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GEO 9 - CAP 12 A CHINA no século XXI 27 10 22 ARARIBÁ MAIS

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178 – 3o BIMESTRE
Funcionária trabalha em uma empresa de 
tecelagem de fibra em Anhui, China (2017).
U N I DA D E V I
Ásia: China, Japão 
e Tigres Asiáticos
178
3o BIMESTRE – 179
Nesta Unidade, estudaremos al-guns países que são destaque no continente asiático: a Chi-
na, o Japão e os que compõem o grupo 
chamado de “Tigres Asiáticos”. 
A China teve grande crescimento 
econômico principalmente no início do 
século XXI. O Japão, por sua vez, é reco-
nhecido por seu desenvolvimento eco-
nômico e social. O grupo de países que 
ficaram conhecidos como Tigres Asiáticos 
tiveram um grande desenvolvimento eco-
nômico nas décadas de 1980 e de 1990.
Você sabe como a China, um país so-
cialista, tornou-se uma potência econô-
mica no século XXI? E sabe dizer quais 
são os Tigres Asiáticos? 
Você verá 
nesta Unidade:
Da China socialista à abertura 
econômica
Economia, população e a China 
como potência regional
Economia e população do Japão
Aspectos gerais dos 
Tigres Asiáticos
179
180 – 3o BIMESTRE
Com mais de 5 mil anos de história, a China passou do artesanato e da agricultura 
rudimentar aos projetos aeroespaciais do século XXI, enfrentou interesses de países 
imperialistas e viveu uma revolução que implantou o socialismo no país.
A China é o terceiro maior país do mundo em extensão e abriga a maior população 
do planeta (cerca de 1,3 bilhão de habitantes). Nela se localizam obras extraordinárias, 
como a Grande Muralha, o Grande Canal e a usina hidrelétrica de Três Gargantas.
O socialismo na China foi instituído após uma guerra civil que levou Mao Tsé-tung 
ao poder. Com a morte de Mao, em 1976, assumiu o poder Deng Xiaoping, que pro-
moveu uma série de reformas econômicas a partir da década de 1980. Tais reformas 
proporcionaram à China altas taxas de crescimento econômico e aumentos significati-
vos da renda per capita, tirando milhões de chineses da situação de pobreza. Contudo, 
não houve mudanças no sistema político, e o poder permanece centralizado no Partido 
Comunista. 
Vista da Grande Muralha da China, em trecho próximo a Badaling, China (2017).
XI
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C A P Í T U L O
180 Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos
A China no século XXI12
https://www.youtube.com/watch?v=DFTohMYUyTc
https://www.youtube.com/watch?v=qYjVWyaL190
https://www.youtube.com/watch?v=VPHnEji42pU
https://drive.google.com/file/d/1NN1Wf2f16c1h8FPe7spHBBYzyPXG6ssI/view?usp=sharing
https://mega.nz/file/jYBTEYrQ#SVmzBZG3N-sCAIYDPT9_4tuTh5Z-oc6KDdoSsSEaxmU
https://mega.nz/file/jNQzyIJT#j3VOUgFMp1yZmQAD8JeSQQP0ovsg0z7lgsvy5ftTFzQ
3o BIMESTRE – 181
O PROCESSO DE MODERNIZAÇÃO 
CHINÊS
A partir do século XIII, a China passou a estabelecer 
contato com o Ocidente por rotas comerciais até a Europa. 
Com as Grandes Navegações, os europeus passaram a se 
interessar cada vez mais pelo Oriente. No século XVI, os 
portugueses estabeleceram a colônia de Macau, no litoral 
sul da China. No início do século XIX, o domínio ocidental 
instalou-se efetivamente na região. Os britânicos conse-
guiram impor o comércio de ópio ao mercado consumidor 
chinês, após vencerem a China nas Guerras do Ópio.
O Império Chinês havia passado por grande desenvolvi-
mento cultural entre os séculos XVII e XVIII, com o expan-
sionismo manchu. Porém, a partir da segunda metade do 
século XIX, o crescimento populacional, o aumento dos 
impostos e a corrupção levaram o grande império à deca-
dência e à fragmentação de parte do seu território — con-
trolado por rebeldes, com o apoio de potências europeias 
(como a Inglaterra e a França), e pelo Japão.
Movimentos nacionalistas contrários à ocupação estran-
geira intensificaram-se e, em 1912, o imperador foi deposto. 
Iniciou-se então um período republicano. Porém, os proble-
mas econômicos, políticos e sociais persistiram, pois a China 
continuava muito dependente das potências estrangeiras.
A crise social conduziu o país a uma longa guerra civil, 
opondo nacionalistas, liderados por Chiang Kai-shek, e 
comunistas, sob o comando de Mao Tsé-tung e do Partido 
Comunista Chinês. A guerra civil 
chegou ao fim em 1949, quando os 
comunistas implantaram a República 
Popular da China, com um modelo 
político e econômico socialista.
Chiang Kai-shek e seus comanda-
dos refugiaram-se em Formosa, no 
arquipélago de Taiwan, onde funda-
ram a República da China ou China 
Nacionalista, de economia capitalista.
Ópio
Substância de efeito analgésico 
extraída dos frutos da papoula, 
usada na produção de 
medicamentos e também como 
narcótico.
Manchu
Que é natural da Manchúria ou 
habita essa região.
Soldados comunistas (homens e mulheres) 
cantam um hino à glória de Mao Tsé-tung ao 
chegarem próximo à fronteira da colonização 
britânica, em Hong Kong, no ano de 1949.
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181
capri
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https://mega.nz/file/fYZEhbxS#v4uaY8SmkOEK7Da7FiwcriZnj5yzu_N1H6wGsb8Mv5U
https://mega.nz/file/jUJXmIrA#b9VMqEFAhEvtx5YXcBcA4eelK84XyZa1BqeTZ-dCEr0
capri
Realce
Professor Capri
Realce
Professor Capri
Realce
https://youtu.be/yXUQDIqw2AI
https://youtu.be/3esZkmffbOI
https://youtu.be/hx_Dnv-FlVI
 
 
182 – 3o BIMESTRE
Da China socialista à abertura econômica
Inicialmente, o modelo chinês baseou-se no exemplo da 
União Soviética, sua aliada até o final da década de 1950, 
quando se deu o rompimento político com a então super-
potência mundial. 
Durante toda a década de 1960, a China viveu um isola-
mento internacional. A partir de 1966, o governo promoveu 
a chamada Revolução Cultural, uma campanha que levou 
à radicalização do regime comunista e ao fortalecimento 
do poder pessoal de Mao Tsé-tung. Para isso, estimulou 
a população, em especial a juventude, a se rebelar contra 
seus adversários dentro do Partido Comunista Chinês. 
Cerca de 20 milhões de estudantes formavam as Guardas 
Vermelhas, perseguindo a todos os que não seguiam os 
ideais do “Livro Vermelho”. 
Know-how 
Conhecimento de normas, 
métodos e procedimentos 
em atividades profissionais, 
especialmente as que exigem 
formação técnica ou científica; 
habilidade adquirida pela 
experiência; saber prático.
Cartaz de propaganda da 
Revolução Cultural Chinesa 
(1966-1976), com imagem 
de Mao Tsé-tung e jovens da 
chamada Guarda Vermelha 
(um deles segurando o Livro 
Vermelho). 1971. Litogravura, 
55 cm 75 cm.
A morte de Mao Tsé-tung, em 1976, abriu caminho para a 
ascensão do político Deng Xiaoping. Com a mudança no poder, 
em 1977, a Revolução Cultural foi oficialmente encerrada.
Deng Xiaoping iniciou amplas reformas econômicas na 
China, visando à abertura para o modelo capitalista. Na 
década de 1980, foram criadas as Zonas Econômicas Espe-
ciais (ZEEs). Elas atrairiam capitais, tecnologia e know-how 
de empresas estrangeiras para estimular a exportação e, 
ao mesmo tempo, a expansão do mercado doméstico. As 
empresas estrangeiras foram atraídas pela farta mão de 
obra barata e pela possibilidade de venda de seus produtos 
para o imenso mercado consumidor chinês.
Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos182
https://www.youtube.com/watch?v=OLh-gZngg54
capri
Realce
https://mega.nz/file/aUBilJxY#kO8Xu8Doayde_g1wB5uG-ySEh8CFmbn5yO9tMZyI61s
https://mega.nz/file/rMJx2YTI#vEZEtdj84LWzYYosiQQb0HHI2FAjaP70EeZBYNbybRw
3o BIMESTRE – 183
COREIA
COREIA
DO NORTE
DO SUL
TAIWAN
FILIPINAS
CAZAQUISTÃO
MONGÓLIA
CAZAQUIST
RÚSSIA
ÍNDIA
MIANMAR
HONG KONG
Fushun
Harbin
Changchun
Shenyang
Pequim
(Beijing) Anshan
Tianjin
Baotou
Qingdao
Lianyuagang
Jinan
Sian
Lanzhou
Nanquim
Xangai
Pudong
Wuhan
Chengdu
Chongqing
Fuzhou
Xiamen
Changsha
Wenzhou
Shantou
Dalian
Ningbo
Kunming
Guangzhou
(Cantão) Shenzhen
Zhuhai
Beihai Zhanyang
Hainan
Ya
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-tse
(Azul)
H
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n
g
-h
o
Taiyuan
Gás Urânio
Zona Econômica 
Especial (ZEE)
Área de difusão industrial
Carvão Petróleo
100° L
TRÓPICO DE CÂNCER
Aeroespacial
Alta tecnologia
Automobilística
Construção naval
Eletrônica
Siderúrgica
Química/PetroquímicaCentro industrial
NEPAL
BUTÃO
VIETNÃ
LAOS
QUIRGUISTÃO
CAZC AQUISTÃOTT
CAZAQUIST
ECONOMIA E DESENVOLVIMENTO
No final da década de 1950, a 
China lançou a política econô-
mica denominada Grande Salto 
para a Frente. O projeto, inspi-
rado no modelo econômico e 
industrial soviético, estabeleceu 
a criação de um pátio industrial 
diversificado, com indústrias 
de base e bélicas. As indústrias 
mecânica e siderúrgica recebe-
ram atenção especial e passaram 
a se desenvolver de forma acen-
tuada.
