce-esta-no-butao/ < u anPÌ> z ( \olo < ( /-i +Õì ,t* orvFgoo =*-{^Á \ì lz<I <>\^;1 AI/v\ I " )L/ r6-J=J ì ô \ )/ ilJ lto, r-ì J !Ë 1- (t, f Oi" ,r "0 $(ì ixZ >E f'j-o' lOr F l, ! ^c \ .1/ ít)" I 1 Ì\ \, gAe;' : Jà-5õ.2Ën b 2xl "sNry o<,/l" ^"Hç.'" ,ÉÉ,e::ë 'Ë Ë ==EE=E-e., €: ã*:HFEF ÉF Ë,çXËIsËss: 3 o : - - = ó-= 9 Y @ã ã5ãFËEsEE= Eúoooìã lle t r'() '"gJ bi<E< ë{= Í z .Èõ -õ- c Ê= dr a "- uJ*:'. -oÈQ cc È=s ç' l -,''( -í/ .-\/1 t_/ / Ilol/ ( I). I)/ \"r.r \ rtt-' l E ú 6"^ d € àffitt-Ww a?a CõÕ =6c c ffi O F'f o 0- o r( a o 140 G L +, o E oa .gI a lU o f h l.:J 111 3o BIMESTRE – 163 Extremo Oriente O Extremo Oriente, região com grande variedade de paisagens, agrupa China, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Taiwan e Mongólia. (Reveja o mapa da página 158.) Aspectos físicos O relevo do Japão é caracterizado pela presença de montanhas recen- tes, principalmente o monte Fuji, com mais de 3 000 metros de altitude. O país-arquipélago tem mais de 200 vul- cões, alguns dos quais estão ativos, e sofre frequentes abalos sísmicos. Isso acontece em virtude de sua ins- tabilidade geológica, decorrente de sua localização no chamado Círculo de Fogo do Pacífico (região com apro- ximadamente 40 000 quilômetros de extensão onde ocorrem cerca de 90% dos abalos sísmicos e do vulcanismo do planeta). Planaltos áridos, de até 2 000 metros de altitude, ocorrem na Mongólia, enquanto extensas pla- nícies dominam as paisagens da península da Coreia e da China. Verificam-se na região os climas subtropical e temperado, com influência das monções no Japão e na península da Coreia, que favorecem o desenvolvimento das florestas Subtro- pical e Temperada. No oeste da China, predominam os climas Frio de Montanha e Desértico, o que propicia o desenvolvimento de vegetação xerófila e de estepes, também encontradas na Mongólia, em razão dos climas árido e semiárido que ocorrem no país. Desenvolvimento econômico Em linhas gerais, o Extremo Oriente apresenta um bom nível de desenvolvimento econômico. O Japão é uma das maiores potências econômicas do planeta, e a China foi o país que apresentou o crescimento mais acelerado nas duas primeiras décadas do século XXI. Coreia do Sul e Taiwan também se caracterizam pelo dinamismo de suas economias. A Coreia do Norte, república socialista, conserva uma rígida economia planificada, de estilo soviético, e enfrenta sérias dificuldades. A Mongólia, socialista até 1990 e atualmente um Estado democrático de regime parlamentarista, é um país em desen- volvimento, cuja população vive sobretudo da agricultura e do pastoreio. Devido à intensa atividade vulcânica da região onde se encontra o arquipélago japonês, algumas ilhas podem aumentar de tamanho. Fotografia da ilha de Nishinoshima, Japão (2017), que teve um grande crescimento durante as últimas décadas. TH E A SA H I S H IM B U N V IA G ET TY IM A G ES 163 Sugestão para o estudante: THE PROPAGANDA Game. Direção: Álvaro Longoria. Espanha, 2015. Duração: 38 min. Este documentário em forma de diário acompanha o cineasta Álvaro Longoria em uma visita à Coreia do Norte para explorar a manipulação da informação. capri Realce https://www.youtube.com/watch?v=DuYgZwk39JQ \F &q'J e% "ëËstÈ as L) J ct c ,0 3 138 .gt- +J o E oa .gI a 1JJ o f F E ./l (íÈ ,'f ./l 6, ! /_/o \ I oa- \'çr\ \- -\ \% \ ) \e",u u FI L] I lv ì*\i_iNl --,tF o c ooJ ; ^ .o.E E =====OO S X: Õ=eeCÕ6-==6.