No entanto, outras políti-
cas econômicas fracassaram. 
A implantação de uma reforma 
agrária estatal, com a criação 
das Comunas Populares, desor-
ganizou a produção de alimentos 
e contribuiu para a grande fome que, entre 1959 e 1962, 
matou cerca de 20 milhões de chineses.
Em 1966, a economia chinesa sofreu o impacto de 
nova crise, dessa vez associada à Revolução Cultural; 
como consequência, o modelo industrial apresentou 
graves problemas na década de 1970: um quadro geral 
de obsolescência, queda de qualidade e produtividade, 
péssimas condições de trabalho, baixa remuneração, 
falta de leis trabalhistas e de proteção sindical.
Com as reformas econômicas introduzidas por Deng 
Xiaoping, a atividade industrial voltou a se expandir, 
possibilitando o desenvolvimento das indústrias de 
bens de consumo, que, atualmente, têm recebido vulto-
sos investimentos de empresas estrangeiras com filiais 
instaladas nas ZEEs — principalmente as de Xangai (o 
mais importante centro industrial chinês) e Guangzhou.
Em 2001, a China entrou na Organização Mundial do 
Comércio (OMC), sinalizando o desenvolvimento de 
uma economia competitiva e de caráter nitidamente 
capitalista.
CHINA: INDÚSTRIA (2010)
Elaborado com base em dados 
obtidos em: MARTINELLI, 
Marcello. Atlas geográfico: 
natureza e espaço da sociedade. 
São Paulo: Editora do Brasil, 
2003. p. 61; FERREIRA, Graça 
M. L. Atlas geográfico: espaço 
mundial. 4. ed. São Paulo: 
Moderna, 2013. p. 105.
Obsolescência
Condição do que é ou está 
prestes a se tornar obsoleto, 
inútil, ultrapassado.
SO
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SO
541 km
capri
Realce
https://www.youtube.com/watch?v=FHEM5k6b-Ak
https://www.youtube.com/watch?v=pmJRgYx6f5k
https://mega.nz/file/zVZVkQxA#s-kaMKo9Ox5oq-t3r-eQUjZ_gcjOzKg_v183jbadSRg
184 – 3o BIMESTRE
MANCHÚRIA
XINJIANG
 TIBETE
(Alto Planalto do Tibete)
Hainan
Beijing
(Pequim)
Xangai
Guangzhou
(Cantão)
Xianggang
(Hong Kong)
Aomen
(Macau)
DESERTO DE
TAKLA MAKAN
 DESERTO DE 
GOBI 
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(A
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)
Yang-ts
e
TRÓPICO DE CÂNCER 
(A
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l)
100° L
Agricultura intensiva 
(arroz, soja, trigo, milho)
Espaço árido
pouco produtivo
Policultura (arroz, trigo,
algodão, chá)
Arroz e culturas tropicais
Associação silvicultura,
criação e culturas (arroz, chá)
Criação extensiva de ovinos
Silvicultura
Deserto 
COREIA
COREIA
DO NORTE
DO SUL
TAIWAN
FILIPINAS
CAZAQUISTÃO
MONGÓLIA
RÚSSIA
ÍNDIA
NEPAL
MIANMAR
BUTÃO
VIETNÃ
LAOS
CAZAQUISTÃOOTT
CAZAQUISTÃO
QUIRGUISTÃO
Recursos minerais e energia
A industrialização exige grande quantidade de recursos 
minerais. A China possui muitas reservas de carvão, sua 
principal fonte de energia, e de petróleo, embora esteja 
entre os maiores importadores de petróleo do mundo. 
O país também extrai outros minérios, como tungstênio, 
estanho, cobre, chumbo, zinco, ferro e urânio, que favorece 
a implantação de usinas nucleares.
O grande potencial hidrelétrico chinês passou a ser 
intensamente explorado com a construção da hidrelétrica 
de Três Gargantas, no rio Yang-tse (Azul). No entanto, a 
maior parte da energia consumida na China é produzida 
por termelétricas, que empregam o carvão mineral e geram 
intensa poluição nos grandes centros urbanos chineses.
Agricultura e pecuária
A grande extensão do território chinês, associada à diver-
sidade de solos e climas, favoreceu o desenvolvimento de 
diferentes culturas agrícolas. As principais áreas produtoras 
estão na parte oriental do país, onde o relevo pouco acen-
tuado e a abundância de água favorecem o desenvolvi-
mento da agricultura.
A China é o maior produtor 
mundial de arroz, cultivado 
principalmente no vale do rio 
Yang-tse. O trigo é cultivado 
em associação com a soja no 
vale do rio Huang-ho (Amarelo). 
O algodão sustenta a maior pro-
dução têxtil do mercado mun-
dial. Outros produtos importan-
tes são o chá, o milho e a seda.
Na pecuária, a criação de 
suínos é a mais importante 
— a China tem o maior reba-
nho do mundo. Também têm 
destaque os rebanhos de 
equinos, ovinos, bovinos e a 
criação de aves.
CHINA: USO DA TERRA (2010)
Fonte: FERREIRA, Graça M. L. 
Atlas geográfico: espaço mundial. 
4. ed. São Paulo: Moderna, 
2013. p. 104.
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495 km
Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos184
https://mega.nz/file/vBZi0bCB#gxzjr65asTvVsazSmwb90k74zioM2X3EbVlIMAmbOI8
https://mega.nz/file/vVIxiAaL#XaRQWxvDyfNPICq8OSm2HAr-qpE-8UadTLbgRguYP_8
3o BIMESTRE – 185
100º L
Hong Kong
Macau
Heilongjiang
Jilin
Liaoning
Beijing
(Pequim) 
Tianjin
Hebei
Shanxi
Shandong
Jiangsu
Qinghai
Gansu
Shaanxi Xangai
Henan
Anhui
Hubei
Zhejiang
Sichuan
Chongqing
Fujian
Jiangxi
Hou Nan
Guizhou
Yunnan
Guangdong
Xinjiang 
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Xizang
(Tibete)
Ningxia
 Guangxi
Hainan
TRÓPICO DE CÂNCER 
30º N MAR 
AMARELO
RÚSSIA
ÍNDIA
NEPAL
FILIPINAS
TAIWAN
MONGÓLIA
CAZAQUISTÃO
MAR DA
CHINA
ORIENTAL
MAR DA 
CHINA MERIDIONAL
COREIA
DO SUL
COREIA
DO NORTE
MIANMAR
BUTÃO
VIETNÃ
LAOS
QUIRGUISTÃO
Mandarim
Línguas meridionais
POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
A população da China caracteriza-se 
pela diversidade étnica e cultural. Exis-
tem no país 56 etnias reconhecidas ofi-
cialmente, embora 91,6% dos chineses 
pertençam à etnia han. São falados no país 
diversos idiomas, e as diferenças religiosas 
também são consideráveis.
Um grande desafio para o governo chi-
nês consiste em manter a unidade nacional 
diante das desigualdades sociais e dispari-
dades regionais.
CHINA: LÍNGUAS (2010)
Falados do norte ao 
sul do país, os dialetos 
do mandarim são 
compreendidos por 70% 
dos chineses.
Elaborado com base em dados 
obtidos em: FERREIRA, Graça, 
M. L. Atlas geográfico: espaço 
mundial. 2. ed.; 3. ed. São Paulo: 
Moderna, 2003; 2010.
CHINA: PERCENTUAL 
DE RELIGIÕES (2010)
Religiões populares chinesas 21,9%
Budismo 18,2%
Cristianismo 5,1%
Islamismo 1,8%
Hinduísmo Menos de 1%
Judaísmo Menos de 1%
Outros (inclui daoismo ou 
taoismo) 0,7%
Ateus, agnósticos e pessoas 
sem religião específica 50,4%
Elaborado com base em 
dados obtidos em: CIA. The 
World Factbook. Disponível 
em: <https://www.cia.gov/
library/publications/the-world-
factbook/geos/ch.html>. 
Acesso em: 19 nov. 2017.
A população chinesa está distribuída de forma desigual no território. A parte oeste 
apresenta vazios demográficos. As maiores concentrações demográficas estão nas pla-
nícies costeiras e na região oriental, ao longo dos vales dos grandes rios. Xangai e Beijing 
(ou Pequim, capital do país), as duas cidades mais importantes e populosas, somam 
mais de 43 milhões de habitantes. A alta densidade demográfica (veja o mapa da página 
seguinte) gera problemas ambientais, como poluição atmosférica, contaminação dos 
rios e das áreas costeiras, desflorestamento e perda de solos agrícolas. 
SO
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SO
450 km
185
 Texto complementar
Aspectos da economia
Esse trecho de reportagem 
trabalha alguns aspectos da 
fórmula chinesa de cresci-
mento econômico:
[...] vale a pena levantar 
alguns pontos chave, pri-
vilegiando a fase de trans-
formações que se inicia em 
1978 com as renovações de 
Deng Xiaoping. Herdando 
um mundo essencialmente 
rural, Deng promoveu uma 
dinamização econômica e 
social centrada em melhorar 
as condições econômicas da 
imensa base de agricultura 
familiar, com suporte à pro-
dução local, comercializa-
ção, financiamento, acesso à 
terra e expansão de direitossociais. Foi assim uma cons-
trução do país pela base, sen-
do os excedentes produtivos 
essenciais para o segundo 
eixo de expansão que seriam 
as cidades, ao mesmo tempo 
que do lado da demanda se 
criava uma ampla base de 
consumo popular. Assim a 
expansão da produção asse-
gurou o seu complemento de 
demanda. Dos cerca de 500 
milhões de pessoas tiradas 
da pobreza no mundo nas 
últimas décadas, segundo o 
Banco Mundial, 350 milhões 
são chinesas.
Paralelamente, a China in-
vestiu fortemente em infraes-
truturas, em particular conec-
tando as áreas rurais numa 
rede de energia e transpor-
te que tende a aumentar a 
produtividade geral. [...] Um 
segundo impulso de infraes-
truturas, em particular com 
trens de grande velocidade, 
viria já neste milênio, mas no 
conjunto o essencial é que 
esta parte do desenvolvi-
mento foi rigorosamente pla-
nejada, de forma a assegurar 
a sinergia entre as redes e a 
tornar as empresas e regiões 
mais produtivas.
CHINA’S economy. 
Le Monde Diplomatique. 
Disponível em: <https://
diplomatique.org.br/ 
chinas-economy/>. Acesso 
em: 18 ago. 2018.
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/ch.html
https://diplomatique.org.br/chinas-economy/
https://diplomatique.org.br/chinas-economy/
https://diplomatique.org.br/chinas-economy/
https://www.youtube.com/watch?v=_xNBf1kYI9Y
https://mega.nz/file/HEIVCCzR#rGoOOf5chg4QcGAGWNhT4hht7eO3_FSB5G9plnhpiag
https://mega.nz/file/PVBHwI4Q#s-jvmayB49sgfUrPcnjB81usU6crpQdb7kXMVkvXsjw
186 – 3o BIMESTRE
COREIA
COREIA
DO NORTE
DO SUL
TAIWAN
FILIPINAS
MONGÓLIA
RÚSSIA
ÍNDIA
MIANMAR
 
100° L
TRÓPICO DE CÂNCER
Densidade demográfica
(hab./km²)
Menos de 1,0 
De 1,0 a 50,0
De 50,1 a 200,0
De 200,1 a 600,0
Mais de 600,0
De 1,0 a 5,0
De 5,1 a 10,0
Mais de 10,0
População
(milhões de habitantes)
Hong Kong
Harbin
Changchun
Shenyang
(Pequim)
Beijing
Tibete
DESERTO DE
TAKLA MAKAN
Urumqi
Tianjin
Baotou
Taiyuan
Qingdao
Lanzhou
Xi’an
Xangai
Nanquim
Wuhan
Chengdu
Chongqing
Fuzhou
Hangzhou
Shantou
Dalian
Kunming
Guangzhou
Guiyang
Shenzhen
Changsha
Nanning
NEPAL
CAZAQUISTÃO
BUTÃO
VIETNÃ
LAOS
NEPAL
BUTÃO
VIETNÃ
LAOS
CAZAQUIST
QUIRGUISTÃO
COREIA
COREIA
DO NORTE
DO SUL
TAIWAN
FILIPINAS
CAZAQUISTÃO
MONGÓLIA
RÚSSIA
ÍNDIA
MIANMAR
 
100° L
TRÓPICO DE CÂNCER
Hong Kong
Macau
Heilongjiang
Jilin
Liaoning
Beijing
(Pequim) Tianjin
Hebei
Shanxi Shandong
Jiangsu
Qinghai
Gansu
Shaanxi
Xangai
Henan
Anhui
Hubei Zhejiang
Sichuan
Fujian
Jiangxi
Hou Nan
Guizhou
Yunnan Guangdong
Xinjiang Mongó
lia I
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Xizang
(Tibete)
Ningxia
 Guangxi
Hainan
Chengdu
Ordos
Chongqing
Mais de 14
De 12 a 14
De 10 a 12
De 8 a 10
De 6 a 8
Menos de 6
PIB per capita 
(em mil dólares)
CAZAQUISTQ
CAZC AQUISTÃOTT
Elaborado com base em dados obtidos 
em: RICH province, poor province. The 
Economist, 1o out. 2016. Disponível em: 
<https://www.economist.com/news/
china/21707964-government-struggling-
spread-wealth-more-evenly-rich-province-
poor-province>. Acesso em: 19 nov. 2017.
CHINA: POPULAÇÃO (2011)
CHINA: PIB PER CAPITA (2015)
Fonte: FERREIRA, Graça, M. L. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 104.
A distribuição de riqueza na 
China também é desigual. Os 
índices mais altos do Produto 
Interno Bruto (PIB) per capita, 
por exemplo, mostram que a 
riqueza do país está muito mais 
concentrada nas áreas costei-
ras, onde se encontram as ZEEs 
e as indústrias de alta tecnolo-
gia. O interior do país apresenta 
os menores índices. Observe o 
mapa ao lado.
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385 km
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SO525 km
Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos186
Sugestão para o estudante:
JOSHUA: Teenager vs. Superpower. Direção: Joe Piscatella. Hong Kong, 2017. 
Duração: 79 min.
Este documentário oferece uma boa perspectiva histórica de Hong Kong, desde 
protestos reprimidos no final da década de 1980, pas-sando pela transição de 
Hong Kong do domínio britânico para o chinês e culminando nos protestos 
organizados pelo adolescente Joshua Wong, que envolviam ocupar as ruas e lutar 
contra o domínio chinês. Esse vídeo permite o trabalho com a habilidade 
EF09GE03.
https://www.economist.com/news/china/21707964-government-struggling-spread-wealth-more-evenly-rich-province-poor-province
https://www.economist.com/news/china/21707964-government-struggling-spread-wealth-more-evenly-rich-province-poor-province
https://www.economist.com/news/china/21707964-government-struggling-spread-wealth-more-evenly-rich-province-poor-province
https://www.economist.com/news/china/21707964-government-struggling-spread-wealth-more-evenly-rich-province-poor-province
https://www.economist.com/news/china/21707964-government-struggling-spread-wealth-more-evenly-rich-province-poor-province
https://www.economist.com/news/china/21707964-government-struggling-spread-wealth-more-evenly-rich-province-poor-province
capri
Realce
https://www.youtube.com/watch?v=7lN9_mQq2mQ&list=PLy8vCqrwkhK1w8e4k1cBxtKJ1yQnQK8Bx
https://www.youtube.com/watch?v=kMl1jDjptDk&list=PLy8vCqrwkhK1w8e4k1cBxtKJ1yQnQK8Bx&index=2
https://mega.nz/file/aJRwyLzB#AiCUHyrYD_eogzgHtg7yz7e8sxzVMz14Kzg4772HcJI
https://www.youtube.com/watch?v=zPj_Kw1nq-A
https://www.youtube.com/watch?v=ONQBQrDnpdk
3o BIMESTRE – 187
POLÍTICA INTERNA
O sistema político da China permanece sob um regime 
fechado e centralizado na estrutura de um partido único. 
Desde a Revolução Chinesa, o país reprimiu manifestações 
populares em favor de maior liberdade de expressão e da 
democracia e perseguiu aqueles que eram contra as políti-
cas de governo. 
Também são reprimidos os movimentos em prol da 
democracia e da liberdade nas regiões que defendem a 
separação em relação à China, seja por razões econômicas 
e políticas, como Hong Kong e Taiwan, seja por razões cul-
turais e religiosas, como a região autônoma de Xinjiang, de 
maioria muçulmana, e o Tibete, de maioria budista.
Nos últimos anos, organizações de direitos humanos, 
ativistas, líderes religiosos têm denunciado perseguições 
políticas e o forte controle estatal sobre a sociedade civil, 
sobretudo por meio da censura dos veículos de imprensa, 
em especial na internet.
Tibete livre
O Tibete, localizado no sudoeste da China, é uma região 
que guarda costumes milenares e abriga população de 
maioria étnica tibetana e de religião budista. Foi invadido 
pelo exército de Mao Tsé-tung e incorporado ao território 
chinês em 1950, por interesses econômicos e geopolíticos. 
Com a invasão chinesa, muitas rebeliões foram lideradas 
por monges budistas tibetanos, 
que tiveram de se refugiar em 
outras regiões, sobretudo no 
norte da Índia, com o intuito de 
manter suas práticas religiosas.
Mesmo tendo se tornado 
oficialmente uma região autô-
noma, o Tibete luta pela inde-
pendência política. O governo 
chinês não reconhece as deman-
das do movimento separatista e 
justifica a ocupação em virtude 
dos investimentos econômicos 
destinados à região nos últi-
mos anos.
Tibetanos participam de 
manifestação nas ruas de 
Londres, Inglaterra 
(10 mar. 2017), em 
direção à embaixada 
chinesa. O ato marca o 
58o aniversário do levante 
nacional tibetano, no qual 
milhares de tibetanos 
foram mortos na revolta 
contra a invasão chinesa.
uu TRAMONTINA, Carlos. 