Ë@+óNrONOrÈ>JË O o oc: Ê =L .sl L Ìsurt?-ÌlsnÌilnen/râlplA _É c c) e 5ô(5E o Õ 139 164 – 3o BIMESTRE UZBEQUISTÃO CAZAQUISTÃO QUIRGUISTÃO TADJIQUISTÃO AFEGANISTÃO ÍNDIA PAQUISTÃO MONGÓLIA BUTÃO MIANMAR VIETNà TAILÂNDIA CAMBOJA M A L Á S I A I N D O N É S I A JAPÃOCOREIA DO NORTE COREIA DO SUL TAIWAN FILIPINAS MAR DO LESTE MAR DA CHINA ORIENTAL MAR DA CHINA MERIDIONAL BRUNEI C H I N A Golfo de Bengala MAR ARÁBICO EQUADOR 23° 2 7’ N OCEANO ÍNDICO NEPAL BANGLADESH SRI LANKA 0 250 1 000 3 000 mm PRECIPITAÇÃO Monções de verão Monções de inverno TRÓPICO DE CÂNCER LAOS (MAR DO JAPÃO) 90º L 0° AS MONÇÕES E O HIMALAIA No Sudeste Ásiatico e na Ásia Meridional ocorrem os cli- mas Subtropical, Equatorial e Tropical, este último sujeito ao regime das monções. Durante as monções de verão, quando os ventos sopram do oceano Índico em direção ao continente, o Hima- laia representa uma barreira para a entrada de umidade, contribuindo para a ocorrência de chuvas. Já nas monções de inverno, ao contrário, os ven- tos sopram da Ásia Central em direção aos oceanos, ao sul e ao sudeste, resultando em perío- dos secos e frios. Leia o texto abaixo e res- ponda às questões a seguir. Cientistas que realizam estudos para a Organização das Nações Unidas (ONU) dizem que a poluição atmosférica no sudeste da Ásia representa uma ameaça global. Segundo eles, a “névoa marrom” que se forma na região afeta de modo negati- vo o regime de chuvas e a agropecuária, além de colocar centenas de milhares de pessoas em risco de desenvolverem doenças respiratórias. “Uma concentração como esta, que se espalha por uma altura de três quilô- metros, pode dar a volta ao mundo em uma semana”, disse Klaus Toepfer, um dos responsáveis pelos estudos. [...] “A névoa é resultado de incêndios nas florestas, da queima de resíduos agríco- las, de aumentos acentuados na queima de combustíveis fósseis por automóveis, indústrias e usinas de energia, e dos gases liberados por milhares de fogões desre- gulados”, disse o cientista. A equipe de pesquisa disse que a névoa está reduzindo a quantidade de energia solar que está atingindo a superfície terrestre em até 15%. [...] Isso, segundo os cientistas, estaria mudando o volume das chuvas que no in- verno acompanham as monções, o vento típico do sul da Ásia. As chuvas estariam diminuindo no noroeste do continente e aumentando mais a leste. POLUIÇÃO na Ásia representa “perigo global”. BBC Brasil, 11 ago. 2002. Disponível em: <http://www. bbc.com/portuguese/ciencia/020811_asiarg.shtml>. Acesso em: 26 mar. 2018. 1 Como a poluição atmosférica pode afetar o regime de monções do Sudeste Asiá- tico e da Ásia Meridional? Qual impacto essa situação gera nas atividades econô- micas do país? 2 O que os governos das regiões poderiam fazer para evitar esse impacto ambiental? Fonte: ENCICLOPÉDIA do estudante: Geografia Geral. São Paulo: Moderna, 2008. p. 36. ÁSIA: MONÇÕES (2013) es ca la s m un do em NE LO SE S N NO SO 850 km SO N IA V A Z Unidade V – O continente asiático164 Sugestões complementares referentes ao Capítulo: MARTINS, José Miguel Quedi et al. O Fórum Quadrilateral e os novos caminhos para a regionalização na Ásia Central e Meridional. Con- juntura Austral, v. 2, n. 8, p. 62-81, 2011. SUKUP, Victor. Ásia Oriental e Sudeste Asiático: modelos para a América Latina? Revista Brasileira de Política Internacional, v. 40, n. 2, p. 27-48, 1997. http://www.bbc.com/portuguese/ciencia/020811_asiarg.shtml http://www.bbc.com/portuguese/ciencia/020811_asiarg.shtml capri Realce capri Realce 3o BIMESTRE – 165 1 Copie no seu caderno o quadro abaixo, completando-o com o que foi estudado neste Capítulo. Regionalização da Ásia Países Características políticas e econômicas Ásia Setentrional Sudeste Asiático Ásia Central Oriente Médio Ásia Meridional Extremo Oriente atividades 2 Leia a notícia a seguir: A nova ilha, que nasceu em meados de novembro de 2013 por uma forte atividade vulcânica, não para de crescer. Agora mede aproximadamente 1 950 metros de leste a oes- te e 1 800 de norte a sul, no total 2,45 km2, segundo a guarda costeira. Estes [os guardas costeiros] realizam mis- sões regulares de reconhecimento aéreo para verificar o estado da ilha que surgiu em meio ao pequeno arquipélago de Ogasawara. É a primeira vez em 40 anos que emerge uma ilha nesta zona meridional do Japão. A recém-nascida, muito frágil inicialmente, tem cada vez mais chances de sobreviver. No Japão, zona sísmica e vulcânica, surgi- ram entre quatro e cinco ilhas desde o fim da guerra do Pacífico, uma delas em 1986, que desapareceu em dois meses, e outra em se- tembro de 1973 também em Nishinoshima. CRESCE ilha vulcânica que surgiu em 2013 ao sul de Tóquio. G1, 27 fev. 2015. Disponível em: <http:// g1.globo.com/natureza/noticia/2015/02/cresce-ilha- vulcanica-que-surgiu-em-2013-ao-sul-de-toquio.html>. Acesso em: 12 nov. 2017. a) Qual é o fenômeno comentado na notícia? b) Por que surgem e desaparecem ilhas no ar- quipélago japonês? 3 As frases a seguir tratam das características naturais de algumas regiões da Ásia. Reescre- va-as em seu caderno, completando as lacu- nas adequadamente. a) A é composta de cinco países situados no leste do mar Cáspio, apresentando relevo de e no leste, além de na divisa com o Oriente Médio. A vegetação é de estepes e há em decorrência dos climas e . b) A região do compreende as penínsulas da e , além do arquipélago da . As formas de relevo são os e as , predomi- nando os climas e . Nessa sub-região há incidência de terremotos, vulcões e tsunamis. c) A região do apresenta relevo constituído por planaltos circundados por montanhas e planícies litorâneas, com destaque para a planície da , formada pelos rios e . Os climas predominantes são o e o . 4 Observe a fotografia e responda às questões. Crianças jogam futebol usando máscaras em local atingido por fumaça decorrente de incêndio florestal, em Meulaboh, Indonésia (2017). a) Quais são as principais causas de desmata- mento no Sudeste Asiático? b) A poluição gerada pelo incêndio florestal é um problema só de quem a produz? C H A ID EE R M A H YU D D IN /A FP /G ET TY IM A G ES 165 Seção Atividades • • http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/02/cresce-ilha-vulcanica-que-surgiu-em-2013-ao-sul-de-toquio.html http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/02/cresce-ilha-vulcanica-que-surgiu-em-2013-ao-sul-de-toquio.html http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/02/cresce-ilha-vulcanica-que-surgiu-em-2013-ao-sul-de-toquio.html http://g1.globo.com/natureza/noticia/2015/02/cresce-ilha-vulcanica-que-surgiu-em-2013-ao-sul-de-toquio.html
Compartilhar