A morada dos deuses: 
um repórter nas trilhas 
do Himalaia. São Paulo: 
Sá Editora, 2004. 
O livro narra a experiência do 
jornalista brasileiro ao escalar 
a mais alta montanha do 
planeta. Nele, o autor revela 
os hábitos dos moradores 
do Tibete, a cultura local e 
as belezas dos lugares por 
onde passou nessa aventura.
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187
Sugestão para o estudante:
UNDERCOVER in Tibet. Direção:Tash Despa e Jezza Neumann. Inglaterra e Alemanha, 
2008. Duração: 48 min.
Este documentário conta a história de um exilado tibetano que retorna ao Tibete 
para registrar como o domínio chinês mina e proíbe qualquer liberdade de expressão
 dentro do país. A obra mostra, ainda, como esse domínio se dá no cotidiano 
dos tibetanos. O vídeo permite o trabalho com as habilidades EF09GE03 e EF09GE08.
capri
Realce
https://www.youtube.com/watch?v=mmG7e2ns-Lg
https://www.youtube.com/watch?v=Zl1hQErgAQ0
https://www.youtube.com/watch?v=Sd-rmsd3in4
https://www.youtube.com/watch?v=JPzs-GeTyB0
https://youtu.be/y-T5DSt7b_4
188 – 3o BIMESTRE
OCEANO
PACÍFICO
MAR DA CHINA
MERIDIONAL
MAR DA 
CHINA
ORIENTAL
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
3
4
110º L
0º
140º L
1
2
Zona aérea de defesa chinesa identificada
Zona aérea de defesa japonesa identificada
Principais bases das frotas chinesas
Bases estadunidenses
Guam
M A L Á S I A
I N D O N É S I A
TAIWAN
VIETNÃ
CAMBOJA
FILIPINAS
CHINA
JAPÃO
TAILÂNDIA
LAOS
MIANMAR
BUTÃO
BANGLADESH
COREIA DO NORTE
COREIA 
DO SUL
ÍNDIA
POTÊNCIA REGIONAL
Cada vez mais a China se consolida como potência no continente asiático, posição 
até recentemente ocupada com exclusividade pelo Japão. Além de exercer liderança 
sobre o grupo de países chamado de Tigres Asiáticos (que veremos no Capítulo 
seguinte) e territórios adjacentes, o país é um grande aliado da Coreia do Norte. A China 
fornece armas e dinheiro para o país comunista. Também tem forte influência na Ocea-
nia, principalmente na Austrália e na Nova Zelândia. 
Apesar das intensas relações comerciais entre China e Japão, os dois países dispu-
tam a hegemonia no leste e no sudeste do continente asiático. Uma das disputas é 
pelas ilhas Senkaku (para o Japão) ou Diaoyutai (para a China). A China também disputa 
ilhas com outros países da região. 
CHINA: INTERESSES E DISPUTAS REGIONAIS NA ATUALIDADE
Elaborado com base em dados obtidos 
em: FAR east flash point. Spiegel Online. 
Disponível em: <http://www.spiegel.
de/international/world/bild-936618-
574994.html>. Acesso em: 19 nov. 
2017.
China e África
O acelerado crescimento econômico chinês implica demanda crescente de maté-
rias-primas e fontes de energia. Por esse motivo, a China passou a ter grande interesse 
nas relações com países africanos, uma vez que o subsolo da África é rico em minérios 
e algumas fontes energéticas, especialmente petróleo.
Nos últimos anos, a China se aproximou de diversos países africanos, como Repú-
blica Democrática do Congo, Sudão, África do Sul, Angola e Moçambique. Esses países 
receberam financiamento chinês para investir em instalação de empresas, obras de 
infraestrutura e empreendimentos locais de grande vulto. Em contrapartida, fornecem 
à China matérias-primas e fontes de energia, além de garantir a ampliação do mercado 
externo chinês.
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Japão, China e Taiwan reivindicam 
essas ilhas. O Japão administra as 
ilhas desde 1972.
Conflito territorial entre China, 
Taiwan e Filipinas.
China, Malásia, Taiwan, Vietnã, Brunei 
e Filipinas reivindicam essa área,
pois é rica em recursos naturais.
China, Taiwan e Vietnã reivindicam
essas ilhas.
1 – Ilhas Senkaku/Diaoyutai
2 – Atol Scarborough
3 – Ilhas Spratly
4 – Ilhas Paracel
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570 km
Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos188
 Texto complementar
O texto a seguir fala sobre 
o problema dos resíduos de
informática (lixo digital) na
China.
Lixo digital
Na Europa e nos Estados 
Unidos, estudos sobre o as-
sunto atestam que o mon-
tante de lixo digital em cir-
culação na Terra cresce 5% 
ao ano, numa velocidade três 
vezes maior do que o lixo tra-
dicional. [...]. Segundo as Na-
ções Unidas, são mais de 40 
milhões de toneladas de e-li-
xo no planeta, o equivalente 
a mais de 4 mil torres Eiffel 
de sucata eletrônica. [...]
A história de Guiyu, cidade 
chinesa produtora de arroz 
que, em menos de dez anos, 
se transformou no maior 
e-lixão do mundo, serve de
exemplo. Hoje, o solo da pro-
víncia de Guangdong, onde
está a cidade, apresenta ní-
veis críticos de contaminação
por metais pesados, e já não
resta nenhuma fonte de água
potável num raio de 50 quilô-
metros do centro.
Em uma amostra de 1 quilo 
de terra [...] foram encontra-
dos 52 miligramas de cádmio 
e 185 miligramas de níquel, 
índices respectivamente tre-
ze e quatro vezes mais ele-
vados do que os máximos 
permitidos pelos parâmetros 
sanitários europeus. O cád-
mio em excesso afeta os rins, 
podendo gerar hipertensão, e 
provoca o enfraquecimento 
dos ossos. O níquel em abun-
dância pode causar irritações 
gastrointestinais, alterações 
neurológicas, musculares e 
cardíacas. Ambos são classi-
ficados como elementos can-
cerígenos pela Agência Inter-
nacional para Pesquisa em 
Câncer (AIPC). Na amostra 
de água do rio [...] encontrou-
-se 24 miligramas de chum-
bo, quando o nível máximo
permitido pelo World Health
Guideline, padrão aceito no 
mundo todo, é de 1 miligra-
ma por litro. O acúmulo de 
chumbo no corpo humano 
leva a uma doença conhecida como saturnismo e, em crianças, causa 
uma considerável diminuição cognitiva. Além do desastre ambiental, 
Guiyu também vive um descompasso social. Enquanto a China pros-
pera a um ritmo de crescimento de 9% ao ano, 80% da população da 
cidade, mais de 120 mil homens, mulheres, velhos e crianças, recebem 
1 dólar e meio por dia para garimpar metais nobres nos e-lixões. Quan-
do encontram algo de valor, acendem fogareiros de carvão ou enchem 
recipientes de soda cáustica, para derreter as partes inúteis e resgatar 
o que interessa.
TARDÁGUILA, Cristina. Ruínas eletrônicas. Piauí, ed. 15, dez. 2007. 
Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/ruinas-
eletronicas/>. Acesso em: 23 out. 2018.
http://www.spiegel.de/international/world/bild-936618-574994.html
http://www.spiegel.de/international/world/bild-936618-574994.html
http://www.spiegel.de/international/world/bild-936618-574994.html
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/ruinas-eletronicas/
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/ruinas-eletronicas/
China Diversos Vídeos 
China na África – benefício mútuo ou exploração. 
https://youtu.be/0zoU7vmQg8Y 
Como a África está se tornando parte da China 
https://www.youtube.com/watch?v=eYOnkAiZkdw 
https://www.youtube.com/watch?v=tF4Juy5tSoE 
Como a África se tornou a China da China. Leg Portug 
https://youtu.be/FU6sHOg4Tns 
CHINA – ASPECTOS HISTÓRICOS 
https://youtu.be/K-HCCSHquv8?list=RDCMUCCd9OCUNMTJgzP94iM-oMXg 
https://www.youtube.com/watch?v=OLh-gZngg54&t=196s 
https://www.youtube.com/watch?v=A84o3W1-juI 
https://www.youtube.com/watch?v=Ajy8KwvqZps 
https://www.youtube.com/watch?v=onXLcwnex8w 
https://www.youtube.com/watch?v=8GKIB16Uz00 
https://www.youtube.com/watch?v=3hlIJIo4HUE 
https://www.youtube.com/watch?v=X8HWg95fkVU 
https://youtu.be/0zoU7vmQg8Y
https://www.youtube.com/watch?v=eYOnkAiZkdw
https://www.youtube.com/watch?v=tF4Juy5tSoE
https://youtu.be/FU6sHOg4Tns
https://youtu.be/K-HCCSHquv8?list=RDCMUCCd9OCUNMTJgzP94iM-oMXg
https://www.youtube.com/watch?v=OLh-gZngg54&t=196s
https://www.youtube.com/watch?v=A84o3W1-juI
https://www.youtube.com/watch?v=Ajy8KwvqZps
https://www.youtube.com/watch?v=onXLcwnex8w
https://www.youtube.com/watch?v=8GKIB16Uz00
https://www.youtube.com/watch?v=3hlIJIo4HUE
https://www.youtube.com/watch?v=X8HWg95fkVU
https://youtu.be/K-HCCSHquv8?list=RDCMUCCd9OCUNMTJgzP94iM-oMXg
3o BIMESTRE – 189
Influência global
Por ser uma das maiores economias emergentes do 
mundo atual, a China exerce papel fundamental nas rela-
ções internacionais, despontando como uma importante 
liderança, principalmente nos continentes asiático e afri-
cano e na América Latina.
Sem se alinhar com os Estados Unidos ou com a Rússia, 
a China mantém uma posição de independência, muitas 
vezes apoiando países em desenvolvimento em impor-
tantes questões mundiais. Como membro permanente do 
Conselho de Segurança da ONU, com direito a veto, sua 
participação nos assuntos deinteresse global é importante 
para manter o equilíbrio de forças entre as nações.
Para se firmar no cenário internacional enquanto potência 
do século XXI, a China vem destinando investimentos em 
diversos setores, tanto internos como em outras regiões 
do mundo. Entre eles está a implantação de uma ampla 
rede de transportes terrestres e marítimos, denominada 
Nova Rota da Seda, que visa ampliar a interligação entre os 
continentes asiático e europeu. Dessa forma, o país espera 
obter maior penetração política na região, investindo capital 
e gerando empregos em locais onde há carência de infraes-
trutura e mão de obra abundante.
No setor aeroespacial, a China conta com o Programa 
Beidou, que tem atualmente 14 satélites em operação, 
além da implantação do maior 
radiotelescópio do mundo, da 
construção de uma estação espa-
cial própria e planos para levar o 
ser humano novamente à Lua e a 
Marte nos próximos anos. 
No setor energético, os inves-
timentos são destinados a buscar 
soluções ambientais e a ampliar 
a capacidade de energia conside-
rada limpa e de ponta, como forma 
de atender às exigências estabele-
cidas pelo Acordo de Paris.
Usina solar flutuante, 
instalada em lago onde 
havia uma mina de carvão 
em Huainan, China (2017).
uu EMBAIXADA da República 
Popular da China no Brasil. 
Disponível em: <http://
br.china-embassy.org/por>. 
Acesso em: 9 mar. 2018. 
A página oficial da 
Embaixada da China traz 
informações sobre o país e 
sobre intercâmbio comercial 
com o Brasil, cooperação 
científica e tecnológica, 
cultural e educacional.
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http://br.china-embassy.org/por
http://br.china-embassy.org/por
https://mega.nz/file/bRZT2ALS#vqvsH316XxqT95ln-6LOJoZ8aW1cL2VX05TiW9rS5xU
https://mega.nz/file/aEZGTDCD#QoIiDtm90ak7wz3c6iupx6uJlJjYtrUXmGIgfQVEOyw
https://mega.nz/file/WMBQSJDS#B_U1A8xoU-nBF3lzee0yDwKFaidyzen9tNghsL9bkGY
https://drive.google.com/file/d/1q3vjUg_9RtSKzF-Fah-pQka82uqv8db0/view?usp=sharing
https://youtu.be/rSh7BeK2dAE
No final dos anos 1970, a China comunista iniciou um 
processo de reformas econômicas e de abertura comercial 
que levou o país a se transformar na segunda maior economia 
do planeta e no principal participante do comércio mundial. 
China: comércio exterior (bilhões de 
dólares)-1980-2013 
- Exportações 
- Importações 
PlaneJamento estatal 
Em 1979. o governocrlou a 
primeira Zona Econômica 
Especial (ZEE) do pais, onde era 
permitida a abertura de fábricas 
e investimentos de empresas 
de outros países, oqueera 
proibido no restante da China. 
- .. -
Do litoral para o Interior 
No Inicio, as ZEEs foram criadas 
em cidades portuárias para 
reduzir os custos de transporte 
e facilitar as exportações. Com 
os Investimentos em ferrovias, 
estradas e energia, novas ZEEs 
foram aladas no Interior do país. 
■ 
� Importações por categoria de produtos (em%) -1983-2013 
- lOO'!b A lndustrlalizaçAo nos anos 1980 fez a importação 
-0% 
1983 1993 2003 2013 
de �ulnas e equipamentos industriais aumentar. 
Nos anos 1990 e 2000, com um parque industrial 
estabelecido e grandes obras de infraestrutura, cresceu 
nas Importações a participa� de produtos agrlcolas. 
petróleo. comb1.1stivels e minerais. como o ferro. 
Bens industrlallzados 
Produtos agrkolas 
Petróleo, combustlvels e minérios 
fontfl:!. 0MC. Olsponfvtl em: <http://SLll.wtO.o,g/StilltlStkMProg,alTVWSOBStatProgr1mHon"IUSpXhanguage::E>. Banco 
Moodlal,China's Hlgh-Spffd Rali: tMRapkf Grawth of • N4!WTravel Optlon.Dl� em: <www,worldbink.org/ffi/newJ/ 
snswelease/2014/12/19/china•hlgh-ipc!ed•r1ll-1he-rapld-9rowth-oí••·new·tflvel-op1lon>. Acessos em: 111 jun. 2015. 
Verifique sua bagagem 
1. Cite dois fatores que impulsionaram o cresci­
mento econômico chinês nas últimas décadas.
2. Comente a evolução da participação dos bens
industrializados nas exportações chinesas en­
tre 1983 e 2013.
i:fiJ i·i.i H❖GHM4 
Além de vantagens como mao de obra 
barata, baixos lmpos1os e excelente 
infraestrutura, o governo manteve 
subvalorizada a moeda do pafs, tornando 
os p,odutos chineses relativamente mais 
baratos para o comprador externo . 
2005 
Em2008,aChinatinha I•�◄�= ��=
cerca de 1.000 km A.: ■ • • •• ••
de ferrovias de alta velocidade, com 
trens que viajam a mais de 200 km/h. 
Em2014,Jáeramquase 15.000 km. 
.,_ Exportações por categoria de produtos (em%) - 1983-2013
- l00% Em 1983, metade do que a China exportava eram produtos primário� 
minerais e agrícolas. Entre os industrializados., a maior pane era 
-0% 
1983 1993 2003 2013 
de baixa 1ecnok:,gia. como roupas e tecidos. Em 2013, 9496 das 
exportações chinesas eram itens 1ndustriallzados., sendo mais da 
metade máquinas e equipamentos de alto valor agregado, como 
computadores e peças automot tvas. 
Bens industrializados 
Produtos agrícolas 
Petróleo, combustíveis e minérios 
- 2.000bl 
- 1500bi 
- 1.000bi 
- SOObi 
2010 2013 
lii INTERNACIONAL CHINA 
 
UMA POTENCIA 
AINDA MAIS FORTE 
O presidente Xi Jinping amplia seu poder 
na China e se consolida como uma das 
principais lideranças mundiais, desafiando 
a hegemonia dos Estados Unidos 
5 2 GEATUALIDADES l l ' semestre 2018 
'' O s?c alismo :ºm ca: cte-nst1cas chmesas Ja en-trou em uma nova era 
que confirma a nova posição histórica 
do desenvolvimento da China". Foi 
com esse tom ufanista que o presidente 
chinês, Xi Jinping, se referiu ao atual 
status da potência asiática durante a 
abertura do 19° Congresso Nacional 
do Partido Comunista, realizado em 
outubro de 2017. Para além da retórica 
característica dos discursos políticos, 
Xi Jinping exibiu o ar confiante de 
quem consolidou ainda mais seu poder 
e desponta aos olhos do mundo como 
a mais forte liderança que a China já 
teve desde a morte de seu comandante 
histórico Mao Tsé-tung. 
Na China, onde vigora uma ditadura de 
partido único e não há eleições diretas, o 
Congresso é o principal evento político. 
Nesse encontro, o Comitê Permanente do 
Politiburo, órgão que reúne as principais 
lideranças chinesas, aponta as diretrizes 
para o desenvolvimento do país e coman-
da o processo de sucessão presidencial. 
Desde os anos 1990, os presidentes 
chineses governam o país por dois ciclos 
consecutivos de cinco anos. Assim, Xi 
Jinping, que assumiu o poder em 2013, 
teve seu mandato presidencial renovado 
até 2022. Mas, ao contrário do que se es-
perava, o Comitê não apontou nenhuma 
liderança política para suceder o atual 
presidente no próximo Congresso, em 
2022. Isso indicaria o desejo do Poli-
LIDERANÇA 
O presidente chinês, 
Xi Jinping (centro), 
foi o protagonista 
do Congresso do 
Partido Comunista, 
em outubro de 2017 
tiburo na permanência de Xi Jinping 
para além dos dez anos usuais no po-
der. As expectativas se confirmaram 
em fevereiro de 2018, quando o Partido 
Comunista propôs o fim do limite para a 
reeleição presidencial, o que pode abrir 
o caminho para que Xi Jinping continue 
indefinidamente na liderança do país. 
Outro sinal inequívoco do prestígio 
de X i Jinping foi a inclusão de suas 
ideias na Constituição do Partido 
Comunista. Tal honraria havia sido 
concedida apenas aos maiores líderes 
históricos da república: Mao Tsé-tung, 
o comandante da Revolução Chinesa,
que governou o país entre 1949 e 1976, e
Deng Xiaoping, responsável por intro-
duzir as reformas que impulsionaram
a economia chinesa entre 1978 e 1992. 
Estilo centralizador 
Com o respaldo do Partido Comunis-
ta, Xi Jinping vem conquistando aval 
para imprimir um estilo mais persona-
lista de comando. Assim que assumiu o 
poder em 2013, Xi Jinping promoveu 
uma liderança carismática e centra-
lizadora, cuja maior expressão foi a 
campanha de combate à corrução. Ao 
colocar sob investigação altos dirigen-
tes do Partido Comunista e oficiais gra-
duados das Forças Armadas, Xi Jinping 
ganhou a simpatia da população. Seus 
críticos, porém, argumentam que essa 
campanha foi feita de forma seletiva, 
que mirou principalmente facções do 
partido não alinhadascom o presidente. 
Em sintonia com esse estilo de go-
verno mais centralizador, Xi Jinping 
vem reforçando o controle sobre aso-
ciedade. A ditadura chinesa sempre 
reprimiu as oposições e restringiu o 
trabalho da imprensa. Mas à medida 
que cresce no país a organização ope-
rária e o interesse da classe média nos 
rumos políticos do país, a pressão por 
reformas democráticas e maior liber-
dade de expressão tende a aumentar. 
Para conter as tensões sociais e a ação 
de dissidentes que passaram a desafiar 
abertamente o regime, Xi Jinping am-
pliou o aparato repressivo do Estado. 
Sob seu comando, a China aumentou 
a vigilância sobre os cidadãos, tornou 
mais rigorosa a censura aos meios de 
comunicação e à internet e expandiu o 
cerco aos ativistas de direitos humanos. 
Socialismo de mercado 
Se por um lado a China mantém um 
Estado tão repressivo quanto nas déca-
das passadas, no plano econômico o país 
vem promovendo uma abertura gradu-
al aos mercados, ainda que o governo 
continue desempenhando um papel 
decisivo para promover o desenvolvi-
mento. É disso que se trata o socialismo 
com características chinesas tão frisado 
por Xi Jinping. Para entender o seu 
funcionamento, cabe uma explicação a 
respeito das transformações pelas quais 
vem passando o comunismo chinês. 
Em 1949, após o Partido Comunista 
derrotar o Partido Nacionalista (Kuo-
mintang) na guerra civil, a China foi 
reorganizada nos moldes comunistas. 
O líder da Revolução Chinesa Mao Tsé-
tung proclamou a República Popular 
da China e tornou-se o governante 
supremo do país. Entre as medidas 
adotadas pelo governo chinês estava a 
coletivização das terras, dos bancos e 
das companhias estrangeiras, além da 
expropriação das fábricas e do controle 
estatal da economia. No entanto, os 
progressos iniciais foram solapados por 
ações desastrosas como o Grande Salto 
Para Frente. Lançado em 1958 para 
acelerar a industrialização, o plano ge-
rou caos econômico, provocando fome 
e a morte de milhões de camponeses. 
A morte de Mao, em 1976, abriu ca-
minho para a ascensão do reformista 
Deng Xiaoping. Na esfera política, o 
país manteve o regime fechado. J á na 
esfera econômica, adotou um modelo 
GEATUALIDADES l l ' semestre 2018 5 3 
rn INTERNACIONAL CHINA 
de desenvolvimento conhecido como 
socialismo de mercado - ou socialis-
mo com características chinesas. Ele 
combina aspectos do socialismo, como 
o controle da produção e de setores es-
tratégicos pelo Estado, com medidas de 
abertura ao capitalismo, como é o caso 
da atuação de empresas estrangeiras e
da permissão da propriedade privada 
em determinadas situações. 
Nesse processo de abertura econômi-
ca do país ao mercado mundial, Deng 
Xiaoping criou as Zonas Econômicas 
Especiais, onde empresas multinacio-
nais poderiam instalar-se e produzir 
artigos para exportação. Atraídas por 
incentivos fiscais e pela farta e barata 
mão de obra chinesa, as empresas es-
trangeiras passaram a atuar no país. 
Esse modelo transformou a China no 
maior exportador mundial. Se a princí-
pio os produtos chineses eram associa-
dos à baixa qualidade, hoje eles possuem 
maior valor agregado, como eletroele-
trônicos e automóveis. Paralelamente, 
para suprir sua demanda por alimentos, 
energia e matérias-primas para o setor 
de construção, a China tornou-se um 
grande importador de commodities, 
como petróleo, soja e minério de ferro. 
Reformas internas 
Impulsionada pelo comércio exterior, 
a China fez uma bem-sucedida transi-
ção, deixando de ser uma nação pobre 
e agrária para se tornar uma potência 
mundial. Com um Produto Interno Bru-
to (PIB) de mais de 11 trilhões de dólares, 
5 4 GEATUALIDADES l 1° semestre 2018 
A China quer ampliar 
a participação da 
iniciativa privada na 
economia e fortalecer 
o consumo interno
o país ostenta a seg unda maior economia 
do mundo, atrás apenas dos Estados 
Unidos (EUA). A média de crescimento 
econômico manteve-se por vários anos 
acima dos 10% ao ano, mas estacionou 
entre 6% e 7% nos anos recentes. 
Agora, a China se prepara para dar o 
passo seg u inte. Embora a iniciativa pri-
vada tenha ampliado sua participação 
na economia chinesa, o Estado ainda 
mantém setores estratégicos sob seu 
controle e desempenha papel deter-
minante na regulação da economia. O 
desafio está justamente em equilibrar 
o papel desses dois atores. 
A proposta de desenvolvimento para 
as próximas décadas apresentada por Xi 
Jinping durante o Congresso não deixa 
ALÇANDO VOO 
Obras do aeroporto 
de Daxing, próximo 
à capital, Pequim: 
infraestrutura 
impulsiona a 
economia chinesa 
claro como essa combinação será feita. 
Por um lado, o presidente anunciou 
que pretende atrair mais investimentos 
estrangeiros, acabar com o controle 
absoluto do Estado sobre determina-
das empresas públicas e estimular a 
concorrência entre as companhias que 
atuam no país. Mas também reafirmou o 
compromisso em fortalecer as empresas 
estatais e aumentar a sua eficiência. 
Outra missão a ser encarada pelo 
governo chinês é estimular o mercado 
interno e fomentar o desenvolvimento 
de uma classe média consumidora. 
Para isso, o governo vem aumentan-
do os salários, facilitando o crédito e 
ampliando os benefícios sociais aos 
trabalhadores. Mas, se por um lado es-
sas medidas elevam o poder de compra 
dos chineses, por outro pode afetar as 
exportações, bastante dependentes dos 
baixos salários pagos à mão de obra 
local para garantir a competitividade 
dos produtos no mercado externo. 
A elevada desig u aldade social é outro 
problema a ser enfrentado pelo gover-
no chinês. Apesar de a renda per capita 
do país ter atingido 8,2 mil dólares, 
o valor ainda está aquém da média
mundial, que é de 10,3 mil dólares. O
maior problema é na área rural, onde 
ainda vivem· 55 milhões de pessoas 
em situação de pobreza. Para tentar 
atingir a meta de eliminar a pobreza 
até 2020, Xi Jinping vem ampliando 
os investimentos em saúde, educação e
habitação direcionados principalmente 
para as províncias menos urbanizadas. 
A NOVA ROTA DA SEDA 
Planejamento do governo c ês em obras de inf!aestrutura, que inclui portos, ferrovias e gasodutos, para conectar o país com o Sudeste Asiático, a África e a Europa 
-"'
Oceano Atlântico 
Fonte: Mercator fnstitute for China Studies 
Diplomacia econômica 
Os desafios internos enfrentados pela 
China não fazem o país desviar o foco 
de suas ambições externas. "A China se 
aproxima cada dia mais do centro do 
cenário mundial para oferecer maiores 
contribuições para a humanidade", dis-
se Xi Jinping no discurso de abertura 
do Congresso. De fato, algumas ações 
recentes do governo chinês revelam 
uma nação empenhada em se tornar 
uma liderança global e ter ainda mais 
influência no cenário internacional. 
Para isso, o país aposta na chamada 
"diplomacia econômica", como forma 
de converter sua pujança financeira em 
força política. Ao oferecer :financiamen-
to, comprar matérias-primas e realizar 
obras de infraestrutura em diversas par-
tes do mundo, a China aposta no poder 
de sua economia para angariar aliados. 
É uma forma de estabelecer uma relação 
na qual os outros países se tornem cada 
vez mais dependentes do capital chinês. 
A mais ousada iniciativa nesse sen-
tido é a "Nova Rota da Seda". Trata-
se de um projeto bilionário, no qual 
a China financiará diversas obras de 
- Gasodutos 
- Oleodutos 
- Corredores econômicos 
- - o Conexões ferroviárias 
- Rota terrestre 
Rota marítima 
& Portos com financiamento chinês 
� Bases militares 
infraestrutura e logística pelo mundo. 
O objetivo é criar um corredor econô-
mico, composto de estradas, ferrovias, 
oleodutos e cabos de fibra ótica, que irá 
conectar, por via terrestre e marítima, 
a China à Europa e à África, atraves-
sando a Ásia Central, o Oriente Médio 
e o Oceano Índico. 
O projeto é ousado: abrange 68 paí-
ses, que somam 4,4 bilhões de pessoas 
e representam 40% do PIB mundial. 
Em troca, a China espera conquistar 
novos mercados e garantir contratos 
internacionaispara suas empresas de 
infraestrutura, além de fortalecer a 
logística para atender à sua demanda 
por matérias-primas. 
A "diplomacia econômica" chinesa 
também avança para outras partes do 
mundo, como a América Latina. Para o 
governo de Pequim, a região representa 
um excelente mercado para os produ-
tos manufaturados da China, de maior 
valor agregado, ao mesmo tempo que se 
torna um dos principais fornecedores 
de matéria-prima e recursos energéti-
cos para sustentar o desenvolvimento 
chinês. Além disso, Pequim aposta no 
ei 
) ,, 
Oceano Pacífico 
AUSTRÁLIA 
financiamento de obras de infraestru-
tura na região. No Brasil, os chineses 
planejam financiar a construção de uma 
ferrovia ligando a cidade de Figueirópo-
lis (TO) até Ilhéus (BA), com o objetivo 
de facilitar o transporte da soja que 
compram do Brasil, escoando o produto 
do Centro-Oeste até o porto baiano. 
O continente africano, com suas vas-
tas reservas minerais e abundantes 
jazidas de petróleo, é outro mercado 
de interesse para a China. Em troca 
da matéria-prima, empresas chine-
sas empreendem gigantescas obras 
de infraestrutura, necessárias para o 
desenvolvimento dos países da região. 
Com isso, a China se converteu no prin-
cipal parceiro comercial do continente, 
desbancando aliados tradicionais dos 
africanos, como EUA e Europa. 
Globalização e Trump 
Com a ampliação dessas parcerias 
internacionais, a China se credencia 
ainda mais para se firmar como uma 
liderança global. O pouco apreço do 
presidente dos EUA, Donald Trump, 
às relações exteriores e aos acordos 
GEATUALIDADES 11 ° semestre 2018 5 5 
https://www.youtube.com/watch?v=2nhrLuSsy9g
https://www.youtube.com/watch?v=7RFELlKnnVI
https://youtu.be/yKWSOm7m3fE
https://youtu.be/Mz-wo8Sh4Y8
rn INTERNAC ONAL CHINA 
A retirada dos EUA 
das principais decisões 
mundiais abre espaço 
para que a China ocupe 
essa liderança 
internacionais, cria um vácuo de li-
derança que começa a ser preenchido 
pela assertividade de Xi Jinping. 
Desde que assumiu a Presidência 
dos EUA em janeiro de 2017, Donald 
Trump vem adotando uma postura 
mais isolacionista na relação de seu 
país com o mundo. Desdenha aber-
tamente o papel da O N U como órgão 
de decisões multilaterais e critica os 
acordos comerciais, tendo inclusive 
se retirado do Acordo Transpacífico 
(TPP), um bloco criado para se tornar a 
maior área de livre-comércio do mun-
do. Além disso, isolou-se ainda mais 
da comunidade internacional ao fazer 
dos EUA a única nação a não ratificar 
o Acordo de Paris sobre o clima (veja
mais na pág. 152). 
Por sua vez, Xi Jinping se credencia 
para assumir o protagonismo interna-
cional tão menosprezado por Trump. 
A China vem aumentando sua contri-
buição a órgãos internacionais como a 
O N U e o Banco Mundial, além de ter 
criado um banco de desenvolvimento 
para financiar projetos em países em 
desenvolvimento. Apesar de ser o país 
que mais polui, a China tem participado 
ativamente das discussões sobre o clima 
e estabelecendo metas de redução de 
emissão de gases do efeito estufa. Além 
disso, Xi Jinpingvem se tornando uma 
das vozes mais proeminentes na defesa 
da globalização e do livre-comércio. 
Se as duas potências adotam posições 
distintas na forma como se relacionam 
com a comunidade internacional, as di-
5 6 GE ATUALIDADES 11 o semestre 2018 
CHINA ENTRA NA DISPUTA COM OS EUA PELA HEGEMONIA MUNDIAL 
Comparativo de indicadores econômirns, militares e comerciais entre China e Estados Unidos (2016) 
■EUA ■China 
PIB (em USS trilhões) 
18,624 
PIB PER CAPITA (em USS) 
56.810 
8.250 
GASTOS MILITARES (em USS bilhões) 
606,233 
225,713 -
X • 
POTÊNCIAS EM CHOQUE 
Os EUA ainda se mantêm como 
a maior economia mundial, 
mas o crescimento acelerado e 
contínuo do PIB chinês indica 
que Pequim deve superar os 
norte-americanos até o início 
da próxima década. 
Os EUA continuam sendo a 
maior potência militar, 
enquanto os chineses superam 
os norte-americanos nas 
relações comerciais com o 
resto do mundo. 
CRESCIMENTO DO PIB 
6,7% 
1,6% -
EXPORTAÇÕES (em uss trilhões) 
2,097 
BALANÇA DE PAGAMENTOS* 
(em USS bilhões) 
196,38 -
Fonte: Banco Mundial, Sipri ' transações econômicas do pais com o mundo (comércio e investimentos) - 451,7 
O PAPEL DA CHINA NA CRISE ENTRE COREIA DO NORTE E EUA 
O avanço do programa nuclear da Coreia do Norte, que em novembro de 2017 testou 
um míssil capaz de atingir todo o território dos EUA, vem colocando à prova a capa-
cidade da diplomacia chinesa em mediar as tensões entre os dois países. 
A China é a mais importante aliada da Coreia do Norte, com quem mantém um acor-
do de proteção desde 1961 e, desde então, vem garantindo sustentação política ao 
regime. Os norte-coreanos também são extremamente dependentes economicamente 
da China, de quem importam a maior parte de seus alimentos e fonte de energia. 
Essa estreita relação com a Coreia do Norte torna a China um interlocutor privilegiado 
para tentar contornar a crise. Em setembro de 2017, após o Conselho de Segurança da 
ONU aprovar uma nova rodada de sanções contra a Coreia do Norte, a China limitou 
as exportações de petróleo e gás e restringiu as importações de têxteis de seu aliado. 
Além disso, ordenou o fechamento de algumas empresas norte-coreanas que atuam 
no país. No entanto, os EUA acham que Pequim pode fazer mais para dissuadir as 
ambições nucleares de seu parceiro. 
A posição chinesa nesse episódio atende a questões bastante pragmáticas. Pequim 
quer manter a Coreia do Norte longe de um conflito porque teme que um colapso 
do regime norte-coreano e a eventual unificação da Coreia resultariam no fortale-
cimento da influência norte-americana em região próxima de sua fronteira. Além 
disso, a eclosão de um conflito provocaria um movimento de refugiados em direção 
ao território chinês, o que o governo de Pequim busca evitar. 
Para conter a escalada das tensões, a China defende que a Coreia do Norte pare 
com seu programa atômico e, em contrapartida, que EUA e Coreia do Sul cancelem 
os exercidos militares conjuntos que realizam anualmente na península coreana. 
Como os dois lados vêm resistindo a aceitar um acordo nesses termos, o impasse 
prevalece e coloca o mundo em sinal de alerta. 
SAIU NA IMPRENSA ............................................... , .················································· 
POR QUE A CHINA ESTÁ 
INVESTINDO NO BRASIL? 
( ... )De acordo com monitoramento rea-
lizado pelo Conselho Empresarial Brasil-
China (CEBC), entre 2007 e 2016, empresas 
chinesas anunciaram um montante de in-
vestimentos no país na ordem de 80 bilhões 
de dólares, dos quais 46 bilhões de dólares 
foram de fato postos em prática. Os setores 
envolvidos são inúmeros, passando pela 
transmissão de energia. 
Sob a ótica geopolítica, há um interesse de 
"ocupação de espaços" por parte de Pequim, 
sendo interessante para a China terno Brasil 
um ponto focal na América Latina.( ... ) 
( ... ) A desvalorização relativa do Real, o 
certo grau de desenvolvimento da indústria 
nacional, o mercado consumidor emer-
gente e a escala da economia brasileira na 
conjuntura regional contribuem para que o 
interesse da China na América Latina seja 
exploração de recursos naturais, indústrias direcionado principalmente para o Brasil. 
diversas, agronegócio, tecnologia, finanças 
e, mais recentemente, a área de geração e E/ País, 5/12/2017 
vergências se acentuam quando se trata 
do comércio bilateral. Trump acusa a 
China de ser desleal no comércio inter-
nacional com suas políticas de incentivo 
às exportações. O déficit comercial dos 
EUA com a China foi da ordem de 347 
bilhões de dólares em 2016 e, para tentar 
reverter o quadro, Trump ameaçou im-
por tarifas de importação aos chineses. 
Embora os EUA tenham recuado da 
decisão, a questão comercial mantém 
o clima tenso entre os dois países. 
Potência militar 
Não é só nos aspectos econômicos e 
políticos que a China se credencia para 
se tornar uma potência. Militarmente 
o país se organizapara consolidar sua 
força regional e até se projeta em re-
giões fora de seu entorno geográfico. 
Em agosto, o país inaugurou uma base 
naval no Djibuti, a primeira fora de seu 
território. A presença militar nesse país 
localizado no chifre da África garantirá 
à China acesso privilegiado ao Mar Ver-
melho e ao Golfo de Áden, uma região 
estratégica para o transporte marítimo 
mundial. Pequim justifica a criação da 
base como forma de dar apoio logis-
tico às forças chinesas que atuam em 
missões das Nações Unidas na África.
No entanto, a base no Djibuti tam-
bém pode ser analisada a partir de um 
contexto mais amplo de expansionismo 
militar chinês, cuja principal expressão 
é a disputa territorial no Mar do Sul da 
China. A vasta área de 410 mil quilôme-
tros é reivindicada pela China, que alega 
ter precedência histórica com base em 
um pedido feito em 1947. No entanto, 
países como Filipinas, Vietnã, Brunei, 
Malásia e Taiwan também disputam 
a soberania sobre a região e querem 
negociar com base na convenção da 
ONU sobre o Direito do Mar, que define 
zonas de 200 milhas para cada país. 
A região é alvo de grande disputa 
devido à sua relevância econômica. 
Trata-se de uma área de interesse para 
a indústria pesqueira e que possui gran-
des reservas de petróleo, além de ser 
uma importante rota por onde circu-
lam 5 trilhões de dólares em comércio 
anual. Mesmo com a indefinição das 
fronteiras, a China ampliou ofensiva 
para consolidar a ocupação da área a 
partir de 2014, ao construir ilhas ar-
tificiais com potencial uso militar e 
enviar plataformas para a exploração 
de petróleo na região. Nem mesmo 
uma decisão da Corte Permanente de 
Arbitragem da ONU, que em 2016 afir-
mou que o país não tem base legal para 
reivindicar "direitos históricos" sobre o 
Mar do Sul da China, demoveu Pequim 
de seus interesses na região. 
Com ambições ousadas na economia, 
nas relações exteriores e na segurança 
nacional, Xi Jinping consolida seu po-
der no ambiente doméstico enquanto 
projeta seu país como uma grande po-
tência internacional. A questão para o 
futuro próximo é saber até que ponto 
essa ascensão chinesa poderá avançar 
em um tabuleiro geopolítico ainda do-
minado pelos EUA. 
·················································· ······················································ ......................................................······················································ ......................................................······················································ ......................................................
RESUMO 
...................................................... ······················································ ...................................................... ...................... , ....... , ...................... ....................................................... 
China 
XI JINPING O 19° Congresso Nacional do 
Partido Comunista garantiu mais pode-
res a Xi Jinping, que se consolida como a 
maior liderança chinesa desde Mao Tsé-
tung. O presidente tem um estilo mais 
centralizador de governar, promovendo 
uma campanha de combate à corrupção 
e intensificando a repressão e a censura. 
POTÊNCIA ECONÔMICA Por meio do "so-
cialismo de mercado", a China mantém o 
controle estatal da economia e, ao mesmo 
tempo, a instalação de multinacionais no 
país. Esse modelo impulsionou a exporta-
ção e ajudou a tornar a China a segunda 
maior economia do planeta, atrás apenas 
da dos Estados Unidos. O desafio agora é 
equilibrar a abertura da economia à ini-
ciativa privada sem abrir mão do controle 
de setores estratégicos. 
NOVA ROTA DA SEDA É um projeto bi-
lionário de integração comercial que irá 
conectar, por via terrestre e marítima, a 
China à Europa e à África. Esta e outras 
iniciativas de diplomacia econômica são 
vistas como uma forma de aumentar a 
relação de dependência de países menos 
desenvolvidos em relação à China. Com 
isso, Xi Jinping tenta se firmar como uma 
liderança mundial, defendendo a globali-
zação e ocupando o espaço de poder que 
os EUA vêm abdicando desde que Donald 
Trump assumiu a Presidência do país. 
MAR DO SUL DA CHINA As reivindicações 
chinesas por áreas no Mar do Sul da China 
a colocam em rota de colisão com outros 
vizinhos no Sudeste Asiático - Vietnã, Fili-
pinas, Brunei, Taiwan e Malásia. A China 
construiu ilhas artificiais e explora petró-
leo na região, a despeito da decisão de um 
tribunal da ONU condenando essas ações. 
COREIA DO NORTE A China tenta mediar a 
crise nuclear entre a Coreia do Norte e os 
EUA. Para Pequim, é importante manter 
a estabilidade na região para evitar um 
fluxo de refugiados para dentro de seu 
território e uma eventual reunificação 
das Corei as. Os EUA tentam pressionar a 
China a ser mais enérgica em relação às 
ambições nucleares da Coreia do Norte. 
............... , ..................................... .······················································ ······················································ ······················································ ...................................................... 
GEATUALIDADES l 1° semestre 2018 5 7 
190 – 3o BIMESTRE
POLUIÇÃO NA CHINA
O governo chinês priorizou o crescimento econômico em detrimento da conserva-
ção do meio ambiente. Assim, a China se depara atualmente com sérios problemas 
ambientais decorrentes da poluição.
Contaminação das águas
Há anos a contaminação das águas vem sendo apontada como um dos mais graves 
problemas ambientais e de saúde pública na China. Os produtos químicos lançados 
nos rios e lagos constituem a principal fonte de contaminação e atingem os reservató-
rios subterrâneos. Muitos desses produtos são tóxicos e nocivos à saúde humana.
Diante da gravidade da situação, as autoridades chinesas pretendem investir maci-
çamente na limpeza de rios e fontes de água potável nos próximos anos, endurecendo 
as leis ambientais e intensificando a fiscalização. 
Poluição atmosférica
Em virtude do alto consumo de combustíveis fósseis em indústrias e termelétricas 
e do aumento considerável do número de veículos automotores que circulam pelas 
populosas cidades chinesas, a poluição atmosférica se agravou. As ruas e avenidas são 
as chaminés das cidades modernas.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar provoca, 
anualmente, a morte de mais de 7 milhões de habitantes das grandes cidades do 
mundo. Lentamente, a vida nos grandes centros urbanos transforma pessoas saudá-
veis em doentes crônicos, podendo causar sua morte em decorrência da exposição aos 
poluentes lançados na atmosfera pelos escapamentos de veículos.
A forte poluição na área central da cidade de Anhui, na China, prejudicou a 
visibilidade nas ruas, demandando do setor público a utilização de agentes de 
trânsito para organizar o tráfego (2017).
1 Explique a frase: “As ruas e avenidas são as chaminés das cidades modernas”.
2 Como a contaminação das águas e a poluição atmosférica afetam a saúde das 
pessoas? De que forma essa realidade pode ser revertida?
in
te
gr
ar
 co
nh
ec
im
en
to
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 IM
A
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ES
Unidade VI – Ásia: China, Japão e Tigres Asiáticos190
 Respostas
3o BIMESTRE – 191
1 Responda às questões. 
a) Na China, quais são as peculiaridades dos
importantes centros costeiros?
b) É possível afirmar que o crescimento econô-
mico chinês ocorre em todo o país? Justifi-
que sua resposta.
2 Reflita sobre as diferenças entre “crescimento 
econômico” e “desenvolvimento socioeconô-
mico” e elabore um pequeno texto abordan-
do o caso da China. 
3 Quais foram as implicações políticas da Revo-
lução Chinesa de 1949?
4 Explique a contradição existente no modelo 
político-econômico adotado pela China.
atividades
Elaborado com base em 
dados obtidos em: MULLER, 
R. A.; MULLER, E. A. Air 
Pollution and Cigarette 
Equivalence. Berkeley Earth. 
Disponível em: <http://
berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/
China-cigarette-map-13-
Dec-2015-sm.png>. Acesso 
em: 20 nov. 2017.
5 Observe os dados referentes à evolução da 
taxa de crescimento populacional na China. 
Com base nesses dados, construa um gráfico 
de barras no seu caderno e responda: 
Como se dá essa evolução no período indica-
do (entre os anos de 2000 e 2016)? Como é 
possível explicar esse processo?
CHINA
Taxa de crescimento Ano
0,90% 2000
0,58% 2005
0,49% 2010
0,43% 2016
Fonte: INDEXMUNDI. Disponível em: <https://www.
indexmundi.com/G/g.aspx?v=24&c=ch&l=pt>. 
Acesso em: 16 mar. 2018.
6 Observe o mapa a seguir.
 • Compare este mapa com o mapa “China: indústria (2010)”, da página 183, e relacione a localização
das indústrias com as áreas com mais poluição atmosférica no país.
SO
N
IA
 V
A
Z
COREIA
COREIA
DO 
NORTE
DO SUL
MONGÓLIA RÚSSIA
JAPÃO
VIETNÃ
110° L
TRÓPICO DE CÂNCER
TAIWAN
MAR DO JAPÃO
(MAR DO LESTE)
MAR DA CHINA 
MERIDIONAL
Bom
Moderado
Ruim para 
grupos sensíveis
Ruim
Muito ruim
Péssimo
MO
110 L
COREIA
COREIA
DO 
NORTE
DO SUL
MONGÓLIA RÚSSIA
JAPÃO
VIETNÃ
110° L
TRÓPICO DE CÂNCER
TAIWAN
MAR DO JAPÃO
(MAR DO LESTE)
MAR DA CHINA 
MERIDIONAL
Bom
Moderado
Ruim para 
grupos sensíveis
Ruim
Muito ruim
Péssimo
1
CHINA: POLUIÇÃO DO AR (13 de dezembro de 2015)
NE
LO
SE
S
N
NO
SO
375 km
191
Seção Atividades
•
•
•
•
 Respostas
http://berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/China-cigarette-map-13-Dec-2015-sm.png
http://berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/China-cigarette-map-13-Dec-2015-sm.png
http://berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/China-cigarette-map-13-Dec-2015-sm.png
http://berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/China-cigarette-map-13-Dec-2015-sm.png
http://berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/China-cigarette-map-13-Dec-2015-sm.png
http://berkeleyearth.org/wp-content/uploads/2015/12/China-cigarette-map-13-Dec-2015-sm.png
https://www.indexmundi.com/G/g.aspx?v=24&c=ch&l=pt
https://www.indexmundi.com/G/g.aspx?v=24&c=ch&l=pt

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